Há um sentimento que pode não corresponder a realidade mas que de vez em quando constato na minha pessoal experiência ( o que não é exatamente um problema, não é uma imposição da minha percepção pessoal sobre a dos outros ) : que já foi mais fácil ser um simples e singelo crente evangélico a alguns anos atrás, ou décadas atrás.
Não que não houvesse escândalos, heresias, desvios, falta de autocrítica por parte de irmãos e lideranças em tantas situações, algo inevitável, como o próprio Senhor Jesus afirmara: é inevitável que escândalos venham...", mas como é difícil convidar alguém a crer no evangelho, via uma igreja, uma denominação, um pregador, um tipo de reunião e para piorar, até que tipo de Bíblia ler ou citar no momento de explicitar a fé no Evangelho.
Como parece fácil, em um país que se tem, se não total ( de fato a restrições não legais mas circunstanciais e essas talvez sejam as piores por serem mais sutis ) ao Evangelho e a Palavra de Deus novos e terríveis obstáculos e desvios, proporcionarem sempre a perda do foco no encontro com a verdade da Palavra de Deus e a possibilidade real e venturosa de prosseguir seguindo ao Senhor.
Meus irmãos Calvinistas ficam naturalmente bravos comigo, mas segundo o que leio na Bíblia, nenhum ser humano está, ou foi, predestinado a ser salvo, mesmo porque em linhas bem simples haveria um motivo para ser "escolhido" para ser salvo, e a própria palavra relacionada e traduzida por "escolher", "escolhido", etc, nas Escrituras, em uma de suas diferentes ocorrências na língua original denota "escolha cuidadosa", a mesma escolha feita ao determinar quem iria ou não a uma guerra. Uma escolha portanto meritória e não graciosa. Logo a predestinação descrita e mencionada na Bíblia, é sempre ministerial, para uma obra ou serviço e nunca para salvação. A predestinação em questão se refere primeiro a Israel como o Povo de Deus e em segundo lugar à Igreja como propriedade de Jesus Cristo. Nesse caso a Igreja foi predestinada, a uma obra, a um serviço, a um testemunho, a uma pregação. a igreja portanto não é um acidente, algo que surgira como consequência da morte de Jesus, mas algo previamente estabelecida na mente de Deus.
Como indivíduo não somos predestinados e nem eleitos, mas como igreja, unidos a ela sim. a igreja portanto é predestinada, assim como Israel como nação o foi e ainda ocupa um lugar nos propósitos de Deus. A salvação portanto é encontrada individualmente por quem tem ouvidos para ouvir, por quem embora nunca tenha visto os milagres feitos pelo Senhor, por ocasião de sua primeira vinda, creram e esses são realmente bem-aventurados. Os salvos, cada um deles, é como o homem que achando um grande tesouro perdido em um campo, em segredo e sabiamente, vendeu tido o que tinha e comprando o terreno se tornou dono do tesouro. A salvação portanto depende de algo pessoal, individual e único que é inclinar-se para as coisas de Deus, amar a luz ao vislumbrá-la pela primeira vez, e perseverar em segui-la até o último dia de sua vida.
É isso exatamente que a Bíblia diz e não há motivo para, em nome de agradar uma determinada teologia ou tendência teológica "facilitar" as coisas. Seria ótimo ser predestinado e nunca mais ter que se preocupar em ser fiel ou não. Mas não é isso que a Bíblia diz! Igrejas batistas reformadas são calvinistas e crêem na predestinação. Igrejas batistas não calvinistas, negam a predestinação mas rezam na sua confissão de fé que uma vez salvo salvo para sempre. Também estão erradas, não é isso que a Bíblia diz, desconfortadamente.
Mas e quanto a segurança da salvação? Então não estamos seguros sendo tão fracos diante das tentações e da natural tendência ao erro todos os dias... Deus da sua parte garante a nossa situação de salvos diante de Si mesmo. Temos a sua proteção, socorro, orientação, guarda absoluta, desde que o nosso coração não se distancie dEle. É essa a diferença.
Um calvinista e um arminiano embora expliquem a salvação por posições diferentes, são ambos salvos pela sua experiência de encontro reais e amor ao Senhor, e ponto final. Na eternidade nada perguntaremos como afirmára o próprio Senhor Jesus. Mas dar uma falsa segurança a quem ouve o Evangelho não é honesto e coloca não poucas pessoas em perigo. Se temos percepção da verdade devemos dizer a elas a verdade das Escrituras. Importa agradar mais a Deus que aos homens.
Igrejas diferentes, lideranças diferentes estão certas e erradas sobre várias coisas, algo absolutamente normal, algo resolvido se seguirmos a Jesus Cristo antes de seguirmos aos homens nossos iguais e irmãos no lugar do Senhorio de Deus e da revelação da Sua Palavra. Poderia dar inúmeros exemplos de contradições e acertos. Tentarei aleatoriamente dar alguns: irmãos reformados defendem objetivamente a inerrância das Escrituras contra toda relatividade atribuída a seus registros, esses irmãos estão inteiramente corretos! Os pentecostais defendem que Deus opera ( deseja e está ativo ) a partir da fe dos que crêem em Sua Palavra, a Bíblia Sagrada, como nos tempos apostólicos ( livro de Atos e NT ), e esses irmãos também estão certos, corretos! Torçam os narizes que quiser e não concordar com essa declaração de fé. A despeito de muito ruído em torno da "teologia da prosperidade", a favor e contra, antes dessa polêmica, a Bíblia já revela que o Deus da Bíblia é quem exalta, enriquece, prospera, etc.
