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domingo, 24 de outubro de 2010

QUE SEJAMOS UM

Só a título de simples citação, três igrejas tem impactado o Brasil nas últimas décadas, curiosamente as três consideradas neopentecostais, e que até a bem pouco tempo, nenhum contato havia entre suas lideranças: Igreja Apostólica Renascer em Cristo, Universal do Reino de Deus e Internacional da Graça de Deus, essa última guarda uma distância cordial entre os seus dois fundadores, por serem exatamente cunhados, o bispo Edir Macedo Bezerra e o missionário R.R.Soares, de fato o fundador da IURD.

Os três ministérios pelo seu crescimento são alvo quase que constante dos demais e de setores fores da mídia secular que crêem muito fortemente, que se conseguirem atingí-los, por tabela diminuirão em muito a influência do pensamento evangélico sobre a sociedade brasileira. Setores mais conservadores da igreja evangélica por várias razões, algumas com aparente legitmidade, também não poupam os neopetencostais de não poucas e em nada piedosas críticas. Outro alvo tem sido ultimamente o Diante do Trono da Igreja Batista de Lagoinha cujos espoentes são Ana Paula Valadão e André Valadão, seguidos por Mariana Valadão, todos irmãos.

Descontadas outras desavenças de outras lideranças das Assembléias de Deus, cujo maior destaque ultimamente tem sido o pr. Silas Malafaia ( outro pouco poupado pelos que se dedicam ao desserviço da crítica ao outro ) que também não se exime de tanto defender a si mesmo, a outros e acusar antigos alvos de simpatia, como o bispo Edir  Macedo.

A Igreja Apostólica Renascer em Cristo se aproxima e estabelece laços de profunda amizade e respeito com a Universal do Reino de Deus através do Senador Marcelo Crivela, sobrinho do bispo Edir Macedo, após mais de uma década da entrevista dada pela bispa Sônia Hernandes à Marília Gabriela ainda no SBT, dizendo à época que não os conhecia e que eles ( da IURD ) pediam muito dinheiro ao que a própria Marília Gabriela retrucara: "mas vocês também não pedem dinheiro as pessoas?"

Bem parece que somente eu e mais uns poucos temos o privilégio de ver as coisas com certa distância e sem paixões, sermos gratos pelos acertos desses homens e mulheres de Deus, e contabilizar toda falha e mal entendido na conta do perdão. Juntos, na pregação e na plantação de novas igrejas, indo onde ninguém iria, alcançaram milhões e milhões de almas, bem mais que o censo do IBGE pode apontar, mudando boa parte da sociedade brasileira.

Eu pessoalmente dou graças a Deus por cada pregação, cada hino, canção, apresentação, oração e testemunho que ouvi ou vi, durante quase três décadas. São repreensíveis e at'eprofundamente por muito que disseram e dizem, fizeram e fazem, mas as incontáveis almas alcançadas dioturnamente pelo trabalho incansável e testemunhos de seus liderados é inegável. E mais: nenhum dos seus críticos fez tanto ou algo que rivalizasse com o impacto obtido por suas igrejas, começando do nada e com forte oposição e limitações.

Podemos ter diferenças e criar barreiras entre uns e outros, mas nunca esquecer que o mundo nos odeia a todos, pelo Senhor que proclamamos e confessamos amar, essa é sem dúvida a diferença. Que bom também que a nossa fé não pode e não é alicerçada em homens e mulheres que falham e as vezes não poucas vezes, e as vezes não com falhas tão pequenas, mas que bom também que esses sempre tiveram a coragem e dedicação para se exporem e se arriscarem naquilo que criam e crêem estar fazendo de melhor.

Por Helvécio S. Pereira

sábado, 23 de janeiro de 2010

O REINO DE DEUS E O REINO DESTE MUNDO

Lemos em Lucas 4:

1
E JESUS, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto;
2
E quarenta dias foi tentado pelo diabo, e naqueles dias não comeu coisa alguma; e, terminados eles, teve fome.
3
E disse-lhe o diabo: Se tu és o Filho de Deus, dize a esta pedra que se transforme em pão.
4
E Jesus lhe respondeu, dizendo: Está escrito que nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra de Deus.
5
E o diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe num momento de tempo todos os reinos do mundo.
6
E disse-lhe o diabo: Dar-te-ei a ti todo este poder e a sua glória; porque a mim me foi entregue, e dou-o a quem quero.
7
Portanto, se tu me adorares, tudo será teu.
8
E Jesus, respondendo, disse-lhe: Vai-te para trás de mim, Satanás; porque está escrito: Adorarás o Senhor teu Deus, e só a ele servirás.
9
Levou-o também a Jerusalém, e pô-lo sobre o pináculo do templo, e disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo;
10
Porque está escrito: Mandará aos seus anjos, acerca de ti, que te guardem,
11
E que te sustenham nas mãos, Para que nunca tropeces com o teu pé em alguma pedra.
12
E Jesus, respondendo, disse-lhe: Dito está: Não tentarás ao Senhor teu Deus.
13
E, acabando o diabo toda a tentação, ausentou-se dele por algum tempo.

