Bem tenho contato mais ou menos diário com irmãos que amam ao Senhor Jesus como eu ( ou eu tanto quanto eles ) e todos aguardamos a desejosa e auspiciosa eternidade ( muito melhor que o presente século embora a vida nesse mundo com Deus seja uma dadivosa bênção sem dúvida ). Temos entre nós, entretanto, um debate secundário acerca de dois pontos de vistas opostos em certas questões.
Como achei um texto na web, que reflete em quase a sua totalidade a minha compreensão, não terei que produzir um texto com o mesmo objetivo e percorrendo um a um os mesmos pontos. Também não sei se o produziria de forma tão organizada e clara o que favorece tanto a defesa como a refutação dos mesmos pontos sem a ambiguidade dos problemas internos evetuais de um texto complicado em si mesmo. A conclusão da abordagem feita pelo irmão em questão é sugestiva, no mínimo,mas com respaldo escriturístico, sem dúvida.
Presdestinação ou Livre arbítrio -
( meio termo, terceira via?* observação complementar minha )
Os evangélicos estão divididos em duas posições soterológicas: calvinismo e arminianismo. Os primeiros defendem que Deus já elegeu tanto quem deve ser salvo quanto quem já está eternamente condenado. Os arminianos, obviamente, entendem ao contrário, o seja, Deus permite que o homem decida o seu destino final, aceitando ou rejeitando o convite para a salvação.
Do ponto de vista de Deus, ele tanto pode predestinar quanto dar ao homem a liberdade de escolhê-lo ou rejeitá-lo. Deus é soberano! Criticar os arminianos de não compreenderem a justiça de Deus por causa da eleição é tão imaturo quanto criticar os calvinistas de fazerem de Deus um Deus injusto por causa desta mesma eleição, sem antes procurar entender o ponto de vista de cada lado, respeitando-o por entender assim.
Não podem os arminianos negar textos importantes que claramente mostram a soberania de Deus, como Rm 9.6-24. Do mesmo modo não podem os calvinistas acusar os arminianos de falta de respaldo bíblico.
Uma defesa da doutrina do livre-arbítrio
João Wesley criou um termo, "graça preveniente"[1], para explicar que todos os que quiserem podem ser salvos. Os calvinistas replicam que não é válido porque o termo não aparece na Bíblia. Ora, situação semelhante ocorre na doutrina da trindade. A palavra trindade não aparece nos textos sagrados, nem mesmo há versículo algum que diga que Deus é um em três. Entretanto nenhum calvinista nega que esta palavra, trindade, seja teologicamente correta.
Inicialmente, eu disse que as duas doutrinas devem se harmonizar, mas em que sentido as duas correntes de interpretação podem se harmonizar?
Eu digo que Deus pode, na sua soberania, eleger e dá liberdade de escolha quando bem entender. Não seria um ato soberano de Deus optar dar livre-arbítrio ao homem? Por que alguns calvinistas dizem que o livre-arbítrio limita a soberania de Deus? E por que os arminianos dizem que a eleição limita a graça de Deus ou faz dele um Deus não totalmente justo?
Deus criou o homem sem pecado. Então se a história acabasse ai, não haveria a necessidade de salvação. Todos concordam que Deus criou o homem sem pecado, neste sentido, perfeito. Houvesse Adão usado da liberdade que Deus o deu em obedecê-lo e não comer do fruto, certamente não haveria a necessidade de um salvador.
Não foi Deus quem "implantou" o pecado, a queda no homem. Cair foi uma decisão unilateral, "soberana" do homem. Ao cair Adão, toda a raça humana caiu com ele. Agostinho afirmou que o homem antes da queda possuía o livre-arbítrio[2]. Desta forma, Deus não predestinou ninguém para a condenação eterna (doutrina da Reprovação).
Com a queda, toda a raça humana se viu condenada eternamente e não apenas alguns foram eleitos para a condenação - Rm 11.32 "Porque Deus a todos encerrou na desobediência, a fim de usar de misericórdia para com todos” - ver também Rm 3.23; 6.23.
Vemos então que a necessidade de salvação, ou de salvar os homens (quer seja apenas alguns, quer não) passou a se fazer necessária a partir deste momento.
Se usarmos como ilustração da morte advinda da desobediência (“no dia em que dela comerdes, certamente morrereis” – disse Deus) um grande buraco e para sair de lá uma grande escada, a pergunta é: Deus soberanamente escolhe (seleciona) alguns e outros não ou convida a todos e deixa que escolham se aceitam ou não o convite para subir a escada? Langston cita em seu Esboço de Teologia Sistemática o seguinte: “o homem voluntariamente permitiu que o pecado entrasse, e agora com a mesma liberdade que lhe é peculiar há de convidá-lo a retirar-se”[3]
Agora, a questão que, em minha opinião harmoniza calvinismo com arminianismo é o meio escolhido por Deus para prover a salvação. Deus poderia mandar Jesus morrer, ressurgir e julgar antes mesmo que Adão e Eva tivessem filhos. Assim salvaria a humanidade inteira, pois os filhos destes nasceriam após a consumação do plano de salvação. Mas na sua soberania escolheu, determinou que não fosse assim.
