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domingo, 11 de setembro de 2011

O PENSAMENTO, O FRUTO, E AS OBRAS

Há de fato, ainda que inconscientemente ignorado, um problema de compreensão relacionados aos três elementos apontados no título dessa reflexão. Começando pelo último deles, houve de fato uma importante conceituação e retirada das obras do errôneo lugar e da importância dada a elas no cenário da salvação humana. Ou seja: a salvação unicamente pela fé, intermediada e levada a cabo unicamente pelo Salvador Jesus Cristo é de uma importância sem igual, fato que promoveu a maior mudança no cristianismo recente ( embora date esse fato espiritual-histórico de mais de cinco séculos ).

Desse modo, amplo leque de cristãos e crentes entendem que a salvação se dá aparte das obras e portanto unicamente pela graça de Deus, sem nenhuma relação explícita ou implícita com as obras produzidas por quem quer que seja. Crer em Jesus Cristo como Deus e Filho de Deus é o suficiente para garantia da salvação, algo revelado, referendado pelas Escrituras, ou seja, reflete o que a Bíblia declara enfaticamente não poucas vezes.

O pensamento cristão consiste na toda reflexão acerca do cristianismo, da relação homem-Deus, da cosmovisão humana reconstruída e corrigida com base na compreensão ena experiência do crente enquanto ser humano frente a todos os desafios e experiências vividas nesse mundo. Normalmente encontrado nos muitos livros, canções, hinos, tratados, ideologias, filosofias, teologias oficiais e leigas, nas tradições, na arquitetura, na liturgia, nos costumes e em tudo mais que possa ser encontrado uma referência atitudinal ou religiosa de um cristão.

Enquanto a salvação, e claro a graça de Deus, seja algo tido como uma experiência pessoal e interna, o pensamento cristão é resultado de um recorrente exercício intelectual e mental que pode se debruçar sobre a própria experiência vivenciada, explicando-a ( aos outros e sobretudo a si mesmo ). Guardadas as devidas proporções pode modificar, negando ou valorizando certos aspectos da experiência vivenciada factualmente. Em outras palavras pode torná-la ( como compreensão e resultados ) melhor ou pior do que realmente foi. Isso significa na prática que refletida em livros cristãos ( ficcionais, romances, testemunhais, históricos e teológicos ) encontrada na prática e posicionamentos denominacionais e congregacionais ( da igreja local ), no modo de vida e nas interrelações humanas entre a própria membresia da igreja, pode traduzir a mais legítima forma de vida cristã ou algo deteriorado com o tempo. Dito de outro modo, após a conversão o crente tem diante de si o desafio de, na relação com os seus pares, se tornar melhor ou pior no decorrer da vida e da experiência cristã, isso baseado nas relações e experiências religiosas denomiancionais e da sua igreja local.

Dai podemos acertada e seguramente concluir que tanto o pensamento cristão e as obras não são manifestações tão espontâneas mas circunstanciais. Embora produzidos individualmente pode o pensamento cristão não afetar outras pessoas a não ser que seja registrado e difundido, e receba por parte de outros cristãos um assentimento e concordância,  e seja inclusive aceito como uma "certa verdade" a ser seguida. Trata-se de um fenômeno legítimo em toda a história do cristianismo. Li hoje mesmo em um blog de um querido irmão em Cristo ( O Kálamos ), um excelente comentário acerca das "Confissões de Santo Agostinho". Tais registros de Santo Agostinho, de São Tomas de Aquino, de João Calvino, de Arminius, de João e Carlos Wesley e de tantos inumeráveis cristãos de todas as épocas, abordando diferentes e até coincidentes pontos, refletem o pensamento cristão. Para bem ou para o mal, tecnicamente os fundadores de igrejas paraprotestantes ( igrejas que divergem em maior grau da chamada ortodoxia cristã mais importante como as Testemunhas de Jeová, Mórmons, Adventistas e tantos outros ) vistos de fora ( pelos não cristãos, refletem em certo grau os ideais e cosmovisão cristãs.

Isso explicaria a grande divergência acerca de comportamentos e leituras da realidade e em menor grau, embora ainda assim importantes, acerca das questões primordiais. Por exemplo: todos os cristãos, em tese, não negam a criação do mundo e do homem por parte de um único e eterno Deus, embora divirjam sobre questões importantes secundárias como a Trindade, por exemplo, ou sobre, também em menos casos sobre a divindade-humanidade de Cristo, sobre a existência do inferno, de como seja o céu, se há uma alma eterna ou não, se a alma é pré-existente ou não, se alma e espírito são a mesma coisa ou elementos concretamente diferentes, só para citar no momento. Essas inferências não deveriam afetar a salvação mas se supervalorizadas podem comprometer ao que de fato é mais importante para a salvação do indivíduo, na medida que se afastam e complometem ao que primordial nas Escrituras, como por exemplo, alguém que cria sinceramente em Cristo como Deus e Filho de Deus ( algo claramente revelado nas Escrituras ) a titulo de maior compreensão e explicitação, passa a detalhar tanto essa verdade que se desvia dela e passa a negá-la. 

Um dos casos públicos é a posição das Testemunhas de Jeová, que por simples oposição ao catolicismo romano e à compreensão ( que não é proprietária e particular da igreja católica romana mas escriturística ) da Trindade, passa na tentativa de explicação mais válida, afirmar que o diabo é Filho de Deus e que Jesus Cristo é um anjo, criado e um "deus " com "d" minúsculo. Mas há inúmeros outros de menor impacto na genuína fé cristã como a posição esposada por João Calvino e na predestinação compreendida como tal na ótica calvinista. A dupla eleição não afeta a fé do crente. Um calvinista renascido é tão ou mais crente que outro crente ( seja pentecostal, neopentecostal, etc. ) mesmo porque não é exatamente na diferença de posição que consiste a virtude da fé e genuína vida cristã. O problema, e é apenas uma opinião minha ( mas também não solitária, muitos outros crentes chegam a essa constatação ) é que afeta o evangelismo e muda o foco na pregação do evangelho. Ninguém é melhor crente por ser simpático do pentecostalaismo  por exemplo, ou do neopentecostalismo, valendo o que afirmei acerca do calvinismo e dos calvinistas. Logo a fonte de divergência no critianismo reside no pensamento cristão como exposto acima. Não é algo ilegítimo e nem antinatural, e até para isso a eterna Palavra de Deus tráz respostas, pelas quais o crente onde esteja, possa se relacionar da forma mais justa, que não redunde em tropeço e escândalo a seus irmãos na fé. 

Deixei de lado as considerações acerca dos frutos para agora por uma razão simples: ao contrário do pensamento cristão e das obras o fruto não depende do esforço pessoal do crente. Eles ( os frutos ) estarão lá, se manfestarão na vida do crente, ou não. A Bíblia diz claramente em muitas ocasiões ( e parto do pressuposto que você leia a sua Bíblia e esteja bastante familiarizado com seus textos por isso não relacionarei por ora os versos nos quais baseio essa opinião  ) para pensarmos nas coisas do alto, para que tudo o que bom e louvável ocupe os nossos pensamentos e que se na constatação de falta de sabedoria, a peçamos a Deus, etc. Sobre o que deve ser feito ou não, a Bíblia novamente é clara e insinsiva, como igreja, como discípulos e como pessoas individualmente. Entrtanto em relação aos frutos nos é dito que devemos simplesmente estarmos ligados a Ele , Jesus Cristo. Sem essa ligação pessoal e íntima, embora mantenhamos a produção e a reflexão do pensamento cristão  ( embora legítimo e útil quando esse pensamenteo reflete o que é nos revelado nas Escrituras e fiel a elas, a Bíblia Sagrada ) ou façamos coisas legítimas tidas como obras de um autêntico cristão e portanto crente ( como ir a igreja,  vestir-se, falar e estar em círculos cristãos ) os frutos genuínos de um crente não aparecerão na vida do crente. Portanto o fruto é consequência de uma factual, comunhão como Senhor. Quando ligados ao Senhor os frutos aparecem, surgem, quando distantes dEle, os frutos não se mostram presentes.

Eu posso ser educado e me esforçar para ser justo com as pessoas, refletindo em boa medida tanto o pensamento cristão ao qual eu me simpatizo, ao meu ideal e filosofia de vida, mas em uma situação mais contundente, reagirei como todos os demais seres humanos, sejam crentes ou não. O nível de amor, de perdão, de compreensão, de confiança, de superação, de justiça, serão no máximo do mesmo nível, e até inferior,  ao de qualquer outro ser humanos incluindo, não cristãos e porque não, ateus. Esse é o dilema que um cristão eventualmente enfrenta: o que crê é a verdade e razoavelmente muito superior a qualquer outra mensagem religiosa, mas na maioria das vezes, se for justa a comparação, esse mesmo cristão  ( ou crente ) não está acima de uma outra pessoa qualquer, comum, sem fé alguma as vezes, o que  aparentetemente descredencia a sua mensagem e testemunho ao mundo.

