Pesquisar este blog

SANDI PATTY LOVE IN ANY LANGUAGE

Mostrando postagens com marcador determinismo bíblico. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador determinismo bíblico. Mostrar todas as postagens

domingo, 19 de janeiro de 2014

UM GRANDE ERRO É SERMOS OU ERRONEAMENTE HAVERMOS SIDO ENSINADOS OU SUPORMOS QUE NÃO TEMOS ESCOLHA... AS TEMOS, SÃO TANTAS POSSÍVEIS E PODEMOS ERRAR TANTO QUE É ESSE JUSTA E VERDADEIRAMENTE O VERDADEIRO PERIGO / PARTE III


Há uma divisão indivisível no mundo, pouco ou nunca percebida, tão real e impactante e cujas linhas passam distantemente de qualquer percepção mais facilmente percebida, como uma instituição, uma ideologia claramente delineada ou uma fé religiosa.

Essa divisão é entre as pessoas que pensam a vida como um script pronto, com todas as coisas predeterminadas de alguma forma e as que percebem um leque infinito de possibilidades, das quais percebemos um leque reduzido, nós as escolhemos e pro elas sejam quais forem os resultados, bons ou ruins, somos delas culpados.

Dentro do chamado determinismo estão todos os que creiam que todas as coisas estão pré-escritas, determinadas com lugar e hora e como sucederão e os que acreditam que as coisas, o universo, a natureza por si mesma determina todas as coisas. Nesse segundo grupo estão presentes os que descrevem as relações sociais e econômicas como ações e reações que se auto determinam e que o papel humano apenas se restringe a estar de um ou de outro lado. Temos portanto o determinismo religioso sob todas as formas, determinismo cristão, determinismo não cristão, determinismo filosófico e determinismo materialista. Dentro de cada a diferença é a descrição de como isso aconteça e quais as razões porque essas coisas sejam como se acredita. 

Sob o ponto de vista verdadeiramente bíblico, o homem foi criado e é livre, porém sujeito a duas forças: uma em si mesmo, portanto dentro de si  e outra fora de si, mas que indubitavelmente, as duas passam pelo crivo único e pessoal do assentimento pessoal. Dessa forma o destino do homem não está pré-escrito, mas se escreve ou é escrito, conforme a que força, interna ou externa se submeta finalmente ou dê a sua inclinação.

A interna, descrita na Bíblia é a própria carne, o próprio corpo do homem com suas demandas mais imediatas e tudo o que possa ser construído cultural, social, mental e cognitivamente. E externa é causada como se é descrito nas Escrituras, por uma influência espiritual que não vem de Deus: Satanás e qualquer dos demônios abaixo dele pode ter pelo menos três níveis de influência sobre cada ser humano que deles não esteja protegido finalmente.

Ao inimigo interno, o próprio corpo, a Bíblia descreve como a carne. Essa carne transmite uma tendência que passa de um ser humano ao outro através da reprodução legítima e da genética herdada a incontáveis gerações. Embora por vários e diferentes e até desconhecidos motivos, nasçam pessoas bastante diferentes, mesmo parentes, filhos de pais, irmão de irmãos, todos sem exceção temos um problema: não somos imunes ao erro, ao decaimento de uma condição que seria mais ideal, ao que a Bíblia chama-se de pecado.



Ao inimigo externo, a Bíblia chama de Diabo, Satanás, Demônios, seres espirituais, aos quais se relacionam todo o mal, todo o tipo possível de mentira, e de coisas opostas ao que se imagina desejadas por Deus ao homem nesse mundo. É facilmente concorde que as coisas boas são inspiradas em Deus ou por Deus e as coisas más são de origem maligna. Embora essa linha seja igualmente tênue em várias situações. Por exemplo uma religião, pode ter aspectos positivos, proclamar valores mais ideais e universalmente aceitáveis, porém quando se avança um pouco mais e se observa os frutos, os resultados ( o Senhor Jesus havia dito que pelos frutos conhecereis a árvore ) esses são maléficos, logo aquela religião, aquela igreja, aquela teologia não é tudo o que se diz ou pareça ser. 

Inconscientemente todos percebem e até se acusam uns aos outros ao atribuírem erros teológicos, litúrgicos, como de origem satânica. De fato todas, ou pelo menos uma maioria bastante clara e expressiva,  das igrejas e religiões atribuem o mal a Satanás, ao Diabo, a demônios. seres as vezes pouco cridos ou pouco reconhecidos, incompletamente descritos, que marcadamente pela simples observação e julgamento parecem ser responsáveis pelo crescimento e portanto pela proporção que a própria malignidade humana se apresenta em toda a sua história em todos os lugares e tempos.

A pergunta óbvia portanto é: há escapatória para esse estado de coisas? Ao homem, a humanidade, a cada individuo há a possibilidade de construção da sua própria história?

Para tentar encontrar uma resposta e basear sua crença e ações nela, normalmente nos voltamos para um passado mais distante no tempo ou mais próximo de nós conforme a possibilidade a tendência fortuita de quem busca uma resposta. Há respostas no cristianismo, em vários pensadores cristãos pós cristianismo primitivo, como em Agostinho por exemplo, saltando no tempo pode ser recorrer à premissa do pensamento de João Calvino, por ocasião da reforma. Se pode por outro lado afastar-se do cristianismo, seja agostiniano e católico romano ou calvinista, muito próximo do primeiro e trilhar o caminho da investigação filosófica materialista que em síntese reza que seguimos um curso, como as águas do rio, presas pela suas margens em um terreno que decai de uma região mais alta para até acomodar-se ao nível do mar. 

Daí resultando em apenas uma de duas possibilidades: a primeira que com o tempo e o aprendizado, depois de infinitos erros e acertos, conseguiremos como espécie sobrevivente chegar a uma acomodo ação social, econômica, de conhecimento, etc e isso tudo sem nenhum Deus ou verdade religiosa; a segunda possibilidade é que entraremos em um declínio e nos aniquilaremos e que isso é só uma questão de tempo pois toda a existência ou realidade é um eterno ir e vir, uma alternância cíclica natural.

Claro que qualquer pessoa viverá a sua vida até que ela acabe,sendo uma boa vida, ou uma vida terrível, sem saber nada dessa realidade, ou sem ter provas de qual é a verdade. De fato milhões e milhões de pessoas morrem todos os anos, após uma vida de duração singular, de características e histórias inteiramente pessoais sem saber o porquê da existência delas e de tudo o mais. Do mesmo modo eu e você e qualquer um pode ignorar totalmente essas coisas durante toda uma vida. Se não houver nada depois nada foi perdido. Mas entretanto se a Bíblia estiver certa, correta e for toda ela uma solene e urgente advertência quanto ao que seja a vida, a morte, Deus e o julgamento individual de cada  uma de nossas ações, os que desprezam essa revelação estarão sim, em péssima situação.

Mas voltando as escolhas ( que boa parte dos religiosos e cristãos teimam em negar ) se elas são possíveis, são tantas que seria bastante apropriada a expressão perdido! Quem está perdido é quem não acha o caminho, ou quem não é achado em alguma situação, espaço ou circunstância. Somos nessa condição perdidos por não acharmos o caminho, uma saída, ou por não sermos tirados de uma condição que nos destrói. O homem ou a pessoa perdida, é descrita nas Escrituras como cego, uma pessoa que se confundiu se enganou, um caído e incapaz de caminhar e seguir, uma amarrado, preso, alguém que carreta um peso insuportável que mal o impede de seguir avante, alguém que tem um passado que não pode ser mudado, apagado, esquecido; um devedor, um fugitivo, um envergonhado; um maldito, difamado, mal afamado, de má fama; um sem futuro; um ignorado! Todos esses adjetivos podem ser facilmente apreendidos por  muitas e diferentes passagens da Bíblia, basta tê-las lido um vez e delas se lembrar ao ler  cada uma das palavras dessa descrição.

O determinismo pressupostamente bíblico reza que esse pecador, nascido com o DNA da incapacidade inerente que o faz ser o que é, não tem nenhuma escolha e que portanto não pode mudar essa condição, nem fazendo o mínimo que é justamente o que as Escrituras e o próprio Senhor Jesus descrevera que é escolher. Contraditoriamente esse mesmo determinismo pretensamente bíblico reza que o predestinado (destinado antes ) à uma salvação, também não tem escolha, e que de um modo impossível fará a escolha certa, legitimando a sua injustificável pré-escolha para salvação sem nenhuma escapatória.

Temos aí uma situação irrazoável e determinadamente ilógica: alguém pode desejar ser salvo, sentir e entender que a perdição é uma situação insuportável e que não pode ser vivida por nenhum ser humano, uma situação sem acomodação, sem adaptação e não será, por esse lógica, salvo por um Deus e um Salvador do qual se diz ser justo e misericordiosamente perfeito. A outra situação e lógica é igualmente constrangedora: alguém pode não desejar ser salvo,nunca ter avaliado o perigo da condição de ser perdido e ser finalmente salvo, contra a sua expectativa, medos e desejos.

Nem é preciso dizer que quinhentos anos depois, as justificativas, tangenciamentos a essa questão estejam na ponta da língua de cada calvinista mais ávido leitor de livros calvinistas. E não adianta contra-argumentar pois a maioria não ouvem a voz da lógica, jamais se detém honesta e justamente para  reexaminarem cada uma de suas próprias afirmações.

Entretanto pegos em situações reais, factuais, caem em contradição, citando ou não as Escrituras ( aliás para um cristão há dois crivos importantes: o da realidade e das Escrituras. Algo dito afirmado com base nas Escrituras deve passar pelo crivo da realidade e vice-versa ), vamos pois a uma delas:

Uma jovem de 21 anos, estudante universitária, de boa família, de boa índole, trabalhadora e casta, é seguida e atacada a menos de vinte metros de sua casa, por um homem de 32 anos aproximados, viciado em drogas, desocupado e ladrão eventual. Estuprada e morta tem seu corpo achado no dia seguinte em um lote vago. O resto da história que infelizmente não é única, todos já conhecem ou imaginam tratando-se de Brasil.

Não estou fazendo conjecturas, ou imaginando uma resposta desse tipo. Já vi várias respostas desse tipo na web, em debastes em que questões semelhantes são postas na mesa para uma resposta clara. Para um calvinista foi A VONTADE DE DEUS!

E por mais que outro calvinista tente atenuar ou deixar mais amena e palatável a terrível cosmovisão calvinista, com base em sua teologia não há dúvida alguma de sua cosmovisão:  para eles calvinistas, DEUS É O AUTOR DO MAU, O DIABO É SEU SERVO E FAZ O QUE DEUS DECIDIRA FAZER, NADA E NEM NINGUÉM AGE SEM QUE DEUS O MOVA E O IMPULSIONE!

Logo Deus fez nascer a moça ( com todas as implicações naturais e antecedentes imagináveis ), fez que a mesma se desenvolvesse como mulher proativa até o viso dos seus vinte e um anos, saísse naquele dia, fosse ao encontro de uma amiga, e ao voltar para casa, perto de seu portão, todos na sua família estivessem bem distraídos de foram que ninguém, nem seu pai pudesse ao menos chegar  à janela e vê-la chegando e do mesmo modo o crápula do tal sujeito fora preparado para esse mal naquele dia fatídico para fazer a desgraça e a injustiça que fez.

É isso que o calvinismo crê, acredita, ensina e espalha a título de teologia mais refinada, cristã e evangélica!!

Para eles, essa é a perfeição de um Deus perfeitamente justo e misericordioso. E pior, se essa moça não conheceu a salvação e morreu dessa forma humilhada, injustiçada, sofrendo dores e sem honra nenhuma, não era portanto "predestinada". E pior: se o tal sujeito se converter ( algo possível não pela lógica calvinista, mas arminiana, pois todos podem arrepender-se e crer e serem salvos ), a despeito do que fez a ela ( não salva )  ele agora pôde ser salvo, justamente por ter sido eleito "antes da fundação do mundo".

A lógica defendida  por Jacó Armínio  ( e logo quando o melhor calvinista, ele mesmo, foi reexaminar o calvinismo para uma decisiva defesa do mesmo ), todos que arrependerem e crerem em Cristo ( Judas arrependeu-se mas não creu em Cristo! ) podem e serão salvos, sem terem sido predestinados para tal.

Uma prova bíblica ( há incontáveis )? Sodoma  e Gomorra poderiam ter sido perdoadas e não terem sido destruídas, tudo dependeu tão somente da oração de Abraão. Abraão cessou de pedir o número certo de justos vivendo em Sodoma, havia no máximo dois, ou um somente Ló, já que a sua mulher e filhas deviam apenas obediência a ele.

A cada momento fazemos escolhas, o número delas e suas implicações são tão complexas que escapariam facilmente a nossa capacidade de avaliação. mas as fazemos, ou deixamos de fazê-las, e nos fazemos culpados por fazê-las erradamente, ou por nunca fazê-las ( o que já é uma escolha ) O grande problema é que a grande maioria das pessoas não se dá conta disso, não percebe as enormes possibilidades dadas por Deus, não ensinam isso as demais pessoas, ou pior ensinam justamente o erro mais crasso e grosseiro.

