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terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

A ÁRVORE DO CONHECIMENTO DO BEM E DO MAL


Gênesis 2


1¶ ASSIM os céus, e a terra e todo o seu exército foram acabados.
2E havendo Deus acabado no dia sétimo a sua obra, que tinha feito, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito.
3E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra, que Deus criara e fizera.
4¶ Estas são as origens dos céus e da terra, quando foram criados: no dia em que o Senhor Deus fez a terra e os céus,
5E toda a planta do campo que ainda não estava na terra, e toda a erva do campo que ainda não brotava; porque {ainda} o Senhor Deus não tinha feito chover sobre a terra, e não havia homem para lavrar a terra.
6Um vapor, porém, subia da terra, e regava toda a face da terra.
7E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.
8¶ E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, da banda do oriente: e pôs ali o homem que tinha formado.
9E o Senhor Deus fez brotar da terra toda a árvore agradável à vista, e boa para comida: e a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore da ciência do bem e do mal.

O texto acima pode ser lido em qualquer exemplar da Bíblia no capítulo 2, versos 1 ao 9.

Há certamente dilemas teológicos ligados estritamente a certas passagens e trechos Bíblicos. Construir-se uma liturgia e uma prática cristã é relativamente fácil. Manter uma comunidade ocupada e focada nisso também é bastante fácil.Bastando, para tal, malhar no mesmo ferro frio todos os dias. Omitir ou adequar certas passagens também pode parecer conveniente ou às vezes, devido a nossas limitações constituir-se o que temos no momento. Os reformadores fizeram uma grande obra de restauração da igreja de Cristo e na restauração da verdadeira mensagem Bíblica. Após eles outros, muitos outros corroboraram com essa obra e outros, também não tão poucos, no afã e fazer algo e também contribuirem positivamente cometeram erros que permanecem até hoje circunscrito a certos grupos e constituem desastres relativos, as vezes maiores, as vezes menores. 

Posso parecer indelicado, não é esse o propósito da minha abordagem, mas João Calvino, o grande reformador protestante, e isso na verdade o foi, fez uma boa confusão quando se equivocou em um modelo erigido em torno da predestinação, fazendo disso, a espinha dorsal de sua teologia, como outros fizeram do sábado, da glossolalia, do segundo advento, da negação da trindade, da não eternidade alma, da não existência do inferno, do paraíso milenar terrestre, etc, etc, enfim tantas ênfases desnecessárias apenas para mostrar diferenças e pretensas "novidades". O Édem é, sem dúvida, o calcanhar de Aquiles da fé cristã. Pergunte públicamente a uma pessoa culta se acredita no Jardim do Édem e principalmente nos fatos ocorridos lá. Pode ser um pastor de uma grande denominação, que recebe um polpudo salário e que a sua congregação tenha sessenta por cento de pessoas com curso superior ou bem mais do que isso. Ele ou ela, ficará terrivelmente consternado, isso para afirma o mínimo. Alguém pode desconhecer por completo todo o Velho testamento, ou Antiga Aliança, crer em Cristo e ser salvo. 

Ninguém precisa conhecer a Bíblia toda para conhecer a Deus, mas pode certamente conhecer mais de Deus, de seus eternos atributos, do Seu  total e eterno poder, de Sua eterna Sabedoria, se tiver a benção de conhecer mais e mais da Bíblia, sob a ótica correta. É exatamente no Gênesis, e particularmente no Édem, que o cristão moderno tropeça e cai. Negá-lo é negar a necessidade e a existência de um Salvador. É tornar Deus mentiroso mais uma vez, como sugeriu Satanás naquele mesmo lugar  e tempo. Muitos depois de anos de vida cristã, experiências com Deus, bençãos recebidas, misericórdias que se renovam a cada manhã, risos que vem pelo amanhecer, se tornam vaidosos, se dão ao trabalho de mal explicar o episódio do Édem, tal qual um jornalista incrédulo faria uma matéria tendenciosa para o "Fantástico", ou seja descredenciando e atribuindo explicações mais palatáveis à parcela enganosamente culta, supostamente erudita da sociedade, para  o episódio em questão e aí, ao invés de saberem mais e terem a sua fé aumentada, perdem-na. A pretensa satisfação devida ao mundo, à suposta elite culta desse mundo, acaba por envergonhar-lhes e tirar-lhes  até a fé que  inicialmente  tinham.

Calvino, sob o pretexto de atribuir e reconhecer a soberania absoluta de Deus, ( e essa soberania é realmente absoluta! ) retira das criaturas inteligentes feitas por Deus ( não da inanimadas como as pedras, rochas, estrelas e meteoros ) qualquer possibilidade de pessoalidade. Hoje discute-se o livre-arbítrio em oposição à soberania divina quando essa soberania revelada na inerrante Palavra de Deus nem conhecia  à tese filosófica citada, muito posterior aos registros encontrados no livro de Gênesis. O homem não é livre porque Deus seja menos soberano. Deus é soberano para conceder incluída aí a liberdade, contrariamente a possibilidade dessa liberdade surgir por si mesmo em algum lugar da existência, seja no céus dos céus, em qualquer lugar  ou no universo, aquilo que temos mais palpável, sob certo aspecto, diante de nós. 

I
Duas possibilidades portanto passam a existir frente a esse dilema

Uma: a soberania de Deus é absoluta e anula toda possibilidade criativa de qualquer uma de suas criaturas seja o homem, os anjos, animais ou outro ser vivo.

Duas: a soberania de Deus é absoluta e continua sendo, inclusive quando Ele, Deus, dá poderes, possibilidades para que as suas criaturas, ou parte delas, tenham a possibilidade de escolha. Essa é a minha posição mas não pode ser impostas simplesmente pelos meus devaneios, mas Biblicamente, de acordo com tudo que ela,  Palavra de Deus nos revela, ou seja pode ser igualmente comprovado, visto por qualquer outra pessoa. Não é privilégio meu e nem resultado de uma inteligência privilegiada, deve já estar lá e passível de ser encontrada por qualquer um.

