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quinta-feira, 19 de junho de 2014

A NOVA RESISTÊNCIA À MENSAGEM CRISTÃ NO OCIDENTE ( E UM RESUMO DA HISTÓRIA DA LIBERDADE DE CRENÇA E DE EXPRESSÃO NO LADO "CRISTÃO" DO MUNDO )


Frequentemente se ouve dos desvios e exageros cometidos em países islâmicos que pro defesa da sua religião oficial, com base em uma teologia própria duvidosa, pune com mortes cristãos sejam de que identidade teológica cristã forem. 

Essa mesma desgraçada opinião que sempre terminava em assassinatos sumários já foram reais na história ocidental, católicos contra todos os grupos independentes não-católicos, anglicanos contra católicos-romanos, calvinistas contra católicos-romanos e católicos romanos contra calvinistas, calvinistas contra calvinistas, exemplos todos com prisões, torturas e morte em vários períodos e momentos históricos.

Embora seja esquecido amplamente, a liberdade real de crença e de expressão de uma fé, seja qual for, no ocidente, cristã ou não cristã, foi conseguida sim graças à Reforma Protestante. Martin Lutero, monge alemão desencadeador desse que foi e é o movimento cristão mais importante em vinte séculos após o advento da igreja cristã primitiva, também errou, concluindo em seu tempo  que os judeus, por terem assassinado o Senhor Jesus deveriam ser mortos, pensamento compartilhado antes de seu tempo por próprios católicos romanos.

Entretanto a defesa original feita por Lutero e outros não foi de fato compartilhada por John Calvino e seus seguidores e por calvinistas modernos: a da  LIVRE LEITURA  e LIVRE INTERPRETAÇÃO DAS ESCRITURAS. Católicos Romanos, ou a Igreja Católica Romana, não defendiam e portanto até proibiam oficialmente a LEITURA DA BÍBLIA pelos leigos, e menos ainda a LIVRE INTERPRETAÇÃO DAS ESCRITURAS, que só poderia ser mediada pela Igreja Católica Romana.

Muitas pessoas erroneamente pensam sinceramente que a Ciência como instituição e aparato de conhecimento normatizado seja uma fonte de liberdade de pensamento. Essa não é a verdade. A Ciência, embora trate com descobertas, pesquisas sistemáticas, conclusões baseadas em observações, dados e fatos, só emite conclusões baseadas na maioria de seus agentes, ou até as mais convenientes à certa ideologia ou política prevalente. Ou seja uma determinada descoberta, invenção, interpretação, só vem a público e é difundia e ensinada como verdade oficial segundo interesses maiores e muitas vezes fortuitos.

Um bordão conhecido e difundido amplamente é que a Ditadores, governos, principalmente de terceiro mundo, não convém que uma população seja instruída. Essa não é de fato a inteira verdade. Um povo ignorante é atraso e prejuízo inconsequente à qualquer nação.  Pode ter sido um fato em certo momento histórico, mas a realidade é que ditadores, governos de terceiro mundo, necessita de técnicos, educadores, profissionais de alto nível para que mesmo a sua ditadura seja mais permanente. E um mito o discurso de que qualquer educação formal é libertadora. De fato a escola, em qualquer nível educacional, pode ser mais eficazmente opressora e menos libertadora, do que a simples ignorância, pois ela não só dá a informação que lhe convém, como apresenta somente as provas que farão das pessoas de posse desse conhecimento unilateral pessoas mais ativamente fieis do que pessoas simplesmente ignorantes.

Algumas provas dessa minha declaração: A China na sua ação de crescente preparo de profissionais de alto nível, Cuba em certos setores e em certas formações acadêmicas, Rússia hoje e a maioria dos países integrantes da antiga URRS,  a Alemanha Nazista, membros da cúpula de governo da Coreia do Norte e tantos outros exemplos omitidos por ora nessa postagem.

No ambiente religioso também não faltam provas mais contundentes: teólogos e religiosos católicos romanos, fieis aos "erros" teológicos denunciados criticamente por não católicos-romanos. Mórmons, Adventistas, Presbiterianos Calvinistas, Batistas Calvinistas ( Reformados ), Testemunhas de Jeová e tantos outros grupos cristãos. É inegável o grande número de pessoas em todos esses grupos com a melhor educação desejável e a dificuldade em serem autocríticos teologicamente em relação às sua próprias igrejas.

O ateísmo igualmente não é libertador, ativistas ateus repetem e são tão objetivamente fanáticos em ao defender as suas premissas, atacarem as crenças religiosas seja de quais religiões forem, não admitindo em tese, esses ativistas e não ateus isolados e pessoais, a possibilidade de crença em algo sobrenatural.

A liberdade mais ideal e desejável é sem dúvida a liberdade oriunda da Reforma Protestante que defende a LIBERDADE PLENA, a de investigação escriturístisca ( Bíblica ) e a possibilidade de crença e não crença no que ela ( A Bíblia judaico-cristã )  revela, sabendo-se que, segundo ela, cada um dará cona de si mesmo a Deus. 

Abaixo, um patético e porque não bizarro exemplo, de como a forma ocidental de questionar tudo pode redundar em exageros e desvios que ao contaminarem toda uma sociedade de modo imperceptível, se traduz em uma anti-liberdade plena,

vejam:

Uma igreja Batista foi o centro de uma investigação policial por um anuncio na porta do templo que sugere que os nãos cristãos irão “queimar no inferno”, por isso foi investigada como um “incidente de ódio”.
A placa dizia: Se você acredita que Deus não existe, é melhor você estar certo, e logo abaixo mostra uma imagem de chamas de fogo.

A investigação foi iniciada contra a igreja Batista em Norfolk por causa de uma queixa apresentada por um jovem que passando pelo local se sentiu desconfortável com a mensagem, que segundo ele não é o amor cristão. Robert Gladwin, 20, disse que ficou “surpreso” ao ver o cartaz em frente à igreja, quando ele ia para sua casa, conforme publicado pelo site Mirror.
“A mensagem que é exibida do lado de fora da igreja não poderia estar mais longe da mensagem cristã que se diz sobretudo, ‘ame o teu próximo’”, disse Gladwin.

“Fiquei impressionado de verdade. Vivemos no século 21 e colocar essa mensagem, que os não cristãos vão queimar no inferno, para tentar assustar as pessoas e fazer mudar o seu modo de pensar”, disse o jovem.
O cartaz foi colocado ao lado de um quadro de avisos na entrada da igreja, para que todos os visitantes possam sempre vê-lo.
A polícia pediu ao Pastor John Rose, 69, para retirar o anúncio, depois que os agentes começaram uma investigação sobre a denúncia.
O pastor Rose disse que “lamentava” o que poderia ter sido interpretado pelo cartaz. Ele disse que a Igreja oferece uma variedade de maneiras em que as pessoas são capazes de se comprometer com a mensagem cristã.
“Jesus nos encoraja a amar a Deus e amar o nosso próximo e, portanto, lamento que o cartaz tenha sido visto como um discurso de ódio”, disse o pastor.
A grande lição é que a liberdade de pregar, de crer, de se criticar, de debater e construir uma cosmovisão pessoal e expressá-la publicamente em resposta ao mundo corre o grave risco de ser cerceada, não aos moldes do Oriente de de países totalitários, comunistas ou islâmicos, mas igualmente e eficientemente opressores.

