O JÔIO E O TRIGO

A presença e existência da igreja cristã no mundo é uma benção. Porém a igreja institucional apenas é o aparato material que abriga a parte desejável da igreja espiritual, cumprindo e às vezes descumprindo os objetivos da Igreja, planejada e sustentada espiritualmente pelo próprio Senhor Jesus. Nós cristãos em todos os tempos, temos nos dividido entre aqueles que se sentem satisfeitos com seu estado material e espirirual, e entre aqueles que sempre percebem e tecem duras críticas a sua real condição. Críticas essas, as vezes próximas da realidade e em outros momentos apenas fruto da visão baseada no temperamento pessoal, ou até em mágoas com relação à lideranças, denominações, ministérios, etc.

Fato é, que do nosso ponto de vista, a condição as vezes é a seguinte ( e essa é a  que quero cnsiderar nessa postagem ) que temos uma contradição patente entre dois elementos opostos: cristãos que se dizem vocacionados ( não gosto dessa interpletação do serviço religioso ), tocados, chamados, etc, que por esses e outros motivos se prepararam teológicamente, através de estudos acadêmicos aprofundados, construiram carreiras eclesiásticas ( sem nehum demérito ou conotação pejorativa ) e outros que se dedicaram à pregação e evangelismo sem o equivalente preparo "acadêmico", simplesmente com  "a cara e a coragem". 

Só por aí, temos dois grupos radicalmente opostos e que não se aceitam ( pelo menos um menos ao outro- o grupo mais escolarizado ) e têm não poucas divergências e práticas diferentes. Enquanto faço essas reflexões penso mais específicamente em termo de Brasil atual. Tais diferenças patentes frazem com que crentes e inimigos do evangelho de Jesus, pendam entre um e outro grupo. Pessoas se alinham mais próximas e com mais simpatia a um ou outro grupo. Pareceria fácil dizer qual produz uma obra e trabalho mais benéfico à propapagação do evangelho mas afirmo que não é tão clara essa análise. De fato o evangelho só tem chegado a mais pessoas graças a contribuição efetiva dos dois grupos, cada um capaz de ser mais  bem sucedido em áreas específicas. Assunto e análise a qual voltarei, pelo menos pretendo, em outra ocasião.

O que desejo colocar em discussão nesse "post" é o fato de muitas vezes, o grupo dos mais "preparados" humanamente ( e isso por experiência ) e portanto com possibilidades maiores de ser aceito socialmente e de  se haver menor restrição a sua atuação social, ser fonte maior de incredulidade e afirmações completamente antibíblicas, contradições teológicas que dificilmente são percebidas em seu discurso apurado e culto. Muitos são incrédulos travestidos de cristãos ou de crentes. Por outro lado, com aparentemente menor autocrítica ce  portanto mais vulneráveis a observações e avaliações externas, pois não possuem o verniz cultural e  humanista e naturalmente expresso em classes mais escolarizadas, na prática demonstram mais a autêntica fé Bíblica. Temos portanto uma expressão da fé evangélica altamente palatável por um lado e incrédula na prática e outra antipática, aparentemente incongruente mas verdadeiramente mais eficáz do ponto de vista prático do evangelho. 

