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domingo, 15 de maio de 2011

NÃO! A VONTADE DE DEUS NÃO É FEITA NA TERRA...MAS PODE SER...



Fui confrontado ( não diretamente e nem hostil e intencionalmente, apenas despertou-me a necessidade de rever a minha afirmação perante os irmãos ) em uma sequência de comentários, em que em uma das minhas participações, coloquei aos demais irmãos que a vontade de Deus não é feita na terra, ao que um outro irmão na mesma postagem, se referiu como uma afirmação antibíblica, e sem nenhum respaldo nas Escrituras. Aos ouvidos desses irmãos soou como uma negação do que chamam, por razões doutrinárias de a Soberania de Deus. Para esses irmãos, a soberania  de Deus, se traduz como a total atribuição  a Deus de todas as coisas, desde fatos, idéias, acontecimentos e destinos de tudo e de todos, incluídos aí o pecado e o mal. Ele é em suma o causador de toda e qualquer ação seja onde e como ela ocorrer.

Argumentei rapidamente sugerindo que as notícias das quais tomamos conhecimento no dia ( embora não sejam só elas ) evidenciam que não pode com certeza partir de Deus os medonhos, desastrosos, patéticos e bizarros acontecimentos que de fato acontecem, escapando a lógica e a toda mais provável explicação razoável. Não podemos a título de dizer que Deus seja tudo e o máximo dar a Ele a causa última de coisas e fatos eu vão claramente contra aquilo que tudo que supomos que sejam: perfeição, justiça, amor, toda sabedoria, etc, etc. Não acredito que esses irmãos queiram de fato serem convencidos de outra forma, pois não conseguem por si mesmo resolver essa difícil equação que parece sugerir que se  tais coisas não procedem de Deus, isso o faz menor do que Ele realmente é.

Entretanto foi exigido de mim, ainda que não diretamente, uma justificação bíblica, calcada nos textos da Escritura, que possam demonstrar de algum modo essa realidade, esse fato. Quero adiantar que, uma ou outra posição geralmente é a adotada, ainda que inconscientemente, por cada um de nós para explicar os acontecimentos a nossa volta. Afinal a vontade de Deus é ou não é feita na terra? Quando alguém morre em decorrência de um enfisema em decorrência de anos de tabagismo, é ou não Deus que decidiu que assim fosse?

Pode se partir de um ou outro texto, desde a vida de Jó ( excelente texto para explicar a origem do mal ) ou a oração do "Pai Nosso" ensinada por Cristo aos discípulos, entretanto há vários outros textos nas Escrituras que podem ser incluídos de modo complementar a esse estudo e análise de tema com base na Bíblia.

Encontramos essa oração em duas passagens que são:

Mateus 6:9

e

Lucas 11:2

Argumentei com os irmãos, como já disse acima, que se o Senhor nos disse para a vontade dEle  ( de Deus ) fosse feita na terra como no céu isso significa claramente que essa vontade ( de Deus ) não é feita na terra como é feita no céu senão seriam desnecessários tanto o pedido como a comparação.

Desnecessário mas complementar seria a análise da palavra original traduzida como "vontade" nas línguas ocidentais. Vamos a ela portanto.

No Antigo Testamento 'ãwã é traduzida muitas vezes por desejo, anseio, espera ansiosa, sentir vontade, suspirar,anelar, querer, ser cobiçoso, preferir.

'aw = desejo; 'awwâ; ma'ãway; t'ãwâ também se traduzem por desejo. Entretanto 'awwâ em Dt 12:15, 20, 21; 18:6; 1 Sm 23:20; Jr 2:24 Os 10:10 são alguns exemplos de como os tradutores comparam até exaustivamente para encontrar o melhor, senão verdadeiro sentido da palavra usada em cada texto e contexto escriturístico. r''ũ, também se traduz por vontade e bel-prazer, uma referência é ra'yôn ( pensamento ) Salmos 139:2. 

As citações acima só é mais pertinente a especialistas em hebraico, o que não sou definitivamente, e as referências não se relacionam ao objeto dessa postagem, mas apenas uma constatação de que o estudo profundo do sentido bíblico da palavra vontade deste o AT é importante e necessária.

A vontade no NTthelema (grego), determinação, escolha, propósito, decreto. Em cada texto pode significar uma das definições acima. Ora é determinação, ora é escolha, e assim por diante. Na oração ensinada pelo Senhor há a indicação clara que a determinação de Deus, a escolha de Deus, o seu alto propósito ou o seu decreto eventualmente não se cumpra mas pode se cumprir e virá a se cumprir, se e somente orarmos, pedirmos que eles se cumpram, sejam enfim realizados, como com certeza, perfeição, exatidão são feitos nos céus.

Mas antes de prosseguirmos, devemos ter uma mais real compreensão do que sejam exatamente o céu e a terra. Como esses dois espaços, essas duas realidades são diferentes ( se de fato o são ) em vários sentidos. Uma leitura apressada nos impede de nos deter na visão ainda que distante dessas duas realidades.


No princípio, nos diz a Bíblia que, que Deus criara os "céus e a terra".A ciência hoje gasta fábulas caçando ETs pelo espaço longínquo, na esperança não gratuita de de repente descobrir esses extraterrestres e demolir a mensagem das igrejas, se livrar definitivamente do Deus da Bíblia, do Alcorão, do cristianismo de do judaísmo. O que o pressuposto macaco de Charles Darwin não consegui fazer, talvez esses Ets ao murmurarem alguma coisa de um planeta distante com temperatura e atmosfera semelhante a nossa possa, para eles, fazer, resolver o problema de um Deus chato, opressor, cheio de opiniões que não nos deixa viver a nossa vida, seguir os nossos prazeres e estabelecer a nossa própria justiça humana. Talvez esses Ets sejam institucionalizados como "novos deuses", e satisfazendo um desejo inconsciente antigo, o homem passe a adorar satisfatoriamente, a seguir e a a obedecer, seres tão mortais como ele, mas "um pouco a frente",como irmãos mais velhos e evoluídos do que ele mesmo. Enfim nada de novo no inconsciente coletivo, claramente rebelado contra a existência de um Deus soberano e perfeito.


Mas os céus de Gênesis 1:1 é o universo e não o céus ( há segundo Paulo sete céus pelo menos ) habitação do Deus criador de todas as coisas. Vejamos:



No princípio criou Deus o céu e a terra.( Gn 1:1)

Outro caso é o lugar onde Deus habita ou de onde emana o Seu governo ( reina ), vejamos:


A palavra shãmaym ( céu , no AT ) pode significar portanto:

1) o céu físico e portanto acima da terra,parte dele ou o todo. Em Gênesis 1:1, todo o universo.
2)o céu morada de Deus, como em Dt 26:15 e I Rs 8:30
3) Entretanto, parece que Deus não é restrito até mesmo aos céus dos céus ( 2 Cr 2:6 )
4) O céu não é eterno ( só Deus é eterno! ) os céus ( não o universo ) desaparecerá como fumaça Is 51:6 , Is 65:17 e 66:22 .

Portanto o céus ( de onde emana o domínio de Deus ) é apenas mais um lugar com características diferentes da terra e do próprio universo ao nosso redor. Jesus nos fala de um céu, que para Ele não é  apenas teórico como é certamente para nós.

Se não vejamos " ninguém subiu ao céu senão Aquele que desceu do céu"


Logo através das declarações do Senhor Jesus temos a informação fidedígna de que como é o céu, como as coisas se realizam e funcionam lá. Lá, no céus ( lugar onde emana o governo de Deus, do Criador de todas as coisas, a Sua vontade é plenamente realizada, por inferência da oração do "Pai Nosso" e que por oposição e também por constatação, na terra essa vontade não é realizada. A terra é portanto o lugar da rebeldia, da desobediência, do pecado, da oposição a Deus.Logo não é por simples coincidência que Satanás está, se encontra na terra,e não em outro lugar do universo.Sobre isso lemos nas Escrituras:






Fica portanto claro, por essa breve busca nas Escrituras, que céu e terra são lugares claramente distintos. A terra além de não ter a sua configuração original da criação, no âmbito espiritual, se distingue dos céus, por ser um claro campo de batalha, de clara ambiguidade. Por essa situação particular, a terra necessita e espera por uma redenção. Vejamos:




Particularmente em  Rm 8:20 encontramos a declaração "por causa do que a sujeitou", esse "do que", não é certamente Deus, senão seria mais claro Paulo dizer quem a sujeitou, é neutro, logo é uma coisa, um fato, um fenômeno, e esse fato, esse acontecimento, foi a queda. A queda sujeitou o homem, a humanidade mas a terra, o nosso mundo a uma condição como a que nos encontramos  todos os dias.