Por Helvécio S. Pereira




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domingo, 1 de maio de 2011

A LEI E A GRAÇA

Senti há alguns dias atrás falar sobre assunto, discorrer sobre esse tema que de um modo ou de outro é recorrente e presente em nossa prática cristã diária, estando nós conscientes disso ou não. Esse tema foi desenvolvido em algumas partes, com outro enfoque, pelo meu querido irmão em Cristo Jorge Fernandes Isah do blog Kálamos. O tema é o mesmo mas o enfoque complementar, por outro ângulo, e pela complexidade ainda que feita sinteticamente, demandará mais de uma ou duas partes.

A posição teológica prevalente é a de que o Velho Testamento e o Novo Testamento, aos quais prefiro chamá-los de Antiga Aliança e Nova Aliança, Antigo Pacto e Novo Pacto, etc, é de que no período anterior ao fim do ministério de Jesus, para ser mais exato, a Sua ressurreição, prevalecia a Lei e posteriormente a Graça. Sob a Graça entende-se que simplificadamente que a doação por parte de Deus da salvação ao homem e o recebimento dessa pelo mesmo, sem nenhum elemento que o faça recebê-la, merecê-la, barganhá-la, etc. 

Sob a Lei entende-se que, além dos Dez Mandamentos, dados a Deus por intermédio de Moisés, e todos os demais preceitos do livro de Levítico, haveria uma conduta, baseada nessa Lei pelo qual o homem seria aceito e portanto salvo. A mesma Escritura deixa claro posteriormente que, o propósito da Lei não era a salvação mas outro.  A Lei era pedagógica, metafórica e portanto sombra das verdades que seriam reveladas e dos cumprimentos dos atos de Deus na história humana. Ainda simplificadamente o que separa uma coisa, um elemento, uma instituição da outra parece ser o tempo. A Lei parece abolida já que a Graça é instituída temporalmente.

Durante o período de maior dominação e poderio católico-romano a Graça ficou sufocada e dela perdeu-se a real compreensão, algo somente recuperado via Reforma Protestante há cinco séculos atrás, por meio dos Reformadores protestantes, dos quais o principal é sem dúvida Martin Lutero, seguido de muitos outros empenhados no mesmo objetivo: o de restaurar o Evangelho da Graça. A Salvação pela Graça é a maior conquista do protestantismo, sem sombra de nenhuma dúvida, juntamente com o Livre Exame das Escrituras e o Sacerdócio Universal, ou seja a ligação do homem a Deus individualmente e sem a mediação da instituição religiosa, a igreja institucional, seja qual for ela, católica-romana, ortodoxa, anglicana ou as atuais evangélicas.

Contudo no dia a dia, guarda-se muito ainda dessa sensação de legalismo que aparece não poucas vezes ou na prática de alguns grupos, na crítica de outros pela aparente falta de sua materialidade. No meio cristão práticas simplórias aparecem no Catolicismo como não comer carne na sexta-feira da paixão, guarda do sábado pelos Adventistas do 7º Dia, etc. Contudo é injusto atribuir só a esses dois grupos alguma manifestação de legalismo. Não raspar a perna na Igreja Deus a Amor, não usar barba na Assembleia de Deus, são alguns dos criativos e múltiplos exemplos. Mulheres não poderem tingir os cabelos, cortá-los, ou usar calças compridas, etc. Algumas foram vencidas pela contemporanidade como assistir televisão, ouvir rádio, etc, etc, mas podem aparecer sob outras formas em resposta a mudanças sociais. A rebeldia e o rechaço objetivo a certas imposições claramente Escriturísticas são manifestações de anti-legalismo, como uma inscrição de uma nova norma, o "não-pode" trocado pelo "agora pode" é apenas um legalismo as avessas. De fato funciona como uma "revisão do legalismo" antes vigente. É como se gritasse: "estava errado e achamos um modo de corrigi-lo". É o velho bordão satânico ( as vezes o é de fato ): "Não foi assim que Deus disse mas..."

Assim posto temos a tendência ao legalismo e a tendência aparentemente oposta do anti-legalismo impondo uma nova regra com a ausência das "regras indesejáveis". Um exemplo disso é o surgimento de "igrejas evangélicas" para gays constituídas e organizadas por pessoas que se dizem crer em Deus e em tudo o que a Bíblia possa dizer, mas que "mudam" o aspecto legal das escrituras que consideram injusto e errôneo. Vemos portanto que a percepção inconsciente do que seja uma "Lei" é algo natural e presente em todos os aspectos de nossa vida, seja religiosa e secular. Nem mesmo um louco, em sua loucura localizada, conceberia uma vida totalmente sem lei, sem regras, sem algo que a amarrasse e desse um sentido previsível e razoável. Aliás os loucos no seu mundo particular, agem estranhamente baseados em uma lógica mais rígida que as pessoas tidas como normais, o que justifica em muitas ocasiões seus atos de insanidade, que se chocam frontalmente com a lógica da maioria das pessoas ou da sociedade em que vivem mas que a eles parecem verdadeiramente razoáveis e com uma verdade clara e incontestável.

Vejamos entretanto o longo caminho, que será apenas esboçado nesse artigo, dizendo respeito a lei e a Graça. Adianto que segundo o meu ponto de vista, contrariamente ao que se aventa normalmente, a Lei e a Graça andam juntas em toda a Bíblia, do Gênesis ao Apocalipse e não separados pelo tempo numa linha histórica que se interrompe, anula e se inicia a seguir.  Temos em Gênesis a Criação de todas as coisas e posteriormente da Terra e finalmente do Homem e da Mulher. A Criação é um ato de Graça de Deus e nada menos que isso. Nada Lhe obrigava ( a Deus ) criar o universo, a terra e a raça humana. A vida é um ato da Graça de Deus e no Éden havia a dádiva da Árvore da Vida que graciosamente daria aos seres humanos uma vida interminável ou extremamente duradoura. Se o homem caísse de um penhasco possivelmente morreria, mas não de doença ou de velhice simplesmente. De algum modo, como no Apocalipse a Árvore da Vida seria "para a saúde das nações" interminavelmente. A vida e a Árvore da Vida são expressões, manifestações práticas da Graça de Deus. Mas a Lei lá estava presente na determinação: "de todas as árvores e de seus frutos podereis comer, menos da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal". Se desobedecida ( como foi ) haveria uma retaliação, uma castigo, uma perda, uma queda de condição ideal para uma com menores privilégios. 

Ao homem bastaria para usufruir da Graça, respeitar e obedecer a Lei. Alguns defendem que no Éden só havia a "graça" e não a "lei". Vemos que as  duas estavam, se encontravam, vigentes e  presentes.  Há ainda a discussão teológica de que Adão e claro Eva, poderiam não pecar, ou foram criados justamente para pecar segundo decreto de Deus. Asseveram alguns que os mesmos não seriam livres para escolher entre uma coisa e outra, e um dos motivos seria a carência de conhecimento prévio, e a não-existência de um tal livre-arbítrio, conceito só criado filosóficamente muito mais tardiamente, algo que propicia uma longa, e porque não dizer interminável controvércia, por uma série de outras implicações teológicas.

