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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

ADÃO, PERFEITO OU IMPERFEITO



A blogosfera, a web, enfim são espaços, um dentro do outro, que possibilitam uma comunicação e troca de informações, opiniões enfim, sem rival em toda a história humana. Mais do que nunca, como o bordão do Fausto Silva, todos os adultos e os candidatos a adultos, estão como crianças numa brinquedoteca, bobos sem saber o que fazer primeiro ou se fixam em uma ou outra única coisa, sem saber que o que estão teimosamente repetindo exaustivas vezes, possa causar danos a si mesmos e aos outros. Todos são autores, professorais, opinadores, conselheiros, zombadores, fofoqueiros e juízes. Cristãos e crentes evangélicos, não escapam sempre a essa danosa possibilidade. Celebridades evangélicas ( e nem o fato de da noite para o dia, serem celebridades,  tão ouvidas como as seculares e as mais mundanas) não conseguem contornar as várias e novas situações. Fontes jorram o doce e amargo ao mesmo tempo, a água que mara a sede e água salobra.

Farei um elogio,  ou melhor reiterarei o elogio já recorrente, ao irmão Jorge Fernandes Isah e seus blogs , do quais o mais apreciado e de maior audiência é o Kálamos. Tantos outros blogs ganham troféus inúteis pela patente inutilidade... alguns ganham notoriedade em revistas de notícia de alcance nacional, por serem uma miscelância de outras tantas inutilidades, contudo o Jorge merece um prêmio, não pelas opiniões em si ( não por não terem valor e serem bastante pertinentes e interessantes, edificantes mesmo, pelo testemunho de sua fé ) mas pela maneira como puxa o papo, dialoga com os leitores, guia a conversa, etc. É um programa do Jô nos blogs, faltando a caneca, o quinteto e algumas piadas ( as piadas não são necessárias, mas a turma que visita o blog e dá pitacos é boa de risos também, fora os que só lêem ). Engraçado é que ele sempre enviava um e-mail das suas postagens, agora não manda, e aí eu tenho que ir lá ver o que ele escreveu. Vou reclamar!

Essa conversa toda é para dizer que no nosso caso, mais do que ensinar ( blog e site não são púlpito e nem gabinete pastoral, não é seminário e nem curso bíblico ), falamos das coisas de Deus como torcedores falam de futebol, pilotos sobre carros e políticos sobre política. Como não gostar de Deus e da Sua Palavra,  não falar sobre ela, a não ser "profissionalmente" como certos pastores profissionais ( não todos e nem a maioria claro )? Nesse jogo, nessa ocupação lúdica, aprendemos uns com os outros, ou não também, claro. Ficando assegurada o gosto pela Escritura, pelo pensamento de Deus, cujo lugar de importância fica assegurado igualmente em nossas vidas.

É claro que muita gente pensando em Deus produziu bobagens e absurdos mas nós somos cuidadosos e nos guardamos sob o manto do temor ao Senhor, ou seja prontos a não ir tão além, a voltarmos quando sentirmos que estamos sendo inconvenientes, não criarmos uma nova doutrina, não reiventarmos a roda, e nos mantermos firmes no que é mais importante: o legítimo amor ao Senhor e na esperança de Sua tão grande salvação.

Isso posto, o Jorge produziu um texto excelente sobre A Lei e a Graça cujo assunto estendeu-se por outros, sem contudo afastar-se do foco principal. Eu mesmo produzi um texto sobre o mesmo tema A Lei e a Graça, sem ler o dele, que foi produzido antes do meu e publicadosó  agora depois do meu. Ambos ( o dele e o meu ) trazem informações gerais, aceitas como legítimas pelos cristãos de todo o mundo, com enxertos de opiniões,  visões pessoais, senão não teria graça ( rs...rs...rs...). Em um dos comentários e no próprio texto do irmão Jorge, um pensamento, uma reflexão foi colocada, que é a do fato de Adão ter sido criado perfeito ou não. Elementos para produzir uma reflexão extensa sobre esse tema não faltam e não é facilmente conclusiva uma discussão a respeito. Ainda mais se as diversas partes já comparecem ao debate armadas de muitas e heterogêneas informações. Portanto o que será dito aqui é apenas parte de tudo o que  pode ser dito,  pensado sobre o assunto, e nada tem de original. Ou seja, muitos já escreveram com base nas próprias Escrituras, as mesmíssimas coisas, em alguma época ou lugar, outros já afirmaram e talvez afirmem ainda hoje o contrário, enfim têm outra posição sobre o assunto. Enfim  é isso que propomos mais uma reflexão.

Atenhamos minimamente à Bíblia, às Sagradas Escrituras e seu texto minimalista, mas com enorme profundidade e complexidade. Primeiramente é consenso o fato de Deus ser perfeito e que sob esse aspecto  Deus não inerrante. A força da gravidade na terra está na medida exata para que todos o seres humanos ou não, vivam sem problemas, e fenômenos aconteçam sem a menor margem de erro. Você come demais e erradamente, as suas veias claro, entopem no frio ou no verão, por deslocamento de placas de gordura dentro delas, mas a culpa não é de Deus, é só sua. Dessa forma a perfeição  de Deus é patente em toda a sua criação e isso é ponto passivo entre os que crêem em Deus. Aleijões e doenças genéticas, as vezes as mais terríveis e raras, não são porque Deus errou na formação dos corpos dessas pessoas. Uma calvície não é erro de Deus no seu côro cabeludo, ou erro na taxa de hormônios masculinos. Bem os exemplos são vários e as objeções ídem, mas só a título de esclarecimento: Adão * fora feito pelas mãos de Deus, Eva idem, eu e você não, pelo menos diretamente.

Somos consequências de duas ordens, uma dada a Adão e a Eva, a de que crescêssemos e nos multiplicássemos, tendo relações sexuais geridas pela maturidade corporal,  e portanto  taxas hormonais sadias em nossos próprios corpos, pelo cruzamento de indivíduos caóticamente ( no sentido  probabilista ). Se duas pessoas com  síndrome de Down ou outra patologia ( albinismo , etc ) têm filhos, esses filhos serão  ( quase sempre, mas não sempre ) portadores dessas mesmas síndromes e a culpa não é de Deus, não fora Deus que determinára isso a eles.

Vale lembrar da região do Brasil, no norte ( Maranhão ou Piauí acho ), onde há a maior incidência de albinismo do mundo, ou o povo avestruz na África, ou a cidade dos anões, também no Brasil, onde há o maior número de anões do mundo. Adão fora criado perfeito e não imperfeito portanto. Imperfeição não foi a causa da queda. Adão não tina gêns específicos para o alcoolismo, depressão, violência, etc.

Vamos as Escrituras entretanto. Após o pecado de Eva, a cumpricidade  e/ou a omissão de Adão, que esse ( Adão ) se desculpou, ou pior, induziu Deus a culpa de sua desgraça. Vejamos o texto em questão:

Gênesis capítulo 3 versos 6 ao 13, com especial atenção para o verso 12.

6
E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela.
7
Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais.
8
E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim.
9
E chamou o Senhor Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás?
10
E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me.
11
E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses?
12
Então disse Adão: A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi.
13
E disse o Senhor Deus à mulher: Por que fizeste isto? E disse a mulher: A serpente me enganou, e eu comi.

Gênesis 3: 6 - 13


Adão dissera claramente ao Senhor: "a mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi.".Poderia ter dito: a culpa foi dela, de Eva, mas a frase de Adão culpa a Deus em primeiro lugar: "a mulher que me deste por companheira".

Vejamos quem era Eva, do ponto de vista de Deus e não do ponto de vista do medroso e dissimulado Adão:









19
Havendo, pois, o Senhor Deus formado da terra todo o animal do campo, e toda a ave dos céus, os trouxe a Adão, para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso foi o seu nome.
20
E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo o animal do campo; mas para o homem não se achava ajudadora idônea.
21
Então o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas, e cerrou a carne em seu lugar;
22
E da costela que o Senhor Deus tomou do homem, formou uma mulher, e trouxe-a a Adão.
23
E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada.
24
Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.

Gênesis 2: 19-24

A tradição judaíco-cristã, a despeito de toda a sorte de injustiças feitas socialmente contra as mulheres em todo o mundo, com algumas compensações sociais e legais, a mulher é sem dúvida um ser especial, do ponto de vista de Deus e do ponto e vista do homem ainda com resistência ilógica.

A palavra "ishshá", mulher, esposa, fêmea, cada uma, toda é explicada em Gênesis 2:23 e 24 e a mulher no caso é descrita como cópia física do homem, dígna de uma lealdade inabalável. A expressão  "nascido de mulher ", "y lûd 'ishashâ" cujo vocábulo "ishshâ" é em sentido coletivo, denota a mortalidade humana inerente à classa fragilidade feminina em comparação com a força masculina ( ler Jó 14:; 15:14; e 25:4 )

Outra palavra suada para traduzir o vocábulo "mulher", no Antigo Testamento é "nqẽbá", fêmea, mulher, menina, e uma excessão quando usado em oposição ao vocábulo "geber", homem mostrando a contradição ou  ao macho "zâkãr", válido para seres humanos e animais.

Dessa forma visto muito rapidamente a mulher foi uma doação de Deus ao homem, como ato exclusivo de amor, um presente, um grande presente, maior que o próprio Édem, o  mundo enfim. Se nós sendo maus sabemos dar boas coisas a nossos filhos, quando mais o nosso Pai sabe dar boas coisas a nós os seres humanos. Deus dissera anterior a feitura da mulher por suas próprias mãos: "não é bom que o homem fique  só." Logo se havia algum problema em o homem estar só, esse problema desapareceu com a companhia da mulher providenciada por Deus. Portanto, um lugar perfeito, um par perfeito e os únicos feitos diretamente por Deus, diferentes de todos os nós descendentes diretos deles.

