Pesquisar este blog

SANDI PATTY LOVE IN ANY LANGUAGE

sexta-feira, 24 de julho de 2015

10 LIVROS QUE ESTRAGARAM O MUNDO! UM LIVRO QUE VOCẼ OBRIGATORIAMENTE DEVE LER PARA ENTENDER CORRETAMENTE O SEU TEMPO ( LEIA NESSA POSTAGEM A INTRODUÇÃO E O PRIMEIRO CAPÍTULO DO LIVRO )

A Bíblia é de longe o conhecimento balizador dos demais conhecimentos. Isso significa ao meu ver e segundo a minha experiencia pessoal sem poder acadêmico e dogmático, mas com poder de testemunho, que todos os demais conhecimentos, úteis, necessários, obrigatórios, são iluminados pelo conhecimento biblico que em ultima análise é o conhecimento de Deus.

A Bíblia, do ponto de vista e interesse de Deus foi compilada, escrita com fatos reais e vidas reais, segundo a intenção divina, não para atender e dar conta da orgulhosa e presunçosa posição do homem, dos seres humanos do século XX e sguintes. A Bíbia e antes, Deus, proclama o que tem a revelar em um nível que não seja injusto desde o primeiro ser humano, àtribo mais primitiva, até o pós doutor, especialista na mais complexa concepção e apreensão da realidade.

Vejo e ouço muitos pregadores de diversas igrejas e denominações, pregadores com experiências pessoais com Deus, posições teológicas, liturgias, culturas, classes sociais bastante diferentes. Com pregações e mensagens rebuscadas ou muito simplorias. Algumas tão simplórias e contaminadas com penamentos denomiancionais que diante de uma plateia mais culta, pode propiciar descrédito à mensagem divina mais que cŕedito. Por outro lado, também é verdade a contaminação por erudição desnecessária, pendantismo, prolixismo, de pregações feitas por pregadores desejosos por impressionar uma plateia mais refinada ou dar uma melhor impressão de si memos.

Há um pastor, líder do que é hoje uma grande denominação, o qual me batizou, o qual antes batizou a minha mãe, o qual em uma de suas pregações eu aceitei ao Senhor Jesus como meu Salvador e Senhor, que tem por princípio, sendo ele uma pessoa culta, nunca errar no uso da língua portuguesa, mesmo pregando décadas a fio, várias e várias vezes por semana, e na Tv, em tentar impressionar a sua plateia ou mesmo quem quer que seja, cientificando artificialmente uma passagem bíblica ou dando a sua pregação ou mensagem um ar de piscologismo, cientifismo ou mesmo teologismo.

A pregação do pastor Márcio Valadão é bíblica e excencialmente bíblica, sempre o foi e ainda o é. Fala do Éden, do pecado, da árvore do bem e do mal,  da Torre de Babel, do Dilúvio, de Sodoma e Gomorra, da Tábuas dos dez mandamentos, do Mar Vermelho, da Queda de Jericó, de Jó, de Jonas e o grande peixe e de tantas coisas tidas por teólogos, pregadores que cada vez mais se envergonham da Bíblia e de seus relatos todos signficativos e que constituem todos um quadro espiritual real não só da humanidade mas de cada um de nós.

Entretanto, quanto mais conhecimento acerca de todas as coisas, pudermos erigir, erguer sobre essa base preciosa da fé, e quando necessário, esse conheciento puder ser usado para defesa dessa mesma fé e a derrocada da falácia mundana e secular que reiteradamente é construída e se ergue afrontosamente contra tudo que se diga da parte de Deus, isso não só é perfeitamente salutar e necessário.

É justamente nesse quesito que a leitura desse agradável livro se enquadra. Leia-o portanto meu irmão e minha irmã e entenda de maneira mais clara o que a cada dia se levanta como novidade diante de nossos olhos, coisas que podem ser desmoralizadas facilmente, sabendo cada um de nós a sua real origem.

Por Helvécio S. Pereira 


ÓTIMO E DIVERTIDO!

BAIXE O PDF EM:


. http://baixar-download.jegueajato.com/.../10%20livros...





LEIA ABAIXO A INTRODUÇÃO DO LIVRO FEITA PELO SEU AUTOR, BENJAMIN WIKER:



INTRODUÇÃO


IDÉIAS TÊM CONSEQÜÊNCIAS


Não há nada tão absurdo”, caçoava Cícero, filósofo e estadista da antiga Roma, “que não possa ser dito por um filósofo”. Infelizmente, os absurdos dos filósofos não se limitam às aulas de sofística e às suas especulações excêntricas. Eles perfazem todo o caminho editorial até serem despejados no público. Eles podem ser – e têm sido – tão perigosos e nocivos quanto doenças mortais. E, como doenças, tais idéias letais podem infectar as pessoas sem que elas percebam.

Essas idéias, geralmente não identificadas, pairam no ar intelectual que respiramos. Se dermos uma boa e sóbria olhada nos efeitos horríveis dessas idéias mortíferas, só poderemos chegar a uma conclusão: há livros que realmente estragaram o mundo; livros sem os quais estaríamos bem melhor agora.

Isso não deveria ser nada chocante, exceto àqueles que não crêem que as idéias têm conseqüências. O eminente ensaísta escocês Thomas Carlyle, também filósofo, foi repreendido uma vez num jantar festivo porque não parava de tagarelar sobre livros: “Idéias, sr. Carlyle, idéias, nada além de idéias!”. Ele respondeu: “Houve uma vez um homem chamado Rousseau que escreveu um livro contendo nada além de idéias. A segunda edição foi impressa na pele daqueles que riram da primeira”. Carlyle estava certo. Jean-Jacques Rousseau escreveu um livro que inspirou a crudelíssima Revolução Francesa (e coisas ainda mais destrutivas depois dela).


O bom senso e um pouco de lógica nos advertem que, se idéias têm conseqüências, então más idéias têm más conseqüências. E, ainda mais óbvio: más idéias, escritas em livros, tornam-se muito mais duráveis, infectam gerações e mais gerações e ampliam a miséria do mundo. Eu afirmo, portanto, que o mundo seria um lugar demonstravelmente melhor hoje se os livros que estamos prestes a discutir jamais tivessem sido escritos. Meio século atrás (e até há vinte anos, entre a elite acadêmica), era possível continuar afirmando que o marxismo era uma força positiva atuante na história. Porém, desde que sua capa protetora implodiu toda a União Soviética – e deixou a China despedaçada, para dizer o mínimo –, ninguém, ao ver reveladas dezenas de milhões de corpos em de composição, pode concluir alguma coisa além do seguinte: se o Manifesto do Partido Comunista jamais tivesse sido escrito, um tanto enorme de sofrimento teria sido evitado. O mesmo vale para o Minha luta, de Hitler, e para todos os outros livros dessa lista, ainda que, às vezes, o massacre seja de tipo diferente e mais sutil.


Mas, e agora? Devemos queimar os livros? É claro que não! Uma reação como essa é insustentável, no mínimo ambientalmente falando. Como eu aprendi há muito tempo, a melhorcura – a única cura, aliás, já que os livros realmente maléficos se multiplicaram como vírus através de um sem-fim de edições – é lê-los. Conhecê-los de trás para frente, e de frente para trás. Agarrar o coração maligno de cada um deles e expô-los à luz do dia. Isso é justamente o que eu me proponho a fazer nas próximas páginas.




ESTRAGOS PRELIMINARES

CAPÍTULO 1



O PRÍNCIPE


NICOLAU MAQUIAVEL (1513)



“Portanto, é necessário para um príncipe, se quiser preservar-se no poder, que aprenda a ser hábil em não ser bom”
— Nicolau Maquiavel (1469-1527)[ I ]

Você provavelmente já ouviu o termo “maquiavélico” e conhece suas conotações desagradáveis. No dicionário, maquiavélico aparece junto de adjetivos degradantes como mentiroso, duas-caras, falso, hipócrita, ardiloso, pérfido, desonesto e traiçoeiro. Quase um século depois de sua morte, Nicolau Maquiavel já ganhara sua infâmia no Ricardo III de Shakespeare como “o assassino Maquiavel”. Quase cinco séculos depois de ter escrito seu famoso tratado, O Príncipe, seu nome ainda faz ressoar algo de crueldade calculada, ou fria brutalidade.

Apesar das tentativas recentes de se retratá-lo como um mero, humilde e inofensivo professor, da mais prudente diplomacia, eu vou adotar aqui a velha abordagem e tratá-lo como um dos mais exímios mestres da maldade que o mundo já conheceu. Seu grande clássico O Príncipe é um monumento de conselhos perversos, destinado a governantes que já haviam abandonado todo e qualquer escrúpulo moral e religioso e estavam, portanto, dispostos a realmente acreditar que o mal – o mais negro, profundo e impensável mal – é freqüentemente mais efetivo que o bem. Esse é o verdadeiro poder e o veneno d’O Príncipe: nele, Maquiavel torna considerável o mais inadmissível pressuposto. Quando a razão é assim persuadida a aceitar pensamentos ímpios, seguem-se atos tão ímpios, ou mais.