O Senhor Jesus na oração do "Pai Nosso" nos diz por quais coisas devemos pedir, mas mais do que isso, devemos nos engajar côncios de que estamos em um campo de batalha e que necessitamos a cada momento nos posicionar desejosos e ativos, pedindo principalmente para que o Pai, que está nos ceús, interfira nesse mundo, e que estabeleça a sua vontade em cada situação  particular, pois há uma oposição obstinada de Satanás e os demais demônios, em conduzir pensamentos, ações, a própria história, desde indivíduos isolados, seres humanos em particular, até cidades, estados e nações, a própria igreja se possível e muitas vezes é, por ignorância dos crentes, para algo que não seja a vontade de Deus.

Muitos em defesa de uma confortável soberania teológica de Deus se escandalizam com a simples menção ou possibilidade dessa soberania ser abalada por em algum lugar, de algum modo a vontade de Deus não seja manifesta e concreta. Há nas Escrituras, em toda ela , pelo menos um 
versículo que prove que algo acontecido não fosse da vontade de Deus? Pois há sim.Vejamos:


E novamente em:


Alguém pode asseverar muito apropriadamente que o Senhor fala nesses dois versículos ao povo de Israel em uma situação bem específica, a de seus pecados como idólatras e seus cultos e sacrifícios a demônios. Entretanto são provas mais que cabais que Deus não é a origem, a causação e portanto não é o responsável dos delitos humanos e nem portanto o criador do mal.

Diferentemente da cosmologia pagã que descreve um dualismo entre dois seres opostos mas iguais em  poder e importância, a Bíblia não apresenta em nenhum momento esse dualismo que se rivalize em poder e influência. O que a Bíblia revela é que o mal existe, Deus o conhece, o homem após a queda também o conhece e que Satanás é fomentador desse mal, por de alguma maneira ao conhecê-lo, a iniquidade foi achada nele, esse mal se tornou sua obstinada ocupação e a razão a Bíblia nos revela, ele Satanás se achou igual a Deus, não superior mas igual e desejou louvor, adoração, submissão.

Esse lado sombrio da criação um dia será erradicado totalmente, mas por direito e justiça, cuja parte relevante e decisiva é a obra de Cristo, durante toda a sua vida encarnada como homem, bem como Sua morte e Ressureição vitoriosa. Amém.

Por Helvécio S. Pereira

quarta-feira, 4 de maio de 2011

A LEI E A GRAÇA PARTE 2: A GRAÇA NA VIDA E PRÁTICA CRISTÃS


A RESPOSTA À GRAÇA NA VIDA CRISTÃ

Os reformadores protestantes desenterraram e trouxeram à luz novamente a revelação escriturística da Salvação unicamente pela Graça, perdida na institucionalização da igreja, da qual o catolicismo romano se tornou o maior poder e maior influenciador, sendo a única referência durante séculos a cosmovisão mundial. Dentre os movimentos Reformadores, os calvinistas, radicalizando a Graça pela teologia da predestinação, confirmaram a salvação a parte das obras ou de qualquer outro elemento, seja sacramentos, mediação humana ou eclesiástica, ao lado de outros movimentos protestantes e outros posteriores, algo conservado até aos dias de hoje de modo quase total, com poucas reservas. Porém os calvinistas, cuja fama de sovinas e pão duros, mesmo julgando-se seguros na eleição, não se mostraram de modo algum preguiçosos ou alheios a ações transformadoras e influenciadoras do mundo, mesmo crendo que os que não aderiam a sua fé, estariam por isso mesmo irremediavelmente perdidos. 

Acumularam não poucas riquezas, poder, conhecimento e a contra gosto dos ateus e antirreligiosos europeus ou não, tiveram marcante e decisiva influência no desenvolvimento do capitalismo. Embora criticada, essa ética protestante retorna e influencia sociedades de terceiro mundo com a chamada teologia da prosperidade, que nada mais é que a pregação de que o trabalho e a dedicação a ele, sob a direção de Deus, são recompensados pelo próprio Deus imediata e decisivamente e que juntamente com as bençãos espirituais dá, aos que creem e o amam bençãos claramente materiais. Desse modo a graça uma vez crida e recebida se manifesta em todas as áreas da vida sejam espirituais ou materiais, não havendo nem uma linha divisória entre uma e outra. Para alguns essa graça se reflete em uma vida ativa e produtiva, em outros casos em presunção de santidade desprezando os demais cristãos e principalmente os não cristãos, criando uma falsa sensação de superioridade às demais pessoas, uma espécie de autossuficiência.

Graça também abrange todas a gama de favores auto reconhecidos humanamente como o poder político dos reis absolutistas, da monarquia, econômico dos grandes capitalistas, do conhecimento e revelação religiosa,etc. De certa forma todo favorecimento inexplicável passa a ser entendido como objeto de graça divina. Há, entretanto, uma outra compreensão de graça expressa como algo que se possa buscar de Deus, pela intenção, pela oração, ou pelas sensibilização divina chamando a atenção de Deus para uma situação particular e absolutamente individual. Nas prática, sempre que em situações públicas, sejam por parte de governantes, gerentes, diretores, supervisores, palestrantes, ainda que em situações seculares, comumente se fazem orações como o ”Pai Nosso” temos inconsciente um apelo a graça divina presente no ideário coletivo, de uma oração feita sem oportunidade a uma resposta pessoal por parte de Deus. Fala-se a Ele mas não se p4nsa em sua resposta, é como se a própria oração e o reconhecimento de Sua existência trouxesse automaticamente um favorecimento nessa ou naquela questão, graciosa e imperceptivelmente.

Quase nunca paramos para nos debruçarmos criticamente nessas questões, mas como espero estar sendo percebido, são absolutamente relevantes na nossa prática diária. Todo cristão, seja católico, ortodoxo, reformado, pentecostal, neo pentecostal, têm absoluta consciência da graça de Deus em certa medida em sua própria vida e no mundo. A própria vida e tudo o que a ela se relaciona é unânimamente aceita como resultado único da Graça de Deus. Entretanto a diferença se estabelece quando alinhadas certos elementos como a Salvação, uma vida cristã com elementos sobrenaturais e bençãos especificas como curas e prosperidade, como alinhadas no Salmo primeiro.

Sobre esses últimos aspectos a consciência de que ainda que dados graciosamente, se não merecidos, devam ser buscados, algo referendado por palavras do próprio Senhor Jesus e por suas palavras somos instados, admoestados, exortados a buscarmos, a insistirmos nessa busca individualmente diante de Deus. Dessa forma e sob esse aspecto, Graça é tanto aquilo que se recebe de Deus sem nossa ação intencional como o que pode ser obtido e recebido por uma ação absolutamente intencional e direcionada a questões específicas.

As implicações e repercussões não são de modo algum poucas e desprezáveis, considerando-se ( como é o objetivo de nossa reflexão ) a nossa prática cristã resultado, muitas vezes, inconsciente de uma reflexão ou conhecimento teológico organizado. Vejamos pois em um âmbito absolutamente mais prático temos os evangélicos tradicionais ou históricos e católicos romanos ( não em termos d comparação de qualidade de fé cristã mas de mecanismo ) que creem que quando o cristão crê automaticamente e imperceptivelmente ( isso é importante, sinais e evidências visíveis ) é dado ao cristão, via sacramento, profissão de fé, etc, o Espírito Santo vivendo dentro dele. Claro alguém pode asseverar muito apropriadamente que por se tratar de fé seja algo invisível e absolutamente sem manifestação sensível aos outros, a nós os que os vemos como vemos a todas as demais pessoas. Logo essa dádiva graciosa ( Graça ) é, nos dois casos, automática e independe em maior monta de algo que esse cristão faça para recebê-la. Continua a ser graça mas com essa elementaridade.

Outro grupo de crentes e cristãos, neles incluídos os católicos romanos simpáticos a certa posição protestante mais nova, creem semelhantemente aos cristãos renovados, pentecostais e neo pentecostais no sentido de crerem que embora reconhecidos como resultado da graça de Deus, outras experiências de nível mais elevado e posteriores ao recebimento da salvação, são somente obtidos pela busca, pelo desejo e pelo pedido individual do crente, ainda que esse pedido se torne mais efetivo quando aparentemente esses crentes se reúnem para esse fim. Nesse caso específico trata-se da experiência da segunda benção, reconhecida como o Batismo no Espirito Santo e o recebimento dos chamados Dons Espirituais, entre eles o da Glossolalia ou dom de línguas estranhas, de curas, etc.

Resistida pelo menos a dez décadas no Brasil pelos reformados, históricos e tradicionais mas recebidos e cridos como verdade bíblica revelada ou parte desses mesmos crentes e igrejas, dando origem em décadas em variantes dessas mesmas igrejas ( batistas, presbiterianas, metodistas, adventistas ) e dando origem a outras como Assembleias de Deus e todos os ramos pentec0stais e neo pentecostais oriundas desse mesmo tronco, todos esses crentes recone4hcem como Graça, toda a dádiva posterior a conversão, com fim de sinalizar ao mundo, aos próprios crentes e ao mundo da realidade da rica e inconfundível experiência cristã genuína.