Não somos melhores do que as demais pessoas ( pelo menos nem sempre, nem na maioria das vezes ) e o que parece uma desculpa para não crerem na Palavra de Deus, consiste na mais clara realidade: somos pecadores, tão imperfeitos quanto os não crentes, não cristãos, quanto os que nem sequer acreditam que haja por possibildade real um Deus criador de todas as coisas e que se relacione, busque o homem na sua pequenês. Do mundo fomos sacados, tirados, pela fé no que ouvimos pela pregação da Palavra de Deus. Essa experiência nos diferenciou a princípio. E ela que nos distingue dos demais seres humanos. Experiência gratuitamente proclamada e aberta a todos, sejam grandes, pequenos, ricos ou pobres, cultos ou incultos, famosos ou anônimos, amados ou odiados, religiosos ou não religiosos, enfim a todos os seres humanos, independentemente de lugar, etinia ou condição social e temporal conforme João 3:16.

Acertamos e erramos em muitas áreas como todos os demais: no lar no trabalho, nos negócios, com filhos, cônjuge, colegas, com desconhecidos, necessitados, amigos, inimigos, etc. Embora desejável o Evangelho é verdadeiro e a verdade por si só, portanto independe até de nossa coerência e testemunho. Ninguém terá desculpa diante de Deus no dia do juízo, de não ter crido em Cristo, e dessa forma ser mais um salvo por causa do desempenho abaixo da média desejável, de nenhum cristão ou crente. Nos esforçamos sinceramente ( muitos  de nós ) e as vezes somos relápsos, simples, não nos damos conta de como as nossas atitudes afetam péssimamente a outros e a nosso testemunho. Nos julgamos e nos condenamos mutualmente e isso soa estranho a nós mesmos e muito mais aos que não são da mesma fé. Divergimos em estratégias e prioridades mas só acertamos quando em momentos de comunhão íntima com o Senhor produzimos os mesmos frutos.

Deus certamente tem em mente que possamos fazer a Sua obra, particularmente Jesus tinha ( e tem ) em mente, que faríamos obras iguais e maiores que as feita por Ele. Da mesma forma os frutos são desejados por Deus, e que sejam abudantes e efetivos em cada uma de nossas vidas, e que esse fato seja algo tão visível como uma cidade edificada sobre um monte. 

O segredo? Escolhermos a melhor parte e colocarmos os elementos na ordem certa:

FRUTOS, PENSAMENTOS E OBRAS finalmente.

Normalmente priorizamos as obras ou os pensamentos.Quantos se apressam ( e eu me incluo e me penitencio ) em fazer coisas ou em dizer coisas ainda que momentaneamente aparte do Senhor ( não quero dizer desviado, mas naquele momento, deveria se ver próximo ou não do Senhor ). Alguém pode achar ser esse exemplo simplório e até improvável para alguns crentes, mas eu considero real e objetivo: diante de um doente  terminal, não basta o ato de orar e um pensamento baseado em inúmeros bons livros cristãos, ou posição teológica, mas no nível de intimidade, de ligação com o próprio Senhor - "se estiverdes em mim e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis o que quiserdes e vos será feito..."

O segredo da vida de Abraão foi o nível de intimidade com Deus, igualmente a vida de Pedro e de Paulo, cuja sombra curava as pessoas. Que essa breve refexão possa ajudar-nos a colocarmos as coisas prioritariamente nos seus devidos  lugares na  nossa experiência cristã, para que possamos dar muito fruto e e o nosso fruto permaneça. Amém.

Por Helvécio S. Pereira

quarta-feira, 9 de março de 2011

O QUE É SER E O QUE NÃO É SER CRISTÃO?

Penso ter adquirido com o decorrer dos anos muitos ( ou não poucos ) pequenos maus hábitos. Em contrapartida um bom hábito tem sido mais presente a cada dia: meditar nas coisas de Deus. Quando acordo, nos ônibus, em vários momentos ociosos do dia, em vez de gastar tempo e pensamentos com outras bobagens, medito nas coisas de Deus e na Sua Palavra.

Hoje não foi diferente. Acordei e permaneci na cama e ocupei a mente não sei por meia hora, ou mais ou menos, em dois temas. Sobre um deles discorro agora. Vale lembrar que meditar na Palavra de Deus além de ser um mandamento bíblico claro e vigente com benção em pelo menos dois grandes momentos, é radicalmente diferente de ir a uma reunião congregacional, ler a própria Escritura ou mesmo estudá-la de forma organizada e acadêmica. As duas últimas coisas podem ser prática e motivo de ostentação por muitos até pelo seu caráter visível e facilmente reconhecido. A meditação na Palavra de Deus é íntima, pessoal e portanto algo privado, cuja prática não é visível as demais pessoas ( e nem precisa ).

Bem inicialmente vai um esclarecimento concernente ao termo cristão. Se quiser recorrer aos dicionários mais recomendáveis da língua portuguesa, ou não somente, por se tratar de um termo universal usado por não cristãos para se referirem aos mesmos em regiões do mundo em que essa "diferença" religiosa é de certa forma importante nas relações de paz e de guerra. Cristão portanto é um diminutivo mais do que um adjetivo ou substantivo. "Cristão" portanto é um em sua idéia, um "cristo" menor, um semelhante mas menor, um que aponta para o original e até o substitui.

No inconsciente coletivo de um país cuja população seja cristianizada pelo registro histórico de Jesus histórico, como o Brasil, algo natural e necessário e até legítimo um cristão é uma pessoa mais ou menos franciscana ( sem aquela calvice artificial ridícula ), um Chico Xavier falando de forma quase inaudível com gestos delicados e contidos. Talvez um pudico muçulmano cujas vestes escondem regiões que podem gerar pecados como braços e pernas com pelos, colo ( peito ) igualmente peludos e suados ), bícepes fortes e tatuados. No caso das mulheres, voluptuosos seios dados graciosamente pelo criador, coxas bem delineadas, quadris e nádegas impossíveis de serem ignoradas. É mais fácil portanto ser "cristão" ou "cristã" o quanto mais feio e feia se for, mais discreto no meio da multidão, mais sem voz em uma conversa e mais assexuado.

As pessoas não dizem isso, mas no catolicismo romano, padres foram com o tempo se tornando cada vez mais ridículamente efeminados ( não todos e nem a maioria ), os papas, por tradição do posto sempre com atitudes públicas e movimentos corporais ensaiados e tradicionalmente padronizados. As mulheres ainda que freiras jovens e com perceptível graça feminina ( lindas mesmo ) apresentam uma aparência entre infantil e assexuada conforme cada caso, evoluindo coma idade para velhas senhoras solteironas. É claro que isso é uma caricatura pra dar a devida ênfase e criar uma figura do que é o disparate de nosso conceito do que para nós se concebe como  "cristãos". Não se trata de nada contra pessoas que por sua história foram ou são padres e freiras exatamente e pelo serviço social, seja na área da educação, saúde que muitos prestaram e prestam à toda a sociedade. Eu sei o que estou falando. Aos católicos sugiro que leiam a postagem até o fim.

No setor mais secularizado da igreja cristã ( graças a Deus ), a igreja evangélica, seja reformada, histórica, carismática, pentecostal, neopentecostal, paraprotestante, onde na medida do possível, das mudanças e adaptações culturais, homens e mulheres se portam como cidadãos mais ou menos normais, se vestem com roupas compradas nas lojas e que são vendidas a toda a população do país onde vivem, o resguardo digamos sensual e erótico é o limite. Dados sobre a mediação das roupas é ignorado na maior parte das vezes pois temos uma educação geral que é ignorante e limitada a todos os níveis. Temos portanto doutores em muitas áreas ignorantes acerca de coisas simples, mesmo porque "mestrado", "doutorado", "pós-doutorado" são especializações nada mais e nada mesmo que isso.

No nosso sistema educacional "mestre" e "doutor" ( exceptuando-se médicos e advogados ) são sujeitos especializados em um tipo de calo do dedo mindinho, do pé esquerdo de pés tortos, o que os torna ignorantes acerca de qualquer assunto fora disso. Vale para pastores com especialização em "cartas paulinas", "administração eclesiástica" e qualquer outra coisa que faculdades teológicas, a exemplo de instituições educacionais seculares, fazem para vender um novo produto no mercado da educação e assim mais do que dar formação, auferir  mais lucros. Tolo quem se fia nisso e faz disso objeto de ostentação ou pior de legitimação cristã.