Uma outra oposição lógica é entre "o carnal e o espiritual", muito presente na tradição e em toda a reflexão cristã com consequências as vezes terríveis na prática cristã. O primeiro Adão, da terra, segundo Paulo e o "segundo Adão", Cristo dos céus se opõem e a confusão entre a pessoa de Jesus Cristo e a pessoa de Adão, aparentemente dá margem a alguma forma de exclusão e oposição mútua. Na verdade isso não deve ocorrer. Adão era espiritual, tinha comunhão com Deus no Édem, antes e depois da queda. Possivelmente não via a Deus físicamente, como Ele é em sua plenitude ( nenhum homem jamais viu a Deus dizem as Escrituras ) , talvez como Abraão e Sara recebera os três anjos ( o próprio Deus ). O Senhor Jesus era chamado de comilão e beberrão, e era menos espiritual por isso? Não, evidentemente que não.

Logo o pecado , a queda, a escolha de Adão não fora causada por nenhuma deficiência que possa ser nomeada ou traduzida como argumento para que fatalmente ocorresse. Aliás a culpa se estabelece ainda mais pela falta absoluta de circunstâncias determinantes do fato em si, usando até uma terminologia jurídica.

Mas alguém pode argumentar: não haveria um "mal" latente em Adão e em  Eva para que se inclinassem em cobiçar o fruto e a árvore do conhecimento do bem e do mal? Penso que não. Qualquer um de nós pode ser trapaceado por alguém que malandramente nos induza em um negócio aparentemente correto e lícito. O que Satanás fez astutamente, foi traduzir um crime, uma ilegalidade, uma proibição em algo legítimo.

Encontramos nas Escrituras ( Gênesis 3: 1-13  dando especial atenção aos verso 5  e  6 )









Gênesis 3

1 ORA a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o Senhor Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?
2 E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos,
3 Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais.
4 Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis.
5 Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal.
6 E vendo a mulher que aquela árvore {era} boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e {ele} comeu com ela.
7 Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que {estavam} nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais.
8 E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia: e escondeu-se Adão e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim.
9 E chamou o Senhor Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás?
10 E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me.
11 E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses?
12 Então disse Adão: A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi.
13 E disse o Senhor Deus à mulher: Por que fizeste isto? E disse a mulher: A serpente me enganou, e eu comi.


Notemos que a mulher após inquirida por Satanás, repete para Satanás a Palavra de Deus ( com "P" e D"
maiúsculos ), proferidas pelo próprio Senhor pessoalmente, verso de Gênesis 3: 2 e 3. Contradizendo a mulher ( v4) Satanás diz a verdade ( no que Deus tinha declarado mas com ênfase diferente ) portanto dita de modo a  confundir a mulher: "Deus sabe (...) que se abrirão os olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal". A mulher olha para a árvore, possivelmente pensa, no que disse e ouviu, se confunde, e o resto todos nós sabemos.

Portanto Eva e Adão foram derrotados num jogo de astúcia, numa prova, permitida por Deus, que não interveio, como não interveio na tentação do próprio Senhor Jesus que resistiu a Satanás sozinho. Agora um detalhe e um mistério: para muitos é um paradoxo e um problema, Deus ser soberano e suas criaturas, anjos, demônios, Satanás, e nós os homens termos alguma liberdade, refutada pelo determinismo radical. Jesus era Deus, Deus conosco, deixou-se ser tentado, confundido ( não o foi, venceu a Satanás ) no mesmo confronto solitário de Eva com a antiga serpente no jardim. O Deus onipresente e onisciente não pode viver as duas experiências, a de saber e não saber, algo incompatível com a nossa lógica? Daquele dia e hora ninguém sabe, nem mesmo o Filho, somente o Pai, dissera Jesus sobre a Sua segunda vinda, e não se tratou de simples retórica ou estilo de discurso.

* Adão: homem vermelho. Aparece no absoluto singular em 562 ocorrências no AT e favorece a uma estreita correlação entre o homem e a terra vermelha, um dos elementos a partir do qual foi formada a sua dupla constituição ( espiritual e material ) e imagina-se que esse era o tom de pele do primeiro homem sobre a terra bem parecido com a pele de indígenas da América do Sul especialmente.

Por Helvécio S.Pereira 

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

CRISTO... DUAS NATUREZAS? a que esse termo se refere na pessoa de jesus Cristo? ATUALIZADO! COM UM FILME COMPLETO SOBRE JESUS! E MAIS:




H
á um blog, que faço questão de recomendar, que é o Kálamos, do irmão  Jorge F. Isah. E o faço por duas razões: a primeira é o seu talento para escrever sobre qualquer assunto, coisa que o faz com relativa maestria e usa esse talento desde a sua efetiva conversão, para tecer reflexões acerca da Palavra de Deus; segunda: embora não concordemos "ipse litere" em questões, digamos, periféricas, não tenho nenhum problema em recomendá-lo ao leitor desse blog, mesmo que depois você goste mais das idéias dele do que das minhas, o que devido a seu talento é muito possível.

Hoje, três décadas depois, com ganhos e perdas, no meio evangélico, uma na minha opinião é terrível: não se cita sequer a existência de outra igreja, pois é concorrente, e assim a sua gravadora, os seus cantores, a sua editora, os seus políticos, etc. Não há mais a alegria de saber que  o outro é crente, é um irmão. É claro que já existia um processo semelhante mas agora ficou mais descarado, incoerente, bizarro. Hoje como reflexo nem manifesto alegria em saber que tal irmãoé da minha igreja ( que frequenta ocasionalmente ou é membro da mesma denominação, e isso digo por mim...). quem sabe depois de "dois dedos de prosa" dá para confiar no cristianismo do irmão? Uma igreja assim é mais fraca no seu testemunho e na sua estratégia de evangelismo. Razões são várias e não desejo tecê-las no momento.

Bem o irmão Jorge,no seu blog Kálamos, postou uma reflexão sobre a dualidade da natureza de Cristo. Não afirmou a sua crença na dualidade e nem a refutou-a totalmente. deixou em aberto devido a questões a ela relacionadas. Jesus Cristo tinha duas ou uma natureza? era um composto de uma natureza plenamente divina e outra humana, ou apenas de uma natureza?

Deixe-me dizer que para o crente, convertido e que ama o Senhor e tenha experimentado o perdão e o novo nascimento, uma mudança de vida e de atitude, e tenha a certeza de sua salvação pela obra e a fé exclusiva no nome do Senhor Jesus, na minha opinião isso é absolutamente, e sem sombra de dúvidas, irrelevante.


Não é necessário que eu saiba o peso do meu amigo e a sua tendência a ter problemas de fígado, ou de pele, para que sejamos amigos. Da mesma forma analizar essa questão é igualmente irrelevante. Entretanto para a confissão de fé de sua igreja, de uma denominação, é ao contrário absolutamente importante. A liderança, os fundadores, tem que ter tomado uma posição definitiva sobre o assunto. Sobre essa e outras questões, como acerca da dualidade ou triparidade do homem, corpo e espírito, ou corpo alma e espírito, por exemplo.


Em teologia ( estudo de Deus,  razão sobre Deus )  tudo tem nomes, até as mínimas diferenças entre pontos de vistas ( e todos em grego , ou pelo menos boa parte deles ). Você pode se sentir perdido entre tantos "ismos" e "anos". Escolher uma posição e alinhar-se a elas a partir dos grupos e tendências é um suplício além do que  cada grupo, consciente ou insconscientemente parece fugir das declarações escriturísticas e argumentações que ofereçam perigo a sua estrutura de pensamento, ou seja não exatamente honestos nesse ponto. De fato também, não há nenhuma questão, ou dúvida que não tenha sido exaustivamente discutida nos últimos vinte séculos. Uma posição diversa da maioria hoje é mais uma volta ao passado, repisando velhas questões, tantas vezes abordadas, defendidas e atacadas, tantas vezes com os mesmos argumentos.

O irmão Jorge parte  de muita leitura de textos e livros  aos temas relacionados, analisa as várias posições, se debruça sobre a história da igreja, examina a Bíblia e, acho, escolhe a posição que mais lhe pareça Bíblica. eu embora ainda leia alguns livros evangélicos (menos que no passado, talvez até os livros fossem melhores, mais feinhos, mas com mais conteúdo confiável ) parto do pressuposto que a Bíblia por si só é suficiente para elucidar as grandes dúvidas que possam eventualmente surgir na construção da fé cristã genuina. Claro, partindo-se do pressuposto que a vida cristã, não seja essencialmente um alinhamento unilateral de uma posição ou outra. Ningueḿ é cristão, crente, sem comunhão com o seu Deus através de duas coisas: leitura da Bíblia, das  Escrituras, o máximo possível, e oração efetiva, ouvida por Deus, respondida por Ele.

Bem, se Jesus Cristo tem duas naturezas, e uma delas recebida pela sua encarnação nesse mundo, via Espírito Santo e ventre de Maria, há de se aceitar então que o Verbo, que era Deus e estava com Deus tenha sido acrescido de alguma coisa que não tinha no tempo. Ora, sabe-se que Deus é imutável, não de deteriora  e nem arrefece, não perde essência e da mesma forma não ganha algo que lhe acrescente. Toda a obra de Deus, a criação, é fora de Si mesmo. Dessa forma o Verbo original não poderia ganhar nada além do que tinha originalmente. Aliás Ele é o mesmo ontem, hoje e será eternamente.

Outro ponto é que, considerando-se que efetivamente, Jesus Cristo, tenha ganhado algo em sua encarnação, o que ganharia, se a criatura ( no caso  o homem, cada um de nós ) é que é semelhante a Si mesmo? Lembrando que triângulos semelhantes não são iguais, aulas de geometria que dei alguns anos. No máximo agregaria algo que já possuia e isso é ilógico.Ganhar algo semelhante a si  em menor monta.


Gostaria de lembrar que quando um teólogo fala da natureza de Cristo pensa em uma coisa, quando o crente comum usa  a mesma palavra, na verdade pensa em outra coisa. Se perguntarmos para ambos, o teólogo e o não teólogo, ambos dirão que Cristo é uma pessoa e não duas, ou seja o Verbo sem começo e sem fim, eterno. O problema começa quando consideramos a sua encarnação. A sua pré-existência é chamada de uma natureza e seus trinta e quatro anos de vida como ser humano ganha a conotação de uma outra e nova natureza.

