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domingo, 1 de maio de 2011

A LEI E A GRAÇA

Senti há alguns dias atrás falar sobre assunto, discorrer sobre esse tema que de um modo ou de outro é recorrente e presente em nossa prática cristã diária, estando nós conscientes disso ou não. Esse tema foi desenvolvido em algumas partes, com outro enfoque, pelo meu querido irmão em Cristo Jorge Fernandes Isah do blog Kálamos. O tema é o mesmo mas o enfoque complementar, por outro ângulo, e pela complexidade ainda que feita sinteticamente, demandará mais de uma ou duas partes.

A posição teológica prevalente é a de que o Velho Testamento e o Novo Testamento, aos quais prefiro chamá-los de Antiga Aliança e Nova Aliança, Antigo Pacto e Novo Pacto, etc, é de que no período anterior ao fim do ministério de Jesus, para ser mais exato, a Sua ressurreição, prevalecia a Lei e posteriormente a Graça. Sob a Graça entende-se que simplificadamente que a doação por parte de Deus da salvação ao homem e o recebimento dessa pelo mesmo, sem nenhum elemento que o faça recebê-la, merecê-la, barganhá-la, etc. 

Sob a Lei entende-se que, além dos Dez Mandamentos, dados a Deus por intermédio de Moisés, e todos os demais preceitos do livro de Levítico, haveria uma conduta, baseada nessa Lei pelo qual o homem seria aceito e portanto salvo. A mesma Escritura deixa claro posteriormente que, o propósito da Lei não era a salvação mas outro.  A Lei era pedagógica, metafórica e portanto sombra das verdades que seriam reveladas e dos cumprimentos dos atos de Deus na história humana. Ainda simplificadamente o que separa uma coisa, um elemento, uma instituição da outra parece ser o tempo. A Lei parece abolida já que a Graça é instituída temporalmente.

Durante o período de maior dominação e poderio católico-romano a Graça ficou sufocada e dela perdeu-se a real compreensão, algo somente recuperado via Reforma Protestante há cinco séculos atrás, por meio dos Reformadores protestantes, dos quais o principal é sem dúvida Martin Lutero, seguido de muitos outros empenhados no mesmo objetivo: o de restaurar o Evangelho da Graça. A Salvação pela Graça é a maior conquista do protestantismo, sem sombra de nenhuma dúvida, juntamente com o Livre Exame das Escrituras e o Sacerdócio Universal, ou seja a ligação do homem a Deus individualmente e sem a mediação da instituição religiosa, a igreja institucional, seja qual for ela, católica-romana, ortodoxa, anglicana ou as atuais evangélicas.

Contudo no dia a dia, guarda-se muito ainda dessa sensação de legalismo que aparece não poucas vezes ou na prática de alguns grupos, na crítica de outros pela aparente falta de sua materialidade. No meio cristão práticas simplórias aparecem no Catolicismo como não comer carne na sexta-feira da paixão, guarda do sábado pelos Adventistas do 7º Dia, etc. Contudo é injusto atribuir só a esses dois grupos alguma manifestação de legalismo. Não raspar a perna na Igreja Deus a Amor, não usar barba na Assembleia de Deus, são alguns dos criativos e múltiplos exemplos. Mulheres não poderem tingir os cabelos, cortá-los, ou usar calças compridas, etc. Algumas foram vencidas pela contemporanidade como assistir televisão, ouvir rádio, etc, etc, mas podem aparecer sob outras formas em resposta a mudanças sociais. A rebeldia e o rechaço objetivo a certas imposições claramente Escriturísticas são manifestações de anti-legalismo, como uma inscrição de uma nova norma, o "não-pode" trocado pelo "agora pode" é apenas um legalismo as avessas. De fato funciona como uma "revisão do legalismo" antes vigente. É como se gritasse: "estava errado e achamos um modo de corrigi-lo". É o velho bordão satânico ( as vezes o é de fato ): "Não foi assim que Deus disse mas..."

Assim posto temos a tendência ao legalismo e a tendência aparentemente oposta do anti-legalismo impondo uma nova regra com a ausência das "regras indesejáveis". Um exemplo disso é o surgimento de "igrejas evangélicas" para gays constituídas e organizadas por pessoas que se dizem crer em Deus e em tudo o que a Bíblia possa dizer, mas que "mudam" o aspecto legal das escrituras que consideram injusto e errôneo. Vemos portanto que a percepção inconsciente do que seja uma "Lei" é algo natural e presente em todos os aspectos de nossa vida, seja religiosa e secular. Nem mesmo um louco, em sua loucura localizada, conceberia uma vida totalmente sem lei, sem regras, sem algo que a amarrasse e desse um sentido previsível e razoável. Aliás os loucos no seu mundo particular, agem estranhamente baseados em uma lógica mais rígida que as pessoas tidas como normais, o que justifica em muitas ocasiões seus atos de insanidade, que se chocam frontalmente com a lógica da maioria das pessoas ou da sociedade em que vivem mas que a eles parecem verdadeiramente razoáveis e com uma verdade clara e incontestável.

Vejamos entretanto o longo caminho, que será apenas esboçado nesse artigo, dizendo respeito a lei e a Graça. Adianto que segundo o meu ponto de vista, contrariamente ao que se aventa normalmente, a Lei e a Graça andam juntas em toda a Bíblia, do Gênesis ao Apocalipse e não separados pelo tempo numa linha histórica que se interrompe, anula e se inicia a seguir.  Temos em Gênesis a Criação de todas as coisas e posteriormente da Terra e finalmente do Homem e da Mulher. A Criação é um ato de Graça de Deus e nada menos que isso. Nada Lhe obrigava ( a Deus ) criar o universo, a terra e a raça humana. A vida é um ato da Graça de Deus e no Éden havia a dádiva da Árvore da Vida que graciosamente daria aos seres humanos uma vida interminável ou extremamente duradoura. Se o homem caísse de um penhasco possivelmente morreria, mas não de doença ou de velhice simplesmente. De algum modo, como no Apocalipse a Árvore da Vida seria "para a saúde das nações" interminavelmente. A vida e a Árvore da Vida são expressões, manifestações práticas da Graça de Deus. Mas a Lei lá estava presente na determinação: "de todas as árvores e de seus frutos podereis comer, menos da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal". Se desobedecida ( como foi ) haveria uma retaliação, uma castigo, uma perda, uma queda de condição ideal para uma com menores privilégios. 

Ao homem bastaria para usufruir da Graça, respeitar e obedecer a Lei. Alguns defendem que no Éden só havia a "graça" e não a "lei". Vemos que as  duas estavam, se encontravam, vigentes e  presentes.  Há ainda a discussão teológica de que Adão e claro Eva, poderiam não pecar, ou foram criados justamente para pecar segundo decreto de Deus. Asseveram alguns que os mesmos não seriam livres para escolher entre uma coisa e outra, e um dos motivos seria a carência de conhecimento prévio, e a não-existência de um tal livre-arbítrio, conceito só criado filosóficamente muito mais tardiamente, algo que propicia uma longa, e porque não dizer interminável controvércia, por uma série de outras implicações teológicas.

Ainda a seguir, logo após a queda, Deus trata bem a Adão e Eva, algo inconcebível nas mitologias posteriores como gregas, romanas e ainda outras, anteriores as duas como a egípcia por exemplo. Como manifestação de Graça, Deus dialoga com o casal de infratores, constrói com  eles soluções ( as roupas de peles ) e lhes dá uma prévia da nova vida e dos desafios que enfrentariam na sua nova e não tão boa vida vindoura, isso também é Graça. Finalmente faz a Eva promessa de redenção, de uma vingança, de uma reviravolta contra aquele ( Satanás ) que a enganou. Deus toma partido do homem e da mulher contra Satanás e isso é Graça novamente. Mas no confronto futuro, sob alguma regra ( não seria de qualquer jeito, legalmente, e Lei portanto ) o descendente da mulher seria ferido no calcanhar mas feriria a cabeça da Serpente ( Satanás ).