Nicolau Maquiavel nasceu em Florença, na Itália, no dia 3 de maio de 1469, filho de Bernardo de Nicolau Buoninsegna e sua mulher, Bartolomea de Nelli. É justo que se diga que ele nasceu em tempos tortuosos. À época, a Itália não era uma nação unificada, mas um ninho de ratos, repleta de intrigas, corrupção e conflito entre as cinco principais regiões guerreiras: Florença, Veneza, Milão, Nápoles e os estados papais.

Maquiavel presenciou a era de maior hipocrisia religiosa da história, na qual papas e cardeais não passavam de lobos políticos em pele de cordeiro. Ele também conheceu, em primeira mão, a fria crueldade dos príncipes e reis: suspeito de traição, Maquiavel foi jogado na prisão. Para extraírem dele sua “confissão”, submeteram-no a um castigo chamado stappado: seus punhos foram amarrados às suas costas, numa corda que se ligava a uma roldana pendurada no alto do teto. Ele era puxado para cima e pendia no ar pelos braços, dolorosamente, e então era subitamente arremessado de volta ao chão, o que fazia com que seus braços fossem se desencaixando de suas articulações pouco a pouco. Repetia-se esse agradável interrogatório inúmeras vezes.Maquiavel conheceu o mal. Mas tanto quanto muitos outros, de outras tantas épocas e lugares. Nunca faltará maldade no mundo, nem nunca faltarão vítimas. O que torna Maquiavel um caso à parte é que ele olhou nos olhos do mal e sorriu. Esse sorriso cordial, e uma piscadinha, é O Príncipe.


O Príncipe é um livro chocante – artisticamente chocante.Maquiavel queria começar uma revolução na alma dos leitores e suas únicas armas para a rebelião eram as palavras. Ele afirmou veementemente o que muitos outros ousaram apenas cochichar, e cochichou o que tantos outros não ousaram nem cogitar.

Vamos dar uma olhada no capítulo 18, por exemplo. Deveria um príncipe conservar sua fé, honrar suas promessas, trabalhar de forma honesta, ser ele mesmo honesto, e essas coisas? Bem, divaga Maquiavel, “todos compreendem” que é “louvável [...] que um príncipe mantenha sua fé [sua palavra] e viva honestamente”.[ 1 ] Todos enaltecem o governante que é honesto.


Todos sabem que a honestidade é a melhor política. Todos conhecem os exemplos da Bíblia de reis honestos sendo abençoados e reis desonestos sendo amaldiçoados, e a literatura antiga está repleta de adorações a soberanos cheios de virtudes. Mas será que esse julgamento popular é verdadeiramente sábio? Os bons líderes são os líderes de sucesso? Mais importante ainda: todos os líderes de sucesso são bons? Ou a bondade, para um líder, significa apenas obter o êxito em suas empreitadas, e, portanto, tudo aquilo que leva ao êxito – independentemente do que os outros digam a respeito – é, por definição, algo bom?


Bem, diz Maquiavel, vejamos o que acontece no mundo real. Nós sabemos “por
experiência, no nosso tempo, que os príncipes que fizeram grandes coisas foram os que não se preocuparam muito em manterem-se fiéis”. Manter sua palavra é besteira se isso for lhe causar algum prejuízo. Agora, “se todos os homens fossem bons, esse princípio não seria bom; mas como eles são todos perversos e não vão manter a palavra com você, você também não
precisa mantê-la com eles”.


Mas não é apenas a fidelidade às próprias palavras que deve ser descartada em virtude da maior conveniência. A idéia toda de ser bom, assume Maquiavel, é um tanto ingênua. Um príncipe eficiente deve se preocupar não em ser bom, mas em parecer bom. Como bem sabemos, as aparências enganam, mas, para um príncipe, a enganação é coisa boa, é uma arte a ser aperfeiçoada. Um príncipe, portanto, deve ser “um bom fingidor e dissimulador”.


Então, se é assim – alguém poderia perguntar –, um líder deve mesmo ser misericordioso, fiel, humano, honesto e piedoso? Nem um pouco! “Não é necessário que um príncipe possua qualquer uma dessas qualidades mencionadas acima, mas é deveras necessário que ele pareça possuí-las. Antes ainda, eu ouso dizer que, se ele as possuir e as observar com constância, elas lhe serão prejudiciais; se parecer possuí-las, elas lhe serão úteis”. Portanto, é muito melhor, muito mais sábio, “parecer misericordioso, fiel, humano, honesto e piedoso”, e sevocê precisar ser cruel, infiel, desumano, desonesto e ímpio, aí então, bem, a necessidade é a mãe da invencionice, então invente quaisquer meios diabólicos para fazer todo mal que lhe for necessário e, enquanto isso, sustente uma boa aparência.


Deixe-me dar dois exemplos dos conselhos de Maquiavel colocados em ação, o primeiro tirado do próprio O Príncipe, o outro dos dias de hoje. Dificilmente pode-se imaginar alguém mais perverso que César Bórgia – homem que Maquiavel conheceu pessoalmente. Ele foi nomeado cardeal pela Igreja Católica, mas abdicou do seu posto para partir em busca da glória política (e a alcançou, da maneira mais cruel possível). Bórgia era um homem sem consciência. Ele sequer hesitava em operar crueldades enormes para assegurar e manter seu poder. É claro que isso dava a ele uma péssima reputação entre seus conquistados, o que gerava aquele tipo de amargura que precede uma rebelião. No capítulo 7, Maquiavel apresenta ao seu leitor uma interpretação prática e interessantíssima do método Bórgia de lidar com problemas.


Uma das regiões que Bórgia havia arrebatado era a Romanha, que Maquiavel descreve como sendo uma “província [...] repleta de assaltos, brigas e todo tipo de insolências”. Bórgia, é claro, queria “conduzi-la à paz e à obediência”, já que é difícil governar o desgovernado. Mas se ele, pessoalmente, os endireitasse, o povo iria odiá-lo e o ódio gera rebeliões.


Então, o que fez Bórgia? Ele enviou um homem de confiança chamado Ramiro de Orco, “um homem prático e cruel, a quem ele confiou todo o poder”. Ramiro fez todo o trabalho sujo, mas isso obviamente o sujou também. O povo odiou Ramiro por suas investidas contra as rebeliões que faziam e o espírito revolto que tinham, e por suas tentativas de torná-los um povo obediente. Mas como ele era um tenente aos comandos de Bórgia, este deveria ser odiado também.


Mas Bórgia era um homem astuto. Ele sabia que precisava fazer o povo acreditar que “se alguma crueldade havia sido feita, isso não tinha vindo dele, mas da natureza implacável de seu ministro”. Foi então que Bórgia expôs Ramiro “certa manhã, na praça de Cesena, [cortado] em dois pedaços, junto de um pedaço de madeira e uma faca ensangüentada ao seu lado. A ferocidade desse espetáculo deixou o povo de uma só vez satisfeito e em estupor”.


Satisfeito e em estupor. O povo rebelde da Romanha estava contente em ver o agente da crueldade de Bórgia de repente aparecer, numa manhã ensolarada, dilacerado ao meio em plena praça pública. O próprio Bórgia foi quem satisfez seus desejos de vingança! Só que, ao mesmo tempo, eles caíram em obediência, como que entorpecidos por um espetáculo inesperado e de uma brutalidade engenhosa.


A imaginação do leitor, logo que se depara com uma imagem do horror, começa a especular. Um homem cortado ao meio. Mas na vertical ou na horizontal? Uma faca ensangüentada. Simplesmente largada ao lado do corpo? Ou fincada no pedaço de madeira?Uma simples faca é capaz de abrir um homem em dois pedaços? E por que um pedaço de madeira? Seria de um açougueiro? Uma coisa é certa: Maquiavel não culpa Bórgia por sua engenhosa crueldade, mas sim o louva. Ele foi muito humano por ter escondido o desumano, muito misericordioso por ter ocultado a total ausência de misericórdia. “Eu não teria motivos para censurá-lo”, diz Maquiavel sobre Bórgia e toda sua vida de ações tão covardes quanto essa. “Ao contrário, parece-me que ele deve ser enaltecido, como eu estou fazendo, para que seja imitado por todos aqueles que subirem ao poder por forças do destino”.


Não é preciso ser tão brutalmente pitoresco quanto Bórgia, no entanto, para seguir os conselhos de Maquiavel. Como bem sabe qualquer um que acompanha o atual cenário político, é muito freqüente testemunharmos o não tão sangrento (mas igualmente engenhoso) espetáculo no qual um subordinado qualquer de algum presidente ou homem do congresso imola-se publicamente para aliviar a barra do seu superior. Por trás das aparências encenadas, esse funcionário – como o pobre Ramiro, que só estava exercendo as ordens do seu chefe – está sendo sacrificado para satisfazer e impressionar o eleitorado.


Isso nos leva ao nosso segundo exemplo de maquiavelismo em ação. “Um príncipe deve cuidar, portanto”, diz Maquiavel, voltando à sua lista de virtudes, “para que nada escape de sua boca que não esteja preenchido das cinco qualidades acima mencionadas”, para que “ele sempre pareça ser todo-misericordioso, todo-fiel, todo-honesto, todo-humano e todo-piedoso. E não há nada mais necessário do que parecer possuir essa última qualidade”. É de suma importância que um líder – e até os que almejam sê-lo – aparente ser piedoso. “Todos vêem como você aparenta ser”, mas só “poucos tocam naquilo que você de fato é”, e parecer ser piedoso é o que garante àqueles que lhe vêem que, porque você aparentemente acredita em Deus, você é digno de todas as outras virtudes. Certas coisas nunca mudam em política.


