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domingo, 2 de outubro de 2011

DEUS NÃO PINTOU A MONA LISA

Não me agrada voltar a uma discussão a qual julgo demasiadamente desnecessária ( algo dito aqui não poucas vezes ) mas um erro repetido e suportado várias vezes vira verdade para os ouvidos de alguns, mesmo configurado como um erro crasso, simples, e portanto de fácil elucidação e correção. É curiosamente um erro não cometido ou assimilado como acerto, não na ocasião da conversão genuína, mas pós conhecimento do Evangelho e da Palavra de Deus. Para muitos soa como um avanço, uma compreensão maior, uma iluminação, um achado que enobrece, enriquece, o que dantes já se conhecera. E ao contrário, é erro, engano e perda. Humilhado por ocasião da conversão o crente se vê, de repente, enganado por quem lhe pregara o Evangelho, e agora de posse de uma explicação nova, nega uma série de verdades reveladas nas Escrituras, prejudicando em muito o seu testemunho e a salvação de amigos e parentes, resignando-se a uma eventual morte deles sem a salvação em Jesus Cristo. E isso é porventura pouca coisa? Acredito não ser de pouca coisa ou importância de modo algum, mas de fato algo a ser seriamente considerado por quem crê no Senhor e na Sua Palavra.

Aparentemente é muito difícil separar uma análise, de uma refutação honesta do que as pessoas possam identificar como ogeriza ou algo contra pessoas e grupos individualmente, o que de fato não é. O título dessa postagem, a chamada como é dito no jargão jornalístico, faz uma afirmação direta de que Deus, o Deus bíblico, o único Deus para todos nós os que cremos na Bíblia como a Palavra de Deus, inerrante, única fonte de fé e reveladora da realidade que ultrapassa os nosso sentidos, compreensão e apreensão, não fez Ele mesmo a obra de Leonardo da Vinci, concebendo-a e pintando-a. Leonardo pintou a Mona Lisa é de fato a conclusão real acerca da obra e desse fato pequeno entre todos os incontáveis fatos e atos dos seres humanos, atos conhecidos, registrados ou desconhecidos e anônimos.

Muitos cristãos ( e não só cristãos ) crêem sinceramente, nisso inclusos aí evangélicos de todas as posições, católicos romanos, ortodoxos gregos, paraprotestantes como os Mórmons, as Testemunhas de Jeová, os Adventistas, etc, que tudo o que fazemos, o fazemos porque Deus quer e assim portanto determinara. Genericamente, na prática, cristãos em geral, crentes evangélicos, mas não só muitos de nós, mas kadercistas, umbandistas, e mesmo adeptos de religiões orientais com traços de cultura religiosa ocidental, fazem essa afirmação. Muitos podem, muito apropriada e enfaticamente afirmar que ao escreverem algo em seus blogs e sites ( falando de sites e blogs religiosos, portanto que dizem algo acerca de Deus )  o fazem porque Deus os levou a fazê-lo, a escrever o que escrevem, sejam quais forem as suas múltiplas e diversas opiniões e posições sobre qualquer assunto espiritual. De fato eu poderia transcrever aqui as várias afirmações de terceiros em que essa crença é confessada e tida como a verdade absoluta sobre os fatos.

Para muitos a conclusão óbvia é que não temos escolhas. Não as temos em nenhuma circunstância e de nenhum modo. Se tomarmos os fatos históricos, as histórias individuais, a experiências localizadas e mais individualizadas essa posição fica não só insustentável como incoerente. Não só com realação aos fatos mas com a própria teologia cristã e autênticamente bíblica. Conscientes dessa falha alguns admitem que ( fugirei do jargão teológico a despeito de críticas de alguns que os consideram-nos inteiramente válidos e úteis ) as escolhas são nossas mas os desígnios são de Deus. Isso não resolve o problema, pois se alguém é assaltado, o ladrão exige o celular, a vítima reluta em dá-lo, e o assaltante atira na vítima e essa morre no local do crime, se separamos as múltiplas escolhas e afirmarmos que são nossas ( do ladrão e da vítima ) e que o desenho ( designo, desing ) dos acontecimentos são de Deus, Deus não só é culpado do acontecimento com contradiz a Si mesmo, no que se refere a Sua  Sabedoria, Justiça e Amor. Tudo o que a Bíblia  como Palavra de Deus nos revela acerca de um grande e único Deus ( totalmente diverso dos deuses imaginados pelos homens e suas diversas religiões ).

A desculpa, a justificativa é sempre a mesma, se Deus não está por trás de todas as coisas não é soberano e se não é Soberano ( com "S" maiúsculo ) não é Deus. Só que Soberania é um atributo decorrente, consequente. Ninguém é soberano só porque alguém o tenha declarado ainda mais acerca do único ser preexistente e eternamente existente. Como reza no livro de Jó, Deus falando de si mesmo: "quem lhe dera primeiro para que o tivesse?" Deus é Soberano só e somente por que é Todo-poderoso. Não é porque está por trás de todos os atos e ações, mas por que criou, sustenta e faz tudo o que lhe aprove fazer.  O Deus bíblico não é temperamental e imprevisível  como o Deus  do Islã ( leia postagem relativa que estabelece as diferenças entre o Jeová e Alá, segundo a Bíblia  o Corão ). Deus é plenamente potente e livre para hoje, agora fazer algo que não esteve determinado num passado distante. Parece ser paradoxal mas não é: Ele pode tanto cumprir o que já decidira como intervir contra toda a nossa lógica. A razoabilidade disso é que em todos os modos e doe todas as maneiras Ele é inerrante e perfeitamente justo. 

Mas você pode dizer: "não é a mesma coisa? ser soberano porque é todo poderoso e todo poderoso porque é soberano? Não. Para os Calvinistas* Deus determinara tudo na eternidade. Portanto tudo já está decidido, dos grandes aos pequenos fatos e todas as suas consequências. Essa eternidade é sempre passada, antes da fundação do mundo ( um tempo que a Bíblia se refere em várias ocasiões por motivos que discorreremos em post próprio ). Mas não é só para os Calvinistas, para os animistas, hindus, budistas, espíritas, mesmo religiões em que não haja clara ou declaradamente um Deus criador pessoal. Sempre uma força impessoal, algo não determinado decidira previamente e definitivamente os destinos dos homens e a sua história. Ainda que reconhecidas instâncias e poderes menores e a própria decisão dos homens, cada indivíduo está selado no seu destino e não há como escapar dele. Nessa perspectiva, tanto "bons" como "maus" resignam-se nos seus respectivos papéis e os demais como testemunhas e expectadores acreditam cada desfecho, muitas vezes trágico, diante de seus olhos, seja algo sem escape, sem nenhuma outra possibilidade. Nessa perspectiva perdido será perdido porque Deus o quis e não por escolha do próprio perdido ou pelas circunstâncias.

Sob esse aspecto a salvação e a perdição são fatos consumados individualmente e que não podem ser mudados, apenas "aceitos". Doenças e acidentes idem. Qualquer fato isolado ou compartilhado idem. Um avião que cai por falha de manutenção, fadiga de material de uma peça projetada e fabricada bem antes da montagem do avião, como o transloucado ato de um  terrorista fanático são ambos atos de Deus.Só que não há como afirmar as duas coisas e dizer que são a mesma coisa. Ou Deus derrubara o avião com centenas de vítimas inocentes ou Ele definitivamente não o fez.  Muitas, se não todas em muitos casos, tiveram o seu destino individual selado de uma vez por todas, morrendo sem salvação, por ficarem encerradas ali a sua chance de crerem no evangelho, indo para o inferno e lá sofrerem por toda a eternidade, por decisão do próprio Deus, ou não foi esse o caso. Você tem que responder a isso, sem ficar em cima do muro.

Erros são cometidos em cima de erros muito simples, que poderiam ser facilmente dirrimidos, corrigidos. A afirmação mais importante do Calvinismo* é a eleição dos crentes. O resto é o enfeite do bolo. Para um Calvinista*, alguns são eleitos para a salvação e portanto previamente escolhidos para serem previamente ( repito ) salvos. Outros são também previamente "eleitos" para serem perdidos. É a dupla predestinação. Soa bonito e agradável desde que, claro você esteja do lado dos que se consideram e se acham salvos. Seria pateticamente desastroso se fosse possível uma mãe dizer: "Graças a Deus meu filho foi predestinado a salvação em Cristo Jesus, embora eu não tenha sido, mesmo compreendendo que Jesus morreu e ressuscitou para salvar o perdido ". Para eles a compreensão da salvação em Jesus denota ser esse ou essa um predestinado, os demais que não compreendem  denotam, comprovam não serem salvos e portanto não eleitos ( ou eleitos para a perdição ).

Tudo aparentemente muito bom e bonito quando repetida a exaustão a mesma balela para ser minimamente educado, mas que soa pateticamente quando confrontado com os fatos reais do dia a dia, com os dramas individuais e com toda a Escritura e não somente com versos e textos previamente escolhidos e outros relativizados ( algo como que as Testemunhas de Jeová fazem habilmente não dando ao oponente surpreendido em um debate chance de desmistificação ). O mais curioso é que quando lhes é exigido uma explicação mais voltada aos fatos reais, ou dissimulam levantando outra questão, fazendo uma repetição elaborada ou partem para a ofensa e o desprezo pessoal ( igualzinho aos TJ!! ).

João Calvino, a quem devemos várias nações ao norte da Europa livres do romanismo católico, entre elas nações com o melhor padrão de vida do mundo ocidental, e que por consequência ( e essa é a maravilha da leitura não Calvinista da história ) deu-nos uma igreja reformada na Holanda ( essencialmente Calvinista ) que dela saiu um ex-futuro padre, o mais impresso escritor português, de todos os tempos, o João Ferreira de Almeida ( segundo um obra acadêmica feita em um seminário católico romano brasileiro ), ele Calvino, cometeu um erro simples, ao formular uma pergunta e respondê-la apressadamente: "Por que os homens não crêem no evangelho e numa tão grande salvação?"

