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segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

BRINCANDO DE CRENTE!

Pensei em escrever essa postagem há dois dias, talvez três... ou quatro? Bem, o fato, é que  no dia, quando estou no ônibus, andando, ou em algum lugar, sempre observo as pessoas, as coisas e penso acerca de Deus e como Ele nos vê. Não significa de modo algum que eu esteja em algum nível de "espiritualidade", qualquer, é apenas o básico que cada um de nós,penso deveria fazer com suas parcas horas de sobriedade durante toda a vida, tirando as outras quando estamos trabalhando, comendo, ocupados com outras necessidades básicas e fisiológicas, etc. O fato é que, opinião minha novamente, apreendemos pelo menos mais alguma coisa acerca de nós e de Deus. Sempre observo as coisas e lembro de um texto Bíblico, geralmente uma passagem inteira e não apenas um versículo, na maioria das vezes.

Sentado, na cadeira da frente, logo a seguir, com o ônibus cheio, entra um senhor negro, humilde, magro, de cabelos grisalhos e aparentemente com cerca de cinquenta  e poucos anos, senta-se no capô do ônibus ( onde fica o motor internamente ) e tira de uma sacola ou saco plástico uma miniatura de uma daquelas pick ups de duzentos e tantos mil e começa a observá-la e manipula-la enquanto conversa com um conhecido mais jovem.

Fiquei a pensar o quanto a realidade de ter um veículo daqueles estava distante dele. Não importa se era para um filho adolescente, uma criança, sobrinho ou neto...para eles estaria, normalmente distante...para mim está distante a não ser que passe a pensar só em dinheiro e tenha uma idéia tão original quanto a criação do Google nos próximos meses. E cá entre nós se de repente pudesse comprar uma hoje, provavelmente desistiria e gastaria em outra coisa que me desse maior prazer.

Ah! Essa é a palavra chave dessa postagem. Pensamentos vão, pensamentos vêm. Do brinquedo a brincadeira, ao ato de brincar, fantasiar, etc. Algo perfeitamente natural, tanto no desenvolvimento quando ainda somos crianças, quando mesmo depois de adultos. Há dentre os diversos temperamentos ( quatro na verdade - fiz uma palestra sobre o assunto em um dos meus serviços ) há um mais voltado ao prazer e outro aparentemente menos, o que seria mais sério, mais crítico,mais concentrado. Entretanto todos nós nos movemos nessa vida em torno do prazer, e somos até legitimamente levados a fazer coisas necessárias a nossa sobrevivência pelo instrumento do prazer. Alimentar-se algo essencial a vida, é o prazer que nos guia, senão nos esqueceríamos de nos alimentar.No que se refere à reprodução: só nos reproduzimos pois há uma série de elementos prazerosos legitimamente que nos encaminham e nos leva ao ato sexual final. Normalmente, ou melhor sempre, só fazemos , por nós mesmos coisas que nos dão prazer, das boas e salutares até as piores.

Daí a razão pelas quais, muitas vezes, fazemos coisas legítimas não serem tão legítimas assim em si mesmas. Incrivelmente um assassino mata por prazer, seja o prazer da raiva, o prazer no aniquilamento do outro, da suposta vitória sobre o oponente, etc. Da mesma maneira alguém que é crente canta um hino na igreja ( legitimamente eu repito ) pelo prazer que tal composição lhe causa e não pela verdade expressa na sua letra. e poderíaemos prosseguir em uma investigação tão longa quanto a eternidade, esmiuçando cada situação. Alguém é Papa por ter prazer em ser papa e por esse prazer, ainda que legítimo, se preparou , sonhou e aguardou a legítima oportunidade. assim pastor, músico, tradutor, etc.

É verdade que algumas coisas não fazemos prazeirosamente mas forçados pelas circunstâncias, como um trabalho sem opção, algo dentro de um trabalho prazeroso e criativo que naquele momento não seja prazeroso, etc. de uma forma ou de outra, o prazer nos move. Até essas linhas escritas nesse "post", o próprio blog, cada abordagem, essas mesmas reflexões, etc, podem ser motivadas por um prazer pessoal e para desastre, não passar disso.

Os vícios, as anomalias comportamentais, quaisquer que sejam, são movidas pelo prazer. Interessante é que no Éden, antes da queda, o prazer deveria ser o propulsor das ações do casal humano  e de todos os seus demais descendentes: as diretrizes, as ordenanças de Deus deveriam motivá-los a sujeitar a terra, comer de todas as ervas e frutos dadas a eles como mantimento e o prazer de ver, sentir e viver em um mundo perfeito e harmonioso ( aparentemente só o jardim, o resto do mundo se desenvolvia de forma natural ) e duas árvores prazerosas de se ver ( boas a vista ): a da vida e a do conhecimento do bem e do mal.

Duas fontes diferentes de prazer, só que somente uma delas traria resultados reais: a da vida! Notem que o homem não foi criado imortal mas viveria indefinidamente somente se comesse constantemente da árvore da vida, a qual estará presente no meio da  nova cidade santa: a Jerusalém  celestial. A outra árvore, igualmente boa de se ver, parecia e era fonte de prazer, o conhecimento do bem e do mal. Hoje todos nós provamos desse prazer. Sentimos prazer ao praguejar, na raiva, etc. Se nos julgarmos com razão sentiremos prazer em matar um inimigo o qual desperte ódio e que nos seja justa e claramente repulsivo. Podemos igualmente perdoar prazer. Pode parecer estranho mas se o prazer for causa e não consequência, a ação pode ser ilegítima.  