Tenho visitado não poucos sites e blogs "evangélicos" e lido atentamente cada palavra registrada e conferido de modo analítico cada inferência feita por cada blogueiro cristão. Infelizmente tenho percebido ( não por eu mesmo ser melhor do que alguém especificamente ) que esses dois grupos aparecem de modo bastante distinto. Dos intelectuais, é fácil ler o que escrevem e postam. Não nos envergonhamos de recomendá-los até mesmo a pessoas não cristãs, mas por baixo de alto padrão discursivo esconde-se não poucas  incoerências e interpretações Bíblicas que não se sustentariam a luz da realidade, como cristãos e crentes de fato. Lembro-me de um blogueiro cristão, que através de seu blog rico em informações variadas e interessantes, afirmou, entre outras coisas que Deus não desgtruiu Sodoma e Gomorra por causa do homossexualismo e que não há nada que indique que os homens da cidade tentara abusar sexualmente dos anjos enviados pro Deus para resgatar Ló e sua família (!?) Outro blogueiro xique afirmou que Deus não temnenhuma pretensão e nem obrigação de curar ninguém, por mais que oremos, e segundo ele, é o que devemos fazer como cristãos, mas não Deus não se obriga a curar ninguém (!?). Segundo outro a unção com óleo recomendada pelos apóstolos se tratatava apenas da medicação disponível a época e sem nenhum caráter divino ou sobrenatural ( talvez se fosse hoje, o Apóstolo Paulo recomendasse Gelol e Aspirina, por exemplo !!!). Outro queixoso com alguns membros de sua igreja batista, que bradam alguns "aleluias" e "glórias a Deus" durante algumas reuniões e que acham os tais "metidos a santos". Gostaria de saber se ele nunca vibrou com umgolzinho do seu time, a conquista dca copa do mundo pela seleção brasileira de futebol, ou nunca deu um gritinho sequer no aniverário de alguém...

Um outro, quando alguém referiu-se ao fato divulgado em toda a mídia nacional e internacional, o caso de duas mil crianças de uma creche evangélica juntamente com o seu pastor responsável, terem escapados ilesos na hora do terremoto no Haiti, embora ficassem sem o prédio que os abrigava, disse que não  foi milagre nenhum. Que pessoas não crentes sobrevivem a desastres de igual modo. Afirmação verdadeira, mas daí a negar a evidência do fato...duvidar qque de algum modo Deus contemplou a fidelidade e sinceridade do trabalho daquele religioso naquele país e que soberanamente poupou, não só a sua vida  mas as de mais duas mil crianças sem um arranhão...é incredulidade demais para o meu gosto.  Há coisas bem piores e sutis que aparecem depois que o cara já debulhou tanto versículo Bíblico e já tocou em temas aparentemente tão espirituais.

Já a turma do zé povinho, dá todas as mancadas. A pregação é humanamente inconsistente, incoeren ser te, repetitiva, tudo parece ser desagradável, mas na prática o Deus que o tal anuncia faz tudo. Ele te aceita com está, do jeito que você é, não importa ao que tenha feito, e qual seja a sua necessidade. O Jesus anunciado é o realmente "faz tudo". É câncer...Jesus tira. Falta comida e dinheiro...Jesus dá. É casa que você não tem...Jesus dá. É um Jesus sem restrições. O pregador erra no português, desafina o cântico, tropeça na teologia... mas aponta para o Jesus da Bíblia, o mesmo que se "olhássemos não víamos nEle nada que nos agradasse ". Entre os primeiros e esses prefiro esse tipo de pregador. Afinal a igreja não é para que eu me orgulhe dela humanamente. Bom se eu tivesse um belo e afinado coral, músicos excelentes e arquitetura maravilhosa e rica, minsitos que mais pareceriam apresentadores de jornais televisivos, com voz e postura irreprensíveis...mas essas não são as prerrogativas para que leve o evangelho onde esteja um pecador desesperado e aparentemente irremediavelmente perdido.

Por isso que na "hora do vamo vê" prefiro a companhia e a oração dos últimos e abomino cada vez mais  "blá-blá" dos primeiros. E só para exclarecer a razão da minha opinião. Se quizesse poderia facilmente fazer parte do primeiro grupo. E não sou eu quem diz isso de mim mesmo. Alguns amigos e até tão amigos, pessoas de opinião sincera, já disseram isso de mim.

Ainda bem que por grandes e pequenas cidades, pelas favelas e agromerados, nos condomíniso fechados e nas classes masi abastadas há sempre uma testemunha eficiente do Senhor Jesus, tal qual a serva do General Naamã. Por isso a verdadeira igreja não cvessa de crescer e de todos os dias de ser acrescentada muitas novas almas ao número dos que verdadeiramente amam ao Senhor. Afinal  não são os rótulos que recomendam as verdadeiras testemunhas.