O título dessa postagem põe em questão a fato de Cristo ter duas naturezas, como sendo duas pessoas em uma, uma divina e outra humana. Visto dessa forma a resposta é não. Jesus Cristo é uma pessoa da Trindade até porque não seria mais "Trindade", embora essa palavra nunca  pareça nas Escrituras. Não há quatro pessoas na trindade e sim três, naturalmente. Visto que as mesmas Escrituras afirmam que nem antes,nem depois dEle nenhum outro deus se formou.

Gostaria de lembrar que é comum, muito comum , nos embates teológicos, as controvércias permanecerem em torno de pontos, que no âmbito maior, são irrelevantes e se tornam muitas vezes bandeiras defendidas acima de outros elementos teológicos mais importantes, por puro desvio de foco mesmo. A maioria das pessoas, incluindo teólogos, não se dão ao trabalho de refletir sinceramente sobre certos pontos. O sistema de ensino não oferece nenhuma possibilidade de outra posição. Imagine um seminarista ou candidado a pastor em uma denominação sendo sabatinado sobre teologia bílblica...se for sincero e apresentar certo posicionamento não será aprovado e nem aceito. alguns preferem a omissão pura e simples ou escolhem uma ou outra posição menos conflituosa.

Disse isso, por achar, sinceramente, que não é essa a questão, se tinha duas ou uma, se tem duas ou uma agora e no futuro. Cristo se tornou homem para que num cenário maior, vencesse Satanás em nosso lugar, e em bom português, obtivesse a revanche sobre o nosso inimigo. Santanás iludiu o primeiro casal sabedor das terríveis consequências para a raça humana. Sugeriu dessa forma que somos inviáveis na nossa liberdade, que nenhuma criatura criada por Deus, com inteligência para questionar Suas decisões e atos, seria-Lhe fiel,assim como ele, Satanás não foi. Quis provar que genuinamente a sua  posição de rebeldia não era só dele, Satanás, mas uma possibilidade aberta para todas as criaturas de Deus, feitas para se relacionarem com Ele. Na sua fala com Eva, praticamente confessou sua posição antagônica com Deus, sugerindo; " Deus não quer ( tem medo ) que sejam iguais a Ele", assim como Ele, Deus, "temeu" que Satanás se igualasse a Ele, Deus.

Nessa perspectiva, a encarnação de Jesus Cristo, se insere em duas coisas: Cristo vence no nosso lugar e isso é claramente e tacitamente exposto nas Escrituras; Cristo comunica-se, relaciona-se, pessoalmente com o homem, falando-os, ouvindo-os, argumentando com eles, amando-os e aborrecendo-os. a Bíblia mostra e a história posterior também o faz, por diversas vezes, via influência satânica, a aspiração de um governo mundial quase se efetivou.

O primeiro episódio foi Bíblico, em Babel, e o próximo será o governo  do anti-Cristo. Jesus Cristo veio para reinar, daí a sua entrada em Jerusalém. a sua tristeza veio da constatação que não seria naquela ocasião mas após a Sua morte e ressureição. Após a Sua vinda, por mil anos  Cristo reinará num governo mundial de Deus e isso é Bíblico, embora soe estranhamente para muitas denominações cristãs e seja errôneamente enfatizada por algumas. Cumpre-se então as razões da humanidade de Cristo: vencer em nosso lugar, individualmente, por cada um de nós; efetivar o governo de Deus entre os homens, Deus conosco na terra. A Deus ninguém jamais viu, mas a Cristo poderemos ver, ouvir e falar com Ele.

Uma vidraça tem por objetivo impedir a entrada do vento, do ruído externo, pode eventualmente deixar ver a paisagem lá fora ou  as pessoas dentro da construção ou edifício, mas é essa a sua função pressípua. Discorrer sobre o teor de material do vidro da vidraça, embora seja real como possibilidade, é de uma inutilidade absurda,a não ser para o fabricante e para o vendedor por questões de preço, óbviamente. Da mesma forma o significado da humanidade de Cristo se impõe radicalmente acima da discussão de Sua eventual natureza, passível de ser feita, mas que desloca o foco para algo não principal. 

Finalmente, um esboço de um estudo acerca das duas naturezas de Cristo, vistas agora como características de Sua pessoa, que permanece uma somente.


 A Natureza Humana de Cristo

  • Jesus foi concebido por obra do Espírito Santo em Maria (Mt.1:18; Lc.1:35);

  • Jesus possuía um corpo, mente e emoções humanas (Lc.2:40; Mt.4:2; Lc.23:46; Mc.13:32; Jo.11:35; Jo.13:21);

  • Jesus não possuía o pecado original, nunca pecou e, sendo verdadeiro Deus também, não era sujeito a pecar (Hb.4:15; 7:26; I Pe.1:16; 2:22; I Jo.3:5);

  • Jesus precisava ser verdadeiro homem para: a) obedecer a lei em nosso lugar (Rm.5:18-19); b) se oferecer como sacrifício por nós (Hb.2:16-17); c) compadecer-se como sumo sacerdote (Hb.2:18);

  • Jesus será um homem para sempre (Jo.20:25-27; At.1:11; 7:56);

  • Heresia: Gnosticismo: Ensina que Jesus não possuía um corpo humano real;
 A Natureza Divina de Cristo

  • Jesus é chamado diretamente de Deus na Bíblia (Is.9:6; Jo.1:1; 20:28; Rm.9:5; Tt.2:13; Hb.1:8; II Pe.1:1);

  • Jesus possuía atributos divinos (Jo.5:58; Ap.22:13; Jo.21:17; Mt.18:21; 28:20);

  • Jesus recebe adoração (Fp.2:9-11; Hb.1:6; Ap.5:12-13);

  • Jesus precisava ser verdadeiro Deus: a) para arcar com toda a pena de todos os pecados dos que crêem; b) porque, como a salvação vem do Senhor (Jn.2:9), só Deus poderia salvar o homem; c) porque só alguém que fosse verdadeiro Deus e verdadeiro homem poderia ser mediador entre Deus e os homens (I Tm.2:5);

  • Heresias: a) Arianismo: Ensina que Jesus não era o verdadeiro Deus, mas um deus menor que o Pai; b) Kenoticismo: Ensina que Jesus abriu mão de atributos divinos quando se tornou homem e deixou de ser plenamente Deus;
 A Encarnação: União das Duas Naturezas na Pessoa Única de Cristo

  • Heresias: a) Apolinarismo: Ensina que Jesus possuía apenas um corpo humano, mas não um espírito humano, pois o lugar do espírito foi ocupado pela natureza divina de Cristo; b) Nestorianismo: Ensina que havia duas pessoas em Cristo, uma pessoa humana e outra divina; c) Monofisismo: Ensina que Cristo possuía uma só natureza, originada de uma mistura das naturezas divina e humana;

  • Ensino bíblico: Jesus assumiu uma natureza humana em sua encarnação, e desde então possui uma perfeita humanidade (corpo e alma) e uma perfeita divindade, duas naturezas completas que, apesar de unidas, preservam suas propriedades, formando uma única pessoa, Jesus Cristo (cf. Definição de Calcedônia). Desta forma: a) Uma natureza faz coisas que a outra não faz (Jo.16:28; Mt.28:20); b) Tudo o que uma das naturezas faz, a pessoa de Cristo faz (I Co.15:3); c) Títulos que nos lembram de uma natureza podem ser empregados em referência à pessoa, mesmo quando a ação é realizada pela outra natureza (Lc.1:43; I Co.2:8).
Bibliografia:
Jesus Cristo: Verdadeiro Homem, Verdadeiro Deus, Revista, CPAD
Wayne Grudem, Teologia Sistemática, Vida Nova, capítulo 26


Fonte: Web 

Por Helvécio S. Pereira

quarta-feira, 16 de junho de 2010

O SOBRENATURAL NO CRISTIANISMO

A fé judaico-cristã é essencialmente  sobrenatural e isso pode ficar parcialmente esquecido quando o cristianismo inserido na cultura européia culta ou contemporânea em países e culturas privilegiadamente tecnológicas e de informação se acomoda deixando-se ser apenas mais um verniz cultural. Afinal uma religião em que o próprio Deus se faz homem em momento tardio da história, em que homens já solidificaram uma cultura e até bases para a ciência ( geometria, álgebra, arquitetura, ciência legal, etc ) e não se escondem mais em cavernas ou no topo das árvores e discutem filosofia e  teologia e até se matam por idéias além de posses e reinos, e que milagres são feitos a luz do dia e ao céu aberto não é algo que se despreze.

Tomando como análise os dias de hoje temos três importantes blocos comportamentais:


 - Um cristianismo institucional e fortemente sacramental em que a ritos para nascer, casar, morrer e outros menos usados para curas, exorcismo e consagração religiosa;

- Um cristianismo institucional teológico e único capaz de se opor ao primeiro, essencialmente  bíblico, mas cujo assentimento passa pela compreensão e aceitação de suas colocações e por causa de uma relação econômica social, caminha as vezes lado a lado com a modernidade e em outros momentos se opõe a ela, proporcionalmente a medida  que julga estar mais próximo da revelação bíblica, base máxima, se não única de sua experiência religiosa e que não dá lugar ao sobrenatural palpável, mas somente ao sobrenatural no âmbito e no espaço das idéias;

- Um cristianismo pragmático em que o sobrenatural se manifesta no dia a dia a como prova da fé bíblica propalada e defendida e que se importa menos com a estética das idéias e menos ainda com o que o mundo secular pensa e acha de sua fé.