Jesus nos ordenou amar os inimigos antes mesmo de termos as nossas mentes culturalmente treinadas para tal. Não é um ato a partir de um sentimento, mas uma ação em decorrência da obediência a Sua pessoa. devemos amar ao nosso Deus sobre todas as coisas, mesmo que não haja vinte e quatro horas por dia um sentimento desse tipo perceptível em nossos corações.

Voltando a pequena pickup...a capacidade de virtualizar, tomando por empréstimo um neologismo atual, uma determinada situação, faz com que muitas das vezes, na maioria mesmo nos encontramos fazendo coisas, não pelo que deveria ser a causa legítima de nossas ações, mas como analogia ao processo do brincar infantil, "brincamos" de muitas coisas transformando atos legítimos em ilegítimos.Por que defendemos tais ideias?  por que gostamos de tal hino? por que gostamos de tal tipo  reunião, de culto e não de outro? por que prefiro esses assuntos e não outros? por que preferiria que Deus fizesse as coisas desse jeito e não deste? por que ? por que?

Finalmente por que não sou perfeito e não fico de pé o tempo todo ( espiritualmente falando )? Por que sou suscetível - e sei que sou- a estímulos tão diversos- e muitas vezes legítimos? O que torna comum a quem já conhece a Deus, tanto o futuro de Israel e Batseba,falando do grande homem de Deus que foi Rei Davi? Para  David, Israel no plano de Deus, o seu lugar nos propósitos divinos, conhecer esses propósitos e lutar por eles era tão realmente prazeroso como uma jovem e bela mulher como Batseba. Ambos para um homem, mesmo conhecedor de Deus e que amava o criador eram legítimos e igualmente reais. Daí não basta negar a legitimidade do prazer. O prazer da segurança financeira, do dinheiro, da saúde, do lazer, do conhecimento, do sexo, da companhia e intimidade do cônjuge, do ter filhos, do ter amigos, etc. É mais do que legitimidade é ter a consciência de que se não temos motivação verdadeira ( não confunda com sincera que tem a ver com sentimento ) é infelizmente fácil sermos "brincadores" inclusive de algo legítimo que é ser crente... É como aquele caminhãozinho que parece e até nos remete ao real, mas não é.

Daí a falta de milagres. Milagres desafiam a aparência, desafiam a sequência  natural dos fatos, desafiam completamente a lógica. Milagres são. Milagres são opostamente "sérios", ilógicos. Já a brincadeira é lógica, parece  a verdade, parece que está acontecendo, mas de fato nada está acontecendo, apenas na imaginação de quem brinca. E enquanto se brinca a realidade não se manifesta, não pode ser apreendida.

Que o Senhor nos ajude. Que eu ou algum de nós aprendamos de fato a diferença entre uma coisa e outra.



Por Helvécio S. Pereira*

graduando em teologia, historiador de arte e pedagogo




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domingo, 13 de novembro de 2011

JESUS CRISTO: ENCONTRÁ-LO, CRER NELE E SEGUI-LO...JAMAIS PERDER ESSE FOCO

Há um sentimento que pode não corresponder a realidade mas que de vez em quando constato na minha pessoal experiência ( o que não é exatamente um problema, não é uma imposição da minha percepção pessoal sobre a dos outros ) : que já foi mais fácil ser um simples e singelo crente evangélico a alguns anos atrás, ou décadas atrás.

Não que não houvesse escândalos, heresias, desvios, falta de autocrítica por parte de irmãos e lideranças em tantas situações, algo inevitável, como o próprio Senhor Jesus afirmara: é inevitável que escândalos venham...", mas como é difícil convidar alguém a crer no evangelho, via uma igreja, uma denominação, um pregador, um tipo de reunião e para piorar, até que tipo de Bíblia ler ou citar no momento de explicitar a fé no Evangelho. 

Como parece fácil, em um país que se tem, se não total ( de fato a restrições não legais mas circunstanciais  e essas talvez sejam as piores por serem mais sutis ) ao Evangelho e a Palavra de Deus novos e terríveis obstáculos e desvios, proporcionarem sempre a perda do foco no encontro com a verdade da Palavra de Deus e a possibilidade real e venturosa de prosseguir seguindo ao Senhor.

Meus irmãos Calvinistas ficam naturalmente bravos comigo, mas segundo o que leio na Bíblia, nenhum ser humano está, ou foi,  predestinado a ser salvo, mesmo porque em linhas bem simples haveria um motivo para ser "escolhido" para ser salvo, e a própria palavra relacionada e traduzida por "escolher", "escolhido", etc, nas Escrituras, em uma de suas diferentes ocorrências na língua original denota "escolha cuidadosa", a mesma escolha feita ao determinar quem iria ou não a uma guerra. Uma escolha portanto meritória e não graciosa. Logo a predestinação descrita e mencionada na Bíblia, é sempre ministerial, para uma obra ou serviço e nunca para salvação. A predestinação em questão se refere primeiro a Israel como o Povo de Deus e em segundo lugar à Igreja como propriedade de Jesus Cristo. Nesse caso a Igreja foi predestinada, a uma obra, a um serviço, a um testemunho, a uma pregação. a igreja portanto não é um acidente, algo que surgira como consequência da morte de Jesus, mas algo previamente estabelecida na mente de Deus.