No episódio entre Caim e Abel com a morte do segundo, a Graça de Deus se manifesta de diversas formas, desde  a observação anterior feita pessoalmente a Caim quando de sua tristeza e ciúme, quando depois ao ser colocada uma marca para que Caim não fosse morto por outra pessoa em represália a seu crime hediondo. Mas a lei se manifestara na apresentação das ofertas, a aceita de Abel e a rejeitada de Caim. Uma cumpriu o esperado, o legal, a legitimidade de uma oferta, a outra não. Se a "legalidade" a qual se transformou, se materializou em rejeição da oferta pode ter sido a oferta exteriormente ( produtos do campo versus cordeiro ) ou interna do coração, enfim uma opção teológica na falta de mais informações.

Sobre Enoque se diz que "Enoque andou com Deus e Deus para Si mesmo o tomou". Depreende-se que Enoque agradou a Deus em todos os quesitos, enfim todos os pontos, do que enfim se esperaria de um ser humano na relação com o Seu Deus Criador. Dá para imaginar Enoque andando com Deus e fazendo o que bem queria, sem nenhuma correspondência ao que Deus esperaria dele ( Enoque ) ou de qualquer um de nós ? Parece razoavelmente que não.

TO BE CONTINUED ( continua...)

Por Helvecio S.Pereira




COMPLEMENTOS

DEFINIÇÕES

A GRAÇA

O que é a Graça na Bíblia?



“Graça - (do hebraico hessed; do grego charis; do latim gratia) Favor imerecido concedido por Deus à raça humana. É um fluir único da bondade e generosidade de Deus. O objetivo da graça é duplo: 1. salva o homem do pecado; e 2. restringe a ação deste (pecado), levando o homem a viver nas regiões celestiais em Cristo Jesus. A graça, ensina o apóstolo Paulo, é operada pela fé.”


Somos salvos pela graça (Ef. 2:5,8) e alcançamos esta graça pela fé, que também é um dom de Deus (Ef. 2:8). Ele nos veste com vestes de salvação (Is. 61:10). Pelo próprio conceito dado, aprendemos que não fazemos ou temos nada que nos torne merecedores da salvação (que vem pela graça). Ela simplesmente é fruto do amor (Jo 3:16) e da misericórdia de Deus ( Ef. 2:4,5).


Esta graça está disponível a todos os homens (Ler Tt 2:11). Ela produz justificação, santificação e, por fim, glorificação. É muito importante saber que sem a graça de Deus não há salvação para nós (Ef. 2:8,9). Por mais que nos esforcemos, não produziremos justiça própria que nos garanta a entrada no céu (Is. 64:6). Só nos resta aceitar o convite da graça em Is. 1:18, 19.


 A LEI

O que é a Lei na Bíblia?


A lei de Deus é uma descrição de Seu caráter. Deus é: Santo (Lv. 19:2); Justo (Sl. 145:17); Bom (Sl. 34:8); Eterno (Is. 40:28); Imutável (Ml. 3:6); Amor (I Jo. 4:8), apenas para citar algumas das características de Deus. Sua Lei também é Santa (Rm. 7:12); Justa (Rm. 7:12); Boa (Rm 7:12); Eterna (Sl. 119:144); Imutável (Sl. 89:34); e o cumprimento dela é o Amor (Rm. 13:10).


Em Êxodo 20, é encontrada e chamada de “lei moral”, mas existem também outras leis, como a “cerimonial” e a de “saúde”, por exemplo. Ela nos foi dada como um padrão de conduta tanto para o nosso relacionamento com Deus, como para com os homens. É dever de todos os homens guardá-la (Ec. 12:13),e isto só é possível com a ajuda de Jesus (Jo 15:5).

domingo, 22 de agosto de 2010

CENÁRIO DE CONFLITO



O cristianismo como religião abraâmica, ou seja cujas raizes remontam a experiência única de um homem chamado Abrão com o Deus criador de todas as coisas, que um dia lhe diz em alto e bom som, que ele Abraão deve sair da sua terra e do meio de seus parentes e seguir em direção a uma terra em que Ele, o Senhor, lhe mostrará. A partir daí a formação de um povo, de uma cultura, o repositório de uma revelação e o relato original das origens dos céus e da terra chegam até nós, a promessa de um Salvador, e tudo o mais que sabemos hoje.

Curiosamente, esse Deus abraamico, criara os céus e a terra, de modo diferente das concepções tidas como pagãs, onde todas as coisas de originam de um estado caótico, e de um grande conflito entre duas forças rivais e opostas. O nosso Deus criou todas as coisas por seu próprio capricho e desígno. Nada e absolutamente ninguém lhe fez algum tipo de imposição ou restrição. Curiosamente também a descrição bíblica do grande cenário da existência descreve um grande, original e infindável conflito. Conflito esse descrito detalhadamente e exposto como uma doutrina nas Escrituras judaico-cristãs.

O grande período que se estende desde algum ponto antes da criação da humanidade, toda a sua história, e finalmente o seu fim como a conhecemos na terra, tem um único enredo, em em torno de um único dilema, a vitória do bem sobre o mal, em todas as suas formas e manifestações. No meio desse conflito há o ser humano, ora como vítima e ora como algoz, pendendo ora entre o bem cuja fonte indubtávelmente é Deus e o mal cuja fonte é Satanás. 

Deus em toda a história tem ações que fatalmente conduzirão não só a supremacia, a vitória do bem sobre todo o mal, mas o testemunho diante de todas as criaturas de que o mal por si só provou ser aquele que estava errado em todo o tempo. Ou seja, Deus não se impõe simplesmente aniquilando o mal, mas expondo-o e provando a sua ineficácia e malignidade.

A grande e legítima questão, é se o mal tem uma origem e uma atuação autônoma e como conciliar esse fato com a chamada soberania de Deus. Como Deus sendo absoluto e grande, acima de todas as coisas mensuráveis e imagináveis, pode ceder espaço a algo muito menor que Ele mesmo? Por outro lado se não há possibilidade de nenhuma autonomia por nenhuma outra das partes, Deus como único ator, "faz de conta" que os outros tem alguma ingerência nesse conflito. Ele, o perfeitamente Santo e Bom é também o que produz o mal, a perversidade, a morte.

Não é necessário saber detalhes em profundidade desse grande conflito, embora as Escrituras tragam , revelem não poucas coisas sobre ele. Somos informados que Ele existe e que tal consciência não pode ser omitida. Somos exortados a escolher o que é certo, justo e louvável e seguirmos se possível sempre, a natureza daquele que todas as coisas criou. Sempre que a humanidade se afasta desses desígnios colhe os frutos do desastre, da reprovação, da condenação e do castigo. Mesmo no âmbito pessoal não ficam impunes os que deliberadamente se opõe as coisas de Deus e produzem idéias e desígnios contrários aos que Lhe seriam agradáveis.

Curiosamente a despeito de implicações não tão razoáveis, alguns insistem em desprezar essa realidade, que nem  é a melhor, a mais agradável, mas a apresentada em toda a Bíblia: homens se rebelando contra Deus, ignorando-o, desafiando-O até e um outro agente de natureza espiritual, Satanás, circulando entre os homens e inspirando-os a toda a sorte de perversidade, corrompendo-os, enganando-os, sujerindo-lhes as mais bizarras atitudes, incluídos aí, até mesmo não poucos aspectos dentro da própria igreja cristã. 