Na minha opinião há cristãos sinceros nos três níveis e inconversos igualmente. A questão é exatamente qual a melhor escolha, se assim podemos colocar a situação. Fazemos as coisas e nessas inclui-se  a nossa fé, da forma em que temos satisfação ou prazer. Tal fato é inegável.
Alguém é católico apostólico romano porque essencialmente tem prazer nos ritos e na forma  sacramental em que o cristianismo católico se manifesta. Outro é tradicional ou reformado porque também a organização do culto, a organização teológica, a sua cosmovisão e  a forma como mantém a sua fé e confissão lhe agrada. Um pentencostal ou  neopentecostal igualmente tem prazer em seu pragmatismo teológico lidando no dia a dia com os seus desafios temporais e ensinando as diversas pessoas a lidarem com os mesmos e a buscarem a Deus  com base nas mesmas premissas.

O cristianismo, ou a mensagem cristã mais exatamente tem dois viés importantes e igualmente inegáveis:

      A fé cristã é para a vida no mundo  ( não os tire do mundo, disse Jesus )

      e para a vida eterna ( eu lhes darei a vida eterna, também palavras do Senhor Jesus)

Portanto é esperança para a vida e desafios presentes e para a vida terna em oposição a perdição eterna.


Visto dessa forma é tão urgente quanto o salvamento de um náufrago no meio do oceano, uma cirurgia de emergência que salva a vida de outro, um parto que dá vida a um novo ser. A salvação não pode ser vista por quem evangeliza como um luxo e deve ser vista do mesmo modo por quem ouve o evangelho.


Quanto a vida presente, o cristianismo, dá ao homem, mais do que qualquer religião pagã, não cristã, possa  vislumbrar em oferecer. Intervenção imediata e mudança no curso da história pessoal é o mínimo que poderemos afirmar com base nas várias promessas bíblicas reveladas nas Escrituras. O cristianismo não prega a resignação, coisa que outras religiões fazem muito bem e até ensinam meios de como atingir tal nível de aceitação e passividade. Frente a morte o cristão pode até escolher se vai ao encontro do seu Deus ou se permanece nesse mundo, mesmo sabendo inclusive, que segundo a sua fé " é muito melhor estar com Cristo",  o seu Salvador e Senhor.

Ao crente é lhe instado não só a pregar essa mensagem  mas  vivê-la e ser prova viva de que a sua mensagem é a única verdade e não apenas mais uma possibilidade. A chave para esse equilíbrio é a fé: "O justo viverá pela fé". Mas fé os três grupos a tem. O amor a Deus é subjetivo e só Deus conhece os diversos níveis de amor de cada um de nós por Sua pessoa. De uma forma ou de outra o cristianismo, como fé,  não pode socorrer-se unicamente pela proposição de idéias, seja expostas através de uma teologia  sólida e coerente, mas de manifestação sobrenatural e miraculosa como prova do que proclama. Dessa forma os desafios cotidianos, tanto aos crentes como aos que ainda não creem, são contemplados por um Deus vivo e interventor, que não abandona-nos a nossa pŕopria sorte em um cenário de em que somos vítimas em potencial de um inimigo sobrenatural esquecido e que convenientemente age através de subterfúrgios e incógnito, Satanás e miríades de demônios.

A fé cristã não é uma fé só em Deus, mas uma consciência  da batalha real e não metafórica que ocorre no cenário da história humana.Tal consciência vai muito além da indisposição entre grupos denominacionais e de posições teológicas legitimamente divergentes. Fé cristã sem sinais e sem sabedoria é igualmente anêmica e impotente frente ao mundo incrédulo. Que cada um de nós encontre a saída, a resposta, o caminho, que aliás é só um: o pŕoprio Senhor Jesus e a Sua vontade.

"Senhor qual a Sua vontade? Tenho feito o que me é prazeiroso, mas fazer o que Tu queres e como Tu queres não é algo que encontremos em qualquer lugar, não é um lugar comum, algo  ainda uma ideía facilmente acomodada sob o patrocínio de um grupo, instituição ou tendência.Senhor que queres que eu faça para Ti? Amém"

Por Helvecio S. Pereira

segunda-feira, 24 de maio de 2010

SATANÁS, ATUAÇÃO E PERMISSÃO - PARTE TRÊS -

Evidentemente Satanás não é o tema principal de nossas reflexões, de minhas reflexões, mas a sua existência decididamente negada, a sua existência decididamente travestida, a sua existência nésciamente explicada favorece-no nas suas ações de todas as formas.

Apocalipse12:9E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele.


Vimos em duas postagens anteriores:

1- Satanás existe, a Bíblia o revela como personagem real e perigoso - Jesus disse isso  não com relação a si mesmo, mas como advertência a nós.

2- Satanás está na terra, não em um planeta, nos abismos sejam terrestres ou marítimos, na desabitada Lua ou Marte e isso é Bíblico, revelado com detalhes necessários a compreensão nas Escrituras, a única e fiel Palavra de Deus.

Muitos, na verdade não poucos negam-lhe a existência, cristãos ou auto denominados cristãos. Crentes evangélicos o sublimam, segundo interesses e necessidades confessionais e denominacionais. Quantas vezes uma revelação escriturística é terminantemente negada ou sublimada pois implica diretamente em relações com os irmãos de fé ou garantia de emprego (?! ). Incrivelmente membros de igrejas ou estudiosos independentes têm mais liberdade de confessar crença em coisas que a Bíblia revela do que religiosos profissionais ( não, professionais ). Alguns por que a tal confissão adotada por sua denominação não diz tal coisa sobre tal assunto ou diz isso sobre esse assunto. Outros porque atribuem uma "outra" razão ao fato de alguém dizer que tal e tal coisas acontecem. Para esses falar no demônio, no diabo, em Satanás, significa "demonizar" convenientemente os ouvintes para torná-los mais afáveis.

Sinto, mas tenho que dizer-lhes que a minha Bíblia mostra Jesus falando de satanás, falando dos demônios, como são, o que fazem, como se comportam, coversando com eles, dizendo a nós a extensão de seu poder, avisando-nos do perigo que corremos se não vigiarmos convenientemente e não considerarmos sériamente as possibilidades reais de suas investidas.

Recaptulando:

Satanás existe;

Satanás está na terra;

e Satanás não é Deus, nem tampouco um deus.

Dessa forma podemos escriturísticamente concluir que Satanás não é "inimigo de Deus" no que tange a correspondência de poder, jamais pode se equiparar a Deus em nenhum momento ou oportunidade. Deus portanto e verdadeiramente não tem inimigos.

Já disse, de outra feita, que o nosso costume de ler a Bíblia verso por verso, todos endereçados, cruzados uns com os outros, muitas vezes sem dar importância ao contexto, e principalmente à mensagem do livro, que era algo memorizado e corretamente assimilado pelos leitores, estudiosos e os não leitores mas que de suas mensagens ( de cada livro ) tomavam deles conhecimento, trás alguns prejuízos realmente importantes.

Dois livros são essenciais para termos o conhecimento que Deus quer que tenhamos sobre Satanás:

Um deles é o livro de Jó que curiosamente é tão teológicamente atacado nos dias de hoje. Através do livro de Jó podemos ter a revelação, a compreensão dos objetivos de Satanás com relação ao homem. O centro do livro não é Jó, mas o papel de Satanás com relação ao homem e de como Satanás é confrontado e derrotado em seus intentos e como Deus é glorificado e finalmente melhor revelado ao final de tudo. A história de Jó é triste no que tange ao seu sofrimento, mas é bobagem achar que nenhuma pessoa no mundo tenha atingido igual ou maior grau de sofrimento físico. Basta procurar e achará facilmente alguém com grau de sofrimento igual ou maior do que Jó e que também não praguejam, blasfemem, etc.

Outro é o livro de Ezequiel, cuja narrativa atribuida como reveladora da origem de satanás, tem sido objeto de desvirtuamento, mais uma vez supostamente teológico, sendo que o texto fala ao mesmo tempo de duas personagens distintas: um rei histórico e o próprio Satanás. Esse texto também nos revela que Satanás não é o único ser sobrenatural que anda a solta e é reconhecidamente inimigo do homem. Os outros são os anjos , grande número deles que se tornaram partícipes de suas intenções. Esses seriam os demônios, cujo nome de origem grega significa "inteligentes" e que curiosamente na cultura muçulmana, são os "gênios" transpantados para a cultura ocidental como "bonzinhos". Na cultura muçulmana os "gênios" são seres inteligentes que enganam com promessas e mil ardis os seres humanos. 

Pode parecer "inteligente", uma teologia que força uma denominação durante séculos, a reconhecer apenas teóricamente ( como o faz o catolicismo ) a existência e atuação dos demônios e afirmar que pelo fato de no tempo de nos espaço já estarem derrotados em seus malígnos propósitos, que não tem nenhum poder sobre o homem, poder sobrenatural, a não ser através de pensamentos e atos pecamionosos por eles inspirados, incluindo-se aí, naturalmente, cristão e crentes com opiniões e estratégias diversas das suas ( se a atuação do inimigo se restringisse apenas em - segundo alguns - dança na igreja, teologia da prosperidade, etc. seria apenas inocente.

Quanto a história humana, o relato de Gênesis , nos indica que ela estava lá , no início da história  humana, em complemento ao relato encontrado em Ezequiel, que nos indica que ele já existia antes da origem do homem.

A nossa abordagem de hoje é para levar a reflexão de que Satanás não é inimigo potencial de Deus ( no que concerne a rivalidade de forças ) mas inimigo como aquele que oferece uma aternativa a tudo o que Deus faz.
Foi assim no Édem, foi assim com Jó, foi assim com Jesus. Notem que Satanás não sabia ( e não sabia mesmo ) quem era Jesus Cristo e pediu-lhe uma prova, aliás impôs-lhe uma prova de que Jesus era o Filho de Deus. Talvez Judas tenha participado dessa mesma dúvida e tenha urdido um plano para "provar racionalmente" quem Jesus de fato era, e qual era o seu objetivo como Messias. Só que Judas não sobreviveu a própria culpa para ter essa prova que Satanás teve com a ressureição do nosso Salvador.