Um querido irmão, o Jorge, questionando sobre  a origem do mal, assunto de outra postagem anterior, inquiriu-me sobre o motivo da árvore do conhecimento do bem e do mal estar no Jardim do Édem. Lembrando que, isso também é importante, o chamado paraíso terrestre era apenas parte da região chamada Édem ( que é um outro assunto ). Bem, a árvore do conhecimento do bem e do mal, não a árvore do mal, notem bem, foi colocada no jardim pelo próprio Deus. A árvore não era o mal, tinha inclusive, boa aparência o que foi percebido pela mulher, Eva, a mãe de todos os homens ( é o significado do seu nome ). De todas as árvores o homem e a mulher poderiam comer livremente incluindo a àrvore da vida, menos dela, da Àrvore do conhecimento do bem e do mal. Qual o motivo de Deus, o Senhor, de tê-la colocado lá? Qual a resposta mais plausível? Um acidente, uma imposição extra-vontade-de-Deus? Essas duas possibilidades não são razoáveis se Deus é absoluto em todos os Seus eternos atributos.

Há de se lembrar, entretanto, que todas as coisas são patentes aos olhos e ao conhecimento de Deus. Declaram as Escrituras que a luz e as trevas são para ele a mesma coisa. Nada lhe é oculto, nada lhe pode escapar. Deus portanto não pode ser surpreendido ou contrariado. Para entendermos o significado e propósitos de Deus no Édem, em que finalmente, consistiram os fatos ali ocorrido, finalmente registrados e relatados nas Escrituras, devemos considerar algumas questões anteriores. E é exatamente o que nos propomos a fazer a seguir.

II
Façamos, antes de tudo algumas considerações, as quais julgo pertinentes e importantes, no que ser referem à leitura  interpretação Bíblicas recomendáveis. A Bíblia com capítulos e versículos é algo praticamente novo e a própria ordem dos livros encontrados por nós em nossas Bíblias, é  diferente na Bíblia judáica. Daí o sentido, a mensagem, as verdades reveladas o são reveladas no livro todo, cada livro tem uma mensagem própria, transmite uma verdade inteira, e princípios também são igualmente lançados dessa mesma forma em toda a Bíblia, nos registros da Antiga Aliança e da Nova Aliança.

Tomemos, por exemplo, o livro de Provérbios, cujo título e palavra significa “comparações”. Sempre me intrigaram o fato dos provérbios serem relativamente poucos e não abrangerem efetivamente todos os assuntos plausíveis. Há, indiscutivelmente, em todas as culturas, somando-se todas do mundo, centenas de milhares de provérbios sábios e que se enquadrariam, pelo menos boa parte deles, em declarações  aprovadas por Deus, que o louvam inclusive. Há um provérbio africano antigo que reza mais ou menos o seguinte: " Pode-se saber quantas laranjas há em uma laranjeira, mas jamais saber quantas laranjeiras há em uma laranja". Não é maravilhoso? Esse provérbio declara comuma sábia comparação a grandeza da obra de Deus frente a compreensão finita do homem. Há um outro provérbio árabe que reza: " Não importa por quanto tempo tenha andado na direção errada...volte!" Maravilhoso, igualmente maravilhoso. 

Atribui-se a Buda a declaração:feita após um discipulo perguntar-lhe como encontrar Deus ( embora o budismo não tenha a idéia de um Deus pessoal ). Buda empurrou a cabeça do discípulo na beira do rio até esse quase se afogar, dizendo-lhe a seguir: quando desejar achá-lo como o ar para respirar." Novamente uma comparação. Óbviamente nem Buda nem o seu discípulo encontraram a Deus, pois Jesus é o único caminho. Mas é o princípio da comparação para o aprendizado lançado como princípio pelo próprio Deus na Sua Sagrada Escritura. Por que então só alguns? Trata-se de um princípio lançado por Deus, como já disse, o princípio da comparação como aprendizado e para o cultivo de uma postura responsável perante a vida e a Deus, um caminho de sabedoria.

Calvino e boa parte dos reformadores, e hoje todos os calvinistas, defendem a posição de que o homem não poderia ter sido criado livre, pois como escolher livremente sem experiência prévia? Parece a mais humana das colocações e feitas com base sim, em uma  colocação filosófica humana, extra-Deus. No Édem , embora sem experiência prévia, claramente Deus havia colocado a comparação como princípio. Ou seja Deus , sendo justo, perfeitamente justo, deu ao casal humano plenos e sufientes elementos para que escolhessem a coisa certa. 

Primeiro: Deus a quem conheciam e ouviam a voz, e Satanás, que de algum modo não lhes era, não sabemos de que modo, estranho.  

Segundo: entre uma árvore e outra, a Árvore da Vida e da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal. Cai por terra a desculpa esfarrapada de que o homem não podia escolher entre uma coisa e outra por falta de experiência.

Vamos agora a outro livro, o Livro de Jó. Universalmente conhecido o seu conteúdo, as verdades nele reveladas são pouco aventadas ou cridas. Muitos desvaloriza-no  afirmando que, Jó de fato, nunca tenha existido. Pra mim a Bíblia é a plena  verdade e portanto inerrável. Vejamos algumas  das lições reveladas  no livro de Jó:

Primeira: Deus é origem de todo o bem que o homem possa ter e usufruir.

Segunda: Satanás é a origem do mal que advém ao homem incluindo fatores tidos como naturais, embora não saibamos como exatamente ele pode fazer isso. Porém só o faz de modo permitido dentro da absoluta soberania de Deus. Satanás tentou o homem Jesus, mas a Deus ninguém tenta pois Deus por ninguém pode ser tentado ou submetido a prova. Satanás portanto não submete Deus a nenhuma prova, pois não poderia fazê-lo. Satanás põs Jó a prova como reclamou a Pedro, informação que nos é dada pelo próprio Senhor Jesus nos evangelhos.

Terceira: O homem é livre para escolher a posição a tomar em  relação a Deus. Se Jó não fosse livre que sentido haveria na prova a que ele foi submetido? Não seria Jó oprovado ams o próprio Deus.