 

Mateus 4:1-11

1 τοτε ο ιησους ανηχθη εις την ερημον υπο του πνευματος πειρασθηναι υπο του διαβολου  Então, foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo.
2 και νηστευσας ημερας τεσσαρακοντα και νυκτας τεσσαρακοντα υστερον επεινασεν e, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome;
3 και προσελθων αυτω ο πειραζων ειπεν ει υιος ει του θεου ειπε ινα οι λιθοι ουτοι αρτοι γενωνται E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães.
4 ο δε αποκριθεις ειπεν γεγραπται ουκ επ αρτω μονω ζησεται ανθρωπος αλλ επι παντι ρηματι εκπορευομενω δια στοματος θεου Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.
5 τοτε παραλαμβανει αυτον ο διαβολος εις την αγιαν πολιν και ιστησιν αυτον επι το πτερυγιον του ιερου Então o diabo o transportou à Cidade Santa, e colocou-o sobre o pináculo do templo,
6 και λεγει αυτω ει υιος ει του θεου βαλε σεαυτον κατω γεγραπται γαρ οτι τοις αγγελοις αυτου εντελειται περι σου και επι χειρων αρουσιν σε μηποτε προσκοψης προς λιθον τον ποδα σου e disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; porque está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito, e tomar-te-ão nas mãos, para que nunca tropeces em {alguma} pedra.
7 εφη αυτω ο ιησους παλιν γεγραπται ουκ εκπειρασεις κυριον τον θεον σου Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus.
8 παλιν παραλαμβανει αυτον ο διαβολος εις ορος υψηλον λιαν και δεικνυσιν αυτω πασας τας βασιλειας του κοσμου και την δοξαν αυτων Novamente, o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles.
9 και λεγει αυτω ταυτα παντα σοι δωσω εαν πεσων προσκυνησης μοι E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares.
10 τοτε λεγει αυτω ο ιησους υπαγε σατανα γεγραπται γαρ κυριον τον θεον σου προσκυνησεις και αυτω μονω λατρευσεις Então, disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele servirás.
11 τοτε αφιησιν αυτον ο διαβολος και ιδου αγγελοι προσηλθον και διηκονουν αυτω Então, o diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos e o serviram.



Muitas vezes por passarmos tanto tempo olhando de dentro de um próprio sistema não avaliamos corretamente a suas reais vantagens e desvantagens. Nascemos e crescemos em um país com cultura cristã. Isso significa que a contragosto de muitos, o catolicismo marca históricamente o Brasil com o sígno do cristianismo. Não que isso redunde, na maioria das vezes na crença e no conhecimento de Deus. Há filhos de famílias católicas cujos membros foram católicos praticantes e conhecedores da doutrina da sua igreja e que posteriormente se autoproclamaram ateus e anticatólicos. No geral até os conversos evangélicos trazem na sua história referências cristãs que após a sua conversão a uma igreja evangélica, essas referências se tornam agora sim reais, como por exemplo, o céu, o inferno, a alma, o pecado, etc.

A maioria, sim a imensa maioria, por viverem imersa em uma cultura cristã, nem avaliam a real vantagem do cristianismo  em relação a outras religiões no mundo. Notem que a reflexão que faço, não se refere a religião melhor do que a outra, igreja cristã melhor do que uma religião não cristã. O que me proponho a refletir com o leitor é o que a fé cristã difere da fé não cristã. Não se trata de uma comparação institucional ou da pessoa do religioso em si.

Jesus como pessoa divina é a razão única do cristinanismo que não haveria razão de existir sem a existência da revelação dada na "Antiga Aliança" ( tradução melhor que antigo e novo testamento, assunto já abordado em outra postagem minha ). É na primeira parte da Bíblia, em tudo que está lá revelado que Jesus  se insere no mundo. Logo, o que Jesus declara é de supremo valor para o crente cristão. Jesus nos revela dois mundos: O Reino deste Mundo e o Reino de Deus. Ouvimos e repetimos isso diáriamente mas não avaliamos o seu pleno significado.

A humanidade, a sociedade humana, cada ser humano está sob as regras de um ou de outro e há situações em que os dois parecem se sobrepor e aparentemente ficamos igualmente indecisos. Reconhecer a sua demarcação parece, ou deveria  ser, de extrema importância para o cristão. Nenhuma outra religião tráz a tona tal  cosmovisão, se assim podemos dizer.

O Reino de Deus não é uma igreja institucional em particular. O Reino de Deus não corresponde ao censo de cristãos existentes no mundo. O Reino de Deus não corresponde a uma corrente teológica e nem tão pouco a uma hierarquia humana institucionalizada por força da tradição, necessidade  ou  oportunidade. O Reino de Deus não corresponde a igreja mais antiga históricamente, a mais poderosa, a mais teológicamente correta, a mais dinâmica, a mais isenta de escândalos, a mais hierarquicamente respeitada, a mais organizada, a mais culta, a que se faz  mais presente e atuante  na sociedade. Embora essas qualidades devam ser procuradas e justamente desejáveis.