Essa pergunta muitos de nós, ou todos nós, como crentes que amamos e conhecemos ao Senhor e a maravilhosa salvação provida para nós, já a fizemos ou a fazemos todos os dias, quando pensamos  em um parente próximo ou distante, em um amigo, em uma celebridade unânime e merecidamente querida, etc. Trata-se de uma pergunta honesta, pertinente, e que demanda, exige, uma resposta racional, razoável e por que não, mais importante de tudo: bíblica. Afinal, todos nós, sejamos Calvinistas ou não, sabermos que sem Cristo não há salvação. A salvação não será  efetuada pelas obras de alguém, sem a mediação de Jesus Cristo somente, sem encontrá-Lo, sem o consequente novo-nascimento, etc. A despeito da impossibilidade muitas vezes intelectual, que muitas vezes é recorrente, não é esse o principal fator que impede e cerceia a  real compreensão do que a Bíblia diz, e portanto aceitação de Jesus Cristo como o único e suficiente Salvador. Quase sempre, senão sempre para dizer a verdade, a compreensão religiosa mais simpática é cultivada em detrimento do que é declarado na inerrante Palavra de Deus. Trocando em miúdos: as pessoas preferem permanecer católicas romanas com suas preferências por diversos "santos" , com a licenciosidade de seus vícios por álcool, permisividade sexual, ao crença na auto-justificação pelas obras. 

Portanto João Calvino teve a mesma angústia que temos mas formulou erraticamente uma resposta fácil. Não seria uma acusação leviana e preconceituosa apenas? Não é difícil constatar as consequências advindas do esforço recorrente em manter um  erro passível de ser cometido por qualquer um de nós em função de uma pergunta pertinente. Em minhas leituras de declarações de Calvinistas mais emocionais, tenho constatado reiteradas vezes, a negação das Escrituras que aparentemente exaltam como inerrante ( que de fato é ). O esforço para adequar a compreensão da Bíblia à eleição é obstinada, e muitas vezes patética, afrontado aos próprios textos das Escrituras, indo além ou aquém do que lemos na própria Escritura. Isso é tão desastroso que a conquista da Reforma referente a livre exame/interpretação das Escrituras parece cair por terra, pois é sempre necessária a visão amparadora de um Calvinistas para dar luz ao texto bíblico. 

Daria para escrever um livro sobre o assunto, algo só possível com qualidade por parte do já falecido teólogo e escritor Abdêneo Lisboa, cuja análise sobre as heresias das Testemunhas de Jeová com exaustiva análise e citação de versículos bíblicos no original em hebraico e grego, a quem tive o prazer e oportunidade de conhecê-lo em vida. Começando do Gênesis e percorrendo toda a Bíblia a distorção das Escrituras é de corar quem conheça minimamente a Bíblia e só não é tão palpável por ser sempre difusa perdida em enormes textos bem elaborados e livros imensos. A constatação direta e clara é de que ou Deus não disse o que disse, ou a despeito da defesa de sua Soberania ( segundo a ótica Calvinista ) Ele ( Deus ) derrapou na sua soberania e permitiu que houvesse, por parte dos escritores das mesmas Escrituras um "erro", ou seja o Deus soberano permitiu a falha desses dificultando e impedindo a nós, que compreendêssemos exatamente o que Deus de fato quis nos dizer. 

É claro que para Calvinistas e não Calvinistas, como crentes essa hipótese é inadmissível sobre todos os aspectos. A Bíblia é inerrante, perfeita em todas as suas afirmações, se a entendemos ou não, se gostamos do que ela diz ou não é outra coisa e algo a ser resolvido entre nos os crentes. A Bíblia, as Escrituras, para nós Calvinistas ou não é a inerrante e terna Palavra de Deus, revelação plena dEle e de Seus atributos eternos e perfeitos. As nossas brigas e diferenças de posição e compreensão nada têm a ver com a verdade escriturística única. Nisso, decididamente, estamos todos do mesmo lado. Somos fundamentalistas e gostamos disso. Caretas, antigos, radicais, e gostamos disso.


A análise, como já disse é longa e objeto de não só um livro somente, mas de vários talvez. Saltando os primeiros registros do livro de  Gênesis e indo o relato da criação do homem e da mulher, vemos que Adão deu um nome a mulher. Não há como fugir da questão: o u Adão deu o nome a sua mulher ou não deu, e Deus deu nome a ela. Sobre o próprio Adão é inadmissível que haja outra possibilidade ( a de Adão ter dado nome a si mesmo e não Deus dado o nome a Adão ). Uma outra possibilidade seria a dos que transmitiram oralmente os primeiros fatos da historia humana terem forjado em função dos fatos nomes para ambos. Embora tidos como simplórios essa narrativa nos revela que há antes do pecado, uma leque de escolhas para o ser humano. Deus não faz tudo por nós e não faz em nosso lugar e tal verdade permanece reveladora em toda a Escritura.

Portanto, por ocasião da ordem do que poderiam e não poderiam fazer no Éden, haveria naturalmente mesma possibilidade  de escolha. Não só é inegável isso como qualquer sustentação contrária é decididamente imprópria. Considerar a questão da onisciência divina, da presciência divina, para gerar uma outra discussão não só indus a outros erros ( se Deus sabia por que não evitou os fatos e se os mesmos assim se sucederam é porque Ele , Deus decidiu que acontecessem ) como nega o que é revelado nesses primeiros e tenros eventos ( quando o restante  das Escrituras nem existiam ).

Aparentemente ( não sabemos por quanto tempo ) o casal ia muito bem, até que uma terceira possibilidade se instaura, a de Satanás, pessoa que acerca da qual nada ou muito pouco nos é revelado na ocasião. Temos até aí a vontade de Deus e a possibilidade de decisão humana ( definida por Deus ) como possibilidade criativa de levar avante o que Deus determinara, sim previamente. Satanás desvirtua o que o casal de humanos retém, em sua memória do que Deus havia lhes dito. A sua obediência ( de Adão e Eva ) e a realização do que Deus lhes revelara, dependia da lembrança e da compreensão clara e determinada do que haviam ouvido. Satanás não nega o que Deus lhes dissera ( a Adão e a Eva ) mas lhes sugere uma compreensão maior, dando detalhes distorcidos, além do que ouviram ( particularmente a Eva ) e o resto sabemos como tudo aconteceu.

Para Calvinistas a queda era inevitável por ter sido determinada por Deus, seja qual for a explicação acerca da presença de Satanás na terra, e portanto, no Éden. Não há como escapar dessa inferência grave. Curiosamente Mórmons crêem sinceramente que a queda foi uma benção para a humanidade, ou seja Deus fez a queda para que a humanidade se saísse no final de toda a sua história muito melhor! Não é o que vemos nas Escrituras. Segundo tido o que a Bíblia revela, o pecado e consequentemente a morte foi um grande e terrível  desastre. Sobre Judas Iscariotes, cuja pessoa e fatos envolvidos, revelados sete séculos antes com detalhes, o Senhor Jesus Cristo afirmara que melhor ( para Judas ) fora não ter nascido. O pecado e todas as suas múltiplas consequências constituem  um desastre de enormes e indesejáveis consequências. Portanto Deus não poderia jamais ser a causa de tão grande mal.

A Bíblia em nenhum momento diz que Deus é a causa do pecado ( sem entrar na questão da materialidade do mal e portanto do pecado, se é conceito ou fenômeno ) .Em Deus não há corrupção e alguma imperfeição. O Deus revelado nas Escrituras é perfeito, imutável, santo ( separado  de tudo que não coerente, condizente com seus atributos ). A Bíblia diz sim, que Deus é conhecedor do bem e do mal. O homem após a queda se tornou como um de nós, disse o Senhor acerca de nós. Criados a Sua imagem e semelhança, antes do pecado, diferíamos no conhecimento do bem e do mal, atributo compartilhado por Deus e pelos anjos ( anjos conhecem o bem e o mal, assunto de uma postagem também específica ). Sobre Satanás em outra parte das Escrituras é afirmado que foi achada iniquidade nele ( em Satanás ). Portanto todas as consequências do mal e do pecado são todas indesejáveis, embora conhecidas previamente, permitidas, segundo veremos em um próxima postagem.

A reflexão nessa postagem exige uma tomada definitiva de posição: ou Deus está por trás de cada evento ruim ou esses eventos não tem origem na vontade de Deus. Todos os eventos, incluindo a pintura da obra Mona Lisa por Leonardo da Vincci, ou outro não exatamente ruim, teriam origem e motivação nas escolhas humanas. E a soberania de Deus? Deus permanece soberano nessa apreensão da realidade ou não? Não se discute ou coloca-se em dúvida tanto a onisciência como a presciência de Deus, além claro da sua onipotência ( potência plena, todo o poder ) não sendo a Deus restrita a mais improvável possibilidade. Deus portanto não é refém de nada e de ninguém, nem mesmo de Si mesmo. O homem, o ser humano quando culpado de algo o é de fato, pois pode em tese, escolher sempre outra posição: pode crer, pode se arrepender, pode fazer justiça, fazer o que é certo, pode se render a Deus e seguí-Lo.

Ao Jovem Rico foi exigido que vendesse toda a sua fortuna, todos os seus bens e desse aos pobres e que seguisse a Jesus. Ele não o fez mas poderia tê-lo feito. O convite de Jesus ao jovem rico nada tem a ver com uma crítica às riquezas mas para provar que a afirmação do jovem rico de que tinha guardado os mandamentos desde a sua infância, não era de fato uma verdade. O Senhor Jesus de fato o desmascarara : ele ( o jovem rico ) não amava a Deus sobre todas as coisas e nem ao próximo como a si mesmo. Por isso não vendeu os seus bens e por isso também não seguiu a Jesus Cristo, mas repito, segundo a minha compreensão das Escrituras, poderia e deveria tê-lo feito.

Por Helvécio S. Pereira




LEIA AS ESCRITURAS ( A BÍBLIA SAGRADA ) POIS SÓ ELA REVELA, NA INTEIREZA A PESSOA DE DEUS E A REAL SITUAÇÃO DO HOMEM, ESPIRITUAL E MATERIALMENTE NESSE MUNDO.