Ainda a seguir, logo após a queda, Deus trata bem a Adão e Eva, algo inconcebível nas mitologias posteriores como gregas, romanas e ainda outras, anteriores as duas como a egípcia por exemplo. Como manifestação de Graça, Deus dialoga com o casal de infratores, constrói com  eles soluções ( as roupas de peles ) e lhes dá uma prévia da nova vida e dos desafios que enfrentariam na sua nova e não tão boa vida vindoura, isso também é Graça. Finalmente faz a Eva promessa de redenção, de uma vingança, de uma reviravolta contra aquele ( Satanás ) que a enganou. Deus toma partido do homem e da mulher contra Satanás e isso é Graça novamente. Mas no confronto futuro, sob alguma regra ( não seria de qualquer jeito, legalmente, e Lei portanto ) o descendente da mulher seria ferido no calcanhar mas feriria a cabeça da Serpente ( Satanás ).

No episódio entre Caim e Abel com a morte do segundo, a Graça de Deus se manifesta de diversas formas, desde  a observação anterior feita pessoalmente a Caim quando de sua tristeza e ciúme, quando depois ao ser colocada uma marca para que Caim não fosse morto por outra pessoa em represália a seu crime hediondo. Mas a lei se manifestara na apresentação das ofertas, a aceita de Abel e a rejeitada de Caim. Uma cumpriu o esperado, o legal, a legitimidade de uma oferta, a outra não. Se a "legalidade" a qual se transformou, se materializou em rejeição da oferta pode ter sido a oferta exteriormente ( produtos do campo versus cordeiro ) ou interna do coração, enfim uma opção teológica na falta de mais informações.

Sobre Enoque se diz que "Enoque andou com Deus e Deus para Si mesmo o tomou". Depreende-se que Enoque agradou a Deus em todos os quesitos, enfim todos os pontos, do que enfim se esperaria de um ser humano na relação com o Seu Deus Criador. Dá para imaginar Enoque andando com Deus e fazendo o que bem queria, sem nenhuma correspondência ao que Deus esperaria dele ( Enoque ) ou de qualquer um de nós ? Parece razoavelmente que não.

TO BE CONTINUED ( continua...)

Por Helvecio S.Pereira




COMPLEMENTOS

DEFINIÇÕES

A GRAÇA

O que é a Graça na Bíblia?



“Graça - (do hebraico hessed; do grego charis; do latim gratia) Favor imerecido concedido por Deus à raça humana. É um fluir único da bondade e generosidade de Deus. O objetivo da graça é duplo: 1. salva o homem do pecado; e 2. restringe a ação deste (pecado), levando o homem a viver nas regiões celestiais em Cristo Jesus. A graça, ensina o apóstolo Paulo, é operada pela fé.”


Somos salvos pela graça (Ef. 2:5,8) e alcançamos esta graça pela fé, que também é um dom de Deus (Ef. 2:8). Ele nos veste com vestes de salvação (Is. 61:10). Pelo próprio conceito dado, aprendemos que não fazemos ou temos nada que nos torne merecedores da salvação (que vem pela graça). Ela simplesmente é fruto do amor (Jo 3:16) e da misericórdia de Deus ( Ef. 2:4,5).


Esta graça está disponível a todos os homens (Ler Tt 2:11). Ela produz justificação, santificação e, por fim, glorificação. É muito importante saber que sem a graça de Deus não há salvação para nós (Ef. 2:8,9). Por mais que nos esforcemos, não produziremos justiça própria que nos garanta a entrada no céu (Is. 64:6). Só nos resta aceitar o convite da graça em Is. 1:18, 19.


 A LEI

O que é a Lei na Bíblia?


A lei de Deus é uma descrição de Seu caráter. Deus é: Santo (Lv. 19:2); Justo (Sl. 145:17); Bom (Sl. 34:8); Eterno (Is. 40:28); Imutável (Ml. 3:6); Amor (I Jo. 4:8), apenas para citar algumas das características de Deus. Sua Lei também é Santa (Rm. 7:12); Justa (Rm. 7:12); Boa (Rm 7:12); Eterna (Sl. 119:144); Imutável (Sl. 89:34); e o cumprimento dela é o Amor (Rm. 13:10).


Em Êxodo 20, é encontrada e chamada de “lei moral”, mas existem também outras leis, como a “cerimonial” e a de “saúde”, por exemplo. Ela nos foi dada como um padrão de conduta tanto para o nosso relacionamento com Deus, como para com os homens. É dever de todos os homens guardá-la (Ec. 12:13),e isto só é possível com a ajuda de Jesus (Jo 15:5).

quinta-feira, 28 de abril de 2011

GRAÇA E MÉRITO

Estou avaliando discorrer sobre esses dois fatos importantes revelados nas Escrituras, na Bíblia Sagrada, e cujo pêndulo ora oscila mais para um lado do que para o outro. As idéias expostas a seguir são uma síntese dos pensamentos que culminam no reconhecimento e priorização desses dois conceitos.

Em primeiro lugar a Reforma, o Calvinismo, o Protestantismo, como se queira, relacionada ou simplificadamente destacar a grande mudança ocorrida no cristianismo institucional há cerca de cinco séculos, recolocou a Bíblia como fonte da verdade absoluta acerca de Deus e sua relação com a humanidade. A maior herança da Reforma Protestante foi a salvação unicamente pela graça, mediada unicamente pela pessoa do único Salvador Jesus Cristo, significando que nem obras, nem igreja alguma, nem sacramentos, nem orações pós-morte, nem indulgências, nada salva nenhum ser humano, perdoando-lhe todos os pecados e introduzindo-o no céu, justificado completa e plenamente.

Isso se opõe a todas as religiões humanamente constituídas, incluídas aí setores consideráveis da igreja institucionalizada como igreja cristã. Portanto o que ocorreu no século XVI e seguintes foi uma redescoberta da verdade bíblica e uma prevalência irredutível da verdade divina, absoluta e expressa claramente nas Escrituras. Contudo cristãos em toda a história, sinceramente preocupados ou maldosamente intencionados contra outros cristãos, batem de frente e constantemente contra toda condição de vida  não tão recomendável e nem tão exemplar atribuída a condição de crente e de cristão ( algo plenamente legítimo ).

Quase sempre a definição do que é um cristão exemplar passa por valores temporais, fatores externos como vestimenta, adesão a valores seculares ou não, distância permitida desses valores, sem esquecer-se da relação hierárquica-eclesial, conhecimento teológico-eclesial e até pressuposta condição espiritual-sobrenatural do crente.

É engraçado e pode chegar a ser patético, se por exemplo hoje tivermos um "apóstolo ( não que não pudesse haver ) pentecostal, neocalvinista, reformado, presidente da igreja y ( preferencialmente histórica pois rivaliza e dialoga com o catolicismo romano) nobel da paz, membro da academia brasileira cristã de letras, consultor da ONU para assuntos bíblicos, doutor em divindade, pós doutor em divindade, mestre  nas cartas paulinas, mestre em evangelismo e intercessão, doutor em eclesiologia, pós doutor em línguas bíblicas, profeta, com unção para curas e expulsão de demônios, casado com D. y ( repleta de títulos honoríficos ) com três casais de filhos lindos e saudáveis, escritor de dezenas de livros ( isso não pode faltar ) palestrante, cantor, compositor, arranjador, instrumentista e empresário de sucesso. Não se pode competir com esse homem, é realmente esplêndido, como não desejar ser  como ele, ainda mais com um aparência que recomenda que tenha menos  vinte anos?

