A Bíblia nos mostra, nos revela inexoravelmente aquilo que não imaginamos, que desejaríamos saber e até o que não concordamos e gostaríamos que fosse diferente. Por outro lado nos oculta detalhes que não nos dizem respeito. Justamente com essa desculpa é que muitos , quando não a ignoram, se rebelam em relação às suas revelações e declarações.
Que Deus criou o mundo é uma de suas revelações e declarações. Revelação no sentido de ser uma absoluta novidade e absolutamente original se comparada às demais cosmovisões de outras culturas. Nas demais religiões e culturas as divindidades surgem de um estado caótico e cujas existências dependem uma das outras. Há uma outra cosmovisão em que a divindade se funde a criação apreendida pelos nossos sentidos, ou seja a divindade máxima é o mundo, o universo até onde apreendemos ou imaginamos. O Deus Bíblico se revela como único e autosuficiente e auto sustentado, externo a todas as demais coisas. A prática religiosa, a liturgia, os dógmas nos deixam pessoas realmente "religiosas" e menos pensantes com relação a essas coisas. Não deveria assim ser. A religião como uma janela não deveria nos impedir de ver a paisagem depois dela, além dela. Muitas vezes essa "janela religiosa" se mostra , quando não, inteiramente fechada ou parcialmente aberta, revelando apenas uma tênue fresta. As pessoas são , muitas vezes, fiéis religiosas e menos compreendedoras de quem Deus é e como Deus é.
Há não poucas explicações e reflexões acerca do motivo principal ou dos motivos relacionados pelos quais nós seres humanos fomos criados ( desde que você já tenha superado a fase de descrença na existência de um Deus inteligente, pessoal e soberano ). Algumas, só para citar, afirmam que fomos criados para substituir os anjos e principalmente Satanás e a legião de rebelados que o seguiu. Outras, simplificadamente, afirmaria que Deus no seu eterno fazer "novas todas as coisas", nos criou como criaria qualquer outro ser ou mundos, ou universos, ou dimensões, etc. Mas , a exemplo, das demais coisas, com um propósito a ser atingido, e para o seu absoluto prazer e produzir coisas perfeitas e admiráveis. A expressão registrada nas Escrituras, "e viu Deus que era bom" não reflete a surpresa ou a constatação que ele tenha conseguido acertar com o tempo naquilo que se propôs a fazer, mas no prazer em vê-las prontas. Deus não precisa experimentar para ver se vai dar certo. Ele é o criador perfeito e inerrante.
Então por que, mais uma vez a reflexão, por que fomos criados? Lendo atentamente e refletindo no sentido do texto de Gênensis, gostando ou não o único documento que trás luz a nossa origem, vemos que Deus nos criou para dominarmos e sujeitarmos, sobre parte da criação, particularmente o planeta terra. ligando a criação do homem ao Pai nosso, oração ensinada por Jesus, cujos elementos deveriam fazer parte das nossas petições a Deus, que a vontade de Deus fosse feita "na terra como é feita no céu". Em Gênesis somos definidos como "feitos a Sua imagem e a Sua semelhança". Foi nos dada a terra e a semelhança de Deus deveríamos refletir nela a vontade de Deus feita nos céus. Deus olharia para a terra e veria a semelhança de seu reino no reino concedido aos humanos. Satanás ciumentamente, por não ter tido nunca esse privilégio, pôs em dúvida justamente o que o homem já tinha ( domínio sobre os seres da terra ), dizendo que se comêssemos ( em Adão e Eva ) da árvore do conhecimento do bem e do mal "seríamos iguais a Deus", confundindo duas coisas aparentemente iguais mas opostamente diferentes: já éramos semelhantes a Deus, não poderíamos ser "iguais a Deus".
Como mordomos, éramos livres para cumprirmos o plano original de Deus, não precisaríamos mais do que já havia sido designado para nós. A contra gosto dos calvinistas, livres para escolhermos os nomes para cada animal, planta e ser e até para nós mesmos ( curiosamente como o fazemos até hoje). Um ser humano livre a quem foi dada uma soberania relativa, mas soberania dentro de um mundo preparado para ele ( o jardim, errôneamente traduzido por paraíso no latim- embora fosse parasidíaco ). A mentira de Satanás nos tirou o poder e relativou a soberania dada ao homem sobre o seu habitat. As coisas pioraram sensivelmente e só agora milhares de anos depois, nós privilegiados do século XXI, gozamos de maior conforto e recursos mas que mesmo sendo tão grandiosos e demorados para serem atingidos não nos livram de coisa aparentemente tão simples como bactérias letais, vírus, bacilos, poluição, desastres ambientais, problemas genéticos, doenças mentais e uma tendência a errar em todos os níveis, algo reconhecido por Freud em seu último livro como algo , como uma tendência em se auto destruir, incrivelmente semelhante ao conceito de pecado Bíblico.
Deus criou o homem, nós seres humanos, para que nos relacionássemos com Ele, Deus. Uma relação possível individual e coletivamente, com cada um particularmente e com todos como grupo, multidões , nações, humanidade. Relação captada por Satanás ( abordagem que merece outra postagem específica ) a cada dia. Por diversos modos e maneiras, de uso de vários estratagemas, Satanás chama a atenção para si ou pelo menos desvia a atenção e o relacionamento com esse homem com o seu Deus e o envergonha e descredencia diariamente como ser semelhante a Deus e que exerça domínio responsável sobre parte da criação a ele, homem confiada. Esse é o grande teatro, o grande drama humano, do qual muitos de nós ignora por simplesmente se recusar a saber e crer. Jesus inverteu o jogo por nós, demonstrando domínio,senhorio e trazendo a vonrtade de Deus a terra durante o seu ministério e hoje através da Sua Igreja,não exatamente a denominacional, a ministerial, a instituição humana, mas a invisível e constituída de todos os eleitos ( para o serviço de Deus e testemunho ) em todo o mundo, em todas as épocas depois de sua primeira vinda e até a Sua volta.
Por Helvecio S. Pereira
P.S: Não citei os textos Bíblicos inferido na reflexão por serem amplamente conhecidos e que deva ser lidos individualmente por cada um de nós.
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