Lucas22:3Entrou, porém, Satanás em Judas, que tinha por sobrenome Iscariotes, o qual era do número dos doze;


Não há dúvida que a oposição de Satanás é legal do ponto de vista divino. Já que ele sem dúvida jamais representou perigo aos planos e desígnos divinos sua ação na terra é divinamente permitida e limitada. Dois textos claramente nos remetem a essa compreensão:

Primeiro: quando os demônios dizem a Jesus : " Por que viestes nos atormentar antes do tempo?"

Segundo: no livro de Apocalípse quando encontramos a decalração que depois de aprisionado seria "solto e sairia a enganar novamente as nações".

Apocalipse20:7E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão,



Portanto: 

Deus não tem um inimigo que atente contra a Sua soberania. Deus é soberano em todos os momentos da história.

Satanás tem a sua ação permitida e limitada, contudo essa ação representa enorme perigo ao homem e a humanidade.

1:12E disse o Senhor a Satanás: Eis que tudo quanto tem {está} na tua mão, somente contra ele não estendas a tua mão. E Satanás saiu da presença do Senhor.


"O Diabo, anda em derredor buscando a quem possa tragar" e o aviso de jesus a Pedro: "Satanás reclamou para te cirandar como trigo".

Lucas22:31Disse também o Senhor: Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos cirandar como trigo;


Por Helvecio S. Pereira


"É ABSOLUTAMENTE COMPREENSÍVEL A FORMA COMO ANÚNCIOS SÃO PUBLICADOS  EM BLOGS DE HOSPEDAGEM GRATUÍTAS. NADA  CONTRA O MECANISMO QUE OS COLOCA EM NOSSOS BLOGS E SABEMOS QUE NOS É OFERECIDA LIVREMENTE A POSSIBILIDADE QUE ELES NÃO APAREÇAM. ENTRETANTO MUITOS SÃO ÚTEIS E TEM RELAÇÃO COM OS ASSUNTOS PREDOMINANTES EM CADA BLOG ( ESPORTE, ARTE, MÚSICA POPULAR , ETC.) MAS OUTROS NÃO. ESSE BLOG É DE POSICIONAMENTO EVANGÉLICO ABERTO A TODOS OS LEITORES QUE DELE SE APRECIAREM E AS REFLEXÕES NELE COLOCADAS MAS ANÚNCIOS DE MEDALHAS MILAGROSAS E DE CULTO A SANTOS NÃO REFLETEM DE MODO ALGUM A NOSSA CRENÇA E DA MAIORIA DOS LEITORES QUE ACESSSAM AO BLOG".







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quarta-feira, 19 de maio de 2010

ONDE ESTÁ SATANÁS AGORA?


Um grande amigo, não um amigo qualquer, colega, "companheiro" como nos jargões da esquerda saudosista, mas amigo com "A" maiúsculo, mandou-me um e-mail aguardando o que eu iria finalmente dizer, como reflexão acerca da personagem de Satanás ( pregação, ensino e doutrina, acho dever ser feito no púlpito da igreja, de onde cada ouvinte confere se a vida do pregador corresponde ao que ele prega ou tenta ensinar e não em blogs, que não devem ser usados para dividir, depreciar, denunciar irmãos de fé e confundir o evangelho). Posto isso são reflexões apenas, que espero fazê-las ponderadamente, e que tragam apenas resultados positivos no que concerne a busca e estudo da Bíblia como Palavra de Deus e fonte fidedigna do que Deus deseja que saibamos e compreendamos acerca de todas as coisas. 

Por outro lado, o que a algum tempo, me inspirou a arranjar tempo para tecer as declarações em torno do tema  foram duas: uma postagem desse meu amigo e irmão de fé, sobre o título "Deus tem inimigo?" e uma postagem de um blog de um outro irmão reformado ( nem todos os crentes reformados pensam como ele ), que fez  um estudo diligente, porém não sábio, para tentar provar que a Bíblia não diz nada, eu disse n-a-d-a, sobre a origem de Satanás, argumentando entre outras coisas com todas  as  citações achadas  possíveis
( pelo menos quase todas ), Bíblicas e históricas, que as passagens do livro de Ezequiel se referem apenas a um rei histórico e que o nome Lúcifer, por apenas uma tradução errada latina, não se refere de modo nenhum a pessoa de Satanás. Tanto esforço pseudoacadêmico e trabalho para quê? para nada.

Mesmo porque se esse tal cristão pretensamente tão erudito estiver correto nas suas declinações, nada se ganha em termos de compreensão da realidade do homem na terra, a sua queda e a salvação proporcionada providencialmente por Deus através da pessoa amada e bendita do nosso Senhor Jesus Cristo. Trata-se de informação que não se encaixa em nada, não tráz luz a nada e o autor se coloca com alguém que descobriu ( nem redescrobiu ) a redondeza da terra.


Um dado interessante é que cristãos é que constituem de fato uma  parcela importante dos que procuram negar a existência de Satanás, cuja existência é reconhecida pelos muçulmanos sem nenhuma contestação. Quem não conhece entre outros a personagem do Padre Quevedo ( ele existe e está vivo ): "...o diabo não ecxiste... nada ecxiste..., etc, etc "?


Satanás infelizmente existe, a Bíblia o declara, Jesus o declarou várias vezes ( voltaremos a essa reflexão mais a frente ), não importam as declarações, confissões, explicações ideológicas, históricas, breves ou longas, elaboradas ou simplorias negando a sua existência. Mais infelizmente ainda é uma realidade o  fato dele muitas vezes agir no anonimato e justamente favorecido pela descrença ou pela negação determinada da  sua existência.

Como um inimigo que ataca vindo das trevas da noite, as pessoas não percebem de onde exatamente vem os seus ataques, e nem atribuem a ele muitas ações concretas contra si mesmas. Aí não se trata, como alguns cristãos resolvem afirmar tolamente:  de que falar no diabo é demonizar o cristianismo, aterrorizar as pessoas para que elas ouçam a determinada mensagem e tal igreja cresça. Trata-se tão somente de ver as coisas pela única perspectiva correta: a autênticamente bíblica.

Por ora nos teremos na seguinte questão: Onde Satanás esteve e onde ele está agora?

Faça uma postagem de seu comentário e prosseguiremos no próximo "post" respondendo bíbilicamente essa importante questão.

Por Helvecio S. Pereira

Um abraço a todos.

domingo, 18 de abril de 2010

POR QUE DEUS CRIOU O HOMEM? SEGUNDA PARTE

A Bíblia nos mostra, nos revela inexoravelmente aquilo que não imaginamos, que desejaríamos saber e até o que não concordamos e gostaríamos que fosse diferente. Por outro lado nos oculta detalhes que não nos dizem respeito. Justamente com essa desculpa é que muitos , quando não a ignoram, se rebelam em relação às suas revelações e declarações.

Que Deus criou o mundo é uma de suas revelações e declarações. Revelação no sentido de ser uma absoluta novidade e absolutamente original se comparada às demais cosmovisões de outras culturas. Nas demais religiões e culturas as divindidades surgem de um estado caótico e cujas existências dependem uma das outras. Há uma outra cosmovisão em que a divindade se funde a criação apreendida pelos nossos sentidos, ou seja a divindade máxima é o mundo, o universo até onde apreendemos ou imaginamos. O Deus Bíblico se revela como  único e autosuficiente e auto sustentado, externo a todas as demais coisas. A prática religiosa, a liturgia, os dógmas nos deixam pessoas realmente "religiosas" e menos pensantes com relação a essas coisas. Não deveria assim ser. A religião como uma janela não deveria nos impedir de ver a paisagem depois dela, além dela. Muitas vezes essa "janela religiosa" se mostra , quando não, inteiramente fechada ou parcialmente aberta, revelando apenas uma tênue fresta. As pessoas são , muitas vezes, fiéis religiosas  e menos compreendedoras de quem Deus é e como Deus é.

Há não poucas explicações e reflexões acerca do motivo principal ou dos motivos relacionados pelos quais nós seres humanos fomos criados ( desde que você já tenha superado a fase de descrença na existência de um Deus inteligente, pessoal e soberano ). Algumas, só para citar, afirmam que fomos criados para substituir os anjos e principalmente Satanás e a legião de rebelados que o seguiu. Outras, simplificadamente, afirmaria que Deus no seu eterno fazer "novas todas as coisas", nos criou como criaria qualquer outro ser ou mundos, ou universos, ou dimensões, etc. Mas , a exemplo, das demais coisas, com um propósito a ser atingido, e para o seu absoluto prazer e produzir coisas perfeitas e admiráveis. A expressão registrada nas Escrituras, "e viu Deus que era bom" não reflete a surpresa ou a constatação que ele tenha conseguido acertar com o tempo naquilo que se propôs a fazer, mas no prazer em vê-las prontas. Deus não precisa experimentar para ver se vai dar certo. Ele é o criador perfeito e inerrante.

Então por que, mais uma vez a reflexão, por que fomos criados? Lendo atentamente e refletindo no sentido do texto de Gênensis, gostando ou não o único documento que trás luz a nossa origem, vemos que Deus nos criou para dominarmos e sujeitarmos, sobre parte da criação, particularmente o planeta terra. ligando a criação do homem ao Pai nosso, oração ensinada por Jesus, cujos elementos deveriam fazer parte das nossas petições a Deus, que a vontade de Deus fosse feita "na terra como é feita no céu". Em Gênesis somos definidos como "feitos a Sua imagem e a Sua semelhança". Foi nos dada a terra e a semelhança de Deus deveríamos refletir nela a vontade de Deus feita nos céus. Deus olharia para a terra e veria a semelhança de seu reino no reino concedido aos humanos. Satanás ciumentamente, por não ter tido nunca esse privilégio, pôs em dúvida justamente o que o homem já tinha ( domínio sobre os seres da terra ), dizendo que se comêssemos ( em Adão e Eva ) da árvore do conhecimento do bem e do mal "seríamos iguais a Deus", confundindo duas coisas aparentemente iguais mas opostamente diferentes: já éramos semelhantes a Deus, não poderíamos ser "iguais a Deus".