Claro se houver um sujeito assim não serei contra ele e contra o fato de ter aproveitado todas as chances para ser e se apresentar  como tal, mas o exemplo improvável acima ( por uma série de detalhes,é mais cômico que real ) é simplesmente para mostrar como a nossa visão do que meritoriamente é ser um cristão ou crente é a priori diversa do que a Bíblia e principalmente o Senhor Jesus nos mostra. Mesmo apontando inconcistências várias todos nós os teríamos em melhor conta de que um reles cristão anômimo, pobre e sem educação bancária recomendável.Isso em todas as igrejas, denominações ou grupos de tendência teológicas diferentes, seja no protestantismo ou no catolicismo, haja vista a forma da hierarquia e dos cargos na estrutura católico-romana, invejada e desejada como  realidade em setores protestantes ou evangélicos. 

Somos todos, do papa ( se possível for, e talvez seja ) até o mais reles cristão neopentecostal  ( sem preconceito ) de alguma igrejinha desconhecida, se salvos, o são, e o somos, únicamente pela Graça. Não há nada, não pode haver, e de fato não há mesmo, nem por inferência, algo a acrescentar à salvação recebida por quem crê em Jesus Cristo e já é por isso, e só isso mesmo, salvo. É incrível, mas embora não falemos abertamente sobre isso, após a humilhação da conversão, com os anos parecemos mais fariseus seguros da sua auto condição religiosa, da nossa história, do que julgamos saber, discernir, opinar, criticar, do que ousávamos no dia da nossa conversão ou alguns meses depois. Ficamos orgulhosos, enfatuados, presunçosos, e não paramos para pensar que deixamos que isso realmente ocorresse de forma, as vezes inocente, as vezes decidida e claramente patética.

A Bíblia fala da Graça mas fala, não poucas vezes, do mérito, não para salvação, mas para o serviço ( ministério = serviço ), para reconhecimento divino e para galardão. O reconhecimento dessa verdade nos levaria ao reconhecimento de nossas falhas, estabelecimento de prioridades e nos tiraria  ( a muitos de nós ) de uma letargia e de uma odiosa, e nesse caso não pura, condição de que não precisamos fazer nada e que toda iniciativa seja única e exclusivamente de Deus.

As mulheres são diferentes de nós homens, e isso não se trata ou seja uma simples retórica. De fato frente as mesmas situações a que homens são sujeitos, as mulheres reagem de uma forma que segue certo modelo, tendência, padrão, relacionado ao seu gênero. Adão reclamou que a queda foi culpa "da mulher que me destes", falando ao Senhor após a queda. De fato Eva dialogou com a Serpente, deu-Lhe ouvidos mais do que o homem usualmente daria. Após comer do fruto, de forma insidiosamente forte, deu a seu marido e esse nem discutiu com ela ( isso não significa que Adão sozinho se sairia melhor no mesmo teste, na verdade Adão portanto expressou apenas covardia e desculpa por sua responsabilidade de proteger a mulher de toda influencia maligna ). Mas diante de Jesus uma mulher se aproximou e pediu que os seus dois filhos se assentassem cada um ao lado do Senhor na glória. Deixarei que você se lembre do texto, pesquise e o releia na sua Bíblia. A mulher não tinha interesse só na salvação dos filhos, embora já tivesse certeza da salvação dela mesma, mas numa proeminência e destaque dos mesmos nos céus ao lado do Senhor. Jesus a esclareceu respondendo-a que isso não dependia dELe, Jesus, mas do Pai.

A prevalente sensação dos crentes e dos cristãos é expressa em um indolente e inresponsavel "Deus é quem sabe" . Ou seja: não faço nada de especial, não delineio nada de diferente, pois já tenho tudo, a salvação, a vida eterna, e como nada do que eu faça tem valor, para que tentar fazer algo a mais? Constrói-se apenas uma lista arbitrária do que "não se pode fazer", legalista, e mais aplicada aos outros do que a si mesmo, que uma vez porca e aparentemente satisfeita, não só dá ao sujeito uma auto satisfação como legitima o julgamento a qualquer outro que igualmente não satisfaça o seu conceito auto legalista de já salvo e com mais nada a fazer.

Há exceções, mas a grande maioria, embora afirme e creia na Graça como garantidora da sua salvação, sustenta a sua condição cristã em vários outros elementos tão temporais e patéticos que extrapolam a condição de "salvo pela graça e pelo nome de Jesus somente". Não citarei exemplos concretos nas mais diversas denominações e posições teológicas, mas se nos examinarmos, descobriremos humildemente que resvalamos sempre em algo mais do que o expresso no Evangelho. As vezes é patético e claramente confessado a partir de premissas e da forma como julgamos os demais crentes, nascidos de novo, convertidos, que amam ao Senhor e que creiam integralmente no que a Bíblia diz. Não me refiro a religiosos, mesmo protestantes que negam a Bíblia e o Deus da Bíblia, em parte ou no todo nessa comparação. Quem se diga cristão, crente, evangélico, seja o que for, e nunca nasceu de novo ( nascer de novo é uma vez só, é ou não é ) não é nem mesmo salvo ainda, quanto mais a esse não se aplica o mérito além da salvação.

Esquece-se que na Bíblia, Deus "dá nomes aos bois", não omite a condição como vê o homem. Não relativiza, se não vejamos: sobre Enoque se diz que "andou com Deus e Deus para Si o tomou". Ó como eu gostaria de ter um registro assim sobre mim. Eu não desejaria mais nada! A mulher no Éden, ( Eva ) foi muito mais humilde do que Adão. Como seu marido teve medo e se escondeu, mas Adão negou a sua condição de culpa, pelo menos inicialmente. O Senhor ordenou-lhe um castigo, com dores daria a luz, mas Lhe consolou, o seu descendente esmagaria a cabeça da Serpente, chamada Satanás. Abrão, depois Abraão, foi separada de sua gente, sua parentela e ordenado a vagar em busca de uma terra que lhe seria indicada. Abrão só conhecia a Deus pois havia sido ensinado acerca dEle. Os pais de Abrão  guardaram e lhe ensinaram acerca do Deus único e criador de todas as coisas.mas Abrão tinha algo mais para ser separado deles. A Bíblia está cheia de exemplos, Jó, Jonas, Moisés, Rute, Ester, tantos e não necessariamente nessa ordem em que me lembrei só pro agora, mas gostaria de lembrar do discreto José padastro de Jesus e escolhido para ser o marido de Maria a mãe do Senhor. Registra-se sobre José, "sendo justo". José era justo. Eu gostaria de ser reconhecido por Deus, como justo. Aliás ser justo primeiro e ser reconhecido depois.

A justiça de José não era a justiça resultante da justificação que gera a salvação, mas do viver, do proceder, do agir justamente diante de um fato ou desafio novo. Muitos cristãos e crentes só são recomendáveis para negócios, convivência, no espaço da igreja, no convívio denominacional, as vezes nem isso. Há infelizmente, ateus, que pela carga e formação cristã, filosófica, humanista, são pessoas muito mais "justas" do que religiosos de carteirinha. Aliás, sobre esse assunto  a Bíblia já fala muito apropriadamente em Provérbios: "Há justos que procedem como injustos e injustos como justos". Vemos que a vida de justiça nem sempre tem uma ligação de interdependência com a religiosidade até mesmo cristã e até mesmo cristã-evangélica. 

