A Bíblia declara, não dando margens a dúvidas que, "a fé é o firme fundamento das coisas que não se vêem e que se esperam" ( Hebreus 11 :1 ). Esse texto é bastante conhecido pelos cristãos e o que mais joga luz sobre a natureza e o caráter da fé genuína. O texto literal encontrada na Bíblia versão João Ferreira de Almeida:
"ORA, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, {e} a prova das coisas que se não vêem."
A Fé foi objeto de observações do Senhor Jesus referente a vários tipos de pessoas diferentes, desde os fariseus, habitantes de Gerazim e Betsaida, e a própria cidade de Jerusalém. Jesus chamou alguns de "homens de pouca fé" e outros de descrentes, referindo-se a eles dizendo diretamente: "porque não credes". Pouca fé, sem fé alguma ou fé exemplar como a do centurião romano do qual o Senhor Jesus se referiu dizendo: "nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé".
Logo alguns tem pouca fé, outros nenhuma e alguns poucos apresentam um fé maior, excepcional que agrada a Deus. Há que defenda que também as pessoas tenham fé e que apenas a direção que dão a sua fé é que diverge. Eva deu crédito, creu, na palavra de Satanás em detrimento da fé no que Deus já havia dito. Portanto acreditou em Satanás e não creu no que Deus lhe havia dito. Semelhantemente Adão na sua omissão, manifestou um tipo de fé na palavra distorcida proferida por Satanás. A questão não foi falta de fé, mas fé na direção errada.
Mas a razão dessa postagem é considerar a diferença entre a fé como reflete o texto bíblico ou um simples assentimento a uma posição, a um modelo, a compreensão particular. Muitos crentes têm posições compreensívelmente divergertentes acerca de uma questão ou outra em que visivelmente os dois não podem estar certos sobre o mesmo ponto ou colocação. Cada defende que a sua posição é legítimamente uma posição baseada na fé, e com base nessa fé nem consideram uma revisão crítica de sua posição. Afinal para eles a sua posição distinta e particular é fruto de uma fé bíblica e portanto irrefutável.
Porém nem todas as nossas posições podem ser enquadradas na categoria da fé bíblica, descrita no texto de Hebreus : . "O texto afirma que a fé é a certeza das coisas que não se vêem." A ênfase do texto não é na fé mas o objeto da fé. As coisas "que não se vêem" constituem o elemento mais importante no texto e não a fé em si mostrando que não basta crer em qualquer coisa, mas nas coisas que de fato existem e são reais. Cremos em um Deus real, em um Salvador real, numa Redenção real. São verdades factuais e não imaginárias.
Alguns crêem fielmente na reencarnação, no "status" quase divino de Maria, em "santos", no profeta Maomé, em Buda, e em teologias absolutamente complicadas, em astrologia, passes, espíritos, livros psicografados, profecias de Nostradamos, Ets, etc. Esse tipo de crença poderia segundo muitos, ser enquadrado como fé genuína mas não o é, comparado com o texto bíblico em questão, pela razão simples que não são coisas concretas, que existem, que são de fato, pelo menos como são compreendidas pelos adeptos e simpatizantes dessas crenças. A Fé bíblica, se baseia em fatos reais ou em dados reais, e não em coisas prazeirosamente imaginadas. As outras "fés" embora seus objetos de fé sejam inexistentes, trazem um prazer real aos que a confessam e propalam.
Trata-se portanto de uma opinião e não de fé. Entre nós crentes, tal avaliação é a mesma. Muitas vezes uma opinião é apenas travestida de fé. Não é fé pois o objeto da referida fé não é real, no sentido de ser o que a Bíblia declara. A Fé bíblica, em algo declarado pela Bíblia, é uma fé com resultados, a fé com obras, pois a "fé sem obras é morta" asseverada pelo Apóstolo Tiago.
E a fé nos acontecimentos futuros, escatológicos, como saber que se trata de fé genuína e não uma simples opinião se ainda não se cumpriram e muitos se encontram tão distantes? As profecias bíblicas são como cadeias de montanhas que se estendem como elevações umas, por detrás das outras, que só se tornarão claramente compreensíveis, cada uma no seu devido tempo. A ânsia faz com que tenhamos a ilusão de domínio sobre o seu conteúdo e que possamos explicá-las antes do tempo, nos seus mínimos detalhes. Na maioria das vezes são apenas opiniões legítimas mas somente opiniões. O pior é que, centenas de livros com centenas de páginas, são escritas com base em pobres opiniões pessoais.
No que se refere a fé legítima não há que reparar, consertar-se, mas com relação as nossas opiniões, temos que reformulá-las muitas vezes, e na verdade é o melhor que façamos honestamente. A Bíblia traz opiniões de seus escritores e o próprio Apóstolo Paulo afirmou certa vez, " isso digo eu, não o Senhor" com relação a determinado assunto. Da mesma forma, nós como crentes vivendo no século XXI , temos direito legítimo de expressar opiniões, fazem parte do nosso crescimento e pode refletir o nosso esforço em aprendermos assuntos consernentes à igreja, a pregação e testemunho do evangelho, as nossas próprias vidas, etc. Porém não podem ser inadvertidamente rotuladas como fé autêntica e claro, exatamente por isso, nem ser impostas aos outros.
