Quantas e quantas vezes inimigos da Bíblia e de Deus ( por se sentirem incomodados por uma cosmovisão que descredencia em muito a sua cosmovisão particular e interesseira ) buscam descredenciar, ridicularizar e se pudessem, destruir qualquer rastro de qualquer de suas inferências?
Em defesa os crentes ( cristãos e judeus ) reclamam que os textos que constituem as Escrituras, a Bíblia, especialmente o do Gênesis não seja um registro com pretensões científicas, pelo menos nos moldes atuais e contemporâneos. Já meios acadêmicos dizem que as declarações bíblicas mesmo não sendo científicas interferem em muito, por contradizerem muitas das premissas científicas relacionadas as explicações acerca da origem do mundo e da vida. Ou seja, ou se aceita no todo ou em parte as declarações escriturísticas ou as científicas, já que aparentemente, pelo andar das descobertas e teorias científicas, se contradizem. Nessa postagem entretanto, desejo considerar que os textos bíblicos objetivam bem mais que o que a ciência como tal aspira e pode explicar com o que ela supõe ter como dados e teorias.
Inicialmente, contradizendo o senso comum e a uma leitura apressada e superficial, o texto bíblico ( particularmente o do Gênesis ) não objetiva em princípio, dar um relato do processo e muito menos do método criativo de Deus. Primeiramente revela que há um Deus e que esse ser conclusivamente maior que a sua criação, fez todas as coisas, coisas essas perceptíveis pelos sentidos e apreendidos pela inteligência, seja humana ou dos animais. Trata-se de um fato revelado, pois todas as eventuais testemunhas são pós-criação e lá não estavam no momento do próprio ato criativo. Obviamente é uma declaração a ser crida ou a relação entre o homem que a ouve é de frontal desconfiança e negação da pessoa que aparentemente o declara. A conclusão natural é que, ou Deus não disse o que disse; ou o registro não corresponde ao que Deus disse ou não passa de simples imaginação de algum ser humano muito criativo.
Como sabê-lo?
As declarações e registros bíblicos não são excrudentes, não interrelacionais. Ao contrário se interrelacionam, uns são razão e justificativa, explicação para outros e não somente linearmente mas em paralelo, transversalmente e de alcance tal que ultrapassa milênios de história guardando as mesmas e importantes relações. Não são casuísticos e nem tão pouco caóticos escapando a qualquer razoabilidade e impossíveis de compreensão. Pode-se naturalmente não entendê-los a uma primeira vista ou vista superficial, mas fatalmente serão compreendidos mais tarde e com novos dados, e deles se tem provas tanto universais e públicas quanto pessoais e individuais.
Essas provas não são particularizadas as chamadas ciências exatas, a biologia, mas as humanas nas suas múltiplas lucrubaçṍes. Pode-se não aceitar algo que as Escrituras tem declarado, mas sábia e justamente, pode-se quanto do possível, aguardar-se e ver-se que algo que é dito e revelado, se mostre como fato diante de nosso olhar e testemunho. Tem sido sempre assim, como um cubo impossível de ser derrubado, ainda que aparentemente seja movido e virado, se mostra eternamente de pé a cada ida e volta na investigação escriturística.
Gênesis , especialmente de 1:1 em diante, até a expulsão do Éden, não é história por história e nem ciência como lhe é exigido, mas história sucinta, ciência sucinta, filosofia sucinta e religião sucinta, como vermos a seguir. Portanto não é somente gênesis das Escrituras judaico-cristãs, mas o "princípio" ( a Gênesis ) de todas essas áreas mais ou menos definidas como tal e indo bem além do que cada uma em particular consegue ir e pretensamente alcançar.
Temos em Gênesis:
A origem da matéria como a percebemos;
A origem da vida como a experimentamos e vivenciamos;
A origem da moral como a intuímos.