Voltando ao assunto: a gravata é um símbolo fálico, um pênis ( do latim cauda, rabo, mas ninguém pensa nisso ). Aí temos exibidos com orgulho "pênis" de todos os tipos: com bolinhas, listrados, coloridos, pretos, vermelhos ( !? ) e todos curiosamente  no tamanho que, se os tivéssemos naturalmente, sinceramente nos orgulharíamos ( não estou combatendo a gravata, afinal não é só ela que é fálica em nossas nossas roupas, e se as pessoas não sabem dos todos os detalhes não fazem nenhuma  diferença. Estou sendo didático apenas )

Notem que no conceito e nas normas de algumas igrejas, e por tradição legítima ou exageradamente imposta, ou ainda ridículamente concebida, o comportamento e a exteriorização de um cristianismo passa por coisas artificiais e em nada relacionadas com o conceito da palavra "cristão". Cabelos cortados na moda, pelo mesmo em alguma moda mais aceita, barba feita, etc, etc, ao invés das medievais vestes e  acessórios dos religiosos católicos romanos não nos torna ( e nem a eles ) mais cristãos se realmente não somos. Seria extenso demais percorrermos toda a história religiosa ocidental cristã e tecermos outras cômicas comparações para simplesmente demonstrar por "A" mais "B" que não é o exterior que nos faz cristãos, mas afinal o que é que nos torna cristãos, que transmite às demais pessoas, que somos "cristãos"?

Gostaria de expressar a opinião que cristão é atemporal, ou seja, um cristão do século um e um cristão do século vinte e um são cristãos por terem as mesmas características e não por suas peculariedades temporais e geográficas. Ou seja ser cristão é espiritual e não material, é um vínculo invisível e não exatamente visível no sentido de ser materialmente construído, daí o fato de não poder ser "pirateado", reproduzido com o fim de parecer e poder ser igual. Daí o fato de que mesmo que não pareça ser cristão ( exteriormente ) possa sê-lo, afinal Cristo não parecia ser o Cristo, pois "não  havia nEle nenhuma aparência para que o desejássemos".

É evidentemente que pretensos cristãos sempre tiveram um certo medo de não serem tidos como depravados e até hipócritas eram as vezes cuidadosos em por trás de seus atos obscenos e pecaminosos deixarem-se ostentar uma certa pureza e seriedade. Hoje entretanto na igreja evangélica secularizada ( em certo sentido é bom ao compensar o exagero dos passado ) comete-se frequentemente outros erros que chegam a ser cômicos; homens usam perfumes fabricados pela indústria capazes de causar excitação na mulher mais pudica e mulheres usam roupas tão sensuais que as transformam em modelos, ou ostentam colos, seios, joelhos, pés, mãos e tudo o mais que qualquer homem com taxa hormonal próxima da normal terá a sensação de pescoço grosso sem muito esforço até mesmo dentro da igreja. É claro que no trato com as mulheres a culpa não é exatamente delas, senão não teríamos jamais homens enfermeiros, ginecologistas, etc. Ver a mulher sem reduzí-la a um ser sexual ( pior objeto, órgão sexual, com braços e pernas em volta ) é questão de fato, de educação antes de tudo, que só as roupas por si, de um modo ou de outro não resolvem, apenas reduzem artificial e superficialmente o problema.

Mas vamos ao objeto dessa postagem após essa longa introdução: se ser cristão é ser um cristo menor, um semelhante, temos que ser "cristão" é ser como Ele, fazer o que Ele faria nas mesmas situações e representar  o que Ele, o Senhor Jesus representaria em um encontro com uma pessoa, um ser humano sem salvação e com uma necessidade espiritual e material premente. O que Ele, Jesus fazia, quando andando entre nós?

Ensinava com autoridade. Que autoridade? os sinais acompanhavam os seus ensinos. O Senhor Jesus não era apenas teórico, a cada ensino era apresentada a ação correspondente. Ensinou o perdão e perdôou. Ao descrever o quadro espiritual da maldade ( Satanás, demônios, possessão demoníaca, enfermidades, etc. ) as fazia manifestar diante dos seus espectadores e os expulsava. Várias vezes conversou e permitiu demônios se manifestarem. Portanto não necessariamente na ordem em que exponho nesse "post", mas ENSINAR COM AUTORIDADE acerca das coisas de Deus, é uma elemento exterior do que designaríamos "cristão". Ser teórico, metafísico, acadêmico, todos os demais religiosos o são e muito mais do que os cristãos. Todos declaram coisas "espirituais" sem contudo poder prová-las. O cristão ao contrário, não só pode, mas deve. "Esses sinais seguirão aos que crêem" declarou os Senhor Jesus.

Hoje temos cristãos que afirmam sê-lo com base na sua confissão denominacional, eclesial, reconhecida pelos seus pares. Sou "cristão", "evangélico", "reformado", "calvinista", "arminiano", "anglicano", "luterano", "pentecostal", "batista" se meus pares o reconhecerem em mim. Em nenhum momento  o reconhecimento divino é decisivo prioritariamente em nenhuma dessas  situações. Por ocasião da conversão de Saulo, o Senhor Jesus o enviou a certo homem para que esse o curasse da cegueira advinda daquela gloriosa experiência, não a um concílio, a um colegiado, mesmo porque a igreja não tinha ainda constituído essa complexidade organizacional, embora legítima, artificial. "As minhas ovelhas ouvem a minha voz", afirmara o Senhor Jesus. Há algo de invisível entre Ele e os Seus, quase secreto, individualmente relacional. Essa parece ser a questão.

É claro que  há coisas legítimas como os modelos de governo na igreja moderna, mas uma coisa não substitui a outra. A autoridade do cristão vem dEle Jesus, ao qual afirmara: "Todo poder é me dado nos céus e na terra" e não de outro organismo ou pessoa. Por esse aspecto é legítimo a todo crente romper com a denominação, com os seus pares, com qualquer um que se interponha entre a autoridade do seu legítimo Senhor e si mesmo. Não é a sua denominação que lhe dá autoridade para ensinar a sã doutrina nem contra os demônios e doenças, mas o Senhor Jesus únicamente. Talvez nunca tenha expulsado um demônio e nem curado um enfermo ( há denominações e partidários de determinadas teologias que nem crêem nem em uma nem em outra coisa ) pois nenhuma denominação cristã pode lhe conferir isso.

Não é estranho ver que algumas igrejas pastores nem tentem fazê-lo e para tal se justificam, não bíblicamente, mas teológicamente baseados no que suas denominações, seus pares, seus superiores, que pagam seus salários e lhes bancam a relativa vida cômoda, financiando seus estudos e titulações acadêmicas e até ( pasmem! ) proporcionado-lhes descontos em lojas de auto peças para seus automóveis, concedidos às suas igrejas e denominações. Nenhuma doença sairá do corpo de alguém sob suas ordens nem ao menos uma reles caspa. Os demônios nem se coçarão, até ouvirão a sua "pregação" sem nenhuma autoridade.


Ser cristão não é muitas vezes ser "politicamente correto", trocar elogios e tapinhas nas costas, ou seja nunca dizer a verdade bíblica sob o risco de ser tido como estranho, ultrapassado, inflexível, insensível e de difícil relacionamento. Todos os livros religiosos foram concebidos humanamente e claramente se vêem neles uma preocupação abrangente, ou seja: isso deve se encaixar nisso e naquilo. Livros espíritas, especialmente kadercistas ( eu já fui kadercista ) frequentemente se socorrem de terminologia artificial para dar proximidade ao discurso "científico". Outros livros de outras religiões se socorrem de provérbios com rítmo poético de fácil memorização e apelo emocionais e assim por diante em tantas religiões concebidas humanamente.  A Bíblia é curta e grossa. A Bíblia nos escandaliza. Mesmo no cristanismo não poucas igrejas elegem determinados textos e fogem, omitem, ignoram outras muitas e tantas passagens. 

Eu e mais um outro irmão, O Jorge Isha do Kálamos, divergimos em muitos detalhes, mas concordamos em um acima de todos os demais: a Bíblia é toda ela a Palavra de Deus, gostemos ou não, entendamos ou não, harmonize-se com a nossa compreensão ou não e ponto final. Quando Jesus deixou de dizer algo para não desagradar alguém, abstendo-se de dizer a verdade? Quando altercou entre elogios a sua posição e elogios a posição de alguém? Como é patético o papa, como autoridade máxima da ICAR, vários padres e bispos católicos e pastores anglicanos, luteranos e presbiterianos, serem tão cuidadosos diante da imprensa, de governos, da sociedade, das suas próprias igrejas em nome da verdade.