Deus o criador de todas as coisas, é Senhor de tudo e absoluto na regência de todas as coisas. Entretanto a Bíblia nunca escondeu, ou antes revela que esse conflito existe, com permissão divina a todo o momento, em todos os lugares, menos no céu. Jesus disse que Satanás reclamou cirandar a Pedro como trigo em uma peneira e que o mesmo Satanás entrou em Judas Iscariotes para levar a termo o que fêz. A mesma Bíblia nos mostra que o cenário desse conflito é dinâmico e novos atos dentro de um roteiro maior são implementados a cada dia, por ação do próprio Senhor, do homem e de Satanás.

Ao homem cabe achegar-se a Deus, resistir ao Diabo, pedir sem cessar, insistir como na parábola do juiz iníquo, impor a vontade de Deus pelo poder do nome de Jesus Cristo a cada situação. Todas as probabilidades estão em aberto. Daí igrejas e crentes que olham apenas para o passado ou para um futuro distante são inoperantes no presente e sua atuação no mundo é inóquoa. Reivindicar cura para enfermos, expulsar demônios, mudar situações reais, enfim operar maravilhas além de ensinar as Escrituras, modificando o quadro real a sua volta é o desafio do crente que compreende a realidade desse grande conflito. Diferente disso será apenas mais uma faceta cristã inoperante, que não modifica absolutamente nada a sua volta e nem tão pouco no âmbito da própria vida do crente.

Ainda terrível é o fato de que nesse vasto e amplo cenário, podemos cada um de nós, nos travestir na personagem, ainda que culturalmente cristã, que mais nos agradar, que melhor nos convier. É bastante provável até, que gastemos cada um de nós, a nossas vidas ocupados com um cristianismo que nos convém, sem sabermos se estamos ou não atuantes e no lado certo, desse grande conflito. As possibilidades são realmente grandes: não basta ser pastor, de qualuer denominação ou igreja, não basta pregar ou ensinar, cantar, tocar, escrever livros, faze confererências, dar aulas em seminários teológicos, ou ao contrário disso tudo ser de conhecimento bíblico medíocre, pertencer ou se alinhar a uma denominação pentecostal  ou neopentecostal, ser de uma pequena denominação sem história e que todos fazem piada dela, ou ser de uma denominação histórica e representativa. Infelizmente nada é tão fácil. Se não buscarmos a Deus de todo coração só satisfazendo-nos em conhecê-Lo e a Sua vontade e a serví-Lo nesse grade conflito, estaremos perdidos fazendo várias coisas sem atinar como que é principal e decisivo.

"A quem enviarei e quem irá por nós"  deveria rebombar em nossos ouvidos as palavras do Senhor ouvidas pelo profeta Isaias. Uma reunião com cânticos, com pregações sobre um ou outro texto bíblico, orações e tapinhas nas costas ao final da reunião não são coisas ruins, mas não constituem tudo. São apenas oportunidades para porventura ouvirmos a voz de Deus. Mas quantos a ouviram depois de anos ou décadas? Alguns ainda defendem que "não de deve deixar tais congregações". Claro que a culpa não é da congregação em questão, mas pode ser que aquela igreja local, aquela denominação não queira se mover para lugar nenhum e não tenha a mínima sede de aprender mais de Deus. Pode ser que todos ali só olhem para o passado ou para o futuro distante, o fim dos tempos, e o presente? Qual deva ser a nossa atuação  a nível  espiritual e concreta nesse mundo? Continuaremos a discutir detalhes sem ter o que apresentar e concreto ao mundo em nome do Senhor? Os sinais da grande ordenança do "ide"encontrada registrada no último capítulo do evangelho de Marcos fazem parte de nossas vidas ou constituem apenas teoria e retórica? São as obras de Satanás destruídas pelos crentes e os planos satânicos derrotados a cada dia na sociedade a nossa volta ou os crentes se mostram impotentes, nos seus guetos religiosos, batendo boca por questões internas e que nenhum impacto têm no mundo? Pensemos nisso.


Por Helvécio S. Pereira

domingo, 23 de maio de 2010

QUANDO A TEOLOGIA DÁ NOMES AOS BOIS

Não sou contra a teologia e definitivamente não sou contra o conhecimento. Apenas tenho a convicção que não conseguimos saber tudo, e mesmo com o máximo de informação não a hierarquizamos convenientemente, desse modo o teólogo mais erudito e de melhor formação, ainda que doutrinariamente a sua teologia esteja melhor situada, dentro do contexto estritamente bíblico, não estará um milímetro ( para não usar a nanometria ) mais próximo de Deus do que outro pecador igualmente arrependido. 

Trata-se de fato para quem tem o privilégio de ter mais informação, por ter tido acesso a mais infomação, de ter a atitude exatamente mais sábia, como recomendou sábiamente o apóstolo Paulo: "que os ricos vivam como se não fossem ( ricos)". Que os crentes que têm o privilégio de serem um pouco mais sábios vivam como se não fossem tão  sábios e disso não se gabassem.

Leio menos blogs cristãos do que lia antes, a algum tempo atrás, mas leio alguns e particularmente de um querido irmão do qual discordo de muitas de suas colocações, e ele igualmente das minhas. Mas ele tem um diferencial nas coisas que escreve. Elas redem, elas convidam a reflexão, você então confere o que ele diz com o que você pensa, você vê o outro lado, e se sente que em determinada refexão ele esteja correto você lucra e se não estiver você lucra do mesmo jeito. Ele aborda temas que devem ser perpassados. A sua reflexão  faz com que você perceba que as Escrituras têm muito mais do que arranhamos, percebemos a primeira vista. A Bíblia Sagrada se torna importante e dígna de investigação. Ela tem mais coisas a dizer e o seu entendimento demanda devoção, organização, amor e sobretudo oração. Nos sentimos humildes diante de Sua grandeza e igualmente lamentamos profundamente o período, ou vários períodos dentro da  própria vida cristã que a deixamos no esquecimento, em segundo plano.

Há entretanto um porém: só pessoas com mais escolaridade podem e se dedicam a esmiuçar detalhes de cada nuance bíblica. É necessário bem ou mal, um vocabulário um pouco mais extenso, um conhecimento geral em boa medida, uma maior capacidade de abstração e isso, naturalmente só é verdadeiramente afeito a uma elite intelectual, queiramos, gostemos, aceitemos  ou não.

No blog desse irmão muitas vezes, além do preciosismo de seus textos e temas abordados, quase sempre , e isso é mais pura verdade ( pouquíssimas vezes não ) os comentários redem tanto ou mais que as postagens, que já são ótimas - mesmo que eu e ele discordemos diametralmente em certos pontos menos relevantes ( ??) . Em um desses comentários diferentemente do tema da postagem, rendeu uma conversa sobre a "graça", incluindo "graça comum" e "graça eletiva", mais ou menos isso, é que estou com preguiça de ir lá  conferir no texto original enquanto escrevo e ler tudo de novo. Se fiz uma citação errada espero que ele comente-a corrigindo a minha colocação.

Teológicamente "Graça "Comum" seria a graça derramada sobre toda a humanidade. Por exemplo, o sol, a chuva, os alimentos, a água doce, o ar , a terra, o sexo funcional, ter filhos, etc. Coisas que se não forem dadas por Deus não subsistimos até sequer o arrempedimento e a fé. "Graça "Eletiva", segundo o conceito calvinista é graça concedida aos salvos. Somos todos salvos pela graça, calvinistas e Armenianos concordamos plenamente sobre essa questão e até católicos com adendos teológicos, penduricalhos católicos que não negam totalmente a graça mas lhe conferem idesejáveis e incorerentes cores.