Há algum tempo desejei falar dessa maneira sobre o Gênesis, embora tenha ensaiado tocar em certos pontos, em postagens relacionadas nesse mesmo blog. Crer no Gênesis como ele nos é revelado é uma questão de coerência e de segurança para a fé e portanto para a crença no Deus Criador e em todas as demais revelações e registros escriturísticos, sem excessão.
Se algo nas Escrituras não corresponda à verdade sobre Deus e seus atos, como ter certeza que algo em particular o seja? E se o Deus das Escrituras ( Aquele que nelas é revelado historicamente ) o é de fato como revelado, como pode ter deixado escapar a Seu controle uma declaração indevida e portanto não a Ele diretamente relacionada, e por Ele dita e autenticada? Ou Ele não é o que é ou não é todo capaz mesmo sendo o que é. Trata-se de algo lógico e razoável e não são declarações antipáticas as Escrituras que poderão descredenciá-las mas elas próprias ( as Escrituras ) se descredenciam a si mesmas.
A existência é um dilema filosófico. Não se concebe o nada. O nada é inconcebível. É irrazoável segundo a mais séria investigação. Por outro lado a existência só pode ser concebida em oposição ao nada. A existência é uma novidade que se contrapõe a não existência. É verdade que mesmo hoje em pleno século XXI com a explosão, ilhada é verdade, do conhecimento, que dá a maioria dos seres humanos, meios ferramentas e brinquedos tecnológicos das mais variada matizes, que a maioria de nós nasce e morre sem gastar o mínimo de suas vidas miseráveis em todos os sentidos e de uma inteligência mediana nessas questões. Vive-se e morre-se como animais e as vezes menos do que animais , todos os dias, sejam miseráveis, pobres, remediados ou abastados. Para que afinal saber a verdadeira razão das coisas? Vivamo-las o melhor que pudermos e aproveitemos o pouco tempo que temos para fazê-lo. Aparentemente a estupidez dá mais paz e prazer do que a anguśtiada busca pela sabedoria...
Pois bem a Bíblia nos diz em apenas um versículo que a matéria foi criada num único momento chamado princípio. Essa matéria é perceptível naquilo que vemos acima dos nossos olhos e a nossa frente: os céus e a terra. A ciência sabe ( a ciência moderna com seu assombroso conhecimento, que embora não seja total, ao contrario bem distante disso, que escapa ao imaginável pelo cidadão, ser humano comum ) que tudo o que existe diante de nosso olhos, para cima nos céus ou na terra e abaixo dela é constituído de mesma matéria, seguindo regiamente a s mesmas e imutáveis leis que ultrapassam os mais inimagináveis números e grandezas, tanto em direção ao macrocosmo por excelência como ao microcosmo. Não há limites tanto para fora como para dentro das coisas ( algo sabível e incontestável hoje, cientificamente falando ).
O Deus revelado nas Escrituras não é mítico, lendário, antropomórfico, imaginado a partir do homem e inflado de algum poder imaginado. Ele é Deus na total implicação do ser: ilimitado, inobservável, incontido, intocável, impensável... tudo o que significa a palavra "santo"... separado. Gênesis 1:1 é original mas não só isso é de fato uma declaração suficiente a uma resposta inteligente. Não é superficial e nem por insinuação mítico ou lendário. Pode-se dizer com propriedade, extremamente científico na melhor avaliação probatória.
Mas escapa a uma esperada comparação ou paralelo, descrição? Sim, pois é razoavelmente antes de tudo, sejam leis físicas, elementos, linguagens, dimensões, razões, fins, etc. Pode ser negado naturalmente, mas quem terá algo melhor? De fato ninguém jamais teve ou terá. Deus é a origem da matéria, de algo além de Si mesmo. Deus não é a matéria e nem a matéria parte de Si mesmo. Ela surge não espontâneamente, por si mesma, auto criada e auto formulada, mas a partir de uma vontade, um ato, de um ser e não de uma coisa, com o resultado de um acontecimento fortuito, um acidente, uma convulsão de coisas, um cataclisma ou algo que se assemelhe. A matéria se origina por um ato inteligente e determinado.