Mas a duplicidade não é o único patrimônio d’O Príncipe de Maquiavel. O estrago é muito mais profundo que isso. O tipo de aconselhamento que Maquiavel oferece n’O Príncipe só pode ser dado (e aceito) por quem não tem medo algum do Inferno, que já descartou a noção da imortalidade da alma como sendo uma ficção boba e que acredita que, já que Deus não existe mesmo, nós somos livres para nos pervertermos à vontade, se isso servir aos nossos propósitos. Isso para não dizer que Maquiavel aconselha o mal não só para alcançarmos nossos próprios objetivos; ele faz algo muito mais destrutivo: o mal é aconselhado sob a desculpa de que ele é benéfico. Maquiavel convence o leitor de que grandes atrocidades, atos cruéis e crimes inenarráveis não só são permitidos como louváveis, se feitos a serviço de algum bem. Como esse aconselhamento impera nos reinos do ateísmo, aí então não há limites para o mal que alguém pode fazer quando crê que está, de algum modo, ajudando a humanidade.

Não nos deve surpreender que O Príncipe era o livro de cabeceira do líder revolucionário ateu Vladmir Lênin, para quem os fins gloriosos do comunismo justificavam seus meios brutais.Já que essa será uma conexão importante também para os próximos livros que discutiremos, nós devemos nos alongar um pouco mais na relação entre o ateísmo e o tipo de aconselhamento impiedoso dado por Maquiavel. Um dos princípios fundamentais do cristianismo – a religião que construiu a civilização na qual Maquiavel nasceu, e aquela que ele negou – é o de que nunca é permitido fazer um mal a serviço de um bem. Você não pode mentir sobre suas capacidades para conseguir um emprego; você não pode matar bebês inocentes para conseguir avançar na carreira; você não pode começar uma guerra para impulsionar a economia ou seu índice de aceitação pública; você não pode recorrer ao canibalismo para resolver o problema da fome; você não pode cometer adultério para conseguir ser promovido.


A raiz dessa proibição é, obviamente, o fato de que algumas ações são intrinsecamente más. Não importam as circunstâncias ou os benefícios alegados, nem mesmo os concretos – alguns atos não podem ser feitos. Infelizmente, nos dias de hoje, esse não é o modo mais comum de se pensar. Quando você diz para alguém que existem ações que são intrinsecamente más – tão sujas, tão ímpias que só de pensar em fazê-las já herdamos uma marca negra na alma –, a resposta comum é um sorriso afetado, seguido de uma proposição completamente absurda de um contexto em que você estaria supostamente forçado a escolher um ato horroroso em detrimento de outro cujas conseqüências seriam mais horríveis ainda. “E se um terrorista mandar você escolher entre atirar na sua avó e depois arrancar a pele dela, ou explodir a cidade inteira de Nova Iorque?”. O pressuposto oculto do engraçadinho é que, claro, o melhor a se fazer é salvar a cidade de Nova Iorque, fuzilando e esfolando sua avó, e que, portanto, não há bem ou mal absolutos.


O fato é que os engraçadinhos são péssimos lógicos. Ora, se realmente não há ações intrinsecamente más, então não há problema algum em explodir Nova Iorque inteira para salvar sua avó. Mas o importante, para os nossos objetivos aqui, é que essa pessoa estaria usando precisamente o modo de raciocinar que Maquiavel usa n’O Príncipe. Maquiavel é originalmente o filósofo do “os-fins-justificam-os-meios”. Nenhum ato é tão mal que alguma necessidade ou algum bem não possam suavizá-lo.


Mas de que modo tudo isso se liga ao ateísmo? De novo, teremos de nos basear na religião que historicamente definiu os princípios de fé que Maquiavel rejeitou. Para o cristão, nenhuma necessidade temporal e terrena pode ser comparada à eternidade. Cometer um ato intrinsecamente mal separa-nos do bem eterno que é o Céu, seja qual for o benefício no qual isso resulte para nós aqui e agora.

Nenhum bem que experimentemos agora é capaz de valer o sofrimento eterno do Inferno. Além do mais, como Deus é Todo-Poderoso, então, do ponto de vista da eternidade, nenhuma má ação cuja prática pareça ser, nesta vida, necessária e benéfica, pode ser, realmente, necessária ou benéfica. Crer de modo diferente disso é apenas uma tentação; na verdade, é a tentação.Como veremos nos capítulos a seguir, a complacência com a tentação de se fazer um mal a serviço de um bem será a fonte de uma carnificina sem precedentes no século XX , tão horrível que, para aqueles que sobrevivem, é como se o Inferno tivesse subido à Terra (por mais que essa matança tenha sido amplamente perpetrada por pessoas que descartam a existência do Inferno). A lição aprendida – ou, que deveria ter sido aprendida – com essas épicas destruições é a seguinte: uma vez que nos permitimos cometer algum mal para que algum suposto bem aconteça, aceitaremos males cada vez maiores por conta de bens cada vez mais questionáveis, até que concordemos com os maiores males possíveis em troca de qualquer ninharia.


Remova Deus do quadro, e logo não haverá mais limite algum para o mal, e nenhum bem será supérfluo demais. Tome como exemplo essa reportagem do jornal britânico The Observer, de três anos atrás:[ II ] na Ucrânia, que por muito tempo sofreu sob o jugo soviético, mulheres grávidas estavam sendo pagas por volta de 180 euros por seus fetos, que eram vendidos pelas clínicas de aborto por algo em torno de 9.000 euros. Por quê? Porque seus tecidos corporais eram usados em tratamentos cosméticos. Mulheres grávidas estavam –e ainda estão – sendo pagas para matar seus filhos para que mulheres mais velhas da Rússia possam rejuvenescer suas peles com cosméticos à base de fetos. Mas, para voltar a Maquiavel, o ponto é o seguinte: para aceitar a noção de que não é apenas permissível, mas também louvável fazer o mal por algum bem, a pessoa tem de negar Deus, a alma e a vida eterna. Isso é justamente o que fez

Maquiavel, e esse é o efeito definitivo de seus conselhos. Pode-se dizer, como objeção, que Maquiavel parecia ser religioso em seus escritos, jogando algumas frases piedosas aqui e ali, falando com certo respeito (ainda que de forma um tanto contida e estranha) sobre assuntos religiosos. Portanto, argumenta-se, já que ele parece ser piedoso, devemos ao menos suspeitar de suas más intenções.
Para mim, é difícil lidar com essa objeção tão banal porque ela mostra uma preocupante incapacidade de se perceber o óbvio (e muito menos o sutil) em Maquiavel. Não foi ele que acabou de nos ensinar a importância de se parecer religioso? Quem foi que nos disse que é necessário, para alguém que quer ser um grande líder, ser um bom fingidor e dissimulador?


Quem está agindo para ser o líder maior: o governante temporário de um pedaço de terra ou o filósofo que busca formar todos os governantes futuros e, inclusive, toda uma nova filosofia? Repetimos, portanto: Maquiavel não poderia aconselhar os príncipes a abandonarem qualquer noção de Deus, da imortalidade da alma e da vida eterna se ele mesmo já não tivesse abandonado todas as três. Por isso é que ele pode chamar de bem o mal, e de mal o bem. Isso pode ser visto claramente no famoso capítulo 15. Maquiavel informa o leitor, com todas as letras, de que ele está se diferenciando de todos os outros que já falaram sobre o bem e o mal. Ele lidará com o mundo real, com a maneira como as pessoas agem em repúblicas eprincipados reais. Enquanto que “muitos outros imaginaram repúblicas e principados que amais foram vistos ou sequer se sabe se existiram ou não na realidade”, nós, realistas, não devemos ter em vista meras fantasias. Nós não podemos nos guiar por aquilo que é bom (ou, pelo menos, aquilo que é chamado de bom), adverte-nos Maquiavel; nós devemos guiar-nos por aquilo que é eficaz. “Pois um homem que sustentar sua bondade em todos os âmbitos da vida certamente cairá em total descrédito com muitos outros que não são bons.

Portanto, é necessário para um príncipe, se quiser preservar-se no poder, que aprenda a ser hábil em não ser bom, e a usar ou não dessa habilidade conforme a necessidade”. No embate entre realidade e fantasia, Maquiavel escolhe a realpolitik. E onde estão essas repúblicas imaginárias que ele rejeita tão ferrenhamente? Uma seria a República de Platão, na qual Sócrates afirma que o homem deve lutar, acima de tudo, para ser bom. Outra seria a de Cícero em Da República, onde o argumento é o mesmo. Mas a rejeição mais importante de Maquiavel é a da noção cristã de Céu. Ele deixa essa rejeição bem clara em outros escritos (em seus Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio, por exemplo), quando ele argumenta que a perspectiva do Céu destrói todas as nossas tentativas de tornar essa vida – nossa única vida real – mais agradável.


Maquiavel afirma que o cristianismo foca nossas energias num reino celeste imaginário e, portanto, nos aliena de fazer deste mundo real um lar mais pacífico, confortável e até mais prazeroso. Mais ainda, o cristianismo amarra-nos em regras morais – reforçadas, de um lado, pelo tridente imaginário do Inferno, de outro, pela imaginária cenoura de recompensa: o Céu –, impedindo-nos assim de fazer o trabalho sujo necessário.