Deus não precisa de nada. Muito menos de seres humanos que fiquem reconhecendo o quanto ele é justo, bom, misericordioso... Em minha opinião, Deus não precisaria criar homens injustos e maus para mostrar o quanto ele pode ser bom para com alguns. Ademais a Bíblia é clara em dizer que ele é bom e que nele não habita mal algum. Como um ser perfeitamente bom pode fazer algo mal? Não falo do mal relativo, mas do mal absoluto. Mesmo que muitos não concordem com a discussão entre mal e bem, para quê Deus criaria o mal? Apenas para mostrar o quanto ele é bom?
Agora, uma vez que o homem pecou e Deus soberanamente decidiu deixar que assim fosse, todos os homens tornam-se totalmente corruptos. Incapazes de salvarem-se a si mesmo, Deus, pelo meio que escolheu, precisava predestinar alguém.
Mas antes, é preciso analisar que esta predestinação é apenas do ponto de vista humano, pois estamos encerrados debaixo do cronos e Deus é eterno. Para ele, Abraão, Davi, Paulo, você, eu já existiam e existíamos desde antes da fundação do mundo. Então, falar em eleição a livre-arbítrio tem pouco sentido para Deus.
Sendo assim, é razoável dizer que Deus se limita, por nossa causa, a “esperar” que os segundos, minutos, horas, dias, meses, anos, décadas, séculos, milênios, etc, passem.
Deus “teve” (não por obrigação, por não haver outra saída, mas porque soberanamente decidiu que seria assim) de eleger Abraão para dar início ao seu plano maior, que era a Igreja. Por toda a Bíblia nós vemos que o propósito final de Deus era eleger a Igreja, em Cristo, para que TODO aquele que nele crer tenha a vida eterna. Deus começou com um homem, depois foi uma família, depois uma nação e por fim a Igreja, que é universal.
Deus escolheu um homem. De certa forma, ele predestinou alguns de modo especial, pois era assim que seu plano de resgatar o homem funcionaria. Uma vez que TODOS estavam perdidos, ele teria de eleger alguns. Estes eleitos especiais faziam parte do plano maior, que visava TODOS os que quisessem gozar desta salvação.
Não vejo problemas em falar de homens especiais. Todos admitimos que os 12 tiveram um chamamento especial. Todos admitimos que Paulo foi especial; João Batista também; irmão André; David Livingstone, Calvino, Lutero, dentre outros tantos. Foi através deste eleitos especiais que Deus trabalha para que todos os que quiserem tenham a vida eterna.
Podemos interpretar todos os textos que falam da eleição e termos afins, como sendo texto particularmente público. Por exemplo: a Bíblia fala que seremos perseguidos. Isto é uma grande verdade nos países islâmicos, por exemplo, mas não é no Brasil. Experimentamos aqui a liberdade de expressar nossa fé e realizarmos nossos cultos em praça pública. Assim os textos que falam sobre eleição, também podem ser aplicados desta maneira. Esta é uma possibilidade.
Porém, a interpretação mais correta, é que a eleição trata de grupos e não de indivíduos. Deus elegeu Israel e depois a Igreja. Assim, não nos falam os texto da eleição de caráter particular, mas de caráter universal. Qualquer um que permanecer sob a proteção da Igreja (falo da Igreja de Jesus não da instituição humana ou de uma denominação em particular).
Esta interpretação foi mal compreendida pela Igreja Católica e creio que o maior motivador dos reformadores em desenvolverem a doutrina da eleição tem a ver com necessidade do rompimento com Roma, e, por conseguinte a rejeição de suas doutrinas. Entretanto, o heresiamento da doutrina do livre-arbítrio pelos Papas Católicos, não faz dela antibíblica. Precisamos separar o joio do trigo.
Outra coisa que me incomoda na doutrina da rejeição é o fato de que nada na Bíblia me parece tão injusto. Eleger para o inferno! Os calvinistas dizem que não podem os arminianos entender, pois o senso de justiça dos homens está deformado por causa do pecado. Ora! Nem mesmo quando leio na Bíblia que Deus mandou matar crianças inocentes me causa tanto mal estar. A Bíblia e a ciência (história, antropologia, arqueologia, etc.) me explicam as razões e minha consciência as aceita. Mas minha consciência não pode aceitar o fato de Deus rejeitar alguém que tem a liberdade de amá-lo e desejá-lo. Não entre na minha cabeça, para ser bem popular.
O Livre-arbítrio do homem limita a soberania de Deus?
Está é a principal dificuldade do arminianismo. Uma vez que o homem poderá alterar seu destino, como podemos dizer que Deus é soberano? Como podemos dizer que foi “Deus quem te trouxe aqui esta noite, meu querido visitante”, como sempre ouvimos nos nossos cultos dominicais, se o homem é quem tem a liberdade de escolher ir ou não à igreja numa determinada noite?