Como indivíduo não somos predestinados e nem eleitos, mas como igreja, unidos a ela sim. a igreja portanto é predestinada, assim como Israel como nação o foi e ainda ocupa um lugar nos propósitos de Deus. A salvação portanto é encontrada individualmente por quem tem ouvidos para ouvir, por quem embora nunca tenha visto os milagres feitos pelo Senhor, por ocasião de sua primeira vinda, creram e esses são realmente bem-aventurados. Os salvos, cada um deles, é como o homem que achando um grande tesouro perdido em um campo, em segredo e sabiamente, vendeu tido o que tinha e comprando o terreno se tornou dono do tesouro. A salvação portanto depende de algo pessoal, individual e único que é inclinar-se para as coisas de Deus, amar a luz ao vislumbrá-la pela primeira vez, e perseverar em segui-la até o último dia de sua vida. 

É isso exatamente que a Bíblia diz e não há motivo para, em nome de agradar uma determinada teologia ou tendência teológica "facilitar" as coisas. Seria ótimo ser predestinado e nunca mais ter que se preocupar em ser fiel ou não. Mas não é isso que a Bíblia diz! Igrejas batistas reformadas são calvinistas e crêem na predestinação. Igrejas batistas não calvinistas, negam a predestinação mas rezam na sua confissão de fé que uma vez salvo salvo para sempre. Também estão erradas, não é isso que a Bíblia diz, desconfortadamente. 

Mas e quanto a segurança da salvação? Então não estamos seguros sendo tão fracos diante das tentações e da natural tendência ao erro todos os dias...  Deus da sua parte garante a nossa situação de salvos diante de Si mesmo. Temos a sua proteção, socorro, orientação, guarda absoluta, desde que o nosso coração não se distancie dEle. É essa a diferença.

Um calvinista e um arminiano embora expliquem a salvação por posições diferentes, são ambos salvos pela sua experiência de encontro reais e amor ao Senhor, e ponto final. Na eternidade nada perguntaremos como afirmára o próprio Senhor Jesus. Mas dar uma falsa segurança a quem ouve o Evangelho não é honesto e coloca não poucas pessoas em perigo. Se temos percepção da verdade devemos dizer a elas a verdade das Escrituras. Importa agradar mais a Deus que aos homens.

Igrejas diferentes, lideranças diferentes estão certas e erradas sobre várias coisas, algo absolutamente normal, algo resolvido se seguirmos a Jesus Cristo antes de seguirmos aos homens nossos iguais e irmãos no lugar do Senhorio de Deus e da revelação da Sua Palavra. Poderia dar inúmeros exemplos de contradições e acertos. Tentarei aleatoriamente dar alguns: irmãos reformados defendem objetivamente a inerrância das Escrituras contra toda relatividade atribuída a seus registros, esses irmãos estão inteiramente corretos! Os pentecostais defendem que Deus opera ( deseja e está ativo ) a partir da fe dos que crêem em Sua Palavra, a Bíblia Sagrada, como nos tempos apostólicos ( livro de Atos e NT ), e esses irmãos também estão certos, corretos! Torçam os narizes que quiser e não concordar com essa declaração de fé. A despeito de muito ruído em torno da "teologia da prosperidade", a favor e contra, antes dessa polêmica, a Bíblia já revela que o Deus da Bíblia é quem exalta, enriquece, prospera, etc.


Se algum pastor oculta essa possibilidade aos pobres de sua congregação age no mínimo de má fé ou demonstra incredulidade na Bíblia que tem nas mãos. Aliás o homem que foi durante muito tempo o mais rico do mundo, com fortuna três vezes maior que a de Bill Gates, era calvinista e se enriqueceu em apenas seis anos! Aliás antes da "teologia da prosperidade" combatida por tradicionais e calvinistas, o calvinismo representou uma fé possibilitadora de riqueza numa fomentação de uma ética protestante que sem ela não vingaria no capitalismo. Mas isso tudo é outra história.

O que importa é que se alguém é levado a parar, repensar a sua existência, dar ouvidos a Palavra de Deus, decidir a crer nela e principalmente no Deus criador de todas as coisas, arrependendo-se de seus pecados, entregando a sua vida para ser conduzida, vivendo agora não para si mesmo mas como propriedade legítima dAquele que nos fez e a todas as demais coisas, aguardando no seu coração, um encontro com o Seu Senhor e único suficiente Salvador Jesus Cristo,  ou antes dentro de sua geração, a Sua volta eminente e revolucionária na história do mundo e da humanidade.

Do outro lado estão todos que com base em motivos pessoais, isolados ou não, rejeitam peremptoriamente a Bíblia como a Palavra de Deus, a Jesus Cristo como Deus conosco, Salvador e Senhor, ou que crendo relutam em deixar os seus pecados, induzindo outros a erros maiores, e perpetuando uma religião cristã, com teologia, liturgia, comunidade, sem novo-nascimento e sem conhecer de fato ao Senhor Jesus Cristo.