Como mordomos, éramos livres para cumprirmos o plano original de Deus, não precisaríamos mais do que já havia sido designado para nós. A contra gosto dos calvinistas, livres para escolhermos os nomes para cada animal, planta e ser e até para nós mesmos ( curiosamente como o fazemos até hoje). Um ser humano livre a quem foi dada uma soberania relativa, mas soberania dentro de um mundo preparado para ele ( o jardim, errôneamente traduzido por paraíso no latim- embora fosse parasidíaco ). A mentira de Satanás nos tirou o poder e relativou a soberania dada ao homem sobre o seu habitat. As coisas pioraram sensivelmente e só agora milhares de anos depois, nós privilegiados do século XXI, gozamos de maior conforto e recursos mas que mesmo sendo tão grandiosos e demorados para serem atingidos não nos livram de coisa aparentemente tão simples como bactérias letais, vírus, bacilos, poluição, desastres ambientais, problemas genéticos, doenças mentais e uma tendência a errar em todos os níveis, algo reconhecido por Freud em seu último livro como algo , como uma tendência em se auto destruir, incrivelmente semelhante ao conceito de pecado Bíblico.

Deus criou o homem, nós seres humanos, para que nos relacionássemos com Ele, Deus. Uma relação possível individual e coletivamente, com cada um particularmente e com todos como grupo, multidões , nações, humanidade. Relação captada por Satanás ( abordagem que merece outra postagem específica ) a cada dia. Por diversos modos e maneiras, de uso de vários estratagemas, Satanás chama a atenção para si ou pelo menos desvia a atenção e o relacionamento com esse homem com o seu Deus e o envergonha e descredencia diariamente como ser semelhante a Deus e que exerça domínio responsável sobre parte da criação a ele, homem confiada. Esse é o grande teatro, o grande drama humano, do qual muitos de nós ignora por simplesmente se recusar a saber e crer. Jesus inverteu o jogo por nós, demonstrando domínio,senhorio e trazendo a vonrtade de Deus a terra durante o seu ministério e hoje através da Sua Igreja,não exatamente a denominacional, a ministerial, a instituição humana, mas a invisível e constituída de todos os eleitos ( para o serviço de Deus e testemunho ) em todo o mundo, em todas as épocas depois de sua primeira vinda e até a Sua volta.

Por Helvecio S. Pereira

P.S: Não citei os textos Bíblicos inferido na reflexão por serem amplamente conhecidos e que deva ser lidos individualmente por cada um de nós.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

A ÁRVORE DO CONHECIMENTO DO BEM E DO MAL


Gênesis 2


1¶ ASSIM os céus, e a terra e todo o seu exército foram acabados.
2E havendo Deus acabado no dia sétimo a sua obra, que tinha feito, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito.
3E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra, que Deus criara e fizera.
4¶ Estas são as origens dos céus e da terra, quando foram criados: no dia em que o Senhor Deus fez a terra e os céus,
5E toda a planta do campo que ainda não estava na terra, e toda a erva do campo que ainda não brotava; porque {ainda} o Senhor Deus não tinha feito chover sobre a terra, e não havia homem para lavrar a terra.
6Um vapor, porém, subia da terra, e regava toda a face da terra.
7E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.
8¶ E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, da banda do oriente: e pôs ali o homem que tinha formado.
9E o Senhor Deus fez brotar da terra toda a árvore agradável à vista, e boa para comida: e a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore da ciência do bem e do mal.

O texto acima pode ser lido em qualquer exemplar da Bíblia no capítulo 2, versos 1 ao 9.

Há certamente dilemas teológicos ligados estritamente a certas passagens e trechos Bíblicos. Construir-se uma liturgia e uma prática cristã é relativamente fácil. Manter uma comunidade ocupada e focada nisso também é bastante fácil.Bastando, para tal, malhar no mesmo ferro frio todos os dias. Omitir ou adequar certas passagens também pode parecer conveniente ou às vezes, devido a nossas limitações constituir-se o que temos no momento. Os reformadores fizeram uma grande obra de restauração da igreja de Cristo e na restauração da verdadeira mensagem Bíblica. Após eles outros, muitos outros corroboraram com essa obra e outros, também não tão poucos, no afã e fazer algo e também contribuirem positivamente cometeram erros que permanecem até hoje circunscrito a certos grupos e constituem desastres relativos, as vezes maiores, as vezes menores. 

Posso parecer indelicado, não é esse o propósito da minha abordagem, mas João Calvino, o grande reformador protestante, e isso na verdade o foi, fez uma boa confusão quando se equivocou em um modelo erigido em torno da predestinação, fazendo disso, a espinha dorsal de sua teologia, como outros fizeram do sábado, da glossolalia, do segundo advento, da negação da trindade, da não eternidade alma, da não existência do inferno, do paraíso milenar terrestre, etc, etc, enfim tantas ênfases desnecessárias apenas para mostrar diferenças e pretensas "novidades". O Édem é, sem dúvida, o calcanhar de Aquiles da fé cristã. Pergunte públicamente a uma pessoa culta se acredita no Jardim do Édem e principalmente nos fatos ocorridos lá. Pode ser um pastor de uma grande denominação, que recebe um polpudo salário e que a sua congregação tenha sessenta por cento de pessoas com curso superior ou bem mais do que isso. Ele ou ela, ficará terrivelmente consternado, isso para afirma o mínimo. Alguém pode desconhecer por completo todo o Velho testamento, ou Antiga Aliança, crer em Cristo e ser salvo. 

Ninguém precisa conhecer a Bíblia toda para conhecer a Deus, mas pode certamente conhecer mais de Deus, de seus eternos atributos, do Seu  total e eterno poder, de Sua eterna Sabedoria, se tiver a benção de conhecer mais e mais da Bíblia, sob a ótica correta. É exatamente no Gênesis, e particularmente no Édem, que o cristão moderno tropeça e cai. Negá-lo é negar a necessidade e a existência de um Salvador. É tornar Deus mentiroso mais uma vez, como sugeriu Satanás naquele mesmo lugar  e tempo. Muitos depois de anos de vida cristã, experiências com Deus, bençãos recebidas, misericórdias que se renovam a cada manhã, risos que vem pelo amanhecer, se tornam vaidosos, se dão ao trabalho de mal explicar o episódio do Édem, tal qual um jornalista incrédulo faria uma matéria tendenciosa para o "Fantástico", ou seja descredenciando e atribuindo explicações mais palatáveis à parcela enganosamente culta, supostamente erudita da sociedade, para  o episódio em questão e aí, ao invés de saberem mais e terem a sua fé aumentada, perdem-na. A pretensa satisfação devida ao mundo, à suposta elite culta desse mundo, acaba por envergonhar-lhes e tirar-lhes  até a fé que  inicialmente  tinham.

Calvino, sob o pretexto de atribuir e reconhecer a soberania absoluta de Deus, ( e essa soberania é realmente absoluta! ) retira das criaturas inteligentes feitas por Deus ( não da inanimadas como as pedras, rochas, estrelas e meteoros ) qualquer possibilidade de pessoalidade. Hoje discute-se o livre-arbítrio em oposição à soberania divina quando essa soberania revelada na inerrante Palavra de Deus nem conhecia  à tese filosófica citada, muito posterior aos registros encontrados no livro de Gênesis. O homem não é livre porque Deus seja menos soberano. Deus é soberano para conceder incluída aí a liberdade, contrariamente a possibilidade dessa liberdade surgir por si mesmo em algum lugar da existência, seja no céus dos céus, em qualquer lugar  ou no universo, aquilo que temos mais palpável, sob certo aspecto, diante de nós. 

I
Duas possibilidades portanto passam a existir frente a esse dilema

Uma: a soberania de Deus é absoluta e anula toda possibilidade criativa de qualquer uma de suas criaturas seja o homem, os anjos, animais ou outro ser vivo.

Duas: a soberania de Deus é absoluta e continua sendo, inclusive quando Ele, Deus, dá poderes, possibilidades para que as suas criaturas, ou parte delas, tenham a possibilidade de escolha. Essa é a minha posição mas não pode ser impostas simplesmente pelos meus devaneios, mas Biblicamente, de acordo com tudo que ela,  Palavra de Deus nos revela, ou seja pode ser igualmente comprovado, visto por qualquer outra pessoa. Não é privilégio meu e nem resultado de uma inteligência privilegiada, deve já estar lá e passível de ser encontrada por qualquer um.

Um querido irmão, o Jorge, questionando sobre  a origem do mal, assunto de outra postagem anterior, inquiriu-me sobre o motivo da árvore do conhecimento do bem e do mal estar no Jardim do Édem. Lembrando que, isso também é importante, o chamado paraíso terrestre era apenas parte da região chamada Édem ( que é um outro assunto ). Bem, a árvore do conhecimento do bem e do mal, não a árvore do mal, notem bem, foi colocada no jardim pelo próprio Deus. A árvore não era o mal, tinha inclusive, boa aparência o que foi percebido pela mulher, Eva, a mãe de todos os homens ( é o significado do seu nome ). De todas as árvores o homem e a mulher poderiam comer livremente incluindo a àrvore da vida, menos dela, da Àrvore do conhecimento do bem e do mal. Qual o motivo de Deus, o Senhor, de tê-la colocado lá? Qual a resposta mais plausível? Um acidente, uma imposição extra-vontade-de-Deus? Essas duas possibilidades não são razoáveis se Deus é absoluto em todos os Seus eternos atributos.

Há de se lembrar, entretanto, que todas as coisas são patentes aos olhos e ao conhecimento de Deus. Declaram as Escrituras que a luz e as trevas são para ele a mesma coisa. Nada lhe é oculto, nada lhe pode escapar. Deus portanto não pode ser surpreendido ou contrariado. Para entendermos o significado e propósitos de Deus no Édem, em que finalmente, consistiram os fatos ali ocorrido, finalmente registrados e relatados nas Escrituras, devemos considerar algumas questões anteriores. E é exatamente o que nos propomos a fazer a seguir.