Maquiavel é quem inicia, portanto, o enorme conflito entre o secularismo moderno e o cristianismo, que define intensamente toda a história dos próximos 500 anos do Ocidente – e, quanto a isso, O Príncipe revelará suas marcas em todos os livros que ainda analisaremos.


I A tradução dos trechos dos livros comentados é própria e livre. No caso dos livros que ganharam várias publicações no Brasil, baseio-me no cotejo dessas traduções brasileiras e em eventuais consultas aos originais; no caso dos que ainda não foram publicados no Brasil, tomo como base as traduções americanas utilizadas pelo autor neste livro e, sempre que possível, também os originais – NT.

II A reportagem é de 2005 – NT.





-

terça-feira, 21 de julho de 2015

ATUALIZADO! THALES ROBERTO E A ÚLTIMA POLÊMICA! ATÉ CAIO FÁBIO DIZ: QUER CANTAR VAI CANTAR MAS NÃO DIZ UMA COISA DESSAS ... TORNADAS PÚBLICAS, AS BESTEIRAS DITAS POR ELE FAZ MUITA GENTE SOLTAR OS CACHORROS E A FOFOCA GOSPEL CORRE SOLTA PARA PIORAR O QUE JÁ É MUITO RUIM... QUANDO O BISPO MACEDO DISSE QUE NOVENTA POR CENTO DOS CANTORES EVANGÉLICOS ESTAVAM ENDEMONIADOS, A CLASSE ARTÍSTICA GOSPEL PROTESTOU, MESMO QUANDO SE SÃO CONHECIDAS NÃO POUCAS BESTEIRAS DITAS E FEITAS POR MUITOS DELES... AGORA THALES PASSA DA CONTA! VEJA UMA SURPREENDENTEMENTE ATUAL ENTREVISTA COM O PASTOR PAULO CÉSAR DO MUSICAL E POÉTICO GRUPO LOGOS SOBRE ESSE ASSUNTO! OBRIGATÓRIA!


Uma das mais patéticas provas de que algo está errado é alguém que é crente usar e abusar da expressão fácil "Deus me falou!" Se Deus lhe falar será um momento importantíssimo, único, para salvar alguém, e não para a glória de quem diz ter Ele Deus falado consigo.

Thalles Roberto compôs algumas boas canções, fez uma excelente e edificante DVD, e poderia ter se prendido a esse feito, nos mesmos moldes e mesmos limites, mas não: o ai o consagra a pastor, a Igreja de lagoinha e seus colegas e amigos lhe dão um apoio tão rápido e estranhamente tão irrestrito, apoio esse que não dão a muita gente que conheço e fico sabendo e agora se cala em um silêncio de túmulo, nem para corrigir, nem para exortar,  nem para se livrar de algum constrangimento.

Eu sempre o defendi como o Jorge Ben Jor Gospel, um som e uma poesia nova em meio a tanto Contro+C e Control+V. Mas sempre com alguma reserva musical e atitudinal, a pior mancada que alguém quando consegue uma grande visibilidade pode incorrer.

Faltou na defesa e no soltar dos cachorros desse pastor, o primeiro cantor evangélico a gravar um LP e a gravar com orquestra, sendo dono ( ou os seus filhos à épocav da gravadora Bom Pastor, a melhor e maior gravadora evangélica no Brasil por duas ou mais décadas.

Valeu mais ainda a fala rasgada ao invés do "mimimi" falsamente espiritual de tantos pregadores na hora que é necessário rasgar o verbo!

Os escândalos são infelizmente inevitáveis, e quem disse isso não foi qualquer irmão ou pastor encrencado e embirrado com o concorrente, mas o Senhor Jesus, entretanto também "ái" por quem esses escândalos vierem...

Não estou ajuntando ao coro para jogar pedras, não se trata disso, é apenas mais uma voz que não se cala diante de tanta bobagem. Há bobagens em quase todos os cantos, os apressados, os sem profundidade, os sem auto crítica e os orgulhosos todo dia produzem em todos os cantos novas bobagens... e assim caminha a humanidade e assim não há novidade debaixo do sol... mais uma vez, infelizmente!

Ah! mais uma coisinha só, alias duas:

Elvis Presley gravou muitos discos de música cristã, perfeitos sob todos os aspectos, repertório, arranjo e voz e nunca se gabou em vida disso; Bill Gathier autor de nada menos que "Por que Ele vive" e o do "Rei está voltando", ainda ativo, adventista, não se gaba do que tem feito para a obra de Deus... Thalles vá se catar!!!

Por Helvécio S. Pereira


O PASTOR WESLEY ROS, CHUTOU O BALDE, E NÃO FOI NEM AGRADÁVEL NEM EDIFICANTE... CAIO FÁBIO POR SUA VEZ, FEZ UMA POLITICAZINHA CONVIDANDO O THALLES  PARA O SEU LADO...

( PS.: O CAIO FÁBIO VIAJA PARA TODO LADO, E FALA DOS DINHEIRO DOS OUTROS PASTORES DE DAS OUTRAS IGREJAS?? )




O fato é que não precisávamos de mais uma merda dessas para denegrir a mensagem de Jesus! Kim o líder e vocalista da Banda Catedral fala sobe o assunto:



Mas a grande lição e o mal exemplo é  exatamente o fato de que uma pessoa despreparada para o "sucesso repentino" (que nesse caso é bem efêmero) pode fazer.

Eis um perfeito exemplo. Bem, não me considero no "bojo dos cantores" que ele cita de forma leviana em comparações toscas e maldosas. Até porque não me rotulo, mas pra desbancar esse "backing cantor" precisaria usar "uma corda vocal apenas", rsrsrs. Sabe de nada inocente! Tenho pena... Boa noite a todos... "

( Kim da Banda Catedral )



AH!! E UMA CANÇÃO RESPOSTA DO GRUPO ELO, GRAVADA E CANTADA PELO PASTOR PAULO CÉSAR HÁ ALGUNS ANTOS ATRÁS... UMA IMPORTANTE LIÇÃO PARA NOS NOVOS CANTORES E CANTORAS GOSPELS! UMA VERDADEIRA CRÔNICA REAL DO MEIO MUSICAL CRISTÃO HOJE...




BONUS:

UMA ENTREVISTA FEITA COM O PR. PAULO CÉSAR DO GRUPO LOGOS CONTEMPLANDO EXATAMENTE COISAS EM TORNO DESSE PROBLEMA ENVOLVENDO A FALA DO CANTOR THALES ROBERTO