Surgiu uma possibilidade, com os comentários de um dos leitores do blog e irmão na fé, acerca do incrédulo que tem tudo, trabalho, mulher bonita, filhos e do crente que não tem casa própria ( o exemplo é dele, mas os  dados ilustrativos são meus, mas dá no mesmo ), come mal, seus filhos não tem a educação desejada, morre em um desastre, etc, etc. Onde estaria a graça comum e em que consistiria a Graça Eletiva, já  que para esse irmão, como calvinista, todo salvo é eleito. Aí ele constrói por si mesmo as prováveis possibilidades todas com nomeclaturas teológicas distantes  da maioria dos quase trinta milhões de evangélicos no Brasil. Será que para ser um bom filho de Deus, salvo, resgatado, purificado e remido, santificado e cheio de Deus, terá que saber na ponta da língua essa lenga-lenga toda, ainda que compreensível? Acho que não.

Bem conforme o título dessa postagem, a teologia dá nomes aos bois, mas nem sempre positivamente, de forma a tornar as coisas mais fáceis à compreensão. Digo e afirmo que não necessito  dessa terminologia para entender o que a Bíblia declara sobre o homem e como Deus lhe concede bençãos, coisas e salvação.

Qualquer um pode perceber e confirmar que não fazemos nada para receber absolutamente nada. Eu tenho 51 anos, uma esposa e um casal de filhos e não fiz absolutamente nada para ter a benção de tê-los. De zero até 17 anos vivi sem conhecer a Deus, e recebi esses17 anos de vida sem saber ao certo de onde eles vieram. Quando chegar ao céu e vivenciar aquilo que excede toda a compreensão e entendimento não há como eu imaginar que fiz algo para estar lá.

Estou usando nesse momento um computador relativamente de última geração, a eletricidade, a web, tudo funciona e eu tenho a sincera convicção de que embora tenha o comprado em algumas prestações de ( como disse o irmão Jorge há muitos anos ) "arrancar o couro de qualquer um" - brincadeira foram só dez de não sei quanto no cartão... tenho a firme consciência de que desde a existência dos materiais necessários, as ínúmeras vidas que por décadas desenvolveram as suas mentes e possibilitara a invenção e concretização dessa máquina e de todas as possibilidades necessárias vêm únicamente de Deus! Não preciso que a teologia ainda que cristã me diga isso! Certamente não! Não preciso! Qualquer um menos idiota pode chegar a essa conclusão por si mesmo, no que concerne a chamada "graça comum". Mas quando pessoas se reunem e discutem nomeclaturas e terminologias se instaura um debate de alto nível com todas as armadilhas intelectuais possíveis e as próprias  pessoas se perdem nelas!

Não sou calvinista - não por ser contra, é mais por não ser de corrente nenhuma, me mantendo na esfera mais simples da fé, e digo-o honestamente- admiro sinceramente Calvino e antes dele Lutero, etc, etc. Calvino estava absolutamente certo sobre muitas coisas ( muitas mesmo, em um período de ainda densas trevas  espirituais que se refletiam na sociedade de sua época ) e absolutamente errado sobre tantas outras. Sua vida foi curta, comparada a expectativa de vida hoje na mesma região do mundo, seus anos duros, seus desafios grandiosos e deu conta de todos eles. Se eu não posso entender como Deus faz as coisas deixo de tentar explicá-las em detalhes. Limito-me a minha pequenês e pronto. Deus proveu a salvação para os que crêem ( é concenso que só os que crêem serão salvos - algo bíblico ). Se como chegam a fé é algo de menos importância. Abraão teve uma experiência decisiva com Deus no que concernia a história humana, experiência inegável. Graças a Deus que Abraão não se arvorou a teólogo ao  invés de patriarca da fé - termo com certa conotação teológica.

E ai vai: teologia da prosperidade, renovação carismática, pentecostalismo, neopentecostalismo, hipercalvinista, milensitas, pré-milenistas, pós-milenistas, unitarianos, adventistas e uma centena de termos teológicos, parateológicos, sociológicos, antropológicos... e agora ao invés de aprenderemos de Deus recorremos a termos plásticos em uma prateleira e a cada momento sacamos um ou outro, cruzamos um com outro, vemos com quais nos agradamos mais, quais nos parece mais ou menos convinientes...quais e quantos combinam mais entre si, e assim por diante. Perfilamos autores e pregadores que mais ou menos se alinhem com tal compreensão. É aparentemente ruim ficar do lado da maioria mas também do lado da minoria alinhada com tal pensamento.  Alguns se alinham a maioria dependendo de seu temperamento e expectativas, outros com a minoria pelas mesmas razões.

Finalmente a teologia não é de todo inútil, ela tem o seu lugar, e assim pode ser sim bastante, digo  na verdade, plenamente útil, assim como o dinheiro, como a usamos, com que fins, com que limites, determinam a sua benção ou a sua maldição.

Por Helvécio S. Pereira 


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sábado, 20 de fevereiro de 2010

POR QUE DEUS CRIOU O HOMEM

Postagem para os blogs “ O Pregador” e " Contando os nossos Dias"

Por que Deus criou o homem?


Essa é uma das questões que muitas pessoas fazem e para a qual gostariam de ter um resposta, por conhecimento teológico ou simples curiosidade.

Talvez uma consideração inicial seja o eu realmente somos segundo a Bíblia nos revela. Esse tipo de informação encontramos exatamente no livro que relata a criação, o livro de Gênesis. Vejamos o que aconteceu por ocasião da criação do homem:


    CRIAÇÃO DO HOMEM

Gn 1.26 E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se arrasta sobre a terra.

Gn 1.27 Criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.

A expressão encontrada e ímpar, se comparada a o que outras religiões trazem como explicação, é aque o homem foi feito,criado a“ imagem e semelhança de Deus”. Muito se tem discutido e não são poucas as possibilidades aventadas como a verdadeira explicação dessa expressão.Há de se comparar, por exemplo, em que o homem era semelhante a Deus quando da sua criação, no momento que Deus o criou e em que o homem se tornou depois de ter o conhecimento do bem e do mal, que segundo  a Bíblia, a Escritura Sagrada, eis que o homem  é como um de nós “conhecedor do bem e do mal”.

Gn 3.22 Então disse o Senhor Deus: Eis que o homem se tem tornado como um de nós, conhecendo o bem e o mal. Ora, não suceda que estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente.
.  
Note-se então que o homem era semelhante a Deus  ( a sua semelhança) e posteriormente tornou-se conhecedor como Deus no que se referiria ao conhecimento do bem e do mal.

Bem consideremos que se Deus criou o homem com essa , diríamos “nova característica”, a mesma não era encontrável em outros seres por Ele criados. Consideremos hipoteticamente que essa característica seja algo que  Deus, por causa dela, continuou a procurar seus efeitos posteriormente na sua relação com a humanidade, que era algo desejável por Ele, Deus, antes da queda, por causa do pecado , acontecer. Vejamos então, como por ocasião do dilúvio, o que desagradava a Deus e levando-O a escolher Noé e sua família para um  novo começo para espécie humana? Vejamos o texto Bíblico em questão:


Gn 6.11 A terra, porém, estava corrompida diante de Deus, e cheia de violência.

Gn 6.12 Viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque toda a carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra.



DEUS ANUNCIA O DILÚVIO A NOÉ

Gn 6.13 Então disse Deus a Noé: O fim de toda carne é chegado perante mim; porque a terra está cheia da violência dos homens; eis que os destruirei juntamente com a terra.

A palavra que aparece duas vezes e registra a desaprovação de Deus é “violência”. Imaginemos que a face mais simples da violência é a física, envolvendo tortura, abuso sexual e assassinato. Essas formas extremas se opõem frontalmente ao carinho, amor sob as suas três formas, mas genuíno e puro e preservação da vida sob todas as formas ( socorro, salvamento, proteção e ajuda ).

