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domingo, 10 de outubro de 2010

DESVIANDO-SE DO FOCO E O NÃO DISCERNIMENTO



A arquitetura teológica é tão complexa e as vezes temos um prazer real em reconstruí-la para termos uma melhor compreensão que nos fixamos em alguns pontos que se tornam elementos a serem defendidos mais por orgulho que por primazia em si mesmos. Nos debatemos em torno de outros textos, esquecendo muitas vezes aqueles que são os fundamentais para aquela discussão e polêmica, os quais ficam de fora. Se fossem incluídos antes dos outros poderiam muito bem dirrimir toda a dúvida.

Algumas polêmicas duram séculos e nos encontramos em um rigoroso e durável dilema, praticamente sem vencedores. Outro dado é que a qualidade do discurso não é factualmente um elemento definidor da verdade. Uma mentiras, um engano, um erro pode-se, para defendê-lo, graças ao talento e capacidade construir-se um discurso praticamente irrefutável,pela forma como é construído e apresentadas as idéias e reflexões numa sequência lógica e inteligente ( notem que estou me esforçando também ). Li um artigo, muito bem escrito ( afinal não leio só o que me agrada e coisas que eu concorde com elas,  e autores que expressam e espelham somente as minhas idéias ) sobre uma defesa do profeta Maomé do Islã. 

Como disse tratou-se de uma análise bem escrita, bem fudamentada, que defendia o Islã e seu fundador das três principais argumentações sobre a sua fidedgnidade ou veracidade. O autor enumerou imparcialmente todas as acusações e posições dos que tem alguma ou muita resistência contra o Islã e seu profeta, aliou-as, definiu-as conforme os autores das posições contrárias, de forma polida e educada, sem omissão e respondeu segundo a sua opinião uma a uma. Dificilmente alguém ocidental e cristão nominal, com menos informação e discernimento poderia apresentar argumentos contrários. Desse modo, polida ou educadamente, muitas vezes uma posição aparentemente é ganha no grito, ainda que  seja um grito educado e respeitoso.

Aí há a necessidade de um elemento decisivo nessas questões: o discernimento. O discernimento é algo que o faz detectar que algo, ainda que com um belo verniz, uma boa camada de tinta, ou um pequeno desvio não corresponde à legítima verdade. Mas não basta ser algo perfeito, essa busca parece se mostrar inútil, pois por parte de nós seres humanos não se concretizará, mas de discernir o que é fundamental e o que é acessório. A Bíblia nos fala disso, de coisas que são mais importantes e de coisas legítimas ligadas as coisas divinas, que são menos importantes.

Um exemplo disso, e é exatamente o que quero abordar nessa reflexão é a questão do famigerado livre-arbítrio. Parece que ele é potencialmente perigoso à Soberania divina, quase como uma disputa pelo trono. Se o homem é livre ainda que parcialmente, limitadamente, Deus teria que descer do trono e não ser mais Deus. Se Deus permanece no seu trono, o homem não é nada, é apenas um fantoche e todas ( disse todas ) as ações feitas pelo homem é Deus fazendo por trás, ou pior através dele ( homem ). Quem afirma isso não imagina, não vê as imagens, as ações e atos terríveis e inomináveis e Deus lá como executor dos mesmo. Nem ateus atribuem, na possibilidade de Deus existir, tal possibilidade. Quem assim pensa não está sendo honesto. Deus não é o agente de estupro com ou sem morte, de um ato de pedofilia, de homossexualismo, Deus não faz ( Ele Deus ) um travesti se transformar até se mutilar em um transsexual...e não se trata só de "escolhas" sexuais, há uma abundância de maldades em todas as áreas da existência humana, muitas inomináveis, indescritíveis e um Deus três vezes santo, não estaria legitimamente por trás de cada uma delas.

Mas a discussão persiste como se essa fosse o princípio de toda a cosmovisão na relação Deus-homem. Versículos são resgatados uns após outros na expectativa de que algum deles finalize a disputa quando a questão é de fato, ao meu ver, outra. Se não vejamos:

No Édem, após a criação de todas as coisas, Deus criou o homem e a seguir a mulher e lhes deu uma ordem, ou algumas ordens:que se multiplicassem , que sujeitassem todas as coisas e que não comessem do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Esse texto é tão conhecido, originalmente ou por citação, que todos sabem pelo menos alegóricamente sobre Adão e Eva. Religiosos cristãos ou não, letrados, cultos ou não, passam de largo pelos primeiros capítulos de Gênesis e vão em busca de coisas mais controversas. Boa parte nega-o como factual. Afinal, aparentemente não precisamos desse relato simplista para termos o nosso cristianismo seja de qual tendência for. Há no cristianismo muito mais questões importantes, as profecias, as cartas de Paulo, a organização da igreja, a pregação do evangelho para encher as igrejas e mantê-las aparentemente vivas, etc.