Os acontecimentos registrados e relatados no livro de Jó prosseguem  mostrando três alternativas:

Primeira: Jô pecou e merece o sofrimento pelo qual passava. Deus é nesse caso o causador do sofrimento, desse mal, e pune esse homem de modo justo.  Jó deveria aceitar esse fato, que se fosse culpado, Deus estava certo e ele, Jó deveria reconhecer e  se culpar por isso. E se não fosse, como não era, ( ele Jó, não sabia do que Satanás havia proposto ) deveria blasfemar, maldizer esse Deus e morrer, como sugerido por sua atual esposa.

Segunda: Os amigos de Jô, conhecedores de Deus teológicamente ( não eram pagãos, descrentes, idólatras ) faziam uma defesa racional de Deus e assim atribuíam a Jô em última instância a culpa pela sua desgraça. Mais ou menos quando julgamos um irmão de fé. Facilmente apontamos-lhe o dedo e  a pretexto de defendermos Deus ( que não precisa de defesa mas de testemunhas ) prazerosamente construímos um discurso teológico que nos dá mais prazer que o nosso reconhecimento pessoal do que Deus efetivamente seja. Acho que o correto seria derramarmos lágrimas quando Deus é blasfemado, pela tristeza do fato, porque o amamos e não por que sentimos prazer em espezinhar um outro ser humano.


Terceira: Jó aprende finalmente que a sua  experiência anterior com Deus era apenas teórica, de ouvir falar, agora é pessoal e real.

Jó é elogiado e aceito por Deus. Seus amigos são repreendidos e aceitos pela intercessão do próprio Jó. E Satanás? É derrotado no campo prático e da própria razão.  mais uma vez um ser humano prova que ele, Satanás estava errado emsuas apostas. O desfecho do livro mostra que Satanás se equivocou ao contrário do que aconteceu no  Jardim no Édem. Lá ele obteve vitória, mas uma vitória que não encerrou o caso. Será que o devaneio satânico de se tornar alguma coisa se deu pelo fato de Deus tê-lo permitido criar alguma coisa, e por tal possibilidade se julgou errôneamente igual a Deus, tal qual o homem, ao fazer grandes coisas, tem a ilusão de ser oinipotente e ter de si mesmo algumpoder e capacidade? Não saberemos ao certo talvez.

E o que isso tem a ver com a nossa reflexão inicial? Tudo. Jó era livre senão não teria sentido a proposição de Satanás. Jó agiria exatamente como Deus os faria agir como todos  as  demais,  cada umde seus atos, pensamentos e palavras proferidas, seriam de Deus e não nossas, suas criaturas: Satanás, os filhos de Jó, a mulher de Jó, os Amigos de Jó, e por extensão eu e você. No panteísmo tudo é Deus e nada o é a não ser parte dEle. Atribuí-se bem ou mal intecionadamente uma totalidade a Deus que não é a real, a razoável, a  lógica.

Deus portanto não foi surpreendido no Jardim com a queda do homem. Queda essa que representava uma possibilidade sabida por Deus, que fazia parte de Seu plano, não para que o homem caísse, mas originalmente de fazê-lo um ser que livremente escolheria viver para Ele, o seu Deus, o seu Criador e Senhor ( dono ). São seria um boneco sem vida, ou como um robô moderno, um arremedo de vida, de inteligência e autonomia. Mas realmente livre, dentro de um limite possível ( "se subires as estrelas e nelas pousares como Àguia, de Lá ti tirerei, diz o Senhor" , conhece eese texto das Escrituras? Esse homem seria capaz de escolher sempre servir a Deus, amá-lo, conhecê-Lo, fazer a vontade dEle, voluntáriamente.



III
Havia duas árvores. As duas igualmente visíveis em lugares de destaque. A Árvore do conhecimento do Bem e do Mal não estava escondida e nem com um acerca elétrica em volta de si. Não era também um arbusto pequeno e feio, desajeitado, com cheiro desagradável. Deus mostrou-as e avisou das consequências caso alguém, no caso o homem e sua mulher comessem do seu fruto. Inclusive a decisão era pessoal. Eva comeu e deu o fruto a seu marido que também o comeu. Se Adão e Eva tivessem filhos no jardim ( esse era o plano de Deus ) cada um de seus descendentes teriam livremente essa opção. Embora Adão por ser o cabeça do casal deveria transmitir a Palavra de Deus a todos os seus descendentes, bem como Eva.

IV
Bem falta encaixar tudo isso no resto da Revelação Bíblica. No próprio Édem Deus revela que haveria um novo episódio no drama do homem. Um seu descendente “feriria a cabeça” da serpente, Satanás. Que sentido há nisso? Muitos se perguntam como Deus deixou Satanás  ter acesso ao Jardim e ao casal humano? Certamente sabia do propósito de Deus de construir um caráter à raça humana. Seres físicos com capacidades espirituais de se relacionar com o Deus espiritual, e semelhantes a Deus. Note que Satanás, Lúcifer, almejou erroneamente a “ser igual a Deus” e o homem foi criado a “imagem e semelhança de Deus”. Satanás queria provar que esse projeto do homem e toda uma “à semelhança de Deus” falharia. Deus soberano e presciente como é não obstou satanás de agir conforme planejado ( como no livro de Jó, lembra? ).

A soberania de Deus atribuída pelo calvinismo é incoerente com a realidade. A soberania revelada na Bíblia é inteiramente coerente a toda a revelação da Escritura. Deus permitiu por que já sabia e não o obstou de tentar a Eva. Os planos de Deus para a raça humana não foram frustrados. Somos uma raça, uma espécie de seres predestinados, agora sim, na perspectiva correta para termos comunhão com Ele. Faltava apenas a revanche absoluta. Jô venceu a sua prova. Mas a Justiça de Jó não era suficiente para cobrir os pecados da raça humana. Eram necessárias não só uma prova infinitamente maior como satanás deveria ser pessoalmente confrontado.