O que é um "reino"? Muitas vezes não paramos para pensar. Reinado é uma forma de governo. Na história humana se traduziu pelo sistema absolutista onde o governante o era por "direito divino" e a esse governante todo o poder decisório a ele cabia, inquestionavelmente. Deus é favorável a esse tipo de sistema?  Acho que não. Penso que Deus o suportou como no caso do divórcio, mas esse é ainda um outro assunto. Deus disse ao povo de Israel que ele, Israel, não deveria ter um rei como so demais povos. Mas o povo de Israel insistiu e Deus permitiu que Israel tivesse seu primeiro rei, Saul, e depois todos os outros, bons e e maus até a sua completa derrocada histórica. Porém pelos atributos únicos de Deus, Deus é um rei e portanto o seu domínio na terra é nos revelado como o seu "reino", o Reino de Deus.

Fora do Reino de Deus há o reino desse mundo que não possui um "rei" mas um "príncipe". Um rei tem todo o poder, tomando-se por base o sistema de governo humano. Um príncipe tem poder concedido ou permitido em derterminadas ocasiões. O "reino desse mundo" tem um príncipe de poder concedido, permitido. Não é um poder total como o de um rei, mas um poder ciscunscrito com base em certas concesões. A existência desses dois reinos talvez pudesse ser imaginada por algum filósofo ou reliogioso com certa até  proximidade, mas Jesus nos revela a suas respectivas existências com autoridade. Afinal ele mesmo nos diz que viu a "Satanás ser lançado dos céus e cair na terra como um raio" Lucas 10:18 E disse-lhes: Eu via Satanás, como raio, cair do céu. As palavras de Jesus e  a sua descrição desses dois reinos tem de ser recebidas com autoridade de uma testemunha e não simplesmente como um esquema teórico. Essa é a diferença mais importante entre o cristianismo e as demais religiões. Jesus não é um qualquer e nem tão pouco é um bom homem, um profeta, um iluminado, etc.


Jesus nos diz, nos revela, que Satanás é o príncipe desse mundo. Embora seja o pai da mentira, conforme nos descreve o próprio Senhor Jesus Cristo, ele reafirma uma verdade  de que tudo nesse mundo lhe pertence, e ele, Satanás dá a quem ele, Satanás, quiser ( aliás Satanás não diz mentiras sem nexo, a sua técnica é dizer uma verdade colocando-a em dúvida. Repetir uma verdade divina, mudando-a ligeiramente confundindo o ser humano- "não é assim que Deus disse..." colcocou em dúvida uma declaração divina no Éden ).

Lucas 11:2
E ele lhes disse: Quando orardes, dizei: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; seja feita a tua vontade, assim na terra, como no céu.

Temos dois reinos: O Reino de Deus e o Reino desse mundo ou o reino de Satanás. Alguém pode dizer: então é fácil, O Reino de Deus é das pessoas boas, dos cristãos. O reino desse mundo é de todos os demais, do resto, dos ateus, dos de outras religiões, dos sem religiões, etc. O Reino de Deus não é físico, mas é real, bem como o outro reino, o reino desse mundo. Os dois reinos não são concebidos a partir dos valores, das idéias, até mesmo da teologia. São por si mesmos reais. O poder de cada um deles opera de modo distinto no mundo e portanto em cada uma das pessoas vivas nesse mundo, embora cada um de nós tenha a presunçosa idéia de que vivemos por nós e para nós mesmos. Não são para nós sempre tão claras, as delimitações entre um e outro.  Não parece serem  poucas as vezes,  que nos confundimos nesse aspecto. E, também aparentemente, não são  poucas as vezes, em que cristãos, se acusam de estarem uns e outros, servindo ao reino do mal e das trevas ( parece ser um bom meio de acabar com qualquer controvérsia possível ).

Reino é lugar de exercício de poder. Portanto Reino de Deus é uma esfera de poder onde a vontade de Deus se manifesta nesse mundo mas não sozinha. Note que Deus embora soberano, não impõe a sua soberania a força como nós seres humanos sempre o fizemos. É a  sua soberania que mantém tudo o que existe, incluidas aí a própria vida e a própria morte. Mas no que concerne a nós seres humanos Ele, Deus, não impõe a sua vontade de outra maneira, nos convencendo e tendo o universo por testemunha. Por justiça, finalmente , um dia, ao final de tudo, ficará patente à sua criação, que todos o seus atos são justiça e todo e quaisquer que a Ele e a seus atos se opõem são injustos e portanto culpados.  É nessa ótica e somente nela que toda a história humana, que culminará no juízo final e na condenação definitiva de Satanás, se tornam razoáveis. O Reino de Deus se manifesta quando destrona  o príncipe e o reino desse mundo.