Pois bem. Pensemos num Deus Soberano ( e todos concordamos que Ele o seja , isso é fato ) e de repente encontramos esse mesmo Deus estabelecendo um princípio de autoridade, o primeiro da nossa história. Princípio esse tão importante que é frequentemente questionado, desafiado e destruído ( se fosse realmente insignificante quem se importaria com ele? ), o princípio da autoridade. Isso você deve fazer, não é uma opção, você fará e isso você não pode fazer ( não no sentido de potência, mas de dever fazer ). Multiplicar-se, reproduzindo-se, povoando a terra e dominando seus elementos,animais, vegetação, recursos naturais e leis físicas, foi uma ordem, expressa, a qual, todos nós, crédulos , incrédulos, religiosos ou não religiosos e até ateus a obedecemos até hoje. Comer do fruto do conhecimento do bem e do mal, não deveria ser feito jamais.

Satanás procurou Eva para corrompê-la e por consequência levar a raça humana a uma condição de queda, pois na linha de autoridade estabelecida por Deus, Adão deveria representar autoridade sobre Eva e Deus sobre Adão. Sutilmente Satanás quebrou a autoridade de Adão, corrompeu Eva que viva após comer o fruto deu a Adão seu marido o qual em consequência subverteu a autoridade de Deus o que nos separou de Deus como  espécie.

Notemos que se na visão de um homem e uma mulher sem liberdade de escolha não haveria  lógicas para o principio da autoridade. Seriam semelhante a robôs impossibilitados de desobediência. O interessante é que a Bíblia e não filósofos ou pensadores ateus, chamam a atitude de nossos pais de "desobediência". Ou seja eles podiam como puderem desobedecer a Deus no que ele Deus, lhes havia falado e ordenado, mesmo sem alguma tendência ao mal como estabelecido após a queda.

Após a queda, o homem sendo como Deus e anjos, conhecedor do bem e do mal , tem agora uma tendência que favoreça ao pecado, ou seja, é muito difícil não pecar,mas ainda é possível. é impossível não pecar nunca, ainda que seja um único pecado, mas é possível acertar sempre, com muito esforço e desejo de servir a Deus. Dessa forma José fugiu da mulher de Potifar como poderia não ter fugido. Pedro negou a Jesus como poderia não ter negado ( sobre o caráter da profecia ver meu outro post sobre o que é a profecia, que uma boa discussão também e que esclarece o episódio de Pedro ).

Somos pecadores mesmo sem termos pecado a primeira vez, ou se fosse possível uma única vez. Na ciência, mesmo não sendo  declarações científicas fonte para comprovação  de uma revelação bíblica, chama-se tendência os elementos que determinam algumas ações  e comportamentos, como por exemplo a violência maior entre indivíduos machos do que fêmeas, destancando-se entre os seres  humanos. Isso explica o farto de a violência social ser masculina e não feminina, embora mulheres apresentem outros tipos de animosidades.

A obra de Cristo nos confere a possibilidade de sermos restaurados e o pecado erradicado definitivamente de nossa natureza. Uma vez salvos com Cristo não haverá nenhuma, nem ao menos a menor possibilidade de pecarmos. Teremos a mesma limitação de Deus ( outro tema importante e pouco ventilado ) a Sua divina natureza. Deus "pode" tudo por potência, mas "não pode" tudo por Sua divina e Santa natureza. Com a natureza de Deus e não mais com a nossa não pecaremos jamais e teremos a vida eterna, que nos foi impedida justamente pelo pecado em nós ( para que não coma da árvore da vida e viva eternamente disse o Senhor no Édem ).

O Senhor Jesus poderia pecar, por potência, por possibilidade ( senão a obra redentora seria um teatro )  mas não pecaria pela sua natureza perfeita, como O Filho de Deus- outro assunto sensacional de ser abordado. Negar que o homem pecou por si mesmo,por um exercício de autonomia, e escolha, ainda que sob a intenção inconsciente de atribuir a Deus uma maior e total soberania leva a incorrer em graves erros de compreensão do que as Escrituras revelam como um todo, na sua unidade doutrinária.

A teimosia e tentativa em estruturar o que a Bíblia revela em cima de uma lógica humana, que no mundo ocidental se calca na cultura greco-romana, no modo como estabelecemos relações entre idéias opostas e convergentes, etc, limita a nossa aceitação do que as Escrituras simplesmente declaram e pronto. Ou seja Deus é soberano de qualquer jeito podendo descrever ou não os limites ( ?! ) dessa soberania e o homem é o agente de sua rebeldia e condição decaída. Concordo com o irmão Jorge F. Isah, no seu blog Kálamos, quando em uma de suas postagens afirmara: "Se há um absurdo é transferir para Deus a responsabilidade que nos pertence"(sic), na postagem intitulada "O Julgamento de Deus".

Embora tenha discorrido defendendo uma outra posição a sua frase e declaração enfática e clara, corresponde a única verdade. O homem é livre para aumentar em um côvado a sua estatura como advertiu-nos o Senhor Jesus? Não. Há limites para a atuação e realizações humanas, sejam boas ou más ( outro fato explicitado em toda a Escritura ), mas essas possibilidades são provas contundentes e claras da soberania de Deus determinando até onde o homem pode ir. Adão recebeu de Deus autoridade sobre todas as coisas nesse mundo mas estava submetido à autoridade de Deus.

