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sábado, 16 de outubro de 2010

O QUE É SER PROTESTANTE? OU SERÁ EVANGÉLICO?

Uma das dificuldades naturais, e que gera não poucas dúvidas, é a que se somos "protestantes" ou "evangélicos", ou até mesmo se isso tem alguma importância. Diante de semelhanças e principalmente diferenças ( por não se desejar ser confundido ou alinhado com algum outro )  igrejas autodenominadas evangélicas se pronunciam publicamente, tomando decisões de não reconhecer outra igreja como genuinamente evangélica. Alguns optam por não se autodenominarem e nem serem chamados de evangélicos, preferem termos como "crentes", "reformados" e na maioria das situações atuais rejeita-se o termo "protestante". Pior do que errar é justificar erradamente o erro como se fosse uma acerto. Para dirrimir as dúvidas vai abaixo um pequeno texto sobre esse assunto.

O QUE É UM PROTESTANTE,
O QUE É SER PROTESTANTE?

O grande e maior princípio da Reforma é o da liberdade e está explícito no talvez menor dos livros de Martim Lutero (2) e mesmo de toda a literatura reformada. Diz Lutero que o cristão é “senhor livre sobre todas as coisas e não está sujeito a ninguém”, mas completa: “um cristão é um servo prestativo em todas as coisas e está sujeito a todos”. Essa aparente contradição se resolve assim: o cristão é livre para fazer e não fazer ou, ainda, o cristão não está debaixo de nenhuma mediação e se refere diretamente a Deus pela fé, instrumento de sua salvação. A salvação é individual e sua vida religiosa é pautada exclusivamente pela Bíblia cuja leitura é direta e também não mediada. Como pontifica Dunstan, o homem é o centro de sua religião.


Em suma, o protestante é o homem que se sente liberto por Cristo, segue exclusivamente a Bíblia “como única regra de fé e prática”, cultiva uma ética racional de desempenho para contribuir para a glória de Deus e vive moralmente segundo os “10 mandamentos” e os padrões da moral burguesa vitoriana. A conversão, que no período do Grande Despertamento (3) era mais propriamente uma “reconsagração” à vida devota, reajustava o indivíduo ao modelo burguês vitoriano acompanhado da ética do trabalho apropriada à ideologia do progresso. A preguiça, a ociosidade e a falta de objetividade na vida, assim como desregramentos sexuais e desorganização familiar, eram pecados graves para os vitorianos (4). 


O protestantismo, principalmente o calvinismo posterior, privilegiou as relações sociais e econômico-políticas no sentido horizontal, buscando pôr de lado todo tipo de dependência piramidal ou vertical. Em suma, uma desconfiança permanente de monarquias absolutas em favor de repúblicas democráticas. Isso ganhou muita força após a independência das colônias norte-americanas e da expansão protestante durante o século XIX (5).


Referências:

Como nos chama a atenção esse autor, não confundir com os evangélicos de vertente inglesa mais moderna que designam a ala conservadora do protestantismo contemporâneo e que estão sendo identificados atualmente pelo neologismo "evangelical"

2 Da Liberdade Cristã, escrito em 1520 (Lutero, 2004). Ver também: Altmann, 1994.

3 Grande Despertamento ou Grandes Avivamentos designam movimentos esparsos de renascimento de vitalidade religiosa que ocorreram na América do Norte a partir dos primeiros anos do século XIX.

4 Quanto a isso é muito interessante ver: Gay, 2000 e 2005.

5 Bastaria, neste ponto, assinalar o testemunho da missionária educadora metodista Martha Watts (1881-1908), fundadora do Colégio Piracicabano, em carta de abril de 1890, logo após a proclamação da República: “O Brasil está indo para frente, e devemos seguir com ele, carregando a religião do Evangelho […]” (Mesquita, 2001, p. 90).


Fonte: ANTONIO GOUVÊA MENDONÇA O protestantismo no Brasil e suas encruzilhadas pp 4 e 5

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

EMPREENDIMENTOS TEOLÓGICOS IMPORTANTES 1

É absolutamente fácil e gratuito, especialmente em nossa experiência religiosa em um pais com as caracrterísticas e mudanças como o Brasil. Pega-se o bonde andando e com a boa possibilidade do ócio, ópta-se por uma ou outra posição. Muitos referem-se a Calvino e Armenius, como mestre e discípulo dissidente, embora jamais tenham se encontrado ou se correspondido ( quando Calvino morreu Armenius tinha apenas cinco anos de idade ) como uma de duas opções, e passam a defender a idéia de um contra a do outro, esquecendo-se, ingnorando factualmente, ou por má fé, a luta travada por esses dois crentes que amaram ao Senhor de todo o coração, e a Ele dedicaram as suas vidas, contra um inimigo da genuína fé cristã a luz única da insubstituível Palavra de Deus, contida na Bíblia Sagrada.

Desse modo é absolutamente patético,cristãos se engalfiarem em disputas entre um e outro como torcedores de agremiações esportivas, entre calvinistas e armenianos, numa fixação de apenas repetir as constatações e declarações de um ou de outro. É verdade que calvinistas se proponham a "corrigir" o mundo de um "erro arminiano" e nem tanto o contrário. Se você não se confessa calvinista e defende a posição calvinista é automaticamente arminiano sendo que  a maioria dos crentes evangélicos nem conhecem muito de Calvino ou de Armenius.

Da minha parte, ambos foram maravilhosos em sua dedicação e amor exemplares, repito pela luta e desafios por ambos enfrentados, que nos deixaram o legado da possibilidade de conhecermos a Deus pela Sua palavra e a Ele somente dedicarmos as nossas vidas e o nosso amor e por Ele sermos salvos, independentemente de simpatizarmos pelas idéias de um ou de outro.

Como já publiquei nesse blog uma postagem especial dedicada a João Calvino ( CLIQUE AQUI PARA ACESSAR POSTAGENS ACERCA DE JOÃO CALVINO ) importância e ensino com dados importantes sobre sua biografia, ensino e defesa da salvação pela graça unicamente, e outras indiretamente relacionadas a sua vida pensamentos e obra, dedico essa a Jacobus Armenius, seu discípulo e dissidente teológico em alguns pontos. 