SÓ ATRAVÉS DAS ESCRITURAS, DA BÍBLIA, SABERÁ INEQUÍVOCAMENTE QUEM VOCÊ É, DE ONDE VEIO E QUAL O SEU DESTINO APÓS A  SUA MORTE. O QUE PASSA DO QUE AS ESCRITURAS DE FATO REVELAM  É LENDA E MITO, E DEIXAM SEM NENHUMA SEGURANÇA AO QUE SE FIAM EM TAIS DECLARAÇÕES E EXPLICAÇÕES, ALÉM DAS FEITAS PELA ESCRITURAS, PELA BÍBLIA. POR OUTRO LADO, A ESCRITURAS TESTIFICAM DE UMA PESSOA: JESUS CRISTO. 


ELE É INIGUALÁVEL, INCOMPARÁVEL E SEM RIVAL, NO QUE CONCERNE A UMA SUPOSIÇÃO DO QUE SEJA A DIVINDADE, JAMAIS ENCONTRADA EM NENHUMA RELIGIÃO HUMANA, NEM MESMO NO JUDAÍSMO. DE FATO O JUDAÍSMO APONTAVA PARA ELE, MAS OS SEUS NÃO O RECEBERAM, POR DECIDIDAMENTE NÃO CREREM NELE. VOCÊ PODE SER SALVO SEJA QUEM FOR E ONDE VIVER, CONFORME DECLARAM AS  ESCRITURAS EM JOÃO 3:16 

"Por que Deus amou o mundo para que todo aquele que nEle  ( em Jesus Cristo ) crer não pereça ( não ser perca eternamente no inferno ) mas tenha a vida eterna".

QUALQUER UM QUE TEÇA CONSIDERAÇÕES DIFERENTES ACERCA DO QUE DECLARAM CLARAMENTE AS ESCRITURAS, NÃO PREGA AOS OUTROS O VERDADEIRO EVANGELHO. 


(*) A abordagem acerca do Calvinismo é feita em cima dos efeitos e inferências no evangelismo e testemunho exclusivamente. O caminho da fé nunca foi outro que não fosse o caminho das pedras. Nunca foi fácil ser cristão, ser crente, em nenhuma época ou lugar. Todos sempre tiveram muitas opiniões sobre um número grande de coisas, até mesmo relacionadas às Escrituras. O leque de tipos de práticas cristãs sempre foi tão grande que se todos fossem colocados no céu com seus pontos de vistas discordes, haveria uma grande briga. 

Muitas vezes somos duros em demasia, uns com os outros, e mais inimigos uns dos outros, do que os de fora da fé, e não deveria ser assim. Certamente o Senhor permite nossa divergência, pois guardada as proporções, há coisas mais importantes para colocarmos em prática, se de fato foram aprendidas um dia, e se não, que para as quais deveríamos atentar em aprender e cultivar. O que se deve guardar é o nosso amor a Ele e uma fé simples de quem Ele de fato  seja. Contudo o amor aos irmãos na fé e até aos inimigos não deveriam ser esquecidos.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

UMA IMPORTANTE RESPOSTA

É sempre desejável quando possível, dar esclarecimentos devidos a pessoas que inquiram coisas acerca da nossa fé, pessoas essas com alguma capacidade maior de questionamento e de detalhamento de uma afirmação, sem contudo desviar ou descaracterizar a mesma verdade revelada como tal nas Escrituras judaico-cristãs, tidas por nós crentes, como a única e inerrante, completa e auto suficiente Palavra do único Deus Criador e Sustentador de todas as coisas.


Posto isso, gostaria de lembrar a quem de direito, que o ser humano possui uma natural e compreensível limitação para açambarcar, apreender toda a realidade da sua existência e do próprio universo em que se insere como ser vivente. É fato que alguns homens e também mulheres ( verdade que as mulheres sejam desfavorecidas circunstancial e materialmente na maioria das vezes, mais do que os homens ) se destaquem e tenham bem mais do que outros seus semelhantes, lampejos de genialidade, descobrindo coisas, repensando coisas, impulsionando a humanidade para novos caminhos sejam intelectuais ou tecnológicos. Sem esses favorecidos estaríamos até hoje de tangas ou talvez pior, sem tangas. A total compreensão das coisas, é desse modo, impossível não só a um indivíduo mas a toda a humanidade.

Porém como humanidade, como um grande grupo, um grupo que não pára de crescer e se espalhar pela terra, a humanidade, todos os homens têm na verdade uma possibilidade muito maior de avançar muito mais, muito além do que um individuo sozinho e favorecido por circunstâncias várias, possa avançar. Na Bíblia esse perigo ( chama lo-ei assim, mas significaria possibilidade ) se materializa somente após a expulsão do Édem. Apreende-se facilmente que Deus não destruiu o Édem em um ato de raiva após a desobediência do primeiro casal. Parece que ele ( o Édem ) continuou a existir por um período incerto de tempo. Talvez até o Dilúvio, o que parece lógico. Mas seres celestiais com poder sobrenatural visível foram lá colocados para impedir a volta  ( ou invasão ) dos homens após um grande número multiplicado sobre a terra. Sabe-se hoje que homens sem máquinas e aparatos tecnológicos modernos construíram as grandes pirâmides com peças de duas toneladas cada numa planície desértica de areia movediça e as elevaram a exatos 140 metros de altura no meio desse mesmo deserto.

Muto se fala e de forma direta e simplista sobre a queda do homem ocorrida no Édem. Tal maneira de expressar os fatos ali ocorridos e explicá-los rapidamente não está de modo algum errado, mas também não é exatamente um erro pensá-los ( não repensá-los...pois implicaria em uma outra leitura anti-escriturística ) mais descritivamente sem ferir a revelação Bíblica. Ao comer da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal o homem, nunca cajadada só, fez o que Deus dissera clara e diretamente para não ser feito, embora pudesse ser feito  ( notemos que comer do fruto do conhecimento do bem e do mal não era algo impossível e menos ainda difícil, ao contrário sem impedimento material, apenas legal, moral ), fez de Deus um mentiroso ( como Satanás sugerira, fazendo de Deus um sujeito desconfiado e temeroso de ser igualado e superado, de ter a sua influência, não poder, dividido com outro - obviamente algo real só na mente de Satanás ) e materialmente recebeu algo que não tinha em si mesmo( de fato ganhou e essa é a verdade, Satanás não mentiu nesse ponto, apenas deturpou: ser igual a Deus como conhecedor do Bem e do Mal ) a capacidade de projetar todas as possibilidades más opostas a todo o bem possível a cada situação diante de si. Diante de uma mulher, um homem pode respeitá-la, ajudá-la, protegê-la, amá-la mais que a si mesmo ou estuprá-la, violenta-la, bater nela, humilhá-la, escravizá-la e matá-la. Mesmo ue não a faça essas possibilidades todas sãoconhecidas por sua mente. Não era assim com Adão e Eva antes da queda. Essa é a importante diferença.


Dessa forma além das limitações que não tínhamos ou teríamos pelo favorecimento divino, ganhamos algo que não poderíamos e não podemos lidar ( e não podemos mesmo ): o conhecimento do mal. Aparentemente tudo dado por Deus nos impõe uma contrapartida. Os exemplos são de fato vários, cito um por exemplo: o sexo é surpreendentemente uma experiência  a parte de todas as demais experiências humanas e de tal modo tão forte potencialmente que ninguém escapa incólume de seu exercício, de sua experiência materializada na vida humana. Religiosos, presidentes, intelectuais, artistas, pessoas de intelecto e experiência que vai bem alem da simples sobrevivência são derrubadas, destruídas, subvertidas por algo aparentemente simples na sua fisiologia e funcionalidade como o sexo. E olhe que ao escrever essa frase só me ative a fatos atuais, sem me reportar a toda a história humana.


Como esse pecado entrando na humanidade por um homem passou a todos os demais de forma que todos pecaram e estão todos igualmente destituídos da glória de Deus ( decaídos na sua semelhança com o seu único Criador )?  A resposta é que todo ser humano nasce com a capacidade de solta e livremente avançar na quase infinita capacidade do mal, se tornando impossível a melhor das pessoas ( e as há de fato, pessoas melhores, boas comparativamente a outras terrivelmente más ) passar uma vida sem pecar, seja por atos, seja por convicções, por projeções de idéias, por valores diversos do que seriam os valores de Deus, etc.). Dessa forma  enquanto o pecado era apenas uma possibilidade para Adão e Eva, para nós seus descendentes, é uma possibilidade real e praticamente inafastável, em qualquer de suas manifestações. Produzimos justiça, de fato, e somos até instados por Deus a produzi-la e procurá-la, mas são como trapos, interrompidas, descontinuadas, imperfeitas e incompletas. Jesus no disse  que a nossa justiça como seus discípulos deveria em muito exceder a dos Escribas e dos Fariseus, senão não veríamos ( não entraríamos no Reino de Deus ).

A cristologia, dentro da teologia cristã autêntica, discute de há muito a humanidade-deidade de Cristo. Para salvação necessita-se crer em Jesus Cristo como Deus e Filho de Deus. Colocá-lo em tese, em um Tomógrafo Computadorizado ou examinar o seu eventual DNA, é não só desnecessário mas a meu ver impróprio. Entretanto, discute-se muito se Jesus não era um homem em tudo igual a nós, e se as tentações e provações eram reais ou apenas fictícias, ou seja, apenas aparentes. Alguns afirmam que as tentações e provações eram todas reais e portanto, de fato, terríveis, mas que a Ele, Jesus Cristo, seria impossível  ( por possibilidade ) pecar. O que se apreende  de modo lógico, é que todo o risco corrido foi igualmente um embuste. Cristo teria apenas aparentado correr um risco que de fato jamais correu ( por possibilidade ). Teria sido desse modo apenas um teatro portanto, e tudo um roteiro que não poderia de modo algum, ser de outro modo ( por possibilidade ). Seria embuste do mesmo jeito.