O livro de Jó é um livro que mostra as circunstâncias e o que elas podem nos possibilitar. Curiosamente é o livro da Bíblia, na minha opinião, onde temos mais informações acerca da pessoa de Satanás, da sua natureza e seu modo de agir, justamente aquele modo menos visível como dos endemoniados que gritam ou rolam pelo chão. O Diabo põe em dúvida a capacidade de Jó de fazer outra coisa, já que em tudo é favorecido por Deus. Curiosamente o ateísmo e as esquerdas ideológicas hoje se utilizam das circunstâncias para justificar a violência e os violentos, o crime e os criminosos, a maldade e os maldosos, tido como fruto do meio em que vivem. Em outras palavras: Jó era temente a Deus, porque Deus o favorecia, hoje  o estuprador e viciado da notícia real contada anteriormente nessa postagem o é porque a sociedade determinadamente o fez assim, para o calvinista, Deus mesmo o fez assim.

Segundo a Bíblia o homem tem o dever de se colocar acima das circunstâncias. A um dos anjos, pastores, líderes de uma das igrejas descrita no Apocalipse, o Senhor Jesus adverte: arrepende-se senão virei a ti... e o resto da história das sete igrejas descritas no Apocalipse a despeito do aviso urgente e direto da parte do próprio Senhor não fizeram o necessário concerto. Mas na Bíblia a casos de  boas escolhas, Nínive do tempo de Jonas é um grande exemplo, mas não o único tratando-se de pessoas fazendo a escolha certa.

O rol de escolhas erradas por tantas pessoas em suas histórias individuais e com algum registro para servir de prova e exemplo hoje é enorme, grande e serve muito bem de elucidação desse importante dilema. Mesmo entre os chamados tecnicamente de cristãos, fazemos escolhas se cremos ou não, como cremos ou não. Os exemplos vão dos maravilhosos havendo também os mais terríveis. No passado ao serem tirados de Sodoma e Gomorra, Ló, a sua esposa e filhas, foram advertidos em não se deterem e olharem para trás! algo simples e fácil de ser obedecido nas circunstâncias descritas para qualquer pessoa! em um fuga  o normal é olhar para frente, para um caminho ou uma rota de escape. Entretanto a mulher de Ló escolheu, olhar para trás, possivelmente para os bens e a condição confortável para a época, deixada para trás tendo a frente nada, uma campina, montanhas, uma caverna com poucos apetrechos somente para uma sobrevivência incerta. Fez ela a escolha ERRADA! A prostituta Raabe, de Jericó, fez a escolha CERTA, e sem saber, sem alcançar o impacto do seu acerto, faz parte da genealogia de ninguém menos que o Salvador Jesus Cristo, segundo a carne!

Evidentemente a vaidade teológica, o desejo de colocar Deus em uma bancada de laboratório e dizer que Ele, Deus, funciona assim ou desse modo, para muitos é mais recompensador e prazeroso. Para esses a Bíblia não basta a si mesma, defendem a livre leitura, mas não a livre interpretação, que a semelhança ao educandário teológico católico romano se prenda e seja restrito a uma certa compreensão humana, temporal e falível.

Hoje pode ser o dia da salvação, o dia do acerto com Deus, o dia da compreensão da vontade dEle, não só para o mundo, para os outros, para si pessoalmente. Isso depende de escolhas, escolhas acima do que se sente, acima das sensações. Basta uma palavra dita a Ele, um acerto, um desejo e compromisso de ter comunhão com Ele, pertencer a Ele e não a si mesmo, de deixar-se a partir de hoje e de agora, a ser guiado e ter somente uma dependência: DELE!

E agora uma solene advertência: muitos O conheceram de fato e na  realidade, mas com o tempo, dependências várias, foram amarando a consciência e a forma de pensar, tornando essa pessoa agora um crente, não presa pelos vícios, como bebida, cigarro, pecado sexual, mas presa de uma mentalidade teológica míope, que embora confesse coisas legítimas acerca de Deus, as descreve e as confessa inapropriadamente.

Lembra das duas forças que nos impedem de sermos o que deveríamos? uma delas é a carne, o velho homem que nos faz escolher,ou fazer escolhas aparentemente legítimas: Ló escolheu a melhor capina, a melhor região, no trato com Abraão,  foi viver em Sodoma, talvez um tipo de Los Angeles daqueles dias. Com uma adaptação inteligente, mesmo conhecendo e temendo a Deus, e sendo justo, a vida em Sodoma e Gomorra era humanamente promissora, afinal Ló vendera o rebanho e tenha conseguido uma vida mais cosmopolita na cidade, quem sabe uma ocupação menos penosa e mais lucrativa. Suas filhas iriam se casar virgens, possivelmente com dois bons partidos, humanamente falando. Ló havia fazendo escolhas legítimas mas errôneas já há algum tempo. Tantas que mesmo salvo da destruição da cidade, as suas filhas emergencialmente fizeram conscientemente e planejadamente outra má escolha: virgens embebedaram o pai e engravidaram dele. Não foi por sem vergonhice não. Elas melhor que muitas mulheres e homens hoje tinham plena consciência da importância e urgência da reprodução. Usaram o artifício funcional para terem descendentes. O resto da história e todas as suas consequências futuras, você pode lê-las na sua própria Bíblia.

Para onde vão as coisas na sua e na minha vida?

Devemos como simples expectadores sentados a beira do rio ou na praia em frente ao mar nos limitarmos a ver os acontecimentos, sejam materiais, circunstancialmente humanos ou até mesmo espirituais sem nada dizer ou fazer, ou pedir a Deus que aja por nós?

É isso que sincera e coerentemente ensinamos às pessoas? o perdido não pode ser salvo? o doente não pode ser curado? o perseguido e oprimido por Satanás não pode ser liberto? Nada pode ser feito, pois imaginamos e pior prazerosamente ensinamos aos outros que é assim a realidade?

Na oração exemplo e basilar para toda oração a ser feita inteligentemente por cada ser humano, há dois trechos a serem destacados:

Seja feita a Tua vontade na terra COMO É FEITA NOS CÉU! Podemos compreender que a vontade de Deus não é feita na terra! Mesmo que isso escape ao nosso orgulho e desejo de síntese teológica e denominacional! Somos instados a PEDIR! OU seja que a vontade de Deus modifique a realidade diante de nossos olhos ou circunstancial!

Outro trecho diz: LIVRAI-NOS DO MAL! ou seja o que estiver em vias de acontecer, somos instados a pedir para que Deus NÃO PERMITA ACONTECER!

Ainda: NÃO NOS DEIXE CAIR EM TENTAÇÃO! ou seja impeça até a nós mesmos de sucumbirmos às circunstâncias e à nossa carne, a nossas más escolhas! sejam quais forem e quão implicadoras elas sejam.

Em toda a Escritura nunca somos animados a permanecermos no erro ou pecado. Até quanto a Caim foi lhe dito por Deus: "se procederes bem, serás ACEITO!" Caim poderia ter ouvido a Deus! Mas caim não ouviu, não fez a escolha certa. E quase sempre a escolha errada não é feita pela impossibilidade de se fazer a escolha certa, mas pelo orgulho!

Você que é um crente, ama verdadeiramente ao Senhor e crê na sua Palavra, nasceu de novo, teve uma experiência real e inegável com o Senhor Jesus, deixe o calvinismo e a sua cosmovisão! Isso não é um debate teológico, não é uma inimizade denominacional. Livre-se dessas amarras desnecessárias!

Se você ao menos logicamente considerou essa possibilidade, a sensação de vazio é enorme. Como escolher um outra igreja e arminiana, com tudo que vemos sobre as igrejas evangélicas no Brasil principalmente? Ora isso não é problema, se for honesto as igrejas presbiterianas e portanto calvinistas hoje ordenam pastores gays, pastoras lésbicas,uma igreja batista nos EUA apoiou e deu dinheiro para liberação do consumo de maconha... há escândalos para todo o lado, o joio e o trigo muitas vezes juntos.


Faça a escolha certa! o importante é você e eu sermos como Enoque e como o que é dito dele: Enoque andou com Deus! Quem conhece verdadeiramente o Senhor ( ou deseja conhecê-Lo mais a cada dia ) se deixará e será guiado pelo próprio Senhor Jesus,m pois temos a promessa que o Seu Espírito nos guiaria em TODAS AS COISAS.

De onde vem o erro então se temos escolhas, se nos deixamos conduzir, nos convencer? o erro vem quando damos ouvidos deliberadamente a outros com seus erros, quando permitimos que outras vozes tenham a mesma autoridade ou até maior que a própria Bíblia sozinha e o seu Espírito disponível para nos ensinar. Isso acontece quando os cuidados da vida ou a presunção passa ocasionalmente a ter influência sobre as nossas decisões.

Pense honestamente nisso. Deus o ajude!


Por Helvécio S. Pereira





-

sábado, 8 de outubro de 2011

O PERIGO DA LIBERDADE

De certa forma e por certos motivos, tem se investido numa crença teológica e não realmente bíblica em todas as suas implicações, e por isso mesmo, uma idéia como a do livre arbítrio ( idéia filosófica é verdade ) tem sido sistematica e objetivamente atacada, como uma terrível maldição, como algo espúrio e danoso para o cristianismo ( e não somente ) sem levar em conta o que a Bíblia diz, e sem alinhar as reais consequências dessa negação. Um combate desnecessário tem ocupado muitos cristãos, e minado suas energias em prol de uma maior eficácia na pregação do Evangelho, e da pessoa de Jesus Cristo morto por nossos pecados e ressuscitado para a nossa eterna salvação

É inegável, irrazoável, que cada um de nós objetivamente não tenhamos liberdade de escolha, vai contra toda a realidade objetiva, válido para as coisas mínimas como para as, digamos maiores. Você e eu não escolhemos que sapatos usar, eu cor de camisa sair, e tantas inumeráveis pequenas e grandes escolhas, que na intrincada relação entre os inumeráveis eventos podem redundar em bençãos incomensuráveis ou desastres lamentáveis? Não é porque cai bem a determinada teologia, que negaremos simplesmente de forma irrazoavel as evidências mais palpáveis e inegáveis do dia a dia. Acho até que o determinismo sob todas as suas formas, deva ser de fato considerado e investigado, já que é integrante de vasto número de culturas em toda a história humana. Mas isso não é feito, ele é apenas repetido, repetido e os que a ele se opõem em alguma conta, são atacados, não nas idéias defendidas ou simplesmente colocadas, mas descredenciados muitas vezes zombeteiramente.

Hoje a maioria das pessoas, de certa forma diante dos fatos e acontecimentos mais terríveis, tendem a ter um certo grau de resignação e aceitação, como se algo maior e impessoal determinasse inexoralvemente cada fato, cada acontecimento, cada ação, boa ou definitivamente má. O pretexto por parte de numerosos cristãos ( cerca de 500 milhões no mundo atual ) de dar a Deus um maior reconhecimento, descrevendo e definindo como se dá a Sua Soberania não se mostra razoavelmente suficiente para justificar tal cosmovisão. O Deus bíblico não é um deus ausente, estúpido, incoerente, mas sábio, justo, perfeito, e todopoderoso e todo suficiente. O que lhe imputamos, quase sempre vai aquém ou além do que Ele mesmo revela de Si mesmo nas inerrantes Escrituras, a Bíblia comprovadamente a ( única ) Palavra de Deus.

Claro que a simples menção de que tal posição não seja verdadeira mexe em muito com o brio, o orgulho, de alguns que defendem mais apaixonadamente tal posição endurecendo-a e impedindo uma real reflexão acerca do assunto. Uma das defesas transformada em acusação a seus oposotores, feitas por calvinistas,  é exatamente que os não-calvinistas não conhecem o calvinismo. Dessa forma a resistência dos não-calvinistas ao calvinismo se faz por pura ignorância. Não  é essa a total verdade. Embora fazer um paralelo entre o que crêem e professam os calvinistas e fé, digamos arminiana, seja um tanto trabalhoso, há pontos decisivos no calvinismo que são facilmente refutáveis e sua clara incoerência desnudada.

Entretanto é bastante compreensível a dificuldade de um calvinista deixar de sê-lo. Ademais, abrir mão de tal defesa ou crença significaria aparentemente alinhar-se a uma posição que negue essa compreensão, digamos "particular" da soberania divina, Sua posição exaltada sobre todas as criaturas, pelo chamado decreto, seu pleno poder de fazer o que Lhe apraz ( salvar os eleitos e condenar os não-eleitos ). Ou seja, ser menos do que no determinismo significaria, uma fé menor, mais relativa, num "deus" menos Deus, segundo avaliam e dizem.

Além disso para muitos que congregam em congregações Calvinistas, como deixar de sê-lo ( de ser Calvinista ) e ser ainda aceito para comunhão pelos irmãos e denominação Calvinista? Calvinistas são aceitos e congregam em denominações e igrejas locais "arminianas", e até arminianas e pentecostais, mas o contrário não parece ser uma realidade aceita facilmente por parte de Calvinistas engajados. Calvinistas não suportam arminianos em sua congregação, não lhes dão postos de ensino e direção e muito menos lugar como pregadores, evangelistas, professores e pastores de suas igrejas calvinistas. Arminianos ou são heréticos ou ignorantes bíblicos. É verdade que há retalhações de ambos os lados, em disputas por espaços dentro das igrejas, e mais desgastes em debates na web pelas redes sociais, nas demais mídias  em  que muitas vezes a ofensa e a ironia são práticas constantes, para não falar do desprezo e do julgamento apressado. O que é do próprio ponto de vista cristão, de todo lamentável e profundamente incoerente.