Mas por que deveríamos "buscar o Reino de Deus e a sua justiça" conforme palavras do próprio Senhor Jesus? Primeiramente por que de modo nenhum entraríamos no reino dos Céus, palavras do próprio Senhor Jesus ( se a nossa justiça não exceder e em muito a dos escribas e fariseus...disse Ele ). O Reino dos Céus, no caso não é o céu, a salvação, que é gratuita e nada pode ser feito para tê-la ou algo que se necessite para acrescentá-la, mas a manifestação da vontade de Deus diante de nossos olhos. Abrão não se tornou Abraão pela graça, mas por mérito, você entende? Lembre-se de Moriá. Jacó não se tornou Israel pela graça, lembre do vale de Jaboque. Paulo não se tornou Saulo pela graça, mas pelo mérito ( a salvação de Paulo foi pela graça, sendo apóstolo, ou não sendo ), mas Jesus, o Senhor de todos nós, o havia dito pessoalmente, quando declarou claramente, que lhe mostraria o quanto deveria  sofrer pelo seu nome. "Quem ( aquele que ) amar mulher e filhos mais do que a mim não é digno de mim " disse o Senhor de outra feita.


A salvação é pela graça, mas o serviço, a relevância na obra de Deus é meritória sim. Não há curas sem que alguém a deseje e busque para o seu ministério ou igreja. Não há santidade, não há manifestações sobrenaturais, não há nada de especial ou que salte a olhos vistos diante do mundo, "não há obras maiores do que essas" se alguém meritoriamente, já salva pela graça, não chegar-se com ousadia diante do trono de Deus, para que esse Deus faça na terra a Sua vontade como é feita nos céus.

Voltaremos a esse assunto se Deus assim  o permitir com mais considerações. Que o Senhor nos abeçôe e ilumine o nosso entendimento acerca dessas coisas. Amém.

Por Helvécio S.Pereira

sábado, 16 de outubro de 2010

O QUE É SER PROTESTANTE? OU SERÁ EVANGÉLICO?

Uma das dificuldades naturais, e que gera não poucas dúvidas, é a que se somos "protestantes" ou "evangélicos", ou até mesmo se isso tem alguma importância. Diante de semelhanças e principalmente diferenças ( por não se desejar ser confundido ou alinhado com algum outro )  igrejas autodenominadas evangélicas se pronunciam publicamente, tomando decisões de não reconhecer outra igreja como genuinamente evangélica. Alguns optam por não se autodenominarem e nem serem chamados de evangélicos, preferem termos como "crentes", "reformados" e na maioria das situações atuais rejeita-se o termo "protestante". Pior do que errar é justificar erradamente o erro como se fosse uma acerto. Para dirrimir as dúvidas vai abaixo um pequeno texto sobre esse assunto.

O QUE É UM PROTESTANTE,
O QUE É SER PROTESTANTE?

O grande e maior princípio da Reforma é o da liberdade e está explícito no talvez menor dos livros de Martim Lutero (2) e mesmo de toda a literatura reformada. Diz Lutero que o cristão é “senhor livre sobre todas as coisas e não está sujeito a ninguém”, mas completa: “um cristão é um servo prestativo em todas as coisas e está sujeito a todos”. Essa aparente contradição se resolve assim: o cristão é livre para fazer e não fazer ou, ainda, o cristão não está debaixo de nenhuma mediação e se refere diretamente a Deus pela fé, instrumento de sua salvação. A salvação é individual e sua vida religiosa é pautada exclusivamente pela Bíblia cuja leitura é direta e também não mediada. Como pontifica Dunstan, o homem é o centro de sua religião.


Em suma, o protestante é o homem que se sente liberto por Cristo, segue exclusivamente a Bíblia “como única regra de fé e prática”, cultiva uma ética racional de desempenho para contribuir para a glória de Deus e vive moralmente segundo os “10 mandamentos” e os padrões da moral burguesa vitoriana. A conversão, que no período do Grande Despertamento (3) era mais propriamente uma “reconsagração” à vida devota, reajustava o indivíduo ao modelo burguês vitoriano acompanhado da ética do trabalho apropriada à ideologia do progresso. A preguiça, a ociosidade e a falta de objetividade na vida, assim como desregramentos sexuais e desorganização familiar, eram pecados graves para os vitorianos (4). 


O protestantismo, principalmente o calvinismo posterior, privilegiou as relações sociais e econômico-políticas no sentido horizontal, buscando pôr de lado todo tipo de dependência piramidal ou vertical. Em suma, uma desconfiança permanente de monarquias absolutas em favor de repúblicas democráticas. Isso ganhou muita força após a independência das colônias norte-americanas e da expansão protestante durante o século XIX (5).


Referências:

Como nos chama a atenção esse autor, não confundir com os evangélicos de vertente inglesa mais moderna que designam a ala conservadora do protestantismo contemporâneo e que estão sendo identificados atualmente pelo neologismo "evangelical"

2 Da Liberdade Cristã, escrito em 1520 (Lutero, 2004). Ver também: Altmann, 1994.

3 Grande Despertamento ou Grandes Avivamentos designam movimentos esparsos de renascimento de vitalidade religiosa que ocorreram na América do Norte a partir dos primeiros anos do século XIX.

4 Quanto a isso é muito interessante ver: Gay, 2000 e 2005.

5 Bastaria, neste ponto, assinalar o testemunho da missionária educadora metodista Martha Watts (1881-1908), fundadora do Colégio Piracicabano, em carta de abril de 1890, logo após a proclamação da República: “O Brasil está indo para frente, e devemos seguir com ele, carregando a religião do Evangelho […]” (Mesquita, 2001, p. 90).


Fonte: ANTONIO GOUVÊA MENDONÇA O protestantismo no Brasil e suas encruzilhadas pp 4 e 5

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

GRANDES HOMENS DE DEUS: CALVINO, ARMINIUS E JOÃO WESLEY

Na minha opinião não é impressindível o conhecimento, e até mesmo uma admiração por qualquer  pregador ou líder cristão. Necessário é sim o conhecimento do que revelam as Escrituras, a Bíblia, a genuína e única Palavra de Deus. Contudo conhecendo-os, a sua fé, as sua luta em defesa do autêntico cristianismo, que finalmente legou-nos a construção de uma prática cristã baseada nas Escrituras é desejável e benéfico numa medida certa.

Para conhecimento dos detalhes e das principais controvérsias, que repetindo, legaram a nós as possibilidades concretas e praticas de nossa fé hoje, reproduzo e ajudo a divulgar mais o texto abaixo e outros a esse tema relacionados.