Mas quem era Jacobus Armenius e quais as suas idéias e o que de fato defendia e acreditava? Eis um resumo a ser observado:


A Teologia de Arminius

Laurence M. Vance - O Outro Lado do Calvinismo

A Teologia de Arminius
Embora escritores calvinistas modernos dão a impressão de que Arminius foi nada menos do que um completo herético, uma olhada superficial em seus escritos é tudo que leva para ver que isto não é simplesmente o caso, pois Arminius foi tão ortodoxo sobre as doutrinas principais da fé cristã quanto qualquer calvinista, antigo ou moderno. E ainda que os escritos de Arminius sejam conseguíveis, eles são raramente, se alguma vez, lidos por alguém – especialmente os calvinistas. Mas é para suas obras que alguém deve ir para ver sua teologia – não para qualquer pregador, escritor, ou teólogo, sejam eles calvinistas ou arminianos. Um calvinista até admite que “a teologia de Jacob Arminius tem sido negligenciada tanto por seus admiradores quanto por seus caluniadores.”[1] Os sentimentos doutrinários de Arminius referentes ao Calvinismo serão explorados durante a análise doutrinária dos pontos particulares do Calvinismo, mas quanto às bases da fé cristã, as crenças doutrinárias de Arminius são consideradas abaixo.

Sobre a coisa mais importante que alguém crê – a inspiração e autoridade da Escritura – Arminius foi perfeitamente ortodoxo. Ele afirmou sobre a Bíblia:

A autoridade da palavra de Deus, que está inclusa nas Escrituras no Velho e Novo Testamento, repousa tanto na veracidade de toda a narração, e de todas as declarações, sejam aquelas sobre coisas passadas, presentes, ou futuras; e no poder dos mandamentos e proibições, que são contidos na palavra divina. Ambos os tipos de autoridade podem depender de ninguém senão de Deus, que é o Autor principal desta palavra; tanto porque ele é a Verdade sem suspeita de falsidade, quanto porque ele é de Poder invencível. Por causa disso, o conhecimento somente que esta palavra é divina, é compulsório sobre nossa crença e obediência; e tão fortemente é obrigatório, que esta obrigação pode ser aumentada por nenhuma autoridade externa.[2]

Arminius considerava a Bíblia infalível,[3] e aceitava como canônicos todos os sessenta e seis livros.[4] Ele sempre carregava seu Novo Testamento consigo,[5] e afirmava que da leitura atenta das Sagradas Escrituras: “Eu sinceramente ensinei mais do que qualquer outra pessoa, como toda a universidade e as consciências de meus colegas testificarão.”[6] Ele considerava como “insensata e blasfema” a alegação católica de que as Escrituras “não são autênticas senão pela autoridade da Igreja.”[7] E ele da mesma forma se considerava “de modo algum obrigado a adotar todas as interpretações particulares dos reformados.”[8] Por essa razão, não é surpreendente que os escritos de Arminius estão repletos de referências à Escritura.

Como Calvino e os outros reformadores, Arminius foi vigorosamente anti-católico, classificando-se do lado daqueles que disse que o papa era “o adúltero e o alcoviteiro da Igreja, o falso profeta, o destruidor e subversor da Igreja, o inimigo de Deus e o anticristo.”[9] Ele foi chamado de “um hábil e mais bem sucedido crítico dos papistas.”[10] Arminius nunca hesitou em descrever em termos precisos sua opinião a respeito do papa e daqueles que o seguem. Ele escreveu em sua tese On Idolatry que “o Pontífice Romano é ele mesmo um ídolo: E que aqueles que o estimam como a pessoa que ele e seus seguidores ostentosamente descrevem-no ser, e que apresentam a ele a honra que ele exige, por esses mesmos atos mostram-se idólatras.”[11] Ele também declarou que “uma reforma não deve ser esperada de qualquer um que é elevado ao Pontificado Romano,” e que “o papa será destruído no glorioso retorno de Cristo.”[12] Depois que alguns de seus inimigos acusaram-no da “apostasia de muitas pessoas ao papismo,”[13] Arminius escreveu sua mais forte denúncia do papado:

Eu abertamente declaro, que eu não reconheço que o Pontífice Romano seja membro do corpo de Cristo; mas eu o considero um inimigo, um traidor, um homem sacrílego e blasfemo, um tirano, e um violento usurpador do mais injusto domínio sobre a Igreja, o homem do pecado, o filho da perdição, esse mais notório criminoso.[14]

Sobre a missa católica, Arminius afirmou que “é ímpia, para qualquer sacrifício expiatório agora a ser oferecido pelos homens para os vivos e os mortos.”[15] Ele considerava a missa como oposta à “natureza, verdade e excelência do sacrifício de Cristo.”[16] E finalmente, ele defendia medidas severas contra o papismo: “Enquanto todos os devotos professores devem entusiasticamente desejar a destruição do papismo, como desejariam a respeito do reino do anticristo, eles devem com o maior zelo engajar-se na tentativa, e, no que estiver ao seu alcance, fazer os mais eficientes preparativos para a sua destruição.”[17] A acusação de que Arminius tinha afinidades católicas é obviamente infundada.

Sobre a natureza e atributos dos membros da Divindade, Arminius é novamente completamente ortodoxo. Ele acreditava na “Santíssima Trindade,”[18] ensinava que Deus criou “todas as coisas do nada,”[19] e mantinha que “Deus é capaz de tudo que seja possível.”[20] Arminius expôs sobre a infinidade, imensidade, impassibilidade, imutabilidade, onipresença, unidade, essência, e eternidade de Deus – assim como qualquer teólogo calvinista.[21] As opiniões de Arminius sobre o Senhor Jesus Cristo são da mesma forma consoantes com a Bíblia e as autoridades calvinistas. Ele acreditava que Cristo era eterno,[22] e o descrevia como “o Filho de Deus e Filho do homem; consistindo de duas naturezas, divina e humana, inseparavelmente unidas sem mistura ou desordem.”[23] Ele o identificava como o Jeová do Velho Testamento,[24] que se tornou homem,[25] e foi crucificado por nós.[26] Arminius acreditava na morte, sepultamento, ressurreição e ascenção de Cristo literais.[27] Considerava a Expiação de Cristo como “única, expiatória, perfeita, e de valor infinito.”[28] Sobre o Espírito Santo, Arminius mantinha que o Espírito era “da mesma natureza que Deus Pai e Deus Filho.”[29] É certamente aparente que Arminius foi um trinitariano ortodoxo.