No caso do arraial cristão evangélico a submissão ao pensamento de honoráveis ( pois tiveram o seu valor ) defuntos cristãos como Lutero, Calvino, os patrísticos ( pais da igreja importantes na organização da teologia cristã )  chega a ser patético. Os seus pensamentos e interpretações estão acima das próprias Escrituras em cuja defesa deram em certa medida as suas próprias vidas. Negam ou afirmam  coisas se somente estiverem alinhadas com uma das interpretações majoritariamente aceitas por grupos organizados de seguidores.

Pensa-se no que se vai falar, no que é mais conveniente e desse modo fica-se desautorizado espiritualmente em se falar algo  em nome de Deus. Deus não pode honrar o que digo temendo o homem e suas opiniões. Milagres não podem ocorrer jamais por intermédio de ministros religiosos com essa postura. Embora se autodenominem cristãos não o são de fato e em realidade, pelo menos diante dos homens. Notemos: não é que não sejam crentes, não são "pequenos cristos" com autoridade e poder de ação de testemunhas de Jesus.

As Escrituras nos dizem que teríamos a "mente de Cristo" significando que teríamos ou deveríamos ter a compreensão das coisas como Ele tem. Desnecessário dizer que isso não coresponde a realidade. Mas como é a Escritura, ou são as Escrituras levianas e mentirosas nesse aspecto? Será que a despeito da educação escolar ,nível social, cultura e tudo o mais saberíamos como por mágica as mesmas coisas? Não, claro que não, mas no que concerne as coisas e situações imediatas teríamos a mesma iluminação. Por exemplo, com relação a legitimação das nem tão novas práticas sexuais e "opções de gênero" todos teríamos a mesma compreensão espiritual, sobre o poder transformador do evangelho, ao invés disso divergimos, convocamos concílios, associações das igrejas tal, representantes disso e daquilo, para nós mesmos decidirmos por maioria qual é a legítima verdade a ser aceita... Agimos como cegos,sem a capacidade de percepção da realidade do ponto de vista divino.

Um "cristão" autêntico têm a percepção espiritual única acerca de algo que seja de Deus ou que não seja de Deus. Simples assim. Não há dúvida sobre o que seja pecado, o que seja acessório, o que seja primordial, etc. O tal cristão verdadeiro crê no relato do Édem sem reservas "teológicas" pois Jesus se referiu ao Édem , a Adão e a Eva, ao dilúvio, etc. Sendo culto ou simples, as Escrituras asseguram que o cristão verdadeiro percebe a realidade com os olhos de Deus e sabe o que fazer acerca dela, não divaga ou consulta os seus pares teológicos. Ele ( O Espírito Santo ) vos guiará em todas as coisas e lhes ensinará (!!). Trata-se de uma idealização? Não, de modo algum, ele até lhes ensinaria a orar e a dizer o que deveria ser dito frente a todos os seus opositores mesmos diante da morte.

Por isso não sou denomiacionista. Não acredito na aprovação e na reprovação de uma denominação visível, pois Deus conhece os verdadeiros cristãos ( não crentes ) e os que vivem como tal com autoridade no mundo espiritual e interferindo no material. Não se pode fabricar um cristão. Não é possível se ter um cristão "pirata", trata-se de uma obra única de Deus, não passível de ser copiada. Crentes todos são convidados a crer porém a vivenciar uma experiência extraordinariamente cristã é outra coisa, útil no Reino, destruindo as obras do diabo no mundo e nas vidas individuais das pessoas. Sendo uma luz sobre o monte, realmente o sal da terra. E se algum de nós não alcança esse nível, a culpa não é da denominação, do líder de determinada igreja, do mundo enfim, pois temos as Escrituras, a mesma e podedrosa Palavra de Deus e com Ele podemos nos relacionar e em amor desejarmos ardetemente ou não sermos o melhor para o nosso Deus.

Visibilidade, referência. Embora as Escrituras deixarem claro que em Jesus não  havia "nenhuma aparência ou formosura" de modo que "o desejássemos", João o apóstolo nos diz que vimos a "Sua glória como a de um unigênito de Deus". Um cristão é um zero a esquerda pela sua não conformidade como mundo mas uma referência naquilo que o mundo não pode dar. Ou seja quando se trata de coisas que o mundo não pode descrever, articular, compreender aí, justamente aí entram o testemunho e a visibilidade do cristão. Olhando para Jesus era alguém absolutamente comum, mas quando começava a ensinar descrevia realidades não tocadas por nenhum outro e fazia coisas inimagináveis nas mesmas situações. O cristão não compete com o mundo, com a ciência, com a comunidade acadêmica, com demais teologias, ele traz uma realidade desconhecida e revelada, portanto incomparável por sua própria natureza.

Finalmente, li recentemente uma opinião e uma referência mais uma vez, e uma crítica digamos observadora e razoável, contra um líder de uma denominação recorrente em incoerências relacionadas à pressuposta fé cristã e históricamente protestante. Não é que não tenha base lógica de ser feita, não é isso. A fixação, na minha opinião desnecessária desse irmão pastor em acompanhar as notícias, repercutí-las e combatê-las é que, na minha opinião, pelo viés dessa abordagem desnecessária. O cristianismo não é denominacional é demonstração de poder, não é retórico e fundamentado em um líder humano. O erro é tentar-se projetar um modelo de cristão ideal, aceitável do ponto de vista humano. Os verdadeiros cristãos ( pelas características alinhadas nessa postagem ) não tem o seu testemunho arranhado por nenhum detalhe ainda que legítimo repercutido via mídia contemporânea ou via fofoca de boca em boca.

Ninguém duvida de Deus ou da autoridade de Sua Palavra ao ser curado, transformado, perdoado, tocado, liberto. E ainda que o mundo vire de pernas para o ar, os assim tocados e alcançados permanecerão fiéis e amando ao Senhor Jesus, saberão da verdade da mensagem que os alcançou e prosseguirão em dar frutos e muitos se tornarão cristãos conforme as características aqui alinhadas. O cristão na concepção bíblica não é desse mundo, não por força da retórica, mas de fato. A sua presença espanca as trevas, modifica o espaço a sua volta, provoca divisão pois as trevas se manifestam e tentam contê-lo, afastá-lo, combatê-lo. O cristão nominal não incomoda ninguém, é aceito, deixado no seu nincho, pois a despeito de sua existência o mundo prossegue em seu caminho. É apenas esquisito, excêntrico, como qualquer outro religioso, merece ser habitante de de um "zoo" religioso, onde cada um tem seu altar garantido na ampla e criativa diversidade. O cristão verdadeiro está descrito no último capítulo do Evangelho de Marcos nas palavras do próprio Senhor Jesus, nem mais nem menos, não de acordo com as nossas conveniências teológicas.

Que o Senhor nos ajude!

Por Helvécio S. Pereira

SE ACHOU IMPORTANTE E VÁLIDA ESSA REFLEXÃO, ESPALHE-A ENTRE OS CONHECIDOS CRISTÃOS, DISCUTA-A NAS REUNIÕES E ENCONTROS COM OUTROS CRENTES.

domingo, 30 de janeiro de 2011

TESTEMUNHO DE VICTORINO SILVA. CONTRA FATOS NENHUM ARGUMENTO






Eu o conheci pessoalmente há cerca de trinta ou mais anos. O vi e o ouvi cantando entre outras canções maravilhosas a Deus, "A imagem de Deus", um hino inigualável, que se você nunca ouviu e não conhece deve ouvir. É uma daquelas canções, hinos que nunca foram feitos, compostos para atender o mercado, para serem "música de trabalho", líder de vendas, etc. É como "Amazing Grace", única, preciosa, envolvente, tocante e poderosa. Ai do teólogo que quiser "matar" uma canção ou um huno desses com a sua fria posição doutrinária fechada...  Pobre do teólogo... não se deixa tocar pela emoção e pela poesia de um hino. Primeiro o desceca, e morto para ele já não mais emociona. E coitados dos que com ele estiverem do lado e se deixarem contaminar por seu azedume. Devem haver ( e há ) exceções mas teólogo não expulsa demônios, não ora pelos enfermos, não fala em línguas estranhas, não se dá a ouvir profecias, nem se a ele forem claramente direcionadas. 