Por Dr. Vic Reasoner



          Em um ensaio intitulado “O que é um arminiano?” John Wesley levantou esta questão, “Como pode saber o que Arminius defendia aquele que nunca leu uma página sequer de seus escritos?” Wesley prosseguiu para oferecer este conselho, “Que ninguém grite contra os arminianos, até que ele saiba o que o termo significa.”
          Wesley disse que o Arminianismo foi usualmente acusado de cinco erros:
1.    Eles negam o pecado original
2.    Eles negam a justificação pela fé
3.    Eles negam a predestinação absoluta
4.    Eles negam que a graça de Deus seja irresistível
5.    Eles afirmam que um crente pode cair da graça
Wesley disse que os arminianos contestaram que “não eram culpados” das duas primeiras acusações. De fato Wesley argumentou que a doutrina do pecado original era “o primeiro ponto principal e distinto entre o Paganismo e o Cristianismo” [“Original Sin,” Sermão 44, III.1]. Concernente à justificação ele também escreveu que ele pensava exatamente como o Sr. Calvino. “Em relação a isto eu não difiro dele nem um pouco” [Diário, 14 de maio de 1765]. Sobre a terceira acusação, todavia, há uma inegável diferença entre calvinistas e arminianos. Calvinistas crêem em predestinação absoluta; arminianos crêem em predestinação condicional. Wesley explicou que os calvinistas sustentam que Deus absolutamente decretou, desde toda a eternidade, salvar os eleitos e mais ninguém. Cristo morreu por estes e ninguém mais. Os arminianos, por outro lado, sustentam que Deus decretou, desde toda a eternidade, “Aquele que crer será salvo: Aquele que não crer será condenado.” A fim de tornar isto possível, “Cristo morreu por todos.”
Wesley disse que os últimos dois pontos são a conseqüência natural do terceiro. Os calvinistas sustentam que a graça salvadora de Deus é absolutamente irresistível; que ninguém é mais capaz de resisti-la do que de resistir ao relâmpago. Mas se a predestinação é condicional, então a graça não é irresistível. Muitos dos “mestres da Bíblia” populares de hoje aceitam a premissa de Arminius, mas a conclusão de Calvino.
Finalmente, os calvinistas sustentam que um crente genuíno em Cristo não pode possivelmente cair da graça. Os arminianos mantêm, entretanto, que um crente genuíno pode fazer naufrágio da fé e de uma boa consciência. Não apenas o homem pode cair em grave pecado, mas pode cair de modo a perecer eternamente.
Assim, Wesley concluiu, de fato as três questões finais dependem de uma, A predestinação é absoluta ou condicional? A objeção de Wesley ao Calvinismo é baseada sobre sua objeção à doutrina da predestinação deles.
John Wesley encerrou o ensaio no qual ele define um arminiano com uma advertência contra usar rótulos e apelidos. Ele disse que era dever de todo pregador arminiano nunca, em público ou privado, usar a palavra calvinistacomo um termo de censura. E é igualmente dever de todo pregador calvinista nunca, em público ou privado, usar a palavra arminiano como um termo de censura [Works, 10:359-61].
John Fletcher escreveu um panfleto intitulado, “A Reconciliação; ou, Um Método Fácil de Unir o Povo de Deus.” Este panfleto contém ensaios sobre o “Calvinismo Bíblico” e o “Arminianismo Bíblico.” Fletcher concluiu que a Igreja precisa do Calvinismo Bíblico para derrotar o Farisaísmo e ela precisa do Arminianismo Bíblico para derrotar o antinomianismo [Works, 2:283-363]. Enquanto Fletcher pode ter sido otimista demais sobre quão “fácil” seria alcançar esta unidade, ele todavia entendia a necessidade de equilíbrio.
Quando John Wesley, o arminiano, discursava no funeral de George Whitefield, o calvinista, ele disse que havia uma característica que Whitefield demonstrava que não era comum. Wesley disse que ele tinha um “espírito católico.” Ele amava todos, de qualquer opinião, modo de adoração ou denominação que tinha fé no Senhor Jesus, amava Deus e o homem, se deleitava em agradar a Deus e temia ofendê-lo, era cauteloso para se abster do mal e zeloso de boas obras [“On the Death of George Whitefield,” Sermão 53, III.7].
Wesley registrou em seu Diário para o dia 20 de dezembro de 1784 que ele teve a satisfação de encontrar Charles Simeon. Entretanto, foi Simeon que preservou o relato dessa conversa.
Eu sei que o senhor é chamado de arminiano; e eu tenho sido algumas vezes chamado de calvinista; e por isso suponho que devemos sacar nossas armas. Mas antes que eu consinta em iniciar o combate, permita-me fazer algumas perguntas... Por favor, o senhor se sente uma criatura depravada, tão depravada que nunca teria pensado em virar-se para Deus, se Deus não tivesse primeiro colocado esse pensamento em seu coração?
Sim, diz o veterano, de fato. E o senhor não tem qualquer esperança de recomendar-se a Deus por alguma coisa que o senhor possa fazer; e busca a salvação unicamente através do sangue e justiça de Cristo?
Sim, unicamente através de Cristo. Mas, supondo que o senhor fosse a princípio salvo por Cristo, o senhor de alguma forma não deve salvar-se posteriormente por suas próprias obras?
Não, eu devo ser salvo por Cristo do princípio ao fim. Admitindo, então, que o senhor foi primeiro transformado pela graça de Deus, o senhor de alguma forma não deve manter-se por sua própria força?
Não. Então o senhor deve ser sustentado toda hora e todo momento por Deus, tanto quanto uma criança nos braços de sua mãe?
Sim, completamente. E toda sua esperança está na graça e misericórdia de Deus para sustentar o senhor até Seu reino celestial?
Sim, eu não tenho esperança senão nele. Então, senhor, com sua licença, eu guardarei minha arma novamente; pois isto é todo meu Calvinismo; esta é minha eleição, minha justificação pela fé, minha perseverança final: essencialmente é tudo que eu acredito e conforme eu acredito; e por isso, se desejar, ao invés de buscar termos e frases para ser motivo de contenda entre nós, iremos cordialmente nos unir nas coisas que estamos de acordo.
Por todo seu ministério, tanto Arminius quanto Wesley pacientemente negavam que eram heréticos, mas confessavam acordo com o Cristianismo histórico e com os grandes concílios ecumênicos da igreja. Arminius declarou, “Se alguém indicar um erro nesta minha opinião, com prazer o reconhecerei: porque é possível que eu esteja errado, mas eu não estou disposto e ser um herético.” Wesley também publicou este apelo,
“Você está persuadido de que enxerga mais claramente que eu? Não é improvável que você possa. Então me trate como desejaria que fosse tratado, caso mudassem as circunstâncias. Me indique um melhor caminho do que eu já tenho conhecido. Me mostre que ele é assim, mediante prova clara da Escritura.” [“Preface” aos Sermões de Wesley, 9].
Estes homens não foram heréticos, mas reformadores. Sua autoridade era a Palavra de Deus. Como argumentamos em favor de sua doutrina, deixe-nos também exemplificar seu espírito com uma confiança tranqüila de que o Espírito da Verdade é capaz de convencer os homens. Mildred Wynkoop escreveu, “Uma das preocupações de Wesley era a certeza de que algo não caminhava biblicamente no calvinismo de sua época. Porém sua polêmica foi doutrinal; jamais foi pessoal. Era valente e enérgica, porém nunca amarga. Este rompimento com o calvinismo não foi uma ruptura da comunhão cristã, mas uma correção do que ele cria ser uma falsa maneira de interpretar as Escrituras.”
Hoje nós ainda compartilhamos a preocupação de Wesley de que a doutrina da predestinação absoluta “não é somente falsa, mas é uma doutrina muito perigosa, como temos visto milhares de vezes” [Letter to Lady (Maxwell), 30 de setembro de 1788]. Todavia não podemos legislar doutrina correta pela força. Nem venceremos o debate através de linguagem insultante e má representação. Nossa tarefa é estabelecer o padrão de interpretação bíblica consistente. Que Deus possa nos capacitar a ensinar as Escrituras com integridade - apesar dos termos pejorativos que somos chamados.
Tradução: Paulo Cesar Antunes
Fonte: http://www.arminianismo.com/

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

DADOS QUE DEVEM SER CONSIDERADOS

Sou grato pela vida de qualquer um que conheça e ame ao Senhor Jesus. Em meio a um mundo incrédulo e decididamente contra tudo que represente Deus, Sua Palavra e vontade registradas na Bíblia Sagrada. Desse modo apoio todos os movimentos e iniciativas que levem o conhecimento da Palavra de Deus e consequentemente ao conhecimento de Deus, da fé no Salvador Jesus Cristo e assim recebimento dos benefícios de Sua obra redentora.