Se algum pastor oculta essa possibilidade aos pobres de sua congregação age no mínimo de má fé ou demonstra incredulidade na Bíblia que tem nas mãos. Aliás o homem que foi durante muito tempo o mais rico do mundo, com fortuna três vezes maior que a de Bill Gates, era calvinista e se enriqueceu em apenas seis anos! Aliás antes da "teologia da prosperidade" combatida por tradicionais e calvinistas, o calvinismo representou uma fé possibilitadora de riqueza numa fomentação de uma ética protestante que sem ela não vingaria no capitalismo. Mas isso tudo é outra história.
O que importa é que se alguém é levado a parar, repensar a sua existência, dar ouvidos a Palavra de Deus, decidir a crer nela e principalmente no Deus criador de todas as coisas, arrependendo-se de seus pecados, entregando a sua vida para ser conduzida, vivendo agora não para si mesmo mas como propriedade legítima dAquele que nos fez e a todas as demais coisas, aguardando no seu coração, um encontro com o Seu Senhor e único suficiente Salvador Jesus Cristo, ou antes dentro de sua geração, a Sua volta eminente e revolucionária na história do mundo e da humanidade.
Do outro lado estão todos que com base em motivos pessoais, isolados ou não, rejeitam peremptoriamente a Bíblia como a Palavra de Deus, a Jesus Cristo como Deus conosco, Salvador e Senhor, ou que crendo relutam em deixar os seus pecados, induzindo outros a erros maiores, e perpetuando uma religião cristã, com teologia, liturgia, comunidade, sem novo-nascimento e sem conhecer de fato ao Senhor Jesus Cristo.
A esses, e não pelo fato de ter ou não expulsado demônios e curado pessoas ( o centro da declaração não são essas ações em particular ) Jesus declara para que se apartem dEle ( Jesus ) pois jamais os conhecera, ou seja nunca se encontraram com Jesus e com Ele nunca se relacionaram. O texto usado erradamente como pretexto para não se fazer curas ou expulsar demônios serve como alerta aqueles que nunca creram que não deveriam curar alguém, expulsar demônios e assim libertar alguém, mas que igualmente aos advertidos na passagem bíblica, jamais se relacionaram pessoal e verdadeiramente com o Senhor Jesus. Seu cristianismo foi posicional, simpático como confissão e teologicamente, mas nunca pessoal, real, relacional, apenas teórico como qualquer ideologia, filosofia, posição científica, etc.
Crer sem reservas na Bíblia e no que ela diz como a Palavra de Deus leva o leitor a conhecer Aquele de quem toda ela testifica e revela: Jesus Cristo, Deus e homem, o único nome dado nos céus e dentre os homens para que sejamos salvos. Esse constatação leva inevitavelmente ao arrependimento e do arrependimento a separação ( santidade ): somos do Senhor quer vivamos ou morramos, essa é a nossa segurança, e sim por essa perspectiva, não há perda da salvação por parte do crente.
Não por predestinação, ou por uma lógica resultante de algo fixo. Não nos perderemos porque O amamos e ele nos ama. Porque Ele é fiel, capaz, plenamente capaz de cuidar de nós em todas as circunstâncias e contra todos os elementos dificultadores. Poderíamos nos perder pela oposição do Diabo, de Satanás, do mundo e por nossas próprias limitações pessoais. Mas se com Ele temos comunhão somos guardados a cada dia e a cada dificuldade Ele mesmo está conosco, onde estivermos, por mais diversa sejam a cultura, a época, os desafios e as condições sociais e econômicas, na guerra ou na paz.
Não por predestinação, ou por uma lógica resultante de algo fixo. Não nos perderemos porque O amamos e ele nos ama. Porque Ele é fiel, capaz, plenamente capaz de cuidar de nós em todas as circunstâncias e contra todos os elementos dificultadores. Poderíamos nos perder pela oposição do Diabo, de Satanás, do mundo e por nossas próprias limitações pessoais. Mas se com Ele temos comunhão somos guardados a cada dia e a cada dificuldade Ele mesmo está conosco, onde estivermos, por mais diversa sejam a cultura, a época, os desafios e as condições sociais e econômicas, na guerra ou na paz.
Querido irmão não perca o foco. Não se deixe desviar ou passe a priorizar coisas que não são de fato prioritárias mesmo na vida cristã, na tradição evangélica como é o nosso caso. Não se escandaliza nem com grandes ou pequenas coisas. de fato nenhuma delas é de fato uma 'novidade", não se assuste e e nem se escandalize. Não somos chamados a defender nada que não seja o Nosso Senhor, nenhuma denominação, movimento, nem mesmo grandes nomes tidos como grandes homens de Deus. Limpe o panteon de sua mente, e preserve apenas o nome do Senhor Jesus. Todas as demais coisas tem o seu lugar mas não podem rivalizar nem de longe com a autoridade única do Senhor único de todos nós.
As igrejas, as diversas denominações, podem e de fato possibilitam, oportunizam que talvez eu e você tenhamos acesso a coisas que sozinhos não teríamos, somos afinal seres sociais, em que uns ajudam aos outros construindo conhecimento e oportunidades coletivamente. O templo de Jerusalém, o templo de Herodes estava destinado a destruição, mas Jesus ia lá, pregava lá, observava as pessoas, Ele o Senhor Jesus não destruiu o templo previamente com tudo o que ele, o templo significava. Da mesma forma as diversas denominações coexistem e tocam as suas vidas, onde a Palavra de Deus está sendo pregada, lembrando as pessoas que devem lê-la, que devem buscar urgentemente ao Senhor. Há os que vem e ouvem e bebem de graça da água da vida e aos que desprezam. Essa é a linha divisória ente os que crêem e os que não crêem.
Por Helvécio S. Pereira
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