Mas a questão nem é essa, se ambos, Calvinistas e não Calvinistas, se crentes e nascidos de novo, que amam e vivem para o mesmo Senhor e suficiente Salvador de todos nós. De fato, a contragosto de muitos, o verniz religioso cristão não conta, e pouco ou nada acrescenta ao nosso cristianismo real, à nossa comunhão e vida relacional com o Deus bíblico. Ou seja, todos nós, temos em bom número, idéias não cristãs sobre um monte de coisas, e até idéias não-bíblicas. Os discípulos de Jesus, ainda que judeus e crentes no Deus de Abraão, criam em fantasmas, e justamente com um fantasma ( a alma de uma pessoa qualquer já morta ) confundiram o Senhor Jesus andando sobre as águas. Se sentarmos com um número considerável de irmãos e passarmos em revista uma séria de detalhes e posições acerca de coisas ligadas ao dia a dia, poderemos nos assustar com a constatação de que muitos de nós cremos em tantas bobagens, ou temos posições absurdas sobre tantas coisas, coisas essas não relacionadas nas Escrituras, ou nela ( nas Escrituras ) relacionadas e difusamente entendidas. Alguns pastores quando consultados sobre minúcias do dia a dia destilam pérolas horrorosas que fariam uma pessoa de bom senso desconfiar do cristianismo, e isso não por maldade ou ignorância, mas pelo que somos, dizendo o que sabemos e o que não sabemos e como estruturamos individualmente nossos "saberes".

Afinal, temos ou não temos liberdade, somos ou não somos livres? Calvinistas mais ponderados, realistas ( tidos por seus colegas como quase arminianos ), afirmam que temos sim escolhas, mas que essas "escolhas" são promovidas por Deus, ou seja a nossas escolhas só ocorrem, se concretizam por que Deus as escolhera  antes, previamente.  Não adentrarei às pelêmicas teológicas e carregadas de teologês que lhes parecem dar alguma credencial a mais só por isso. Mas afirmo que isso ( de imputar tudo a Deus indiscriminadamente além de ser anti-bíblico, ou seja não reflete o que toda a Bíblia nos revela ) não resolve o problema, a questão em si, pois se escolhi calçar um sapato marron ao invés do preto ( e tive essa possibilidade de escolha ) só porque Deus escolhera o sapato marron antes de mim ( grande coisa...).

Mas se por outro lado alguém disser, a cor do sapato é algo irrelevante  no que se refere a minha vida e a história do mundo, logo quanto ao Sapato Deus não se importa e não interfere, a partir de que fato importante ou mais relevante Ele então interferiria ou interferirá?  Estabelece-se outro problema além do problema da escolha da cor do sapato que e sim se Deus escolhe tudo, todos os fatos bons e maus, nobres e terríveis, tem todos uma  ação original  no coração e na mente de Deus ( todas as injustiças se originariam em Deus, Ele seria a causa de todos os mais irrazoáveis males que afligem todos os seres vivos e também do homem ). O problema agora é separar o que Deus interfere e o que Ele ( Deus ) não interfere. Deveria haver um critério razoável e justificável, algo claramente delimitador entre uma situação e outra. E não se trata de mistério, pois mistério é o que vai além da realidade que nos relaciona a uma realidade. O que Deus fazia antes de todas as coisas e épocas antes da criação dos céus e da terra ( não únicas moradas na casa do Pai ) embora curiosos, tais coisas não nos dizem respeito, não somos a elas relacionados objetivamente.

Por outro lado se Deus não interfere em nada, em nenhum momento, nunca, é alheio e distante, os novos teólogos com idéias nem tão novas e nem tão originais estariam certos, estariam pateticamente corretos, embora a sua correção e lógica fosse duplamente inútil: a constatação de um Deus impotente, indeciso, presa de algo indeterminado fora de Si mesmo. Problemas teológicos são bons e estimulantes, as respostas puramente teológicas por serem simples produtos do pensar teológico é que são desastrosas e terríveis, confundindo-se com a verdade escriturística, rivalizando com ela ( a revelação escriturística ) em autoridade, legitimidade e abrangência. A revelação escriturística é abrangente, e de tal forma abrangente, que nenhuma teologia, ainda que legitimamente cristã ( e muitos podem ficar assustados e não concordarem com essa minha afirmação ) a contemple. No máximo a teologia, como conhecimento e sistematização humana do que se apreende acerca de Deus, contempla parte da verdade bíblica somente. É presunção achar o contrário!

O que fazer? sair correndo buscando desesperadamente preencher as lacunas com história, filosofia, humanismo, psicologia, com a ciência nas suas várias áreas, etc? Não. O que se é possível apreender-se de Deus só e somente pelas Escrituras, que constituem a única e infalível e completa revelação de Deus feita por Si mesmo, e mais importante naquilo que nos convém saber sobre Ele ( Deus ) e sobre nós mesmos. Portanto "profetas" modernos, sejam paraprotestantes ( Mórmons, Adventistas, Testemunhas de Jeová, Santa Vovó Rosa, Reverendo Moon, etc) não cristãos como Alan Kardec, Dalai Lama, ou quem quer que seja, que vá além ou não beba na fonte das Escrituras Sagradas, mente ou se engana. Deve-se sabia e prudentemente deixar de ser católico-romano, protestante, espírita kadercista, budista, paraprotestante, muçulmano, etc, etc, porque simplesmente todas essa religiosidade é forjada em revelações que vão aquém, além ou passam a margem das Escrituras judaico-cristãs, da Bíblia Sagrada. 


O meu Deus eu o conheço somente pelas Escrituras, pela Bíblia Sagrada. Nenhum homem, nenhuma instituição, nenhuma teologia  pode sobrepor o conhecimento escriturístico, em nenhum momento e em nenhuma circunstância, ainda que aparentemente especial ou particular. Há riscos, mas os riscos legítimos de um livre exame das Escrituras e também ( a contragosto de muitos por conveniência novamente ) e consequentemente da livre interpretação das Escrituras, são infinitamente menores do que a possibilidade  graciosa e gloriosa, de se compreender as Escrituras a partir do próprio Deus, pois há  a promessa aos que crêem de fato no Senhor, que o Seu Espírito os guiaria, e de fato creio, nos guiará em toda a verdade.

Os que defendem a livre leitura e a não livre interpretação das Escrituras certamente defendem uma compreensão religiosa, denominacional, acadêmica,  institucional que se sobreponha a direção pessoal do Espírito Santo de Deus ao crente. Importa mais obedecer a Deus que aos homens ainda que socialmente sejam considerados legitimamente cristãos e crentes. Essa medida humana pode ser facilmente falível circunstancial e temporalmente. Que autoridade tem um conselho denominacional ou eclesial acerca das coisas de Deus? Houve ocasiões ( e não poucas ) em que concílios refletiram a verdade bíblica e em outros dela se distanciaram.

A Bíblia é a verdade, a única verdade, a verdade absoluta, quer a entendamos, quer gostemos do que ela revela e diz, ou não, quer concordemos entre nós, quer a limitemos na sua eficácia ou busquemos aplicá-la em maior medida. A Palavra de Deus expressa nas Escrituras judaico-cristãs, é como um cubo que não pode ser derrubado, embora jogado muitas vezes de um lado para o outro, permanentemente de pé. E mais: Suas declarações são verdadeiras e permanecem como tal, repetidas na boca de quem as repetir, não dependem da nossa aquiesência, não somos quem as autentica, quem as valida, ou quem lhes dá referência e materialidade. Não importam quantos pastores ou membros de igreja promovam escândalos, quantas igrejas e denominações erram em alguma questão, quantos fatos superficialmente pareçam negar-lhe a eficácia, quantas vezes suas declarações sejam de tal forma ensinadas desvirtuadamente. Se aparentemente é desmentida aqui e ali, em inumeráveis situações pela justiça de Deus ela não volta vazia e faz tudo o que a Ele ( Deus ) apraz.

O tema, a idéia dessa postagem é exatamente a que, contrariamente a idéia de que não somos livres, de que não tenhamos escolhas, o que dá sutentação a idéia de que há um determinismo para salvação e perdição ( diferente de onisciência divina, algo como Deus sabe quem será salvo e quem se perderá ) a Bíblia, as Escrituras, não poucas vezes ( não poucas mesmo! ), e as palavras do próprio Senhor Jesus, deixam claro que a possibilidade de salvação e de perdição estão ambas diante de cada ser humano quando oportunizada a proclamação do Evangelho.

O esquema é o seguinte, bastante simples e lógico:

1-O HOMEM SÓ PODE SER SALVO CRENDO NO EVANGELHO! NÃO HÁ OUTRA POSSIBILIDADE, DE FATO NENHUMA POSSIBILIDADE! ESSE É UM PONTO QUE NÃO PODE SER RELATIVIZADO JAMAIS!

2-PARA CRER É NECESSÁRIO OUVIR O EVANGELHO! E SÓ SERES HUMANOS PODEM PREGAR O EVANGELHO A OUTROS SERES HUMANOS, ANJOS NÃO PODEM FAZÊ-LO EMBORA A BÍBLIA NOS DIGA QUE ELES VERDADEIRAMENTE O DESEJARAM! ( nem é necessário dizer que se tal pessoal em tal época e lugar não ouvir o Evangelho, não será salvo, estará perdido, algo claro e pacífico entre cristãos )

3-É POSSÍVEL OUVIR E NÃO CRER NO EVANGELHO - O QUE MUITOS FAZEM TODOS OS DIAS, POR VÁRIAS RAZÕES! ( a contragosto de alguns e um apergunta sincera eimportante feita a quainheotos anos por João Calvino ) 

4-É POSSÍVEL OUVIR O EVANGELHO E CRER NO EVANGELHO! BEM AVENTURADOS OS QUE NÃO VIRAM E CRERAM, DISSE O SENHOR JESUS! ( não sabemos porque isso acontece e nem acho que seja relevante, e muitos creem em níveis de fé diferentes, mas o fato é que  crêem! )

5-É POSSÍVEL CRER E DESCRER DO EVANGELHO, RENEGANDO-O, APOSTATANDO-SE DA FÉ! E HOJE NÃO POUCOS PASTORES E TEÓLOGOS O FAZEM MAIS DO QUE O CRENTE COMUM, MAIS QUE O LEIGO, MEMBRO DE ALGUMA IGREJA! ( novamente a contragosto teológico de muitos... conveniência denominacional, etc, se der ouvidos a mentiras, se negar o que foi originalmente ouvido e aprendido, se amar o mundo e não mais a Deus, se ouvir outras vozes além da Sua inerrante Palavra, etc. A Bíblia é prodica em exemplos de crentes que retocederam na fé em não poucas ocasiões )

6-É POSSÍVEL TER NÍVEIS DIFERENTES DE INTIMIDADE E COMUNHÃO COM DEUS! INFELIZMENTE É TÃO POSSÍVEL TER APENAS A APARÊNCIA DE PIEDADE OU UM VERNIZ DE CONHECIMENTO RELIGIOSO! MAS, POR OUTRO LADO, SE PODE TER UM NÍVEL DE INTIMIDADE TÃO BÍBLICO COM DEUS COMO DOS PERSONAGENS REGISTRADOS NAS ESCRITURAS, AFINAL O VÉU DO TEMPLO SE RASGOU DE ALTO ATÉ EMBAIXO! ( definido talvez pelo lugar e nível de intensidade dada a Deus na vida do crente e com o nível de amor direcionado ao Senhor, alguns de nós O amam mais e outros de nós menos, algo revelado pelo próprio Senhor Jesus na ocasião que uma mulher lhe lavava os pés com um caro perfume e os enxugava com so seus cabelos.

7-É POSSÍVEL AVANÇAR NUMA FÉ E PRÁTICA VERDADEIRAMENTE BÍBLICAS! A TRADIÇÃO NEM SEMPRE É GARANTIA DE UMA SINTONIA COM A OBRA DE DEUS HOJE! O DEUS DA BÍBLIA É UM DEUS QUE FAZ NOVAS TODAS AS COISAS! O MEDO DO NOVO FAZ COM QUE CRENTES SINCERAMENTE SE PRENDAM A UM PASSADO CONGELADO NO TEMPO E PREGUEM ALGO QUE DEIXE DE FAZER SENTIDO! ( talvez o maior desafio na vida cristã, teologicamente falando... ) muitas vezes o "guardar a fé" se confunde com o ser fiel a uma posição ou visão no passado mais distante e não ter novas revelações e avanços, oposta a realidade de que "novidades" muitas vezes são extra-bíblicas ou definitiva e claramente não bíblicas. O medo do novo em Deus, do novo apropriado no que a Bíblia já revelara, afasta o crente e a igreja de obras iguais e maiores dos que as feitas e prometidas pelo próprio Senhor Jesus. Entretanto esse "novo" só pode e é válido de fato se for bíblico, não pode se apoiar em modelos de administração e estratégias emprestadas do empreendedorismo secular,  nem tão pouco do culto a celebridades, técnicas de marketing que ocultam a verdade, nem a excentricidade pura e absoluta.