Reconheço que a igreja e os homens e mulheres que como testemunhas do Senhor não tem uma fé uniforme e cem por cento concordes, que sim possuem diferenças de compreensão e ênfases diferentes não se desviando de modo algum da única fé salvívica: Jesus Cristo é Deus e Filho de Deus, o único caminho e único nome pelo qual devamos ser salvos.

Contudo há detalhes que pessoas com interesse maior desejo devem contudo honestamente saber. Isso esclarecerei após o encarte de uma informação pública da Wikipedia mas disponível tanto na literatura religiosa ou histórica:


João Calvino exerceu uma influência internacional no desenvolvimento da doutrina da Reforma Protestante, à qual se dedicou com a idade de 30 anos, quando começou a escrever os "Institutos da religião Cristã" em 1534 (publicado em 1536). Esta obra, que foi revista várias vezes ao longo da sua vida, em conjunto com a sua obra pastoral e uma coleção massiva de comentários sobre a Bíblia, são a fonte da influência permanente da vida de João Calvino no protestantismo.
Calvino apoiou-se a frase de Paulo: "pela fé sereis salvos", esta frase de epístola de Paulo aos Romanos foi interpretada por Martinho Lutero ou simplesmente Lutero como pela fé sereis salvos. As duas frases, possuem a mesma coisa, ou seja, não muda o sentido.
Para Bernardye Cotitretw, biógrafo de Calvino, "o calvinismo é o legado de Calvino e torna-se uma forma de disciplina, de ascese, que não raramente é levada ao extremo da teimosia". O Calvinista é pois no extremo um profundo conhecedor da Bíblia, que pondera todas as suas ações pela sua relação individual com a moral cristã. O Calvinismo é também o resultado de uma evolução independente das idéias protestantes no espaço europeu de língua francesa, surgindo sob a influência do exemplo que na Alemanha a figura de Martinho Lutero tinha exercido. A expressão "Calvinismo" foi aparentemente usada pela primeira vez em 1552, numa carta do pastor luterano Joachim Westphal, de Hamburgo.
O Calvinismo marca a segunda fase da Reforma Protestante, quando as igrejas protestantes começaram a se formar, na seqüência da excomunhão de Martinho Lutero da Igreja Católica romana. Neste sentido, o Calvinismo foi originalmente um movimento luterano. O próprio Calvino assinou a confissão luterana de Augsburg de 1540. Por outro lado, a influência de Calvino começou a fazer sentir-se na reforma Suíça, que não foi Luterana, tendo seguido a orientação conferida por Ulrico Zuínglio. Tornou-se evidente que a doutrina das igrejas reformadas tomava uma direcção independente da de Lutero, graças à influência de numerosos escritores e reformadores, entre os quais João Calvino era o mais eminente, tendo por isso esta doutrina tomado o nome de Calvinismo.
Uma vez que tem múltiplos fundadores, o nome "Calvinismo" induz ligeiramente ao equívoco, ao pressupor que todas as doutrinas das igrejas calvinistas se revejam nos escritos de João Calvino.
O nome aplica-se geralmente às doutrinas protestantes, que não são luteranas, e que têm uma base comum nos conceitos calvinistas, sendo normalmente ligadas a igrejas nacionais de países protestantes, conhecidas como igrejas reformadas, ou a movimentos minoritários de reforma protestante.
Nos Países Baixos, os calvinistas estabeleceram a Igreja Reformada Neerlandesa. Na Escócia, através da zelosa liderança do ex-sacerdote católico John Knox, a Igreja Presbiteriana da Escócia foi estabelecida segundo os princípios calvinistas. Na Inglaterra, o calvinismo também desempenhou um papel na Reforma, e, de lá, seguiu com os puritanos para a América do Norte. Na França, os calvinistas, chamados de Huguenotes, foram perseguidos, combatidos e muitas vezes obrigados ao exílio. Em Portugal, na Espanha ou na Itália, estas doutrinas tiveram pouca divulgação e foram ativamente combatidas pelas forças da Contra-Reforma, com a ação dos Jesuítas e da Inquisição.
O sistema teológico e as práticas da igreja, da família ou na vida política, todas elas algo ambiguamente chamadas de "Calvinismo", são o resultado de uma consciência religiosa fundamental centrada na "soberania de Deus".
O Calvinismo pressupõe que o poder de Deus tem um alcance total de atividade e resulta da convicção de que Deus trabalha em todos os domínios da existência, incluindo o espiritual, físico, intelectual, quer seja secular ou sagrado, público ou privado, no céu ou na terra. De acordo com este ponto de vista, qualquer ocorrência é o resultado do plano de Deus, que é o criador, preservador, e governador de todas as coisas, sem excepção, e que é a causa última de tudo. As atividades seculares não são colocadas abaixo da prática religiosa. Pelo contrário, Deus está tão presente no trabalho de cavar a terra como na prática de ir ao culto. Para o cristão calvinista, toda a sua vida é um culto a Deus.
De acordo com o princípio da Predestinação, por causa de seus pecados,o homem perdeu as regalias que possuía e distanciou-se de Deus. O homem é considerado "morto" para as coisas de Deus e é dominado por uma indisposição para servir a Deus.
Só havia, então, uma maneira de resolver esse problema: o próprio Deus reatando os laços. Deus então, segundo a doutrina da predestinação, escolheu alguns dos seres humanos caídos para salvar da pecaminosidade e restaurar para a comunhão com ele. Deus teria tomado esta decisão antes da criação do Universo. Mas é claro que não é por causa de quaisquer boas ações que eles foram escolhidos: "porque pela graça sois salvos,mediante a fé, e isso não vem de vós;é dom de Deus; não vem de obras, para que ninguém se glorie".(Efésios 2:8,9) Os cinco pontos do calvinismo (conhecidos pelo acróstico TULIP, referente às iniciais dos pontos em inglês) são doutrinas básicas sobre a salvação, definidas pelo Sínodo de Dort.
São eles:
Depravação total do homem;
Eleição incondicional;
Expiação limitada;
Vocação eficaz (ou Graça Irresistível);
Perseverança dos santos.