Teólogos procuram apenas "porquês", "comos", "ses". Teólogos não conseguem, porque se permitiram "não serem como crianças". Afinal a sua razão é fruto de "amadurecimento", "longo e árduo percurso acadêmico", "reconhecimento dos pares", supremacia sobre os outros. É o que vê a terra prometida  mais não entra. Ele mesmo não entra e não deixa os demais entrarem nos céus. Se faz de si um excêntrico e perde o melhor da vida. Sou contra o conhecimento? Não, pelo contrário a favor da sabedoria, que é outra coisa. Victorino Silva, pode não ser o maior tenor do mundo, nem mesmo gospel, mas a sua voz é de uma qualidade única, beleza e extensão admiráveis. Se fosse italiano seria certamente um dos maiores do mundo. Na entrevista conhecemos um pouco das suas opiniões. Todos as temos e muitas vezes contrárias umas as outras. Opiniões são opiniões e como tal, seja como forem, mesmo opostas as nossas nos levam a considerar os exageros que todos somos passíveis de cometer. E aí podemos aprender muito, fazer avaliações, rever ações e prioridades.

Por Helvécio S. Pereira








TESTEMUNHO DE CONVERSÃO

 Ele nos tirou da potestade das trevas e nos transportou para o Reino do Filho do seu amor”. Cl 1:13

Eu aceitei a Jesus no ano de 1959. Nasci numa família muito pobre. Meu pai nos ensinou a respeitar e tratar bem o próximo. Ele não era um homem de grandes estudos, mas de uma vivência muito profunda e isso me ajudou a ser o que eu sou hoje. Eu tive uma base moral e espiritual para ser o que sou hoje. Fui crescendo e, como sempre, há um abalo na vida do homem. Isso é comum no transcorre dos anos. Perdi minha mãe e perdi também o meu pai. Não alcancei o objetivo que eu tinha que era construir uma casa e colocar meu pai numa cadeira de balanço. Estou dizendo o que eu nunca falei pra ninguém.

Eu sou o único da família Silva que tenho um defeito físico no braço. Éramos dezenove irmãos, agora somos eu e minha irmã, que mora comigo. Eu fui o único que foi desacreditado, não menosprezado. Criei-me procurando um espaço, porque o mundo é tão grande, mas não há espaço pra você. Procurei me adaptar ao sistema, mas não me adaptei.

Às vezes estava em alguma fila enorme e ouvia alguém zombar de mim: “ora, está tão difícil conseguir emprego para quem tem dois braços, imaginem para quem tem só um”. Essas coisas me desesperavam. Por causa dessa discriminação e por não conseguir o meu emprego, me enveredei no mundo do crime.

Roubei, fumei, me prostituí. Eu tomei conta de boca de fumo. Acabei de ser criado naquele ambiente. Nunca fui preso porque Deus realmente teve misericórdia de mim.

Numa ocasião eu estava realmente abalado. Fui ao médico e ele detectou que eu tinha câncer nos pulmões. Eu não podia falar perto de ninguém. Eu tinha um hálito putrefeito. Quando me levantava, eu caía, porque estava tonto. Nessa época eu tinha conjunto e fazia shows. Cantava na Rádio Nacional e conhecia diversos artistas. Uns já morreram, outros estão vivos como a Marlene. Fiz uma chapa dos pulmões e constatou-se um câncer envolvendo uma tuberculose. O diagnóstico dizia que não havia mais espaço no meu pulmão direito. Ele estava tomado e já estava passando para o esquerdo. O médico me disse: “você vai morrer, não tem mais jeito”. Nessa época eu não era crente, mas fechei os olhos e pensei: “acabou a vida para mim”.


Eu já era um homem inclinado para o crime, então concluí: “vou fazer o que realmente sempre tive vontade de fazer”. Liderei boca de fumo, fui “leão de chácara”, freqüentei Cabaré de Bandido lá na Mangueira – Rj. Numa manhã, eu me levantei e arquitetei um plano diabólico: “eu vou sair e vou matar o primeiro que conversar comigo, o que me cumprimentar eu mato. Depois vou me suicidar”. “Todas as coisas são feitas de acordo com o plano e com a decisão de Deus. De acordo com a sua vontade e com aquilo que ele havia resolvido desde o princípio”. Ef 1:11 Quando saí da casa de estuque que eu morava, feita de estrume de vaca seco, que eu mesmo construí, não encontrei ninguém. Nenhuma pessoa passou pelo meu caminho. Então ouvi um barulho numa casa, passei no portão. Lá dentro se ouvia: “glória a Deus, aleluia”. Parei e coloquei o pé no degrau. Comecei a me lembrar que eu servia a um ser tremendo e dantesco. Porque eu fui Ogan Kalofé, eu bati tambor, eu tinha camisa amarela, vermelha, preta, azul, rosa. Procurei por Deus a minha vida inteira. Procurei na bebida, no fumo, cheirando “loló”, prostituindo, nos cabarés, no espiritismo. Vivi a minha vida toda em busca da verdade. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente, sereis livres. Jo 8:36 Quando parei na porta daquela casa, ouvi uma língua que eu não entendia. Então pensei: “que barulho é esse?” Então saiu lá de dentro uma senhora e me disse: “você quer entrar”.


Era um culto devocional e só estavam na casa ela e o marido dela. Quando eu ia entrando, ouvi uma voz: “sai daí rapaz, aí não é o seu lugar”. Essa foi a última cartada do inimigo da minha alma. Quando eu ia saindo, a senhora insistiu para eu entrar. Naquele dia, no ano de 1959 (aos 19 anos de idade), aceitei a Jesus como meu Salvador, e até hoje. Minha vida mudou radicalmente. Eu achei aquilo que eu buscava desesperadamente. O irmão colocou as mãos sobre mim e orou em nome de Jesus, eu senti um calor, uma coisa estranha, como se milhões de seres que estavam amassando o meu corpo, foram embora. Eu senti que estava recuperando o ser chamado Victorino. 


Contei para o irmão o meu problema e ele disse: “você crê que Jesus pode te curar?”. Eu disse: “creio no poder de Deus”. “Se creres, verás a glória de Deus”. Jo 11:40 Quando cheguei à minha casa joguei todo o medicamento fora. Eu não podia passar um minuto sem medicamento.

Joguei tudo fora e estou sem os remédios até hoje (2006). O médico me disse: “você vai morrer”. Eu costumo dizer que o médico acertou, porque eu morri mesmo. Morri para o mundo, pois a Bíblia nos diz “eu não vivo mais, Cristo vive em mim”. Deus tem segredos enormes comigo. Tem pessoas que perguntam: “o que o senhor faz, qual é o médico, como é o seu gargarejo, o senhor nunca teve calo na garganta, quando é que o senhor vai parar”. Hoje eu não vivo mais de sonhos, mas dos frutos que eu plantei.

Quando eu aceitei a Jesus, eu perdi tudo o que eu tinha. Comi banana com casca, pão velho. Deus permitiu. Sou decorador profissional. Trabalhei no Banco do Brasil nove anos. Deixei, abandonei o Banco para ser itinerante. O Senhor falou pra mim quando eu dobrei meus joelhos para orar. Eu e Ele, pois o bom é você ter esse contato íntimo com Deus. O homem precisa ter um contato com Deus. Se existe um Criador e Ele está patente na criação, a criatura deve procurá-lo quando precisa de alguma coisa. “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos”. At 4:12

Hoje, quando viajo de avião, fico imaginando o quanto Deus fez por mim. Avião para mim era um sonho distante. Mas Deus me disse que eu sou especial para ele.

Certa vez Deus usou um profeta dele, pois eu creio em profecias, pois eu sou um profeta de Deus. Aquele homem usado por Deus me disse: “Meu servo Victorino, eu tenho compromisso com a sua voz”. Deus fez com que minha extensão vocal seja privilegiada. Consigo alcançar um agudíssimo duas vezes mais alto que o de Pavarot.

Isso não está no médico de garganta, na técnica. É o segredo de Deus na minha vida. Eu não sou cantor, sou um adorador. Só vou parar quando chegar à hora de Deus para minha vida. “Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus”. Atos 20:24 PR


VICTORINO SILVA Contato: (21) 2796-0890

Entrevista

Quais foram as dificuldades da infância e juventude?


VS: As dificuldades eram as de um garoto pobre. Vendi bala no cinema, no trem, vendi pastel com refresco no estádio de futebol. Entregava trouxa de roupa que minha velha mãe lavava de trem até Copacabana. Trabalhei como servente de pedreiro durante muitos anos, para pagar o pouco que estudei.