Nós seres humanos somos seres sociais, e ainda que sob a herança do pecado, somos capazes de atos de nobreza, ou seja sob certos aspectos mesmo frente ao erro para qual nos inclinamos, sabemos o que é certo. Daí o fato de quando não o fazemos sermos responsáveis e culpados e pecadores. Essa nobreza, esses atos de justiça  são o que Deus sempre procura na humanidade. Quando Deus se aproxima de alguém, se agrada de uma pessoa  o faz pelos atos justos que esse homem ou mulher tem na sua vida.

Podemos, desse modo supor, que Deus tenha criado o homem para manifestar os Seu caráter, em criativos atos de justiça e de bondade, de um indivíduo para o outro.  Tal fenômeno acontece hoje mesmo em um mundo pecaminoso, há “o trigo convivendo com o joio”. Vale lembrar que os atos justos e retos de um ser humano não são suficientes para salvar ou redimir esse homem mas são inegavelmente aquilo que Deus procura que cada um de nós, que nações façam, que a sua igreja faça. Esses atos justos e retos diante de Deus são em última instância o perfume suave que Deus procura encontrar em nossas vidas.

Diferentemente dos anjos que podem ter um comportamento servil e um hierarquia militar, poderíamos imaginar, e não são criativos, nós fomos predestinados para sê-lo. Daí o debate em torno do livre-arbítrio ser tão inapropriado. Fomos criados para criativamente fazermos o bem a semelhança do nosso Deus que é sim, perfeitamente bom e capaz de fazer “novas todas as coisas.”

A capacidade do homem ser criativo nos atos de bondade não se extinguiu com o pecado mas ficou contaminado pela capacidade de fazer o mal. Eis que agora é como  um de nós, conhecedor do bem e do mal. O propósito original de Deus não pôde e nem poderá ser frustrado, pois céu será para os salvos, exatamente o cumprimento disso e lá, no céu, sem a influência do mal, os homens e mulheres salvos poderão conviver eternamente em amor e se relacionando dessa forma eternamente. O céu não será um Spá, um lugar de desocupados olhando a paisagem, mas de uma relação pacífica e de amor entre as pessoas, algo inconcretizável do mundo em que vivemos, aqui na terra.

Entretanto uma leve  e maravilhosa experiência se concretiza hoje, quando Deus reúne em nome de Jesus, pessoas estranhas e de diferentes classes sociais, origens, etinias, idades, culturas, e elas se amam profundamente, se reconhecem como irmãos e igualmente filhos de Deus e amam o mesmo e único Deus.

Deus nos criou para manifestar a Sua justiça, o Seu amor, e juntos como seres humanos reconhecermos como grupo, como raça humana, os Seus eternos atributos, isso é adorá-Lo, isto é dar-lhe verdadeira  Adoração ( com "A" maíúsculo mesmo!). Parece simplista demais essa exposição de motivos e até piegas, mas não o é. Os anjos, ao que sabemos,e até onde saibamos, adoram e reconhecem a grandeza de Deus, mas criados para obedecer, não manifestam a caridade criativa como só nós podemos fazer.

Esse foi, certamente, o propósito original de Deus, odiado por Satanás que a ele,propósito se opos e quis por a prova, que quis colocar em dúvida, provar a sua inviabilidade com a queda do homem, mas que não será finalmente frustrado. Dessa forma a obra redentora de Jesus pode ser melhor compreendida, como homem ele, Jesus,  manifestou o amor e a justiça que agradam a Deus, cumprindo, dessa forma o propósito origina. Na sua frase “Está consumado” está incluído tudo o que Deus sempre desejou que fôssemos e fizéssemos. Dessa forma todo o propósito de deus se cumpre na pessoa e na obra de Jesus como homem. Amém, aleluia.

por Helvecio S. Pereira

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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

DOCE OU AMARGO

Se pudéssemos, ou se tivéssemos a certeza que uma análise do tipo que mostrarei a seguir, fosse efetivamente útil, com certeza deveríamos utilizá-la no dia a dias e, óbviamente , um grande benefício seria, igualmente usufruido, a partir da compreensão do que somos de fato, de como funcionamos essencialmente como pessoas, como gente.

Todos os seres humanos poderiam e podem, ser separados ou classificados em dois grandes grupos:

O grande grupo dos pessimistas e O grande grupo dos otimistas. Isto em toda e qualquer situação, secular ou religiosa, como é nossa intenção refletir no momento. Significa, em última instância que alguns veem a vida e a sua dinâmica, com um olhar mais crítico e nada para eles, seja o que for, nunca estará tão bom e portanto sempre estará passível de alguma correção, reparação ou reprovação. Não entramos ainda no mérito lógico e razoável de quando qe quanto poderiam ser essas críticas e observações, prausíveis e razoáveis. Há como uma natureza que os faz ( ou nos faz todos ) assim. Há outros também que opostamente, produzem um discurso e uma prática que nada é tão ruim, tão grave, tão errado ou tão perverso como se imagina. Novamente uma natureza produz essa posição, tal postura facilmente identificável, e dá força a esse tipo de discurso e prática.

Nós cremos na soberania e na total sapiência, perfeita e irrestrita de um Deus criador. Portanto essas caracterísitcas são indicutivelmente úteis a Seus soberanos e plenamente sábios propósitos, planos  predefinidos para a raça humana como um todo. Homens e mulheres, portanto diferentemente aparelhados, e portanto ferramentados podem , dessa forma, servir uns aos outros como humanidade e sociedade, suprindo as nossas muitas e complexas necessidades. Ou seja precisamos dos dois lados, de ambos os lados da mesma moeda, chamada humanidade, vista como conjunto de características que fazem com que sejamos o que somos, cada um de nós,  efetivamente.


Qual é, portanto, o mérito e gratificação, o real benefício, advindo dessa reflexão? Simples. Se cada um de nós produz idéias baseadas no  que nossa inclinação natural faz com que a produzamos, é razoável que boa parte de nossas conclusões não sejam  absolutamente verdadeiras. Somos maus. A partir de uma tendência  "x" construimos discursos sobre qualquer assunto baseados nessa tendência absolutamente "carnal" para usar um termo escriturístico ( Bíblico ).

A Bíblia afirma, revela, que Deus, o Deus em quem cremos é absoluta e totalmente perfeito. Perfeitamente bom. Só há "um bom que é Deus", declaram as mesmas Escrituras. O homem não é "bom", pelo menos bom como Deus é perfeitametne bom. Jesus disse, "se vós que sois maus dão boas coisas a seus filhos..." O homem não é bom mas é capaz de fazer o bem.e isso é um fato observável. Não um bem pleno, falando-se agora de sua tendência ou inclinação natural, mas é capaz de ter atos bons, fazer o bem. Ocasionalmente é um fato, inegável sim, e éportanto, pelo próprio Deus , por Sua eterna Palavra registrada nas  Sagradas Escrituras, exortado, animado, a proceder assim sempre: "procurai as coisas do alto", "quem é limpo, limpe-se mais" e dezenas de outros textos assemelhados.

Por isso os fariseus não produziam justiça nem quando argumentavam em nome e em defesa das coisas de Deus. Seguiam a sua própria natureza. Natureza essa que pode ser multiplicada de forma caótica ( no verdadeiro sentido da palavra ou seja, mostrando, espelhando um leque grande de possibilidades ) que se cruzam entre si, portanto, e determinam outras inúmeras possibilidades. Por exemplo, você pode  ter uma população de uma região, país, tribo, cidade, pessoas de uma família, de determinada cultura ( pessoas que produzem uma cultura e não que sejam resultado em última instância dessa cultura ) que sejam otimistas ou pessimistas. Doces ou amargos com, relação à toda uma realidade da vida. Não entram aí a ética e a moral, mas algo que antecede as mesmas e as própria cultura em que os indíduos em questão estejam imersos.