O Calvinismo também defende uma Teologia Aliancista e os Sacramentos como meio de graça, Santa Ceia e Batismo, incluindo o Batismo infantil. Calvino na sua principal obra, as Institutas diz: "Eis aqui por que Satanás se esforça tanto em privar nossas criaturas dos benefícios do batismo; Sua finalidade é que se esquecermos de testificar que o Senhor tem ordenado para confirmar as graças que ele quer nos conceder pouco a pouco vamos nos esquecendo das promessas que nos fez a respeito disto. De onde não só nasceria uma ímpia ingratidão para com a misericórdia de Deus, mas também a negligência de ensinarmos nossos filhos no temor do Senhor, e na disciplina da Lei e no conhecimento do Evangelho. Porque não é pequeno estimulo sabermos que educá-los na verdadeira piedade e obediência a Deus. E saber que desde seu nascimento foram recebidos no Senhor e em seu povo, fazendo-os membros de sua igreja." (CALVINO, 1999, p. 1069.) O calvinismo deveria ser austero e disciplinado, ou seja: As pessoas não tinham direito a excessos de luxo, e conforto, sem esbanjamento matriana.
Interpretação Sociológica

Sociólogos como Max Weber e Ernest Gellner analisaram a teoria e as conseqüências práticas desta doutrina e chegaram à conclusão de que os resultados são paradoxais. Em parte explicam o precoce desenvolvimento do capitalismo nos países onde o Calvinismo foi popular (Holanda, Escócia e EUA, sobretudo).
O Calvinista acredita que Deus escolheu um grupo de pessoas e que as restantes vão para o Inferno. Conseqüentemente, a pergunta que qualquer Calvinista se faz é: "Estarei eu entre os escolhidos?".
Como é que um Calvinista sabe se está entre os escolhidos ou não? Teoricamente, não é ele que o determina. A decisão está tomada. Foi tomada por Deus. Como é que eu sei se fui escolhido ou não? Resposta: Deus me atraiu e eu cri na sua palavra. Ela é que me diz: "Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus a saber os que creem em seu nome". Pela graça sois salvos, isto não vem de vós é dom de Deus para que ninguém se vanglorie.
Sendo um bom cristão, trabalhando muito, seguindo sempre todos os princípios bíblicos, o Calvinista prova a si mesmo que foi um escolhido, pelo seu sucesso como cristão. Não é a sua própria ação, mas de Deus, pois se Deus trabalha por ele, ele conclui que foi um dos eleitos.
Sendo assim, historicamente, para muitos Calvinistas, o sucesso no trabalho e a conseqüente riqueza poderá ser um dos sinais de que está entre os escolhidos de Deus. Os Holandeses, os Escoceses e os Americanos ganharam, então, a fama de serem sovinas, pouco generosos, interessados apenas no dinheiro. Estas características são na vida moderna quase um dado adquirido em qualquer cultura, mas nos tempos da Reforma Protestante, o Calvinismo terá instituído uma nova e revolucionária forma de relação com a riqueza. Ver Ernest Gellner para mais detalhes...
Ocorre que o uso dos ideais calvinistas para o alavancar da sociedade capitalista é equivocadamente relacionado a ideais capitalistas intrínsecos ao calvinismo. Calvino em sua obra afirma que a riqueza não tem razão de ser se não para ajudar aos que necessitam, e critica a avareza ao dizer que o fruto do trabalho só é digno se útil ao próximo:
"Da mão de Deus tens tu o que possuis. Tu, porém, deverias usar de humanidade para com aqueles que padecem necessidades. És rico? Isso não é para teu bel prazer. Deve a caridade faltar por isso? Deve ela diminuir? Não está ela acima de todas as questões do mundo? Não é ela o vínculo da perfeição?" Sermao CXLI sobre Dt 24.19-22. OPERA CALVINI, tomo XXVIII, p. 204
"Condena o Profeta a estes ladrões e assaltantes que lhe parecia deterem o poder de oprimir a gente pobre e o pequeno trabalhador, uma vez que eram eles que tinham grande abundância de trigo e grãos; ... é o mesmo como se cortassem a garganta dos pobres, quando os fazem assim sofrer fome." Os Doze Profetas Menores, op. cit., Am 8.5

Mas o Calvinismo se espalhou pelos países que estavam passando pelo processo da Expansão Comercial. Entre eles os países eram: França, Holanda, Inglaterra, e Escócia. Isto atraíra vários comerciantes, e banqueiros.
A prosperidade econômica também foi um sinal da escolha divina, o que valorizava o trabalho, e a justificativa as atividades da burguesia.


Denominações Calvinistas

O Calvinismo é a doutrina de diversas denominações Protestantes, dentre elas destacamos:
Igreja Reformada Suíça - religião oficial da maioria dos cantões da Suíça.
Igreja Protestante Evangélica Holandesa - recentemente unificada, não é mais a religião oficial dos Países Baixos
Igreja Reformada Francesa - a igreja dos Huguenotes
Igreja Congregacional - concentrada na Nova Inglaterra, nos Estados Unidos, hoje parte da Igreja Unida de Cristo.
Igreja Reformada Hungara
Igreja da Escócia
Igreja Presbiteriana do Brasil
Igreja Presbiteriana Independente do Brasil
União das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil
Igreja Presbiteriana Conservadora do Brasil
Igreja Evangélica Presbiteriana de Portugal

fonte: wikipedia

Qual o propósito dessa postagem? Dos vinte países onde a qualidade de vida é melhor, apenas um não é protestante e sim muçulmano. A Holanda por exemplo, ou seus emigrantes protestantes na África do Sul, criaram e mantiveram até muito mais tardiamente o Apartheide. com que bases segregaram os nativos africanos? com bases religiosas discriminatórias, ou que geraram posicionamentos naturalmente discriminatórios. Os católicos consideravam índios e negros errôneamente sem alma, com pressupostos supostamente bíblicos e cristãos. Os holandeses, calvinistas, consideravam legítimas e Bíblicas o fato desses mesmos africanos não serem eleitos e portanto predeterminados à salvação em Cristo. Não os culpo, mas esses são fatos reais. 

Hoje alguns calvinistas combatem com relativa propriedade os desvios e exageros da chamada errôneamente "teologia da prosperidade" que no máximo é apenas uma doutrina, um ênfase em um aspecto escriturístico levado a extremos acríticos, e se esquecem que a título de uma predefinida eleição foram o mais forte elo ao fortalecimento do capitalismo, amor ao dinheiro, exploração e pouca contribuição para causas não estritamente religiosas e calvinistas.

Ainda hoje, países de origem reformada e calvinista, por consequente equívoco de ênfase na eleição, são liberais garantindo liberdade e legalização para prostituição, uso de drogas, sexo em parques, e há os que lutam pelo direito de serem pedófilos. Notem que esses holandeses atuais não são nem convertidos e portanto nem crentes evangélicos, mas herdeiros de uma presunção de serem eleitos e inseridos em um cristianismo muitas vezes ( há exceções ) apenas institucionais, pelo batismo infantil, prática confirmada pelos reformadores tanto alemães ( luteranos ) como não luteranos ( calvinistas ).

O propósito não é atacar os irmãos que abraçam e confessam sua posição calvinista no Brasil, pois há diferenças culturais e históricas que fazem que grande parte dos calvinistas brasileiros, diferentes dos europeus e norte americanos, os daqui são convertidos e nascidos de novo e fiéis as práticas bíblicas puritanas. Mas o de apenas alertar que as coisas não são tão "preto no branco" e tão simples de ser polarizado. ser ou não ser calvinista é direito legítimo, mas antes é ser de Cristo, acima da história, da cultura humana geralmente tão contraditória e indefensável.

Por Helvécio S. Pereira

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