Na inocência anterior à desobediência, o certo errado só seria sabido pela boca de Deus, outra importante lição do episódio do Gênesis. Deus era a fonte do conhecimento do bem e do mal e assim seria para toda a humanidade. Quando o homem se volta para Deus a maior virtude é exatamente essa condição de obediência a Deus, à sua Palavra. Somos filhos de Deus por obedecermos a Deus e não por nossas próprias idéias. Quanto mais submisso a Deus, à sua autoridade, mais autoridade terá esse crente para influenciar o mundo, fazendo a verdadeira obra de Deus.


Se o homem não tivesse liberdade para obedecer e desobedecer em si mesmo e fosse portanto um mero fantoche, uma extensão do decreto inflexível de Deus, o mérito da autoridade que determina e ratifica a desobediência por parte de Adão e Eva deixaria de ser e seria de fato ilógico. E mais: ficou instituída a relativa autoridade de Satanás sobre a existência humana. O homem trocou inadvertidamente a autoridade de Deus a qual deveria se submeter pela de Satanás sem supor que essa se tornaria um fardo para sua existência. Jesus convida a todos a trocar  o peso que os sobrecarrega pelo Seu fardo ( de Jesus ) suave. Faça-o mesmo hoje e agora mesmo.

E no que se refere à salvação? Se não houvesse a possibilidade de qualquer perdido se salvar Deus não  seria misericordioso e a Bíblia reitera não poucas vezes que Deus é amor e misericordioso. "Todo o que quiser venha e beba da água da vida". "Vide a mim todos os que estais cansados e sob recarregados e Eu ( Jesus ) vos aliviarei ". "Quem crê em mim, ainda que esteja morto viverá" afirmação de difícil explicação mas que leva a um ponto extremo o desejo de ter vida através da pessoa de Jesus Cristo.

O Senhor Jesus lhe convida a vir a Ele, e se você não for, não se decidir a ir até Ele, ficando onde está , permanecerá perdido, pois todo homem e mulher nesse mundo já está na condição de perdido, de não salvo, e necessita daurgente salvação, da redenção, do resgate provido unicamente através da pessoa de Jesus Cristo, Deus e Filho de Deus. Amém.

Por Helvécio S. Pereira

P.S.: Se se interessar, há uma série de três postagens minhas intituladas " O pecado contra a autoridade", para acessar uma delas, clique  AQUI










NOTA: RECORRENTEMENTE POR SE TRATAR DE UM BLOG CUJA ABORDAGEM É RELIGIOSA MAS NÃO RESTRITA A UM TIPO DE RELIGIOSOS É RECORRENTE ANÚNCIOS DO GOOGLE COM REFERÊNCIA ESTRANHA A GENUÍNA FÉ CRISTÃ COMO N.S TAL, VIDAS PASSADAS, ETC. CARO VISITANTE. TAIS ANÚNCIOS APENAS REFLETEM AS TREVAS QUE O MUNDO JÁZ, E SE VOCẼ NÃO CONHECE A PALAVRA DE DEUS E NEM O SALVADOR JESUS CRISTO, CONVIDAMO-LO A CONHECÊ-LO O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL. ISSO PODE ACONTECER HOJE MESMO. A BÍBLIA TRAZ E REVELA-NOS AS RESPOSTAS DEFINITIVAS ACERCA DA VIDA, DA MORTE, E DA SALVAÇÃO ETERNA: JESUS CRISTO O FILHO DE DEUS. DEUS  O ABENÇÔE!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

DEUS DEIXA A HISTÓRIA EM ABERTO?

Um prezado irmão, Mizael Reis honrou-me com a visita esse blog e a sua colocação pertinente sobre a postagem "CRISTÃOS MUDAM OU NÃO A HISTÓRIA?" .

Disse o irmão:

"Deus tem o seu plano maior que não será nunca frustrado, contudo na sua relação com o homem, criado a Sua imagem e semelhança, Deus deixa em aberto muitas possibilidades."



Se Deus tem um plano decretado, como as ações humanas serão livres no sentido de gerar neutramente novas possibilidades, que não redundem no plano já decretado por Deus?

Graça e Paz
Mizael Reis


Apressadamente  fiz, em resposta, as seguintes colocações:


Caro Mizael, é um prazer tê-lo no blog e com o seu aparte.



Tentarei listar cada elemento da minha compreensão sobre o assunto:

1) O que concordamos: Deus é plenamente soberano ( sua soberania é intocável e imutável )o que concordamos.

2) alguma possibilidade de escolha humana,escolha angelical ou de outra criatura de Deus ( não há nada criado sem ser por Deus ) não usurpam nada da soberania de Deus ( nisso discordamos ) 

3) O mal não procede de Deus ( nisso também discordamos )

4) o Mal não é uma entidade mas um aspecto da existência

5) Deus não está sujeito ao tempo, portanto pré ciência, futuro, passado, presente não apenas grandezas que nós incluímos no nosso raciocínio.

6) Só com o elemento tempo criamos dilemas como saber, acontecer, determinar, prever, etc.


Prometi apurar meu esquema demonstrando a minha compreensão do assunto.

Como resposta a seu comentário a soberania de Deus é ponto pacífico entre todos os cristãos e não só entre os cristãos, entre judeus e muçulmanos. A parte discordante é exatamente o quanto dessa soberania, em tese, fica comprometida pelas possibilidades humanas, naquilo que o homem pode escolher, mudar, auto determinar.