A esses, e não pelo fato de ter ou não expulsado demônios e curado pessoas ( o centro da declaração não são essas ações em particular ) Jesus declara para que se apartem dEle ( Jesus ) pois jamais os conhecera, ou seja nunca se encontraram com Jesus e com Ele nunca se relacionaram. O texto usado erradamente como pretexto para não se fazer curas ou expulsar demônios serve como alerta aqueles que nunca creram que não deveriam curar alguém, expulsar demônios e assim libertar alguém, mas que igualmente aos advertidos na passagem bíblica, jamais se relacionaram pessoal e verdadeiramente com o Senhor Jesus. Seu cristianismo foi posicional, simpático como confissão e teologicamente, mas nunca pessoal, real, relacional, apenas teórico como qualquer ideologia, filosofia, posição científica, etc.

Crer sem reservas na Bíblia e no que ela diz como a Palavra de Deus leva o leitor a conhecer Aquele de quem toda ela testifica e revela: Jesus Cristo, Deus e homem, o único nome dado nos céus e dentre os homens para que sejamos salvos. Esse constatação leva inevitavelmente ao arrependimento e do arrependimento a separação ( santidade ): somos do Senhor quer vivamos ou morramos, essa é a nossa segurança, e sim  por essa perspectiva, não há perda da salvação por parte do crente.

Não por predestinação, ou por uma lógica resultante de algo fixo. Não nos perderemos porque O amamos e ele nos ama. Porque Ele é fiel, capaz, plenamente  capaz de cuidar de nós em todas as circunstâncias e contra todos os elementos dificultadores. Poderíamos nos perder pela oposição do Diabo, de Satanás, do mundo e por nossas próprias limitações pessoais. Mas se com Ele temos comunhão somos guardados a cada dia e a cada dificuldade Ele mesmo está conosco, onde estivermos, por mais diversa sejam a cultura, a época, os  desafios e as condições sociais e econômicas, na guerra ou na paz.

Querido irmão não perca  o foco. Não se deixe desviar ou passe a priorizar coisas que não são de fato prioritárias mesmo na vida cristã, na tradição evangélica como é o nosso caso. Não se escandaliza nem com grandes ou pequenas coisas. de fato nenhuma delas é de fato  uma 'novidade", não se assuste e e nem se escandalize. Não somos chamados a defender nada que não seja o Nosso Senhor, nenhuma denominação, movimento, nem mesmo grandes nomes tidos como grandes homens de Deus. Limpe o panteon de sua mente, e preserve apenas o nome do Senhor Jesus. Todas as demais coisas tem o seu lugar mas não podem rivalizar nem de longe com a autoridade única do Senhor único de todos nós.

As igrejas, as diversas denominações, podem e de fato possibilitam, oportunizam que talvez eu e você tenhamos acesso a coisas que sozinhos não teríamos, somos afinal seres sociais, em que uns ajudam aos outros construindo conhecimento e oportunidades coletivamente. O templo de Jerusalém, o templo de Herodes estava destinado a destruição, mas Jesus ia lá, pregava lá, observava as pessoas, Ele o Senhor Jesus não destruiu o templo previamente com tudo o que ele, o templo significava. Da mesma forma as diversas denominações coexistem e tocam as suas vidas, onde a Palavra de Deus está sendo pregada, lembrando as pessoas que devem lê-la, que devem buscar urgentemente ao Senhor. Há os que vem e ouvem e bebem de graça da água da vida e aos que desprezam. Essa é a linha divisória ente os que crêem e os que não crêem.

Por Helvécio S. Pereira




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quarta-feira, 15 de junho de 2011

LIÇÕES A PARTIR DA VIDA E EXPERIÊNCIAS DE ABRAÃO - PARTE UM


A pior coisa, em se tratando de leitura e aprendizado bíblicos, é o de justamente julgar os textos das Escrituras simplistas. Duas atitudes decorrem dessa postura diante da Bíblia e de seus registros: julgá-los desatualizados e depois julgá-los míticos.  O resultado mais imediato é uma descrença sumária ou uma adaptação diante do conhecimento do que nela é encontrado: lições morais superficiais e bastante idealizadas. Um exemplo atual é, por exemplo, o que é visto em setores do protestantismo histórico ( e não só neles ), em que  a Bíblia não é crida como ela é, mas mesmo assim por tradição, certos aspectos escolhidos a dedo são inspirativos de alguma maneira. 

Se por acaso algum visitante desavisado entrar em uma reunião de uma "igreja evangélica gay", certamente ouvirá por parte de algum pregador gay confesso, sermões bíblicos acerca do perdão, da caridade, ajuda mútua, acerca da existência e do amor de Deus pela humanidade, etc, etc, mesmo porque a Bíblia não é propriedade de nenhuma igreja cristã ou até não-cristã em particular. Semelhantemente a qualquer igreja, essas pessoas que têm essa postura relativa à vida, fogem ( como todos os demais de todas denominações por motivos e pretensões variadas ) de textos e declarações das Escrituras que causem algum perigo ao que acreditam particularmente. Trata-se de procurar e ver nas Escrituras, algo que não nos afete, não nos reprove, não nos provoque, não nos confronte.

De fato todos nós, na maioria das vezes, parecemos ouvir só o que gostaríamos de ouvir, um eco de nossas próprias vozes. A Bíblia não foi escrita com esse propósito, o de nos agradar, massagear o ego, dizer coisas palatáveis aos nossos ouvidos que procuram somente por certos odores e sabores. Trata-se de um perigo e algo que nos impede objetivamente de experimentar "qual a boa, perfeita e agradável vontade de Deus". Não é imaginável isso de Abrão, aquele que seria reconhecido futuramente como o "pai da fé".