A igreja é institucional do ponto de vista humano, do ponto de vista social, mas é espiritual e parte do Reino de Deus no trabalho de tirar o poder exercido e real, por parte do príncipe desse mundo, Satanás, nos seres humanos, sejam quem sejam e onde estejam e do que se ocupem. Uma igreja cristã, sem visão espiritual, e isso não equivale exatamente a uma compreensão teológica por si, é inoperante nessa batalha. Uma igreja pode ensinar a Bíblia, cantar os hinos e canções de uma tradição religiosa saudável e rica. Contudo se não tem o poder apostólico ( e aí não se refere ao emprego da palavra como título hierárquico, neotestamentário ou contemporâneo ) de cada crente, como filho de Deus ser um enviado com as prerrogativas de  Marcos 16:17 E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; não estará tomando terreno do reino das trevas, do Reino de Satanáz. Aliás Satanás  não parece se importar com a existência de uma igreja que se auto denomine cristã se essa igreja, na prática, não abale o seu reino. Os fariseus tinham a verdadeira teologia. O que ensinavam não era teológicamente errado, tinham a luz das escrituras e do que Deus, o verdadeiro Deus, havia revelado através do povo de Israel ao mundo incluindo a nós. Porém a maioria deles, quase todos, segundo Jesus, tinha como pai o Diabo, estavam portanto a serviço de seu reino e a esse serviço, levaram Jesus à cruz e a morte na cruz.

No mundo de hoje Satanás e os incontáveis demônios ( cujo  significado da palavra é "inteligentes" )  atuam nos seres humanos em três níveis:

                                      inspiração,

                                      sujeição,

                                  e    habitação.

O homem está nesse mundo em nada isento a um poder fora de si. Ou se está sob um poder ou sob outro. Li em um ou mais blogs, alguns ministros religiosos falando de uma "teologia do medo". Como que se falar em poderes acima de nós, acima da liturgia normal de um culto religioso, fosse usar do medo provocado nas pessoas para elas virem ao cristianismo. Tudo nesse mundo é de inspiração divina ou diabólica. A inspiração divina tráz benefícíos desejáveis e soluções a toda humanidade. Tráz indiscutivelmente benção para toda a humanidade. Aí se manifesta a soberania de Deus, dando a humanidade no devido tempo soluções necessárias a sua sobrevivência e portanto ao cumprimento de um de seus propósitos, o da nossa existência na terra. Drogas como o fumo, a bebida, gêneros musicais surgidos em épocas distintas, ideologias diversas, modas impróprias, filosofias vãs, valores deturpados, comportamentos estranhos à natureza, introduzidos com uma inteligência claramente prévia, por uma inteligência que já previa os seus terríveis resultados para o ser humano, são alguns  exemplos de inspiração satânica. Mas a influência de Satanás no mundo é apenas permitida e limitada. Mesmo assim sem o saberem muitos se expõem a ela em maior ou menor grau, atribuindo à certas idéias, principalmente, a inspiração divina.

Satanás, devido a aproximação voluntária de algumas pessoas reais, com as trevas e rejeição ao Deus cristão, são inspiradas a introduzir ou reintroduzir na humanidade todas essas coisas. São pessoas de destaque, em lugares de importância na sociedade, de cultura desejável, de reconhecida importância social e até religiosa.

Sujeição é a segunda maneira de Satanás subjulgar as pessoas. No caso da inspiração as pessoas servem a Satanás sem o saberem, na maioria das vezes, mas se sentem iluminadas e gostam disso, se sentem acima das demais, por terem idéias avançadas, serem excepcionalmente criativas  e extrovertidas. Fato bastante natural se imaginarmos que Satanás tem algum tipo de conhecimento acima de qualquer um de nós, humanamente falando. Tem ele também  a seu favor a experiência de conhecer a natureza humana a longa data. Basta reler passagens do Gênesis, no diálogo com Eva e no diálogo de satanás e Deus acerca de Jó.

As pessoas inspiradas por Satanás podem sê-lo esporádicamente. São instrumentos em suas mãos, ou  inocentes úteis, bastante apropriadas para  determinadas ocasiões e situações. São por exemplo, bandas de rock que impactaram o mundo com diversão e no meio de suas produções artísticas valores do reino das trevas foram universalizados. Artistas pop, artistas plásticos, cienastas, poetas, escritores, dramaturgos, cientistas, filósofos, etc.

Já na sujeição o ser humano é escravo, está aprisionado e cegado. Satanás impõe práticas e regras a serem seguidas as quais pessoas e povos inteiros a elas se submetem sem nenhum questionamento. Tem eles ações e comportamento de  um autêntico escravo. As suas ações representam a sua vida. Pode ser um vício, um lazer, um comportamento sexual, até uma atividade lícita, uma religião, uma liturgia, uma cosmovisão. Alguém pode ser cristão, ou dizer sê-lo e ter  portanto, todo o comportamento histórico cristão e  sem perceber, na melhor das intenções, estar a servir ao Reino de Satanás, ou favorecendo a sua causa. Preso a ele sob sujeição. Essa pessoa não pode ver ou imaginar outra situação a não ser aquela. Ela até se vangloria em morrer naquela condição, fazendo e crendo naquelas mesmas coisas, acima de qualquer outra coisa, acima de Deus inclusive. Na sujeição não há uma troca. A pessoa nada ganha, simplesmente não pode pensar ou agir de outra maneira.

A terceira é a mais grave e não significa que as outras não sejam igualmente eficazes em conduzir a pessoa a perdição eterna. Trata-se da possessão. Segundo o Aurélio significa:

[Do lat. possessione.]
Substantivo feminino.