Pontos que se tornam dilemas são a origem do mal e o que é o tempo na compreensão tida apartir do censo comum, científica, filosófica, e a partir da revelação bíblica ( sem dúvida a verdadeira ). Normalmente quando nos referimos ao tempo estão implícitos os conceitos do censo comum e filosóficos, tidos como suficientes para definí-lo no lugar do conceito bíblico. É ponto pacífico que Deus está além do tempo e que o tempo como tal seja ( é ) apenas parte de Sua criação. 


Conceitos como previsão, antevisão, adivinhação, só têm sentido do ponto de vista humano apenas. Algumas tentativas de descrição científicas, que não por serem científicas e cujas fontes serem o mundo acadêmico, mereçam maior atenção, dizem que o tempo seja apenas uma grandeza e de certa forma simplificadamente seria como um enorme tapete cujas peças criam uma definição a partir de peças intercambiáveis. Dessa forma todo o tempo seria esse tapete e passado e presente estariam diante de Deus ( incluído aí por cremos na Sua existência ).Na Sua soberania Deus pode manipular igualmente passado, presente e futuro, sendo todos vistos da mesma perspectiva ( de Deus ) em um único quadro animado e real.

Desse modo somente Deus vê e conhece todas as coisas e tem acesso igualmente a todos os aspectos da existência de todas as coisas. Outro dado é que a semelhança de um vídeo game, em que todas as jogadas, movimentos  e possibilidades, só são possíveis por já estarem lá, assim toda a existência. Nada pode existir se Deus não houvesse determinado ( pretérito para nós ) a sua possibilidade. Em um game ultrapassamos um carro oponente ou ele nos ultrapassa, ou ele pára, bate, etc, pois todas essas possibilidades já foram criadas realmente dentro da jogablidade do jogo. Todas elas existem de fato e são reais. Estão lá concretamente. Se "abrirmos" o software veremos todas elas escritas dentro do programa, devidamente programadas pelo programador. 

Assim Deus da mesma forma. Ele pessoalmente escreveu toda a programação de toda a existência.
O mundo das idéias concebida pela filosofia grega não está tão distante da realidade bíblica. Só inventamos o helicóptero por ele já existir em todas as possibilidades na mente de Deus e assim todas as demais coisas feitas pelo homem. A diferença do determinismo, é que semelhante ao vídeo game, nós como "jogadores" podemos escolher o carro, acelerar, parar, fazermos certas manobras, vencer dentro de possibilidades reais, perder ou desistir. A nossa jogabilidade não destitui ou diminui a soberania de quem criou toda a realidade virtual do jogo.

Nessa perspectiva, o homem poderia não ter pecado, pecado mais tarde, ou pecar exatamente como pecou. Caim poderia ter ouvido o conselho de Deus e não ter matado seu irmão Abel. Judas poderia ter traído Jesus ou crido nEle, e qualquer um pode crer e ser salvo, ou ainda se rebelar -se e  perder-se. Na Sua perfeita justiça e conhecimento Deus pode decidir nos avisar, nos dar alguma chance, uma segunda chance, ou rejeitar-nos inexoravelmente. Igualmente todos os demais agentes envolvidos, homens, anjos e demônios e o próprio Satanás interagem entre si, e optam ou não por suas próprias ações.

A soberania de Deus se impõe em todos os sentidos: pelo pleno conhecimento atemporal; por Sua total ingerência em qualquer e todo assunto, pelo pleno poder de levar a cabo a Sua intenção e justiça. Por exemplo Deus decidiu agir em favor do homem sob condições por Ele unicamente impostas ( providência, ajuda, redenção e salvação ) e não poupou os anjos rebeldes ( assim chamados claramente nas Escrituras ).

Ao homem é feito o convite e revelada a possibilidade de ação conjunta com Deus ( tudo o que ligardes na terra será ligado nos céu, tudo o que desligardes na terra será desligado no céu ). Novamente "tudo o que pedirdes será feito" e somos repreendidos por sermos "homens de pouca fé" e não entendermos essa grande e real  possibilidade. O homem pode e deve se arrepender, pois essa é a única possibilidade de salvação, e não esperar que  ( errôneamente ensinado por alguns cristãos ) Deus o faça crer e arrepender-se. Por ter de fazê-lo, e paradoxalmente ter ele, homem essa real possibilidade, é inteira e indesculpávelmente responsabilizado e culpado, e portanto responsável por rejeição a tão grande salvação.

Dessa forma cristãos, crentes e igreja, podem mudar ou não a história de sua nação, de sua cidade, de sua família, de si mesmos. Podem por outro lado, não crerem e ficarem paralisados, sujeitos a que outros homens e as circunstâncias determinem a sua história e sorte  ( no sentido de futuro e final das coisas ).

Omiti as muitas citações bíblicas por serem amplamente conhecidas por quem ama a Palavra de Deus, ama as Sagradas Escrituras. Se há a verdade no que expus o Senhor mesmo fará cada leitor lembrar do textos e eventos bíblicos  ( sem ufanismo meu ) e relacioná-los espiritualmente entre si.  Nesse aspecto a teologia é ou pode ser efetivamente nefasta, pois o crente confia em autores, teológos, dicionários, ensaios, estudos, esquemas prontos, etc, e fica cego e surdo ao que Deus pode ensiná-lo no deserto da intimidade, sem os pressupostos que mais cegam do que iluminam, abstraídos da iluminação pessoal e divina prometida individualmente por parte do Senhor.   