Tenho reiterado nesse blog, a minha posição particular mas pertinente, que em nenhum momento, as Escrituras, objetivam nos agradar plenamente. Se gostamos e manifestamos preferência inconsciente por algum texto ou exemplo bíblico, deveríamos sabiamente "engolir" os que nos contradizem e nos desagrada teologicamente. Alguns dizem que amam a cruz e apreciam o sacrifício de Cristo por nós. Não é muito lógico ter prazer no que o Senhor fez ou melhor sofreu. Uma coisa é reconhecer o Seu sacrifício por nós, outra coisa é apreciá-lo, no que concerne o seu padecimento. Prova disso são duas, uma bíblica e outra contemporânea: o próprio Senhor Jesus pediu ao Pai que passasse se possível o cálice de Si, de tão terrível, horrível que foi; outra é o fato do melhor filme sobre o sacrifício de nosso Senhor e Salvador ter sido até hoje, Paixão de Cristo. Não dá para assistí-lo prazeirosamente mais de uma vez, várias vezes, quem o faz e tem prazer em assistí-lo, não é definitivamente uma pessoa normal. O hino Rude Cruz, mundialmente conhecido, em todas as suas versões nacionais enaltece a mensagem da cruz e não a cruz. A cruz em si e todos os acontecimentos a ela relacionados, anteriormente e pós crucificação, são tão terríveis e difícieis de serem revividos na memória, ainda que aplicados a criminosos e culpados comprovados, quando mais ao "Deus conosco",Jesus Cristo.

O objetivo dessa postagem é tirar lições importantes da vida de Abraão e relacioná-las com a nossa experiência de vida. Se partirmos da premissa de que a história, a biografia de Abraão, não se encontra registrada apenas para conhecimento de todos que viveriam depois dele, mas como exemplo e revelação de como se processaria de fato a relação real entre o homem e Deus, de fato poderemos aprender o que de fato, é relevante para a nossa vida hoje.

A vida de Abraão de torna relevante, quando ainda seu nome era Abrão. Nas Escrituras conhecemos o lugar de seu nascimento e a cultura em que vivia até o seu efetivo chamado por Deus. Lemos nas Escrituras em:





Gênesis 12


Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.
E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção.
E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.
Assim partiu Abrão como o SENHOR lhe tinha dito, e foi Ló com ele; e era Abrão da idade de setenta e cinco anos quando saiu de Harã.
E tomou Abrão a Sarai, sua mulher, e a Ló, filho de seu irmão, e todos os bens que haviam adquirido, e as almas que lhe acresceram em Harã; e saíram para irem à terra de Canaã; e chegaram à terra de Canaã.
E passou Abrão por aquela terra até ao lugar de Siquém, até ao carvalho de Moré; e estavam então os cananeus na terra.
E apareceu-o SENHOR-a Abrão, e disse: Å tua descendência darei esta terra. E edificou ali um altar ao SENHOR, que lhe aparecera.
E moveu-se dali para a montanha do lado oriental de Betel, e armou a sua tenda, tendo Betel ao ocidente, e Ai ao oriente; e edificou ali um altar ao SENHOR, e invocou o nome do SENHOR.
Depois caminhou Abrão dali, seguindo ainda para o lado do sul.




Abraão foi chamado e dessa mesma forma, nós que hoje cremos e conhecemos de alguma maneira as Escrituras e o Deus bíblico, fomos igualmente chamados. Isso é relevante pois se trata de um divisor de águas, um relevante novo início, dividindo uma única existência em dois tempos: um antes e um depois. Muitas religiões e muitos setores tecnicamente parte do cristianismo não vêem assim os seus adeptos. Para  católicos romanos por exemplo, o simples batismo infantil, fato ignorado pela mente do infante, por motivos óbvios e naturais, constituem para a igreja Católica Apostólica Romana, uma filiação a Deus bem como uma união com a instituição eclesial. Para evangélicos históricos e tradicionais, em muitos países, particularmente na América do Norte e Europa, a tradição familiar aparentemente constitui uma ligação religiosa entre as pessoas individualmente e a igreja ou denominação. Catecismo, catecumenia, discipulado e profissão de fé, guardadas as proporções são aceitas como variáveis de aceitação e introdução dos eventuais prosélitos ou novos cristãos à cada igreja.  Os sacramentos, variáveis de igreja para igreja, de confissão para confissão, são acontecimentos públicos que reforçam essa ligação. 

Embora legítimos, e descontadas as suas varáveis, a chamada de Abrão foi, de certa forma particular, em segredo, apenas entre Deus e Abrão. Não foi um ato ostensivo e público mas privado, mais uma vez, repito entre Abrão e seu Deus apenas. Do mesmo modo o encontro com Deus não é de fato um ato passível de ser forjado por qualquer religião, igreja, denominação, teologia, etc, mas unicamente entre o ser humano, finito, limitado, anônimo entre bilhões e o único Deus criador de todas as coisas, do próprio indivíduo e do universo até os seus mais inimagináveis limites. Inútil e patética a beatificação por parte da Igreja católica Romana, ou simples inclusão no rol de membros de qualquer igreja cristã particular. O homem deve atender individualmente o chamado pessoal de Deus e não há outra, de fato, nenhuma alternativa.