Deus se fez homem. O “logos”, a palavra, o verbo, a linguagem pela qual todas as coisas vieram a existência, Ele mesmo veio a existir entre nós ( Emanuel – Deus conosco) com dois desafios: como homem vencer no nosso lugar a Satanás e como Deus abrir mão de sua onipotência mesmo no limite  da mais dura  prova. Sozinho na cruz Jesus clama " Está consumado". Jamais entenderemos o que essa batalha significou. Apenas a mencionamos. Sozinho, sem o Seu poder, persistiu em livremente fazer a vontade do Pai. “satisfeito verá Ele o resultado do penoso trabalho de Sua alma” ( Isaias 53) Assim como pelo erro de um ficamos submetidos ao que Satanás sugeriu, a nossa inviabilidade como seres livres, como sugeriu a impossibilidade de Jó permanecer fiel.Para Satanás um ser livre não seria fiel na sua comunhão com Deus.

No Édem pretensamente provou que o homem deixado livre se afastaria de Deus e que após conhecer o mal estaria mais propenso a ser como ele mesmo, Satanás , era.Realmente sob o peso do conhecimento do bem e do mal, o homem sofre e produz sofrimento embora sonhe em ter paz, alegria e realização pessoal. Sozinho a luta do homem é totalmente vã. É um joguete nas mãos de quem ele, ser humano, desconhece e que lhe mente  e atrai em todo o tempo ( o diabo - a antiga serpente, Satanás ).De todas as maneiras Satanás lhe atormenta e zomba da sua situação, atiçando-lhe as paixões e inclinações mais ocultas. Fazendo-lhe que , sem o saber, o adore por trás das mais horrendas e patéticas divindades, enganando-lhe com as mais impensáveis formas de religiosidade.  Satanás, porém, é derrotado todos os dias quando um homem ou mulher, livremente se arrependem ( só seres livres podem se arrepender- os anjos são imperdoáveis - não sabemos o porquê ) e se reconciliam com Deus através da pessoa e da obra de Jesus na Cruz e são recebidos pelo Pai e seu arrependimento festejado nos céus como na parábola do filho pródigo ( filho rico por herança e direito ). 


Deus, dessa forma, é honrado em seu projeto, as cadeias são quebradas, os demônios expulsos dos corpos das pessoas por eles escravizados, as doença por esses demônios impostas às essas pessoas direta ou indiretamente, são todas curadas efetivamente, e o Reino de Deus é chegado, a vontade do Pai é feita na terra finalmente como é feita no céu. Aleluia! compreender isso é muito mais que ser religioso, que se envolver em debates teológicos, do que ter um emprego em qualquer ministério respeitado historicamente ou não. É fazer parte de um exército dinâmico, de uma igreja viva, de ter a visão exata da batalha sobrenatural em que estamos, gostando ou não, querendo ou não, envolvidos e comprometidos. Alguém pode ficar terrivelmente ofendido com essas reflexões, mas espero sinceramente que alguém possa estar chorando, tocado por Deus, confirmadas essas verdades em seu coração. Que uma haja uma luz explodida em seu interior e que essa pessoa dê a partir de agora muitos frutos e que o seu testemunho a respeito do nosso salvador  seja tão eloquente  que impossibilite o não convencimento.

Abraão é o considerado o pai da fé, pois livremente, sendo pecador, falhando como nós, em um momento crucial, fez a escolha certa, confiou no Senhor e novamente Satanás foi derrotado.

Na revelação Bíblica Deus é soberano, absolutamente soberano, você pode imaginar algo próximo disso? Portanto tudo se encaixa. Não a partir de discussões infindáveis e construção de arquiteturas teológicas que aparentemente esclarecem e dão a exata medida dos atributos divinos. Desse modo a Sua eterna e absoluta Soberania, Presciência, Sabedoria e perfeita Justiça ficam patentes e inescusáveis.
Amém.


por Helvecio S. Pereira


COMENTE ESSE "POST'

ESSA É UMA RESPOSTA AO ÚLTIMO COMENTÁRIO A ESSA POSTAGEM FEITA PELO QUERIDO IRMÃO JORGE:

Olá irmão Jorge,  é mais uma vez um prazer "nos falarmos " novamente e principalmente sobre
assuntos que valem tanto a pena, por exederem a história e ao tempo. Tive que responder na postagem pois execeu o texto o número de 4.096 caracteres (!?!)

Por partes novamente, seguindo a sua explanação:

1) Não era somente porque eram analfabetos. Mesmo depois da Bíblia,diríamos "pronta" ela ficou mais de 15 séculos depois sem versículos e capítulos. Primeiro vieram os capítulos, depois os versículos. As pessoas, os estudiosos do texto sagrado, conheciam  melhor sim, cada  mensagem de cada livro ou passagem.

2) a informação não se traduz matemáticamente em experiência com Deus.Trata-se de Fé na Palavra ouvida. Nós temos o privilégio de termos prazer com a Palavra de Deus todos os dias e com uma ambudãncia de informações que Ela, Escritura  pode nos proporcionar. Saber mais não significa necessáriamente crer mais.Apenas crer com mais motivos. Ou não crer com mais motivos.

3) Não sou eu que privilegio a fé simples. É o Senhor Jesus que nos exorta no quesito fé a crermos como crianças ( na passagem em qustão não se trata do novo nascimento mas de uma fé simples ). Jesus chorou por ocasião da morte de Lázaro. Uma de suas irmãs tinha a teologia na ponta da língua ( a ressureição no último dia - correta,certíssima - nada de errado ) mas a fé para a ressureição de Lázaro que Jesus queria era outra.

4) Sobre a cultura, a escolariade, a teologia, tudo tem o seu lugar.Judas foi escolhido por Jesus ( não foi Judas que o escolheu). Judas era o mais culto, de origem e status social diverso dos demais, de outra cidade, e foi substituído não pelo apóstolo dentre os discípulos eleito pelos demais, por própria escolha de Jesus, após a morte de Estevão, Saulo, discípulo de Gamaliel, provavelmente o mais preparado e erudito dentre os fariseus.