Sugiro fugir de todo vocábulo "teologês" e enterrar ainda que temporiamente, todos os nobres defuntos ainda que crentes e cristãos em seu tempo, ficando somente com o escrito até o encerramento das Escrituras ( ou seja de Gênesis a Apocalípse ) tudo regado a oração e meditação profunda e recorrente das mesmas  Sagradas e divinamente inspiradasEscrituras.

Por ora é só, mas sempre voltaremos a essas reflexões, para apurá-las, aprofundá-las e avaliá-las.
Deus nos abençôe a todos e guarde-nos na nossa fé nEle. Amém.

Por Helvécio S. Pereira

domingo, 12 de setembro de 2010

O QUE O HOMEM PODE?



Eu e alguns irmãos, temos pequenas diferenças de opinião sobre algumas pequenas coisas, dentro de nossa fé. São pequenas, por que são nossas, determinadas pela nossa ótica e capacidade de alcance. Tem sido parte do nosso exercício de reflexão sobre o que cremos frente ao que vemos e as mudanças a nossa volta, particularmente no que se refere a igreja protestante, evangélica, não católica-apostólica-romana.

Lá também há mudanças e forças diferentes influenciam a sua comunidade pelo mundo. Mas é do nosso arraial e das coisas que afetam o nosso brio, o nosso ardor, que costumamos falar em nossos blogs, em escrever em nossos comentários as vezes diários a distância, uma possibilidade moderna e atual. Naturalmente ficamos os pés em alguma observação, ou numa posição mais claramente defendida, mas os fatos e as grandes questões estão lá, independentes da opinião de uns ou de outros.

Nós concordamos que Deus é Absoluto e Soberano. Nenhum de nós arranha essa declaração. Nenhum de nós dirá: "Deus não sabia...", "Deus falhou..." Deus nada podia fazer..." "Foi sem a permissão de Deus..."  " Deus enfim com alguma limitação. Para nós Ele pode tudo, sabe de tudo e não pode ser aproximado, muito menos igualado. Porém Deus, pelo menos agora, não é único e solitário, há uma criação de pé e plenamente funcional, pelo menos no universo em que conhecemos. Somos informados pela Sua Palavra, que há de a muito outros seres além de nós. Aliás crentes não procuram Ets, não votam  nas câmaras municipais a favor de liberação de verbas para a construção de campos de aterrizagem para Ets, como em mais de uma cidades brasileiras ( faz me lembrar a necessidade de políticos cristãos e crentes na Bíblia Sagrada nesse país - um partido teocrata cristão não votaria e nem defenderia uma parvoíce dessas ). Cristãos sabem que existem Querubins, Serafins, Arcanjos e anjos, para que mais extraterrestres que seres celestiais?

Pois bem sobre Deus não temos dúvidas, a dúvida reside em como essas criaturas tem e exercem seus poderes e a Bíblia fala muito sobre isso. Fala muito mas não como propósito de descambar um culto a anjos como a Nova Era promove e ainda bem caiu em relativo desuso. Deus tem todo o poder, os Querubins e Serafins tem enorme poder e também Arcanjos e anjos. E o homem tem algum poder? 

Em duas ocasiões no Antigo Testamento ou Antiga Aliança ( gosto mais do segundo termo, mas ambos os usos são claramente compreensíveis  ) o homem representa algum "perigo". O uso da palavra perigo não sugere nem de longe e não tem essa intenção de dizer que o homem poderia ou pode frustrar os planos de Deus, o que ficará mais claro ao final dessas reflexões, nessa postagem.

A primeira, segundo declaração do próprio Senhor, após a expulsão do primeiro casal, Adão e Eva do Jardim do Éden, quando o Senhor coloca anjos,e não eram anjos normais, querubins e um objeto semelhante a uma espada flamejante impedindo a entrada do Éden e o texto reza exatamente o seguinte:

" E havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do jardim do Éden, e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida." Gênesis 3:24

Uma das postagens bastante acessadas em meu blog é exatamente a que faz a pergunta: " Gênesis interpretação literal ou não?" É plenamente possível ao cristianismo subserviente à modernidade e a um pressuposto conhecimento cientifista revelador da verdade negar esse versículo integralmente.  O texto diz claramente: o homem poderia em algum tempo, anos, décadas, séculos, invadir o jardim do Éden e comer do fruto da Árvore da Vida e viver indefinidamente, para sempre. Em rebeldia franca contra Deus faria o que? Bem pior do que faz atualmente  em um período de "multiplicação da iniquidade".