Um exemplo: eu não posso matar um chinês, que vive em uma província desconhecida por mim, na China, a qual jamais visitarei ( por falta  de dinheiro, motivo, não conheço o sujeito, nem sei de sua existência , etc ) isso é POTÊNCIA ( poder para realizar algo, não posso voar por mim mesmo, por exemplo ). Posso matar um chinês, uma POSSIBILIDADE ( desde que cumpridas todas as necessidades e impedimentos, superadas todas as circuntâncias POSSO FAZÊ-LO ). Portanto eu defendo, ainda que pareça incomprensível em todas as suas inferências, que Jesus, como Deus e Filho de Deus, tenha percorrido um real caminho de sacrifício e risco por nós. Essa compreensão não diminui a glória e a honra a Ele devidas pela materialidade do perdão dos nossos pecados, da nossa filiação a Deus, e da vida eterna graciosamente dada a cada um de nós um dia nos céus. Ao contraŕio tráz à compreensão, ainda que palidamente é verdade a luta que o Salvador travou de fato por nossa completa redenção.

O Senhor Jesus Cristo, como Deus e Filho de Deus ( é exatamente isso que as Escrituras nos revelam, algo que não poderíamos saber por nós mesmos, nem colocando-O em uma tomografia  computadorizada e examinando o seu DNA ) poderia pecar ( por possibilidade ) e não pecar jamais ( por impotência para fazê-lo  devida a sua natureza perfeita e unicamente  divina). A resposta tem a ver com tudo o que expus até aqui nessa reflexão: Ele como Deus, aquele mesmo Deus o Criador de todas as coisas e desde sempre conhecedor do bem e do mal, pode ao contrário de nós lidar com o mal, pois Ele é maior do que o mal, o seu conhecimento, algo que jamais poderíamos lidar. Elucida-se aí e portanto a obra vicária ( substituta ) de Cristo. Ele venceu o que jamais poderíamos vencer, como indivíduos o tempo todo e como raça, espécie. O conhecimento do mal é maior do que qualquer um de nós e maior do que todos nós juntos, ainda que somados, ajuntadas, todas as melhores pessoas da espécie humana em todo o tempo e em toda a história.

O segundo Adão ( Jesus Cristo conforme dito nas Escrituras ) é infinitamente superior ao primeiro mas o seu risco e sua luta não foi um embuste, uma encenação. De fato após Sua vida e Sua ressurreição "TODO PODER FOI LHE DADO NOS CÈUS E NA TERRA". Um irmão calvinista me questionou: "se Ele tinha esse poder como foi tê-lo de novo?" ou "antes Ele ( Jesus ) era apenas humano, mas como tal, como Deus que era, como poderia deixar de ser Deus ( que era, eterno e imutável )?" Sob esse raciocínio e suas diversas implicações ( falo da lógica estritamente calvinista ) temos um nó que nem eles podem resolver de maneira cabal. Mas segundo o que compreendo da Bíblia, do que é revelado nas Escrituras, e está tudo lá para nosso esclarecimento, Jesus venceu como homem, correu os riscos todos de inclusive pecar como homem, e o poder nos céus e na terra, refere-se ao poder que o homem teria  ( senão fosse a queda ) de sujeitar a terra, de ligar na terra e ser ligado nos céus, no nosso lugar. Estamos todos os que cremos assentados com ele hoje em lugares celestiais e os demônios, e as doenças,e as circunstâncias até naturais estão sujeitas a nós se estivermos nEle e e a Sua ( dEle ) palavras estiverem em nós biblicamente.

O farto é que a grande maioria de nós cristãos e crentes temos um cristianismo teórico ( falo de mim mesmo ) e nos sentimos satisfeitos com isso. A manifestação sobrenatural ( e o cristianismo autêntico não é natural, não segue a lógica humana e muito menos do mundo incrédulo e rebelde à revelação divina nas Escrituras ) é a essência do cristianismo, aliás de toda a relação homem-Deus em toda a Bíblia. Deus se manifesta ao homem de modo incontestável através de eventos, intervenções miraculosas, que rompem com a mais imaginativa lógica humana e se contrapõe clara e inequivocamente a imaginativa religiosidade construída em toda a história humana como muita inventividade como nos não poucos mitos e lendas e falsos emissários e arautos divinos.

A lógica satânica foi vencida. Manifesta publicamente ( imagino diante dos seres dos céus e dos homens na terra, de ponta a ponta na história humana ). Uma humanidade, como raça, tornada inútil e improdutiva, incapaz portanto de satisfazer os altos padrões divinos é redimida, resgatada, recuperada, pela obra substituta de um homem apenas. Davi e Golias é o arquétipo de um enfrentamento substituto: se Davi perdesse a batalha para Golias, todos os habitantes de Israel, todos os israelitas deveriam ser declarados ( e aceitarem, ) a derrota. A vitória de Davi significou que os Filisteus, foram derrotados na morte de Golias.

Assim Jesus Cristo, como homem sem o pecado ( sem a realidade de não poder lidar com algo maior do que nós: o conhecimento do bem e do mal ), em tudo de fato, em tudo como nós somos tentados ( é o que  a Bíblia, nem mais nem menos ) venceu no lugar de TODOS nós ( João 3:16 ). O critério imposto pela própria Escritura e pelo próprio Senhor Jesus é o de justamente, individualmente, crer nEle ( Jesus Cristo ). De fato todos nós passamos a vida SEM CONHECÊ-LO, as vezes por nunca ter ouvido falar dEle; SEM CONHECÊ-LO POR NÃO CRER NELE ( ter ouvido e não ter dado crédito, levá-Lo a sério de fato e a sua real mensagem ); SEM CONHECÊ-LO POR NEGÁ-LO PEREMPTÓRIAMENTE ( combatê-Lo, combater a Sua existência, influência, verdade, como fez durante toda a vida e morreu afirmando a sua negação- negação de Cristo e de tudo o que ele sigficou e significa para a maioria dos cristãos - como o caso do escritor português José Saramago ).

Se a sua situação é uma dessa três, arrependa-se e  decida-se hoje mesmo, não só conhecê-Lo mas a CRER NELE. Pois Ele mesmo já dissera: "QUEM CRÊ ME MIM TEM A VIDA ETERNA" e "EU O RESSUCITAREI NO ÚLTIMO DIA".

FAÇA-O HOJE MESMO! DEUS O ABENÇOE!

Por Helvécio S. Pereira

sexta-feira, 24 de junho de 2011

DEPRAVAÇÃO TOTAL OU O QUE FOI A QUEDA DO HOMEM

Longe de dirigir as minhas próximas reflexões a uma doutrina particular ( o que de fato não é o objetivo e nem interesse ) pois de fato, a despeito do título familiar a calvinistas principalmente, vai além, e nem seria necessária uma ligação única com essa particular doutrina de um setor cristão-evangélico. Por isso, peço que caso um irmão calvinista comece a ler esse texto, vá até o fim, pois o mesmo não tem nem por intenção dirigir sua artilharia contra as suas posições teológicas, embora, pela simples abordagem não a deixe totalmente ilesa, mas o objetivo é instigar uma reflexão ampla sobre a queda, a origem do pecado, o que seja o pecado e a condição atual do ser humano. A questão é: não se trata nem de um ataque e nem um debate simplório entre duas posições teológicas.

A queda do homem é uma doutrina particular do cristianismo. Em linhas gerais  o cristianismo não é a única religião que nos informa que o homem não está bem. Essa informação, essa declaração, não é original nem finalmente uma declaração particular dos cristãos. Não chega nem ser um ponto controverso quando se olha os fatos, vemos as notícias do dia a dia. De fato todas as religiões nos informa que a um "mal" a ser evitado, que existe um mal no mundo e dentro de nós. Nesse quesito o cristianismo em suas várias divisões não é original. Porém só o cristianismo, pelo menos a parte que permanece sem violar a mais predominante ortodoxia, declara que houve uma queda ( é claro que o judaísmo como mordomo da primeira revelação divina também e antes do cristianismo ).

Essa queda está relacionada ao relato do Éden, aceito e contado em detalhes diversos pelo islamismo que nega a queda e portanto o pecado "original". Esse detalhe é importante e por isso que eu pessoalmente faço constantemente uma defesa e uma exortação a se crer nos textos bíblicos considerados erroneamente mais simplórios e "míticos" pela teologia liberal muito apropriada a "cristãos" cultos e letrados, sensíveis a serem taxados como fanáticos e fundamentalistas. Afinal se parte da Bíblia é inverossimel, como ter certeza absoluta que outras afirmações e declarações das Escrituras não o sejam igualmente mentirosas? Teríamos então, como muitos nesciamente admitem e praticam um cristianismo teologicamente de conveniências. Normalmente são escritores, autores, teólogos, professores, pastores que vivem e muito bem as custas das suas denominações históricamente ricas e bem situadas socialmente. Trata-se de fato dos fariseus modernos bem relacionados com as benesses de uma império romano que lhes é contrário ( contrário a fé que dizem defender ) mas que lhes assegura um confortável reduto religioso que os beneficia socialmente bem a cima da própria competitividade mundana e secularizada.

É difícil sobremodo largar o osso numa situação tão conveniente. É de fato, fé sem confrontamento, religiosidade sem espiritualidade, só letra, razão, informação acadêmica, analítica, polêmica mas  insincera, conveniente, que se alimenta convenientemente repartindo tapinhas nas costas. Uma igreja e um cristianismo inútil e patético diante de um mundo cujas necessidades poderiam e podem ser providas e supridas pelo genuíno Evangelho-evangélico com "E" maiúsculo. É verdade na América e também verdade no Brasil, onde muitos pastores só conseguiram um certo grau de verniz acadêmico graças a igreja e aos dízimos dos seus fieis, esses mesmos que agora constituem autores de não poucos "best-sellers", muitos deles frutos de seu período apóstata, e  portanto totalmente inúteis. Esses que são professores, reitores, donos de escolas superiores de teologia, que já foram crentes de uma fé simples e efetiva, mas hoje são incrédulos travestidos de religiosos cristãos-evangélicos. A sua fé não é um conjunto de  certezas mas de dúvidas. São cegos obstinadamente guiando outros cegos. E não me digam que falo do que não conheça, poderia citar nomes se isso não ferisse a ética e o bom senso. Não é fruto de uma opinião mas de uma constatação pessoal. E é claro que não sou o único a saber disso, nem por ser mais informado e principalmente mais sábio. 