Eu fui um adolescente muito rebelde, revoltado. Quando as coisas que detestava não funcionavam pelo meio natural, eu fazia qualquer outra coisa para obter aquilo. Como jovem, fui totalmente rebelde. Eu não acreditava em nada ou tinha de ver para crer. O ser humano para mim era menos valioso do que uma minhoca, que eu podia pisar… E eu era rebelde com Deus e com todo mundo. Nós não conhecíamos nada de Evangelho. Para gente, isso aí era uma coisa muito cafona.

Quais foram suas influências para cantar?


VS: A música faz parte da minha alma. Faz parte daquele gene que acompanhou minha família. A minha mãe, cantava nas Pastorinhas, um trabalho que antecedia no ano novo na rádio. Meu pai também. Eu venho de uma família de músicos onde o dom não era para Jesus. Tocava violão com meu tio, mas desde garoto eu cantei nos Curumins da Tupi, era um trabalho de garotos e garotas. Estudei canto na Rádio Nacional, e eu era o garoto que fazia toda a programação do colégio onde estudava, no morro de São Carlos (RJ). Nessa época eu tinha 9 para 10 anos.


Hoje, com 67* anos, tenho consciência de que casei com a música. Eu a como, eu vivo com ela, eu faço música com um prazer muito grande. Quando vou cantar nas igrejas, na hora que sou chamado fico emocionado. A música envolve na presença de Deus.


Na vida de cantor secular, o sonho da fama e do sucesso estavam cada vez mais próximos. Mas, depois da constatação da doença, o que mudou para o senhor?

VS: Eu tive tuberculose, que na época era comparada com câncer no pulmão. Já havia acabado com todo o meu pulmão direito e estava se alastrando para o esquerdo. Você olhava o raio-X e via como se fosse uma colcha de retalhos.



Como a tuberculose antigamente era comparada com aberração então os meus amigos me largaram. A única pessoa que colou comigo foi a minha mãe preta, a segunda esposa do meu pai.


As pessoas tinham medo de falar comigo, de chegar perto de mim. Aquele tipo de precaução que hoje em dia a gente já não tem mais. E o médico realmente me disse que não tinha jeito e que eu iria morrer.

Foi em meio ao caos que encontrei Jesus. Não foi pela doença, para que eu me curasse como muitas pessoas pensariam. Eu entrei em um lugar para ver o porque as pessoas faziam aquele barulho. Quando entrei o saudoso irmão só me perguntou: “-Você quer aceitar Jesus como seu Salvador?” Eu parei, olhei para ele e pensei: “Jesus como Salvador? Isso deve ser bom. Então objetar:”-Quero”. Isso aconteceu em 1960.

“Solta o cabo da nau” foi a primeira estrofe evangélica cantada, após a conversão. Como foi viver o milagre da cura?

VS: Esse irmão que já orou por mim, me convidou para ir à oração no dia seguinte pela manhã. Ele sabia que eu tomava conta de uma boca de fumo, porque da varanda dele dava para ver, a casa de prostíbulos e tráfico. Ele orou por mim, e me convidou para desjejum e eu lhe disse que não podia misturar os meus talheres com os deles pela doença. E ele então simplesmente disse que aquilo para Deus não era nada. Na mesma ora, senti o milagre de Deus, porque a canseira, aquele enfado saiu e aí as coisas começaram a mudar, a partir daí.

Eu tomava 11 comprimidos diários e ficava intoxicado. Não conseguia andar e me movimentar porque ficava com sono. Depois dessa oração, eu cheguei em casa, eu joguei aquilo tudo fora e até hoje, graças a Deus, nunca precisei mais daqueles medicamentos.


Depois disso havia aprendido o Solta o cabo da nau. Cantei, dei os agudos e não senti mais nada. E até hoje a nau está fora do ancoradouro, porque está fazendo a obra de Deus.

Como foi o início de carreira?


VS: Há alguns anos atrás não existia a facilidade que se tem hoje. As pessoas faziam coisas, realmente, despidas de qualquer interesse. E foi muito difícil porque, quando eu gravei meu primeiro compacto, um pastor falou assim: “-Pode descer do púlpito. Aqui é casa de oração, não é covil de ladrão”, quando falei do compacto. E foi muito difícil.


Só tinha uma coisa: quando eu saía com a mocidade, mesmo como músico, o pastor Paulo Leivas Macalão me convidava para o púlpito e qualquer outro pastor me convidava, naquela época que a coisa era muito rígida. Porque eu sempre disse e sempre direi: A minha vida canta mais alto do que a minha voz . É a vida que canta e não a voz. Gravei um compacto simples em 1963. Desde então nunca mais parei.


E o senhor largou tudo para viver para o Evangelho?


VS: Sim. Sempre tive minha profissão. Eu sou decorador. Depois de muitos anos que eu aceitei Jesus como meu Salvador, estava realmente precisando de emprego, porque, não mudava a idéia do povo de uma vez marginal, sempre marginal. As pessoas não sabem dividir as coisas.


Eu estava fazendo uma pregação na cruzada, no Saldanha da Gama, aonde eu fui, crunner por muitos anos, de um conjunto de rumbeiros, de tcha, tcha, tcha. Aí alguém chegou perto de mim orando ao Senhor, e perguntou se eu queria trabalhar no Banco do Brasil. Eu aceitei. A única pessoa defeituosa era eu. Trabalhei no banco nove anos.



Depois, quando já estava tudo preparadinho mesmo, a minha idéia era comprar um terreno na Ilha do Governador de fundos para o mar e fazer um ancoradoro, possuir uma lancha, pois eu ganhava muito bem e morava no Méier.



Daí foi quando eu cheguei cedo no local de trabalho no banco, dobrei meus joelhos, orei, li a Bíblia, e o Senhor falou comigo assim: “Eu preciso de você na minha obra”. Logo na mesma semana, para comprovar que foi o Senhor que falou para mim, veio um casal de Santos me convidar para ir no 1° Encontro de Música em Santos com o nome vozes das Assembléias de Deus. Aí eu fui.

Quando retornei para o Rio pedi as contas no trabalho e minha vida tem sido assim desde então. Jesus está cuidando da minha alma e estamos indo em frente. Deixei tudo para servir Jesus.

O senhor começou na mídia evangélica numa época em que ela não tinha visibilidade. Poucos conseguiam manter-se pelas dificuldades financeiras. Contrapondo a essa realidade, o senhor mantém um público fiel até hoje. A que atribui isso, tendo em vista as adaptações de mercado que a música evangélica sofreu?

VS: O caminho do Céu é imutável. O caminho do Céu é Jesus. O Caminho, a Verdade e a Vida. É, Ele, absolutamente não deixa brecha para ninguém. É que eu nunca me deixei levar por aquilo que os outros fazem. Eu sempre fiz aquilo que Deus mandou fazer. Continuo em Mesquita mesmo recebendo convites para morar fora do Brasil. Por quê? Porque o Senhor dos Exércitos não falou nada para mim.

Eu passei pela época da música evangélica do tchá, tchá, tchá, do mabo-jambo, do bolero, do samba, da salsa, do merengue, porque você sabe que a turma pega de lá para trazer para cá.

Hoje em dia ao invés de sermos imitadores de Cristo, estamos sendo imitadores de Agnaldo Timóteo, de Roberto Carlos. Essa é a verdade. E eu não. Sempre me mantive naquilo ali. Teve uma ocasião em que uma pessoa de uma gravadora falou assim para mim: “Pastor, o senhor precisa gravar uma outra coisa, porque só ficar gravando isso aí não vai vender LP”. Eu respondi: “Não tem problema, eu não vendo e compro tudo mas não mudo, o caminho para o céu”.

As modas vêm e passam e depois voltam de novo. Eu continuo aí, não imito ninguém, não disputo com ninguém, não vou a festival, não faço showmício, nunca fiz. Eu ainda creio que como eu há muitos outros que não se corromperam. Deus ainda tem reservas nesse mundo.

Ministério ou profissão: como o senhor observa a tendência atual de se confundir as coisas?

VS: Eu acho isso errado. Primeiro, para eu ter uma profissão, eu preciso aprender aquilo que estou fazendo. Eu acho que ministério não é profissão, ministério é uma chamada. É uma chamada de Deus.

Outra coisa: quantas vezes eu já trabalhei no Evangelho, e não recebi coisa nenhuma? Então quando você tem uma profissão, você trabalha diariamente, você tem um patrão, e Jesus Cristo não é nosso patrão. Eu acho que ter um ministério como profissão, isso é pecado.