Sobre a queda e depravação do homem, Arminius foi tão ortodoxo quanto o mais radical calvinista. Ele acreditava na completa ruína do homem por causa do pecado de Adão. Por causa desta transgressão: “O homem caiu sob o desprazer e ira de Deus, tornando-se sujeito a uma dupla morte, e merecendo ser privado da justiça e santidade primeva em que grande parte da imagem de Deus consistia.”[30] Esta condenação é “comum a toda a raça e a toda sua posteridade,” pois “qualquer punição que foi trazida sobre nossos primeiros pais, tem da mesma forma penetrado e ainda continua em toda sua posteridade: De modo que todos os homens ‘são por natureza filhos da ira,’ (Ef 2.3) odiosos, merecendo a condenação, a morte temporal e a morte eterna.”[31] Sem ser liberto por Jesus Cristo, Arminius insistia que o homem “permaneceria oprimido para sempre.”[32] Além disso ele caracterizou o homem como desesperadamente perdido:

Em seu estado caído e pecaminoso, o homem não é capaz, de e por si mesmo, pensar, desejar, ou fazer aquilo que é realmente bom; mas é necessário que ele seja regenerado e renovado em seu intelecto, afeições ou vontade, e em todos os seus poderes, por Deus em Cristo através do Espírito Santo, para que ele possa ser capacitado corretamente a entender, avaliar, considerar, desejar, e executar tudo quanto seja verdadeiramente bom.[33]

Dessa forma Arminius descreveu a presente condição do homem numa linguagem com que qualquer calvinista poderia concordar.

Pela razão de ter concluído que o homem estava em uma condição perdida, pecaminosa, Arminius atribuía a salvação inteiramente a Deus por meio de Cristo: “Acredito que os pecadores são contados justos unicamente pela obediência de Cristo; e que a justiça de Cristo é a única causa meritória por conta da qual Deus perdoa os pecados dos crentes e os considera tão justos quanto se eles tivessem perfeitamente cumprido a lei.”[34] Ele descreveu a doutrina da justifação pela fé da Reforma com o vocabulário próprio de Martinho Lutero:

É uma Justificação pela qual um homem, que é pecador, embora crente, sendo colocado diante do trono da graça que é erigido em Cristo Jesus a Propiciação, é contado e pronunciado por Deus, o justo e misericordioso Juiz, reto e digno da recompensa da justiça, não em si mesmo mas em Cristo, da graça, de acordo com o evangelho, para o louvor da justiça e graça de Deus, e para a salvação da própria pessoa justificada.[35]

Arminius até assentiu com as declarações de Calvino sobre a justificação como encontrada em suas Institutas:

Minha opinião não é tão diferente da dele que me impede de empregar a assinatura de minha própria mão para consentir com as coisas que ele pronunciou sobre este assunto, no Terceiro Livro de suas Institutas; isto eu estou preparado para fazer a qualquer hora, e dar a elas a minha completa aprovação.[36]

Ele da mesma forma caracterizou a doutrina da santificação:

É um ato gracioso de Deus, pelo qual Ele purifica o homem que é pecador, embora crente, da escuridão da ignorância, de habitar o pecado e de suas concupiscências e desejos, e o imbui do Espírito do conhecimento, justiça e santidade; que, sendo separado da vida do mundo e feito conforme a Deus, o homem pode viver a vida de Deus, para o louvor da justiça e da gloriosa graça de Deus, e para sua salvação conquistada.[37]

E sobre a segurança do crente, os sentimentos de Arminius eram exatamente como os dos calvinistas de seu dia. Ele até argumentava que “em nenhuma época eu afirmei ‘que crentes finalmente se afastam ou caem da fé ou da salvação.’”[38] Arminius também acreditava que alguém poderia ter segurança da salvação: “Em relação à certeza de salvação, minha opinião é, que é possível ao que crê em Jesus Cristo estar seguro e persuadido e, se seu coração não condená-lo, ele está agora na realidade certo, que é um filho de Deus, e se encontra na graça de Jesus Cristo.”[39] Os sentimentos doutrinários de Arminius referentes à salvação de um pecador são consoantes com os de qualquer calvinista.

Sobre algumas outras questões, Arminius foi como seus companheiros crentes reformados. Ele defendia o batismo de crianças por aspersão – assim como Calvino e as igrejas reformadas hoje em dia.[40] Ele foi também oposto aos anabatistas, e disputou com alguns deles em suas casas.[41] Em 1600 Arminius foi até solicitado para escrever “uma breve refutação de todos os erros dos anabatistas.”[42] Entretanto, até 1605 a refutação ainda não estava acessível, visto que Arminius estava ocupado demais.[43] Mas ainda que ele defendia a organização reformada da Igreja com o Estado, e contendia com aqueles fora da Igreja Reformada, Arminius foi conhecido por sua tolerância, e não há nenhum registro de qualquer perseguição praticada contra “heréticos.”

Embora Arminius acreditava que tinha liberdade para expor a palavra de Deus de acordo com os ditames de sua consciência, ele sempre foi cuidadoso no que ensinava e procurava evitar controvérsia e cisma. Durante um debate com Petrus Plancius (1552-1622), Arminius declarou que “ele sempre emprega extrema cautela nas doutrinas que ensinava, com receio de que algum deles pudesse ser corrompido a erradicar as fundações da fé cristã.”[44] Ele claramente afirmou o objetivo de sua vida cristã:

Com relação à Ambição, eu não a possuo, exceto aquela espécie honrosa que me impele a este serviço, - a indagar com toda a dedicação nas Sagradas Escrituras pela Verdade Divina, e brandamente e sem contradição declará-la quando encontrada, sem prescrevê-la a ninguém, ou trabalhar para forçar consentimento, muito menos através de um desejo de “ter domínio sobre a fé dos outros,” mas antes pelo propósito de vencer algumas almas para Cristo, para que eu possa ser um doce aroma a Ele, e possa obter uma reputação aprovada na igreja dos Santos.[45]

Mesmo em seu testamento Arminius mantinha esta posição e exaltava a Escritura, como este extrato de seu testamento mostra:

Acima de tudo, confio minha alma, em sua partida do corpo, às mãos de Deus, que é seu Criador e fiel Salvador; ante o qual eu também testifico, que caminhei com simplicidade e sinceridade, e “com toda a boa consciência,” em meu ofício e vocação; e que tenho guardado com a maior solicitude e prudência, de expor ou ensinar qualquer coisa, que, após uma diligente busca nas Escrituras, não tenha concordado com os registros sagrados; e que todas as doutrinas por mim expostas, foram na intenção de levar à propagação e crescimento da verdade da Religião Cristã, da verdadeira adoração a Deus, da devoção de todos, e de uma sagrada relação entre os homens, - e também para contribuir, de acordo com a palavra de Deus, a um estado de tranqüilidade e paz característico do nome cristão; e que destes favores eu excluí o Papado, com o qual nenhuma unidade de fé, nenhum laço de piedade ou da paz cristã pode ser conservado.[46]