Outra ocasião, anda no Gênesis, é em Babel. a região onde há os mais antigos edifícios do mundo com até seis andares fica no sudeste da Ásia, um lugar onde ainda hoje se fala o Aramaico, mais ou menos de onde Abrão ( Abraão ) foi chamado por Deus. Babel para muitos estudiosos reflete a rebeldia do homem contra os plano original de Deus que era de espalhar-se  pela terra e povoá-la. Segundo arquitetos renomados, as cidades constituem  a origem  dos centros de poder e portanto do governo centralizado. É a gênesis da autogerência humana, autogerência franca contra Deus. Um dos filhos de cão, Cuxe teve um filho Ninrode que "começou a ser poderoso na terra", "E  o princípio do seu reino foi Babel, Ereque, Acade e Cainé, na terra de Sinar"  Gênesis 10:10. em um vale da terra de Sinar ( Gênesis 11:2 )

A idéia era construir uma torre em  que, segundo pesquisadores " fossem escritos nela os céus " e não necessariamente que chegassem até os céus e a partir desse centro de poder "não fossem espalhados pela terra." ( Gênesis 11:4)

"Então desceu o Senhor para ver  a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam;" ( Gênesis 11:5)

"E o Senhor disse: Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e agora,não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer."  (Gênesis 11:6)

"Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entendam a língua do outro" ( Gênesis 11:7)

Não houve nada mais drástico para o atraso do desenvolvimento  humano que a a diferença exagerada no número de línguas faladas pela humanidade. Quase não se fala nisso pois a ciência, na sua maior parte, negadora  do que as escrituras registram como acontecimentos históricos, prefere espalhar aos quatro ventos  que todos descendemos de macacos espalhados pelo mundo e que cada pré-humano, ou grupo de , criou a sua própria língua do nada. Linguistas sérios entretanto estabelecem ligações reais entre grupos e famílias de línguas, indicando uma mesma origem, legitimada por palavras iguais em povos geograficamente e separados e insuperadamente distantes.

Porém nesses dois "perigos", já explicado o seu sentido usado nessa reflexão, Deus, o Senhor não ficou impassível e nem foi pego de surpresa, e nem se mostrou de modo algum fraco.

"Assim o Senhor os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e cessaram de edificar a cidade." (Gênesis 11:8 )

Vimos que o homem como ser social e inteligente pode,em tese fazer relativo estrago. Mas afinal o que a Bíblia diz tacitamente sobre o poder do homem?  O homem  pode alguma coisa ou não? Pode resistir e confrontar a Deus? Suas ações diminuem a soberania de Deus ou ao contrário, a tornam mais patente?

Talvez, ou melhor, certamente, não dará para avançar tanto no tema, e explorá-lo mais convenientemente, mas é o começo para que as coisas sejam colocadas bíblicamente nos seus devidos lugares.

Três livros no antigo Testamento falam muito do homem: Salmos, Provérbios e Jó ( não nessa ordem ) tratam do homem, a relação desse homem com Deus e de Deus como o homem  pintando diante de nós um quadro fiel e materializando um cenário completo diante de nossos olhos. 

Deixe-me dizer, o que me levou a considerar esse tema e a meditar novamente nesses textos. O irmão Jorge Fernandes Isah, tem um segundo blog intitulado "Guerra pela Verdade" onde publica postagens que ele julga pertinentes e uma delas, tenho de relê-la, tratava exatamente da soberania de Deus e considerava muito apropriadamente que nós como crentes e cristãos nos apropriamos de terminologias e as passamos a usar, mesmo sendo legítimas sem considerarmos a sua extensão e implicabilidade. Excelente texto,depois colocarei o título da postagem e o nome do seu autor, mas nada impede que você vá lá e ache o texto entre tantos outros excelentes. Deus pode tudo, mas que tudo é esse? E o homem, com o seu pecado que dano pode realmente causar, ao ponto de ter que ser mandado para o inferno por toda  uma eternidade? É ele, nós, realmente uma praga capaz de contaminar e produzir dano em qualquer cantinho da criação de Deus ou não?
Somos os únicos que emporcalham a terra, nem os dinossauros com seu alto poder  de defecação fizeram tanto.  

Bem em Salmos encontramos:

Como ser social, como humanidade, como nação:
1) O  homem pode escarnecer ( zombar ) Salmo 1:1
2) O homem pode se amotinar ( rebelar ) e imaginar coisas vãs ( Salmo 2:1)
3) Multiplicar-se como adversários ( salmo 3:1 )  referindo-se ao Messias
4) Converter a glória de Deus em infâmia e amar a vaidade e buscar a mentira ( Salmo 4:1)
5) Renuncia ao Senhor (Salmo 10:3)
6) Blasfema (Salmo 10:13 )
7) Nega a existência de Deus ( Salmo 14:1)
8) Despreza a sabedoria e a instrução ( Provérbios 1:7b)
9) É perverso, maquina o mal e semeia contendas ( Provérbios 6:14 )

O que ele,o homem é de fato?