CRISTIANISMO HOJE – Você é um dos nomes mais conhecidos da música cristã brasileira, tendo acompanhado de perto sua evolução nos últimos 30 anos. O que mudou para melhor e para pior ao longo desse tempo?
PAULO CEZAR
 – Para melhor, acho que mudou a qualidade técnica. A evolução dos músicos, dos estúdios, dos instrumentos e do som é perceptível. As chances de alguém gravar e fazer um bom trabalho, hoje, são muito maiores do que antes. O que mudou para pior, com algumas exceções, foi o conteúdo, tanto do que se produz como do objetivo com que se canta. Atualmente, a chamada música evangélica, ou “gospel”, está sendo atacada de todos os lados. O mundanismo tomou o lugar da contextualização. Além disso, vemos a repetição de muitos jargões, palavras de ordem e mensagens de prosperidade.
Por que a música evangélica de hoje carece de conteúdo?
As músicas e tais tendências nos conduzem a nomes, mas eu não quero, de modo algum, reconhecer ou classificar adoradores. Afinal, se Deus os procura, quem sou eu para achá-los? Mas creio que as letras são escritas de acordo com várias influências. O conhecimento é um desses aspectos, e é importantíssimo. Ninguém, mesmo que queira, poderá escrever sobre o que não sabe. A falta de conhecimento ressalta a superficialidade e o apelo emocional. Em outras palavras, um compositor ou pregador superficial ficará contente diante de pessoas chorando no altar ou mãos erguidas no auditório – mesmo que os ouvintes não sejam salvos ou que seu caráter não seja mudado nos dias que se seguem. Outro aspecto é a razão. Responder conscientemente ao motivo pelo que se compõe é determinante para quem o faz. E isso é que faz toda a diferença!
Mas essa contextualização é boa ou não?Acredito que essa tal contextualização tem levado compositores, escritores e pregadores a compor, escrever e dizer o que seus “clientes” gostam, e não o que precisam. Eles não percebem que, agindo assim, perdem a inspiração divina e a própria criatividade.
Ainda existe espaço para grupos de louvor com visão missionária, como Logos e Vencedores por Cristo?Com toda certeza, ainda existe sim. O Senhor nos tem aberto portas em muitas denominações. Fazemos três grandes viagens todo ano, cada uma com duração de dois meses e meio, nas quais visitamos as igrejas diariamente. Nosso trabalho é evangelístico – e o que queremos é anunciar o Evangelho de forma séria, através de boa música e de mensagens claras e objetivas.
Como foi a viagem à África e como você avalia a realidade espiritual de lá?
Fomos convidados a participar de uma conferência para missionários brasileiros em Dakar, no Senegal. Resolvemos aproveitar a oportunidade para visitar também Guiné Bissau. Nos dois países, estivemos em igrejas, escolas e agências missionárias. Os missionários brasileiros que atuam lá choraram ao ouvir as músicas que foram usadas por Deus no seu próprio chamado ou em momentos marcantes de seu ministério. A rea¬lidade espiritual é a de um povo oprimido pela religiosidade. A tradição familiar é muito forte; ela tira a individualidade das pessoas, tornando muito difícil a absorção do Evangelho. Afinal, a Palavra de Deus apresenta uma nova tomada de posição espiritual. E uma mudança religiosa significa rompimento direto, não só com a religião predominante, mas, sobretudo, com a própria família.
O que você e o ministério Logos têm feito no sentido de dar contemporaneidade ao seu trabalho, evitando parar no tempo?
Bem, emprimeiro lugar, temos seguido o exemplo da Bíblia, nunca mudando a essência do que fomos chamados a ser e a fazer. Temos também procurado usar os instrumentos modernos em nossa música. Ao dizer isso refiro-me tanto aos instrumentos que são pessoas, quanto aos instrumentos que são coisas; porém, sempre tomando o cuidado de não permitir que um ou outro assuma o centro das atenções. Estamos conscientes de que, quando a performance ofusca o brilho do conteúdo, só resultados superficiais são colhidos.
Quais são os artistas que hoje atuam e que chamam sua atenção positivamente pela postura e pelo ministério?
Há vários adoradores no meio artístico. Eu prefiro não citar nomes para evitar injustiças, mas resumo minha resposta afirmando que os que chamam a minha atenção são aqueles que têm um compromisso verdadeiro com o Senhor e fazem de suas vidas a maior expressão daquilo que pregam.
É correto alguém dizer que a música é um ministério? Qual seria a base b´blica para tal afirmação?
Vivemos dias em que as nomenclaturas fazem parte de um complexo esquema organizacional. Não creio que isso, em si, seja mau. E é verdade que cada crente tem que achar o seu lugar funcional na obra. Mas a incompreensão do uso de um ministério pode trazer orgulho ou desajuste na função de alguns. A Palavra de Deus nos ensina sobre dons, serviços e ministérios. Entendo que existe aí uma sequência lógica, onde o dom é a capacidade espiritual que o Senhor dá a cada um, segundo o seu propósito, como, por exemplo, a misericórdia. Já o serviço é o meio pelo qual aquele dom é manifesto, como o diaconato. E o ministério é o que é executado no final dessa sequência. Quando isso é entendido, os ministérios voltam ao seu lugar de trabalho, perdendo a característica perigosa de ostentação.
E quando esse entendimento é jogado para escanteio em nome do mercado?Se eu não tivesse certeza de que este veículo de comunicação circula na Igreja, pularia esta pergunta. Testemunhar de coisas que não são boas não me traz alegria. Acho que as coisas ruins que eu tenho testemunhado são frutos de falsas conversões e de distorções daquilo que alguns chamam de “ministério”: A ganância por posição, popularidade, fama e dinheiro é absolutamente antagônicos ao caráter do Reino de Deus e em momento algum reflete o ministério daquele em quem nos espelhamos, Jesus. Quando sei dos valores que alguns “homens de Deus” cobram para fazer algo “em nome de Jesus,” sinto-me enojado. Não fora minha consciência de ministério, eu me sentiria ultrajado como servo. Mas isso também não me surpreende; a Bíblia está repleta de admoestações relativas a esse tipo de pessoas. Muitos se escandalizam por um político que esconde dinheiro nas meias, não é? Pois isso é muito pouco diante de “servos” que o escondem no coração.
Com a decadência da indústria fonográfica gospel, qual o panorama que se desenha para o futuro? As grandes gravadoras e grupos do segmento estão com os dias contados?
Depende. Acho que, pela ordem natural das coisas, tanto a indústria como o comércio fonográfico terão que fazer adaptações severas. Alguns conseguirão sobreviver; outros, não. O uso da tecnologia moderna é um fator básico do desenvolvimento. As indústrias correrão sempre nessa direção e farão as adaptações necessárias para driblar a crise, abrindo assim um novo cenário. Creio ainda que, diante do mercado paralelo crescente – a pirataria – e com o advento da internet, os valores e condições de pagamento dos produtos dessa indústria se ajustarão a um modo cada vez mais pessoal, fácil e ágil, que satisfaça perfeitamente ao cliente. Isso acabará resultando em maior consumo.
Você tem uma postura crítica em relação à apropriação comercial da música evangélica, particularmente por parte das grandes gravadoras do segmento?
Não sou contrário a essa apropriação da música em si, porque os direitos de um contrato são mantidos por lei. Minhas críticas são por outros motivos. Tenho certeza de que a parte comercial de uma gravadora – evangélica ou não – sempre dará prioridade ao lucro. É o lucro que a fará conquistar o mercado, e por causa disso a visão ministerial, ainda que exista, será considerada em um plano inferior. Não vejo problema em que se venda a Bíblia no bar da esquina. Ora, qualquer um pode vender o que quiser; a diferença, para mim, está só na razão pela qual se faz isso. E é aqui que eu vejo o problema mais sério, quando o conteúdo de uma música realmente cristã não é o produto desejado para ser difundido pelas gravadoras chamadas evangélicas. Vale qualquer coisa, desde que resulte em grana! Então eu pergunto: Onde está a visão do Reino nesse negócio?
O Logos teve uma passagem pela Line Records, gravadora ligada à Igreja Universal do Reino de Deus. O que representou para você aquela experiência?
Quanto à Line Records, sempre tive e tenho por ela profundo respeito. Nunca o Logos foi destratado ali e não há nada pendente em relação ao contrato que fizemos, que foi de distribuição. Tanto, que a previsão do contrato era de dois anos, mas nossa relação perdurou por mais quatro anos além do que foi assinado. Aqui, preciso ressaltar que, embora pessoalmente, discorde de certas práticas e costumes da Igreja Universal – algo, aliás, nunca escondido e respeitado em nosso relacionamento –, reconheço que eles foram sérios conosco, e somos gratos por isso.
Se uma grande gravadora propusesse hoje ao Logos um contrato vantajoso, qual seria sua resposta?Olha, se uma gravadora vir o Logos como um grupo sério e maduro, que goza de respeito e aceitação por parte de várias denominações em todo país, não haverá impedimentos para uma aproximação. Temos princípios, mas nunca estamos fechados a contratos se a visão do contratante for de fato, ministerial, independentemente da competitividade artística do momento.
Como está a situação do ministério em termos de viabilidade financeira?
Bem, somos uma missão, e realmente sem fins lucrativos. Isso significa que sempre estamos com nossas contas em dia e nunca temos recursos antes de projetos. Funciona assim: temos projetos antes de recursos. Mas não estranho isso; acho que é coisa de Jesus, mesmo… Aprendemos com ele a ver pães e peixes serem multiplicados. Então, quando saímos, fazemo-lo como trabalhadores que o representam, e não como artistas e empresários.
Como é o seu processo de composição?
Eu componho após pensar: pensar na minha própria vida, na vida das pessoas, nas necessidades; e sempre trago essas coisas diante da Palavra de Deus, que me diz o que fazer, ou como ir adiante. Evidentemente que os talentos natos vindos do Senhor afloram e a excelência de quem quer adorar não permite a futilidade. Sei que, se eu for superficial e não verdadeiro, os resultados do que estou compondo serão também assim.
É difícil conciliar essa busca por autenticidade com a necessidade de vender CDs?
Veja, o comércio não é pecaminoso, como também o dinheiro não é. O que faço com ele é o que me diferencia. Não componho para ganhar dinheiro, mas sei que vender os trabalhos é o modo de fazê-los chegar a quem preciso atingir. Sabemos que o trabalhador é digno de seu salário. Não é pecado ser bem remunerado. As pessoas pagam entradas para assistir jogos de futebol, peças de teatro e filmes no cinema. Nada mais justo do que remunerar o artista segundo a arrecadação que ele mesmo produz. Mas fazer missões é outra coisa!
Na sua opinião, é lícito ao músico cristão tocar profissionalmente fora da igreja? Isso não seria desvirtuar o talento dado por Deus?
Vamos por partes. Primeiro, é preciso compreender que a música é um talento, e não um dom espiritual. Como talento, ela não é santa em si mesma. Há coisas lindas compostas por artistas descrentes. Depois, é preciso pensar que a música é também uma profissão artística reconhecida em todo mundo; portanto, qualquer pessoa que tenha esse talento pode exercer essa profissão, sendo crente ou não. Há, entretanto duas grandes observações aqui. A primeira é que o músico crente, como qualquer outro profissional que conhece Jesus, tem que ter a sua vida santificada ao Senhor. Isso implica no seu testemunho comum de crente e na santificação de seu caráter de forma geral. Então, se ele cantava palavrões ou obscenidades quando não era crente, agora, com Cristo, terá de mudar essas coisas. A outra observação tem mais a ver com o chamado ministerial, e creio ser este o ponto mais importante. Se um músico, após a sua conversão, receber de Deus um chamado de dedicação total à obra e atendê-lo, então, também como qualquer outro profissional, estará à disposição do Senhor para servi-lo e por ele ser sustentado, não mais como um artista lá fora, mas como um servo no lugar onde estiver servindo.
É cada vez mais comum músicos populares no segmento secular dizerem-se convertidos ao Evangelho, logo engatando uma carreira art´stica entre os crentes. Qual o resultado disso?
Se forem verdadeiramente convertidos pelo Espírito Santo, e, como consequência disso, deixarem-se discipular como qualquer outro pecador rendido ao senhorio de Cristo, poderão ser usados pelo Senhor, a despeito do que foram ou fizeram. Se assim não for, será simplesmente uma troca de posicionamento profissional.
Por outro lado, gravadoras seculares andam de olho e até contratando nomes mais expressivos do gospel nacional. Como um músico evangélico deve se comportar diante de uma proposta como essa?
Para qualquer músico eu diria que, caso a proposta seja boa, agarre-a com todas as suas forças. Mas, se o músico em questão for um crente verdadeiro, ele deve saber aproveitar a oportunidade, mas nunca negociando seus reais valores.
Sem uma igreja ou ministério provendo sustento, e sem pagar “jabá”, o grupo Logos ainda toca em rádios?
Acho que sim. Deus é fiel, não é? Ele nos deixaria viver para pregar para paredes? Acho que não! Então, nossa música será ouvida até que ele queira, mesmo que já não estejamos mais aqui.
Autor da minha fé é uma das composições mais conhecidas de seu repertório. A letra fala sobre a segunda vinda de Cristo, tema meio esquecido ultimamente. Você acha que a música evangélica no Brasil perdeu seu papel profético?
Não posso generalizar o que acontece nos púlpitos, até porque, devido ao trabalho de viagens evangelísticas, estou mais tempo pregando do que ouvindo pregações. Mas, com certeza, reconheço que o assunto não figura entre os temas mais abordados.
Como você vê a formação musical nas igrejas e nos seminários?
Há várias igrejas que estão trabalhando isso. Conheço também algumas escolas voltadas nessa direção. No seminário onde estudei, embora não se tenha, especificamente, ensinado sobre os temas louvor e adoração, recebi as bases para ser um verdadeiro adorador. E é isso que, desde então, tenho procurando ser. Mas o que tenho constatado é que a dificuldade maior hoje não está em treinar musicalmente os alunos, capacitando-os e ensinando-lhes posturas de um ministro de louvor. O problema é quais são seus modelos. Certamente, o que esses alunos considerariam como referência seriam aqueles que estão na mídia, fazendo shows. Eles desejariam imitar seus gestos, seus jargões, seu tipo de música e até suas roupas. Assim, se tivéssemos que prepará-los de acordo com a modernidade do ministério, teríamos que ensinar-lhes matérias como presença de palco, expressão corporal, vestuário artístico e um vocabulário de palavras de ordem, além de estimulá-los a moldar suas músicas ao que está “rolando” hoje. Mas é disso que a Igreja está precisando ou é isso que a está afastando cada vez mais do genuíno papel da música evangélica?
Você já disse em várias ocasiões que é contra a cobrança de cachês por cantores evangélicos. Como o ministério Logos se sustenta financeiramente?O Logos nunca cobrou cachê, e por princípio nunca o fará. Em todos esses anos de trabalho, sempre usamos o bom senso para termos as necessidades da missão supridas, sem colocar uma corda no pescoço de ninguém. Todos os pastores que nos conhecem, no Brasil ou fora dele, recebem o Logos com confiança. O que praticamos é uma taxa chamada de manutenção que qualquer igreja pode absorver. Ela cobre gastos com as viagens, que fazemos a bordo do nosso ônibus, com toda a equipe e equipamentos, aos lugares mais remotos do país.
O que você acha que deve acontecer com a música evangélica brasileira daqui para a frente?
Não quero responder com pensamentos previsíveis, mas com desejos de alma. Eu sonho com uma música diversificada em estilos e mensagens, que atenda as reais necessidades das igrejas. Sonho com bons músicos, crentes de verdade, que rendam seus talentos ao Senhor e testemunhem com suas vidas o caráter de verdadeiros adoradores. E, finalizando, sonho com uma Igreja que permaneça fiel diante dos modismos sufocantes da falsa contextualização.
rev. Jucelino Souza
Twitter: @jucelinosouza
e-mail:jucelinofs@yahoo.com.br- -