Arminius merece ser classificado como um teólogo holandês reformado ortodoxo.[47] Ele foi natural, nascido em Oudewater, e treinado para o ministério em Leiden. Pastoreou em Amsterdã e depois treinou ministros em Leiden. Não conheceu nenhuma outra igreja senão a Igreja Reformada Holandesa, consentindo com seus credos, e defendendo-a contra todas as outras. Mesmo depois deste breve estudo da teologia de Arminius, as palavras de Bertius, proferidas no término da oração fúnebre quando da morte de Arminius, soam claras: “Viveu na Holanda um homem que aqueles que não conheciam não podiam suficientemente estimar, que aqueles que não estimavam nunca tinham suficientemente conhecido.”[48] Sua teologia foi ortodoxa, mas diferente de Calvino, ele exerceu tolerância com aqueles com quem discordava. Nas palavras do notável advogado Hugo Grotius (1583-1645): “Condenado pelos outros, ele não condenou ninguém.”[49]

[1] Richard A. Muller, God, Creation, and Providence in the Thought of Jacob Arminius (Grand Rapids: Baker Book House, 1991), p. 269.
[2] Works of Arminius, vol. 2, p. 324.
[3] Ibid., p. 323.
[4] Ibid., pp. 323-324.
[5] Ibid., vol. 1, p. 247.
[6] Ibid., p. 295.
[7] Ibid., vol. 2, p. 81.
[8] Ibid., vol. 1, p. 103.
[9] Ibid., vol. 2, pp. 264-265.
[10] Ibid., vol. 1, p. 49.
[11] Ibid., vol. 2, p. 306.
[12] Ibid., vol. 1, p. 299.
[13] Ibid., p. 298.
[14] Ibid.
[15] Ibid., vol. 2, p. 444.
[16] Ibid., p. 243.
[17] Ibid., vol. 1, p. 644.
[18] Ibid., vol. 2, p. 138.
[19] Ibid., p. 355.
[20] Ibid., p. 353.
[21] Ibid., pp. 115-118.
[22] Ibid., p. 143.
[23] Ibid., p. 379.
[24] Ibid., p. 141.
[25] Ibid., p. 379.
[26] Ibid., p. 387.
[27] Ibid., pp. 387-388.
[28] Ibid., p. 443.
[29] Ibid., p. 145.
[30] Ibid., p. 151.
[31] Ibid., pp. 156-157.
[32] Ibid., p. 157.
[33] Ibid., vol. 1, pp. 659-660.
[34] Ibid., p. 700.
[35] Ibid., vol. 2, p. 256.
[36] Ibid., vol. 1, p. 700.
[37] Ibid., vol. 2, p. 408.
[38] Ibid., vol. 1, p. 741.
[39] Ibid., p. 667.
[40] Ibid., vol. 2, pp. 440-441.
[41] Bangs, Arminius: A Study, p. 167.
[42] Ibid.
[43] Ibid., p. 168.
[44] Works of Arminius, vol. 1, p. 103.
[45] Ibid., vol. 2, p. 703.
[46] Ibid., vol. 1, p. 45.
[47] Bangs, Arminius as a Theologian, pp. 214-221.
[48] Peter Bertius, citado em Bangs, Arminius: A Study, p. 331.
[49] Hugo Grotius, citado em Curtiss, p. 50.

domingo, 20 de junho de 2010

CALVINO, UM POUCO DE SUA MAGNÍFICA HISTÓRIA, SEM DÚVIDA, UM IMPORTANTE ATOR NO RESSURGIMENTO DA MENSAGEM E IMPORTÂNCIA DAS ESCRITURAS NO CENÁRIO HISTÓRICO DA IGREJA DE JESUS

Não sou calvinista confesso, e não é  por me envergonhar do grande João Calvino, mas  como não sou autodenominado nada além do que simplesmente crente em Jesus, se isso passa com relativa clareza aos outros, a minha fé. é o que basta. As vezes, para o bem ou para o mal, fica mais claro em determinadas circunstâncias, dizer que se é "evangélico", "protestante", "não-católico",etc. Dito isto, não significa que eu ignore e despreze o grande reformador francês e toda a sua obra, de modo algum. Antes pelo contrário, medito na sua obra, vida, desafios e experiências, e até nos erros de compreensão, pela própria limitação, que cada um de nós possui, seja temporal, cultural, de temperamento, etc.

Visto pelo ponto de vista e foco corretos, há permanentemente inúmeras lições e exemplos advindos de seu testemunho e do testemunho, que a própia história dá desse importante irmão na fé. Há de se concientizar que homens e mulheres que tiveram importantes intervenções no avanço da mensagem do evengelho, não eram como não são perfeitos em todas as suas colocações e ensinos, e João Calvino não é uma honrosa exceção. Confirmar e repercutir seus erros interpretativos acerca de certas questões escriturísticas não é, pelo menos, sábio. Discordo da predestinação como é colocada e defendida com unhas e dentes pelos calvinistas e que a bem da verdade, não resiste a prova dos fatos e sim somente parece-se coerente quando restrita as mesmas declarações e até as mesmas objeções.

A luz do fatos, sem paixões, repito, colocada como é posta por seus defensores e até por seus opositores, é decididamente incorerente e menos explica do que de fato  se propõe a exclarecer. A sua sustentação aparente não se dá pelo ocnjunto da obra, por tudo que as Escrituras apresentam am todo o seu curso e não em passagens escolhidas e preferidas tanto dos defensores como dos opositores. Fica-se dando volta no mesmo ponto, como um cão perseguindo a sua própria calda.

Como posso ser tão duro, e aparentemente nada respeitoso, e convidar o leitor a atentar para a vida do reformador? Na verdade olha-se apenas para um aspecto de sua teologia e fé, e não para a sua vida como um todo. Muitos dos atuais calvinistas espalhados pelo mundo não chegariam aos pés de Calvino, e nem teriam a mesma coragem frente aos mesmos desafios, cuja vitória, tanto nas perseguições, nos embates na proclamação de idéias, nas dificuldades e impedimentos naturais de sua época, limitações geográficas, tecnológicas, de meios realmente, fariam os confortávelmente estabelecidos nos dias de hoje em ministérios ricos e solidificados em regiões privilegiadas do globo, a desanimarem, ou até negarem a sua própria fé. Chega a ser indescritível o preço pago pelo grande reformador, na sua obra, uma real declaração de amor ao Senhor e a Sua Palavra fiel e verdadeira. Isso sim deveríamos tomar como exemplo e imitá-lo, não em uma ou outra opinião apenas.
Entretanto, são nimagináveis, os desafios, os acontecimentos, referentes a toda a vida desse menino, nascido em circunstâncias tão próprias, que se tornou jovem, homem feito, marcou a história ocidental, tem enorme influência nada menos que quinhentos anos depois, contra um enorme número de opositores e frente a uma instituição podereosa e oposta à sua pregação como é até hoje a Igreja Católica Romana. 