Mesmos esses grupos, conscientes da Graça tanto para salvação como para o poder do crente se projetar nesse mundo como filho de Deus e portanto distinto das demais pessoas do mundo por uma indubitável manifestação do sobrenatural e portanto do divino, tendem mais ou menos a demarcar a sua identidade e até inconscientemente justificar a sua experiência baseados em comportamentos visíveis e construídos em suas denominações e igrejas. Comportamentos visíveis, maneirismos são forçosamente estabelecidos, indo desde o corte de cabelo para os homens, o não uso de barba ou até bigodes ( mais raramente ) e certa dose de exigência comportamental relacionados a vestimenta, cabelos, maquilagem, para as mulheres. Esse comportamento e a construção desses valores podem ser compreendidos como certo legalismo ou construção institucional de um novo legalismo, as vezes oficial, institucional ou como resultado de um inconsciente coletivo.

Como afirmado anteriormente, na postagem anterior e introdutória, o pêndulo oscila entre a chamada Graça e a Lei. Ora nos referimos ou últimos um certo aspecto legal ( que se transveste até em posições e compreensões teológicas ), ora nos refugiamos na graça que nos dá todas as coisas automática e assintomaticamente. A Graça irrestrita e confortável se manifesta na crença de ”uma vez salvo, salvo para sempre” que pode se refugiar teologicamente na crença nas várias formas de predestinação para a salvação até a crença de que o amor de Deus compreende de forma tão abrangente e compreensiva que acolherá para si qualquer que tenha a vida vivida pelo ser humano na terra, desde que tenha alguma vez de algum modo se simpatizado com a instituição religiosa, no caso a igreja, mais notadamente no catolicismo romano, na igreja anglicana e no calvinismo histórico, particularmente dos EUA e europeu. Em certos grupos como dos adventistas do 7º dia, a abolição do inferno e da eternidade de tormento dos ímpios. Concluindo essa parte, podemos dizer que uma consciência do que seja a Graça e Lei de Deus ainda que compreendida e explicitada de diversas formas, é algo perceptível às pessoas e principalmente aos cristãos em geral tendo marcante consequência tanto na organização mental de sua fé, quanto no pragmatismo diário.

Por Helvécio S. Pereira

sábado, 19 de março de 2011

O DRAMA DE JÓ HOJE, RECORRENTE E ATUAL

Normalmente religiosos desqualificam descrentes, e tal fenômeno não é diferente, por exemplo, de cristãos para ateus. Sempre interiormente um cristão, e não sem razão estritamente lógica, admite que o ateu e o não cristão, correm ambos, um sério perigo frente a eminente eternidade. Não se trata de ser parcial, mas do ponto estritamente racional é essa a  verdade, e a que deveria ser seriamente considerada. Se não vejamos: se cristãos ( e mais particularmente crentes evangélicos cuja fé é baseada exclusivamente na revelação escriturística ) crêem no que crêem e se o que crêem for a verdade, os outros ( ateus e não cristãos, não crentes) estarão em maus lençóis; se contudo o que crêem os cristãos e crentes for balela, o máximo que acontecerá é simplesmente nada. Isso é racional, lógico, ponderável acima das paixões de um lado ou de outro, seja por parte dos religiosos ou dos anti-religião. Logo entre enganados, errados e nenhum risco, do ponto de vista estritamente lógico, os que crêem levam vantagem lógica, racional  e inteligentemente avaliada sobre os que não crêem em nada e defendem ideais acima do puro e pragmático materialismo mecanicista.

Logo quem tem que honestamente reavaliar seus conceitos ( e não pelos crentes e cristãos ) são os ateus ( não por serem ateus mas por sua posição ). Eu o faria e lembro que um dia o fiz honestamente, por volta dos dezesseis ou dezessete anos. Não é uma demanda contra alguém, mas uma luta interna, que nada tem a ver com qualquer um que seja. Contudo a reflexão dessa postagem não é sobre religiosos e não religiosos, sobre crentes e não crentes, a favor dos primeiros e contra os segundos. O drama de Jó é uma demanda entre os que crêem e não contra os que não crêem. Trata-se de um drama tão atual, que descontada a despropositada afirmação se Jó existira ou não, se trata-se de uma biografia real ou não é absolutamente irrelevante. Para mim, por coerência, toda a Bíblia é a verdade e não se trata de teimosia por teimosia, no que não haveria nenhuma vantagem ou algo que distinguisse a fé evangélica da demais crenças ou arquiteturas de fé. Muçulmanos crêem que Maomé voou em um burrinho até onde hoje é Jerusalém e mais exatamente o  muro das lamentações. Poderia no campo das hipóteses ser verdade, mas crer nisso sem provas coerentes não é fé, é teimosia.

A fé nas Escrituras se distinguem das demais pela coerência, é inteligente e racional: mesmo havendo problemas entre conciliar fatos e descobertas, nós as confrontamos, nos arriscamos a perdê-la em certo sentido, a prová-las a cada dia, e examinamos as Escrituras, e na medida do possível descobrimos surpreendentemente um propósito coerente por trás de cada revelação, história e fato, ainda que sejam os mais estranhos possíveis, essa é a chave, esse é o diferencial. Não temos todas as respostas, mas elas estão lá,  e se revelam parcial e lentamente, e dão provas de si mesmas.

Bem voltemos a história de Jó.  Jó não era alguém que não acreditasse que Deus existisse mas ao contrário, sabia que Ele ( Deus ) existia por dois motivos: Havia ele ( Jó ) certamente sido ensinado acerca do Deus único e  Criador de todas as coisas ( tinha conhecimento teórico-religioso acerca de ); tinha vivência nessa fé, exercitava e experimentava pessoalmente o que lhe havia sido ensinado. Orava pelos filhos, fazia sacrifícios, etc. A nossa experiência com Deus ou não, passa por esses dois viéses: cremos ou não como resultado do que nos foi ensinado, não há como não sê-lo; cremos ou não por experimentarmos certas sensações, certos sentimentos ou não ( sentir se bem por repetir algo a si mesmo ou a outros ). Estes funcionam, na prática, como "provas" ou não, do que nos foi ensinado, e que parece ou ser verdade ou não.

Dessa forma, ninguém é religioso, não-religioso, crente, descrente, teísta ou ateu por acaso. É apenas resultado de um processo, as vezes longo, as vezes prazeroso, as vezes traumático, mas sempre o mesmo caminho e processo. As vezes os problemas são, dependendo da pessoa, problemas de informação. Pessoas educadas rigidamente em uma religião "x" passam a questioná-la seriamente, e de modo geral, por não serem ouvidas ou não encontrarem respostas as suas inquirições, tornam-se as maiores inimigas e combatentes de tal fé e crença, alinhando-se a outros de experiências semelhantes, engajando-se em uma batalha inútil que se estende por toda uma vida, as vezes  até a morte ( vide José Saramago e tantos outros ).


As vezes o problema está na resposta, nos sentimento e e emoções advindas de uma prática religiosa. O prazer religioso advindo de coisas que se faz no âmbito religioso, nos prendem  ou nos afastam traumaticamente. Eu fui católico-romano, católico-espírita-romano, kadercista-ubandista, kadercista-LBV, caçador de ETs,evolucionista, li  de tudo ( ainda leio, ouço, vejo ), até a "m" do livro "A terra era ôca" ( mal traduzido, mal escrito, mal tudo, realmente uma"b" ), li o livro de Mórmon, o Alcorão, enfim tanta coisa... O ser humano é bastante previsível e tão previsível que não adianta dizer que se está acima das demais pessoas, e que por algo particular você está imune aos erros e pensamentos que os outros posam ter. É assim que funcionamos, todos da mesma maneira, daí a Bíblia nos revela, nos diz, que somos todos pecadores, com a mesma e única ( para ser científico sob certo aspecto ) tendência ao pecado, ao erro ( pecar é errar a meta, o alvo, o goal, o objetivo no sentido escriturístico, e não uma lista simplória  de pode-não-pode ).

Jó conhecia Deus ( sabia acerca do Deus único e criador ) e de tal forma melhor que qualquer um de nós do alto do século XXI, seja um papa, um cardeal, um teólogo católico, um teólogo reformado, cristão, não cristão etc. O seu conhecimento acerca de Deus não era advindo de uma organização ou instituição religiosa, decidida por uma teologia oficial, por um estado religioso teocrático ou supostamente laico ( religioso ao contrário ). Não era um fé resultante de algo como "pergunte ao seu pastor", "o que o conselho declara", " o que o supremo concilio diz", me perdoem aqueles mais sensíveis mas não posso deixar de dizer "o  que calvino disse ", o que santo agostinho disse", "o que são Tomás de Aquino disse"... Não era baseado em um e em qualquer ainda eu legítima autoridade visível. Era muito mais e não era suficiente.


Notem que nesse sentido, religiosos, crentes e não crentes, teístas e ateus, ouvem "vozes" sempre de outros que representam alguma autoridade e poder de decisão no que se deva ouvir e crer. Seja o religioso tal, a instituição tal, o teólogo "x" ou o cientista ateu "y", cada ser humano responde por si mesmo a partir de uma experiência única, só sua e pronto. Por isso a Bíblia diz que cada um dará conta de si mesmo a Deus.