Ora, sem fé {é} impossível agradar-lhe: porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam. ( Hebreus 11:6)
Finalmente a fé genuína é elogiada pelo Senhor e produtiva, redundará em algo, uma intervenção sobrenatural por parte do Senhor. Vemos essa manifestação e o agrado de Deus em vários textos que registram variados e corajosos atos de fé genuínas em toda a Bíblia. A opinião é apenas uma massagem no ego, redundando em apenas uma posição fixa acerca de algo. O resultado pode ser desde uma simples divisão até inimizades cruéis mesmo entre crentes. Já a fé em questões pontuais e importantes, pode ser resultado de uma mesma atenção a esses mesmos pontos importantes, igualmente claros a todos os que crêem.
A Bíblia adverte que tudo o que não provem da fé ( não de fé ) é pecado. Sejamos prudentes com nossas opiniões e posicionamentos ainda que legítimos. O sábio Gamaliéu deixou-nos o bom exemplo ( interessante que a Bíblia trata até dessas questões, aparentemente menos importantes ) de que o tempo provará se tal obra é ou não de Deus. Aparentemente, cinco, dez, quinze, vinte anos, até mais é muito para a nossa paciência e aprendizado, mas não para Deus. Para Ele mil anos são como um dia e um dia como mil anos. Heresias ou renovações espirituais genuínas se mostrarão verdadeiras, bíblicas ou heréticas, espúrias, porém sem a nossa pressa costumeira e ansiosa por juízo, julgamento do outro.
Abster-se de opinião seria então a melhor atitude? As vezes sim e as vezes não. Normalmente não avaliamos bem os resultados e lembremos que Jesus afirmara também que o joio e o trigo estão juntos, "cuidai para que intentando cortar o joio cortai também o trigo", parafrazeando o texto bíblico original. Ainda finalmente a fé para salvação, não é apenas uma opinião simpática ao que alguém acha que a Bíblia diz ou afirma, mas a própria revelação Bíblica, quase sempre antipática segundo as nossas mais humanas expectativas: não gostamos exatamente de nos humilharmos, de nos arrependermos e deixar coisas que Deus nos pede para deixarmos ( vide o jovem rico ).
Outra coisa é nos deixarmos subjugar por opiniões de grupos que representem poder sobre as nossas vidas, poder religioso, poder teológico, poder financeiro, que de algum modo nos conferem alguma segurança material ainda que legítima. A nossa fé tem que estar somente relacionada ao nosso Deus, Salvador e Senhor, baseada na compreensão simples e clara dada universalmente em Sua Palavra, a Bíblia Sagrada. Alguém pode asseverar e os pressupostos individuais, culturais, advindos da própria educação e cosmovisão anteriores? A fé jenuínamente Bíblica nasce da contemplação do que Deus é, conforme revelado nas Escrituras, uma perfeita e original, não uma adaptação do Deus apreendido dentro do catolicismo ou do islamismo, ou de compressões espírito-cristãs ( algo improvável ),etc, tal qual uma criança reage apresentada a algo novo e que escapa a sua limitada compreensão.
Finalmente lembremos das palavras do Senhor: 'Tende fé em Deus,tende fé também em mim ", não apenas opiniões, com certa vez arguiu Ele a seus discípulos: "O que dizem de mim?", e "Vós o que pensais de mim?" ao que Pedro prontamente se levanta e faz uma confissão de Fé, sobre a qual seria edificada a Sua Igreja. Sobre o alicerce de uma Fé com "F" maiúsculo, uma fé genuína.
Por Helvécio S. Pereira
De vez em quando, um ou outro anúncio completamente divergente da fé cristã evangélica é veiculado oportunamente em nosso blog. Trata-se puramente de um mecanismo do Google de incluir anúncios que se interrelacionem com o tema e assuntos abordados no blog. Trata-se algo normal, desde que aceitamos a possibilidade de adição de anúncios em troca, da gratuita possibilidade desse serviço na web que leva as nossas reflexões a milhares de pessoas. Se você é um crente saberá desconsiderá-lo.
LEMBRE-SE: NÃO HÁ OUTRO NOME DADO NOS CÉUS OU DEBAIXO DOS CÉUS PELO QUAL DEVAMOS SER SALVOS. PORTANTO JESUS CRISTO É O ÚNICO MEDIADOR ENTRE DEUS E OS HOMENS. QUE VOCÊ CONHEÇA ESSA VERDADE E FAÇA DELE ( JESUS CRISTO ) A ÚNICA PESSOA E O ÚNICO NOME ATRAVÉS DO QUAL DIRIGIRÁ SUAS ORAÇÕES A DEUS O PAI. DEUS O ABENÇOE!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O QUE ACHOU DESSE ASSUNTO?