Finalmente, não é algo tão raso e limitado como ser ou não ser predistinado, ou das coisas serem tidas como já determinadas prévia e totalmente. Crentes salvos e renascidos têm, erroneamente, uma atitude passiva e ou pouco operante diante do mundo que se afunda inexorável e velozmente em desgraça de todas as formas, enquento vêem parentes, amigos, conhecidos, colegas, darem com a eternidade perdidos definitivamente, pois nessa visão dependemos da iniciativa de Deus para salvar e mudar as coisas, quando a contragosto, em muitas, muitas ocasiões, passagens, eventos  e textos, o contrário é revelado: somos instados a pedir, a agir, a lutar se for preciso, a resistir, a forçar as situações,  e dessa forma, somente dessa forma, a vontade de Deus passar a se materializar diante dos nossos e dos demais olhares, na terra como é feita nos céus. 

O doente ( das doenças mais graves e estranhas, senão onde estaria o Deus Todo-poderoso de quem tanto falamos? ) pode ser curado! o oprimido e escravo pode  ser liberto! o pobre pode ser enriquecido! o louco pode ser feito sábio! a estéril pode ser mãe de filhos! o perdido, sejam quem e como estiver, pode ser salvo! Aleluia!!! Pela Palavra de Deus proclamada, ouvida e crida, e pelo nome único e plenamente potente de Jesus Cristo! Essa é a loucura do Evangelho e não o conveniente verniz religioso ainda que nominalmente cristão!

Isso sim é que é a  real Soberania de Deus se manifestando sobre todo o mal, sobre toda a desgraça instaurada sob algum forma desde a queda o pecado no Éden, e não um patético, pagão, imaterial determinismo. Há um perigo na liberdade mas há a única e graciosa possibilidade de ser iluminado, transformado e salvo, por uma tão grande salvação, ofertada circunstancialmente a todos os seres humanos mas da qual alguns se apossarão por crerem e outros a perderão irrecuperavelmente para sempre, justamente por não crerem nem na possibilidade de crerem. Há ainda desastrosamente, os que "crêem" que os outros não possam crer, e assim serem salvos, e se gabam por isso: uma patética tragédia!

Vale finalmente, ler toda a passagem. e meditar no contexto das declarações do Senhor Jesus feitas aos que o ouviam em dada ocasião ( declarações totalmente válidas hoje, individual e  humanamente gerais, a cada homem, mulher, jovem, idoso, religioso, não religioso, rico, pobre, culto, inculto, etc ):


LUCAS 13:
 
3 Não, eu vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis.

Por Helvécio S. Pereira 

domingo, 2 de outubro de 2011

DEUS NÃO PINTOU A MONA LISA

Não me agrada voltar a uma discussão a qual julgo demasiadamente desnecessária ( algo dito aqui não poucas vezes ) mas um erro repetido e suportado várias vezes vira verdade para os ouvidos de alguns, mesmo configurado como um erro crasso, simples, e portanto de fácil elucidação e correção. É curiosamente um erro não cometido ou assimilado como acerto, não na ocasião da conversão genuína, mas pós conhecimento do Evangelho e da Palavra de Deus. Para muitos soa como um avanço, uma compreensão maior, uma iluminação, um achado que enobrece, enriquece, o que dantes já se conhecera. E ao contrário, é erro, engano e perda. Humilhado por ocasião da conversão o crente se vê, de repente, enganado por quem lhe pregara o Evangelho, e agora de posse de uma explicação nova, nega uma série de verdades reveladas nas Escrituras, prejudicando em muito o seu testemunho e a salvação de amigos e parentes, resignando-se a uma eventual morte deles sem a salvação em Jesus Cristo. E isso é porventura pouca coisa? Acredito não ser de pouca coisa ou importância de modo algum, mas de fato algo a ser seriamente considerado por quem crê no Senhor e na Sua Palavra.

Aparentemente é muito difícil separar uma análise, de uma refutação honesta do que as pessoas possam identificar como ogeriza ou algo contra pessoas e grupos individualmente, o que de fato não é. O título dessa postagem, a chamada como é dito no jargão jornalístico, faz uma afirmação direta de que Deus, o Deus bíblico, o único Deus para todos nós os que cremos na Bíblia como a Palavra de Deus, inerrante, única fonte de fé e reveladora da realidade que ultrapassa os nosso sentidos, compreensão e apreensão, não fez Ele mesmo a obra de Leonardo da Vinci, concebendo-a e pintando-a. Leonardo pintou a Mona Lisa é de fato a conclusão real acerca da obra e desse fato pequeno entre todos os incontáveis fatos e atos dos seres humanos, atos conhecidos, registrados ou desconhecidos e anônimos.

Muitos cristãos ( e não só cristãos ) crêem sinceramente, nisso inclusos aí evangélicos de todas as posições, católicos romanos, ortodoxos gregos, paraprotestantes como os Mórmons, as Testemunhas de Jeová, os Adventistas, etc, que tudo o que fazemos, o fazemos porque Deus quer e assim portanto determinara. Genericamente, na prática, cristãos em geral, crentes evangélicos, mas não só muitos de nós, mas kadercistas, umbandistas, e mesmo adeptos de religiões orientais com traços de cultura religiosa ocidental, fazem essa afirmação. Muitos podem, muito apropriada e enfaticamente afirmar que ao escreverem algo em seus blogs e sites ( falando de sites e blogs religiosos, portanto que dizem algo acerca de Deus )  o fazem porque Deus os levou a fazê-lo, a escrever o que escrevem, sejam quais forem as suas múltiplas e diversas opiniões e posições sobre qualquer assunto espiritual. De fato eu poderia transcrever aqui as várias afirmações de terceiros em que essa crença é confessada e tida como a verdade absoluta sobre os fatos.

Para muitos a conclusão óbvia é que não temos escolhas. Não as temos em nenhuma circunstância e de nenhum modo. Se tomarmos os fatos históricos, as histórias individuais, a experiências localizadas e mais individualizadas essa posição fica não só insustentável como incoerente. Não só com realação aos fatos mas com a própria teologia cristã e autênticamente bíblica. Conscientes dessa falha alguns admitem que ( fugirei do jargão teológico a despeito de críticas de alguns que os consideram-nos inteiramente válidos e úteis ) as escolhas são nossas mas os desígnios são de Deus. Isso não resolve o problema, pois se alguém é assaltado, o ladrão exige o celular, a vítima reluta em dá-lo, e o assaltante atira na vítima e essa morre no local do crime, se separamos as múltiplas escolhas e afirmarmos que são nossas ( do ladrão e da vítima ) e que o desenho ( designo, desing ) dos acontecimentos são de Deus, Deus não só é culpado do acontecimento com contradiz a Si mesmo, no que se refere a Sua  Sabedoria, Justiça e Amor. Tudo o que a Bíblia  como Palavra de Deus nos revela acerca de um grande e único Deus ( totalmente diverso dos deuses imaginados pelos homens e suas diversas religiões ).

A desculpa, a justificativa é sempre a mesma, se Deus não está por trás de todas as coisas não é soberano e se não é Soberano ( com "S" maiúsculo ) não é Deus. Só que Soberania é um atributo decorrente, consequente. Ninguém é soberano só porque alguém o tenha declarado ainda mais acerca do único ser preexistente e eternamente existente. Como reza no livro de Jó, Deus falando de si mesmo: "quem lhe dera primeiro para que o tivesse?" Deus é Soberano só e somente por que é Todo-poderoso. Não é porque está por trás de todos os atos e ações, mas por que criou, sustenta e faz tudo o que lhe aprove fazer.  O Deus bíblico não é temperamental e imprevisível  como o Deus  do Islã ( leia postagem relativa que estabelece as diferenças entre o Jeová e Alá, segundo a Bíblia  o Corão ). Deus é plenamente potente e livre para hoje, agora fazer algo que não esteve determinado num passado distante. Parece ser paradoxal mas não é: Ele pode tanto cumprir o que já decidira como intervir contra toda a nossa lógica. A razoabilidade disso é que em todos os modos e doe todas as maneiras Ele é inerrante e perfeitamente justo. 

Mas você pode dizer: "não é a mesma coisa? ser soberano porque é todo poderoso e todo poderoso porque é soberano? Não. Para os Calvinistas* Deus determinara tudo na eternidade. Portanto tudo já está decidido, dos grandes aos pequenos fatos e todas as suas consequências. Essa eternidade é sempre passada, antes da fundação do mundo ( um tempo que a Bíblia se refere em várias ocasiões por motivos que discorreremos em post próprio ). Mas não é só para os Calvinistas, para os animistas, hindus, budistas, espíritas, mesmo religiões em que não haja clara ou declaradamente um Deus criador pessoal. Sempre uma força impessoal, algo não determinado decidira previamente e definitivamente os destinos dos homens e a sua história. Ainda que reconhecidas instâncias e poderes menores e a própria decisão dos homens, cada indivíduo está selado no seu destino e não há como escapar dele. Nessa perspectiva, tanto "bons" como "maus" resignam-se nos seus respectivos papéis e os demais como testemunhas e expectadores acreditam cada desfecho, muitas vezes trágico, diante de seus olhos, seja algo sem escape, sem nenhuma outra possibilidade. Nessa perspectiva perdido será perdido porque Deus o quis e não por escolha do próprio perdido ou pelas circunstâncias.

Sob esse aspecto a salvação e a perdição são fatos consumados individualmente e que não podem ser mudados, apenas "aceitos". Doenças e acidentes idem. Qualquer fato isolado ou compartilhado idem. Um avião que cai por falha de manutenção, fadiga de material de uma peça projetada e fabricada bem antes da montagem do avião, como o transloucado ato de um  terrorista fanático são ambos atos de Deus.Só que não há como afirmar as duas coisas e dizer que são a mesma coisa. Ou Deus derrubara o avião com centenas de vítimas inocentes ou Ele definitivamente não o fez.  Muitas, se não todas em muitos casos, tiveram o seu destino individual selado de uma vez por todas, morrendo sem salvação, por ficarem encerradas ali a sua chance de crerem no evangelho, indo para o inferno e lá sofrerem por toda a eternidade, por decisão do próprio Deus, ou não foi esse o caso. Você tem que responder a isso, sem ficar em cima do muro.

Erros são cometidos em cima de erros muito simples, que poderiam ser facilmente dirrimidos, corrigidos. A afirmação mais importante do Calvinismo* é a eleição dos crentes. O resto é o enfeite do bolo. Para um Calvinista*, alguns são eleitos para a salvação e portanto previamente escolhidos para serem previamente ( repito ) salvos. Outros são também previamente "eleitos" para serem perdidos. É a dupla predestinação. Soa bonito e agradável desde que, claro você esteja do lado dos que se consideram e se acham salvos. Seria pateticamente desastroso se fosse possível uma mãe dizer: "Graças a Deus meu filho foi predestinado a salvação em Cristo Jesus, embora eu não tenha sido, mesmo compreendendo que Jesus morreu e ressuscitou para salvar o perdido ". Para eles a compreensão da salvação em Jesus denota ser esse ou essa um predestinado, os demais que não compreendem  denotam, comprovam não serem salvos e portanto não eleitos ( ou eleitos para a perdição ).

Tudo aparentemente muito bom e bonito quando repetida a exaustão a mesma balela para ser minimamente educado, mas que soa pateticamente quando confrontado com os fatos reais do dia a dia, com os dramas individuais e com toda a Escritura e não somente com versos e textos previamente escolhidos e outros relativizados ( algo como que as Testemunhas de Jeová fazem habilmente não dando ao oponente surpreendido em um debate chance de desmistificação ). O mais curioso é que quando lhes é exigido uma explicação mais voltada aos fatos reais, ou dissimulam levantando outra questão, fazendo uma repetição elaborada ou partem para a ofensa e o desprezo pessoal ( igualzinho aos TJ!! ).

João Calvino, a quem devemos várias nações ao norte da Europa livres do romanismo católico, entre elas nações com o melhor padrão de vida do mundo ocidental, e que por consequência ( e essa é a maravilha da leitura não Calvinista da história ) deu-nos uma igreja reformada na Holanda ( essencialmente Calvinista ) que dela saiu um ex-futuro padre, o mais impresso escritor português, de todos os tempos, o João Ferreira de Almeida ( segundo um obra acadêmica feita em um seminário católico romano brasileiro ), ele Calvino, cometeu um erro simples, ao formular uma pergunta e respondê-la apressadamente: "Por que os homens não crêem no evangelho e numa tão grande salvação?"