Digo até que embora, o Luteranismo seja o mais forte propulsor da volta a Bíblia, o Calvinismo  constitui-se a mais importante fonte de organização da igreja protestante no mundo. O mundo hoje é outro, desafios igualmente particulares a nossa própria época, porém o testemunho de Deus e da salvação em Cristo Jesus, sãoa tão urgentes quanto em sua própria época. Há a preemente necessidade de novos homens e mulheres de Deus com igual ou superior determinação para alcançar as massas, influenciar os poderosos, subverter todo comodismo e testemunhar que o que a Bíblia revela é real e passível de concretização, tanto no presente quanto no futuro mais distante. 

Que há um Deus, uma salvação e uma perdição conforme revelado nas Sagradas Escrituras. João Calvino nos inspira na inteligência, na dedicação aos estudos, ao conhecimento das Escrituras, à liderança, aoensino e sobretudo a pregação da Palavra de Deus com todas as implicações passíveis de seu testemunho ao mundo e a sua própria época. Lembrando que trata-se de uma luta solitária e com forte e decisiva oposição do mundo sem fé e sem conhecimento da verdade.


Abaixo, uma parte da biografia de João Calvino, que todo defensor da igreja que proclama a excelência da Escritura, deveria se inspirar.

Não sou calvinista, como não sou autodenominado nada além do que simplemente crente em Jesus, se isso passa com relativa clareza aos outros, a minha fé. As vezes, para o bem ou para o mal, fica mais claro em determinadas circunstâncias, dizer que se é "evangélico", "protestante", "não-católico",etc. Dito isto não significa que eu ignore e despreze o grande reformador francês e toda a sua obra, de modo algum. Antes pelo contrário, medito na sua obra,vida, deafios e experiências e até nos erros de compreensão, pela própria limitação, que cada um de nós possui, seja temporal, cultural, de temperamento, etc.

Visto pelo ponto de vista e foco corretos há permanentemente inúmeras lições e exemplos advindos de seu testemunho e do testemunho que a própia história dá desse importante irmão na fé. Há de se concientizar que homens e mulheres que tiveram importantes intervenções no avanço da mensagem do evengelho, não eram e não são perfeitos em todas as suas colocações e ensinos e João Calvino não é uma honrosa exceção. Confirmar e repercutir seus erros interpletativos acerca de certas questões escriturísticas não pelo menos, sábio. Discordo da pedestinação como é colocada e defendida com unhas e dentes pelos calvinistas e que a bem da verdade não resiste a prova dos fatos somete parecendo coerente quando restrita as mesmas declarações e até objeções. A luz do fatos, sem paixões, repito, colocada como é posta pos seus defensores e até por seus opositores, é decididamente incorerente e menos explica do quede fato  se propõe a esclarecer.

Entretanto, são nimagináveis, os desafios, os acontecimentos, referentes a toda a vida desse menino, nascido em circunstâncias tão próprias, que se tornou jovem, homem feito, marcou a história ocidental, tem enorme influência nada menos que quinhentos anos depois, contra um enorme número de opositores e frente a uma instituição podereosa e oposta à sua pregação como é até hoje a Igreja Católica Romana. Digo até que embora, o Luteranismo seja o mais forte propulsor da volta a Bíblia, o Calvinismo  constitui-se a mais importante fonte de organização da igreja protestante no mundo. O mundo hoje é outro, desafios igualmente particulares a nossa própria época, porém o testemunho de Deus e da salvação em Cristo Jesus, sãoa tão urgentes quanto em sua própria época.

Há a preemente necessidade de novos homens e mulheres de Deus com igual ou superior determinação para alcançar as massas, influenciar os poderosos, subverter todo comodismo e testemunhar que o que a Bíblia revela é real e passível de concretização, tanto no presente quanto no futuro mais distante. Que há um Deus, uma salvação e uma perdição conforme revelado nas Sagradas Escrituras. João Calvino nos inspira na inteligência, na dedicação aos estudos, ao conhecimento das Escrituras, à liderança, aoensino e sobretudo a pregação da Palavra de Deus com todas as implicações passíveis de seu testemunho ao mundo e a sua própria época. Lembrando que trata-se de uma luta solitária e com forte e decisiva oposição do mundo sem fé e sem conhecimento da verdade.

A vida de Calvino

1] Mas conforme um recente biógrafo de seus lamentos, até tratamentos eruditos de Calvino “continuam quase-hagiográficos.”[2] Isto se espera de zelosos calvinistas, assim como o oposto é previsível de seus caluniadores. Por essa razão, para evitar a acusação de intolerância, tudo dito daqui pra frente. que poderia ser interpretado como prejudicial a Calvino segue em sua maior parte somente aqueles escritores que têm simpatia por ele.

João Calvino foi um francês, nascido Jean Cauvin, em 10 de julho de 1509, em Picardia, Noyon, França: sessenta milhas a nordeste de Paris. É de seu nome latinizado, Joannes Calvinus, que derivamos seu nome no inglês. Lutero já tinha vinte e cinco anos quando Calvino nasceu, mas Calvino nem mesmo sobreviveu aos outros reformadores, morrendo em 27 de maio de 1564, com apenas cinqüenta e quatro anos de idade. Seu pai foi Gerald Calvin, um tabelião, que trabalhava para o bispo católico romano local gerenciando os negócios da catedral.[3] João foi um de cinco filhos, sendo que dois morreram na infância. A mãe de Calvino morreu quando ele tinha três anos e seu pai continuou viúvo e subseqüentemente reconheceu a paternidade de duas filhas. É interessante notar que Calvino da mesma forma se casou com uma viúva e seu único filho morreu na infância. A família era católica romana. Devido à uma dificuldade financeira, seu pai foi excomungado e morreu em 1531, o ano em que seu irmão mais velho Charles foi também excomungado como sacerdote por heresia.[4] Seu irmão mais jovem, Antoine, e uma irmã, Marie, deixou o romanismo com ele, mas uma irmã continuou sendo papista.[5]

Na idade de doze, Calvino recebeu parte dos rendimentos de uma capelania na Catedral de Noyon:

19 de maio de 1521. M. Jaques Regnard, secretário para o Reverendo Padre em Deus, Monseigneur Charles de Hangest, Bispo de Noyon, relatou à assembléia religiosa que o Vigário Geral do supracitado Monseigneur deu a Jean Cauvin, filho de Gerald, da idade de doze anos, uma parte da Capela de La Gesine, vaga pela resignação absoluta do senhor Michel Courtin.[6]

Este era um costume comum na época: apontar um garoto para um ofício na igreja, colocando-o na folha de pagamento, enquanto um sacerdote fazia o trabalho.[7] O rendimento desta fonte de renda era usado para financiar a educação de Calvino.[8]

Aproximadamente nesta época, Calvino foi enviado a Paris, onde ele estudou latim, tendo em vista que toda educação superior naquela época era em latim.[9] Beza relata que no curso de gramática preliminar, Calvino “deixou para trás seus companheiros estudantes.”[10] Calvino era quieto e nunca participava das diversões de seus colegas, censurando suas desordens.[11] Ele então matriculou-se na Universidade de Paris no College of Montague, onde Inácio Loyola (1491-1556) devia estudar anos mais tarde.[12] Após completar seu mestrado, Calvino se transferiu para a Universidade de Orleans para estudar direito.[13] Isto se deve a seu pai, que pensava que seu filho pudesse ganhar mais dinheiro em direito do que no sacerdócio. Calvino escreveu: “Meu pai planejou meu futuro na teologia desde minha infância. Mas quando ele refletiu que a carreira de direito provou ser em todo o lugar mais lucrativa para seus advogados, a possibilidade de repente o fez mudar de idéia.”[14] Em Orleans, Calvino foi considerado um professor antes do que aluno, conduzindo as classes quando o professor estava ausente.[15] Sua próxima busca por educação superior o levou à Universidade de Bourges para estudar sob o famoso jurista, Andrea Alciati (1492-1550).[16] Foi também aqui que ele iniciou seu estudo do grego sob o famoso erudito alemão Melchior Wolmar (1496-1561).[17] Com a morte de seu pai, Calvino retornou a Paris para estudar literatura e os clássicos gregos e romanos.[18] Ele mais para frente também continuou seu estudo do grego e iniciou o aprendizado de hebraico também.[19] Também foi aqui que Calvino, influenciado pelo humanismo, escreveu seu primeiro livro, um comentário sobre De Clementia de Sêneca, mas nunca vendeu muito bem.[20] Foi “a primeira produção de um homem famoso por outras coisas.”[21]

Deve ser lembrado que toda a educação e o começo da vida de Calvino foi passado como um católico romano. Não são muito conhecidas as circunstâncias da conversão de Calvino, visto que, apesar de seus volumosos escritos, ele fez somente uma referência a ela.[22] Vários fatores têm sido alegados como tendo contribuído para produzir a conversão de Calvino. Supõe-se que seu professor de latim, Mathurin Cordier (1478-1564), tenha falado com Calvino sobre suas dúvidas acerca da Igreja Católica.[23] Seu primeiro professor de grego, Wolmar, também é creditado como uma influência.[24] Dizem que Calvino testemunhou a morte na fogueira de um mártir protestante.[25] Pierre Robert (c. 1506-1538), conhecido na história como Olivetan, foi um primo de Calvino que traduziu a Bíblia para o francês. Um papel significante na conversão de Calvino tem sido atribuído a ele.[26] Vários amigos de Calvino que, embora católicos, apoiaram a Reforma, também tem sido sugeridos.[27] Um comerciante luterano com quem Calvino ficou também tem sido citado.[28] Além das Escrituras,[29] e alguns escritos de Lutero,[30] Calvino tinha lido alguns dos Pais da Igreja, Erasmo, e a Cidade de Deus de Agostinho.[31] Todavia o próprio Calvino nunca mencionou qualquer um destes, exceto para Lutero, quem ele leu quando “estava começando a emergir da escuridão do papado.”[32] Este fato é evidenciado pelos calvinistas.[33]

Quanto ao tempo e local de sua conversão, Calvino lançou aos historiadores, nas palavras de Karl Barth (1886-1968), “um osso de disputa feroz.”[34] Várias datas têm sido supostas que variam de 1527 a 1534[35] para o que Calvino chamou sua “súbita conversão.”[36] A única referência que Calvino diretamente fez à sua conversão é encontrada no prefácio de seu comentário sobre os Salmos, que foi escrito em 1557:

Inicialmente, visto eu me achar tão obstinadamente devotado às superstições do papado, para que pudesse desvencilhar-me com facilidade de tão profundo abismo de lama, Deus por um ato súbito de conversão, subjugou e trouxe minha mente a uma disposição suscetível, a qual era mais empedernida em tais matérias do que se poderia esperar de mim naquele primeiro período de minha vida. Tendo conseqüentemente percebido um pouco de gosto e conhecimento da verdadeira piedade, fui imediatamente inflamado de tão grande desejo de colher proveito disto que, embora eu não tenha abandonado outros estudos, todavia me dediquei a eles mais indiferentemente. Agora eu estava grandemente surpreendido de que, antes que um ano se completasse, todos aqueles que tinham algum desejo pela pura doutrina se dirigiam a mim a fim de aprender, ainda que eu mesmo tinha feito um pouco mais do que começar.[37]

Embora ele possa ter sido convertido tão cedo enquanto estudava direito,[38] Calvino não rompeu oficialmente com a Igreja Romana até viajar para Noyon e abandonar sua fonte de renda na catedral em 4 de maio de 1534.[39] Calvino cita a Bíblia em seu comentário sobre Sêneca, mas somente três vezes e de uma maneira acidental.[40] E ainda em junho de 1533, Calvino ajudou uma garota conseguir entrada em um convento de freiras.[41]