Mas voltando a queda do homem. O Éden é primordial nas Escrituras, de fato está o seu registro em Gênesis, pois de fato é princípio da história humana, e as suas informações constituem na verdade sobre a nossa real e verdadeira condição hoje. Problemas sociais, de comportamento, de condução individual e nacional, de governo, de família de sexualidade ( algo tão destacado nos dias atuais, fazendo parte das agendas nacionais, no ocidente, como algo a ser priorizado ) são explicados e podem ser compreendidos a partir da narrativa do Éden. Curiosamente se aceita tantas coisas inspirativas relacionadas ao cristianismo como a misericórdia expressada em leis excessivamente brandas com os mais terríveis criminosos, algo inconcebível em nações não cristãs, que por serem islâmicas, comunistas, xintoístas, etc, as leis penais são aplicadas com expressiva dureza e nenhuma flexibilidade, aqui nega-se as verdades máximas da fé cristã como a do pecado original, por exemplo.

Para o cristianismo, todo ser humano é pecador, porque todos como descendentes de Adão e Eva, pecadores originais, herdamos o seu pecado. Nem Maria, mãe de Jesus, o mito criado pelo catolicismo romano de forma conveniente ( Maria existiu como nos registros bíblicos dos evangelhos ) nasceu sem pecado.Se a mesma tivesse nascido sem pecado, ela bastaria para ser a redentora de fato, a mediadora, a salvadora e tudo mais. Maria era pecadora como todos os demais seres humanos, pecado esse entendido como tendência, é o que veremos a seguir.

A duas posições predominantes dentro do cristianismo e pricipalmente evangélico. Uma delas não pode ser deixada de ser citada, é a afirmação calvinista, tida como uma declaração de "depravação total". Que todos, sem exceção somos pecadores é fato e ponto pacífico entre noventa e nove vírgula nove dos cristãos, incluindo católicos romanos, ortodoxos gregos, etc, etc. Entretanto, crentes calvinitas, graças a um emaranhado teológico conveniente declaram que ao homem é imposśivel uma ação boa, por menor que seja. Isso só não é uma verdade, um fato observável, como não é o que a Bíblia diz, declara, revela em todo ( eu disse em todo ) o seu registro, através de fatos envolvendo os seres humanos e biografias completas de suas personagens. A outra posição é a que detalharei a seguir.

Após o pecado que originou a malfadada queda do primeiro casal ( que não foi comer a maçã e nem o sexo, pois não aparece a palavra que nos informe o tipo de fruto e ao casal já tinha sido dada a ordem de crescer e multiplicar-se...sem sexo, algo legítimo entre um homem e uma mulher? ) Adão e Eva se escondem e ao serem confrontados diante do novo sentimento ( o de vergonha) e do novo conhecimento ( de que estavam nus - não há conhecimento sem informação ou sem informação inata biológica colocada a parte da escolha do ser ),  o casal, mas antes Adão, diz a culpa de tudo seja de Deus: " a mulher que me destes...". A mulher, Eva, atribui a culpa a serpente, essa criada por Deus e permitida ( por Deus ) que habitasse o Éden juntamente com o casal  humano. Temos aí a primeira afirmação, obviamente não aceita por Deus em nenhum momento, nem indiretamente pode-se deduzir isso, de que Deus seja o culpado, por desleixo, indução ( tentação ) da queda humana. A resposta de Deus ao casal foi uma distribuição de castigos diferentes como  exercício de Sua plena e perfeita justiça.

Se Deus é justo, e cremos e sabemos que é, e verdadeiro ( sincero ), se fosse culpa sua Ele teria aceito a defesa do casal humano. Aliás o único personagem que não se retratou foi Satanás pois ele sabe que Deus está sempre certo. Em toda a Bíblia Satanás põe em dúvida  o homem e nunca a Deus. Mente para o homem, distorce declarações e verdades aos ouvidos dos homens. E continua assim hoje, principalmente dentro da esfera e dos arraiais cristãos-evangélicos, em todos os seus matizes, do tradicional ao neopentecostal. De fato distante de Deus, seguindo-O de longe, ninguém está numa situação segura de não ser confrontado e sugerido ao erro. Deus não é o autor do mal advindo sobre o homem. Esse é o primeiro grande ponto.

O mal é uma realidade revelada  na Bíblia e da única maneira sem distorções, como em nenhuma outra expressão religiosa na história do mundo. O mal não pode ser extirpado por uma "evolução", por um "autoconhecimento", "por uma vida ascética em um monastério, por leis nacionais, só por melhores condições sociais e educacionais, pela própria religiosidade mesmo cristã e cristã-evangélica, etc, etc. O mal é algo que existe no muno e causa um estrago de proporções gigantescas todos os dias em todas as circunstâncias e áreas da vida humana. Essa é a grande questão. Se é material, étereo, uma idéia, um processo, é o que menos importa, o mal é uma trágica realidade e Deus não é o culpado do mesmo e nem é o autor do mal embora essa discussão aparentemente soe como algo elevado. O mal é o que a Bíblia diz ser em todas ( digo em todas ) as suas páginas e registros.

Mas o homem, o casal após a queda, eram mais do que antes conhecedores de Deus. Ficamos tão atentos a outros detalhes do Gênesis que não atentamos para algo peculiar: Adão e Eva eram crentes no melhor sentido, o de falar com Deus, ouvir Deus, argumentar com Deus. Hoje quantas vezes como evangélicos e crentes, nossas orações devocionais e na igreja são discursos elaboradamente convenientes em uma tribuna. Gente de fato , não fala com outras pessoas como algumas pessoas oram ( notem que nem estamos levando em consideração a reza, que é bem pior ). O diálogo entre Deus, Adão e Eva era algo familiar, natural, claro, inteligente, factual. Quão diferente do artificialismo em nossas igrejas e até nas orações individuais. Quantas vezes os nosso agradecimento pelo dia, pela vida, não rivaliza nem de longe com um agradecimento por coisas banais, como a alguém que nos lembra de um objeto esquecido ou caído no chão. A nossa vibração por coisas banais igualmente não rivalizam com o nosso louvor a Deus. Não conheço ninguém que vibre tão alegremente diante de  Deus como num jogo do campeonato brasileiro ou copa do mundo ( falando de brasileiros ). 

Adão e Eva retomaram a sua confiança nas declarações de Deus e é fácil encontrarmos tal fato nas Escrituras: Adão lamenta o castigo recebido na certeza que ele se cumpriria em toda a sua extensão, já Eva ao ter os filhos gêmeos ( Caim e Abel ) e depois outros filhos, reconhece terem sido dados pelo Senhor e na esperança que um deles seria aquele que conforme promessa de Deus "esmagaria a cabeça da serpente" proporcionando a redenção humana. Vale aí uma nota também importante: os discípulos de Jesus em sua época, cometeram um erro, que não foi exatamente um erro, mas um erro de compreensão clara, julgaram todos eles que Jesus voltaria em seus dias, algo que sabemos não aconteceu. Hoje erra-se até com mais insistência do que deveria as datas da volta do Senhor e o tal "Fim do mundo". Eva e possivelmente Adão, esperavam que tão imediatamente como a queda a redenção e a restauração ao Éden se dessem em sua própria vida e dias. Daí também, possivelmente a guarda por certo período, possivelmente até o Dilúvio, do próprio Éden por anjos "com espadas reluzentes", para que o casal e seus descendentes não voltasse ao Éden e comessem do fruto da árvore da vida e assim vivessem perpétuamente.

Mais a frente temos outro episódio, ao meu ver bastante esclarecedor, Caim e Abel já grandes, jovens mais adultos, oferecem ofertas a Deus. Educados e esclarecidos acerca do culto a Deus, que continuava a se manifestar tanto aos pais ( Adão e Eva ) após a queda como a seus descendentes e após a oferta diferenciada de cada um, Caim e a sua oferta são rejeitados ( não a oferta em si, mas  o próprio Caim ). Deus parece a Caim e lhes fala ( fala a um pecador, nascido fora do Éden, e um assassino potencial ) " se fizeres o que é certo serás aceito ". Assemelha-se a dizer hoje a um assassino em potencial e talvez que nem seja primário: "não faça isso, liberte a sua vítima!". Ninguém em sã consciência argumentaria: "esqueça! ele a matará! não tem escolha!" Pois é exatamente isso que o calvinismo afirma: não tem escolha, ninguém tem escolha. Não há escolha! Na Bíblia, Deus disse a Caim, e diz-nos hoje: Há sempre uma escolha!

A queda foi resultado de uma escolha, errada mas escolha. A contra-gosto de muitos, a queda poderia não ter ocorrido, mas ocorreu. A queda mudou a nossa história em dois quesitos importantes: o nosso conhecimento e a nossa ambição. Já explico: ao invés da inocência temos conhecimento do que pode ser feito. Um homem normal ( pois há os que saem dessa condição de normalidade ) pode ajudar uma jovem, em condições pouco comuns, acidente, afogamento, parto em via pública, tocando, tirando-lhe as vestes para eventual atendimento ) mas esse homem adulto normal sabe o que seria defraudá-la, atentar contra ela. A humanidade portanto não é inocente e esse é o nosso grande dilema. Caim matou Abel, mas Abel poderia se quisesse matar a Caim. Não paramos para pensar nisso. A consciência das várias possibilidades maléficas nos fazem constantemente pecadores. As vezes se consuma, as vezes ocorre na mente apenas, mas ocorre.