1.
V. colônia1 (4).
2.
Estado ou condição em que o corpo e/ou a mente de um indivíduo são supostamente possuídos ou dominados por uma entidade (um ser, força, ou divindade) que lhes é externa, ou que não se manifesta habitualmente nas atividades da vida diária. [A possessão, considerada como experiência de natureza psicológica e social, pode ser verificada individual ou coletivamente, e ter caráter inesperado, ou estar submetida a algum tipo de controle ritual; em diversas sociedades e culturas, figura como episódio ou experiência central da vida religiosa.] [Cf. transe (7).]
3.
Rel. Restr. Nas religiões afro-brasileiras, ato em que o iniciado ou filho-de-santo recebe o seu orixá, tornando-se o seu cavalo e materializando a divindade.

Na possessão, portanto, um demônio, ou vários deles ( Jesus falou de legiões em uma única pessoa, e os demônios no Gadareno confirmaram: se autodenominaram "legião" ), habitam a pessoa, fato corroborado pelas declarações do próprio Senhor Jesus e por  períodos alternados ou mais continuados tomam posse da mente, do corpo e das ações das pessoas. Esse último estado só se dá voluntariamente. A pessoa outrora aproximou-se das trevas, deu-lhes ouvido, como Eva no Édem e foi contaminada por "meias verdades" até o ponto de ceder-lhes toda a sua vida, incluindo o seu próprio corpo. a pessao corre até o risco de ser liberta, afastar-se de Deus e os demônios voltarem e trazerem outros consigo e o estado da pessoa será muito mais terrível que o estado anterior de possessão.

Um cristão autêntico, representante do Reino de Deus está envolvido em uma grande guerra que não é só de idéias, de valores, de comportamentos socialmente aceitos e politicamente corretos, mas de uma guerra espiritual que não é entendida sob a ótica humana, acadêmica, científica, filosófica, estritamente religiosa, ou ainda qualquer outra que seja.


Notem que não é entrar nos céus, trata-se do reino dos céus, já que nos céus, não é por própria justiça que entraremos. Nos faz pensar que não basta se autodenominar "cristão", "crente", "evangélico", etc. Nessa guerra eu preciso estar, de fato, no Reino de Deus, com a autoridade que esse reino me investe, para lutar contra o outro reino que está instaurado por permissão da soberania de Deus no mundo, mas que tem que ser combatido e vencido. Cabe ao cristão autêntico,  efetivamente como  instrumento de também efetiva libertação do julgo e do domínio, que o reino desse mundo exerce em menor ou maior grau, em todas as  pessoas.

Cristãos sinceros sempre se preocupam com algum grau de "mundanismo", "heresia", presentes na igreja. O mundanismo se  refere a valores e comportamentos, já a heresia à ortodoxia, que sem ela a igreja e os crentes se perdem em explicações  simplesmente fantasiosas da revelação divina expressa na Sua Palavra, a Bíblia.

Satanás ataca a igreja subvertendo uma coisinha aqui outra ali, supervalorizando uma aqui, outra ali, e desviando-nos do foco. Entretanto a acomodação, tanto no que se refere a uma coisa ou outra, tráz a igreja e aos cristãos um sentimento de perfeição que os isola da realidade espiritual do mundo, priorizando o estado individual de cada um. Tudo bem, eu me sinto bem  diante de Deus, crescendo na Sua graça, quanto ao mundo, ao reino desse mundo, não posso engajar-me nessa guerra, pois mal o reconheço. A vida transcorre no nível da normalidade humana. Tenho a minha família, meu trabalho, meu lazer legítimo e pronto.

Ler nos evangelhos declarações acerca do reino de Deus, da boca do próprio Senhor Jesus é um estudo fascinante e talvez não tão fácil de ser digerido por nós. É ler e meditar e tentar entender com a graça do Senhor. É ter assim uma nova atitude e prática na vida cristã. Li algumas declarações de outros ministros evangélicos cheios de cuidados, em resposta a uma pergunta: se se consideravam "pentecostais", "renovados"
ou "tradicionais". A resposta foi mais ou menos essa: "nem tradicionais nem pentecostais"...um meio termo entre o antigo e ultrapassado e o mais contemporâneo e exagerado. Ainda havia algo como: "temos em nossa comunidade irmãos da Assembléia, Adventistas, Batistas tradicionais e renovados..." No meu entender todos esses encontraram nessa igreja um lugar sem conflitos. Um verdadeiro Oásis teológico em meio aos dois reinos. É claro que um cristão a serviço de Deus está além desses adjetivos. Lutero travou uma luta sobrehumana contra o reino das trevas em sua época materializado na dominação religiosa de seu tempo. O chamamos de "reformador" e reformados os que comungam a sua fé. João Calvino igualmente abalou o reino desse mundo e pessoalmente enfrentou os planos e desígnos de Satanás em sua época. Não é um adjetivo ou outro que o fará de um crente um representante engajado na verdadeira luta contra as trevas. Pergunto a quem  convém essa resposta tão cuidadosamente pensada? O que se ganha ou o que se perderia em ter ou ser um agente, um apóstolo, um cristão, um crente capaz de espancar as trevas e arrebatar uma alma do reino inimigo? A Jesus ou a Satanás?