A matéria, entretanto era apenas a base, passa a existir mas não apresenta objetivos razoáveis a sua existência, não se justifica. Ela passa a ser então organizada conforme propósitos definidos. Propósitos esses que a justificam e interrelacionam suas muitas partes. Há dois elementos: trevas e abismo. Hoje sabemos que as trevas não são sinônimos exatos de não existência, veja-se o caso dos buracos negros, locais onde se há mais matéria que em outras regiões do espaço e do universo. Já o abismo, facilmente apreendido como um espaço desconhecido onde pode haver ou não coisas. De faro todo o universo se expande e se movimenta em um, a princípio infinito abismo, olhe para que direção se venha a olhar e a perscrutar.
Na terra, o Espírito de Deus se movia sobre as águas, inegavelmente a única combinação de elementos inteiramente favorável à vida em todo o universo, embora se conheça hoje pouquíssimas exceções.H'aa seguir uma descrição cíclica entre o processo orgasicional criativo tanto na terra como no cosmos, onde coisas, elementos são dispostos segundo um minucioso e criterioso objetivo. Luminares para dia e noite, para anos, provendo energia e repouso indispensáveis à vida e seus ciclos como para o tempo de início, maturação e término de cada processo, fatos e fenômenos inegáveis pela própria ciência atual, a qual se vale cada vez mais da previsibilidade a partir do que já se conhece e do que se imagina. Essa mesma lógica nos faz "ver" partículas infinitamente minúsculas no universo do átomo ou na imensa e descomunal distância do cosmos.
Não se se muitos dos meus leitores se lembram do aprendido, principalmente no colegial ou ensino médio no Brasil, ensinado por bons ou excelentes professores de física, química e biologia: que a vida é uma improbabilidade sob todos os aspectos. Algo vivo sendo visto é uma coisa e objeto da mais autêntica admiração mas considerando a vida a partir da matéria inanimada, é uma contradição, de fato uma total impossibilidade. Poucos se dão conta disso. Se apercebem disso. Tem consciência dessa dramática realidade. A vida é uma aberração lógica. Um monte de produtos químicos nada originais, bem abundantes e comuns, arranjados numa medida certa probalisticamente dificílima de ser alcançada num processo de ensaio e erro e muito menos provável ( para ser delicado ), de fato improvável para alcançar essa equação por si mesma, é de fato um evento impossível.
Gênesis nos revela que a vida é um ato da vontade de Deus e uma ordem ( ordem de ordenação e não só de mando, determinação ). Por Sua palavra os elementos se organizam e produzem os primeiros seres vivos, as primeiras combinações favoráveis a vida, as primeiras proteínas, aminoácidos, células, etc. O engraçado e trágico é justamente quando podemos entender e aceitar melhor essa declaração das Escrituras é justamente quando mais orgulhosamente a buscamos refutar, descredenciar, talvez na tentativa presunçosa de nos livrar definitivamente de um Ser que lógica e possessóriamente teria o direito de reger as nossas vidas segundo o seu querer e não segundo o nosso. Desejamos ser donos dos nossos narizes, vivemos como se a vida e o mundo em que vivemos fossem nossos, mesmo que não houvesse razão para ele e nós existirmos. Anseiamos sermos seres sem um passado que nos cobre algo e sem um futuro que não seja o fazemos do nosso presente.
O terceiro ponto revelado nas Escrituras é o da criação moral. Tema a ser desenvolvido em uma próxima postagem, se Ele o Senhor, me permitir.
Belo Horizonte, 31 de Agosto de 2011
Por Helvécio S. Pereira
* ACESSE AS DEMAIS POSTAGENS RELACIONADAS E OUÇA A NARRAÇÃO DE CID MOREIRA EM VÍDEO LOGO NO INICIO DA PÁGINA DO BLOG E MEDITE SINCERAMENTE ( RELENDO NA SUA BÍBLIA ) NO QUE FOI REFLETIDO NESSA POSTAGEM. DEUS O ABENÇOE.
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