quinta-feira, 16 de julho de 2015

OS NEFILINS... A BÍBLIA É DEFINITIVA E CLARAMENTE ÚNICA, SINGULAR, CREMO-NA COMO UMA MENSAGEM E UM REGISTRO DE DEUS ESCRITO ATRAVÉS DE FATOS E VIDAS HUMANAS... NÃO ESTAMOS IGNORANDO INADIVERTIDAMENTE ALGO ESSENCIAL EM SUAS PÁGINAS?


Muitos combatem ativamente a Bíblia e nessa atividade objetiva gastam e investem tempo, saúde, talento, inteligência, estudos e muito, muito dinheiro. Não porque a Bíblia os afete diretamente, não! Eles podem pensar o que querem pensar, fazer o que querem fazer, a Bíblia não os impede! Nem mesmos as igrejas cristãs, usando ou pregando, ou ensinando parte do que dizem as Escrituras têm poder de parar as ações humanas. A pergunta inevitável é: por que tantos a odeiam? por que tantos reiteradamente desejam erradicá-la da cultura ocidental e humana? 

Notem que não estamos falando de muçulmanos, do islão, ou de outra religião que se sinta ameaçada pelo que pode ser aferido ou compreendido pelo que se conhece ou se lê nas escrituras judaico-cristãs. o que seria do ponto de vista humano de de concorrência e oposição de pensamentos aceitável. Os maiores opositores da Bíblia, com ou sem razão, com relativo ou não argumentos mínimos, são pessoas, na maioria esmagadora homens que nasceram e cresceram e se tornaram adultos em sociedades tecnicamente cristãs!

A resposta é que intuem esses que o que almejam e sonham e creem ideológica ou comportalmente não terá firmeza e segurança enquanto a Bíblia existir e for pelo menos conhecida! Um dos mais crassos exemplos recentes é justamente o ativismo gay, a ideologia de gênero! Ela pode ser combatida com base no marxismo ortodoxo, mas pode ser, e é sustentada em parte, confusamente pelo mesmo materialismo dialético, entretanto não pode se sustentar diante do quadro que a Bíblia descreve do ser humano e da humanidade!

Aliás nenhuma bizarrice do pensamento humano pode ser sustentado durante muito tempo à luz de toda a Bíblia, nem heresias ou afirmações dentro do próprio cristianismo, das próprias igrejas e líderes e dogmas cristãos. O catolicismo se vê apertado diante de toda a Bíblia, o calvinismo idem, o adventismo, o pentecostalismo, as igrejas batistas, e todos os demais e imaginados grupos autodenominados ou tecnicamente tido como parte do cristianismo... descontados os acertos de cada grupo, os erros ficam evidentes para que ninguém, nem nenhuma igreja nem nenhum líder, nem nenhuma teologia se gabe e se coloque acima de toda a revelação das Escrituras!

A Bíblia não é um livro de ciência, mas a mas profunda ciência está registrada em partes dela! coisas não conhecidas ainda no auge e no orgulho da modernidade em que vivemos!A Bíblia não é um livro de história, mas a História humana, está nela registrada naquilo que mais dá a visão do todo, de quem somos e porque existimos! A Bíblia não um livro de sobrenaturais, mas o sobrenatural encontra não só registrado e apontado nela em todo o tempo!


A Bíblia não é um livro de provas incontestes, mas tudo o que nele é dito terá uma prova cabala e final no futuro, com a devida prova dos nove, e todo o joelho se sobrará ( não por opção ) mas diante da prova final que o homem esteve errado e Deus estivera certo, e que o homem se enganou ou foi enganado, e que será cada um o único e justo culpado do seu terrível erro!

Logo a Bíblia não precisa de defesa, precisa apenas ser conhecida, cada um conhecendo-a, pode eventualmente tomar conhecimento daquilo que a maioria das pessoas por não conhecer o que nela se encontra registrado nem imaginam a possibilidade de ser ou de acontecer.

Nesse quesito, há as passagens e textos amplamente mais conhecidos e que justamente por essa razão podem receber menos atenção de leitores e ouvintes ou também passagens e textos emblemáticos, menos conhecidos, frases e registros muito curtos e aparentemente perdidos em eventos maiores.

O que aborda o vídeo seguinte, é justamente um misto de passagem bem conhecida com detalhes pouco atentáveis. Que aprendamos a ler toda a Palavra de Deus, para nosso beneficio e entendimento dos fatos e das coisas que no mundo acontecem diante de nossos olhos todos os dias.

Por Helvécio S. Pereira



Nefilim
, do hebraico נְפִלנ ְפִיל nefilím, que significa desertores, caídos, derrubados, mas tal termo é uma variação do termo נָפַל. Deriva da forma causativa do verbo nafál ou nefal (cair,queda,derrubar,cortar). Traz uma ideia de dividido, falho, queda, perdido, mentiroso, desertor.


TAL ABORDAGEM É ENCONTRADA COM LIGEIRA MODIFICAÇÃO TANTO ENTRE TEÓLOGOS CATÓLICOS, PROTESTANTES, PARAPROTESTANTES ( COMO E TEXTO ABAIXO PUBLICADO POR TESTEMUNHAS DE JEOVÁ ) SENDO UMA VISÃO TEOLÓGICA CRISTÃ E NÃO ALGO PARTICULAR A UMA IGREJA OU DENOMINAÇÃO

Nefilins [Derrubadores; Os Que Fazem [Outros] Cair].