A Bílbia nos revela um mundo e fatos sobrenaturais que podem ser facilmente desconsiderados no dia a dia. Afinal em muitas igrejas pelo mundo as reuniões se limitam às mensagens bíblicas, prédicas que se relacionam como os últimos acontecimentos sociais e as relações humanas que inspirem as pessoas a serem boas, se relacionarem bem, tocarem seus bons projetos de vida, orações que sejam mais ou menos esquemáticas e que portanto peçam e agradeçam as mesmas coisas, cânticos tradicionais, um bom coral ou outro conjunto musical, reuniões por gênero, idade e até demanda. São reuniões que parecem oásis em meio ao caos mundial, em que as pessoas podem recarregar as suas energias e continuarem tocando as suas próprias vidas. O mundo sobrenatural não existe. Deus está distante em sua bondade e o mundo parece prosseguir segundo os seus próprios acontecimentos. Trata-se de uma religiosidade que consola, afaga e atende as parcas necessidades espirituais que os seus crentes parecem ter.

Creio que, sinceramente, o  nosso foco e as nossas preocupações devam se concentrar em outro ponto. Você representa a luta contra as trevas tal qual Jesus representou ao andar nesse mundo? Ou será o seu cristianismo um simples ufanismo e não uma manifestação autêntica do poder Deus nesse mundo que possa se traduzir em libertação das pessoas cativas em vários níveis ou apenas um esquema racional de uma crença legítima mas totalmente impotente? Finalmente ao ser  indagado sobre o que seria o Reino de Deus, o Senhor Jesus respondeu em Lucas 13:19

por Helvecio S. Pereira

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domingo, 10 de janeiro de 2010

COMPREENDENDO O PROTESTANTISMO NO BRASIL

Muito se fala em espiritualidade dentro da esfera religiosa. Religiosos católicos e não católicos concordam sob a necessidade de se ter um determinado  nível espiritual em suas comunidades. Boa parte das polêmicas teológicas nascem da angustia e da percepção de um nível espiritual abaixo do esperado. Religiosos conscientes e que se angústiam pela espiritualidade e bem estar dos membros de sua igreja, pela saúde espiritual denominacional se esforçam no crescimento de sua igreja, particularmente as evangélicas do ramo não-tradicionais, material e humanamente, e que a sua mensagem alcance mais e mais pessoas. Esse crescimento é a prova para a liderança e membros, de que sua mensagem está correta e da operação e portanto da aprovação de Deus. Mas será que nos basta somente uma análise apenas do viés espiritual? As transformações religiosas tem sido objeto de análises e de teses acadêmicas feitas por cientistas humanos  sob a ótica secular. As pesquisas geralmente apresentam resultados atrasados, fato natural devido o tempo despedido em coleta de dados, análises e publicação das conclusões.

Abaixo as principais mudanças na religiosidade cristã nos últimos anos segundo certa pesquisa.


O Protestantismo na atualidade


 

O protestantismo é um dos grandes ramos do cristianismo. As grandes linhas divisórias do cristianismo têm sido delineadas da seguinte forma: catolicismo romano, igrejas orientais e ortodoxas e protestantismo. A. G. Mendonça[1] observa que tal categorização deixa em aberto um problema: onde encaixar o anglicanismo? Embora a Igreja da Inglaterra resulte da Reforma Religiosa, acabou ficando a meio caminho entre o catolicismo romano e o protestantismo. Mendonça propõe o estabelecimento de uma quarta categoria, ficando assim a classificação: Romana, Ortodoxas ou Orientais, Anglicana e Protestante.

No agrupamento protestante, temos as igrejas originadas pela Reforma do Século XVI. No interior da Reforma encontramos, de início, duas orientações: luterana e calvinista. Sobre os desdobramentos e conexões com a Reforma A. G. Mendonça faz a seguinte observação:


Então, protestantes seriam aquelas igrejas originadas da Reforma ou que, embora surgidas posteriormente, guardam os princípios gerais do movimento. Estas igrejas compõem a grande família da Reforma: luteranas, presbiterianas, metodistas, congregacionais e batistas. Estas últimas, as batistas, também resistem ao conceito de protestantes por razões de ordem histórica, embora mantenham os princípios da Reforma. Creio não ser, por isso, necessário criar para elas uma categoria à parte. São integrantes do protestantismo chamado tradicional ou histórico, tanto sob o ponto de vista teológico como eclesiológico. Estes cinco ramos ou famílias da Reforma multiplicam-se em numerosos sub-ramos, recebendo os mais diferentes nomes, mas que, ao guardar os princípios fundantes, podem ser incluídos no universo do protestantismo propriamente dito[2]


Tendo identificado os grandes agrupamentos do cristianismo e da Reforma, devemos passar à definição dos traços gerais da religião protestante. Elaborar definições não é uma tarefa fácil. Steve Bruce faz as seguintes observações sobre tal trabalho:


The aim of definition must be to identify in a systematic and consistent manner the phenomenon under investigation. The problem is to find some method of transcending the particular details of the various appearances of the phenomenon without going so far from the material, and without including so much of one’s explanation in the initial definition, that on is guilty of tautology[3]