Por isso Jesus era sem pecado, e justamente daí a sua diferença para nós, seres humanos em tudo descendentes de Adão e Eva. Igualmente conhecedores do bem e do mal ( Nós e Jesus ), contudo Ele ( Jesus ) sem a ocorrência dele ( do pecado ) em seu coração ( sua mente ). Muitas vezes não podemos impedir que o pássaro apenas pose na nossa cabeça, mas se o quisermos podemos impedi-lo de fazer nela um ninho. Os demais homens desejariam exercer a justiça de Deus e vingar Abel, e por um aviso misericordioso de Deus, não o fizeram certamente ( ou quem sabe o fizeram ) mas havia a possibilidade de fazê-lo pois Deus havia avisado que o castigo sobre quem matasse a Caim seria  mais severo ainda. Todas as possibilidades em aberto, e tudo isso com base no que a Bíblia farta e claramente revela, mas que numa leitura apressada e desprezadora  da importância real da Palavra de Deus, nos passam desapercebidos. 

Mas o pecado, ou as consequências da queda, não são somente retóricas, teóricas, metafóricas, filosofo-religiosas, são reais. Biologicamente algo aconteceu e não somos os mesmos, semelhantes a Adão e Eva antes da queda. Somos híbridos de uma perfeição e de uma imperfeição congênita, da qual nenhum ser humano nasce livre,nem Maria mãe do Senhor Jesus , nem José seu padastro, chamado por Deus como "homem justo ". Não se trata só de escolhas e possibilidades de erros e acertos. Um ser humano colocado no céus, em certa altura, poderia se rebelar tanto quanto Satanás se rebelou. Muitos se confundem seriamente após convertido e após anos de vida cristã-evangélica achando que anos de religiosidade autênticamente cristã nos torna melhores ou imunes, ou uma casta diferente ( em si ) de fato de seres humanos. Não somos melhores do que os demais seres humanos após convertidos. O apóstolo Paulo, com um  nível de comunhão e ordenação imediata de Deus, muito além de qualquer cristão depois dele, se confessava miserável e que só podia se gloriar de fato  na pessoa de Cristo. Andar de peito estufado, enfatuado, convencido de que é algo além do que de fato é, diante dos irmãos e dos incrédulos chega a ser patético e uma autêntica piada.  A Bíblia diz claramente em proverbios: "Há justo que procede como injusto e injusto como justo". Muitos ateus sinceros ( acho que os há ) e incrédulos, e de outras religiões não cristãs, não se convencem do que cristãos digam e preguem, por suas públicas contradições, por seu orgulho, por sua auto suficiência aparente.

Somos salvos como? Somos selados, marcados para salvação, ou seja, uma vez em obediência ao que nos é dito nos Evangelhos, cremos em Jesus Cristo, somos marcados, selados para salvação, desse modo podemos nos considerar biblicamente salvos. Mas isso não significa que podemos sair da igreja, após a nossa profissão de fé, aceitação de Cristo, batismo, etc e dizermos ao mundo que as pessoas do mundo não são nada e que somos tudo, diferentes, perfeitos, que os supramos em tantas questões. O que acontece é que o seu e o meu  passado, é esquecido por Deus e o que o futuro será guardado por Deus. Mas que as escolhas por justiça, retidão, moralidade, santidade, fidelidade a Deus, gratidão e louvor verdadeiros deverão ser implementados a cada dia, todos os dias da nossa vida. O ladrão ao lado de Cristo na cruz, que creu, viveu algumas horas, muitos de nós viveremos décadas após crermos. Em todos esses anos deveremos ser tão cuidados como nas primeiras horas de convertidos, de nascidos de novo, não há nada que nos faça infalíveis sem nenhum esforço ou responsabilidade. 

Salvos pela graça de fato? Há consenso no meio evangélico e até em setores católicos romanos atualmente, que somos salvos pela graça unicamente. Nada a acrescentar, nada a justificar a salvação de fato a não ser o nome e a pessoa de Jesus Cristo, como Deus ( e não como iluminado, profeta, semi-deus vide TTJ, deus com "d" minúsculo, sábio, etc. ), Jesus é o Filho de Deus, aquele que dando a Sua vida, satisfazendo a mais plena justiça de Deus, causou a salvação de TODO aquele que nEle crer. Abraão quando de sua interpelação em favor de Sodoma e Gomorra era um tipo da intercessão de Jesus por nós. A justiça de um proporcionando o perdão de outro. O arrependimento do rei de Nínive na época de Jonas tipifica o verdadeiro arrependimento, como consciência de que se não satisfeita a exigência divina o juízo de Deus será fatalmente implementado, algo assumido dubiamente por Faraó no tempo de Moisés, ou seja o arrependimento dúbio, apenas aparente é causa de perdição irremediável.

Mas Graça é Graça, biblicamente falando, não é jogada ao vento, sem critério algum, mas dada sem arrependimento segundo um bom critério, justo, não passível de ser colocado em dúvida. Para o calvinista a Graça é tão Graça que não provém de nós e isso é bíblico, é dom de Deus, para que ningupem se glorie, dizem as Escrituras. Mas ao confundir predestinação com eleição e onisciência com determinismo filosófico as coisas se confundem. Se Deus pŕedestinasse alguns para salvação, teria que ser forçosamente sob algum critério. E que critério seria esse? Pode-se dizer: pelo pré-conhecimento, pois nos conhece antes que qualquer de nossas partes viessem a existir. Mas mesmo assim seria por "alguma qualidade" intríssica a algum ser humano, portanto deixaria de ser  simplesmente "graça". Mas alguém pode dizer novamente: eu não sei porque os "eleitos" são salvos mas Deus sabe. Mas se esse "eleito" em tese descobrisse porque foi escolhido para salvação, algo real, um motivo legitimamente existente, poderia exigir a sua salvação, ou não? deixaria portanto de novamente ser a Graça autênticamente bíblica. 

Há, entretanto, uma predestinação bíblica? Sim. João Batista, Moisés ( não necessariamente nessa ordem ) são alguns exemplos, mas a predestinação tem sempre a ver com uma missão, uma intervenção divina usando um agente humano na história da humanidade. Outros não foram predestinados, mas "achados", após procurados por Deus, como Isaías do qual Deus diz: "a quem enviarei e quem irá por nós?" , ou quando Jesus diz que Deus "procura verdadeiros adoradores, que o adorem em espírito e em verdade". De fato, embora seja um assunto cativante, deve ser abordado em espaço próprio. Deus criador e criativo, que faz sempre novas todas as coisas e pra quem todas as coisas são claramente possíveis não é refém de uma única estratégia. A predestinação portanto não é nunca para salvação, mas para condição e ministério ( serviço ). Isso é claro nas Escrituras a partir de uma análise mais apurada e não alinhada a uma ou outra posição teológica que só o é de fato devido as várias implicações interligadas de uma arquitetura racional, que de fato exige e fecha uma posição teológica denominaconal. Até o teísmo aberto atual não aberto coisa nenhuma, ao contrário é fechado a tudo o que a Bíblia revela de fato. Esse é o grande problema da teologia: embora leǵítima nunca revela a Deus como Ele é revelado nas Escrituras, revela o que convém e até onde convém a cada grupo e a cada interesse.

O maior erro e nunca revelado de cara, pelo calvinismo, é dizendo direta e simplificadamente, fugindo das armadilhas dos termos teológicos, é que para o calvinista a salvação não é para todos. A Bíblia reiteradas vezes e pelas declarações do próprio Senhor Jesus, deixam claro e inequivocadamente: todo o que crer, quem quiser venha, etc. A responsabilidade é pessoal e a exortação direta: arrependei-vos e crede no evangelho. Em outras palavras: faça o que é certo. Judas foi predestinado a perdição? A resposta é não. Quando Jesus afirmara ( aos discípulos ) que não foram eles ( os discípulos ) que escolheram a Jesus, mas Ele ( Jesus ) a eles, a palavra "escolha" tem a ver com várias outras passagens bíblicas, escolha pensada. Judas foi escolhido por sua condição particular, social e de formação. Judas era para ser, curiosamente o que Saulo, transformado em Paulo foi depois. Curioso muita gente se esquece que Saulo foi o substituto de Judas nos Doze. Judas porém foi avaliado, como Pedro, que não tinha se convertido até a morte de Jesus, ou como Tomé do qual só nos lembramos de sua incredulidade como se fosse o único que tivesse esses arroubos de falta de fé. Nos três anos que Judas andou com Jesus, foi Judas avaliado e "achado em falta", e por fim Jesus disse-lhe: "o que tens de fazer, faze-o logo." Da mesma maneira a nossa vida, mesmo cristã, é um espaço de possibilidades, as quais muitas vezes somos relápsos na sua avaliação. Deixamos tudo para Deus crendo desculpadamente se algo não se efetuou é porque Deus não se interessou, não quis. Não é isso que a Bíblia sabiamente revela. Aquele que crer fará obras muito maiores do que essas ( maiores do que as Jesus fez?! a resposta assustadora é SIM! ).A Bíblia, a despeito da soberania inequívoca de Deus, não diz Ele ( Deus ) fará de qualquer jeito!

Finalmente, queda e santidade. Santidade não pode ser conseguida por aparatos, comportamentos exteriorizados, cultura adaptada, fuga, justiça própria, conceitos excludentes, etc. A santidade deve ser buscada e conseguida quando compreendida que não é um atributo humano, mas de Deus. A santidade é algo que Deus tem em Si plena e totalmente. Talvez seja aquilo que mais temos dEle e menos temos do mundo. Jesus disse sobre o príncipe desse mundo ( Satanás ): "eu nada tenho dele." Quanto menos tivermos do mundo, mais certamente teremos de Deus. Não é possível compartilhar das duas características. Aliás na queda compartilhamos o conhecimento do mal, tanto que Deus dissera sobre nós: "Eis que o homem é como um de Nós, conhecedor do bem e do mal..."o que se tornou o nosso dilema e a nossa perdição, com o qual temos que lidar todos os dias, fora e dentro de nós, levando Paulo a dizer, "miserável homem que sou, pois o bem que eu quero, esse eu não faço...

O Senhor Jesus nos ajude. Amém.

Por Helvécio S. Pereira

OBS: O presente texto ( até por imediatismo e falta de tempo ) na sua primeira publicação carece de uma revisão mais aprofudada, não de idéias mas da própria exatidão do texto, o que sempre feito várias vezes em uma revisitação. Caso as observe, por favor comunique-as em um comentário, serão muito bem vindas. 