Após terminar seus estudos de direito, Calvino viajou para Orleans e então de volta para Paris.[42] Enquanto em Paris, seu amigo íntimo Nicholas Cop (c. 1501-1540) foi apontado reitor da universidade e deu seu discurso inaugural em 1º de novembro de 1533.[43] Para surpresa das autoridades, Cop pregou um discurso suavemente evangélico cheio das idéias de Erasmo e Lutero.[44] Muitos calvinistas creditam a Calvino a composição do discurso de Cop.[45] Todavia, os dois homens foram acusados de heresia.[46] Cop fugiu para a cidade protestante de Basel, enquanto Calvino viajou nos arredores da Europa como exilado, muitas vezes usando outros nomes.[47] Entre o tempo em que ele deixou Paris e finalmente se uniu ao seu amigo Nicholas Cop em Basel há muita incerteza quanto a exatamente onde Calvino estava e o que ele fez.[48] Ele supostamente viajou de volta para Paris para se encontrar com o médico espanhol Michael Servetus (quem ele mais tarde teria queimado na estaca), mas por alguma razão o encontro nunca aconteceu.[49] Sabemos que de Orleans em 1534 Calvino escreveu sua primeira obra teológica, Psychopannychia, em que ele refutava a heresia que a alma meramente dorme entre a morte e a ressurreição, mas que não foi publicado até 1542.[50] Esta heresia foi supostamente defendida por alguns anabatistas, embora Barth reconhece que “não é certo se os anabatistas defendiam isto.”[51]

Em outubro de 1534, alguns protestantes radicais divulgaram cartazes por toda Paris denunciando a Missa Católica como blasfema.[52] Como resultado, os protestantes sofreram intensa perseguição e muitos foram queimados vivos.[53] Bem rápido Calvino fugiu para Basel, pelo caminho de Estrasburgo, onde ele foi auxiliado pelo reformador Martin Bucer.[54] Ele chegou em Basel no início de 1535 e não foi somente reunido com seu amigo Nicholas Cop, mas se tornou conhecido do reformador Heinreich Bullinger também.[55] Enquanto Calvino esteve em Basel duas obras literárias foram publicadas que iriam influenciar profundamente a Reforma. Olivetan publicou sua tradução francesa da Bíblia em 1535 com dois prefácios de Calvino, um em latim e um em francês, e Calvino completou e publicou sua primeira edição de suas Institutas em 1536.[56] Calvino então viajou para Itália e França antes de seguir para Estrasburgo pelo caminho de Genebra.[57] E embora ele não pretendia ficar em Genebra, desse dia em diante: “Falar de Calvino é falar de Genebra.”[58]

Calvino chegou em Genebra em julho de 1536 com seu irmão Antoine e sua irmã Marie. Ele pretendia passar a noite antes de continuar para Estrasburgo quando o reformador genebrês Guillaume Farel (1489-1565), que já tinha estado na cidade por dois anos, escutou que Calvino estava em Genebra e o pressionou a ficar e ajudar com a Reforma, então em progresso na cidade, contra a Igreja de Roma.[59] Calvino relata que Farel “prosseguiu me alertando que Deus amaldiçoaria minha retirada e tranqüilidade que eu buscava para meus estudos se eu fosse embora e recusasse a ajudar quando estivesse tão urgentemente necessitado.”[60]

Após começar como um “Leitor na Escritura Sagrada,” em que ele dava aulas sobre as epístolas paulinas, Calvino logo assumiu o ofício de pastor.[61] Um catequismo e uma confissão de fé foram então apresentadas ao conselho da cidade junto com um documento intitulado Articles Concerning the Organization of the Church and of Worship at Geneva.[62] Depois que estes foram adotados pelo Conselho, numerosas leis foram passadas contra o vício e para o regulamento da oração e disciplina da igreja.[63] Consentimento à confissão de fé era obrigatório a todos os cidadãos de Genebra e o banimento foi decretado para aqueles que não se submetessem.[64] Assim, como Schaff relata: “Foi uma evidente inconsistência que aqueles que tinham justamente se livrado do jugo do papismo como uma carga intolerável, sujeitassem suas consciências e intelectos a um credo humano; em outras palavras, substituíssem o velho papismo romano por um moderno papismo protestante.”[65]

Era tempo de novas eleições em Genebra no início de 1538 e uma mudança no governo subseqüentemente aconteceu. Calvino e Farel não foram aceitos e foram banidos da cidade em abril de 1538.[66] Boettner, embora tentando defender Calvino, apesar disso explica o motivo: “Devido a uma tentativa de Calvino e Farel de forçar um sistema de disciplina severo demais em Genebra, tornou-se necessário para eles deixarem a cidade temporariamente.”[67] Após fixar residência em Basel, Calvino aceitou o chamado de Bucer para vir para Estrasburgo e pastorear a igreja de refugiados franceses.[68] Calvino novamente relata que “resolvi viver uma vida privada, livre dos fardos e preocupações de qualquer cargo público até que o mais excelente servo de Cristo, Martin Bucer, empregando uma espécie similar de protestos contra mim como que, para os quais Farel tinha recorrido anteriormente, me puxou para um novo cargo.”[69]

Estrasburgo era naquela época uma cidade livre na Alemanha onde até os anabatistas eram tolerados.[70] Lá Calvino trabalhou por três anos – pregando, ensinando, e escrevendo. Ele logo estabeleceu uma “disciplina eclesiástica vigorosa” e “não apenas proibiu a comunhão aos indignos, mas exigia que todos que participassem da Ceia se apresentassem a ele para um interrogatório espiritual primeiro.”[71] Enquanto em Estrasburgo, Farel fez o casamento de Calvino com uma de suas freqüentadoras da igreja, Idelette de Bure, uma viúva com dois filhos.[72] Quando perguntado que tipo de garota ele preferia, Calvino respondeu: “Eu não sou do tipo selvagem de amante que, ao ver pela primeira vez uma bela figura, aceita todos os defeitos de sua amada. Eis a única beleza que me seduz, se ela é casta, nem muito atraente nem muito desdenhosa, se é econômica, se é paciente, se há esperanças de que venha a interessar-me por minha saúde.”[73] Calvino e sua mulher tiveram um filho, Jacques, mas ele morreu na infância, e a própria Idelette morreu após nove anos de casamento.[74] A morte de sua esposa foi “amargamente dolorosa” para Calvino, e embora ele nunca tenha voltado a se casar, ele prometeu cuidar dos filhos dela.[75]

Durante sua estadia em Estrasburgo, Calvino escreveu o que tem sido chamada “a melhor apologia da fé reformada escrita no século dezesseis.”[76] Jacopo Sadoleto (1477-1547), um cardeal católico romano, escreveu para os “queridos e amados irmãos, os magistrados, o corpo legislativo, e cidadãos de Genebra” em que ele procurava persuadir a cidade para retornar à Igreja Católica Romana antes que seguir as “inovações introduzidas dentro desses vinte e cinco anos por homens astutos.”[77] A carta de Sadoleto finalmente chegou a tempo a Calvino em Estrasburgo e ele respondeu habilidosamente no que veio a ser chamada a Reply to Sadoleto (Resposta a Sadoleto). Logo depois, quando o governo em Genebra estava tumultuado, foi decidido pelo Conselho de Genebra em 21 de setembro de 1540 que Calvino fosse convidado de volta.[78] Um convite oficial foi estendido a Calvino em 22 de outubro, mas não foi até maio de 1541 que a sentença do banimento de Calvino foi anulada.[79] E embora Calvino tenha anteriormente escrito sobre Genebra que “seria melhor perecer imediatamente do que ser atormentado até a morte naquela câmara de tortura,”[80] ele concordou depois de repetidos pedidos de Farel.[81] Calvino retornou para Genebra em 13 de setembro de 1541, nas palavras de um calvinista, como “a pedra que os edificadores rejeitaram.”[82]