São quase 500 anos de protestantismo e uma miríade de igrejas nascidas dos cinco agrupamentos principais da Reforma. Qualquer apontamento correrá sempre o risco de tomar por essencial algo que seja apenas circunstancial e/ou secundário. Preferimos, ao invés de uma tipologia do protestantismo, o apontamento dos traços principais seguindo o modelo de adesão religiosa elaborado por STARK, R. e GLOCK, C.Y. Os autores[4] propõem as seguintes dimensões para a análise da adesão religiosa: crença, prática religiosa, experiência, conhecimento e conseqüências. Analisando o protestantismo a partir das dimensões listadas, temos o seguinte quadro:





Crença

Crê que a Bíblia é a fonte de autoridade e revelação;
Crê no livre exame da Bíblia;
Crê na salvação individual pela morte expiatória de Cristo;


Prática religiosa

Freqüência aos cultos nos quais são cantados hinos e feitas orações;
Culto centralizado na proclamação da Palavra;
Participação na Ceia do Senhor;
Leitura devocional da Bíblia feita regularmente;
Orações individuais ou em família feitas regularmente; 
Pregação aos não-crentes


Experiência

Ênfase na necessidade de convicção pessoal quanto à salvação;
Pouca concessão às emoções, exceto nos momentos de conversão e arrependimento para santificação pessoal. 


Conhecimento

Freqüência à Escola Dominical;
Cursos preparatórios (catecúmenos) para o batismo;
Ensino de catecismos e confissões (Confissão de Westminster, Heildelberg, Helvética, Ausburgo, Catecismos Maior e Menor);
Leitura de literatura devocional.


Conseqüências

Disciplina no uso do tempo e das finanças;

Participação nas decisões da vida comunitária;

Conduta sexual conservadora;

Sobriedade nas vestimentas e linguagem;

Restrições quanto a festas e consumo de cigarros e bebidas alcoólicas. 





 

Duas observações precisam ser feitas quanto ao quadro acima. Primeiro – as ênfases numa das dimensões serão mais ou menos intensas dependendo do grupo religioso (presbiteriano, luterano, congregacional, metodista ou batista). Exemplo: os batistas enfatizarão mais do que os presbiterianos a pregação aos não-crentes, como elemento da prática religiosa. Luteranos serão mais tolerantes quanto ao consumo de bebidas alcoólicas do que os metodistas etc. Segundo – de acordo com determinados períodos históricos, algumas das dimensões poderão ser enfatizadas com a mesma intensidade pelas diferentes igrejas que compõem o agrupamento Reformado. Exemplo: a ênfase na conversão pessoal passou a ser compartilhada por todos a partir dos dois grandes despertamentos (awakenings) norte-americanos nos séculos XVIII e XIX.

O peso de cada uma das dimensões também poderá variar de acordo com a movimentação do grupo religioso dentro do gradiente seita-igreja.Todavia, a distribuição das características da religiosidade protestante nas dimensões elaboradas por Stark e Glock ajuda-nos na sistematização dos elementos que julgamos constitutivos do fenômeno em estudo.

O termo protestantismo no Brasil é subdividido em dois grupos: de imigração e de missão. O protestantismo de imigração, representado pelo ramo luterano da Reforma, se estabeleceu no Brasil em 1824 com a chegada dos imigrantes alemães[5]. O protestantismo de missão compreende as igrejas que foram implantadas no Brasil, ainda no século XIX, sob a iniciativa das missões  protestantes norte-americanas. São elas: presbiteriana (1859), batista (1881), metodista (1886) e episcopal (1898). A igreja congregacional, também derivada da Reforma Protestante, foi a primeira das igrejas missionárias a ser implantada no Brasil (1855). Sua inserção no Brasil não foi resultado da iniciativa de missão norte-americana, mas do médico Robert Reid Kalley, que para cá veio fugindo da perseguição religiosa movida contra ele na Ilha da Madeira.

Segundo o Censo 2000, 1.062.144 brasileiros se declararam luteranos. Os batistas, de acordo com o Censo 2000, contavam com 3.162.700 fiéis brasileiros. Os presbiterianos com 981.055 fiéis e os metodistas com 340.967 fiéis. Ao somarmos o total de protestantes históricos veremos que em 2000 representavam 5,0% do total da população brasileira. Em 1980 os protestantes históricos representavam 3,4% da população brasileira e em 1991 contavam com 3,0% do total da população. A leve recuperação da tendência declinante ainda é um fenômeno a ser investigado. Todavia, duas hipóteses parecem razoáveis como explicação para a recuperação: a) aproximação das técnicas pentecostais de proselitismo; b) as igrejas pentecostais recebem muitas adesões, mas parte de sua clientela migra para as igrejas do protestantismo histórico. 

Com a menção acima, tocamos numa das questões mais tematizadas no universo protestante da atualidade, o pentecostalismo. A Assembléia de Deus instalou-se no Brasil em 1911 e a Congregação Cristã em 1910. São elas as duas maiores igrejas pentecostais do Brasil. As igrejas Deus é Amor e Evangelho Quadrangular foram criadas em meados do Século XX. Já a Igreja Universal do Reino de Deus foi organizada em 1977, por Edir Macedo. Essas são as maiores igrejas pentecostais no Brasil. De acordo com o Censo 2000 o quadro de fiéis em cada uma delas é o seguinte: Assembléia de Deus – 8.418.154, Congregação Cristã do Brasil – 2.489.089, Igreja Universal do Reino de Deus – 2.101.884, Evangelho Quadrangular – 1.318.812, Deus é Amor – 774.827, Outras – 2.630.721.