5) A fé é dom de Deus. Nós a temos  e a direcionamos por necessidade de alma talvez a qualquer coisa. Satanás rouba a direção e o foco da fé das pessoas, seja para um ídolo ou prática bizarra, uma ideologa, uma causa, e as pessoas dão a suas vidas por uma causa, pela fé que têm. Algumas pessoas perdem inclusive a fé natural e ficam prostradas irremediavelmente ao longo a vida. Paulo já tinha uma fé potencialmetne grande em Deus mas firmada erroneamente na Antiga Aliança. Eu e você gastamos ano s de nossas vidas colocando a  nossa fé em bobagens e mudando de uma para outra coisa.

6) Como  serviço baseado em talentos, em dons , alguns podem servir a Deus em certas áreas e outros em outras. Tradução Bíblica, dicionários, literatura teológica emesmo pregação sópodem ser executadas por quem dispõe de o mínimo de ferramentas e aparelhamento para tal. Paulo era o único, o mais capaz para lançar de modo organizado os fundamentos da fé da igreja de Jesus. Pregar qualquer um poderia pregar,o papel que exerceu foi realmente único na organização da fé da igreja nascente.

7) Revelação crescente aparenta-se mais com idéias humanistas modernas. A história temporal, para nós é sujeita ao tempo, mas Deus não se mostrou aos poucos. Ele se mostra o mesmo do Gênesis ao apocalípse. A Israel se revelou de maneira total, históricamente o conduziu por etapas. A igreja se revelou totalmente a igrej aprimitiva e se revela agora do mesmo modo. Ninguém pode dizer, o próximo capítulo só virá a  seguir. Aguarde para saber mais de Deus. Essa é uma defesa dos chamados dispensionalistas e usado para justificar novidades não reveladas anteriormente a outros cristãos.

8) Ninguém conheceu mais a Deus que Enoque, Abraão, Agar mais do que Sarah sua senhora. Melquesedeque, Maria , José, e tantos outros. Deus se dá a conhecer plenamente a cada um que o ama. O ue Ele fará na história as vezes não noscompete saber, as vezes sim. Essa é a diferença.

9) A passagem do eunuco não é emblemática. Não havia O Novo Testamento. Havia um testemunho dos últimos fatos. O eunuco pertencia a uma elite econômica e social. Semelhante ao rei James ( Tiago ) da Inglaterra, que pode contratar os melhroes radutores e especialistas em linguas originais da Bílbia e mandou fazer uma das melhores traduções da Bíblia hoje. Não havia Jornais, internet, telefone. Ninguém vai ler Isaias 53 e entender se viver no século I semque uma testemunha ocular o informe dos últimos fatos.Os apóstolos tinham  tido diretametne de Jesus uma exposição sobre esses assuntos e de quem a passagem de Isaías se referia.

10) Não nego as diferentes e necessárias instituições eclesiásticas que possibilitam de alguma forma  as necessárias ferramentas a preservação e ensino da Palavra de Deus, incluindomestres dentro do catolicismo,como São Jerônimo, os mestres de Lutero e Calvino, etc. Só que não há segurança alguma excluidas a oração, a leitura e meditação bíblica (você não tem que entender todas as coisas de imediato ou ainda saber todas as respostas ) é como o alimento, não devo comer de tudo e além do que possa, ams de acordo com a minha necessidade e urgência.

Acho que é isso. Mais uma vez foi um prazer refletirmos juntos sobreessas questões. Se puder e quizer divulgue a postagem ou algumas delas, ou o próprio blog para que outras pessoas também possam opiniar e não necessariamente concordemente.

Um grande abraço irmão e a todos a na sua família.

8 comentários:

  1. Helvécio,

    fiz uma longa análise do seu texto, não propriamente dele, mas de como você chegou às suas conclusões. Infelizmente, ao tentar postar o comentário, tudo foi por àgua abaixo... creio que Deus não o queria como eu escrevera...

    Portanto, não tentarei refazê-lo como anteriormente, até porque, mesmo que quisesse, não conseguiria.

    Achei o seu texto bastante reflexivo e bem escrito (lógico e pontual), e aponta para uma interpretação das Escrituras, a mesma que milhões de crentes espalhados mundo afora têm: o arminianismo.

    Quer queira ou não, suas conclusões são baseadas em pressupostos arminianos, que "contaminam-as". Isso é errado, ter pressupostos? Não. Porque não existe neutralidade ou isenção em qualquer conclusão que o homem chegue. Ela se revelará pela soma dos conhecimentos, experiências e interpretações que se faz, logo, é impossível ser neutra, ou fazê-la a partir da neutralidade, pois ninguém é neutro ou isento de coações internas (sua natureza) ou externas.

    Mas pressuposições erradas levarão a interpretações erradas, e consequentes conclusões erradas. A questão está aí: ninguém deixa de ter pressuposições, acontece que se elas forem falsas contaminará o todo, e o todo será falso.

    Qual premissa está correta? Deus é absolutamente soberano? Ou o homem é livre? Afirmar a soberania de Deus a partir da presciência (e aqui presciência não é uma antevisão, uma adivinhação, mas a certeza de que no futuro o eterno decreto divino acontecerá infalivelmente) é torná-lo um deus menor, não o Deus bíblico.

    Deus não pode cogitar algo ou trabalhar com hipóteses, senão poderíamos chamá-lo de imutável e Todo-Poderoso? Se apenas uma única vez Sua vontade pode ser frustrada pelo homem (e isso não pode), Ele não é Deus. Pode ser um deus deísta, panteísta ou teísta-aberto, do processo ou relacional, mas jamais será o Deus Bíblico.

    Bem, não vou entrar em outras formulações que o seu texto nos leva. Todo ele foi contruído a partir da visão arminiana, quer queira ou não. E isso o levará às conclusões que você chegou.