1) É mortal ( Salmo 8:4)
2) É pouco menor do que os anjos ( Salmo 8:5 )
3) Tem domínio sobre as obras das mãos de Deus ( tuas mãos ) ( Salmo 8:6)
4) Tudo puseste debaixo de seus pés ( do homem ) ( Salmo 8:6 ler 8:7 e 8:8 )
5) É sem conhecimento ( Jó 38:1 e 2 )
6) Não tem  ( toda ) a inteligência, que se compare a de Deus ( Jó 38:4)
7) Seu conhecimento é limitado e não há como ser diferente (Jó 38:33)
8) Não é sábio ( Jó 40: 2)
9) Não é igual a Deus ( Jó 40:9)
10) Não pode julgar a Deus ( Jó 40:8)
11) Não pode salvar-se a si mesmo ( Jó 40:14 )
12 Não possui nada de si mesmo  ( Jó 41:11)

Obviamente nem uma parte considerável dos textos relacionados ao tema foram relacionados mas um deve ter o referido  destaque, nas palavras do Senhor Jesus:

"E qual de vós, sendo solícito, pode acrescentar um côvado ( cerca de 33cm ) à sua estatura?" 
( Lucas 12:25 )   


Concluindo: 

A Bíblia nunca declarou que o homem fosse um ser passivo e inativo. Ao contrário, instigado, incitado inicialmente por Satanás, fez inicialmente, repito, um grande estrago a si mesmo, mas a toda a terra e se chegasse a algum planeta levaria o estrago feito aqui para lá. Aliás um elemento pouco percebido pelos que assistem filmes de ficção científica e viagens planetárias, é a insistente mensagem que os cineastas fazem questão de repetir e repetir, que a é a possibilidade do homem repetir em qualquer lugar as suas imperfeições e ambições e pecados pelo universo afora, algo factual, como na série "Guerra nas Estrelas" e outras. 


Omitir a realidade das terríveis possibilidades pecaminosas humanas não implica em deixar claro a maior ou menor  Soberania de Deus. Deus é soberano, plenamente soberano, absoluto e plenamente absoluto e não é uma relação de igualdade onde um dos lados é zero que faz com que o outro seja cem. Se uma simples lógica determinasse isso teríamos um enorme problema sobre a origem de Deus. Pela lógica humana como haver alguma coisa antes do nada ou  eterno não  ter início e nem causa exigisse a sua existência.

A Bíblia dá a nos, seres humanos, o retrato do que somos, do que poderíamos ter sido e o que seremos sendo resgatados, salvos e com a vida eterna finalmente. A perdição eterna e o inominável grau de infelicidade dos perdidos também é nos revelado, bem como a total responsabilidade da rejeição a tão grande salvação concreta na pessoa e no nome de Jesus Cristo somente. Amém.

Por Helvécio S. Pereira

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

O FANTASMA OU A REALIDADE DO LIVRE ARBÍTRIO

A minha posição é sempre a de que a Bíblia Sagrada, um exemplar dela, traduzida em uma língua passível de ser entendida com palavras que ao mesmo tempo que reflitam em boa medida o sentido original sejam de compreensão atual, dá a qualquer leitor mediano a compreensão do que Deus quer que saibamos sobre Ele e sobre nós. Ficam de fora a tutoria de classes privilegiadas de teólogos de plantão, religiosos, clérigos como uma casta que detenha um conhecimento entre qualquer um o se Deus, etc.

Aliás, o Senhor Jesus no livro escrito pelo apóstolo João, nos diz odiar os nicolaitas, ao que se sabe, eram os que ensinavam e históricamente, no cristianismo, deu origem a classe social dos clérigos, classe acima dos homens  e abaixo de Deus. Pois bem, o sacerdócio universal consiste exatamente  na possibilidade real de comunicação de cada indivíduo com o seu criador, sem mediação institucional ou de outra ordem.

Disse isso tudo, porque percebo em muitos irmãos a tendência em procurarem uma explicação pronta fora da Bíblia e depois irem aos textos bíblicos ( geralmente já relacionados e ordenados por quem sustenta uma doutrina ) e confirmar o ensino. O meu procedimento é o inverso: vou a Bíblia, leio as suas narrativas e tento perceber o que Deus gostaria de nos dizer a todos. Nem sempre gosto do que parece que Deus esteja dizendo, mas enfim e se for aquilo mesmo? Não me preocupo com nomeclaturas e termos que identifiquem aquela idéia, se for bíblica e verdadeira, deve ser repetida outras vezes em toda a Escritura, a isso se chama "unidade doutrinária", o que confirmaria a referida compreensão.

Em alguns debates é me dito por irmãos que aceito o tal do "livre-arbítrio", uma idéia extra-bíblica, filosófica e com boa aceitação ateísta. A Bíblia, as escrituras não trazem essa expressão em todos os seus textos e relatos. Também não aparece na Bíblia o termo "trindade" e esses mesmos irmãos concordam com o que a doutrina da trindade ensina-nos e a comprovam nas Escrituras. Não seriam dois pesos e duas medidas? 

Pois bem, o mesmo método usado para intuir a idéia , o ensino, a doutrina da trindade, vale para o livre-arbítrio, independente se usaremos a mesma terminologia usada para definir a idéia de uso filosófico. O começo de tudo é a leitura da Bíblia desde o seu início, tomando a criação do homem, da mulher, a queda, a expulsão do jardim, a sua multiplicação sobre a terra, etc. Não há ainda nessa análise a idéia do tal "livre-arbítrio" mas um atenção aos atos de Deus, as atitudes humanas e o que Deus diz, se manifesta, quando se manifesta em relação as ações desses mesmos seres humanos.

Deus criou o mundo e por último faz o homem. Um pouco mais além faz a mulher, como sua  ajudadora, como complemento  ao homem, "pois não é bom que ele ( o homem ) fique só." Deus lhes fala e lhes diz que de toda a erva e fruto poderiam comer livremente, mas das duas árvores mais importantes do jardim, uma poderia dela comerem, a da vida ( coisa que nem lhes dera a devida atenção ) e outra jamais poderiam comê-la, pois no dia em que dela comessem morreriam.