Abrão possivelmente ( certamente eu diria ) recebeu informação necessária e correta sobre o único Deus. Não se tratou de uma iluminação estemporânea como a aventada por fundadores de algumas religiões como Maomé para o islamismo, incluindo também igrejas paraprotestantes como Mórmons e Testemunhas de Jeová e não poucas igrejas mais distantes da revelação bíblica como a Igreja da Unificação do reverendo Moon, Caminho Antigo, Vovó Rosa e tantas outras, numa lista praticamente infindável. Esses se autoproclamam como seres humanos distintos dentre todos os outros por razões meritórias diversas, algumas patéticas e quase sempre claramente duvidosas, e mais do que erro, simples presunção. Abrão foi educado como os membros de sua família acerca de Deus, ouviu exatamente o que os demais ouviram acerca de Deus. Hoje igualmente a Bíblia chega as pessoas de várias maneiras, de maneiras tão diversas quanto a experiência humana, mas de modo único como a Palavra de Deus, a ser conhecida e crida. A resposta de cada um a essa possibilidade é que se manifesta diferentemente. Uns de fato, crêem mais, outros menos, alguns totalmente, outros com reservas, alguns limitada e convenientemente, outros vêem todas as possibilidades. Creio ser essa a distinção no coração de Abrão: algo em seu coração se fez diferente de todas as demais pessoas, incluindo até mesmo as pessoas mais velhas que lhe transmitiram tal conhecimento tão precioso.

Abrão afinal foi escolhido ou foi achado? A Bíblia usa algumas vezes a expressão "achado", "achada". Sobre Satanás as Escrituras declaram que foi achado nele  ( Satanás ) iniquidade. A Bíblia, não poucas vezes, mostra o Deus bíblico observando o homem em alguma situação. Mais do que simples antromorfia, uma descrição divina comparável a descrição de um ser humano, o que muitos julgam como simples e necessário artifício linguístico, compreendo como fato. Embora conhecedor de todas as coisas "in totum", o Deus atemporal e supra temporal, entra no tempo, e dessa forma observa no tempo como grandeza as ações humanas. Dessa forma algo em Abrão o distinguiu na história e dentre os infinitos eventos, dentre todos os seus contemporâneos, tão humanos  e limitados como ele próprio.

Mas foi uma chamada meritória ou graciosa? Se respodermos meritória, de fato Abrão tinha de alguma maneira algo que o fazia melhor e portanto merecedor dessa chamada. Entenda-se por merecedor, algo que possa de alguma maneira ser exigida por direito, ou seja Deus gostando ou não, mas sendo perfeitamente justo, teria de dá-lo ( a Abrão ) do mesmo jeito. Se a nossa salvação hoje fosse meritória, teríamos direito a exigí-la após, em tese, algum processo, gostando Deus de nós , e nós dEle, algo de fato a ser exigido e recebido por direito. O Filho Pródigo, exigiu do seu pai, a sua parte na herança com o pai ainda vivo, e o pai a concedeu legitimamente, segundo a tradição da época, como direito, não foi uma doação, mas uma sessão. Dessa mesma forma a chamada de Abrão não foi um direito de Abrão, algo que Abrão pudesse exigir, por ter méritos inatos a apresentar. A meu ver, segundo o que vejo nas Escrituras, em tal altura da vida, após ouvir e aprender sobre Deus, algo se produziu no coração de Abrão, e esse algo foi então achado por Deus.

Quando hoje ouvimos a Palavra de Deus, seja por intermédio de qual pregador ou igreja for, algo brota inadivertidamente no coração do ouvinte, em resposta a palavra ouvida. A semente encontra boa terra brota vigorosamente, quando são as pedras que lhe dão algum ou pouco espaço, brota diferentemente mas brota, brota fracamente ou não brota de modo algum. É a resposta do homem a oportunidade divina. Embora conhecedor de todas as coisas e entre as quais todas as partes já lhe sejam conhecidas mesmo antes de serem formadas, de conhecer o nosso coração, de modo que nos é impossível mentir a Deus, esse Deus "procura verdadeiros adoradores". Há portanto algo que produzimos inadivertidamente, para o nosso bem ou para nossa perdição. Caim decaiu o sembrante e Deus o avisou. Adão e Eva sentiram vergonha e se esconderam de Deus pois se viram nús e Deus lhes perguntara: "quem lhes disseste que estavam nús?" Satanás não disse ao casal de humanos que estavam nús. Isso nasceu no coração de Adão e Eva. Não somos robôs, produzimos autônomamente algo de nós mesmos chame a isso o que quiser mas é isso que a Bíblia nos revela. Produzimos fé ( não a fé como capacidade, essa dada, doada por Deus a todos os homens ), uma fé original e única, superior a todos os próprios Israelitas contemporâneos de Jesus Cristo, elogiada pelo próprio Senhor a um pagão.

O nosso maior dilema após conhecermos ao Senhor como Deus único e verdadeiro é de fato vislumbrar todas as possibilidades diante de nós nesse relacionamento. Em geral a religião como intituição legítima é limitadora por causa de todos os intrumentos que a consolidam como tal, incluídas aí as igrejas legitimamente cristãs. Católicos romanos mais não crêem do que crêem, ou seja o que crêem é de fato mais limitador do garantidor do verdadeiro e real conhecimento de Deus e de sua ação no mundo. Do mesmo modo reformados, históricos, tradicionais, pentecostais, neopentecostais, etc. A religião, a igreja institucional parece encher a nossa mente com "gadgets" desnecessários que entopem a nossa relação e conhecimento da vontade de Deus. Diferentemente de Abrão temos tantas reuniões, tantas atividades, tantos sermões a fazer, ouvir, tantas coisas a "meditar", tantas fontes e vozes diferentes, tantas opiniões, tantos teólogos, tantos livros a ler, etc. 