Esta é uma transliteração da palavra hebraica nefi·lím, no plural nas suas três ocorrências na Bíblia. (Gên 6:4; Núm 13:33 [duas vezes]) Evidentemente, deriva da forma causativa do verbo na·fál (fazer cair; cortar), conforme encontrado, por exemplo, em 2 Reis 3:19; 19:7. O relato da Bíblia que descreve o desagrado de Jeová com os homens nos dias de Noé, antes do Dilúvio, conta que “os filhos do verdadeiro Deus” tomaram para si esposas dentre as atraentes filhas dos homens.

Daí menciona a presença de “nefilins”, dizendo: “Naqueles dias veio a haver os nefilins na terra, e também depois, quando os filhos do verdadeiro Deus continuaram a ter relações com as filhas dos homens e elas lhes deram filhos; eles eram os poderosos [hebr.: hag·gib·bo·rím] da antiguidade, os homens de fama.” — Gên 6:1-4. Identidade. Comentadores bíblicos, tomando em conta o versículo 4 de Gên 6, fizeram diversas sugestões sobre a identidade desses nefilins. Alguns acham que a derivação do nome indica que os nefilins haviam caído do céu, isto é, que eram ‘anjos caídos’, que se acasalaram com mulheres para produzir “poderosos . . . os homens de fama”. Outros peritos, fixando a atenção principalmente na declaração “e também depois” (v 4 de Gên 6), disseram que os nefilins não eram ‘anjos caídos’, nem os “poderosos”, uma vez que “naqueles dias veio a haver nefilins na terra”, antes de os filhos de Deus terem relações sexuais com mulheres. Estes últimos peritos são da opinião de que os nefilins simplesmente eram homens iníquos assim como Caim — assaltantes, rufiões e tiranos, que percorriam a terra até serem destruídos pelo Dilúvio.

Mas outro grupo, tomando em consideração o contexto do versículo 4 de Gên 6, conclui que os próprios nefilins não eram anjos, mas eram os descendentes híbridos resultantes de anjos materializados terem relações sexuais com as filhas dos homens. Os mesmos que os “gib·bo·rím”. Certas traduções da Bíblia ajustam a posição da frase “e também depois”, colocando-a perto do início do versículo 4 de Gên 6, identificando assim os nefilins com os “poderosos”, os gib·bo·rím, mencionados na última parte do versículo. Por exemplo: “Naquele tempo, como também mais tarde, quando os filhos de Deus se uniram às filhas dos homens e estas deram à luz, havia gigantes [hebr.: han·nefi·lím] sobre a terra. São estes os heróis [hebr.: hag·gib·bo·rím] dos tempos de antanho, aqueles homens famosos.” — Gên 6:4, LEB; veja também AT, BLH, Mo e NIV.

 A Septuaginta grega também sugere que os “nefilins” e os “poderosos” eram idênticos, por usar a mesma palavra gí·gan·tes (gigantes) para traduzir ambos os termos. Reexaminando o relato, vemos que os versículos 1 a 3 de Gên 6 falam de “os filhos do verdadeiro Deus” tomarem esposas, e da declaração de Jeová, de que sua paciência com os homens acabaria depois de 120 anos. O versículo 4 de Gên 6 diz então que “naqueles dias” veio a haver nefilins na terra, evidentemente nos dias em que Jeová fez a declaração. Daí, mostra que esta situação continuou “depois, quando os filhos do verdadeiro Deus continuaram a ter relações com as filhas dos homens”, e descreve em mais pormenores o resultado da união dos “filhos do verdadeiro Deus” com mulheres.

 Quem eram os ‘filhos de Deus’ que geraram os nefilins? Quem eram “os filhos do verdadeiro Deus” envolvidos nisso? Eram homens que adoravam a Jeová (diferentes da humanidade iníqua em geral), conforme alguns afirmam? Evidentemente que não. A Bíblia dá a entender que o casamento deles com as filhas dos homens resultou em atiçar a maldade na terra. Noé e seus três filhos, junto com as respectivas esposas, eram os únicos no favor de Deus e foram os únicos preservados através do Dilúvio. — Gên 6:9; 8:15, 16; 1Pe 3:20. Portanto, se estes “filhos do verdadeiro Deus” eram apenas homens, surge a pergunta: Por que eram seus descendentes “homens de fama” mais do que aqueles dos iníquos, ou do fiel Noé? Também se poderia fazer a pergunta: Por que mencionar seu casamento com as filhas dos homens como algo especial?

Casamentos e ter filhos já ocorriam por mais de 1.500 anos. Portanto, os filhos de Deus, mencionados em Gênesis 6:2, devem ter sido anjos, espirituais “filhos de Deus”. Esta expressão é aplicada aos anjos em Jó 1:6; 38:7. Este conceito é apoiado por Pedro, que fala dos “espíritos em prisão, os quais outrora tinham sido desobedientes, quando a paciência de Deus esperava nos dias de Noé”. (1Pe 3:19, 20) Judas também escreve sobre “os anjos que não conservaram a sua posição original, mas abandonaram a sua própria moradia correta”. (Ju 6) Os anjos tinham o poder de se materializar em forma humana, e alguns anjos fizeram isso para trazer mensagens de Deus. (Gên 18:1, 2, 8, 20-22; 19:1-11; Jos 5:13-15) Mas o céu é a moradia correta das pessoas espirituais, e os anjos ali têm posições de serviço sob Jeová. (Da 7:9, 10) Abandonarem esta moradia para morar na terra e deixarem seu serviço designado para ter relações carnais equivalia a uma rebelião contra as leis de Deus, e era perversão.


A Bíblia declara que os anjos desobedientes são agora “espíritos em prisão”, tendo sido ‘lançados no Tártaro’ e ‘reservados com laços sempiternos, em profunda escuridão, para o julgamento do grande dia’. Isto parece indicar que se encontram grandemente restritos, incapazes de novamente se materializar assim como fizeram antes do Dilúvio. — 1Pe 3:19; 2Pe 2:4; Ju 6. Crescente Iniqüidade. “Os poderosos da antiguidade, os homens de fama”, produzidos por estes casamentos, não eram homens de fama para Deus, pois não sobreviveram ao Dilúvio assim como Noé e sua família. Eram “nefilins”, rufiões, tiranos, os quais, sem dúvida, contribuíram para piorar as condições. Seus pais angélicos, conhecendo a constituição do corpo humano e podendo materializar-se, não estavam criando vida, mas viviam nestes corpos humanos, e, por coabitarem com mulheres, geraram filhos. Seus filhos, os “poderosos”, portanto, eram híbridos não autorizados. Pelo visto, os nefilins, por sua vez, não tiveram filhos.


Na Mitologia.

A fama e o pavor gerado pelos nefilins, ao que parece, deu margem a muitas mitologias de povos pagãos que, após a confusão de línguas em Babel, foram espalhados por toda a terra. Embora as formas históricas do relato de Gênesis fossem muito distorcidas e floreadas, havia uma notável semelhança nestas antigas mitologias (as dos gregos sendo apenas um exemplo), em que deuses e deusas coabitaram com humanos para produzir heróis sobre-humanos e temíveis semideuses com características de deus-homem. — Veja GRÉCIA, GREGOS (Religião Grega). Relatório Que Visava Aterrorizar. Os dez espias que trouxeram aos israelitas no ermo um relatório falso sobre a terra de Canaã declararam: “Todo o povo que vimos no meio dela são homens de tamanho extraordinário. E vimos ali os nefilins, os filhos de Anaque, que são dos nefilins; de modo que ficamos aos nossos próprios olhos como gafanhotos, e assim também éramos aos olhos deles.” Sem dúvida, havia alguns homens grandes em Canaã, conforme mostram outros textos bíblicos, mas nunca, exceto neste “relato mau”, cuidadosamente fraseado em linguagem destinada a aterrorizar e causar pânico entre os israelitas, são chamados de nefilins. — Núm 13:31-33; 14:36, 37.


E NA TV BRASILEIRA, HÁ UM DEBATE PÚBLICO SOBRE ESSE ASSUNTO COM PASTORES BRASILEIROS? SIM VEJA O VÍDEO DO PROGRAMA FEITO ABAIXO PRODUZIDO PELA RIT TV, DA IGREJA DA GRAÇA DO MISSIONÁRIO R.R. SOARES!



-

quinta-feira, 9 de julho de 2015

O CALVINISMO EM UMA ANÁLISE SINTÉTICA, DIRETA, OBJETIVA E CLARA. CAIO FÁBIO FALA SOBRE JOÃO CALVINO



C
aio Fábio viveu muitos anos transitando pelas igrejas evangélicas na segunda metade do século XX no Brasil, e esta'hoje na posição que está por circunstâncias absolutamente pessoais, não culpa da igreja que ele fez parte, conheceu e que reiteradamente diz conhecer, e por isso denuncia para se afirmar em sua atual posição, em desnudar mazelas crassas segundo ele mesmo.