Obrigado. 

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

CRISTO... DUAS NATUREZAS? a que esse termo se refere na pessoa de jesus Cristo? ATUALIZADO! COM UM FILME COMPLETO SOBRE JESUS! E MAIS:




H
á um blog, que faço questão de recomendar, que é o Kálamos, do irmão  Jorge F. Isah. E o faço por duas razões: a primeira é o seu talento para escrever sobre qualquer assunto, coisa que o faz com relativa maestria e usa esse talento desde a sua efetiva conversão, para tecer reflexões acerca da Palavra de Deus; segunda: embora não concordemos "ipse litere" em questões, digamos, periféricas, não tenho nenhum problema em recomendá-lo ao leitor desse blog, mesmo que depois você goste mais das idéias dele do que das minhas, o que devido a seu talento é muito possível.

Hoje, três décadas depois, com ganhos e perdas, no meio evangélico, uma na minha opinião é terrível: não se cita sequer a existência de outra igreja, pois é concorrente, e assim a sua gravadora, os seus cantores, a sua editora, os seus políticos, etc. Não há mais a alegria de saber que  o outro é crente, é um irmão. É claro que já existia um processo semelhante mas agora ficou mais descarado, incoerente, bizarro. Hoje como reflexo nem manifesto alegria em saber que tal irmãoé da minha igreja ( que frequenta ocasionalmente ou é membro da mesma denominação, e isso digo por mim...). quem sabe depois de "dois dedos de prosa" dá para confiar no cristianismo do irmão? Uma igreja assim é mais fraca no seu testemunho e na sua estratégia de evangelismo. Razões são várias e não desejo tecê-las no momento.

Bem o irmão Jorge,no seu blog Kálamos, postou uma reflexão sobre a dualidade da natureza de Cristo. Não afirmou a sua crença na dualidade e nem a refutou-a totalmente. deixou em aberto devido a questões a ela relacionadas. Jesus Cristo tinha duas ou uma natureza? era um composto de uma natureza plenamente divina e outra humana, ou apenas de uma natureza?

Deixe-me dizer que para o crente, convertido e que ama o Senhor e tenha experimentado o perdão e o novo nascimento, uma mudança de vida e de atitude, e tenha a certeza de sua salvação pela obra e a fé exclusiva no nome do Senhor Jesus, na minha opinião isso é absolutamente, e sem sombra de dúvidas, irrelevante.


Não é necessário que eu saiba o peso do meu amigo e a sua tendência a ter problemas de fígado, ou de pele, para que sejamos amigos. Da mesma forma analizar essa questão é igualmente irrelevante. Entretanto para a confissão de fé de sua igreja, de uma denominação, é ao contrário absolutamente importante. A liderança, os fundadores, tem que ter tomado uma posição definitiva sobre o assunto. Sobre essa e outras questões, como acerca da dualidade ou triparidade do homem, corpo e espírito, ou corpo alma e espírito, por exemplo.


Em teologia ( estudo de Deus,  razão sobre Deus )  tudo tem nomes, até as mínimas diferenças entre pontos de vistas ( e todos em grego , ou pelo menos boa parte deles ). Você pode se sentir perdido entre tantos "ismos" e "anos". Escolher uma posição e alinhar-se a elas a partir dos grupos e tendências é um suplício além do que  cada grupo, consciente ou insconscientemente parece fugir das declarações escriturísticas e argumentações que ofereçam perigo a sua estrutura de pensamento, ou seja não exatamente honestos nesse ponto. De fato também, não há nenhuma questão, ou dúvida que não tenha sido exaustivamente discutida nos últimos vinte séculos. Uma posição diversa da maioria hoje é mais uma volta ao passado, repisando velhas questões, tantas vezes abordadas, defendidas e atacadas, tantas vezes com os mesmos argumentos.

O irmão Jorge parte  de muita leitura de textos e livros  aos temas relacionados, analisa as várias posições, se debruça sobre a história da igreja, examina a Bíblia e, acho, escolhe a posição que mais lhe pareça Bíblica. eu embora ainda leia alguns livros evangélicos (menos que no passado, talvez até os livros fossem melhores, mais feinhos, mas com mais conteúdo confiável ) parto do pressuposto que a Bíblia por si só é suficiente para elucidar as grandes dúvidas que possam eventualmente surgir na construção da fé cristã genuina. Claro, partindo-se do pressuposto que a vida cristã, não seja essencialmente um alinhamento unilateral de uma posição ou outra. Ningueḿ é cristão, crente, sem comunhão com o seu Deus através de duas coisas: leitura da Bíblia, das  Escrituras, o máximo possível, e oração efetiva, ouvida por Deus, respondida por Ele.

Bem, se Jesus Cristo tem duas naturezas, e uma delas recebida pela sua encarnação nesse mundo, via Espírito Santo e ventre de Maria, há de se aceitar então que o Verbo, que era Deus e estava com Deus tenha sido acrescido de alguma coisa que não tinha no tempo. Ora, sabe-se que Deus é imutável, não de deteriora  e nem arrefece, não perde essência e da mesma forma não ganha algo que lhe acrescente. Toda a obra de Deus, a criação, é fora de Si mesmo. Dessa forma o Verbo original não poderia ganhar nada além do que tinha originalmente. Aliás Ele é o mesmo ontem, hoje e será eternamente.

Outro ponto é que, considerando-se que efetivamente, Jesus Cristo, tenha ganhado algo em sua encarnação, o que ganharia, se a criatura ( no caso  o homem, cada um de nós ) é que é semelhante a Si mesmo? Lembrando que triângulos semelhantes não são iguais, aulas de geometria que dei alguns anos. No máximo agregaria algo que já possuia e isso é ilógico.Ganhar algo semelhante a si  em menor monta.


Gostaria de lembrar que quando um teólogo fala da natureza de Cristo pensa em uma coisa, quando o crente comum usa  a mesma palavra, na verdade pensa em outra coisa. Se perguntarmos para ambos, o teólogo e o não teólogo, ambos dirão que Cristo é uma pessoa e não duas, ou seja o Verbo sem começo e sem fim, eterno. O problema começa quando consideramos a sua encarnação. A sua pré-existência é chamada de uma natureza e seus trinta e quatro anos de vida como ser humano ganha a conotação de uma outra e nova natureza.

O título dessa postagem põe em questão a fato de Cristo ter duas naturezas, como sendo duas pessoas em uma, uma divina e outra humana. Visto dessa forma a resposta é não. Jesus Cristo é uma pessoa da Trindade até porque não seria mais "Trindade", embora essa palavra nunca  pareça nas Escrituras. Não há quatro pessoas na trindade e sim três, naturalmente. Visto que as mesmas Escrituras afirmam que nem antes,nem depois dEle nenhum outro deus se formou.

Gostaria de lembrar que é comum, muito comum , nos embates teológicos, as controvércias permanecerem em torno de pontos, que no âmbito maior, são irrelevantes e se tornam muitas vezes bandeiras defendidas acima de outros elementos teológicos mais importantes, por puro desvio de foco mesmo. A maioria das pessoas, incluindo teólogos, não se dão ao trabalho de refletir sinceramente sobre certos pontos. O sistema de ensino não oferece nenhuma possibilidade de outra posição. Imagine um seminarista ou candidado a pastor em uma denominação sendo sabatinado sobre teologia bílblica...se for sincero e apresentar certo posicionamento não será aprovado e nem aceito. alguns preferem a omissão pura e simples ou escolhem uma ou outra posição menos conflituosa.

Disse isso, por achar, sinceramente, que não é essa a questão, se tinha duas ou uma, se tem duas ou uma agora e no futuro. Cristo se tornou homem para que num cenário maior, vencesse Satanás em nosso lugar, e em bom português, obtivesse a revanche sobre o nosso inimigo. Santanás iludiu o primeiro casal sabedor das terríveis consequências para a raça humana. Sugeriu dessa forma que somos inviáveis na nossa liberdade, que nenhuma criatura criada por Deus, com inteligência para questionar Suas decisões e atos, seria-Lhe fiel,assim como ele, Satanás não foi. Quis provar que genuinamente a sua  posição de rebeldia não era só dele, Satanás, mas uma possibilidade aberta para todas as criaturas de Deus, feitas para se relacionarem com Ele. Na sua fala com Eva, praticamente confessou sua posição antagônica com Deus, sugerindo; " Deus não quer ( tem medo ) que sejam iguais a Ele", assim como Ele, Deus, "temeu" que Satanás se igualasse a Ele, Deus.

Nessa perspectiva, a encarnação de Jesus Cristo, se insere em duas coisas: Cristo vence no nosso lugar e isso é claramente e tacitamente exposto nas Escrituras; Cristo comunica-se, relaciona-se, pessoalmente com o homem, falando-os, ouvindo-os, argumentando com eles, amando-os e aborrecendo-os. a Bíblia mostra e a história posterior também o faz, por diversas vezes, via influência satânica, a aspiração de um governo mundial quase se efetivou.

O primeiro episódio foi Bíblico, em Babel, e o próximo será o governo  do anti-Cristo. Jesus Cristo veio para reinar, daí a sua entrada em Jerusalém. a sua tristeza veio da constatação que não seria naquela ocasião mas após a Sua morte e ressureição. Após a Sua vinda, por mil anos  Cristo reinará num governo mundial de Deus e isso é Bíblico, embora soe estranhamente para muitas denominações cristãs e seja errôneamente enfatizada por algumas. Cumpre-se então as razões da humanidade de Cristo: vencer em nosso lugar, individualmente, por cada um de nós; efetivar o governo de Deus entre os homens, Deus conosco na terra. A Deus ninguém jamais viu, mas a Cristo poderemos ver, ouvir e falar com Ele.

Uma vidraça tem por objetivo impedir a entrada do vento, do ruído externo, pode eventualmente deixar ver a paisagem lá fora ou  as pessoas dentro da construção ou edifício, mas é essa a sua função pressípua. Discorrer sobre o teor de material do vidro da vidraça, embora seja real como possibilidade, é de uma inutilidade absurda,a não ser para o fabricante e para o vendedor por questões de preço, óbviamente. Da mesma forma o significado da humanidade de Cristo se impõe radicalmente acima da discussão de Sua eventual natureza, passível de ser feita, mas que desloca o foco para algo não principal. 