O Calvinismo errou e seus crentes ( crentes mais no calvinismo que na Bíblia que ele calvinismo tenta refletir e ensinar ) afirmando eloquentemente que o homem não é capaz de fazer o bem, mais exatamente nenhum bem, fazer o que é certo em nehuma situação, e somente o crente, o eleito é capaz de fazê-lo. Temos aí duas situações  reais nem teológicas:

Uma e primeira: devem haver pressupostos "eleitos" que cujas ações e reflexões, ou o que seja não se mostraria grande coisa frente exemplos de atos de outras pessoas que nem crentes são - e esse é um problema - Deus não seria capaz de eleger pessoas que após o conheciemnto de Deus fosse de fato capazes de ações perfeitas, perfeitametne boas.

Duas e segunda: como explicar o fato real de pessoas não cristãs, não evangélicas, sem nenhuma referência cultural cristã desejável ( do  ponto de vista dos cristãos ), serem capazes de altruísmo, atos de justiça que, religiosos e crentes, e muitos desses com conhecimentos privilegiados do que a Bíblia revela sobre Deus e sua vontade, não serem capazes de fazer de forma igual?

Deus fala de nossas obras como panos velhos, semelhntes a trapos de imundícia. Não são tecidos perfeitos, linhos brancos, os quais segundo o declarado por ele no Apocalípse deveríamos nos esforçar e comprar para tampar a nossa nudez ( nudez de justiça ). Somos capazes de fazer o certo, mas não em todo o tempo e movidos por motivações exatamente corretas e objetivos estritamente corretos. Aos religiosos que se acham capazes desse feito, de atingir essa estatura espiritual, vale a parábola contada por Jesus, nosso Senhor, sobre o Bom Samaritano. É exatametne esse recado que devemos ter em mente para não nos gloriarmos naquilo que não podemos e portanto não devemos nos gloriar. Na história não são poucos os registros de perversidades humanas,  mas também não são poucos os atos de extrema legitimidade e de justiça que certamente  agradaram em alguma vez a Deus e ainda O agradam.

Muitas vezes vindo das pessoas que, dentro de uma lógica religiosa e legalista, jamais poderia ocorrer. Madalena ao lavar os pés de Jesus com um unguento caríssimo juntamente com as suas lágrimas e enxugá-los com seus, possivelmente longos e belos cabelos; o centurião que teve a fé elogiada por Jesus, fé que Ele  Jesus não achou em todo o Israel, ou seja entre os judeus que conheciam o Deus Bíblico em quem cremos hoje; Zaqueu em auto determinar a correção que faria em relação ao prejuízo financeiro que tinha causado às pessoas as quais defraldou na cobrança dos impostos devidos à Roma e que consistia o seu trabalho. Sobre esse assunto a Bíblia, a mesma velha e boa Bíblia esclarece mais uma vez: "há  justo que procede como injusto e injusto que procede como justo ".

Como saber então, que proventura esteja eu fazendo julgamentos corretos e não a partir da minha natureza carnal? Simples: quando a baliza for exatamente o que Deus acha e não aquele tipo de discurso, só ôba-ôba ou só olho-por-olho, que é uma das duas naturezas e posições naturais, para as quais frequente e naturalmente corremos, em todas as situações, a justiça de Deus estará sendo manifesta. Do contrário, nossas posições, pelas quais nos empenhamos em construir discursos eloquentes e variados, para dar respaldo as mesmas coisas: apontar o dedo duramente ou aplaudir com entusiasmo como se tivéssemos a última palavra e  toda a razão do mundo. Que apredamos não a estar emcima do muro mas lembrando que estar de umlado ou do outro por razões erradas é igualmente desastroso e algo pelo qual efetivamente, não tenhamos exatamente que nos gloriar.


P.S.: Não relacionei os versículos citados um a um pois parti do princípio de que o leitor já esteja bastante familiarizado coma sua velha  Bílbia e possa facilmente a cada um deles recorrer. Deus o abençoe.

por Helvecio S. Pereira


domingo, 14 de fevereiro de 2010

A ORIGEM DO MAL


T
entarei refletir com quem lê essa postagem acerca da origem do mal. Por acaso, talvez, visitando blogs e fóruns cristãos e particularmente evangélicos, deparei-me com uma eventual discussão acerca da origem do mal. Fato é que após o destaque e citação do versículo chave, as pessoas do fórum, se posicionaram em um lado  ou outro. Primeiramente na posição mais claramente entendida a partir das próprias palavras encontradas no versículo em nossa própria  língua e semelhantemente nas demais línguas modernas. Depois por razões emotivas, contra o aparentemente declarado no mesmo versículo. Prevaleceu aí a compreensão e o amor que cada um de nós tem ao nosso Deus e o reconhecimento de seu amor e cuidado por nós, denotando a impossibilidade real de Deus ter criado premeditadamente o mal. Outros, poucos é verdade mostraram certa neutralidade e distância. Ressalto que as três posições não são recomendáveis, sem uma melhor compreensão das coisas, pelo menos do ponto de vista , do que é nos revelado em toda a Bíblia:

A primeira: o versículo diz exatamente o que , a priori, podemos entender: Deus criou tanto o Bem como o Mal;  o resultado é de um Deus com uma personalidade aparentemente e razoavelmente estranha ,que sujere não ser inteiramente confiável;

A segunda posição: Deus não criou o Mal, pois Ele, Deus é perfeitamente  bom e portanto Bem perfeito, portanto refuto totalmente essa declaração Bíblica, diz alguém. Mas aí há um pensamento prático resultante: a Bíblia estaria errada, teria uma falha em meio a tadas as suas decalrações, portanto não seria inerrante, como Palavra de Deus;

A terceira: não entro nessa questão, não quero saber, eu me omito a ela inteiramente. Há igualmente uma consequência, que é em última instância a de não poder reconhecer os Seus atributos com total segurança, louvá-Lo legitimamente, pois não sei definí-Lo, ou não quero definí-Lo. Tal abordagem gera em mim dúvidas e não quero tê-las, pois de fato não tenho certezas. Denota falta de fé, e sem fé é " impossível agradar a Deus". Trata-se de uma posição potencialmente perigosa.

O que fazer então?

Se alguém acompanha as minhas postagens ( e espero sinceramente que muitos o façam  ainda! ) deve ter percebido que bato muitas vezes na teologia pela  simples teologia, e no teólogo desprovido de fé prática  e funcional, aquela fé que comprovem as suas decalrações. Igualmente combato grupos de irmãos que conscientes ou  incoscientemente passam ( não por mal ) a privilegiar o conhecimento acima da parusível relação pessoal com Deus, que se fecham em um eventual grupo de uma elite teológica, erro nada original, que sempre tráz ao longo do tempo consequências diversas, daquelas desejadas por Deus em nossas vidas. Não é que eu desconheça o lugar das coisas e sua efetiva importância, ou desvalorize o conhecimento, a teologia e a pessoa e o trabalho do teólogo. Há um lugar para essas abordagens e um modo como, tanto a teologia como o teólogo, tanto o conhencimento advindo dos dois, acrescente a nossa fé e não ao contrário. A origem do mal é um desses casos. Se quero saber a resposta devo ir a Bíblia, primeiramente à Palavra inerrante de Deus, mas há um limite linguístico na nossa língua ocidental e moderna e muitos textos Bíblicos que devem ter a sua compreensão superadas, por um conhecimento aprendido ou transmitido por aqueles que conhecem mais profundamente área das línguas originais da Bíblia. Nas coisas exceêciais, creio que qualquer língua em que a Bíblia possa e deva ser traduzida não interfere, como por exemplo apontar Jesus como o único meio do homem se salvar, ou a possiblidade de um céu e o inferno, vida eterna e perdição eterna se concretizarem. Mas há detalhes que a distância linguística e cuktural interferem grandemente. Aí entram o Teólogo ( com "T" maiúsculo ) e a Teologia autêntica, também com "T" graúdo. Trata-se de uma informação que clareia, explica, em uma área que vai além da nossa língua pátria e moderna, que no nosso caso, em nossa época, não faz distinção adequada entre idéias originalmente  Bíblicas e por consequência bastante específicas.