Essa pergunta muitos de nós, ou todos nós, como crentes que amamos e conhecemos ao Senhor e a maravilhosa salvação provida para nós, já a fizemos ou a fazemos todos os dias, quando pensamos  em um parente próximo ou distante, em um amigo, em uma celebridade unânime e merecidamente querida, etc. Trata-se de uma pergunta honesta, pertinente, e que demanda, exige, uma resposta racional, razoável e por que não, mais importante de tudo: bíblica. Afinal, todos nós, sejamos Calvinistas ou não, sabermos que sem Cristo não há salvação. A salvação não será  efetuada pelas obras de alguém, sem a mediação de Jesus Cristo somente, sem encontrá-Lo, sem o consequente novo-nascimento, etc. A despeito da impossibilidade muitas vezes intelectual, que muitas vezes é recorrente, não é esse o principal fator que impede e cerceia a  real compreensão do que a Bíblia diz, e portanto aceitação de Jesus Cristo como o único e suficiente Salvador. Quase sempre, senão sempre para dizer a verdade, a compreensão religiosa mais simpática é cultivada em detrimento do que é declarado na inerrante Palavra de Deus. Trocando em miúdos: as pessoas preferem permanecer católicas romanas com suas preferências por diversos "santos" , com a licenciosidade de seus vícios por álcool, permisividade sexual, ao crença na auto-justificação pelas obras. 

Portanto João Calvino teve a mesma angústia que temos mas formulou erraticamente uma resposta fácil. Não seria uma acusação leviana e preconceituosa apenas? Não é difícil constatar as consequências advindas do esforço recorrente em manter um  erro passível de ser cometido por qualquer um de nós em função de uma pergunta pertinente. Em minhas leituras de declarações de Calvinistas mais emocionais, tenho constatado reiteradas vezes, a negação das Escrituras que aparentemente exaltam como inerrante ( que de fato é ). O esforço para adequar a compreensão da Bíblia à eleição é obstinada, e muitas vezes patética, afrontado aos próprios textos das Escrituras, indo além ou aquém do que lemos na própria Escritura. Isso é tão desastroso que a conquista da Reforma referente a livre exame/interpretação das Escrituras parece cair por terra, pois é sempre necessária a visão amparadora de um Calvinistas para dar luz ao texto bíblico. 

Daria para escrever um livro sobre o assunto, algo só possível com qualidade por parte do já falecido teólogo e escritor Abdêneo Lisboa, cuja análise sobre as heresias das Testemunhas de Jeová com exaustiva análise e citação de versículos bíblicos no original em hebraico e grego, a quem tive o prazer e oportunidade de conhecê-lo em vida. Começando do Gênesis e percorrendo toda a Bíblia a distorção das Escrituras é de corar quem conheça minimamente a Bíblia e só não é tão palpável por ser sempre difusa perdida em enormes textos bem elaborados e livros imensos. A constatação direta e clara é de que ou Deus não disse o que disse, ou a despeito da defesa de sua Soberania ( segundo a ótica Calvinista ) Ele ( Deus ) derrapou na sua soberania e permitiu que houvesse, por parte dos escritores das mesmas Escrituras um "erro", ou seja o Deus soberano permitiu a falha desses dificultando e impedindo a nós, que compreendêssemos exatamente o que Deus de fato quis nos dizer. 

É claro que para Calvinistas e não Calvinistas, como crentes essa hipótese é inadmissível sobre todos os aspectos. A Bíblia é inerrante, perfeita em todas as suas afirmações, se a entendemos ou não, se gostamos do que ela diz ou não é outra coisa e algo a ser resolvido entre nos os crentes. A Bíblia, as Escrituras, para nós Calvinistas ou não é a inerrante e terna Palavra de Deus, revelação plena dEle e de Seus atributos eternos e perfeitos. As nossas brigas e diferenças de posição e compreensão nada têm a ver com a verdade escriturística única. Nisso, decididamente, estamos todos do mesmo lado. Somos fundamentalistas e gostamos disso. Caretas, antigos, radicais, e gostamos disso.


A análise, como já disse é longa e objeto de não só um livro somente, mas de vários talvez. Saltando os primeiros registros do livro de  Gênesis e indo o relato da criação do homem e da mulher, vemos que Adão deu um nome a mulher. Não há como fugir da questão: o u Adão deu o nome a sua mulher ou não deu, e Deus deu nome a ela. Sobre o próprio Adão é inadmissível que haja outra possibilidade ( a de Adão ter dado nome a si mesmo e não Deus dado o nome a Adão ). Uma outra possibilidade seria a dos que transmitiram oralmente os primeiros fatos da historia humana terem forjado em função dos fatos nomes para ambos. Embora tidos como simplórios essa narrativa nos revela que há antes do pecado, uma leque de escolhas para o ser humano. Deus não faz tudo por nós e não faz em nosso lugar e tal verdade permanece reveladora em toda a Escritura.

Portanto, por ocasião da ordem do que poderiam e não poderiam fazer no Éden, haveria naturalmente mesma possibilidade  de escolha. Não só é inegável isso como qualquer sustentação contrária é decididamente imprópria. Considerar a questão da onisciência divina, da presciência divina, para gerar uma outra discussão não só indus a outros erros ( se Deus sabia por que não evitou os fatos e se os mesmos assim se sucederam é porque Ele , Deus decidiu que acontecessem ) como nega o que é revelado nesses primeiros e tenros eventos ( quando o restante  das Escrituras nem existiam ).

Aparentemente ( não sabemos por quanto tempo ) o casal ia muito bem, até que uma terceira possibilidade se instaura, a de Satanás, pessoa que acerca da qual nada ou muito pouco nos é revelado na ocasião. Temos até aí a vontade de Deus e a possibilidade de decisão humana ( definida por Deus ) como possibilidade criativa de levar avante o que Deus determinara, sim previamente. Satanás desvirtua o que o casal de humanos retém, em sua memória do que Deus havia lhes dito. A sua obediência ( de Adão e Eva ) e a realização do que Deus lhes revelara, dependia da lembrança e da compreensão clara e determinada do que haviam ouvido. Satanás não nega o que Deus lhes dissera ( a Adão e a Eva ) mas lhes sugere uma compreensão maior, dando detalhes distorcidos, além do que ouviram ( particularmente a Eva ) e o resto sabemos como tudo aconteceu.

Para Calvinistas a queda era inevitável por ter sido determinada por Deus, seja qual for a explicação acerca da presença de Satanás na terra, e portanto, no Éden. Não há como escapar dessa inferência grave. Curiosamente Mórmons crêem sinceramente que a queda foi uma benção para a humanidade, ou seja Deus fez a queda para que a humanidade se saísse no final de toda a sua história muito melhor! Não é o que vemos nas Escrituras. Segundo tido o que a Bíblia revela, o pecado e consequentemente a morte foi um grande e terrível  desastre. Sobre Judas Iscariotes, cuja pessoa e fatos envolvidos, revelados sete séculos antes com detalhes, o Senhor Jesus Cristo afirmara que melhor ( para Judas ) fora não ter nascido. O pecado e todas as suas múltiplas consequências constituem  um desastre de enormes e indesejáveis consequências. Portanto Deus não poderia jamais ser a causa de tão grande mal.

A Bíblia em nenhum momento diz que Deus é a causa do pecado ( sem entrar na questão da materialidade do mal e portanto do pecado, se é conceito ou fenômeno ) .Em Deus não há corrupção e alguma imperfeição. O Deus revelado nas Escrituras é perfeito, imutável, santo ( separado  de tudo que não coerente, condizente com seus atributos ). A Bíblia diz sim, que Deus é conhecedor do bem e do mal. O homem após a queda se tornou como um de nós, disse o Senhor acerca de nós. Criados a Sua imagem e semelhança, antes do pecado, diferíamos no conhecimento do bem e do mal, atributo compartilhado por Deus e pelos anjos ( anjos conhecem o bem e o mal, assunto de uma postagem também específica ). Sobre Satanás em outra parte das Escrituras é afirmado que foi achada iniquidade nele ( em Satanás ). Portanto todas as consequências do mal e do pecado são todas indesejáveis, embora conhecidas previamente, permitidas, segundo veremos em um próxima postagem.

A reflexão nessa postagem exige uma tomada definitiva de posição: ou Deus está por trás de cada evento ruim ou esses eventos não tem origem na vontade de Deus. Todos os eventos, incluindo a pintura da obra Mona Lisa por Leonardo da Vincci, ou outro não exatamente ruim, teriam origem e motivação nas escolhas humanas. E a soberania de Deus? Deus permanece soberano nessa apreensão da realidade ou não? Não se discute ou coloca-se em dúvida tanto a onisciência como a presciência de Deus, além claro da sua onipotência ( potência plena, todo o poder ) não sendo a Deus restrita a mais improvável possibilidade. Deus portanto não é refém de nada e de ninguém, nem mesmo de Si mesmo. O homem, o ser humano quando culpado de algo o é de fato, pois pode em tese, escolher sempre outra posição: pode crer, pode se arrepender, pode fazer justiça, fazer o que é certo, pode se render a Deus e seguí-Lo.

Ao Jovem Rico foi exigido que vendesse toda a sua fortuna, todos os seus bens e desse aos pobres e que seguisse a Jesus. Ele não o fez mas poderia tê-lo feito. O convite de Jesus ao jovem rico nada tem a ver com uma crítica às riquezas mas para provar que a afirmação do jovem rico de que tinha guardado os mandamentos desde a sua infância, não era de fato uma verdade. O Senhor Jesus de fato o desmascarara : ele ( o jovem rico ) não amava a Deus sobre todas as coisas e nem ao próximo como a si mesmo. Por isso não vendeu os seus bens e por isso também não seguiu a Jesus Cristo, mas repito, segundo a minha compreensão das Escrituras, poderia e deveria tê-lo feito.

Por Helvécio S. Pereira




LEIA AS ESCRITURAS ( A BÍBLIA SAGRADA ) POIS SÓ ELA REVELA, NA INTEIREZA A PESSOA DE DEUS E A REAL SITUAÇÃO DO HOMEM, ESPIRITUAL E MATERIALMENTE NESSE MUNDO.

SÓ ATRAVÉS DAS ESCRITURAS, DA BÍBLIA, SABERÁ INEQUÍVOCAMENTE QUEM VOCÊ É, DE ONDE VEIO E QUAL O SEU DESTINO APÓS A  SUA MORTE. O QUE PASSA DO QUE AS ESCRITURAS DE FATO REVELAM  É LENDA E MITO, E DEIXAM SEM NENHUMA SEGURANÇA AO QUE SE FIAM EM TAIS DECLARAÇÕES E EXPLICAÇÕES, ALÉM DAS FEITAS PELA ESCRITURAS, PELA BÍBLIA. POR OUTRO LADO, A ESCRITURAS TESTIFICAM DE UMA PESSOA: JESUS CRISTO. 


ELE É INIGUALÁVEL, INCOMPARÁVEL E SEM RIVAL, NO QUE CONCERNE A UMA SUPOSIÇÃO DO QUE SEJA A DIVINDADE, JAMAIS ENCONTRADA EM NENHUMA RELIGIÃO HUMANA, NEM MESMO NO JUDAÍSMO. DE FATO O JUDAÍSMO APONTAVA PARA ELE, MAS OS SEUS NÃO O RECEBERAM, POR DECIDIDAMENTE NÃO CREREM NELE. VOCÊ PODE SER SALVO SEJA QUEM FOR E ONDE VIVER, CONFORME DECLARAM AS  ESCRITURAS EM JOÃO 3:16 

"Por que Deus amou o mundo para que todo aquele que nEle  ( em Jesus Cristo ) crer não pereça ( não ser perca eternamente no inferno ) mas tenha a vida eterna".

QUALQUER UM QUE TEÇA CONSIDERAÇÕES DIFERENTES ACERCA DO QUE DECLARAM CLARAMENTE AS ESCRITURAS, NÃO PREGA AOS OUTROS O VERDADEIRO EVANGELHO. 


(*) A abordagem acerca do Calvinismo é feita em cima dos efeitos e inferências no evangelismo e testemunho exclusivamente. O caminho da fé nunca foi outro que não fosse o caminho das pedras. Nunca foi fácil ser cristão, ser crente, em nenhuma época ou lugar. Todos sempre tiveram muitas opiniões sobre um número grande de coisas, até mesmo relacionadas às Escrituras. O leque de tipos de práticas cristãs sempre foi tão grande que se todos fossem colocados no céu com seus pontos de vistas discordes, haveria uma grande briga. 

Muitas vezes somos duros em demasia, uns com os outros, e mais inimigos uns dos outros, do que os de fora da fé, e não deveria ser assim. Certamente o Senhor permite nossa divergência, pois guardada as proporções, há coisas mais importantes para colocarmos em prática, se de fato foram aprendidas um dia, e se não, que para as quais deveríamos atentar em aprender e cultivar. O que se deve guardar é o nosso amor a Ele e uma fé simples de quem Ele de fato  seja. Contudo o amor aos irmãos na fé e até aos inimigos não deveriam ser esquecidos.

domingo, 4 de setembro de 2011

O DETERMINISMO "BÍBLICO"

Tenho que me posicionar, e não o faço com satisfação. Sei que para alguns sou tido como um que não reconheça que haja gatos "não pardos", pois ao invés de ficar "descendo o pau" em todos os movimentos que não se enquadrem em minha visão particular do que seja a obra de Deus, aceito que Deus é Senhor da Sua igreja invisível e usa as diversas igrejas visíveis ( não todas com seus movimentos e posições teológicas  ) para salvação de perdidos que venha a crer em Seu Filho Jesus Cristo, único nome dado nos céus e abaixo dele para que venhamos a ser salvos.