Deus era a fonte de informação para os nossos pais e informação que os formava e educava a cada dia. Não eram programados como robôs a fazer nada. Até sobre a reprodução ( coisa da qual nos enrolamos até hoje para termos todas as informações na medida certa e na direção certa ) eles tinham, deveriam crescer e multiplicar-se encher a terra. Deus mostrou-lhes o que eles deveriam fazer no grande projeto dEle Deus, sendo seus cooperadores. Adão e eva não sabiam tudo, mas a cada visita de Deus, a cada dia, mais conhecimento e avanço teriam e uma consciência maior do seu papel em um mundo criado aparentemente, mas com toda a certeza para eles.

Claro, que a história deles e a nossa, poderiam ser bem diferentes. Poderia aquele primeiro casal cumprir todo o designo divino mas não o fez. Por que Adão e Eva não cumpriram o designo de Deus para si e para toda a sua espécie, o gênero humano? Eram fracos? Tinha uma tendência inata ao mal ainda que imperceptível? Eram fruto de uma criação problemática, experimental? Não tinha uma trava de segurança?

Não nada disso. Infalível, inerrante, oiniciente, Deus não quis criar seres que fossem marionetes, fantoches e numa imaginação moderna hoje quase possível, meros robôs. Deus os fez com capacidade de julgamento, de escolha, de intuir entre uma idéia e outra, de acertar e errar. Não importa o nome e a conotação que se dê a esse aspecto da natureza humana original. A Bíblia mostra que Adão e Eva foram assim feitos, criados. Dê-se-lhes o nome que quiser dar a essa faculdade do primeiro casal.

Desse modo, Deus os deixou intencionalmente expostos a uma "segunda visão" das coisas. Deus não os tentou, pois as mesmas Escrituras dizem que "Deus a ninguém tenta", mas o futuro da raça humana dependia da superação de uma importante questão: Deus é verdadeiro ou não é verdadeiro? Digno de confiança, com propósitos claros e confiáveis, ou escusos e imprecisos? O lugar que Deus diz destinado a mim em Seu plano é como diz ou estou sendo enganado?

Satanás, sobre o qual voltaremos a falar dele em outra oportunidade com mais detalhes, sugeriu todas as segundas possibilidades, as quais enumerei acima dizendo-lhes: " Deus não quer que vocês sejam iguais a Ele, conhecedores do bem e do mal, por isso mentiu dizendo-lhes que morrereis...certamente não morrereis." Em uma única tacada, Satanás manipulou o que Deus havia dito, tornando-O ( Deus ) mentiroso e dando a falsa idéia de que uma situação de risco sem volta e  responsabilidade irrestrita seria meritosa em relação ao ser humano. Provavelmente nas entrelinhas Satanás, tenha sugerido ao casal: "por que esperar Deus dar tudo, ensinar tudo a vocês, aos poucos? sabendo como Ele vocês desenvolverão toda a ciência, construirão cidades, reinos, viajarão pelas estrelas por sua própria conta...não seria fascinante?" Eva e também Adão escolheram ambiciosamente a segunda opção. Quiseram ser igual a Deus e desprezaram o aviso de Deus de que certamente morreriam.

O resultado foi que conhecendo o bem e o mal, como Deus conhece, como os anjos conhecem, ganhamos o enorme peso da escolha e da responsabilidade dessa escolha das menores as maiores coisas, das menores as maiores questões, mas com um agravante: a mercê de Satanás e seus demônios soltos na terra e com tudo o que ele pode oferecer baseado no seu reino e no seu intuito de roubar, matar e destruir, por toda a história subsequente.

Adão e Eva eram mais livres que nós, antes da queda. Perfeitos, sem traumas, tendo comunhão com Deus e sabendo quem Ele era, sua existência, etc. Eles após a queda e nós, com uma tendência a pecar em cada situação, uma inclinação que já nos deixa em larga desvantagem ainda mais soltos no meio de uma geração que séculos após séculos anda longe dos propósitos de Deus perdida entre mil coisas engendradas por Satanás para corromper nações inteiras em torno de vícios, idolatria, feitiçaria, praticas descaradamente urdidas contra Deus.

Mas mesmo lá atrás, no princípio da história, Deus fala a Caim: " se procederes bem não serás aceito? faze portanto o bem para que sejas aceito". E hoje Jesus nos diz : "Crede em mim". em ambas as situações plenamente bíblicas somos instados a termos a atitude, a ação correta. Não somos programados a elas. Temos que lutar contra a tendência natural, contra o pecado, contra uma força espúria que, essa sim parece nos dizer o que fazer, e exatamente, racionalmente, com um esforço da mente, com um propósito posto por nós mesmos no coração, fazermos o que é certo, para sermos aceitos, crermos nEle , no Senhor Jesus Cristo.

Talvez seja livre-arbítrio, talvez tenha um nome melhor, mas é real e a nossa mais real possibilidade. Não espere ser conduzido sem esforço e sem custo pessoal a Deus. Faça a escolha certa, a única que cabe a nós fazermos.

Por Helvécio S. Pereira

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