Caio Fábio está correto em tudo? certamente não e não mais que cada um de nós. Deve ser seguido como um guru protestante evangélico, como alguém que somente ele abre os olhos de noviços na fé e velhos na fé com enorme doze de inocência? sim e não. Em muitos casos está certo e em outros errado e ainda quando certo, erra e acerta pelos motivos ou é alimentado por provocações ou indagações sinceras ou não.

Como filho de presbiteriano e presbiteriano Caio Fábio, gostem Augusto Nicodemos e seus seguidores ou não e todos os demais calvinistas, é uma refutação objetiva, clara e irrefutável, e que não pode ser ignorada por ser dita por Caio Fábio. Eu diria a mesma coisa, com as mesmas palavras, com os mesmos dados para dar cabo a um mi-mi-mi e blá-blá cansativo e mantido por calvinistas mais passionais, a única maneira de manter ainda viva uma pataquada teológica que já devia ter dado o que deu e que não se justifica mais.

Para quem puder ser honesto intelectual é isso aí. Quem não puder, e sentir essa carência e um motor, uma motivação externa e intelectual para ser somente religioso, denominacional, pretenciosamente bíblico sem sê-lo, que pelo menos continue crente no Senhor Jesus e no Deus bíblico, até o dia em que na presença, dele Jesus, nada perguntaremos e aí não importará mais as bobagens que cultivamos, defendemos, espalhamos, como se fossem a máxima revelação divina.


Por Helvécio S. Pereira








-

CLIQUE NA IMAGEM E FAÇA O DOWNLOAD DESSE E-BOOK

CLIQUE NA IMAGEM E FAÇA O DOWNLOAD DESSE E-BOOK
Clique na imagem acima e saiba como fazer o download desse importante e-book

EM DESTAQUE NA SEMANA

VOCÊ NÃO PODE DEIXAR DE LER




09 Dez 2010
Reflexões acerca do que a Bíblia revela e declara sob a ótica cristã autêntica. Nada porém substitui a leitura pessoal da Bíblia, a inerrante Palavra de Deus. LEIA A BÍBLIA! Salmos 119:105 Lâmpada para os meus pés é tua palavra, ...
19 Dez 2010
Essa pessoa sai pensando em Deus de um modo ou de outro, e em decisões que fatalmente terá de tomar frente ao divino. Nas prisões, após ouvir um pregador ou missionário de uma ou outra igreja, os criminosos mais terríveis param para ...
01 Dez 2010
A Bíblia é fonte inesgotável de ensinamentos dados do ponto de vista de Deus. As Sagradas Escrituras só não revelam o que, segundo a aprovação de Deus, Ele mesmo por Si não quer revelar-nos. Deus não revela coisas imposto pela ...
09 Dez 2010
Infelizmente ou ao contrário, como seres sociais e assim planejados por Deus, só construímos conhecimento em cima de informações e conhecimentos que nos antecedem. Por isso é natural não poucos de nós repetirmos conclusões feitas por ...

UM ABENÇOADO E VITORIOSO ANO NOVO A TODOS! OBRIGADO A TODOS OS LEITORES E VISITANTES!

Arquivo do blog

TEOLOGIA EM DESTAQUE: DIVERSAS POSTAGENS


26 Ago 2010
Nessa postagem quero deixar claro que dentre as diversas teologias usadas ( teologia popular, teologia leiga, teologia ministerial, teologia profissional e teologia acadêmica ) a que move a igreja e faz avançar o seu ...
27 Out 2011
Por experiência entenda-se todas as comprovações factuais acerca do que se crê conforme a teologia crida, seja essa oficial, oficiosa, leiga, individual, etc. Assim posto, é necessário colocar que o que me fez tocar nesse ...
25 Ago 2010
A teologia leiga é portanto um passo além da teologia popular, na verdade uma passo acima. Quando um crente dedica-se mais sistematicamente a investigação da sua fé , buscando uma melhor forma de não só expor o ...
11 Jan 2011
Conforme postagens anteriores que esclarecem a diferença entre teologia oficial e leiga, evidentemente em todas as igrejas há, por parte de seus membros uma teologia mais popular e uma teologia pessoal. Mesmos ...

links úteis

Atenção!

TODAS AS NOSSAS POSTAGENS TRAZEM ABAIXO LINKS PARA COMPARTILHAMENTO E IMPRESSÃO E SALVAMENTO EM PDF. NO CASO CLIQUEM 'JOLIPRINT' E UM SITE CONVERTERÁ O POST EM UM PDF AGRADÁVEL DE SER SALVO E PORTANTO GUARDADO PARA LEITURA POSTERIOR ( fica visível em alguns navegadores, aproveite essa funcionalidade extra! )

CRISE NO CATOLICISMO

ACESSE JÁ CLICANDO NO LINK ABAIXO

ACESSE JÁ CLICANDO NO LINK ABAIXO
VÁRIAS VERSÕES, ESTUDOS SOBRE CADA LIVRO DAS ESCRITURAS

NÃO PERCA UMA POSTAGEM DIGITE ABAIXO O SEU E-MAIL OU DE UM AMIGO

Enter your email address:

Delivered by FeedBurner

ATUALIDADE ! CLIQUE NA IMAGEM ABAIXO E LEIA AGORA MESMO!

ATUALIDADE ! CLIQUE NA IMAGEM ABAIXO E LEIA AGORA MESMO!
NÃO PERDER O FOCO...QUAL O REAL PRINCÍPIO DO CULTO? CLIQUE NA IMAGEM ACIMA E ACESSE

CURSO TEOLÓGICO GRÁTIS! *HÁ TAMBÉM OUTROS CURSOS DISPONÍVEIS

QUEM INVENTOU O APELO NOS CULTOS?

SOBRE O LIVRO DE GÊNESIS, LEIA AS PRINCIPAIS POSTAGENS

25 Nov 2010
Tenho algumas vezes, em minhas despretenciosas reflexões ( despretenciosas por não terem o tom acadêmico e muito menos professoral, são apenas reflexões ), dito que se não se crer no que o Livro de Gênesis declara, não é necessário ...
31 Jan 2011
-A razão das atuais, ou pelo menos de predominância histórica, das condições existenciais e morais do homem têm no Gênesis a sua satisfatória resposta. A existência de condições nem sempre e totalmente favoráveis a nosso conforto ...
11 Jan 2011
Como parte do pentateuco, o Gênesis, depreciado modernamente graças a nossa submissão e endeusamento da ciência, que com a sua contribuição à saúde, tecnologia e construção material da sociedade, pouco ou quase nada tem a dizer sobre ...
21 Nov 2010
A religiosidade cristã moderna ou atual, de há muito tem se contentado e desprezado as narrativas de Gênesis, precioado por parte majoritária de setores quase que totais do mundo científico e da falsa sensação de que tudo pode ser ...

O GÊNESIS, COM NARRAÇÃO DE CID MOREIRA E IMAGENS

NÃO DEIXE DE LER OS SEGUINTES POSTS DENTRE OS MAIS LIDOS...

29 Mai 2010
UM LIVRO OBRIGATÓRIO PARA CATÓLICOS E EVANGÉLICOS ACERCA DA ERRÔNEA CULTURA DO CULTO A MARIA. Recebi por indicação do irmão Jorge Fernandes Isha, um e-book gratuito, de leitura obrigatória para os evangélicos e para ...
16 Fev 2010
Judas era o mais culto, de origem e status social diverso dos demais, de outra cidade, e foi substituído não pelo apóstolo dentre os discípulos eleito pelos demais, por própria escolha de Jesus, após a morte de Estevão, Saulo, discípulo de Gamaliel, provavelmente o mais preparado ...Melquesedeque, Maria , José, e tantos outros. Deus se dá a conhecer plenamente a cada um que o ama. O ue Ele fará na história as vezes não noscompete saber, as vezes sim. Essa é a diferença. ...
19 Mar 2010
Tal qual os fariseus, põem não poucos impencilhos que vão desde reparações a pregação simples e com pouca ligação com a hermeneutica e pregação convencionais, a música, letra das canções, a ordem do culto, forma dos apelos e ... Essa pessoa , esse novo crente, como filho ou filha de Deus de fato, tem agora uma nova vida, como Madalena, Zaqueu, o Gadareno, o Centurião, Nicodemos,o ladrão da cruz, Marta e Maria, Lázaro ( não necessariamente nessa ordem ), e tantos outros. ...
04 Mar 2011
Nesse aspecto seria legítimo um católico cultuar Maria como N.Senhora, um muçulmano a Maomé como seu legítimo profeta, um budista como objeto de culto, e assim por diante. Todoslçegitimamente amparados por sentimentos sinceros e ...
English (auto-detected) » English




English (auto-detected) » English


English (auto-detected) » English

VISITE JÁ UM BLOG SOBRE ATUALIDADES RELIGIOSAS E FATOS IMPORTANTES NO MUNDO

VISITE JÁ  UM BLOG SOBRE ATUALIDADES RELIGIOSAS E FATOS IMPORTANTES NO MUNDO
CONTANDO OS NOSSOS DIAS ACESSE JÁ. CLIQUE AQUI!

ESTUDE EM CASA.TRABALHE EM CASA!


leitores on line

OPORTUNIDADE!

LEIA: E-BOOKS EVANGÉLICOS GRÁTIS Clicando na imagem a abaixo você fará os downloads dos mesmos