Não há uma igreja perfeita, e mesmo dentro as evangélicas uma que seja irrepreensível, seja na sua história, tradição, teologia e prática ( se houvesse verdadeiramente todos deveriam concorrer para ela justamente ). O que promove salvação é o testemunho contundente e real dos que já crêem em direção aos incrédulos e desconhecedores da vontade perfeita de  Deus conforme reveladas na sua inerrante palavra, registrada nas Escrituras, na Bíblia Sagrada.

Há entretanto uma posição, que aparentando inofensiva ( e não o é ) é valorizada e defendida como algo de extrema relevância ( como é colocada ) e como elemento "novo" e relativizado para os que não a confessam de forma literal e como é rezada ( repetida, registrada ). Para eles, os calvinistas, Deus não é soberano para mais ninguém, só para eles. Essa "nova verdade" é levada aos outros, em uma conversa inicial como algo novo, e  portanto completamente ignorado pelos outros. O que não é a verdade.

Aparentemente a Soberania de Deus, seja algo não só relativizado, mas ignorado, e porque não negado por setores cristãos, particularmente protestantes ( não-católicos, embora no catolicismo romano haja também os dois posicionamentos, um do lado oficial e outro do lado não oficial ). Já explico.

Um Soberano é um que está acima e cujo poder seja total sobre as pessoas, território e ação ( tomando-se pro referência a forma de governo desenvolvida entre os homens desde a antiguidade em que um indivíduo dirige todos os demais e é , inclusive, senhor de suas vidas e mortes ). Deus sob essa compreensão é soberano, todo-soberano e não há como ser de outra forma. Algo tão grande como o universo, tão exato como o seu funcionamento ou tão exuberantemente exagerado, como o noticiado essa semana, como a descoberta de um planeta de diamante cinco vezes maior que a nossa terra, só pode ser  resultado da ação de um ser decididamente supremo. Alguém em plena lucidez, como cristão principalmente, pode se levantar contra isso?

Logo essa "soberania" não é nenhuma "novidade", mas como é colocada induz as demais pessoas, crentes no caso, a pensarem que não creditam a Deus esse reconhecimento e essa posição exaltada. Assemelha-se muito nitidamente a intimidação das "Testemunhas de Jeová" quando argúem as demais pessoas e aos demais cristãos, se sabem qual o nome de Deus. As pessoas confusas acham que sinceramente não sabem, sendo essa questão irrelevante, segundo as suas próprias Escrituras. 

De fato é um chamarisco a próxima questão: Deus é soberano por haver  determinado toda as coisas na eternidade. E que determinação é essa? Tudo ( mas tudo mesmo, de modo total e genérico ) o que acontece no tempo ( ontem, hoje, amanhã, em qualquer tempo e lugar, etc ) já foi decidido, alinhavado, escrito, em algum "momento" fora da esfera do tempo.

Aparentemente palatável ( quando das exposições teóricas e arquiteturalmente teológicas ) são inconsistentes ( não só para os olhares de crentes ) mas dos problemas reais, factuais. Senão vejamos: Beltrana casou-se com Sicrano. Das duas uma: Deus os casou de fato, independentemente do que resultará essa união real ( Sicrano mata Beltrana por ciúme, Beltrana tem um aborto, Sicrano se mata, Sicrano e Beltrana se tornam, ele presidente dos EUA e ela primeira dama ); ou Sicrano encontra Beltrana e por ela ser sexi e inteligente, de mesma etnia, terem os mesmos ideais, se casam e se tornam o casal mais poderoso do mundo. Há uma terceira opção ou leitura que explicitarei depois ( talvez nessa postagem ou em outra própria ).

Essa posição palatável de que tudo esteja já determinado e que não há nenhum escape nem é originalmente cristã, fartamente encontra-se aceita e defendida entre o paganismo ( visto como tal de dentro da esfera cristã ) e mola mestra do mecanicismo e materialismo ateísta. A diferença é que entre os teístas ( incluindo cristãos ) há um ser ou força ( as vezes forças ) além das materiais e entre os ateus uma lei, uma dinâmica estabelecida que gera essa progressão de acontecimentos.

Embora criticado e ironizado por um irmão, citarei da wikipédia, como poderia citar de qualquer outra fonte, afinal trata-se de conhecimento público e incontestável:

Determinismo (do verbo determinar, do latim determinarede - prefixo de negação - e terminare - terminar, limitar, finalizar - assim determinare significa literalmente "não-terminar", "não-limitar") é a teoria filosófica de que todo acontecimento ( inclusive o mental ) é explicado pela determinação, ou seja, por relações de causalidade.
Embora em seu sentido mais vulgar determinismo se refira a uma causalidade reducionista (redução de todos os fenômenos do universo, por exemplo, à mecânica ou à química), causalidade não necessariamente é sinônimo de reducionismo. Há vários tipos de determinismo, cada um definido pelo modo como determinação e causalidade são conceitualizados.


Logo  pelo tão aventado "determinismo bíblico" não haveria de fato nenhuma novidade, pois seria o mesmo do que todos professam ( cristãos e crentes ), ou seja: Deus é a causa de todas as coisas, essas só existem por seu ato criador. Não há outro criador segundo a Bíblia, as Escrituras, só Ele ( Gênesis 1:1 ).

Mas não é isso que sugerem os pregadores do pressuposto " novo determinismo bíblico" ( tem quinhentos anos ). De fato tudo o que acontece é causado única e diretamente por Deus. Ora aparentemente não há problemas em propalar tal coisa no nível teórico. Mas vejamos, uma criança de seis anos foi atraída por um pedófilo, morta, esquartejada e abandonado o seu corpo numa mala de viagem em uma estação de metro. Os mais radicais e defensores desse tipo de determinismo dirão: foi algo determinado por Deus. Por mais lamentável, irrazoável que se pareça ( e o é de fato ), Deus determinara que isso acontecesse. Outros dirão: não pode ser, isso não se alinha a compreensão e apreensão do que Deus seja segundo as próprias Escrituras, Deus como Ser supremo e perfeito de amor.

Aí se estabelece um problema teológico, uma equação que tem que ser obrigatoriamente resolvida ( embora a maioria de seus defensores, pelo menos atualmente, experimentaram  em suas próprias vidas algo de igual impacto, permanecendo  confortadamente na distante teoricidade do problema ). Ou Deus determinara todos os acontecimentos ( visto não ser algo isolado ) ou deixou-lhe que ocorresse.

Na nossa formulação mental excludente, só concebemos uma ou outra situação. Não há um terceiro modelo e mesmo quando formulado teoricamente, trata-se apenas de uma variação ou condecendência de um dos dois anteriores e primitivos. Ou Deus é causa do fato ( causa, motor, desses e de todos os demais  ) ou não o é de nenhum .

Dessa forma o próximo dilema é se Deus é DEUS, ou se não é DEUS sendo Deus. Não é a Sua existência que está em xeque entre os crentes mas o alcance de sua potência, ingerência, nos destinos individuais e coletivos de suas criaturas, no caso mais direto, nós os homens. 

Permeia esse problema a Justiça, a faculdade divina de julgar e executar de forma justa todas as coisas. Deus tanto poderia ter interferência e casualidade em todas as coisas e ser injusto, que ou quem poderia lhe dizer o contrário ou lhe arguir sobre esse assunto? Mas crentes cristãos e até não cristãos atribuem ou reconhecem em Deus o atributo de perfeita justiça. A criança no caso não merecia aos seis anos de idade tal destino, não há dúvida sobre isso.

Alguns defensores desse tal determinismo explicam que nós fazemos escolhas mas que essas escolhas são predeterminadas por Deus, e isso parece soar muito mais agradavelmente a alguns ouvidos sinceros.
E eu pergunto: quando? sempre? de vez em quando? em certos casos? E no caso da menina da mala? A propósito foi um fato verídico, não um problema inventado por mim para essa reflexão. E nos casos em que legitimamente fazemos escolhas que nos convém  ( namorada, namorado, cônjuge, carro novo, casa, apartamento, profissão, etc. ) Por esse pensamento toda as desigualdades individuais e sociais seriam causadas, determinadas, na acepção da palavra, por Deus única e exclusivamente. Essa tese não resiste a confrontação mais sincera dos infindáveis fatos e inumeráveis casos a serem problematizados para tirar a prova de sua coerência.

Mas não é só frente aos fatos e exemplos da realidade, factuais, chamados a uma análise, mas ao que é encontrado como vasto e multiforme registro bíblico. A história bíblica não é engessada de fato,  sob  nenhuma análise equilibrada e distanciada. Ou seja não há respaldo bíblico e portanto escriturístico para essa apreensão da realidade. O contrário e é verdade, há uma revelação de uma história humana dinâmica, em que a graça e amor divinos podem e, são de fato rejeitados ou aceitos, em que destinos são mudados para pior  e melhor do que seriam originalmente.

Nessa análise, a causa ( vista como a criação ) de todas as coisas é de fato de Deus. Mas como tal teoria é tão apaixonadamente defendida acima até de outros pontos, igualmente e aparentemente, tão relevantes quanto? A resposta é porque é conveniente. De fato o elemento que dá sustentação a uma doutrina particular: a da eleição do salvo, a dupla predestinação ( a do eleito e a do não-eleito ).

Segundo esses os crentes só são salvos por serem esses pré-determinadamente escolhidos para tal. Segundo esse pensamento, na eternidade em dado momento, Deus por motivo nenhum, determinou que o João e Maria seriam salvos e que o Sebastião e Joana seriam perdidos.  Quando questionados, inquiridos respondem com um solene " mistério". O contraditório é que ambos os casais de nosso exemplo virtual, são igualmente imerecedores dessa salvação. Portanto dessa forma não há base alguma para que um deles seja beneficiado, agraciado e outro preterido. E nem eles podem explicar esse problema teológico factual. Recorrem a compreensão particular e genérica de uma "soberania de Deus"  convenientemente descrita por eles.

Os problemas não param por aí: se Deus "viu" o futuro e os elegeu, esse "Deus soberano" não é de fato soberano pois se submete ao que apenas viu. Se Deus organizou e realizou esse futuro, ele não precisou ver o futuro, o fez acontecer, movendo as peças todas, mas o resultado real ( já que o nosso presente é resultado disso ) não coaduna com a Sua perfeita justiça e perfeito amor, a não ser que o Deus cristão seja semelhante ao Deus do Islã, um Deus não inteiramente confiável, pois não está de modo nenhum restrito a uma coerência, tratando-se factualmente de um Deus instável.

Para resolver mais esse "problema" Deus passa ser a origem do mal, sendo o mal agora uma entidade quase física, material. O mal portanto não é uma ocorrência, como as trevas são a ausência da luz ( discussão feita há muito tempo por Santo Agostinho ) e nem uma possibilidade, mas possui uma identidade e uma materialidade. O mal não decorre da não obediência, da desobediência ( pois textualmente nem há espaço para tal como fato ) mas o mal foi criado para danar com toda a criação de forma planejada e pré determinada. É como se Deus achasse muito chata toda a perfeição que fora capaz de criar e resolvesse "danar" com toda essa perfeição constituída de somente todo o bem perfeito. 

Nessa perspectiva Satanás é um ser criado para trazer o mal a existência humana ( embora antes já o tenha feito em parte no céu ). Satanás portanto não se rebelou e nem um terço das estrelas do céu ( os demais anjos caídos que o seguiram na sua rebelião ). Deus estaria por traz de tudo isso, como causador primário de todas as desgraças, sejam coletivas ou individuais. A própria queda do homem, se aproximaria da compreensão deformada ( compartilhada pelos Mórmons ) de que a queda ( o pecado de Adão e Eva ) foi de fato uma benção para a humanidade. 

Em nome de que tudo isso? Em nome do que convenientemente pode ser esposado por quem se sente beneficiado sentimentalmente pela idéia de ser eleito e os demais não. Dizem: somos crentes por havermos sido escolhidos deste a eternidade para sê-los. Muito conveniente pois se um perdido ( não -eleito )  pudesse ter a consciência de que estaria perdido, de modo algum, se alegraria em proclamar tão famigerado e frágil no quesito argumentativo, de um particular "determinismo bíblico."

Trata-se de uma profunda contradição não percebida ou conscientemente ignorada: a de que a pregação do Evangelho seja uma farsa ( sob essa ótica ) já que todas as cartas estão já previamente marcadas. Segundo eles nenhum eleito ( salvo ) pode ( pelo fato de ser previamente eleito ) perder a salvação ou deixar de ser salvo. Do mesmo modo nenhum perdido ( não eleito ) pode chegar a compreensão da salvação ou da fé em Deus. Sã duas situações definidas antes do indivíduo vir a existir contrário ao que a Bíblia declara que a situação de perdição-salvação só é de fato irreversível após a morte.

Para tal outro problema teológico tem que ser convenientemente resolvido ( de fato não o é, se tem apenas a ilusão de sua solução ) o da vontade ou liberdade humana. Se Deus determina tudo não sobra espaço para o homem se autodeterminar em nada. E se por outro lado o homem possui algum espaço de exercício de autonomia e vontade, Deus deixa de ser deus por ter perdido alguma parte no todo de sua determinação ou soberania como é por eles colocada.