Quando Calvino chegou em Genebra, ele entrou no púlpito que tinha anteriormente deixado vago e começou a expor as Escrituras do mesmo lugar onde tinha encerrado em 1538.[83] Ele passaria o resto de sua vida em Genebra – pregando, ensinando, e escrevendo – até sua morte vinte e três anos mais tarde, em 27 de maio de 1564. Ele sofreu de numerosos problemas nutricionais durante sua vida e sua saúde deteriorou-se conforme envelhecia. Suas últimas palavras supostamente foram: “As aflições deste tempo presente não devem ser comparadas com a glória que há de ser revelada.”[84] Calvino foi enterrado em um túmulo não identificado, como ele tinha desejado.[85] Beza conduziu o funeral e depois escreveu a primeira de muitas biografias de Calvino.[86] Como a maior parte das obras e ministério de Calvino ocorreram em Genebra, mais uma olhada em sua segunda permanência lá está a caminho antes de um exame de sua teologia.




[1] McGrath, Calvin, p. xi.
[2] Bouwsma, p. 2.
[3] McNeil, p. 94.
[4] Schaff, vol. 8, pp. 298-299.
[5] Ibid.
[6] Citado em T. H. L. Parker, John Calvin (Herts: Lion Publishing, 1975), p. 3.
[7] George, p. 169.
[8] Ibid.
[9] Estep, p. 224.
[10] Theodore Beza, The Life of John Calvin, edição nova e expandida, ed. Gary Sanseri, trad. Henry Beveridge (Milwaukie: Back Home Industries, 1996), p. 15.
[11] J. H. Merle d’Aubigne, History of the Reformation of the Sixteenth Century (Grand Rapids: Baker Book House, n.d.), p. 490.
[12] Schaff, History, vol. 8, p. 302.
[13] Wendel, p. 21.
[14] Calvino, citado em Bouwsma, p. 10.
[15] John H. Bratt, The Life and Teachings of John Calvin (Grand Rapids: Baker Book House, 1958), p. 11.
[16] Wendel, pp. 23-24.
[17] Walker, p. 49.
[18] John H. Brath, “The Life and Work of John Calvin,” em Bratt, ed., The Rise and Development of Calvinism, p. 11.
[19] Walker, p. 55.
[20] Ronald S. Wallace, Calvin, Geneva, and the Reformation (Grand Rapids: Baker Book House, 1990), p. 5.
[21] Parker, p. 33.
[22] Bouwsma, p. 10, McGrath, Calvin, p. 70.
[23] Bratt, Teachings of Calvin, p. 13.
[24] Walker, pp. 87-88.
[25] Bratt, Teachings of Calvin, p. 13.
[26] George, p. 172.
[27] Bratt, Work of Calvin, p. 10; Walker, p. 86.
[28] Bratt, Teachings of Calvin, p. 13.
[29] Wallace, p. 9.
[30] Parker, p. 27.
[31] Wendel, p. 31.
[32] Calvino, citado em Walker, p. 76.
[33] McNeil, p. 110.
[34] Karl Barth, The Theology of John Calvin, trad. Geoffrey W. Bromiley (Grand Rapids: Wm. B. Eerdmans Publishing Co., 1995), p. 136.
[35] George, p. 171.
[36] Calvino, citado em Walker, p. 72.
[37] Ibid.
[38] Parker, p. 195.
[39] McGrath, Calvin, p. 73.
[40] Walker, p. 61.
[41] McNeil, p. 112.
[42] Walker, pp. 62-63.
[43] Wendel, p. 40.
[44] Bratt, Work of Calvin, p. 13.
[45] Barth, p. 142; Wendel, pp. 40-41.
[46] Bratt, Work of Calvin, p. 13.
[47] Bratt, Teachings of Calvin, pp. 16-17.
[48] Walker, pp. 119-120.
[49] Barth, p. 146; Walker, p. 119.
[50] Barth, p. 146.
[51] Ibid., p. 151.
[52] Steinmetz, p. 9.
[53] Schaff, History, vol. 8, pp. 320-321.
[54] Ibid., p. 325.
[55] Ibid., p. 325.
[56] Parker, pp. 38-39.
[57] McGrath, Calvin, pp. 77-78.
[58] Ibid., p. 79.
[59] Schaff, History, vol. 8, pp. 347-348.
[60] Calvino, citado em G. R. Potter e M. Greengrass, John Calvin (Nova York: St. Martin’s Press, 1983), p. 46.
[61] Parker, pp. 68-69.
[62] Bratt, Work of Calvin, p. 17.
[63] Schaff, History, vol. 8, p. 355.
[64] Ibid., p. 356.
[65] Ibid., p. 357.
[66] Ibid., pp. 359-360.
[67] Boettner, Predestination, p. 408.
[68] McNeil, p. 144.
[69] Calvino, citado em Potter e Greengrass, p. 54.
[70] Schaff, History, vol. 8, p. 369.
[71] Walker, p. 221.
[72] Bouwsma, p. 23.
[73] Calvino, citado em Schaff, History, vol. 8, p. 414.
[74] Wulfert de Greef, The Writings of John Calvin: An Introductory Guide, trad. Lyle D. Bierman (Grand Rapids: Baker Books, 1993), p. 32.
[75] Bouwsma, p. 23.
[76] George, p. 182.
[77] James Sadolet, citado em Schaff, History, vol. 8, p. 401.
[78] Schaff, History, vol. 8, p. 430.
[79] Ibid., pp. 431, 433.
[80] Calvino, citado em Bratt, Teachings of Calvin, p. 31.
[81] Walker, p. 259.
[82] Bratt, Teachings of Calvin, p. 32.
[83] De Greef, p. 41.
[84] Calvino, citado em Bratt, Teachings of Calvin, p. 71.
[85] Walker, p. 439.
[86] Schaff, History, vol. 8, p. 863.

Fonte: Web

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