Há tanto o que fazer, como fazer e consequentemente " o que não fazer", que mesmo conhecendo a Palavra de Deus é inevitável que crentes e salvos não andemos com Deus como Abraão andou, como os apóstolos andaram, e possamos ser usados por Deus como eles foram. Para muitos a compensação necessária e remediadora é mudar de igreja ( o que as vezes é necessário mas nunca regra por si só ). Muitos da mesma forma mantém um nível de cristianismo público aceitável mas privadamente sofrível vindo a suceder-lhes males e infortunios iguais aos que sucedem aos que não conhecem e não gozam de uma experiência genuína com o verdadeiro Deus.

Qual a fonte de conhecimento de Abrão sobre Deus? Aparentemente a educação acerca de Deus era familiar e oriunda de transmissão oral por gerações vinda diretamente desde Adão e Eva. Mas havia outro detalhe: fruto de uma experiência pessoal. Abrão ouviu Deus chamar-lhe, dizer-lhe audivelmente, que deveria sair da sua terra e do meio de sua parentela. Essa voz de Deus falando a Abrão só foi possível via comunhão com Deus. Abrão falava com Deus, Abrão orava a Deus conforme ensinado desde a infância certamente. Não há possibilidade de experiência religiosa real e verdadeira sem oração e resposta de Deus. É possível dizer coisas a Deus, de certa forma todas as religiões e religiosos aparentemente se encontram numa ação de dizer, falar a divindade. Isso não é original e nem peculariedade do cristianismo sobre as demais religiões. Mas os profetas de Baal falaram ao seu deus, quatrocentos deles, clamaram, se feriram, mas Baal não os ouviu, pois Baal de fato não existia e não poderia portanto fazê-lo. O Deus bíblico se manifesta de modo real ao homem. Não é algo retórico, mítico, apenas teologicamente possível e plausível, mas fato, concreto, real , verdadeiro, histórico, mesmo anônimo em se tratando das múltiplas experiências individuais.

CONTINUA...

Por Helvécio S. Pereira

quarta-feira, 9 de junho de 2010

CRENTES TAMBÉM BRINCAM...DE CRENTES.

Pensei em escrever essa postagem há dois dias, talvez três... ou quatro? Bem, o fato, é que  no dia, quando estou no ônibus, andando, ou em algum lugar, sempre observo as pessoas, as coisas e penso acerca de Deus e como Ele nos vê. Não significa de modo algum que eu esteja em algum nível de "espiritualidade", qualquer, é apenas o básico que cada um de nós,penso deveria fazer com suas parcas horas de sobriedade durante toda a vida, tirando as outras quando estamos trabalhando, comendo, ocupados com outras necessidades básicas e fisiológicas, etc. O fato é que, opinião minha novamente, apreendemos pelo menos mais alguma coisa acerca de nós e de Deus. Sempre observo as coisas e lembro de um texto Bíblico, geralmente uma passagem inteira e não apenas um versículo, na maioria das vezes.

Sentado, na cadeira da frente, logo a seguir, com o ônibus cheio, entra um senhor negro, humilde, magro, de cabelos grisalhos e aparentemente com cerca de cinquenta  e poucos anos, senta-se no capô do ônibus ( onde fica o motor internamente ) e tira de uma sacola ou saco plástico uma miniatura de uma daquelas pick ups de duzentos e tantos mil e começa a observá-la e manipula-la enquanto conversa com um conhecido mais jovem.

Fiquei a pensar o quanto a realidade de ter um veículo daqueles estava distante dele. Não importa se era para um filho adolescente, uma criança, sobrinho ou neto...para eles estaria, normalmente distante...para mim está distante a não ser que passe a pensar só em dinheiro e tenha uma idéia tão original quanto a criação do Google nos próximos meses. E cá entre nós se de repente pudesse comprar uma hoje, provavelmente desistiria e gastaria em outra coisa que me desse maior prazer.

Ah! Essa é a palavra chave dessa postagem. Pensamentos vão, pensamentos vêm. Do brinquedo a brincadeira, ao ato de brincar, fantasiar, etc. Algo perfeitamente natural, tanto no desenvolvimento quando ainda somos crianças, quando mesmo depois de adultos. Há dentre os diversos temperamentos ( quatro na verdade - fiz uma palestra sobre o assunto em um dos meus serviços ) há um mais voltado ao prazer e outro aparentemente menos, o que seria mais sério, mais crítico,mais concentrado. Entretanto todos nós nos movemos nessa vida em torno do prazer, e somos até legitimamente levados a fazer coisas necessárias a nossa sobrevivência pelo instrumento do prazer. Alimentar-se algo essencial a vida, é o prazer que nos guia, senão nos esqueceríamos de nos alimentar.No que se refere à reprodução: só nos reproduzimos pois há uma série de elementos prazerosos legitimamente que nos encaminham e nos leva ao ato sexual final. Normalmente, ou melhor sempre, só fazemos , por nós mesmos coisas que nos dão prazer, das boas e salutares até as piores.