Finalmente, um esboço de um estudo acerca das duas naturezas de Cristo, vistas agora como características de Sua pessoa, que permanece uma somente.


 A Natureza Humana de Cristo

  • Jesus foi concebido por obra do Espírito Santo em Maria (Mt.1:18; Lc.1:35);

  • Jesus possuía um corpo, mente e emoções humanas (Lc.2:40; Mt.4:2; Lc.23:46; Mc.13:32; Jo.11:35; Jo.13:21);

  • Jesus não possuía o pecado original, nunca pecou e, sendo verdadeiro Deus também, não era sujeito a pecar (Hb.4:15; 7:26; I Pe.1:16; 2:22; I Jo.3:5);

  • Jesus precisava ser verdadeiro homem para: a) obedecer a lei em nosso lugar (Rm.5:18-19); b) se oferecer como sacrifício por nós (Hb.2:16-17); c) compadecer-se como sumo sacerdote (Hb.2:18);

  • Jesus será um homem para sempre (Jo.20:25-27; At.1:11; 7:56);

  • Heresia: Gnosticismo: Ensina que Jesus não possuía um corpo humano real;
 A Natureza Divina de Cristo

  • Jesus é chamado diretamente de Deus na Bíblia (Is.9:6; Jo.1:1; 20:28; Rm.9:5; Tt.2:13; Hb.1:8; II Pe.1:1);

  • Jesus possuía atributos divinos (Jo.5:58; Ap.22:13; Jo.21:17; Mt.18:21; 28:20);

  • Jesus recebe adoração (Fp.2:9-11; Hb.1:6; Ap.5:12-13);

  • Jesus precisava ser verdadeiro Deus: a) para arcar com toda a pena de todos os pecados dos que crêem; b) porque, como a salvação vem do Senhor (Jn.2:9), só Deus poderia salvar o homem; c) porque só alguém que fosse verdadeiro Deus e verdadeiro homem poderia ser mediador entre Deus e os homens (I Tm.2:5);

  • Heresias: a) Arianismo: Ensina que Jesus não era o verdadeiro Deus, mas um deus menor que o Pai; b) Kenoticismo: Ensina que Jesus abriu mão de atributos divinos quando se tornou homem e deixou de ser plenamente Deus;
 A Encarnação: União das Duas Naturezas na Pessoa Única de Cristo

  • Heresias: a) Apolinarismo: Ensina que Jesus possuía apenas um corpo humano, mas não um espírito humano, pois o lugar do espírito foi ocupado pela natureza divina de Cristo; b) Nestorianismo: Ensina que havia duas pessoas em Cristo, uma pessoa humana e outra divina; c) Monofisismo: Ensina que Cristo possuía uma só natureza, originada de uma mistura das naturezas divina e humana;

  • Ensino bíblico: Jesus assumiu uma natureza humana em sua encarnação, e desde então possui uma perfeita humanidade (corpo e alma) e uma perfeita divindade, duas naturezas completas que, apesar de unidas, preservam suas propriedades, formando uma única pessoa, Jesus Cristo (cf. Definição de Calcedônia). Desta forma: a) Uma natureza faz coisas que a outra não faz (Jo.16:28; Mt.28:20); b) Tudo o que uma das naturezas faz, a pessoa de Cristo faz (I Co.15:3); c) Títulos que nos lembram de uma natureza podem ser empregados em referência à pessoa, mesmo quando a ação é realizada pela outra natureza (Lc.1:43; I Co.2:8).
Bibliografia:
Jesus Cristo: Verdadeiro Homem, Verdadeiro Deus, Revista, CPAD
Wayne Grudem, Teologia Sistemática, Vida Nova, capítulo 26


Fonte: Web 

Por Helvécio S. Pereira

domingo, 18 de abril de 2010

POR QUE DEUS CRIOU O HOMEM? SEGUNDA PARTE

A Bíblia nos mostra, nos revela inexoravelmente aquilo que não imaginamos, que desejaríamos saber e até o que não concordamos e gostaríamos que fosse diferente. Por outro lado nos oculta detalhes que não nos dizem respeito. Justamente com essa desculpa é que muitos , quando não a ignoram, se rebelam em relação às suas revelações e declarações.

Que Deus criou o mundo é uma de suas revelações e declarações. Revelação no sentido de ser uma absoluta novidade e absolutamente original se comparada às demais cosmovisões de outras culturas. Nas demais religiões e culturas as divindidades surgem de um estado caótico e cujas existências dependem uma das outras. Há uma outra cosmovisão em que a divindade se funde a criação apreendida pelos nossos sentidos, ou seja a divindade máxima é o mundo, o universo até onde apreendemos ou imaginamos. O Deus Bíblico se revela como  único e autosuficiente e auto sustentado, externo a todas as demais coisas. A prática religiosa, a liturgia, os dógmas nos deixam pessoas realmente "religiosas" e menos pensantes com relação a essas coisas. Não deveria assim ser. A religião como uma janela não deveria nos impedir de ver a paisagem depois dela, além dela. Muitas vezes essa "janela religiosa" se mostra , quando não, inteiramente fechada ou parcialmente aberta, revelando apenas uma tênue fresta. As pessoas são , muitas vezes, fiéis religiosas  e menos compreendedoras de quem Deus é e como Deus é.

Há não poucas explicações e reflexões acerca do motivo principal ou dos motivos relacionados pelos quais nós seres humanos fomos criados ( desde que você já tenha superado a fase de descrença na existência de um Deus inteligente, pessoal e soberano ). Algumas, só para citar, afirmam que fomos criados para substituir os anjos e principalmente Satanás e a legião de rebelados que o seguiu. Outras, simplificadamente, afirmaria que Deus no seu eterno fazer "novas todas as coisas", nos criou como criaria qualquer outro ser ou mundos, ou universos, ou dimensões, etc. Mas , a exemplo, das demais coisas, com um propósito a ser atingido, e para o seu absoluto prazer e produzir coisas perfeitas e admiráveis. A expressão registrada nas Escrituras, "e viu Deus que era bom" não reflete a surpresa ou a constatação que ele tenha conseguido acertar com o tempo naquilo que se propôs a fazer, mas no prazer em vê-las prontas. Deus não precisa experimentar para ver se vai dar certo. Ele é o criador perfeito e inerrante.

Então por que, mais uma vez a reflexão, por que fomos criados? Lendo atentamente e refletindo no sentido do texto de Gênensis, gostando ou não o único documento que trás luz a nossa origem, vemos que Deus nos criou para dominarmos e sujeitarmos, sobre parte da criação, particularmente o planeta terra. ligando a criação do homem ao Pai nosso, oração ensinada por Jesus, cujos elementos deveriam fazer parte das nossas petições a Deus, que a vontade de Deus fosse feita "na terra como é feita no céu". Em Gênesis somos definidos como "feitos a Sua imagem e a Sua semelhança". Foi nos dada a terra e a semelhança de Deus deveríamos refletir nela a vontade de Deus feita nos céus. Deus olharia para a terra e veria a semelhança de seu reino no reino concedido aos humanos. Satanás ciumentamente, por não ter tido nunca esse privilégio, pôs em dúvida justamente o que o homem já tinha ( domínio sobre os seres da terra ), dizendo que se comêssemos ( em Adão e Eva ) da árvore do conhecimento do bem e do mal "seríamos iguais a Deus", confundindo duas coisas aparentemente iguais mas opostamente diferentes: já éramos semelhantes a Deus, não poderíamos ser "iguais a Deus".

Como mordomos, éramos livres para cumprirmos o plano original de Deus, não precisaríamos mais do que já havia sido designado para nós. A contra gosto dos calvinistas, livres para escolhermos os nomes para cada animal, planta e ser e até para nós mesmos ( curiosamente como o fazemos até hoje). Um ser humano livre a quem foi dada uma soberania relativa, mas soberania dentro de um mundo preparado para ele ( o jardim, errôneamente traduzido por paraíso no latim- embora fosse parasidíaco ). A mentira de Satanás nos tirou o poder e relativou a soberania dada ao homem sobre o seu habitat. As coisas pioraram sensivelmente e só agora milhares de anos depois, nós privilegiados do século XXI, gozamos de maior conforto e recursos mas que mesmo sendo tão grandiosos e demorados para serem atingidos não nos livram de coisa aparentemente tão simples como bactérias letais, vírus, bacilos, poluição, desastres ambientais, problemas genéticos, doenças mentais e uma tendência a errar em todos os níveis, algo reconhecido por Freud em seu último livro como algo , como uma tendência em se auto destruir, incrivelmente semelhante ao conceito de pecado Bíblico.

Deus criou o homem, nós seres humanos, para que nos relacionássemos com Ele, Deus. Uma relação possível individual e coletivamente, com cada um particularmente e com todos como grupo, multidões , nações, humanidade. Relação captada por Satanás ( abordagem que merece outra postagem específica ) a cada dia. Por diversos modos e maneiras, de uso de vários estratagemas, Satanás chama a atenção para si ou pelo menos desvia a atenção e o relacionamento com esse homem com o seu Deus e o envergonha e descredencia diariamente como ser semelhante a Deus e que exerça domínio responsável sobre parte da criação a ele, homem confiada. Esse é o grande teatro, o grande drama humano, do qual muitos de nós ignora por simplesmente se recusar a saber e crer. Jesus inverteu o jogo por nós, demonstrando domínio,senhorio e trazendo a vonrtade de Deus a terra durante o seu ministério e hoje através da Sua Igreja,não exatamente a denominacional, a ministerial, a instituição humana, mas a invisível e constituída de todos os eleitos ( para o serviço de Deus e testemunho ) em todo o mundo, em todas as épocas depois de sua primeira vinda e até a Sua volta.

Por Helvecio S. Pereira

P.S: Não citei os textos Bíblicos inferido na reflexão por serem amplamente conhecidos e que deva ser lidos individualmente por cada um de nós.

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