Dá-se um nó na cabeça do ouvinte e esse não escapa mais, pois não possui argumentos  que aparentemente demova os seus defensores que repetem sempre as mesmas afirmações e só usam os versículos bíblicos que aparentemente lhes sejam convenientes. Nisso ou não são honestos com os outros ou consigo mesmos ou são incapazes sim se aperceberem do erro. Qual deles teria uma esposa originalmente feia, inculta, deficiente física, se não pudesse escolher? Qual deles compraria um carro ultrapassado, feio, usado, se pudesse comprar um excelente modelo, bonito e caro? Qual deles ( pastores no caso ) escolheria a pior igreja, no pior lugar com os piores membros? Aceirariam ser "homens de Deus" sem salário, sem plano de saúde, sem moradia e escola para os filhos? Teriam eles todos os filhos que todas as relações sexuais conjugais lhes possibilitasse ou fariam um planejamento familiar?

Questões simplórias como essas sempre não são aventadas nos seus debates teológicos, são reveladoras da fragilidade de suas teses tanto quanto a famigerada proibição da transfusão de sangue das Testemunhas de Jeová, ou o Sábado dos Adventistas do Sétimo Dia. Reivindicam a Bíblia tanto na defesa de seus pontos como numa eventual refutação dos mesmos. Mas desconsideram os textos inconvenientes e desqualificam o que lhes apresentado em refutação. Bradam "Só a Escritura "quando lhes é praticamente impossível a defesa de seus pontos somente com ela, sem a recorrente citação e apoio de não pouco número de teólogos que só repetem com outras palavras os poucos pontos por eles levantados. João 3:16 é descaracterizado de tal forma são deformadas as traduções e o sentido principal das palavras "mundo" e "todo". O principal versículo da Bíblia usado para evangelismo do não crente pela massacrante maioria das denominações evangélicas é convenientemente ignorado pelos calvinistas. E eu pergunto por quê será?

A Bíblia diz que Deus é de fato soberano e em toda a Escritura Deus é assim descrito. Nas palavras do próprio Senhor Jesus: a Deus todas as coisas são possíveis ( até as decididamente difíceis - não aparentemente-  um rico entrar o reino dos céus ). 

A Bíblia diz que há coisas que não vem de Deus: os filhos de Israel queimando seus filhos a Moloque e um inimigo ter semeado o joio entre o trigo, só como exemplos escriturísticos.

A Bíblia diz que o homem escolhe e que essas escolhas determinam o seu destino. Isso é demonstrado exaustivamente nas Escrituras, não uma, não duas, não três ou apenas dezenas de vezes, mas muitas e muitas vezes.

A Bíblia deixa claro que o futuro do homem é feito como seu presente e a partir das escolhas que faz a cada passo. Homens e mulheres aparte do conhecimento de Deus podem dEle se achegar e ser por Ele abençoados. Do mesmo modo, pessoas que tinham todo o favorecimento para conhecê-lo e servi-Lo por suas escolhas caíram em maldição e desgraça. O mal foi feito mesmo sob o avido de Deus e o mal foi desviado pelo arrependimento ou intercessão de justos.

A vida dos homens é mostrada como algo dinâmico onde a benção e a maldição são colocados diariamente diante dos homens. Cada indivíduo responde aos apelos divinos, as oportunidades, de modo diverso. Sodoma e Gomorra, segundo o Senhor Jesus Cristo, teriam se arrependido se seus habitantes depravados tivessem visto e ouvido o que os habitantes de Corazim e Betsaida ouviram da boca do próprio Senhor e viram acontecer diante de seus olhos. Se Abraão tivesse reduzido mais ainda o número de justos na sua intercessão por aquelas cidades, Deus teria poupado Sodoma e Gomorra.

Ló foi salvo do julgamento, mas os valores por ele priorizados ( escolhera livremente a melhor parte da planície )  não livraram a sua descendência de serem um povo inimigo, por séculos a sua frente, dos descendentes de Abraão. Sara, mulher de Abraão não teve fé em Deus levando Abraão a ter uma saída legal, segundo a cultura da época, legitimamente humana. Sara de fato era incrédula, ou pleo menos de pouca fé ( seria a mesma coisa? ). O resultado é a existência de dois povos que se degladiam até os dias de hoje e de duas religiões que se anulam uma a outra: o islã e o judaísmo.  Dois povos abençoados economicamente segundo a fidelidade de Deus, os árabes e os israelitas, ambos odiados e apenas suportados pelo mundo a sua volta.

Seria isso uma diminuição da pressuposta Soberania de Deus? Obviamente que não, mas o registro real, não caricaturesco do que Deus é e como age no universo e na humanidade. Não é claro, ao que convém a sua compreensão particular. 

Mas restringe somente a essas questões? Não. Muitas outras acessórias lhes são circundantes. É impossível ser calvinista sem confessar os seus cinco ou pelo menos quatro pontos, mas há uma série de negações bíblicas confessadas e defendidas explicitamente por um calvinista. Se não vejamos algumas, se não todas:

Um calvinista não crê sinceramente que a ordenança de Marcos 16:15 seja para nós em sua totalidade. Curiosamente se apoia no chamado dos discípulos pelo Senhor Jesus, em que Ele afirma não terem eles O escolhido, mas Ele ( Jesus Cristo ) a eles. O curioso é que ambas as declarações são  da mesma pessoa e no intervalo histórico-temporal de apenas três anos. Como pode uma ter um valor para a hoje e a outra não? Conveniência é a resposta.

Portanto não há expulsão de demônios ( mesmo porque para eles demônios não tem poder sobre as pessoas ). Isso contraria o que é encontrado nas Escrituras em que o próprio Senhor Jesus afirma clara e e inequivocamente que Satanás havia escravizado uma mulher tanto tempo.

Não há para eles curas divinas, embora defendam a oração por alguém doente ( segundo uma declaração de um irmão, até uma criança pode orar por um enfermo na igreja e que ninguém de fato está acima de outro para fazê-lo ( ??! ) E como fica o que a Escritura reza, diz, que a uns é dado o dom de cura, outros de profetizar, etc? Aliás João calvino foi tuberculoso por quatro anos até a sua morte, se cresse na cura divina, a sua biografia talvez pudesse ser diferente.

Os dons espirituais ( línguas estranhas, profecia, cura, etc. ) não são para hoje e não há o batismo no Espírito Santo como segunda benção. De fato não só eles que negam essa experiência descrita nas Escrituras, mas enquanto outros podem mudar de opinião ( batista, presbiterianos, metodista, adventistas, católicos, etc. ) pelo exame dessa descrição escriturísticas, eles não e nunca. Já viu calvinista pentecostal? falando em línguas e profetizando, expulsando demônios? * VIDE ADENDO AO FINAL DESSA POSTAGEM

Há uma tendência em nome da "soberania de Deus", defendida particularmente por eles ( não há estritamente bíblica ) em afirmar que o milênio já começou. Há uma extensa discussão entre eles acerca dos detalhes do período que abrangeria a atualidade e as últimas coisas, bem como a situação de Adão e Eva antes da queda. Outras "menores" que negam a perfeição, ou pelo menos discute, se Adão e Eva antes da queda, eram ou não perfeitos, pois se fossem perfeitos, não pecariam. Convenientemente negam  a capacidade de Adão e de Eva em "não pecar" e também da realidade da provação de Cristo. Teria o padecimento de Jesus e suas tentações terem sido uma encenação, sem risco real possível, de ter caído em alguma delas? Em nome de, e atrelado a particular compreensão da "soberania de Deus", Jesus não poderia ( não de potência mas de possibilidade ) e  ter pecado, e portanto toda a sua prova teria sido apenas de fachada. Não é o que a Bíblia novamente afirma: "em tudo foi tentado como um de nós."

Finalmente mui pouco sinceramente, o mais apropriado a suas crenças, seria colocar no alto e a frente de   suas igrejas: "RESTAM POUCAS VAGAS" ou "HÁ AINDA LUGAR, DESDE QUE NÃO SEJA O MEU". As declarações hoje facilmente encontráveis na web não são manifestação de amor cristão mesmo entre eles ( calvinistas de carteirinha ), como já li não poucas vezes, xingamentos e manifestação pouco ou nada educadas, de dúvida em relação a salvação de um outro irmão também calvinista, por um simples detalhe interpretativo das Escrituras ( embora crentes sem amor e sabedoria não seja uma característica de irmãos calvinistas e nem haver essa relação de causa e efeito ). O que tem de crente maluco de pedra, sem a mínima demonstração de sabedoria, temperança e amor, a web desnuda isso todos os dias.

De positivo a fé no Senhor Jesus como único e suficiente Salvador e Senhor, salvação essa unicamente pela graça. Entretanto aos menos avisados fazem dessa verdade irrefutável uma bandeira de sua teologia, coisa  que de fato não  é. O grande instrumento da Reforma protestante foi Martinho Lutero e se hoje há  umacompreensão da Salvação pela fé exclusivamente, e pela Graça, não pelas obras, se deve sobejamente a ele. Fazer de João Calvino e seus devaneios teológicos, o provedor e restaurador dessa verdade é uma injustiça histórica.  Aliás, o maior defensor da teologia calvinista, designado para defendê-la a certa altura também histórica, e constantemente execrado pelos calvinistas, foi justamente Jacob Arminius, do qual e para o qual, não se exige a visibilidade histórica e o louvor dado a Calvino.

O calvinismo tira do homem a possibilidade de ouvir o evangelho e crer nele, pelo menos em termos amplamente claros. Calvinistas evangelizadores há certamente em grande número, mas creio serem assim mais motivados por um justo e louvável sentimento em relação às pessoas e uma prontidão para tal, do que por coerência doutrinária. Muitos se esforçam para adequar o que crêem a essa postura evangelizadora e são combatidos e descredenciados pelos mais radicais ( vide os neo-calvinistas vistos com desdém e desconfiança pelos calvinistas até moderados ). 

O calvinismo é fonte ( não ele exatamente mas a trilha deixada por ele ) de um grande número de inimigos do cristianismo e de Deus, a semelhança de pessoas educadas na teologia católica-romana e judaica. Ateus ativistas no mundo ( na Europa e América do Norte tiveram educação calvinista ou católico-romana e alguns ( em bom número ) são filhos de judeus. Ricardo Gondim, entre tantos, é um exemplo de apostasias e negação de verdades bíblicas como reação às antigas crenças calvinistas.

Trata-se de uma cruzada aos calvinistas e aos que o defendem? Não. Definitivamente não! Mas deixá-los falando sozinhos como  as suas afirmações fossem e se rivalizassem com a verdade bíblica é demais. Se não fosse a mensagem "arminiana" o número de crentes no mundo, e todos os movimentos que revitalizaram a igreja evangélica não teriam existido, e isso não é uma opinião, são fatos históricos. Por outro lado em grandes heresias como a dos Mórmons, Adventistas do sétimo dia, Testemunha de Jeová. Reverendo Moon, seus fundadores passaram por igrejas calvinistas, mais exatamente presbiterianas.

Culpa das igrejas presbiterianas e pelo fato de serem calvinistas somente? Não, evidentemente. Se eu fosse calvinista culparia a Deus. Como não sou culpo cada um pelos seus próprios pecados. Aliás um irmão ( calvinista ) me lembrou algo que jamais tive oportunidade de nem sequer cortejar, ( estudei a certa altura mas ficara no conjunto das informações não essências ) de ser ou parecer  "molinista"pelo simples fato de que não iria alinhar - a um teólogo para ter uma compreensão bíblica - a Bíblia me basta graças a Deus, não é somente um bordão  apenas conveniente, de "Só a Escritura".

Por ora: a Soberania de Deus estritamente  bíblica não se confunde com a defendida convenientemente com base em uma teologia para dizer o mínimo, particular. Não é a única que penso não dever ser defendida ( há muitas outras que representam perigo e laço para aquele que teve a oportunidade inigualável de conhecer ao Senhor )  e portanto deve ser evitada e refutada convenientemente. De fato o ser humano é tentado, mesmo tocado pela genuína experiência da conversão, submeter-se pela vaidade a alguma novidade "pós conversão" e a beber em águas desnecessárias. Mas eu, ao contrário do que crêem, compreendo o perigo e a realidade da liberdade de escolha.

Por Helvécio S. Pereira


ADENDO 


*opiniões curiosas acerca das posições teológicas 
em foco atualmente ( ?! )

* O mais surpreendente, é que nas minhas muitas visitas na web, foruns, sites denominacionais, blogs, os calvinistas festejam a sua defesa apaixonada e muitas vezes acompanhada de atitudes e declarações indelicadas, não só com os que discordam deles em pontos diretamente relacionados ao calvinismo mas quase nunca em pontos inconciliáveis que não afetem o mesmo calvinismo. Por exemplo: encontrei irmãos calvinistas que não aceitam  o pentecostalismo e irmão calvinistas  pentecostais ( ou pentecostais calvinistas ) que defendem a atualidade dos dons como línguas estranhas e profecias.  Curiosamente há um fórum ( não o único ) em que  essa possibilidade anacrônica foi discutida e creio ser um irmão conhecido ( o Ednaldo ) um dos que deram uma opinião sobre o assunto e o quadro comparativo é de certa forma real:

( Ele o Ednaldo ) Se eu estiver errado nas minhas colocações, me corrijam por favor 


( palavras dele ):

Vamos fazer um quadro comparativo entre igrejas reformadas e pentecostais.