Enquanto os protestantes históricos representam 5,0% do total da população brasileira, os pentecostais representam 10,6% da população. Sob o rótulo “pentecostais” agrupamos igrejas com ênfases e estilos bastante diferenciados. Entretanto, sob a perspectiva sociológica é possível identificar alguns traços comuns na multiplicidade pentecostal:


As igrejas pentecostais, no seu conjunto, são mais urbanas que rurais, mais femininas que masculinas (têm cerca de 10% de mulheres a mais que a média), têm muitas crianças (até os 15 anos), mas poucos adolescentes de 15-20 anos e, em geral, em todas as idades, estão um pouco abaixo da média. Quanto à raça ou cor, têm mais negros, pardos e indígenas que a média; têm pouquíssimos amarelos. O nível de instrução é baixo. Quase não há fiéis com formação superior ou pós-graduação. Quanto às atividades, têm poucos agricultores e funcionários públicos, mas têm 50% a mais que a média de empregados em serviços pessoais (domésticos). O alto número de domésticos (com ou sem carteira) é confirmado pela posição na ocupação. Baixa porcentagem de empregadores. A renda é geralmente muito baixa, com poucas exceções[6].


Como interpretar os significados sociais do pentecostalismo no Brasil? O pentecostalismo representa uma ruptura com a cultura católica popular ou uma continuidade? Diante da diversidade de igrejas pentecostais, não seria melhor falar em “pentecostalismos”? Pode o pentecostalismo ser considerado ainda um tipo de protestantismo? Como se vê, são muitas as questões que o fenômeno pentecostal suscita. Impossível respondê-las nos limites deste artigo. Todavia, julgo que o trabalho de pesquisa deva justamente matizar o fenômeno. É isto que vários trabalhos específicos sobre o campo pentecostal vêm realizando. L. S. Campos[7] analisa as mudanças organizacionais na oferta de bens simbólicos introduzidas pela Igreja Universal do Reino de Deus. Ricardo Mariano[8] mostra como o neopentecostalismo dota os fiéis para uma nova compreensão do dinheiro. Maria das Dores Campos Machado[9] examina o lugar da mulher nas igrejas pentecostais. Sem a pretensão de ser exaustivo no exame da literatura sociológica sobre o pentecostalismo da atualidade, as referências acima ilustram a diversidade e riqueza do tema.

Procurou-se, ainda que de forma bastante sintética, apresentar um panorama do protestantismo brasileiro na atualidade. Uma certeza podemos ter: qualquer análise sociológica do Brasil contemporâneo estará incompleta se não enfrentar o significado da mudança religiosa que está ocorrendo, principalmente a partir dos anos 80.


[1]MENDONÇA,  A.G.  O Protestatismo no Brasil e suas encruzilhadas. Disponível em http://www.antoniomendonça.pro.br/ 

[2] Ídem 
[3]BRUCE, Steve. A house divided: protestantism, schim, and secularization. Routledge: London and New York, 1990. p31 " O objetivo da definição deve ser identificar de maneira consistente e sistematizada o fenômeno sob investigação. "O problema é encontrar algum modelo para transceder os detaalhes das diferentes manifestações do fenômeno sem afatar-se domaterial e sem acrescentar muito da explanação na definição inicial, que se torne culpado de tautologia"


[4]STARK, R; GLOCK, C.Y. Dimensiones de la adhesión religiosa.in: ROBERTSON.R. (org)  Sociologia  de la religión. México: Fondo de Cultura econômica, 1990. p.228-235 
[5]Houve, em 1810, o estabelecimento de pequenos grupos de anglicanos ligados à presença inglesa no Brasil.
[6]ANTONIAZZI,A. por que o panorama religioso no Brasil mudou tanto? São Paulo; paulus, 2004,p 40
[7]CAMPOS, L. S. Teatro, Templo e Mercado: organização e marketing de um empreedimento neopentecostal. Petrópolis: Vozes, 1997.
[8]MARIANO, R. Neopentecostais: sociologia do novo pentecostalismo:São Paulo: Loyola, 1999.

[9}MACHADO, M>D>C> Carismáticos e pentecostais: adesão religiosa na esfera familiar. Campinas/São Paulo: Autores associados/ ANPOCS, 1996.      

fonte web
                       
Com base nessa pesquisa podemos perceber que reuniões religiosas, pregações, construção de igrejas, etc. influencia a sociedade e promove mudanças nas sociais ou seja a pretensa espiritualidade de uma sociedade tem impacto direto na sua realidade. Um discurso puramente espiritual será ingênuo se não contemplar o seu impacto nos valores, costumes e ideais adotados por grupos sociais étnicos, diferente gêneros e nas relações econômicas, mercado de trabalho e distribuição de renda.       



O obetivo dessa postagem é fazer com que você cristão de qualquer denominção e até pessoas que não se julgam religiosas terem em mãos, ou diante dos olhos, dados que recomendem ou não, que apovem ou não as mudanças promovidas e, isso é incontestável, na sociedade brasileira.                                                                                                                                     








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