Não adianta, sob esse estrito ponto de vista, invocar o que o outro crê, a forma como crê em sua defesa, ou justificando a sua crença ou não crença. Assim como há uma ética individual que pode e deve, conforme as circunstâncias, se opor a ética de grupo, há uma fé legitimamente individual que pode necessitar se opor e distinguir-se da fé institucional, oficial, legal, corporativista. É um risco? As vezes sim se mal construída e adquirida, mas é a única que importa realmente e de fato. Quem é Jesus para você? Não é o que os outros pensam e acham que o fará salvá-lo ( salvar a você ).

Dessa forma também, religiosos não levam sob esse aspecto, vantagem sobre não religiosos, teístas sobre ateus e assim por diante, a menos que tiremos a real lição da experiência de Jó, e mesmo os que se acham bastante religiosos e recomendáveis diante de Deus, tirem da sua mensagem ( do livro de Jó ) a verdadeira lição a partir do que a Bíblia fala, e tem a falar a cada um de nós.


O livro de Jó não é simples. Não é um livro histórico, embora registre uma vida, a biografia resumida de um homem do passado, numa cultura distante. Trata-se de um livro poético e por isso de difícil compreensão. Sua compreensão não é superficial, embora se teime em fazê-la parecer possível e esgotada. Sugiro-lhe que o leia, como diz o meu amigo e irmão Jorge F. Isah, "sem pressupostos" ( ele acha impossível fazê-lo sem os ter, eu creio que devemos perdê-los para apreender o que Deus sempre queira nos dizer, daí o fato, a atitude recomendada pelo próprio Senhor Jesus, de nos tornarmos ou nos fazermos como crianças ).



Jó passa do exercício e prática de uma religiosidade legítima, do ponto de vista teológico, para a prova definitiva da verdade do que já cria. Mas se já cria de forma correta, para que provas? Esse pode ser uma questão legítima a ser formulada inicialmente, e cuja resposta pode ser encontrada no referido livro da Bíblia, o livro de Jó.

Jó é atual, contemporâneo, filosófico, no sentido mais fiel a filosofia, profundo e difícil ( por que não é a ótica de Deus sobre o homem versus a ótica do homem acerca de Deus mas a própria ótica de Deus dos fatos narrados ). Gosto de Arte, de bons filmes, de filmes cujos roteiros sejam de abordagem profunda, não superficial. Muitas vezes o autor ou autores estão tão a frente do público, que a ação, colocada como pano de fundo, distrai o grande público que embora gostando do filme permanece alienado as grandes e profundas questões nele abordadas. Sou professor de Artes plásticas e História da Arte e fazia bacharelado em cinema na EBA/UFMG onde me formei em um dos meus cursos superiores, por isso modestamente sei o que estou falando.


Um dos filmes que assisti ultimamente fora do período de seu lançamento ( fora da influencia da crítica e portanto do público ) foi exatamente "Wanted" (  O procurado ) com Angelina Jolie. Por trás de tanta pancadaria, tiro e acidentes fantásticos a grade discussão ( inalcansável ao grande público ) foi a do determinismo ou destino. Não conheço ( até agora- espero que seja uma mulher maravihosa e inteligente, marmanjo que não perceba a sua particular beleza...rs...rs...rs... brincadeira ) uma viva alma que possa ter visto a mesma coisa que vi, todas enumeráveis e demonstráveis a partir do roteiro e leitura do filme, cena por cena, fala por fala, etc. O livro de Jó, espero que ouça  e guarde essa afirmação, é a mesma coisa, não é fácil, choca, estranha... mas é uma maravilhosa revelação bíblica, como as demais, inclusive sobre a origem do mal e como é a atuação de Satanás no mundo e na história.

Finalmente, o objetivo dessa postagem não é fazer um estudo mais uma vez sobre o livro de Jó ( até escrevi uma postagem anterior que pode ser vista e lida nesse blog -CLIQUE AQUI- bastando-se para isso, ir aos "tags" abaixo ) mas para lembrar que a experiência de Jó é obrigatória, intransferida e intransferível por qualquer pessoa que seja sobre a face da terra, que cada um de nós na sua pessoal medida deve tê-la com profundidade.


Para os religiosos e crentes ela é essencial, faz toda a diferença. Para os não religiosos, para os que não crêem, para os que duvidam ( a dúvida é legítima mas pode ser casualmente infeliz ) deve ser desejada, pois religiosos como Jó na sua primeira fase, e incrédulos estão no mesmo patamar: uma fé e uma não-fé, ambas teóricas, centradas em si mesmas, em razões puramente humanas, resultado de uma parcialidade limitada e ineficiente.

O livro de Jó termina com a sua afirmação pessoal, força e testemunho a todos nós:   



Jó 42


1 Então respondeu Jó ao SENHOR, dizendo:
2 Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser impedido.
3 Quem é este, que sem conhecimento encobre o conselho? Por isso relatei o que não entendia; coisas que para mim eram inescrutáveis, e que eu não entendia.
4 Escuta-me, pois, e eu falarei; eu te perguntarei, e tu me ensinarás.
5 Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te vêem os meus olhos.
6 Por isso me abomino e me arrependo no pó e na cinza.

Jó 42:1-6
( * )O Livro de Jó é classificado como poético-sapiencial
Por Helvécio S. Pereira

domingo, 13 de março de 2011

A ÉTICA E O CRENTE


Tenho reiterada vezes dito ( sem criar um neologismo ) ao irmão Jorge F. Isah tutor do blog Kálamos ( do qual sou leitor assíduo e em uma semana ele deixou de postar no dia de costume e fiquei ansioso pelo próximo assunto, rs...rs...rs... ), sobre a característica mais que exemplar de dar um "start" a certos assuntos e temas relacionados à fé Cristã genuína. Diferentemente de outros blogs e blogueiros, que apesar de sua fé em Cristo e na Bíblia, se mostram  temerariamente presunçosos, revelando presumida e descuidadamente a sua falta de amor não só aos que não conhecem para crer, a Palavra de Deus mas aos próprios irmãos da fé, que aparentemente professam, ofensas e impropérios. O irmão Jorge F. Isah ( do qual recebo um alerta-subiu a bandeirinha no canto da tela do PC- de um comentário a uma postagem anterior feita por mim, nesse blog sobre " O CRENTE E ESCATOLOGIA", comentário que você poderá ver já publicado no referido post ) é equilibrado sem negar suas posições e visões teológicas das Escrituras. 

Calvinista, determinista convicto e sincero, não concorda por concordar, nem com os demais irmãos mesmos calvinistas, ou seja não é, por sua própria sinceridade e transparência, alguém que abra mão de sua posição, a não ser únicamente pela verdade. Já disse a ele, já disse ao demais irmãos, seus leitores (que as vezes me lêem aqui também ) e já disse aqui em outras não poucas vezes, ele, o irmão Jorge F. Isha, é um exemplo para todos nós, para mim pessoalmente, e para um monte de crentes que tinham que começar a tomar vergonha na cara, por um monte de coisas ditas gratuita e inresponsávelmente num espaço, numa mídia com enorme força e alcance, como a web e a internet. Se não pode ou não sabe ser benção para os demais: cale-se. Se for dizer ( escrever, postar, compartilhar, replicar ) algo, faça-o com temor e amor, lembrando que consequências virão sempre, de bençãos ou de maldições, as quais poderão ser recompensadas ou punidas no grande dia do Juízo, perante o Senhor, perante daquele que confessamos crer e amar e representar, em certa conta, perante as demais pessoas, crentes, cristãs ou não.

Ufa! Falei muito mas acho que vocês entenderam...

Bem essa postagem é sobre um tema abordado algumas vezes pelo irmão Jorge e desenvolvido em uma de suas postagens. De fato o tema foi apresentado sob vários aspectos em vários textos, em várias postagens, de fato uma série de postagens, que apresentavam  focos diferentes do mesmo problema. Tentarei de memória relacionar os vários aspectos abordados  em seus vários  textos ( se errar que ele ao ler faça as devidas observações aqui no blog ) :

1) A Lei e sua validade hoje;
2) A lei de Deus e a necessidade de sua observação por parte do Estado moderno;
3) A lei de Deus e a sua efetiva observação por parte do poder público mediada por uma materialidade política; 
4) A igreja ( denominação cristã ) e sua obrigatória ordenação relativa à vida e prática cristãs;
5) A vida cristã como resultado não somente de um foro íntimo, individual e pessoal;
6) A validade ou não de uma ética individual prevalente sobre uma ética eclesial denominacional.



Acho que  esses foram os principais pontos, lembrando que não foi exatamente essa terminologia usada em seus textos , mas creio, a idéia de cada uma delas, está o mais fielmente possível listada acima.