    Você se considera certo, e os calvinistas errados, mas já se perguntou onde está o erro do calvinismo? E já se perguntou se o arminianismo é mesmo infalível? À luz das Escrituras, o que está certo? O que realmente glorifica a Deus? O que é compatível com a Sua natureza? O que a Bíblia diz sobre Ele, sobre o homem, sobre o pecado, sobre a Queda, sobre a regeneração, a mente renovada, a santificação? Tudo o que o arminianismo diz sobre todas essas questões não é contraditório? Não é passível de se contradizer?

    Digo, claramente que, soberania de Deus é impossível coexistir com o livre-arbítrio. Mas a despeito de eu saber a diferença e prová-la, o que vale é que, assim como aconteceu comigo, cada um seja capaz de questionar a sua fé e encontrar na Bíblia a razão dela. Se não encontrar, não passa de falácia. Se encontrar e não houver antinomias, é verdadeira.

    Forte abraço, meu irmão!

    Cristo o abençoe!

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  2. Bem aos leitores e ao irmão Jorge, refarei aqui os comentários feitos em resposta pessoal ao caro irmão. É que mesmo com a tecnologia a nosso favor e para a nossa benção, aviões ainda caem e carros teimam em parar nomeio das ruas (rs,rs,rs,rs,)Na verdade não tenho certeza se o serviço gratuito de e-mails terminou o envio do meu e-amil a ele, como ele, o irmão Jorge, perdeu o que havia anteriormente tentado enviar para mim. Enfim...espero ficar sabendo depois. Eu disse a ele, e se le não leu, lerá agora, que embora conheça relativamente bem tanto calvinismo como o armenianismo,me abstenho desse conhecimento ao ler a minha Bíblia.a razão disso é que creio, sinceramente, que ao crente basta a sua velha e solitária Bíblia. a mesma que faz que uma senhora do Paraná, aqui no Brasil, no alto de seus 100 ou 101 anos, que nunca foi a escola, que dorme em um quarto com frestas de 5 cm, feito de madeira, que planta sua própria horta, que lê muito bem, sem auxílio de óculos ( aliás esse "bem" vale para as duas coisas, lê bem a sua velha Bíblia e a L~e sem óculos ) e graças a Deus, essa senhora, sem nenhum demérito não saberá nada sobre calvino ou Armenius, simplesmente porque não fazem falta à compreensão Bíblica. A minha análise feita com base na mensagem central de cada livro, diferene da que gostamos defazer hoje, cruazando o máximo de vercículos apressadamente ( e ganha aparentemente quem puder sacá-los em maior número do que o seu adversário...) por uma peculariedade histórica. A tradição oral permitia que um númro de pessoas, sem as Escrituras, parcial ou totalmente, aprendessem pela exposição do todo e não das partes. Imagine Agar, a egípcia, escrava e comcubina compulsória de Abraão, ou a serva do General Naamã conhecendo o "Deus que tudo vê" ou o "Deus de Israel e do profeta Samuel" do memso modo que fazemos hoje? Essas duas grandes mulheres de fé cujas vidas são mencionadas em poucas linhas conheciam e criam no Deus maravilhoso que cremos e não sabemos quantas pregações, estudos bíblicos, cursos, encontros, seminários,blogs, sites, fóruns ou correlatos foram necessários para o maravilhoso legado de testemunho que nos
    deixaram. Oxalá tivéssemos a fé que em tão duras circunstâncias elas tiveram em suas respectivas épocas... Daí o tipo de reflexão feita nessa e em outras postagens não visam nem uma defesa da fé, nem um ar professoral, mas o desenterrar da minha própria fé e no exercício importante de poder responder pelo e como creio. Pode constituir-se as vezes em algum erro ou incongruência, mas refletem o processo de conhecimento mais pessoal que denominacional, tendo naturalmente o temor ( a Deus )de não exceder em algo que seja herético ou danoso a fé de terceiros. Sugiro que o irmão leia cada livro direta e indiretamente mencionado, destaque ou separe a mensagem em separado de cada um. Por exemplo, se a semelhança dos antigos crentes eu tivesse apenas esse texto, o que eu poderia saber de Deus sobre esse assunto...e esse novo livro acescenta, exclarece ou trata de outro assunto, e assim por diante. A velha e suficiente Bíblia pessoal, amassada, marcada, com setinhas,poeira, mas sempre tão amada e preciosa, fonte da fé que privilegiadamente temos nos é totalmente eficiente, eficáz e poderosa. Um grande abraço querido irmão e a todos os demais leitores desse blog. a paz do nosso Senhor Jesus

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    1. Gostei muito de suas palavras, são verdadeiras, enquantos procuramos aprender mais com Deus a cada dia, ainda existem pessoas perdendo seu precioso tempo, buscando explicações e criticando a maravilhosa Palavra de Deus. Acredito que existem muitas pessoas que, assim como nós, buscamos cada vez mais o conhecimento e as revelações que o nosso Deus tem para nós. Realmente não é fácil entender a Bíblia, mas é possível. É necessário em primeiro lugar, se converter aos caminhos do Senhor, pois somente aquele que é espiritual consegue discernir as coisas de Deus. Deus é maravilhoso e mudou totalmente a minha vida, já tive experiências sobrenaturais com Deus, cada dia me surpreendo mais com os ensinamentos que recebo através da leitura da Bíblia, ela é a Palavra da Verdade, é luz para os nossos caminhos. Creio totalmente na Bíblia. Deus é meu TUDO.

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  3. Helvécio,

    vou recomentar sim o seu texto para outros irmãos, quem sabe, Deus não os usa para convencê-lo? (rsrs)

    De qualquer forma, afirmo e reitero que é impossível, impossível, alguém ir até a Bíblia isento ou em neutralidade. A sua experiência de mais de 30 anos nas fileiras arminianas, ouvindo pregações arminianas, tendo comversas arminianas, e comunhão com arminianos, o contaminaram de alguma forma. Ou você me dirá que a igreja batista da Lagoinha não é arminiana e pentecostal em sua pregação e doutrina?