Daí a razão pelas quais, muitas vezes, fazemos coisas legítimas não serem tão legítimas assim em si mesmas. Incrivelmente um assassino mata por prazer, seja o prazer da raiva, o prazer no aniquilamento do outro, da suposta vitória sobre o oponente, etc. Da mesma maneira alguém que é crente canta um hino na igreja ( legitimamente eu repito ) pelo prazer que tal composição lhe causa e não pela verdade expressa na sua letra. e poderíaemos prosseguir em uma investigação tão longa quanto a eternidade, esmiuçando cada situação. Alguém é Papa por ter prazer em ser papa e por esse prazer, ainda que legítimo, se preparou , sonhou e aguardou a legítima oportunidade. assim pastor, músico, tradutor, etc.

É verdade que algumas coisas não fazemos prazeirosamente mas forçados pelas circunstâncias, como um trabalho sem opção, algo dentro de um trabalho prazeroso e criativo que naquele momento não seja prazeroso, etc. de uma forma ou de outra, o prazer nos move. Até essas linhas escritas nesse "post", o próprio blog, cada abordagem, essas mesmas reflexões, etc, podem ser motivadas por um prazer pessoal e para desastre, não passar disso.

Os vícios, as anomalias comportamentais, quaisquer que sejam, são movidas pelo prazer. Interessante é que no Éden, antes da queda, o prazer deveria ser o propulsor das ações do casal humano  e de todos os seus demais descendentes: as diretrizes, as ordenanças de Deus deveriam motivá-los a sujeitar a terra, comer de todas as ervas e frutos dadas a eles como mantimento e o prazer de ver, sentir e viver em um mundo perfeito e harmonioso ( aparentemente só o jardim, o resto do mundo se desenvolvia de forma natural ) e duas árvores prazerosas de se ver ( boas a vista ): a da vida e a do conhecimento do bem e do mal.

Duas fontes diferentes de prazer, só que somente uma delas traria resultados reais: a da vida! Notem que o homem não foi criado imortal mas viveria indefinidamente somente se comesse constantemente da árvore da vida, a qual estará presente no meio da  nova cidade santa: a Jerusalém  celestial. A outra árvore, igualmente boa de se ver, parecia e era fonte de prazer, o conhecimento do bem e do mal. Hoje todos nós provamos desse prazer. Sentimos prazer ao praguejar, na raiva, etc. Se nos julgarmos com razão sentiremos prazer em matar um inimigo o qual desperte ódio e que nos seja justa e claramente repulsivo. Podemos igualmente perdoar prazer. Pode parecer estranho mas se o prazer for causa e não consequência, a ação pode ser ilegítima.  

Jesus nos ordenou amar os inimigos antes mesmo de termos as nossas mentes culturalmente treinadas para tal. Não é um ato a partir de um sentimento, mas uma ação em decorrência da obediência a Sua pessoa. devemos amar ao nosso Deus sobre todas as coisas, mesmo que não haja vinte e quatro horas por dia um sentimento desse tipo perceptível em nossos corações.

Voltando a pequena pickup...a capacidade de virtualizar, tomando por empréstimo um neologismo atual, uma determinada situação, faz com que muitas das vezes, na maioria mesmo nos encontramos fazendo coisas, não pelo que deveria ser a causa legítima de nossas ações, mas como analogia ao processo do brincar infantil, "brincamos" de muitas coisas transformando atos legítimos em ilegítimos.Por que defendemos tais ideias?  por que gostamos de tal hino? por que gostamos de tal tipo  reunião, de culto e não de outro? por que prefiro esses assuntos e não outros? por que preferiria que Deus fizesse as coisas desse jeito e não deste? por que ? por que?

Finalmente por que não sou perfeito e não fico de pé o tempo todo ( espiritualmente falando )? Por que sou suscetível - e sei que sou- a estímulos tão diversos- e muitas vezes legítimos? O que torna comum a quem já conhece a Deus, tanto o futuro de Israel e Batseba,falando do grande homem de Deus que foi Rei Davi? Para  David, Israel no plano de Deus, o seu lugar nos propósitos divinos, conhecer esses propósitos e lutar por eles era tão realmente prazeroso como uma jovem e bela mulher como Batseba. Ambos para um homem, mesmo conhecedor de Deus e que amava o criador eram legítimos e igualmente reais. Daí não basta negar a legitimidade do prazer. O prazer da segurança financeira, do dinheiro, da saúde, do lazer, do conhecimento, do sexo, da companhia e intimidade do cônjuge, do ter filhos, do ter amigos, etc. É mais do que legitimidade é ter a consciência de que se não temos motivação verdadeira ( não confunda com sincera que tem a ver com sentimento ) é infelizmente fácil sermos "brincadores" inclusive de algo legítimo que é ser crente... É como aquele caminhãozinho que parece e até nos remete ao real, mas não é.

Daí a falta de milagres. Milagres desafiam a aparência, desafiam a sequência  natural dos fatos, desafiam completamente a lógica. Milagres são. Milagres são opostamente "sérios", ilógicos. Já a brincadeira é lógica, parece  a verdade, parece que está acontecendo, mas de fato nada está acontecendo, apenas na imaginação de quem brinca. E enquanto se brinca a realidade não se manifesta, não pode ser apreendida.

Que o Senhor nos ajude. Que eu ou algum de nós aprendamos de fato a diferença entre uma coisa e outra.



Por Helvécio S. Pereira*

graduando em teologia, historiador de arte e pedagogo




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