Em uma de minhas participações em seu blog, em um de meus comentários coloquei a factualidade da diferença entre "ética de grupo" e "ética individual". Isso significa que o ser humano como ser social, ao viver e se relacionar com outros seres humanos, seja em grupos definidos por gênero ( homem e mulheres ); status social ( ricos, muito ricos, bilionários, multibilionários, pobres, muito pobres, miseráveis e sem nada ); religiosos ( católicos, protestantes, paraprotestantes, ortodoxos, espíritas, adpétos do candoblé, muçulmanos, budistas, hindus, xitoistas, etc. ); ateus, materialistas, marxistas, socialistas, etc assume a ética do grupo. Isso significa que há duas categorias que regem o ser humano: a pessoal e a do grupo. Muitas vezes as atitudes são momentaneamente resultados da ética do grupo e não da individual e por que não vice-versa.

Na Bíblia vemos Deus, o Deus bíblico, ora tratando com um grupo ( a casa de fulano, a nação "x", o povo "Y", a nação de Israel, o meu povo, etc. ) e ora com o indivíduo ( Nabucodonosor, Abraão, Jacó, Saulo, João, Caim, etc - não nessa ordem...foi aleatória e de memória mas você pode conferir cada caso na própria Bíblia ).  Essa distinção é de suma importância pois se quisermos entender a dinâmica e o processo das regras na nossa vida e da dos outros, o que deve levar a uma melhor materialização da obediência nossa e dos outros  na sociedade ( acho que esse é o objetivo final ) devemos partir daí. E o ponto de partida é a Escritura, a Palavra de Deus, a qual cremos provê tudo o que precisamos para andarmos na luz ( embora o fato de já estar lá não significa que facilmente e automaticamente a entendamos.

Gostaria de adiantar que a "ética pessoal" ou individual prevalece e deve sempre prevalecer sobre a do grupo: do ponto de vista de Deus. Se não vejamos na prática: " Se creres em seu coração confessares a Jesus como Senhor serás salvo". (               ) é algo absolutamente de foro íntimo e a única coisa que vale no que respeita à salvação. Não é o que o grupo crê ou confessa mas o que o indivíduo crê. Como consequência de um foro íntimo a ação secreta, individual é igualmente valorizada acima das ações do grupo: a oferta da viúva, o túmulo ofertado ao Senhor Jesus por José de Arimatéia, Raabe escondendo os espias de Israel, a fé do Centurião, a mulher do fluxo de sangue, o reconhecimento do valor da primogenitura por parte de Jacó. Não só as boas atitudes mas também as más: o semblante caído de Caim, a incredulidade de um dos ladrões ao lado de Jesus, o desabafo incrédulo de Tomé, a dubiedade de atitudes de Faraó e as ações de Judas Iscariotes, mas há uma farta coleção de exemplos em toda a Escritura, espero que sejam observadas e pesquisadas pelos meus leitores regiamente, mais do que eu as observo pessoalmente. 

O grupo e sua "ética de grupo " é vista e julgada por Deus em outras circunstâncias. Na queda, Adão e Eva  foram tratados como um, embora Deus tenha proferido palavras específicas a Eva e a Adão e a Serpente. A maldição resultante da queda, embora específica a cada um, aconteceu de um modo único as três personagens. Quando tratados como grupo a benção e a maldição vem sobre  todos. Sodoma e Gomorra, Nínive por ocasião de Jonas, Jerusalém por ocasião de Jesus. A permanência em um grupo ( igreja, denominação, posição teológica, etc ) pode ser perigosa ou promissora no momento em que a sua ética pessoal ( seus posicionamentos e crenças ) não são tão melhores que os seus pares. Podemos passar a ser julgados com todos e como todos os demais. Isso fica claro no encontro de Deus com Abraão sobre o destino de Sodoma e Gomorra. Se fossem achados tantos justos Sodoma e Gomorra seriam poupadas. Nínive, por ocasião do ministério do profeta Jonas, por outro lado, foi perdoada ( e portanto poupada naquele tempo específico ) por causa do arrependimento de um homem: o rei de Nínive, a época.

Dai vamos ao terceiro ponto: regras sociais e eclesiais tem e podem ter o objetivo de não tornarem o grupo, a nação, a cidade, o país, a igreja, etc, tão detestáveis aos olhos de Deus de modo a levar todos a uma punição extrema. A inoperância da Lei, das regras para a salvação foi  um dos temas e abordagens recorrentes por parte do irmão Jorge F. Isha em seu blog através de vários de seus textos. A resposta é simples: visavam e visam tão somente a ordenação comportamental e externa dos indivíduos em um grupo. Não mudam o indivíduo internamente, mas têm a sua eficácia, eficácia essa que não foi abolida. Por isso também Jesus não aboliu a Lei e os profetas. Mas cada coisa no seu lugar.  


Regras nas igrejas tornaram e provaram com o decorrer de poucas décadas serem patéticas ( algumas como não ver televisão, não cortar os cabelos, não raspar as pernas e sovacos, etc )  facilmente questionáveis e mais direcionadas ao gênero feminino. E eu pergunto qual a vantagem de quem as praticou por longo tempo?  Em si não causavam nenhum mal, no máximo desconforto, deslocamento social, mas ai daqueles que as usaram injustamente provocando humilhação e descrença de tantas pessoas e pela observância artificial das mesmas se julgaram espiritualmente acima das demais pessoas.

Na prática, uma família ( mesmo de crentes e cristãos ), uma cidade, um estado, uma nação se mostra contra o que supostamente seria a vontade de Deus quando permissivamente incentiva, pela não proibição, ou pela legalidade objetiva do que vai contra o expresso na Bíblia, a qual consideramos a genuína Palavra de Deus. Se colocam aí frontal e ostensivamente contra Deus, não somente a sua vontade, mas inimigos de Deus. Esse, é a meu ver, o maior perigo. 


A benção de Deus se torna distante de uma família, de uma cidade, de um país, de uma igreja. Quando por exemplo um governo proíbe por sua lei o homossexualismo ( como os países muçulmanos ) sem conhecerem a Deus bíblico judaico-cristão exatamente, impedem em certa medida que seus habitantes promovam positivamente esse tipo de pecado claramente exposto na Palavra de Deus como tal. Quando autoproclamados cristãos como parte da Igreja Presbiteriana dos EUA, defendem a prática social do homossexualismo, casamento na igreja de pares de mesmos gêneros, defendem a legalização da maconha, a despeito de uma história eclesiástica puritana no passado, como calvinistas e crentes, atraem para a nação e para si mesmos como grupos, ainda que sejam, como aparentemente devam ser, um tipo de cidadãos afáveis para o convívio social.  Vale também para o Brasil, com toda a sua agenda de gastos supérfluos, em detrimento de causas e socorros sociais importantes. Com a jogatina patrocinada legalmente como mais um meio de arrecadação indevida, entre tantos outros exemplos. A idolatria oficial e oficiante, embora decadente de uma "padroeira da nação" contrariando a mais classa etimologia das palavras na língua portuguesa.

Qual a luta legítima dos cristãos e verdadeiros crentes? Na prática serem participantes politicamente, conscientes que as regras não mudam as pessoas, mas a falta delas, sua inexatidão, ordenam em certa medida os comportamentos externos, são válidas portanto se bem aplicadas e idealizadas mas tem o seu lugar, o seu foco real e não podem ser confundidas na sua efetividade.

E sobre o fato, a realidade prática do crente guiar por sua própria ética individual ou não? O princípio bíblico ( de Deus ) difere do princípio humano e até satânico, se não veja:

A igreja de Cristo, o povo de Deus sobre a terra, é o resultado de conversões e experiências individuais  em que cada crente no seu encontro pessoal com o  Senhor Jesus, cresce no conhecimento do seu Deus. É portanto do indivíduo para o todo, do micro para o macro. "As minhas ovelhas ouvem ( conhecem ) a minha voz e eu as conheço pelo nome" (                 ). Satanás desde o princípio tentou constituir um reino, uma dominação que despreza o indivíduo. Daí o fato dele ( Satanás ) ser pródigo em lançar grandes "ondas", grandes modismos, correntes de pensamento, ideologias e por que não, teologias, religiões. Após o milênio sairá, será solto, para "enganar as nações". No grande grupo, pouco ou nada importam as convicções pessoais, mas as manifestações externas e artificiais de ligação com o grande grupo. Abraão ( antes Abrão ) foi instado por Deus a deixar a sua terra e a sua parentela, no Salmo 1 somos instados a não nos "assentarmos na roda dos escarnecedores" e nem nos "determos no caminho dos pecadores". Portanto a "ética individual" precede e é superior a "ética do grupo ". A recomendação de "obedecer aos vossos pastores", "não deixar a sua congregação" se tornaria perniciosa na prática se fosse cegamente obedecida. São válidas enquanto houver um testemunho que o seu pastor, a sua congregação está no centro da vontade de Deus  naquele momento e não de outra forma.