II
Façamos, antes de tudo algumas considerações, as quais julgo pertinentes e importantes, no que ser referem à leitura  interpretação Bíblicas recomendáveis. A Bíblia com capítulos e versículos é algo praticamente novo e a própria ordem dos livros encontrados por nós em nossas Bíblias, é  diferente na Bíblia judáica. Daí o sentido, a mensagem, as verdades reveladas o são reveladas no livro todo, cada livro tem uma mensagem própria, transmite uma verdade inteira, e princípios também são igualmente lançados dessa mesma forma em toda a Bíblia, nos registros da Antiga Aliança e da Nova Aliança.

Tomemos, por exemplo, o livro de Provérbios, cujo título e palavra significa “comparações”. Sempre me intrigaram o fato dos provérbios serem relativamente poucos e não abrangerem efetivamente todos os assuntos plausíveis. Há, indiscutivelmente, em todas as culturas, somando-se todas do mundo, centenas de milhares de provérbios sábios e que se enquadrariam, pelo menos boa parte deles, em declarações  aprovadas por Deus, que o louvam inclusive. Há um provérbio africano antigo que reza mais ou menos o seguinte: " Pode-se saber quantas laranjas há em uma laranjeira, mas jamais saber quantas laranjeiras há em uma laranja". Não é maravilhoso? Esse provérbio declara comuma sábia comparação a grandeza da obra de Deus frente a compreensão finita do homem. Há um outro provérbio árabe que reza: " Não importa por quanto tempo tenha andado na direção errada...volte!" Maravilhoso, igualmente maravilhoso. 

Atribui-se a Buda a declaração:feita após um discipulo perguntar-lhe como encontrar Deus ( embora o budismo não tenha a idéia de um Deus pessoal ). Buda empurrou a cabeça do discípulo na beira do rio até esse quase se afogar, dizendo-lhe a seguir: quando desejar achá-lo como o ar para respirar." Novamente uma comparação. Óbviamente nem Buda nem o seu discípulo encontraram a Deus, pois Jesus é o único caminho. Mas é o princípio da comparação para o aprendizado lançado como princípio pelo próprio Deus na Sua Sagrada Escritura. Por que então só alguns? Trata-se de um princípio lançado por Deus, como já disse, o princípio da comparação como aprendizado e para o cultivo de uma postura responsável perante a vida e a Deus, um caminho de sabedoria.

Calvino e boa parte dos reformadores, e hoje todos os calvinistas, defendem a posição de que o homem não poderia ter sido criado livre, pois como escolher livremente sem experiência prévia? Parece a mais humana das colocações e feitas com base sim, em uma  colocação filosófica humana, extra-Deus. No Édem , embora sem experiência prévia, claramente Deus havia colocado a comparação como princípio. Ou seja Deus , sendo justo, perfeitamente justo, deu ao casal humano plenos e sufientes elementos para que escolhessem a coisa certa. 

Primeiro: Deus a quem conheciam e ouviam a voz, e Satanás, que de algum modo não lhes era, não sabemos de que modo, estranho.  

Segundo: entre uma árvore e outra, a Árvore da Vida e da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal. Cai por terra a desculpa esfarrapada de que o homem não podia escolher entre uma coisa e outra por falta de experiência.

Vamos agora a outro livro, o Livro de Jó. Universalmente conhecido o seu conteúdo, as verdades nele reveladas são pouco aventadas ou cridas. Muitos desvaloriza-no  afirmando que, Jó de fato, nunca tenha existido. Pra mim a Bíblia é a plena  verdade e portanto inerrável. Vejamos algumas  das lições reveladas  no livro de Jó:

Primeira: Deus é origem de todo o bem que o homem possa ter e usufruir.

Segunda: Satanás é a origem do mal que advém ao homem incluindo fatores tidos como naturais, embora não saibamos como exatamente ele pode fazer isso. Porém só o faz de modo permitido dentro da absoluta soberania de Deus. Satanás tentou o homem Jesus, mas a Deus ninguém tenta pois Deus por ninguém pode ser tentado ou submetido a prova. Satanás portanto não submete Deus a nenhuma prova, pois não poderia fazê-lo. Satanás põs Jó a prova como reclamou a Pedro, informação que nos é dada pelo próprio Senhor Jesus nos evangelhos.

Terceira: O homem é livre para escolher a posição a tomar em  relação a Deus. Se Jó não fosse livre que sentido haveria na prova a que ele foi submetido? Não seria Jó oprovado ams o próprio Deus.

Os acontecimentos registrados e relatados no livro de Jó prosseguem  mostrando três alternativas:

Primeira: Jô pecou e merece o sofrimento pelo qual passava. Deus é nesse caso o causador do sofrimento, desse mal, e pune esse homem de modo justo.  Jó deveria aceitar esse fato, que se fosse culpado, Deus estava certo e ele, Jó deveria reconhecer e  se culpar por isso. E se não fosse, como não era, ( ele Jó, não sabia do que Satanás havia proposto ) deveria blasfemar, maldizer esse Deus e morrer, como sugerido por sua atual esposa.

Segunda: Os amigos de Jô, conhecedores de Deus teológicamente ( não eram pagãos, descrentes, idólatras ) faziam uma defesa racional de Deus e assim atribuíam a Jô em última instância a culpa pela sua desgraça. Mais ou menos quando julgamos um irmão de fé. Facilmente apontamos-lhe o dedo e  a pretexto de defendermos Deus ( que não precisa de defesa mas de testemunhas ) prazerosamente construímos um discurso teológico que nos dá mais prazer que o nosso reconhecimento pessoal do que Deus efetivamente seja. Acho que o correto seria derramarmos lágrimas quando Deus é blasfemado, pela tristeza do fato, porque o amamos e não por que sentimos prazer em espezinhar um outro ser humano.


Terceira: Jó aprende finalmente que a sua  experiência anterior com Deus era apenas teórica, de ouvir falar, agora é pessoal e real.

Jó é elogiado e aceito por Deus. Seus amigos são repreendidos e aceitos pela intercessão do próprio Jó. E Satanás? É derrotado no campo prático e da própria razão.  mais uma vez um ser humano prova que ele, Satanás estava errado emsuas apostas. O desfecho do livro mostra que Satanás se equivocou ao contrário do que aconteceu no  Jardim no Édem. Lá ele obteve vitória, mas uma vitória que não encerrou o caso. Será que o devaneio satânico de se tornar alguma coisa se deu pelo fato de Deus tê-lo permitido criar alguma coisa, e por tal possibilidade se julgou errôneamente igual a Deus, tal qual o homem, ao fazer grandes coisas, tem a ilusão de ser oinipotente e ter de si mesmo algumpoder e capacidade? Não saberemos ao certo talvez.

E o que isso tem a ver com a nossa reflexão inicial? Tudo. Jó era livre senão não teria sentido a proposição de Satanás. Jó agiria exatamente como Deus os faria agir como todos  as  demais,  cada umde seus atos, pensamentos e palavras proferidas, seriam de Deus e não nossas, suas criaturas: Satanás, os filhos de Jó, a mulher de Jó, os Amigos de Jó, e por extensão eu e você. No panteísmo tudo é Deus e nada o é a não ser parte dEle. Atribuí-se bem ou mal intecionadamente uma totalidade a Deus que não é a real, a razoável, a  lógica.

Deus portanto não foi surpreendido no Jardim com a queda do homem. Queda essa que representava uma possibilidade sabida por Deus, que fazia parte de Seu plano, não para que o homem caísse, mas originalmente de fazê-lo um ser que livremente escolheria viver para Ele, o seu Deus, o seu Criador e Senhor ( dono ). São seria um boneco sem vida, ou como um robô moderno, um arremedo de vida, de inteligência e autonomia. Mas realmente livre, dentro de um limite possível ( "se subires as estrelas e nelas pousares como Àguia, de Lá ti tirerei, diz o Senhor" , conhece eese texto das Escrituras? Esse homem seria capaz de escolher sempre servir a Deus, amá-lo, conhecê-Lo, fazer a vontade dEle, voluntáriamente.



III
Havia duas árvores. As duas igualmente visíveis em lugares de destaque. A Árvore do conhecimento do Bem e do Mal não estava escondida e nem com um acerca elétrica em volta de si. Não era também um arbusto pequeno e feio, desajeitado, com cheiro desagradável. Deus mostrou-as e avisou das consequências caso alguém, no caso o homem e sua mulher comessem do seu fruto. Inclusive a decisão era pessoal. Eva comeu e deu o fruto a seu marido que também o comeu. Se Adão e Eva tivessem filhos no jardim ( esse era o plano de Deus ) cada um de seus descendentes teriam livremente essa opção. Embora Adão por ser o cabeça do casal deveria transmitir a Palavra de Deus a todos os seus descendentes, bem como Eva.

IV
Bem falta encaixar tudo isso no resto da Revelação Bíblica. No próprio Édem Deus revela que haveria um novo episódio no drama do homem. Um seu descendente “feriria a cabeça” da serpente, Satanás. Que sentido há nisso? Muitos se perguntam como Deus deixou Satanás  ter acesso ao Jardim e ao casal humano? Certamente sabia do propósito de Deus de construir um caráter à raça humana. Seres físicos com capacidades espirituais de se relacionar com o Deus espiritual, e semelhantes a Deus. Note que Satanás, Lúcifer, almejou erroneamente a “ser igual a Deus” e o homem foi criado a “imagem e semelhança de Deus”. Satanás queria provar que esse projeto do homem e toda uma “à semelhança de Deus” falharia. Deus soberano e presciente como é não obstou satanás de agir conforme planejado ( como no livro de Jó, lembra? ).