    Acredito que Deus falará ao homem, e Deus sempre fala ao homem, mas há aqueles que foram ensurdecidos e cegados pelo Senhor, para ouvindo não ouvirem, e vendo não verem, a fim de que não se convertam. Logo, a Bíblia lhes será por qualquer coisa, menos como a voz do próprio Deus. No seu caso, como crente em Cristo que é, apenas o seu "foco" está um pouco distorcido, o que não o impede de ser salvo e filho de Deus, porque a salvação e filiação a Deus é exclusivamente por Sua graça e misericórdia, e pela obra de Cristo.

    Porém, sem polemizar, eu como calvinista estudioso, vejo em seus textos vários aspectos que você considera como calvinismo, mas que na verdade nada têm a ver com o calvinismo. São distorções e estereótipos do que venha a ser calvinismo. Mas isso, se você quiser, poderá entender e apreender por si mesmo, sem precisar de mim. Eu não tomei conhecimento com a doutrina calvinista por meio de ninguém, apenas já era um quase calvinista na minha conversão (rsrs), e a incompreensão de algumas verdades bíblicas a partir da minha visão arminiana (batista) me levou a estudá-los à luz das Escrituras. Dizer que sigo homens ou conceitos de homens é outro estereótipo, pois, essencialmente, a doutrina calvinista é bíblica. O que Deus operou em minha vida foi a renovação da minha mente, a partir de Romanos 9, e do Evangelho de João.

    Você me pediu para estudar o livro de Jó, fiz no blog alguns comentários ao capítulo 1 e 2 de Jó, e alguns sobre o cap 10 e 11 de João. Você pode não concordar com a minha interpretação (como disse, meus pressupostos são diferentes do seu, e não há como negar que você os tenha assim como eu), mas você não poderá dizer que eles não são baseados na Escritura.

    Faça o seguinte: leia Rm 9 e o Evangelho de João com uma referência cruzada, e vamos conversar sobre cada um dos versículos. Será uma longa, longa conversa, mas que certamente me edificará e a você também. Depois disso, podemos conversar sobre quem está certo ou errado. O que é irrelevante pois, o que importa é que Deus está e estará sempre certo.

    Forte abraço, meu irmão!

    Fica na paz do nosso Senhor Jesus Cristo!

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  4. Helvécio,

    apenas uma ressalva: o mesmo amor que sei o irmão ter pela Palavra, eu também tenho.

    Todo esse procedimento que o irmão apontou em seu comentário seria impossível, dado o fato de que a maioria dos habitantes eram analfabetos.

    Então, fica a questão: a fé era deles assim como pressupõe-se nossa, ou a fé era uma dádiva de Deus a eles, ainda que não houvesse todo o arcabouço bíblico para revelar-lhes o Senhor, assim como a nossa fé não é nossa (originada em nós), mas uma dádiva do próprio Deus também?

    No fim das contas, Deus dará, como deu, a fé suficiente para crer nEle, seja aos analfabetos da época de Moíses ou Elias, sejam aos letrados dos tempos atuais. Por que por Ele vivemos, nos movemos e existimos, como Paulo disse. A obra é dEle, não nossa, ainda que seja realizada pela instrumentalização humana.

    De certa forma, parece que você privilegia uma fé simples (seja lá o que isso queira dizer), portanto, homens como Paulo, Apolo, ou Lucas, seriam considerados o quê? Elitistas teológicos? Mestres supérfluos? Ou o que eles pregaram, proclamaram, e no caso de Paulo e Lucas, escreveram, era a própria Palavra de Deus? Seriam os ensinos de Paulo eruditos demais para constar na Bíblia?

    A verdade é que Deus foi-se revelando progressivamente ao Seu povo. Uma revelação crescente, aperfeiçoada, a fim de que cada um de nós pudesse saber o suficiente em seu tempo (no caso do AT), para conhecê-lo muito melhor após a vinda do Senhor Jesus.

    Não que o Deus do AT seja diferente do NT, não é isso. Apenas a sua revelação não foi instantânea, mas progressiva, de acordo com a nossa imperfeição e limitação, e a própria limitação do tempo.

    Deus está revelado no AT, mas Ele é melhor conhecido pelo NT. Por isso, Deus usou Paulo, Pedro, João, Lucas, Tiago e Judas para que entendêssemos aquilo que estava aparentemente oculto no AT, e torná-lo em luz para o Seu povo.

    Uma passagem emblemática é a de quando Filipe encontra-se com o Eunuco. O Eunuco está a ler Isaías, e não entende. Então Filipe pergunta se ele entende o que lê. Ao que o Eunuco disse que não era possível saber se ninguém o ensinasse. E Filipe o ensinou. Mas quais são os pressupostos de Filipe? O dos judaízantes? Dos faríseus? Dos essênios? Não. Filipe se baseia no Evangelho de Cristo para explicar ao Eunuco quem era o personagem retratado pelo profeta no AT.

    Os judeus criam no Messias que restauraria o reino de Israel. Um soberano, rei, que restituiria a eles tudo o que perderam. Porém, Filipe está com os olhos em Cristo, e a partir do relato dos apóstolos ou seja, do ensino dos apóstolos, ele proclama o Evangelho de Cristo.

    Isso é pressuposição bíblica. E não tem nada de errado. O Eunuco podia entender aquele trecho de qualquer forma, mas teve a humildade de reconhecer que precisava de auxílio. Por isso, a importância da igreja, da doutrina eclesiástica, da história eclesiástica, para se saber os erros a evitar, e os acertos a seguir.

    Não há vergonha em aprender, maior vergonha é permanecer ignorante por se achar soberbo e autosuficiente (falo genericamente, não direcionado a você), e achar que apreenderá tudo das Escrituras solitariamente.

    Deus nos deu um corpo, e este Corpo é de Cristo. Não há porque rejeitá-lo.

    Forte abraço!