Alguém poderá asseverar que não pode ser assim. Ninguém tem o direito ( na igreja, falando de igrejas cristãs, evangélicas ) de seguir o seu próprio nariz. Não é seguir o próprio nariz, é seguir a Cristo, a Deus através da única mediação legítima: a Sua Palavra. "Vos já estais limpos pela palavra que vos tenho dito", a vida cristã legítima se baseia na comunhão pessoal com Deus e não no fato de estar em uma igreja, concordando com certas coisas, ainda ou aparentemente, ou por si mesmas legítimas. Não também, em uma suposta lista de regras mais aceitáveis, que contemplem determinadas coisas, digamos mais visuais. Não devo beber cerveja (?! ) - mesmo porquê, por que beberia? ( a polêmica desnecessária da cerveja do líder da IURD*) mas não devo efetivamente alimentar-me de modo a chegar a ser um obeso mórbido. Estaria sendo um mau mordomo da minha saúde, encurtando a minha vida, sendo na medida do tempo, menos produtivo fisicamente ( e espiritualmente ) e ninguém poderia ( baseado em regras eclesiais ) me condenar por isso, mas seria ruim do mesmo jeito.

Finalmente a nossa relação com o Nosso Deus é espiritual com reflexos materiais reais. A vida não é simples, a vida segundo a perspectiva divina " é um fardo leve e suave" e isso posto, não  se tratou de simples metáfora por parte do Senhor, mas mesmo sendo "leve e suave", a vida como um todo, é de alta complexidade. Não é definitivamente simples em nenhum de seus aspectos. É leve comparada ao fardo imposto por Satanás ao homem, aos seres humanos, ao mundo, um fardo sim impiedoso, além das forças humanas, daí mesmo levando a morte sob vários aspectos e de diversas formas. De um modo ou de outro a vida é complexa, tanto que o tolo e o néscio, estão sob constante perigo, todos os dias. E não são poucos os sofrimentos advindos dessa postura frente a vida - vide aos não poucos e solenes avisos no livro de Provérbios, presente nas Escrituras.

Enfim temos maravilhosas promessas feitas por Deus. Excelentes provimentos as nossas necessidades, não poucas possibilidades de compreendermos melhor a Sua perfeita vontade, de O agradarmos com a nossa vida, que redunde em ações inspiradas por sua justiça e amor e balizadas por Sua verdade, Ele mesmo. Portanto, não nos desviemos desse foco. Amém.

Por Helvécio S. Pereira

P.S. : Gostaria de informar aos meus leitores que todos os textos passam por suscetíveis  revisões ocorridas a qualquer tempo, por sugestão, aviso, informes de leitores, enfim... até por não serem "a verdade" ou nenhuma síntese dogmática. Favor, portanto, voltem se assim for conveniente, e façam uma nova visita ao blog para conferir correções e modificações. Deus os abençoe ricamente.


(*) sem fazer uma defesa desnecessária (pela pessoa ou pelo fato ) ou ainda repercutir maldosamente um fato isolado, o bispo Edir Macedo foi  "casca grossa" por um lado, não planejou a sua fala antecipadamente e nisso errou numa fala pública ( o nosso ex-presidente Lula foi pródigo nisso não poucas vezes durante oito anos... ), mas por outro lado foi transparente e sincero. Muita gente não sabe mas a velha polêmica do beber vinho corre solta a décadas por baixo do pano na boca de lideranças respeitáveis, de denominações históricas de renome invejável, no meio evangélico. Ele não se preocupou com a sua reputação ( coisa de colérico - referência a teoria dos temperamentos ) e já deve ter percebido que falou  demais. Muitos são hipócritas, por serem doutores disso e daquilo, conhecerem a história, cultura oriental e bíblica, e se colocarem acima das cabeças miúdas dos membros de suas congregações e igrejas. Conseguem esses, articular o fato de Jesus ter bebido vinho mesmo, coisa que a Bíblia não esconde. Os seus inimigos o chamavam de comedor e beberrão. Justificar a ingestão de bebida alcoólica em país quase todo tropical, cujos alimentos são convenientemente hingenizados via indústria, é demais. Em termos muito simples o tema do "sermão" que deu tanto buchixo ( entre os crentes ) foi a ética advinda do grupo ( da religião ) e do indivíduo, que gostando ou não, todos concordamos dará conta de si mesmo a Deus.


(**) Assim posto esse texto não teve nenhum objetivo de tomar partido no episódio repercutido na web por meio de blogueiros "cristãos", dos quais a gente não tem exata certeza de que lado estão do Reino, pois mais do que apontar um erro há milhões de pessoas indo para o inferno todos os dias, só a volta deles, nas famílias deles. Teve sim o objetivo de, a partir de vários textos bem pensados do irmão  Jorge F. Isah, continuar a reflexão na direção e no foco corretos, de um dilema real que se coloca com o desafio diante da sociedade, dos cristãos e crentes como grupos dispersos no tecido social e do indivíduo, do crente individualmente diante de Deus.


(***) Esse esclarecimento é apenas para deixar claro que os fatos reais a nossa volta bem como a nossa cosmovisão teológica estão sim interligados. Não podemos fechar os olhos e ignorar os acontecimentos e o desafio de equacionarmos corretamente o seu enfrentamento. O que é mais importante? o que não é? como agir da maneira mais coerente, mais correta?


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domingo, 13 de fevereiro de 2011

O HOMEM TEM OU NÃO TEM ESCOLHAS?



Essa postagem é uma republicação de uma postagem anterior, apenas a chamada foi atualizada. É uma das postagens e um dos assuntos mais acessados nesse pouco mais de um ano de existência desse blog. Na postagem original estão os comentários da época postados por alguns leitores.

Em Gênesis 2 lemos:

1
¶ ASSIM os céus, e a terra e todo o seu exército foram acabados.
2
E havendo Deus acabado no dia sétimo a sua obra, que tinha feito, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito.
3
E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra, que Deus criara e fizera.
4
¶ Estas são as origens dos céus e da terra, quando foram criados: no dia em que o Senhor Deus fez a terra e os céus,
5
E toda a planta do campo que ainda não estava na terra, e toda a erva do campo que ainda não brotava; porque {ainda} o Senhor Deus não tinha feito chover sobre a terra, e não havia homem para lavrar a terra.
6
Um vapor, porém, subia da terra, e regava toda a face da terra.
7
E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.
8
¶ E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, da banda do oriente: e pôs ali o homem que tinha formado.
9
E o Senhor Deus fez brotar da terra toda a árvore agradável à vista, e boa para comida: e a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore da ciência do bem e do mal.

O texto acima pode ser lido em qualquer exemplar da Bíblia no capítulo 2, versos 1 ao 9.

Há certamente dilemas teológicos ligados estritamente a certas passagens e trechos Bíblicos. Construir-se uma liturgia e uma prática cristã é relativamente fácil. Manter uma comunidade ocupada e focada nisso também é bastante fácil.Bastando, para tal, malhar no mesmo ferro frio todos os dias. Omitir ou adequar certas passagens também pode parecer conveniente ou às vezes, devido a nossas limitações constituir-se o que temos no momento. Os reformadores fizeram uma grande obra de restauração da igreja de Cristo e na restauração da verdadeira mensagem Bíblica. Após eles outros, muitos outros corroboraram com essa obra e outros, também não tão poucos, no afã e fazer algo e também contribuirem positivamente cometeram erros que permanecem até hoje circunscrito a certos grupos e constituem desastres relativos, as vezes maiores, as vezes menores. 

Posso parecer indelicado, não é esse o propósito da minha abordagem, mas João Calvino, o grande reformador protestante, e isso na verdade o foi, fez uma boa confusão quando se equivocou em um modelo erigido em torno da predestinação, fazendo disso, a espinha dorsal de sua teologia, como outros fizeram do sábado, da glossolalia, do segundo advento, da negação da trindade, da não eternidade alma, da não existência do inferno, do paraíso milenar terrestre, etc, etc, enfim tantas ênfases desnecessárias apenas para mostrar diferenças e pretensas "novidades". O Édem é, sem dúvida, o calcanhar de Aquiles da fé cristã. Pergunte públicamente a uma pessoa culta se acredita no Jardim do Édem e principalmente nos fatos ocorridos lá. Pode ser um pastor de uma grande denominação, que recebe um polpudo salário e que a sua congregação tenha sessenta por cento de pessoas com curso superior ou bem mais do que isso. Ele ou ela, ficará terrivelmente consternado, isso para afirma o mínimo. Alguém pode desconhecer por completo todo o Velho testamento, ou Antiga Aliança, crer em Cristo e ser salvo. Ninguém precisa conhecer a Bíblia toda para conhecer a Deus, mas pode certamente conhecer mais de Deus, de seus eternos atributos, do Seu  total e eterno poder, de Sua eterna Sabedoria, se tiver a benção de conhecer mais e mais da Bíblia, sob a ótica correta. É exatamente no Gênesis, e particularmente no Édem, que o cristão moderno tropeça e cai. Negá-lo é negar a necessidade e a existência de um Salvador. É tornar Deus mentiroso mais uma vez, como sugeriu Satanás naquele mesmo lugar  e tempo. Muitos depois de anos de vida cristã, experiências com Deus, bençãos recebidas, misericórdias que se renovam a cada manhã, risos que vem pelo amanhecer, se tornam vaidosos, se dão ao trabalho de mal explicar o episódio do Édem, tal qual um jornalista incrédulo faria uma matéria tendenciosa para o "Fantástico", ou seja descredenciando e atribuindo explicações mais palatáveis à parcela enganosamente culta, supostamente erudita da sociedade, para  o episódio em questão e aí, ao invés de saberem mais e terem a sua fé aumentada, perdem-na. A pretensa satisfação devida ao mundo, à suposta elite culta desse mundo, acaba por envergonhar-lhes e tirar-lhes  até a fé que  inicialmente  tinham.