A soberania de Deus atribuída pelo calvinismo é incoerente com a realidade. A soberania revelada na Bíblia é inteiramente coerente a toda a revelação da Escritura. Deus permitiu por que já sabia e não o obstou de tentar a Eva. Os planos de Deus para a raça humana não foram frustrados. Somos uma raça, uma espécie de seres predestinados, agora sim, na perspectiva correta para termos comunhão com Ele. Faltava apenas a revanche absoluta. Jô venceu a sua prova. Mas a Justiça de Jó não era suficiente para cobrir os pecados da raça humana. Eram necessárias não só uma prova infinitamente maior como satanás deveria ser pessoalmente confrontado.

Deus se fez homem. O “logos”, a palavra, o verbo, a linguagem pela qual todas as coisas vieram a existência, Ele mesmo veio a existir entre nós ( Emanuel – Deus conosco) com dois desafios: como homem vencer no nosso lugar a Satanás e como Deus abrir mão de sua onipotência mesmo no limite  da mais dura  prova. Sozinho na cruz Jesus clama " Está consumado". Jamais entenderemos o que essa batalha significou. Apenas a mencionamos. Sozinho, sem o Seu poder, persistiu em livremente fazer a vontade do Pai. “satisfeito verá Ele o resultado do penoso trabalho de Sua alma” ( Isaias 53) Assim como pelo erro de um ficamos submetidos ao que Satanás sugeriu, a nossa inviabilidade como seres livres, como sugeriu a impossibilidade de Jó permanecer fiel.Para Satanás um ser livre não seria fiel na sua comunhão com Deus.

No Édem pretensamente provou que o homem deixado livre se afastaria de Deus e que após conhecer o mal estaria mais propenso a ser como ele mesmo, Satanás , era.Realmente sob o peso do conhecimento do bem e do mal, o homem sofre e produz sofrimento embora sonhe em ter paz, alegria e realização pessoal. Sozinho a luta do homem é totalmente vã. É um joguete nas mãos de quem ele, ser humano, desconhece e que lhe mente  e atrai em todo o tempo ( o diabo - a antiga serpente, Satanás ).De todas as maneiras Satanás lhe atormenta e zomba da sua situação, atiçando-lhe as paixões e inclinações mais ocultas. Fazendo-lhe que , sem o saber, o adore por trás das mais horrendas e patéticas divindades, enganando-lhe com as mais impensáveis formas de religiosidade.  Satanás, porém, é derrotado todos os dias quando um homem ou mulher, livremente se arrependem ( só seres livres podem se arrepender- os anjos são imperdoáveis - não sabemos o porquê ) e se reconciliam com Deus através da pessoa e da obra de Jesus na Cruz e são recebidos pelo Pai e seu arrependimento festejado nos céus como na parábola do filho pródigo ( filho rico por herança e direito ). 


Deus, dessa forma, é honrado em seu projeto, as cadeias são quebradas, os demônios expulsos dos corpos das pessoas por eles escravizados, as doença por esses demônios impostas às essas pessoas direta ou indiretamente, são todas curadas efetivamente, e o Reino de Deus é chegado, a vontade do Pai é feita na terra finalmente como é feita no céu. Aleluia! compreender isso é muito mais que ser religioso, que se envolver em debates teológicos, do que ter um emprego em qualquer ministério respeitado historicamente ou não. É fazer parte de um exército dinâmico, de uma igreja viva, de ter a visão exata da batalha sobrenatural em que estamos, gostando ou não, querendo ou não, envolvidos e comprometidos. Alguém pode ficar terrivelmente ofendido com essas reflexões, mas espero sinceramente que alguém possa estar chorando, tocado por Deus, confirmadas essas verdades em seu coração. Que uma haja uma luz explodida em seu interior e que essa pessoa dê a partir de agora muitos frutos e que o seu testemunho a respeito do nosso salvador  seja tão eloquente  que impossibilite o não convencimento.

Abraão é o considerado o pai da fé, pois livremente, sendo pecador, falhando como nós, em um momento crucial, fez a escolha certa, confiou no Senhor e novamente Satanás foi derrotado.

Na revelação Bíblica Deus é soberano, absolutamente soberano, você pode imaginar algo próximo disso? Portanto tudo se encaixa. Não a partir de discussões infindáveis e construção de arquiteturas teológicas que aparentemente esclarecem e dão a exata medida dos atributos divinos. Desse modo a Sua eterna e absoluta Soberania, Presciência, Sabedoria e perfeita Justiça ficam patentes e inescusáveis.
Amém.


por Helvecio S. Pereira


COMENTE ESSE "POST'

ESSA É UMA RESPOSTA AO ÚLTIMO COMENTÁRIO A ESSA POSTAGEM FEITA PELO QUERIDO IRMÃO JORGE:

Olá irmão Jorge,  é mais uma vez um prazer "nos falarmos " novamente e principalmente sobre
assuntos que valem tanto a pena, por exederem a história e ao tempo. Tive que responder na postagem pois execeu o texto o número de 4.096 caracteres (!?!)

Por partes novamente, seguindo a sua explanação:

1) Não era somente porque eram analfabetos. Mesmo depois da Bíblia,diríamos "pronta" ela ficou mais de 15 séculos depois sem versículos e capítulos. Primeiro vieram os capítulos, depois os versículos. As pessoas, os estudiosos do texto sagrado, conheciam  melhor sim, cada  mensagem de cada livro ou passagem.

2) a informação não se traduz matemáticamente em experiência com Deus.Trata-se de Fé na Palavra ouvida. Nós temos o privilégio de termos prazer com a Palavra de Deus todos os dias e com uma ambudãncia de informações que Ela, Escritura  pode nos proporcionar. Saber mais não significa necessáriamente crer mais.Apenas crer com mais motivos. Ou não crer com mais motivos.

3) Não sou eu que privilegio a fé simples. É o Senhor Jesus que nos exorta no quesito fé a crermos como crianças ( na passagem em qustão não se trata do novo nascimento mas de uma fé simples ). Jesus chorou por ocasião da morte de Lázaro. Uma de suas irmãs tinha a teologia na ponta da língua ( a ressureição no último dia - correta,certíssima - nada de errado ) mas a fé para a ressureição de Lázaro que Jesus queria era outra.

4) Sobre a cultura, a escolariade, a teologia, tudo tem o seu lugar.Judas foi escolhido por Jesus ( não foi Judas que o escolheu). Judas era o mais culto, de origem e status social diverso dos demais, de outra cidade, e foi substituído não pelo apóstolo dentre os discípulos eleito pelos demais, por própria escolha de Jesus, após a morte de Estevão, Saulo, discípulo de Gamaliel, provavelmente o mais preparado e erudito dentre os fariseus.

5) A fé é dom de Deus. Nós a temos  e a direcionamos por necessidade de alma talvez a qualquer coisa. Satanás rouba a direção e o foco da fé das pessoas, seja para um ídolo ou prática bizarra, uma ideologa, uma causa, e as pessoas dão a suas vidas por uma causa, pela fé que têm. Algumas pessoas perdem inclusive a fé natural e ficam prostradas irremediavelmente ao longo a vida. Paulo já tinha uma fé potencialmetne grande em Deus mas firmada erroneamente na Antiga Aliança. Eu e você gastamos ano s de nossas vidas colocando a  nossa fé em bobagens e mudando de uma para outra coisa.

6) Como  serviço baseado em talentos, em dons , alguns podem servir a Deus em certas áreas e outros em outras. Tradução Bíblica, dicionários, literatura teológica emesmo pregação sópodem ser executadas por quem dispõe de o mínimo de ferramentas e aparelhamento para tal. Paulo era o único, o mais capaz para lançar de modo organizado os fundamentos da fé da igreja de Jesus. Pregar qualquer um poderia pregar,o papel que exerceu foi realmente único na organização da fé da igreja nascente.

7) Revelação crescente aparenta-se mais com idéias humanistas modernas. A história temporal, para nós é sujeita ao tempo, mas Deus não se mostrou aos poucos. Ele se mostra o mesmo do Gênesis ao apocalípse. A Israel se revelou de maneira total, históricamente o conduziu por etapas. A igreja se revelou totalmente a igrej aprimitiva e se revela agora do mesmo modo. Ninguém pode dizer, o próximo capítulo só virá a  seguir. Aguarde para saber mais de Deus. Essa é uma defesa dos chamados dispensionalistas e usado para justificar novidades não reveladas anteriormente a outros cristãos.

8) Ninguém conheceu mais a Deus que Enoque, Abraão, Agar mais do que Sarah sua senhora. Melquesedeque, Maria , José, e tantos outros. Deus se dá a conhecer plenamente a cada um que o ama. O ue Ele fará na história as vezes não noscompete saber, as vezes sim. Essa é a diferença.

9) A passagem do eunuco não é emblemática. Não havia O Novo Testamento. Havia um testemunho dos últimos fatos. O eunuco pertencia a uma elite econômica e social. Semelhante ao rei James ( Tiago ) da Inglaterra, que pode contratar os melhroes radutores e especialistas em linguas originais da Bílbia e mandou fazer uma das melhores traduções da Bíblia hoje. Não havia Jornais, internet, telefone. Ninguém vai ler Isaias 53 e entender se viver no século I semque uma testemunha ocular o informe dos últimos fatos.Os apóstolos tinham  tido diretametne de Jesus uma exposição sobre esses assuntos e de quem a passagem de Isaías se referia.

10) Não nego as diferentes e necessárias instituições eclesiásticas que possibilitam de alguma forma  as necessárias ferramentas a preservação e ensino da Palavra de Deus, incluindomestres dentro do catolicismo,como São Jerônimo, os mestres de Lutero e Calvino, etc. Só que não há segurança alguma excluidas a oração, a leitura e meditação bíblica (você não tem que entender todas as coisas de imediato ou ainda saber todas as respostas ) é como o alimento, não devo comer de tudo e além do que possa, ams de acordo com a minha necessidade e urgência.

Acho que é isso. Mais uma vez foi um prazer refletirmos juntos sobreessas questões. Se puder e quizer divulgue a postagem ou algumas delas, ou o próprio blog para que outras pessoas também possam opiniar e não necessariamente concordemente.

Um grande abraço irmão e a todos a na sua família.

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