O Senhor nos chamou para sermos servos, e servo não é profissional. O profissional tem algo especificado. O pedreiro é pedreiro, o carpinteiro é carpinteiro e assim sucessivamente. Como o Senhor nos chamou para sermos servos, o servo tem de fazer o que o Senhor quiser. Se o Senhor quiser que carregue a cadeira, carregue. Se o Senhor mandar para a roça ou para cidade, vá. Enfim, é o Senhor quem manda.


Fonte: por Bispo Paulo Cavalcante
Muuzik / www.padom.com.br

* Esse testemunho é original de quatro anos atrás, portanto Victorino Silva hoje conta com a idade de 71 anos.  Adquira o DVD de Victorino Silva, eu o tenho e vale a pena vê-lo e ouvi-lo interpretando  hisnos tradicionais do cancioneiro evangélico.


DVD COMPLETO ( RIPADO )






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sábado, 22 de janeiro de 2011

TESTEMUNHO EM VÍDEO DE EX-BBB. NÃO DEIXE DE VER!

                                        
                                     Natália Nara, ex-participante do Big Brother Brasil da Rede Globo


Há infelizmente por várias questões, uma desconfiança por parte de setores da igreja evangélica e de alguns irmãos em Cristo em especial. Para mim, testemunho é testemunho e cada experiência pessoal é diferente, segue passos e caminhos diferentes, se realiza em igrejas diferentes de doutrinas diferentes, de costumes diferentes. Tolo, tolo mesmo, é alguém que se arvore em julgar e descredenciar a obra que Deus tenha feito na vida de uma pessoa que venha a conhecer a Cristo.  Eu jamais faço isso. Tenho conhecido, ouvido e visto histórias maravilhosas em todos os lugares.

Jamais pergunto sobre qual é a igreja, suas práticas, mas das grandes coisas que Deus fez pela pessoa especialmente, julgando ( analizando seria o termo mais exato ) a extensão das transformações positivas na pessoa e da sua nova compreensão de Deus. Afinal a caminhada cristã, o nosso conhecimento de Deus, é algo dinâmico, que avança, às vezes infelizmente pára, avança de novo e em alguns casos até se calcifica. Ou seja cada um de nós aprende me níveis diferentes o tempo todo. Um é curado, o outro liberto, o outro tem a sua vida reorganizada material e profissionalmente, outro moralmente, e assim por diante.

Assista o vídeo e veja o testemunho da nossa em irmã, Natália Nara, mais uma  alcançada pelo graça e pelo amor do nosso Senhor e sinta-se edificado.



Fonte: You Tube




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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

A FORÇA DOS CRENTES


Até pensei em uma título ou chamada mais sofisticada para a reflexão a seguir, talvez pudesse agradar tanto um grupo de leitores como o outro, mas não importa. Fato é que é notório e patente as não poucas e as vezes mais ou menos sutis diferenças entre grupos de cristãos não católicos como  Pentecostais, Tradicionais, Reformados e Neopentecostais ( não necessariamente nessa ordem que não denota nenhuma prevalência de uns sobre outros ). Inútil seria também tentar convencer a uns  e a outros forçando-os a uma unanimidade que subvertesse as suas individualidades e o que mais têm de louvável nas suas práticas e crenças ( em nome de que harmonia e perfeição? ).Logo a inutilidade de tal ação e o incerto efeito benéfico pela ação "corretiva" humana seria certamente vã.

Vejamos então, pelo viés correto ou mais justo, na minha opinião claro:

Primeiro é patente a influência e a mudança cultural ( valores e comportamentos ) por força da maior presença na população brasileira de cristãos evangélicos, os chamados "crentes". Uns poderão argumentar ( como frequentemente vejo na web ) que a praga dos neopentecostais e dos pastores televisivos, etc, etc, não deveriam existir e eu pergunto: a igreja reformada, a igreja tradicional, fora a época de seu maior fervor ( quando dos seus primórdios ), fez o que e faria o que para levar mais pessoas a igreja? a resposta é óbvia: nada! Grande parte dos pastores e cristãos incrédulos no mundo com grandes perversões doutrinárias e práticas são metodistas, presbiterianos, etc... É claro também que há cristãos verdadeiros e fiéis a Deus inclusive nessas mesmas denominações, como há em todas. Bem mas estamos tentando ver o lado bom da coisa e o real. O número de crentes têm sim, a despeito de tudo, mudado a cultura e o comportamento da sociedade brasileira, sim.

Segundo, é claro, a redefinição de certos pontos, outrora não tão claros ou ainda completamente desconhecidos da genuína fé cristã, devido à cinco centenária cultura imposta católica-romana em nosso país e a volta às Escrituras, à Bíblia Sagrada com a autêntica e única Palavra de Deus.

Se não vejamos ( daria para escrever um livro com os dados que conheço e as práticas constatadas ):

Evangélicos são contra o pateon, o call center de "santos" e "santas" sem o que fazer e de péssimo mal gosto. Que se (!!!) salvos e nos céus, ficam como num eterno BBB olhando logo para o quê? Para esse mundo a ver as cenas mais inimagináveis e indescritíveis, as mudanças culturais (  o que definitivamente não é pouca coisa ) por mais de vinte séculos! Imagine Maria a mãe do Senhor Jesus, como "padroeira" ( matando a língua pátria, essa sim substantivo feminino ) de um país como o Brasil, onde  a maracutáia é regra, e onde quatro mulheres são de certa forma violentadas por minuto, se, citar minimamente as outras maldades e injustiças. Não só no Brasil e por todo o mundo? Que céu seria esse e que prêmio e sossego seriam esse dado aos "salvos" no céu?  Logo os crentes, os evangélicos, muito razoavelmente não aceitam e desmistificam tal bobagem, mudando a cultura advinda de um erro teológico católico e um mito que tem  prendido aos incautos ou mais respeitosos religiosamente em um crasso e grandioso erro..


Todos os "crentes" concordam e... 
Ainda mais, como imaginam irrazoavelmente os católicos romanos, ela sendo "eternamente virgem", assistindo estupros, atos heterossexuais e homossexuais, pedofilia, endofilia, zoofilia, e o que alguém  mais puder inventar com os genitais... E os pedidos feitos, por essa gente doida de pedra, aos inocentes "santos", salvos, e sem o que fazer nos céus? Que maldade!! Pois bem, Reformados, Tradicionais, Paraprotestantes, Protestantes, Renovados ( todos farinha do mesmo saco para os de fora )  reafirmam que só há um Deus, Criador de todas as coisas, e único digno de toda e qualquer adoração. 

Isso não é pouca coisa. A cultura do "Nossa Senhora", Valha-me Santa Mãe de Deus" e outras, foi trocada por "Misericórdia", "Sangue de Jesus tem poder", " Ó Senhor", "Meu Jesus" e outras. Alguns podem dizer que isso nada significa, são só expressões fáticas e as vezes, na maioria das vezes não passam disso é verdade, mas é inegável a sua força pedagógica. Aliás, foi esse sentido pedagógico, de "preparar o caminho do Senhor Jesus, a obra de João Batista. Logo não é pouca coisa. Orar substituiu o "rezar" e assim por diante...

Reformados, e calvinistas, a bem ou  mal ( e isso não é pejorativo de modo algum, apenas uma separação e independência da doutrina particular acerca da predestinação ensinada e defendida por eles ) afirmam, reafirmam, e brigam com coragem e empenho pela soberania irrestrita de Deus. Falam de um Deus que é presente, não distante,  conhecedor de todas as coisas e que não é surpreendido e nem suplantado em nenhuma situação. Reivindicam santidade, afastamento do mundo e nenhuma proximidade ou confusão entre a luz e as trevas. Reafirmam a veracidade irrestrita da Palavra de Deus e a esperança da salvação em contraposição à uma eterna perdição. Há para eles ( e não só para eles ), um céu e um inferno, um Deus de amor e um Juiz, um Juízo final e uma eternidade. Deus é tudo em exatamente tudo e nada menos que isso.

Pentecostais reafirmam que Deus é atuante nesse mundo, suas ações são visíveis e não secretas, públicas e notórias e que com esse Deus não se brinca. É o mesmo ontem, hoje e será eternamente. O mundo é um cenário de guerra e Deus é o Senhor de um exército de justos, santos, separados do mundo que não se conformam com ele ( o mundo ) e que esse mundo é confundido todos os dias por operações de maravilhas diante de seus olhos. Quando pentecostais oram, profetizam, expulsam demônios, falam em línguas, fica claro que são um povo diferente e que cujas ações não são submetidas à lógica desse mundo de misérias, trevas e pecado.