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  5. Exatamente sobre um parte da sua reflexão que fala da presciência gostaria de eclarecer:

    A soberania absoluta de Deus e não relativa se dá pela sua própria pessoa. Ele é absoluto, único e todo poderoso. Sabe tudo, todas as coisas, passadas, presentes e futuras ( futuras sob a nossa ótica e compreensão) como alguém que desenrola um filme Ele tudo vê ( a filme com seus milhares de fotogramas numamoviola perfeita e nós como espectadores na sala de cinema, quadro a quadro, sem o anterior e sem os próximos ) Aliás melhor, Deus é como o produtor de videogame, conhece todos os detalhes,toda as possibilidades já estão lá. Ojogador se inlude achando que está jogando. Essa última comparação seriqa uma trajédia e aexistência um grande teatro. Diferentemente do videogame, Deus nos deixa jogar realmente,e decidir. Embora Ele soberamnamente saoba todas as coisas. É mais ou menos isso aí.

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  6. Caro Jorge, esse parece ser o problema da teologia. Ela, mesmo benéfica,
    constrói uma rede que se estende a todo os assuntos, até os naturais e
    despereza, as vezes, a realidade.

    Vamos lá. O eunuco da Rainha de Cadance, iria recorrer a um mestre judáico, e talvez ao mais erudito deles, pois era de classe social abastada e seria por ele facilmente atendido. O entendimento dado por judeu do templo não apontaria a Jesus, morto, crucificado e ressucitado exatamente naqueles dias, mas para o Messias do final dos tempos o que nãoseria errado, mas não corresponderia ao cumprimento das profecias e aos fatos naqueles dias. A
    profecia é vista como muitas cadeias de montanhas vistas ao longe. Podemos
    vê-las todas, mas não podemos ver a distância existente entre elas, os vales que as separam,o tempo decorrido entre cada uma delas.Felipe pôde então dar a versão mais atual e real. Será como no caso do arrebatamento da igreja. Quem não for arrebatado poderá recorrer a
    Bíblia abandonada em um canto e dizer: aconteceu! O Helvecinho mesmo depois de ter aceitado a Jesus aos seis anos, ter se batizado aos quatorze ou quinze, acho, se mantinha com um gostinho bem exaltado por certas coisas, digamos, do mundo. De repente está orando como rosto em terra, lendo mais a Bíblia. Houve uma revolução espiritual na vida do filhote nos últimos dias e ele mesmo me contou da história verídica de um homem,rico e nobre , que buscou as respostas para a sua vida e drama espirituais e finalmente sozinho, um versículo, de repente brilhou diante dele e o mesmo teve a resposta de Deus para a sua busca. Esse fato
    antecedeu um pouco todo a obra dos reformadores calvino, Lutero, e outros e culminou depois com a versão de uma das melhores traduções da
    Bíblia até hoje, a do Rei James.

    Sobre a fé natural, essa já temos, quando não a perdemos totalmente. Uns tem mais e outros menos. Você disse bem, fe natural e fé espiritual. A primeira possibilita quando direcionada a pessoa certa, ao Senhor Jesus,
    é dada a fé espiritual, para entender e para fazer a obra so Senhor. Fé para pregar, fé para ensinar, fé para curar, fé para profetizar, etc,
    etc.

    Sobre a instrumentalização, Saulo, agora convertido e transformado em Paulo,foi mandado cego a casa de um discípulo, para ser curado e
    apresentado aos demais irmãos. A igreja local, a denominação, são fonte de bençãos, e se guiado a elas por Deus, será assim. Deus viu,
    contemplou Calvino, Lutero, Armenius, carlos Wesley, João Wesley, John Newton e tantos outos em instituições nascentes ou já existentes e
    algumas em que poderíamos depreciá-las facilmente,como a própria igreja
    católica e a igreja anglicana. Mas a igreja, denominação ou ministério não estão em pé de igualdade e muito menos acima de Deus revelado
    pessoalmente na Sua eterna Palavra, a Bíblia. A fé salvadora é dada no momento da salvação da aceitação realmente. A fé natural dirigida ao
    Senhor recebe um acentimento, uma resposta, que nos possibilita ter agora uma fé salvadora.

    Obrigado pela recomendação aos irmãos. Espero deles o mesmo que você me proporciona, uma discussão no bom sentido, uma reflexão em torno dessas coisas, desses temas, em torno da Verdade divina, que não há nada melhor nesse mundo.

    A sua fé não ficará só para você. No devido tempo frutificará de alguma maneira maravilhosa na vida de cada um de sua família. Deus, o nosso
    Senhor, o honre e o abençoe.

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  7. Já que o caro irmão Jorge falou sobre eleição em Rm 9, porque não relembrar o que significa a palavra grega εκλογη ekloge ? Seu significado é escolha, ou seleção.
    Mas existe como escolher sem opção? Claro que não! Logo, toda escolha pressupõe uma análise segundo alguns critérios, e a salvação do homem não é diferente. Os monergistas e os arminianos divergem no entendimento sobre estes critérios. Os monergistas (ou calvinistas como costumam ser classificados) costumam não identificar estes critérios, pois Deus é soberano e inquestionável, enquanto os arminianos identificam tais critérios e, pela presciência de Deus, Ele já o sabia antes de criar a humanidade qual seria o destino de cada ser humano, e desde o início escolheu para ser salvo a quem atenderia tais critérios.
    Sobre a fé ser dom dado ao homem, existem alguns mal entendidos por parte dos monergistas, pois ela não é dada no sentido ocidental, como um presente entregue de bandeja. Ela é dada, pois o homem não poderia alcançá-la sozinho, logo tem que ser dada. Então que sentido de dar a fé é este? Esta idéia é mais fácil de ser entendida quando partimos do pressuposto que o homem não pode encontrar Deus, mas é Deus que se revela ao homem. O homem não conseguiria ter nenhum entendimento sobre a divindade se Deus não tivesse nos revelado algo antes, logo a fé dada como um presente dentro desta revelação, que infelizmente alguns, por livre-arbítrio, não aceitam.
    Espero ter ajudado o entendimento da verdade e não simplesmente polemizar, por mais que saiba que tenha alcançado também este resultado.

    Forte abraço,

    Vinícius Damasceno

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