Calvino, sob o pretexto de atribuir e reconhecer a soberania absoluta de Deus, ( e essa soberania é realmente absoluta! ) retira das criaturas inteligentes feitas por Deus ( não da inanimadas como as pedras, rochas, estrelas e meteoros ) qualquer possibilidade de pessoalidade. Hoje discute-se o livre-arbítrio em oposição à soberania divina quando essa soberania revelada na inerrante Palavra de Deus nem conhecia  à tese filosófica citada, muito posterior aos registros encontrados no livro de Gênesis. O homem não é livre porque Deus seja menos soberano. Deus é soberano para conceder incluída aí a liberdade, contrariamente a possibilidade dessa liberdade surgir por si mesmo em algum lugar da existência, seja no céus dos céus, em qualquer lugar  ou no universo, aquilo que temos mais palpável, sob certo aspecto, diante de nós. 

I
Duas possibilidades portanto passam a existir frente a esse dilema

Uma: a soberania de Deus é absoluta e anula toda possibilidade criativa de qualquer uma de suas criaturas seja o homem, os anjos, animais ou outro ser vivo.

Duas: a soberania de Deus é absoluta e continua sendo, inclusive quando Ele, Deus, dá poderes, possibilidades para que as suas criaturas, ou parte delas, tenham a possibilidade de escolha. Essa é a minha posição mas não pode ser impostas simplesmente pelos meus devaneios, mas Biblicamente, de acordo com tudo que ela,  Palavra de Deus nos revela, ou seja pode ser igualmente comprovado, visto por qualquer outra pessoa. Não é privilégio meu e nem resultado de uma inteligência privilegiada, deve já estar lá e passível de ser encontrada por qualquer um.

Um querido irmão, o Jorge, questionando sobre  a origem do mal, assunto de outra postagem anterior, inquiriu-me sobre o motivo da árvore do conhecimento do bem e do mal estar no Jardim do Édem. Lembrando que, isso também é importante, o chamado paraíso terrestre era apenas parte da região chamada Édem ( que é um outro assunto ). Bem, a árvore do conhecimento do bem e do mal, não a árvore do mal, notem bem, foi colocada no jardim pelo próprio Deus. A árvore não era o mal, tinha inclusive, boa aparência o que foi percebido pela mulher, Eva, a mãe de todos os homens ( é o significado do seu nome ). De todas as árvores o homem e a mulher poderiam comer livremente incluindo a àrvore da vida, menos dela, da Àrvore do conhecimento do bem e do mal. Qual o motivo de Deus, o Senhor, de tê-la colocado lá? Qual a resposta mais plausível? Um acidente, uma imposição extra-vontade-de-Deus? Essas duas possibilidades não são razoáveis se Deus é absoluto em todos os Seus eternos atributos.

Há de se lembrar, entretanto, que todas as coisas são patentes aos olhos e ao conhecimento de Deus. Declaram as Escrituras que a luz e as trevas são para ele a mesma coisa. Nada lhe é oculto, nada lhe pode escapar. Deus portanto não pode ser surpreendido ou contrariado. Para entendermos o significado e propósitos de Deus no Édem, em que finalmente, consistiram os fatos ali ocorrido, finalmente registrados e relatados nas Escrituras, devemos considerar algumas questões anteriores. E é exatamente o que nos propomos a fazer a seguir.

II
Façamos, antes de tudo algumas considerações, as quais julgo pertinentes e importantes, no que ser referem à leitura  interpretação Bíblicas recomendáveis. A Bíblia com capítulos e versículos é algo praticamente novo e a própria ordem dos livros encontrados por nós em nossas Bíblias, é  diferente na Bíblia judáica. Daí o sentido, a mensagem, as verdades reveladas o são reveladas no livro todo, cada livro tem uma mensagem própria, transmite uma verdade inteira, e princípios também são igualmente lançados dessa mesma forma em toda a Bíblia, nos registros da Antiga Aliança e da Nova Aliança.

Tomemos, por exemplo, o livro de Provérbios, cujo título e palavra significa “comparações”. Sempre me intrigaram o fato dos provérbios serem relativamente poucos e não abrangerem efetivamente todos os assuntos plausíveis. Há, indiscutivelmente, em todas as culturas, somando-se todas do mundo, centenas de milhares de provérbios sábios e que se enquadrariam, pelo menos boa parte deles, em declarações  aprovadas por Deus, que o louvam inclusive. Há um provérbio africano antigo que reza mais ou menos o seguinte: " Pode-se saber quantas laranjas há em uma laranjeira, mas jamais saber quantas laranjeiras há em uma laranja". Não é maravilhoso? Esse provérbio declara comuma sábia comparação a grandeza da obra de Deus frente a compreensão finita do homem. Há umoutro provérbio árabe que reza: " Não importa por quanto tempo tenha andado na direção errada...volte!" Maravilhoso, igualmente maravilhoso. Atribui-se a Buda a declaração:feirta após um discipulo perguntar-lhe como encontrar Deus ( embora o budismo não tenha a idéia de um Deus pessoal ). Buda empurrou a cabeça do discípulo na beira do rio até esse quase se afogar, dizendo-lhe a seguir: quando desejar achá-lo como o ar para respirar." Novamente uma comparação. Óbviamente nem Buda nem o seu discípulo encontraram a Deus, pois Jesus é o único caminho. Mas é o princípio da comparação para o aprendizado lançado como princípio pleo proprio Deus na Sua Sagrada Escritura. Por que então só alguns? Trata-se de um princípio lançado por Deus,como já disse, o princípio da comparação como aprendizado e para o cultivo de uma postura responsável perante a vida e a Deus, um caminho de sabedoria. Calvino e boa parte dos reformadores, e hoje todos os calvinistas, defendem a posição de que o homem não poderia ter sido criado livre, pois como escolher livremente sem experiência prévia? Parece a mais humana das colocações e feitas com base sim, em uma  colocação filosófica humana, extra-Deus. No Édem , embora sem experiência prévia, claramente Deus havia colocado a comparação como princípio. Ou seja Deus , sendo justo, perfeitamente justo, deu ao casal humano plenos e sufientes elementos para que escolhessem a coisa certa. 

Primeiro: Deus a quem conheciam e ouviam a voz, e Satanás, que de algum modo não lhes era, não sabemos de que modo, estranho.  

Segundo: entre uma árvore e outra, a Árvore da Vida e da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal. Cai por terra a desculpa esfarrapada de que o homem não podia escolher entre uma coisa e outra por falta de experiência.

Vamos agora a outro livro, o Livro de Jó. Universalmente conhecido o seu conteúdo, as verdades nele reveladas são pouco aventadas ou cridas. Muitos desvaloriza-no  afirmando que, Jó de fato, nunca tenha existido. Pra mim a Bíblia é a plena  verdade e portanto inerrável. Vejamos algumas  das lições reveladas  no livro de Jó:

Primeira: Deus é origem de todo o bem que o homem possa ter e usufruir.

Segunda: Satanás é a origem do mal que advém ao homem incluindo fatores tidos como naturais, embora não saibamos como exatamente ele pode fazer isso. Porém só o faz de modo permitido dentro da absoluta soberania de Deus. Satanás tentou o homem Jesus, mas a Deus ninguém tenta pois Deus por ninguém pode ser tentado ou submetido a prova. Satanás portanto não submete Deus a nenhuma prova, pois não poderia fazê-lo. Satanás põs Jó a prova como reclamou a Pedro, informação que nos é dada pelo próprio Senhor Jesus nos evangelhos.

Terceira: O homem é livre para escolher a posição a tomar em  relação a Deus. Se Jó não fosse livre que sentido haveria na prova a que ele foi submetido? Não seria Jó oprovado ams o próprio Deus.

Os acontecimentos registrados e relatados no livro de Jó prosseguem  mostrando três alternativas:

Primeira: Jô pecou e merece o sofrimento pelo qual passava. Deus é nesse caso o causador do sofrimento, desse mal, e pune esse homem de modo justo.  Jó deveria aceitar esse fato, que se fosse culpado, Deus estava certo e ele, Jó deveria reconhecer e  se culpar por isso. E se não fosse, como não era, ( ele Jó, não sabia do que Satanás havia proposto ) deveria blasfemar, maldizer esse Deus e morrer, como sugerido por sua atual esposa.