O texto em questão e base para toda essa abordagem é:

Eu formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio o mal; eu sou o Senhor, que faço todas estas coisas.
Isaías 45:7


Em português temos mal com "L" e mau com "U". O primeiro  MAL é o contrário de BEM e o segundo, MAU é o conrário de BOM. Deus é BOM e portanto não é MAU. Deus é perfeitamente BOM então não pode ser MAU. No próprio português já resolvemos o problema se quizermos a luz da lógica e da razão. O problema de conceito do versículo de Isaias 45:7, entretanto não fica resolvido, pois a palavra encontrada lá é MAL, com "L" que se opõe a idéia de BEM. Ignorar essa diferença não é dar uma resposta objetiva e nem razoável.

O que significa a palavra no texto original e que idéias ela traz em Isaias 45:7 ?

A palavra original que designa o MAL, com "L"  é " ra' " e aparece , frequentemente em contraste com a palavra tôb, "bem" como pólos opostos no aspecto moral. Muitas vezes " Shalôm", "paz" aparece como oposto de "ra' ", "MAL". "Ra' " é um substantivo masculino e é definido como aquela condição ou ação inaceitável  aos olhos de Deus. O "Mal" então citado no versículo em questão não é o "MAL" entidade, Satanás, que originalmente não era "mau" mas foi achada iniquidade nele, e nem tão pouco o "homem mau",como se a existência dele ( do assassino, do ladrão, do mentiroso, do perverso, etc. ) fosse resultado de predeterminação de Deus. Deus não criou o perdido para perder-se. Criou a humanidade, não para a perdição ou degradação. O primeiro casal se perdeu, todos os demais se tornaram participantes da sua natureza ( conhecedores do bem e do mal ) e se perdem não pela vontade prederterminada de Deus, mas por seus próprios atos. Serão  todos igualmente julgados cada um  segundo as suas obras. A perdição deles será consequência pura e simples da rejeição à redenção providenciada e oferecida graciosamente por Deus em Jesus Cristo. Ninguém será salvo por uma religião, por pertencer ou professar uma fé estritamente religiosa, mas por sua aceitação ou rejeição a pessoa de Cristo. Como as nossas boas obras são como trapos diante dos olhos de Deus, fazemos coisas boas e somos rebeldoes e confusos em outras, é bastante previsível e inteiramente razoáveis a justa condenção de todos que não acreditarem na salvação oferecida em Cristo, já que também, rejeitá-lo consite em mais um pecado passível de condenação, segundo a Bíblia e ressatado nos evangelhos nas Suas próprias palavras. Há claramente na Bíblia, uma salvação e portanto um céu. Um castigo, uma perdição e portanto um inferno. Gostemos ou não disso eisso passa pelo que atribuimos a Deus, o BEM e o MAL. Uma posição neutra a esse tema não é nada razoável. Uma cosmovisão distorcida e portanto incompleta é certamente o resultado último dessa pretensa "neutralidade".

Prosseguindo " ra' ", como o "MAL" encontrado nesse versículo, denota , de fato, sofrimentos físicos, aflição.
A luz da revelação adequada da Palavra de Deus, tal idéia não é conflitante, com a revelação do inferno e do fato de Deus causar aflição e sofrimento a Satanas, aos demais anjos rebelados e finalmente oa homem por toda a eternidade. Adventistas, Testemunhas de Jeová, Kadercistas e também setores leigos  e teológicos do Catolicismo, exaltam o amor de Deus, e nisso não há nada de exatamente errado. O erro ocorre quando o fazemos  em detrimento da sua capacidade de infligir justo castigo e punição. Deus é bom mas incapaz de se posicionar frente a alguém ou algo que lhe desagrade. Temos um Deus aparentemente injusto que não trata com dureza a realidade do mal e do maudoso. Toda a negação da condenação eterna e da criação de mecanismos como "aniquilação total', "purgatório", "reencarnação" e "reconciliação universal" passam por conclusões errôneas e extra-bíblicas da origem do "MAL" e de como Deus pune ou estinguirá esse "MAL".

A explicação necessária à razão  que a exige, face  a maldade existente no mundo fica sem resposta. Por que existem guerras e vítimas inocentes de tantos crimes? Por que vidas promissoras são inesplicavelmetne cortadas desse mundo, e na maioria das vezes de forma tão estúpida e injustificada? Seria um Deus de bondade o responsável por todas essas coisas?  São perguntas que muitos sinceramente fazem todos os dias em face aos acontecimentos e das notícias das quais tomamos conhecimento todos os dias. Em face a desastres e enfermidades de todo o tipo. Como pode um Deus de amor e bondade ser o responsável por tudo isso? Tal posição é um erro teológico grave e com consequências igualmente desastrosas a sua própria fé e ao evangelismo. naquilo que se proclama acerca de Deus e da salvação em Cristo. A soberania de Deus levada a consequências não razoáveis, apenas para justificar, uma deficiência da  compreesnão de sua exata medida, atribui a Deus a origem total dos desígnos e vontades de suas criaturas, negando a elas, criaturas, qualquer possibilidade de escolha, atribuindo ao Deus que professam amar, uma mancha, ainda que indireta no seu imaculado e perfeito ser: a mancha do mal, " ra' ".

Deus é BOM, Deus não é portanto MAU. Nós somos "maus", Jesus nos afirmou isso em contraponto a verdade de Deus ser perfeitamente BOM. Portanto DEUS não é a origem do MAL, mas ao contrário, a origem e a razão  de todo o BEM. Deus entretanto conhece o MAL o que é opostamente diferente de ser a origem do MAL.

Espero ter exclarecido essa dúvida que muitos tem, ainda que de forma sucinta e resumida. Procurei ser o mais claro e objetivo dnetro do possível e, dessa forma , ajudar a erradicar uma dúvida banal, mas que pode atinjir certo grau de importância quando se transforma em um dilema desnecessário dentro da revelação extritamente Bíblica, produzindo consequências indesejáveis e danosas no seio de nossa fé pessoal em um Deus que tanto amamos. Um abraço a todos e divulguem o nosso blog.

por Helvecio S. Pereira


COMENTE ESSE "POST'

Respondendo dentro da postagem a segundo comentário do grande irmão Jorge Fernandes, aí vão as minhas colocações a respeito:

A primeira colocação feita no primeiro comentário.

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Caro Jorge, a sua colocação foi bastante pertinente. Vamos por partes conforme o seu raciocínio:

1) O mal de Is 45:7 não é uma entidade, um ser, uma pessoa. Esse é a primeira coisa a deixar claro. E isso não é uma interpretação humanista, está na Bíblia e quem puder recorrer ao original que recorra. Nós que não podemos reinventar a roda dependemos legitimamente  de enormes ( enormes mesmo ) e benéficos dicionários bíblicos. O mal no caso é substantivo mas se fosse mau adjetivo ainda assim não seria uma pessoa.

2)Dessa forma o mal é uma ação, fato como registrado em minha postagem. Essa definição é igualmente importante.