Neopentecostais afirmam ainda que Deus é plenamente capaz de atuar e ajudar o homem em todas as áreas de sua vida. Nada de Andar de Baixo a Andar de Cima, segundo a teologia de São Tomás de Aquino. Deus entende de sexo, de namoro, de casamento, de negócios, de trabalho, de esporte, de empreendimentos, de política e de poder, claro. Se o homem voltar-se para Deus, Deus será com esse homem, com essa mulher, exatamente como foi com homens e mulheres no Velho Testamento. Não se trata de um Deus distante, impotente, longe, mas um Deus que marcha com o crente e faz-lhe vencedor em qualquer área, não importando em que condição esse ser humano se encontre: doente, pobre, em pecado, ignorante, medroso, etc. Esse Deus pode e faz tudo. O mundo deve ser vencido, envergonhado, confundido no seu próprio terreno. O Diabo descoberto nos seus esconderijo ( mentes ou corpos das pessoas ) perseguido, escorraçado, envergonhado e banido e a vitória de Deus proclamada para que todos, gostando, querendo ou não possam ouvir. Não pedem licença, não se intimidam e nem se envergonha do que dizem ou fazem.

Claro, o que foi dito até agora, é de fato um esboço, um ensaio talvez. Daria para escrever um livro, com dados, histórias, etc. O que  quero ressaltar entretanto, é que a despeito de toda diferença e desprezo que uns tenham contra os outros, e não poucas restrições e divisões, todo esse povo heterogêneo nas suas crenças mais detalhadas, quarenta milhões de pecadores arrependidos e muitas vezes falhos. Mas trata-se de  um povo que ora, fala, pensa e se esforça em harmonizar os seus pensamentos com os pensamentos de Deus, é de fato, como um continente que se move sobre o magma do mundo. E essa enorme placa tectônica ao chocar-se com outra grande placa tectônica, de  pensamento e ações alienadas da Palavra de Deus, produz um grande terremoto, sacudindo todas as coisas. E isso é importante. Isso é real e acontece todos os dias diante de nossos olhos, entendamos tal processo, gostemos, aceitemos ou não. E é obra de Deus.

Gosto de imaginar particularmente, todo esse povo, nas milhares e milhares de grandes, médias e pequenas igrejas, das mais ricas as mais humildes, orando mais ou menos nos mesmos horários, ao Deus verdadeiro...Somos todos pecadores, nós-cegos mesmos, mas quando aprendemos a orar, pedir, chorar, clamar, isso faz uma enorme diferença. O diabo não teme a nossa liturgia, nem a nossa doutrina, nem o nosso conhecimento, mesmo sendo isso sendo legítimo, não nos faz corajosos e poderosos a ponto de  abalar-lhe o reino de trevas. Nem nosso blá-blá-blá.

Nesse contexto se inserem muito apropriadamente os sinais e as obras, dos quais a própria Bíblia nos fala. Vista pela perspectiva correta, o barulho feito por esse enorme povo, por essa verdadeira igreja, é algo sem precedentes na história religiosa brasileira. e se você não pode ver isso, é como o servo de Eliseu, ao qual foi prometido ver mas não participar do grande milagre e da grande obra do Senhor.

Você diz: mas não se pode ignorar o lado sombrio dos acontecimentos, escândalos, erros, etc. Eu lhe digo: também não de pode ignorar os milagres, as transformações, as histórias maravilhosas que por si só, se fossem todas amplamente conhecidas, o nosso regozijo no Senhor seria maior e talvez a nossa ação conjunta na obra do Senhor, seria mais efetiva. Ao invés disso desconfiamos uns dos outros. Julgamos com rigor maior que os que são claramente inimigos de Deus. Fornecemos ávidamente munição para mais difamação e mais incredulidade, por parte dos que estão chegando e de muitos que já estão dentro das igrejas, seja igreja "A", "B" ou "Y". Nos esforçamos gratuitamente para sermos um reino dividido, o qual não pode subsistir, segundo Palavras incontestáveis do próprio Senhor Jesus. Deveríamos ( biblicamente ) orar pelos INIMIGOS ( perdoem-me a caixa alta ) e  não perseguimos os próprios IRMÃOS ( ou o sangue de Cristo é impotente para apagar pecados? ).

Parece que constantemente pregando a salvação pela graça, mas na prática só nos aceitamos por certos méritos.

Somos implacáveis doutrinariamente e dúbios nas ações efetivas.

Devemos pregar ao mundo ou esperar que ele lentamente se afunde nas águas da perdição como um inexorável Titanic?

Que tenhamos, como crentes e como Filhos de Deus,  a bênção da sabedoria e do entendimento.

Por Helvécio S. Pereira



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26 Ago 2010
Nessa postagem quero deixar claro que dentre as diversas teologias usadas ( teologia popular, teologia leiga, teologia ministerial, teologia profissional e teologia acadêmica ) a que move a igreja e faz avançar o seu ...
27 Out 2011
Por experiência entenda-se todas as comprovações factuais acerca do que se crê conforme a teologia crida, seja essa oficial, oficiosa, leiga, individual, etc. Assim posto, é necessário colocar que o que me fez tocar nesse ...
25 Ago 2010
A teologia leiga é portanto um passo além da teologia popular, na verdade uma passo acima. Quando um crente dedica-se mais sistematicamente a investigação da sua fé , buscando uma melhor forma de não só expor o ...
11 Jan 2011
Conforme postagens anteriores que esclarecem a diferença entre teologia oficial e leiga, evidentemente em todas as igrejas há, por parte de seus membros uma teologia mais popular e uma teologia pessoal. Mesmos ...

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QUEM INVENTOU O APELO NOS CULTOS?

SOBRE O LIVRO DE GÊNESIS, LEIA AS PRINCIPAIS POSTAGENS

25 Nov 2010
Tenho algumas vezes, em minhas despretenciosas reflexões ( despretenciosas por não terem o tom acadêmico e muito menos professoral, são apenas reflexões ), dito que se não se crer no que o Livro de Gênesis declara, não é necessário ...
31 Jan 2011
-A razão das atuais, ou pelo menos de predominância histórica, das condições existenciais e morais do homem têm no Gênesis a sua satisfatória resposta. A existência de condições nem sempre e totalmente favoráveis a nosso conforto ...
11 Jan 2011
Como parte do pentateuco, o Gênesis, depreciado modernamente graças a nossa submissão e endeusamento da ciência, que com a sua contribuição à saúde, tecnologia e construção material da sociedade, pouco ou quase nada tem a dizer sobre ...
21 Nov 2010
A religiosidade cristã moderna ou atual, de há muito tem se contentado e desprezado as narrativas de Gênesis, precioado por parte majoritária de setores quase que totais do mundo científico e da falsa sensação de que tudo pode ser ...

O GÊNESIS, COM NARRAÇÃO DE CID MOREIRA E IMAGENS

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29 Mai 2010
UM LIVRO OBRIGATÓRIO PARA CATÓLICOS E EVANGÉLICOS ACERCA DA ERRÔNEA CULTURA DO CULTO A MARIA. Recebi por indicação do irmão Jorge Fernandes Isha, um e-book gratuito, de leitura obrigatória para os evangélicos e para ...
16 Fev 2010
Judas era o mais culto, de origem e status social diverso dos demais, de outra cidade, e foi substituído não pelo apóstolo dentre os discípulos eleito pelos demais, por própria escolha de Jesus, após a morte de Estevão, Saulo, discípulo de Gamaliel, provavelmente o mais preparado ...Melquesedeque, Maria , José, e tantos outros. Deus se dá a conhecer plenamente a cada um que o ama. O ue Ele fará na história as vezes não noscompete saber, as vezes sim. Essa é a diferença. ...
19 Mar 2010
Tal qual os fariseus, põem não poucos impencilhos que vão desde reparações a pregação simples e com pouca ligação com a hermeneutica e pregação convencionais, a música, letra das canções, a ordem do culto, forma dos apelos e ... Essa pessoa , esse novo crente, como filho ou filha de Deus de fato, tem agora uma nova vida, como Madalena, Zaqueu, o Gadareno, o Centurião, Nicodemos,o ladrão da cruz, Marta e Maria, Lázaro ( não necessariamente nessa ordem ), e tantos outros. ...
04 Mar 2011
Nesse aspecto seria legítimo um católico cultuar Maria como N.Senhora, um muçulmano a Maomé como seu legítimo profeta, um budista como objeto de culto, e assim por diante. Todoslçegitimamente amparados por sentimentos sinceros e ...
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