Segunda: Os amigos de Jô, conhecedores de Deus teológicamente ( não eram pagãos, descrentes, idólatras ) faziam uma defesa racional de Deus e assim atribuíam a Jô em última instância a culpa pela sua desgraça. Mais ou menos quando julgamos um irmão de fé. Facilmente apontamos-lhe o dedo e  a pretexto de defendermos Deus ( que não precisa de defesa mas de testemunhas ) prazerosamente construímos um discurso teológico que nos dá mais prazer que o nosso reconhecimento pessoal do que Deus efetivamente seja. Acho que o correto seria derramarmos lágrimas quando Deus é blasfemado, pela tristeza do fato, porque o amamos e não por que sentimos prazer em espezinhar um outro ser humano.


Terceira: Jó aprende finalmente que a sua  experiência anterior com Deus era apenas teórica, de ouvir falar, agora é pessoal e real.

Jó é elogiado e aceito por Deus. Seus amigos são repreendidos e aceitos pela intercessão do próprio Jó. E Satanás? É derrotado no campo prático e da própria razão.  mais uma vez um ser humano prova que ele, Satanás estava errado emsuas apostas. O desfecho do livro mostra que Satanás se equivocou ao contrário do que aconteceu no  Jardim no Édem. Lá ele obteve vitória, mas uma vitória que não encerrou o caso. Será que o devaneio satânico de se tornar alguma coisa se deu pelo fato de Deus tê-lo permitido criar alguma coisa, e por tal possibilidade se julgou errôneamente igual a Deus, tal qual o homem, ao fazer grandes coisas, tem a ilusão de ser oinipotente e ter de si mesmo algumpoder e capacidade? Não saberemos ao certo talvez.

E o que isso tem a ver com a nossa reflexão inicial? Tudo. Jó era livre senão não teria sentido a proposição de Satanás. Jó agiria exatamente como Deus os faria agir como todos  as  demais,  cada umde seus atos, pensamentos e palavras proferidas, seriam de Deus e não nossas, suas criaturas: Satanás, os filhos de Jó, a mulher de Jó, os Amigos de Jó, e por extensão eu e você. No panteísmo tudo é Deus e nada o é a não ser parte dEle. Atribuí-se bem ou mal intecionadamente uma totalidade a Deus que não é a real, a razoável, a  lógica.

Deus portanto não foi surpreendido no Jardim com a queda do homem. Queda essa que representava uma possibilidade sabida por Deus, que fazia parte de Seu plano, não para que o homem caísse, mas originalmente de fazê-lo um ser que livremente escolheria viver para Ele, o seu Deus, o seu Criador e Senhor ( dono ). São seria um boneco sem vida, ou como um robô moderno, um arremedo de vida, de inteligência e autonomia. Mas realmente livre, dentro de um limite possível ( "se subires as estrelas e nelas pousares como Àguia, de Lá ti tirerei, diz o Senhor" , conhece eese texto das Escrituras? Esse homem seria capaz de escolher sempre servir a Deus, amá-lo, conhecê-Lo, fazer a vontade dEle, voluntáriamente.

III
Havia duas árvores. As duas igualmente visíveis em lugares de destaque. A Árvore do conhecimento do Bem e do Mal não estava escondida e nem com um acerca elétrica em volta de si. Não era também um arbusto pequeno e feio, desajeitado, com cheiro desagradável. Deus mostrou-as e avisou das consequências caso alguém, no caso o homem e sua mulher comessem do seu fruto. Inclusive a decisão era pessoal. Eva comeu e deu o fruto a seu marido que também o comeu. Se Adão e Eva tivessem filhos no jardim ( esse era o plano de Deus ) cada um de seus descendentes teriam livremente essa opção. Embora Adão por ser o cabeça do casal deveria transmitir a Palavra de Deus a todos os seus descendentes, bem como Eva.

IV
Bem falta encaixar tudo isso no resto da Revelação Bíblica. No próprio Édem Deus revela que haveria um novo episódio no drama do homem. Um seu descendente “feriria a cabeça” da serpente, Satanás. Que sentido há nisso? Muitos se perguntam como Deus deixou Satanás  ter acesso ao Jardim e ao casal humano? Certamente sabia do propósito de Deus de construir um caráter à raça humana. Seres físicos com capacidades espirituais de se relacionar com o Deus espiritual, e semelhantes a Deus. Note que Satanás, Lúcifer, almejou erroneamente a “ser igual a Deus” e o homem foi criado a “imagem e semelhança de Deus”. Satanás queria provar que esse projeto do homem e toda uma “à semelhança de Deus” falharia. Deus soberano e presciente como é não obstou satanás de agir conforme planejado ( como no livro de Jó, lembra? ). A soberania de Deus atribuída pelo calvinismo é incoerente com a realidade. A soberania revelada na Bíblia é inteiramente coerente a toda a revelação da Escritura. Deus permitiu por que já sabia e não o obstou de tentar a Eva. Os planos de Deus para a raça humana não foram frustrados. Somos uma raça, uma espécie de seres predestinados, agora sim, na perspectiva correta para termos comunhão com Ele. Faltava apenas a revanche absoluta. Jô venceu a sua prova. Mas a Justiça de Jó não era suficiente para cobrir os pecados da raça humana. Eram necessárias não só uma prova infinitamente maior como satanás deveria ser pessoalmente confrontado.

Deus se fez homem. O “logos”, a palavra, o verbo, a linguagem pela qual todas as coisas vieram a existência, Ele mesmo veio a existir entre nós ( Emanuel – Deus conosco) com dois desafios: como homem vencer no nosso lugar a Satanás e como Deus abrir mão de sua onipotência mesmo no limite  da mais dura  prova. Sozinho na cruz Jesus clama " Está consumado". Jamais entenderemos o que essa batalha significou. Apenas a mencionamos. Sozinho, sem o Seu poder, persistiu em livremente fazer a vontade do Pai. “satisfeito verá Ele o resultado do penoso trabalho de Sua alma” ( Isaias 53) Assim como pelo erro de um ficamos submetidos ao que Satanás sugeriu, a nossa inviabilidade como seres livres, como sugeriu a impossibilidade de Jó permanecer fiel.Para Satanás um ser livre não seria fiel na sua comunhão com Deus. No Édem pretensamente provou que o homem deixado livre se afastaria de Deus e que após conhecer o mal estaria mais propenso a ser como ele mesmo, Satanás , era.Realmente sob o peso do conhecimento do bem e do mal, o homem sofre e produz sofrimento embora sonhe em ter paz, alegria e realização pessoal. Sozinho a luta do homem é totalmente vã. É um joguete nas mãos de quem ele, ser humano, desconhece e que lhe mente  e atrai em todo o tempo ( o diabo - a antiga serpente, Satanás ).De todas as maneiras Satanás lhe atormenta e zomba da sua situação, atiçando-lhe as paixões e inclinações mais ocultas. Fazendo-lhe que , sem o saber, o adore por trás das maiws horrendas e patéticas divindades, enganando-lhe com as mais impensáveis formas de religiosidade.  Satanás, porém, é derrotado todos os dias quando um homem ou mulher, livremente se arrependem ( só seres livres podem se arrepender- os anjos são imperdoáveis- não sabemos o porquê ) e se reconciliam com Deus através da pessoa e da obra de Jesus na Cruz e são recebidos pelo Pai e seu arrependimento festejado nos céus como na parábola do filho pródigo ( filho rico por herança e direito ). 

Deus, dessa forma, é honrado em seu projeto, as cadeias são quebradas, os demônios expulsos dos corpos das pessoas por eles escravizados, as doença por esses demônios impostas às essas pessoas direta ou indiretamente, são todas curadas efetivamente, e o Reino de Deus é chegado, a vontade do Pai é feita na terra finalmente como é feita no céu. Aleluia! compreender isso é muito mais que ser religioso, que se envolver em debates teológicos, do que ter um emprego em qualquer ministério respeitado historicamente ou não. É fazer parte de um exército dinâmico, de uma igreja viva, de ter a visão exata da batalha sobrenatural em que estamos, gostando ou não, querendo ou não, envolvidos e comprometidos. Alguém pode ficar terrivelmente ofendido com essas reflexões, mas espero sinceramente que alguém possa estar chorando, tocado por Deus, confirmadas essas verdades em seu coração. Que uma haja uma luz explodida em seu interior e que essa pessoa dê a partir de agora muitos frutos e que o seu testemunho a respeito do nosso salvador  seja tão eloquente  que impossibilite o não convencimento.

Abraão é o considerado o pai da fé, pois livremente, sendo pecador, falhando como nós, em um momento crucial, fez a escolha certa, confiou no Senhor e novamente Satanás foi derrotado.

Na revelação Bíblica Deus é soberano, absolutamente soberano, você pode imaginar algo próximo disso? Portanto tudo se encaixa. Não a partir de discussões infindáveis e construção de arquiteturas teológicas que aparentemente esclarecem e dão a exata medida dos atributos divinos. Desse modo a Sua eterna e absoluta Soberania, Presciência, Sabedoria e perfeita Justiça ficam patentes e inescusáveis.
Amém.

por Helvecio S. Pereira

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