ReformadosPentecostais
SoteriologiaCalvinistaArminiana
PneumatologiaCessacionistaContinuísta
EscatologiaPosições clássicas A/Pré/Pós-Milenista Pré-milenista  dispensacionalista

Diante disso dificilmente poderemos usar os termos "pentecostal reformado", pois  realmente 
é uma contradição de termos. (Tempos atrás eu não diria isso  Sorriso forçado)

Masssssssssss, e sempre tem um "mas", um  pentecostal pode abandonar  o  arminianismo 
e optar pelo calvinismo em sua soteriologia, ou dispensar o  dispensacionalismo  e  optar por 
alguma posição reformada pactual ou aliancista, deixando também o pré-milenismo dispensa
cionalista e optando por uma escatologia histórica (alguns aqui oram para que seja o pós-mile
nismo  Sorriso forçado), sem que necessariamente devam abandonar o continuísmo nos  moldes penteco
stais.

Portanto, pentecostal reformado, como diria o Pe. Quevedo, "isso non ecxiste!", mas  penteco
stal calvinista, isso sim, Graças a Deus já está existindo a um bom tempo. Contente
"Vigi....!!!"
E outro estranhamente emitiu outra opinião:

"... mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias" At 1:5
Sou pentecostal, o que causa certa estranheza, por me definir também como calvinista. Mas o que é um pentecostal? Pentecostal é um cristão protestante que adota crenças distintivas: crê no batismo no Espírito  Santo  como experiên cia separada da conversão e na atualidade dos dons espirituais, inclusive os referidos em 1Co 12-14. Os pentecostais divergem entre sim quanto ao falar em línguas como evidência inicial do batismo com o Espírito Santo. Uns creem que falar em línguas é a evidência física necessária do batismo no Espírito Santo, outros negam que todos  que  são batizados no Espírito Santo falam necessariamente em línguas.

Não sei quem se espanta mais quando digo que sou um pentecostal calvinista, se meus irmãos reformados ou se meus igualmente irmãos renovados. Boa parte deles  me  veem como o elo perdido  entre  os  répteis e as aves: nem  corro bem, nem voo direito e assim corro o risco de ser comido e torcem para  que  eu  deixe  de  ser  uma coisa ou outra. Mas, bíblica e teologicamente falando, qual a incompatibilidade entre a soteriologia calvinista e a pneumatologia pen tecostal?

Batismo no Espírito Santo como sucedâneo da conversão

Acredito que muita da rejeição à doutrina da separalidade entre conversão e batismo com o Espírito Santo se deva à má compreensão de que os pentecostais creem que recebem o Espírito Santo quando falam em línguas e não quando se convertem. Se fosse assim, eu jamais poderia ser um pentecostal, pois creio que a regeneração operada pelo Espírito precede a fé. Ou seja, não apenas vejo que o Espírito Santo opera no pecador antes do batismo com o Espírito Santo, mas antes mesmo da conversão, que é a manifestação externa da regeneração.

Nós pentecostais cremos no batismo no Espírito Santo como o recebimento de poder capacitante para o serviço e adoração, não como poder salvífico. Os discípulos já haviam recebido o Espírito Santo quando Jesus ordenou a eles que ficassem em Jerusalém, até que do alto fossem revestidos de poder, e então seriam testemunhas dEle até os confins da terra.

Atualidade dos dons espirituais

Embora a doutrina da atualidade dos dons espirituais decorra naturalmente da anterior, no sentido de que todo pentecostal é contemporanista, nem todo contemporanista é pentecostal. Por isso, não preciso me estender aqui, pois muitos reformados (aliancistas e calvinistas de cinco pontos) são contemporanistas, embora não falte quem os desconsiderem como tal. De qualquer forma, este é um ponto mais comum entre pentecostais e calvinistas, de forma que praticamente não é uma doutrina distintiva dos pentecostais.

A objeção mais forte contra os pentecostais é quanto aos chamados dons revelacionais e de expressão verbal: profecia, línguas e interpretação, sendo que o dom de línguas recebe os ataques mais fortes, como reação à ênfase excessiva dada pelos pentecostais. Mas o fato é que o dom de línguas e os demais chamados de extraordinários não são colocados numa categoria à parte de outros dons, sendo que o que se afirma destes deve-se afirmar daqueles.

Pentecostalismo ou e calvinismo
Eu não apenas creio que existe compatibilidade bíblica entre o calvinismo e o pentecostalismo, como creio que existe sinergia (ops) entre as duas correntes. Não precisamos ser pentecostais ou calvinistas, ganhamos mais se formos pentecostais e calvinistas. Sonho com pentecostais na liturgia tornando-se calvinistas, e com calvinistas sendo batizados no Espírito Santo. Os que veem isso como um pesadelo precisam, antes de qualquer coisa, demonstrar a incompatibilidade entre esses dois movimentos.

Soli Deo Gloria


Clóvis
Fonte: Cinco Solas

 Enfim... TUDO É POSSÍVEL!

CLIQUE NA IMAGEM E FAÇA O DOWNLOAD DESSE E-BOOK

CLIQUE NA IMAGEM E FAÇA O DOWNLOAD DESSE E-BOOK
Clique na imagem acima e saiba como fazer o download desse importante e-book

EM DESTAQUE NA SEMANA

VOCÊ NÃO PODE DEIXAR DE LER




09 Dez 2010
Reflexões acerca do que a Bíblia revela e declara sob a ótica cristã autêntica. Nada porém substitui a leitura pessoal da Bíblia, a inerrante Palavra de Deus. LEIA A BÍBLIA! Salmos 119:105 Lâmpada para os meus pés é tua palavra, ...
19 Dez 2010
Essa pessoa sai pensando em Deus de um modo ou de outro, e em decisões que fatalmente terá de tomar frente ao divino. Nas prisões, após ouvir um pregador ou missionário de uma ou outra igreja, os criminosos mais terríveis param para ...
01 Dez 2010
A Bíblia é fonte inesgotável de ensinamentos dados do ponto de vista de Deus. As Sagradas Escrituras só não revelam o que, segundo a aprovação de Deus, Ele mesmo por Si não quer revelar-nos. Deus não revela coisas imposto pela ...
09 Dez 2010
Infelizmente ou ao contrário, como seres sociais e assim planejados por Deus, só construímos conhecimento em cima de informações e conhecimentos que nos antecedem. Por isso é natural não poucos de nós repetirmos conclusões feitas por ...

UM ABENÇOADO E VITORIOSO ANO NOVO A TODOS! OBRIGADO A TODOS OS LEITORES E VISITANTES!

Arquivo do blog

TEOLOGIA EM DESTAQUE: DIVERSAS POSTAGENS


26 Ago 2010
Nessa postagem quero deixar claro que dentre as diversas teologias usadas ( teologia popular, teologia leiga, teologia ministerial, teologia profissional e teologia acadêmica ) a que move a igreja e faz avançar o seu ...
27 Out 2011
Por experiência entenda-se todas as comprovações factuais acerca do que se crê conforme a teologia crida, seja essa oficial, oficiosa, leiga, individual, etc. Assim posto, é necessário colocar que o que me fez tocar nesse ...
25 Ago 2010
A teologia leiga é portanto um passo além da teologia popular, na verdade uma passo acima. Quando um crente dedica-se mais sistematicamente a investigação da sua fé , buscando uma melhor forma de não só expor o ...
11 Jan 2011
Conforme postagens anteriores que esclarecem a diferença entre teologia oficial e leiga, evidentemente em todas as igrejas há, por parte de seus membros uma teologia mais popular e uma teologia pessoal. Mesmos ...

links úteis

Atenção!

TODAS AS NOSSAS POSTAGENS TRAZEM ABAIXO LINKS PARA COMPARTILHAMENTO E IMPRESSÃO E SALVAMENTO EM PDF. NO CASO CLIQUEM 'JOLIPRINT' E UM SITE CONVERTERÁ O POST EM UM PDF AGRADÁVEL DE SER SALVO E PORTANTO GUARDADO PARA LEITURA POSTERIOR ( fica visível em alguns navegadores, aproveite essa funcionalidade extra! )

CRISE NO CATOLICISMO

ACESSE JÁ CLICANDO NO LINK ABAIXO

ACESSE JÁ CLICANDO NO LINK ABAIXO
VÁRIAS VERSÕES, ESTUDOS SOBRE CADA LIVRO DAS ESCRITURAS

NÃO PERCA UMA POSTAGEM DIGITE ABAIXO O SEU E-MAIL OU DE UM AMIGO

Enter your email address:

Delivered by FeedBurner

ATUALIDADE ! CLIQUE NA IMAGEM ABAIXO E LEIA AGORA MESMO!

ATUALIDADE ! CLIQUE NA IMAGEM ABAIXO E LEIA AGORA MESMO!
NÃO PERDER O FOCO...QUAL O REAL PRINCÍPIO DO CULTO? CLIQUE NA IMAGEM ACIMA E ACESSE

CURSO TEOLÓGICO GRÁTIS! *HÁ TAMBÉM OUTROS CURSOS DISPONÍVEIS

QUEM INVENTOU O APELO NOS CULTOS?

SOBRE O LIVRO DE GÊNESIS, LEIA AS PRINCIPAIS POSTAGENS

25 Nov 2010
Tenho algumas vezes, em minhas despretenciosas reflexões ( despretenciosas por não terem o tom acadêmico e muito menos professoral, são apenas reflexões ), dito que se não se crer no que o Livro de Gênesis declara, não é necessário ...
31 Jan 2011
-A razão das atuais, ou pelo menos de predominância histórica, das condições existenciais e morais do homem têm no Gênesis a sua satisfatória resposta. A existência de condições nem sempre e totalmente favoráveis a nosso conforto ...
11 Jan 2011
Como parte do pentateuco, o Gênesis, depreciado modernamente graças a nossa submissão e endeusamento da ciência, que com a sua contribuição à saúde, tecnologia e construção material da sociedade, pouco ou quase nada tem a dizer sobre ...
21 Nov 2010
A religiosidade cristã moderna ou atual, de há muito tem se contentado e desprezado as narrativas de Gênesis, precioado por parte majoritária de setores quase que totais do mundo científico e da falsa sensação de que tudo pode ser ...

O GÊNESIS, COM NARRAÇÃO DE CID MOREIRA E IMAGENS

NÃO DEIXE DE LER OS SEGUINTES POSTS DENTRE OS MAIS LIDOS...

29 Mai 2010
UM LIVRO OBRIGATÓRIO PARA CATÓLICOS E EVANGÉLICOS ACERCA DA ERRÔNEA CULTURA DO CULTO A MARIA. Recebi por indicação do irmão Jorge Fernandes Isha, um e-book gratuito, de leitura obrigatória para os evangélicos e para ...
16 Fev 2010
Judas era o mais culto, de origem e status social diverso dos demais, de outra cidade, e foi substituído não pelo apóstolo dentre os discípulos eleito pelos demais, por própria escolha de Jesus, após a morte de Estevão, Saulo, discípulo de Gamaliel, provavelmente o mais preparado ...Melquesedeque, Maria , José, e tantos outros. Deus se dá a conhecer plenamente a cada um que o ama. O ue Ele fará na história as vezes não noscompete saber, as vezes sim. Essa é a diferença. ...
19 Mar 2010
Tal qual os fariseus, põem não poucos impencilhos que vão desde reparações a pregação simples e com pouca ligação com a hermeneutica e pregação convencionais, a música, letra das canções, a ordem do culto, forma dos apelos e ... Essa pessoa , esse novo crente, como filho ou filha de Deus de fato, tem agora uma nova vida, como Madalena, Zaqueu, o Gadareno, o Centurião, Nicodemos,o ladrão da cruz, Marta e Maria, Lázaro ( não necessariamente nessa ordem ), e tantos outros. ...
04 Mar 2011
Nesse aspecto seria legítimo um católico cultuar Maria como N.Senhora, um muçulmano a Maomé como seu legítimo profeta, um budista como objeto de culto, e assim por diante. Todoslçegitimamente amparados por sentimentos sinceros e ...
English (auto-detected) » English




English (auto-detected) » English


English (auto-detected) » English

VISITE JÁ UM BLOG SOBRE ATUALIDADES RELIGIOSAS E FATOS IMPORTANTES NO MUNDO

VISITE JÁ  UM BLOG SOBRE ATUALIDADES RELIGIOSAS E FATOS IMPORTANTES NO MUNDO
CONTANDO OS NOSSOS DIAS ACESSE JÁ. CLIQUE AQUI!

ESTUDE EM CASA.TRABALHE EM CASA!


leitores on line

OPORTUNIDADE!

LEIA: E-BOOKS EVANGÉLICOS GRÁTIS Clicando na imagem a abaixo você fará os downloads dos mesmos