3) Satanás é , biblicamente o autor do mal como ação, segundo palavras de uma testemunha ocular, se podemos dar essa ênfase, o próprio Jesus, o Logos, o pré-existente, Aquele que afirmou "antes de Abraão Eu sou". Segundo Ele, Jesus, satanás é " o pai da mentira", o ladrão, o assassino, "desde o princípio".

4) Satanás não rivaliza com Deus em pé de igualdade mesmo porque o seu pecado foi o de se imaginar "igual a Deus". mas Satanás permitidamente, pela soberania de Deus, se opõe a Deus e a tudo que é de Deus. A palavra "satanás" significa em última instância: "aquele que se opõe" ou "opositor". Diabo "aquele que causa confusão", "demônio", inteligente ( sem nenhum elogio! )

5) Esse fato não torna Deus menor, pois a vida que o diabo e os demônios ou qualquer ser tenha vem unicamente de Deus. Satanás está vivo porque Deus é soberano e permite que ele não só exista e viva, e aja, dentro de limites, que Ele Deus impõe constantemente.

6) A Bíblia diz claramente como Deus o conteve no passado,contém hoje e irá contê-lo no futuro e por fim extirpá-lo completamente. Deus portanto não é impotente em relação ao mal apenas tem, como diz uma canção evangélica americana "Tem todo o tempo do mundo". Tudo isso está claro na Bíblia e bastante claro.

7) Como o mal não é pessoa, entidade, mas ação e fato e tanto Satanás, como anjos caídos, nós e quem mais houver, somos apenas criaturas, não há realmente nenhum Deus além dEle mesmo. 

8) Deus poderia fazer com que o mal não ocorresse e não o fez. Isso não é prova de impotência mas ao contrário de onipotência, pois sabendo dessa possibilidade, permiti-o e a partir da sua existência como fato, refutá-lo e extingui-lo definitivamente ( outra verdade revelada na Bíblia )

9) Finalmente Deus é todo poderoso mas não é um ventríloquo rodeado por um punhado de bonecos sem vida e que de fato não existem de forma pessoal. Deus não precisa de suas criaturas, mas criou várias delas, que das quais temos uma pálida ideia além de nós, e se relaciona com elas bem como conosco. Daí o fato de Jesus nos ter ensinado que uma das Pessoas de Deus, ser exatamente O Pai e, Pai esse, que tem filhos. Nossos filhos compartilham a nossa natureza mas não são nós mesmos em absoluto. "Eis que o homem é como um de nós"..."façamos a nossa imagem e semelhança"...mas produzimos ideias, temos ações, prioridades, diversas das de Deus e isso se dava mesmo antes do pecado.

 A segunda colocação feita a partir do segundo comentário:
-->

Caro Jorge,

Quando alguém lê apenas a Bílbia, as questões afloram em sua mente e são respondidas na medida de sua necessidade. Não necessitamos, obrigatoriamente de sabermos tudo, apenas o necessário. A origem do mal, exatamente como ela se deu é uma delas. Somos informados da sua existência, dos seus efeitos, de como ele se processa e de que Deus nada tem a ver com ele. Deus não tem prazer no mal, Deus não planejou a desgraça e o sofrimento causado pelo mal, algo inegável, abominável para nós pecadores, imagine para um Deus perfeito, bom e justo?

Mas vamos por partes:

O mal não é uma pessoa e nem uma entidade. O mal é uma ação, um fato. A sugestão da Serpente à Eva no Édem, a queda do homem, a oferta ciumenta de Caim, o primeiro assassinato, etc.
O orgulho de Lúcifer, a sua rebelião, a traição de Judas, e todos os infinitos exemplos. Assim como o bem. O bem não é uma entidade,uma pessoa, mas uma ação, um fato feito a alguém. A morte de Jesus por nós é um ato , um bem feito a todos nós.

Deus é bom, é perfeitamente bom e capaz de fazer o bem e de fazer o mal, embora não o faça, pois a sua natureza perfeita faz com que Ele só faça o bem. Mas Deus conhece o mal. Deus criou o pior lugar para um ser vivo permanecer vivo e atormentado, o inferno. Daí o fato dEle Deus, como declarado no texto de Isaias 45:7. No céu não há o mal. Nunca houve. O "mal" foi achado em Satanás e ele lançado do céus como relâmpago. Ao que sabemos o mal está circunscrito à terra, ao nosso planeta.

Logo Satanás não criou "o mal" e esse passou a existir. Ele desencadeou ações más, atos maus, o que é bem diferente. Quanto a "Árvore do conhecimento do Bem e do Mal" foi intencionalmente plantada por Deus no Jardim, dentro de Sua soberania,não para tentar ao homem, pois "Deus a ninguém tenta", mas como uma possibilidade. A posse, o conhecimento do bem do mal, acarretaria consequências, previamente avisadas e aventadas por Deus ao homem. Caberia somente ao homem crer no que Deus declarara e nunca...nunca... cobiçá-la e lançar mão de seu fruto, ainda mais sob o pretexto de ser "igual a Deus".

Interessante notar que um ato mal, transforma o seu autor em "mau". Satanás é mau. Homens e mulheres ao fazer o mal se tornam maus,por ter prazer em coisas más ( de mal, com "L "). O modelo que, sob pretexto de atribuir a Deus, não uma reconhecida soberania, mas de colocá-lo como um ser solitário que fala consigo mesmo o tempo todo, que faz suas criaturas bonecos de ventríloquos, já que Ele, Deus age por elas, fala por elas, escolhe por elas e ainda assim as condena ao inferno, torna-O  o ser perfeitamente injusto. Tal modelo foi erigido a partir de uma pergunta tola e descabida. Para respondê-la constrói-se uma resposta que se tornou a espinha dorsal de uma teologia espúria, ainda que não em pontos fundamentais. Se não fôssemos livres, todos seríamos "inspirados por Deus". Dá para imaginar Paulo coelho e José Saramago inspirados por Deus? Jamais erraríamos, nos enganaríamos ou seríamos enganados. Estaríamos cumprindo um papel como bons atores ( e como seríamos bons ) e toda a injustiça e maldade existentes seriam de inteira responsabilidade do autor máximo do roteiro, de um péssimo roteiro , diga-se de passagem.

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29 Mai 2010
UM LIVRO OBRIGATÓRIO PARA CATÓLICOS E EVANGÉLICOS ACERCA DA ERRÔNEA CULTURA DO CULTO A MARIA. Recebi por indicação do irmão Jorge Fernandes Isha, um e-book gratuito, de leitura obrigatória para os evangélicos e para ...
16 Fev 2010
Judas era o mais culto, de origem e status social diverso dos demais, de outra cidade, e foi substituído não pelo apóstolo dentre os discípulos eleito pelos demais, por própria escolha de Jesus, após a morte de Estevão, Saulo, discípulo de Gamaliel, provavelmente o mais preparado ...Melquesedeque, Maria , José, e tantos outros. Deus se dá a conhecer plenamente a cada um que o ama. O ue Ele fará na história as vezes não noscompete saber, as vezes sim. Essa é a diferença. ...
19 Mar 2010
Tal qual os fariseus, põem não poucos impencilhos que vão desde reparações a pregação simples e com pouca ligação com a hermeneutica e pregação convencionais, a música, letra das canções, a ordem do culto, forma dos apelos e ... Essa pessoa , esse novo crente, como filho ou filha de Deus de fato, tem agora uma nova vida, como Madalena, Zaqueu, o Gadareno, o Centurião, Nicodemos,o ladrão da cruz, Marta e Maria, Lázaro ( não necessariamente nessa ordem ), e tantos outros. ...
04 Mar 2011
Nesse aspecto seria legítimo um católico cultuar Maria como N.Senhora, um muçulmano a Maomé como seu legítimo profeta, um budista como objeto de culto, e assim por diante. Todoslçegitimamente amparados por sentimentos sinceros e ...
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