Realmente não há uma resposta fácil que satisfaria este paradoxo, a não ser que, na sua soberania, Deus pode decidir não ser soberano. É tão paradoxal quanto dizer que Jesus é Deus e homem ao mesmo tempo. É tão paradoxal quanto tentar a solução para o dilema: Jesus não pecou porque não podia ser tentado ou porque não podia pecar? Deus é tão grande que ultrapassa nossa capacidade de entender que ao mesmo tempo em que ele dá livre-arbítrio continua a ser soberano. É tão paradoxal quanto sustentar que Deus é um em três pessoas distintas. É tão paradoxal quanto dizer que Deus é a própria bondade e ler Is 55.6-7 “Eu formo a luz, e crio (barah) as trevas; eu faço a paz, e crio o mal; eu, o Senhor, faço todas estas coisas”.
Uma analogia imperfeita pode ser dada aqui. Quando eu era pequeno, minha mãe quase nunca tinha dinheiro para comprar roupas para nós. Quando sobrava um pouquinho, ou quando já estávamos quase sem roupas, ela no levava a uma loja. Lá nós podíamos escolher a roupa que quiséssemos, desde que não ultrapassasse um valor “x”. Quase sempre a escolha era entre duas ou três opções.
A analogia é imperfeita como disse, porque Deus ultrapassa todas as possibilidades humanas. Minha mãe estava limitada pelo pouco recurso que tinha, mas a vontade dela em nos deixar escolher era sincera. Depois de adulto eu percebi que o desejo dela era deixar que comprássemos a roupa mais cara da loja, ou mais extravagante, mas a “soberania” (falta de recursos) dela impedia isso. Contudo, inconscientemente sabíamos que ela estava dando o melhor, e ficávamos alegres e nossas escolhas eram reais.
Assim é Deus. Não é pelo fato de nos dar liberdade de escolhas que sua soberania fica limitada. Não podemos conviver bem com este paradoxo, mas não podemos negar que ele existe. Não podem os calvinistas fechar os olhos para tantos textos onde fica claro o desejo e a intenção de Deus em salvar todos os homens que quiserem ser salvos.
A predestinação não é individual
Somos predestinados por Deus para salvação porque somos parte da Igreja. E não somos parte da Igreja porque somos predestinados individualmente. Pr. Silas Malafaia[4]
Como já foi dito, a eleição de que trata a Bíblia é referente, primeiramente de Israel e depois, da Igreja. Deus, em Cristo elegeu a Igreja. Mt 16.18 “Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”.
Vejamos abaixo, alguns textos bíblicos e argumentos a favor da possibilidade de eleição de um grupo e não de indivíduos.
Em Gn. 12.1-9. Deus elege a nação de Israel em Ex 32.25ss a Bíblia nos relata que 3000 indivíduos morreram. Ainda em Êxodo 32.33 Deus diz para Moisés: "eu só risco do meu livro quem me desobedecer" (conf. Ap 3.5). Então podemos ver que Deus elegeu a nação de Israel, mas alguns indivíduos não permaneceram fiéis e foram eliminados.
Isto nos mostra que se não houvesse uma harmonia entre eleição e livre-arbítrio ninguém deveria morrer neste epsódio, pois Israel foi eleito.
Em Números, capítulos 13 e 14, vemos o relato dos doze espias. Por darem crédito aos dez, que tiveram falta de fé, todos os indivíduos de 20 anos para cima morreram no deserto, porém a nação de Israel entrou na terra, juntamente com os dois indivíduos que tiveram fé nas palavras do Senhor.
Em Josué 2.6 temos o relato de Raabe. Raabe não era descendente de Abraão, por isto estava predestinada à morte (ou, para ser mais suave, não estava predesinada para a vida). Entretanto, por ter temido ao Senhor e cooperado com o povo de Deus, acabou não apenas entrando na terra como fazendo parte da genealogia de Jesus (Mt 1.5), contada com os heróis da fé (Hb 11) e justificada, nas palavras de Tiago (Tg 2.25).
I Co 10.1ss. Paulo compara Israel com a Igreja. Assim como Israel pecou contra Deus, e alguns foram rejeitados, assim poderá ser com qualquer crente que, “cuida estar em pé” (v. 12) deve tomar cuidado para não cair. Ora, se depende do cuidado, da atenção do indivíduo que está em pé (salvo na analogia), logo é possível que cai (perca a salvação).
Convite Universal à salvação; possibilidade de Salvação a todos os homens
- Is 55.1a: "Oh vós, todos os que tendes sede, vinde as águas".
- Is 55.7: “Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao SENHOR, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar”.
- Ez 33.11: “Dize-lhes: Vivo eu, diz o Senhor DEUS, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois, por que razão morrereis, ó casa de Israel?”
- Mt 10.32: “Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus”.
- Mt 11.28: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei”.
- Mc 16.15,16: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado”.
- Lc 9.23: “E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me”.
- Lc 13.3: “Não, vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis”.
- Lc 16.16: “A lei e os profetas duraram até João; desde então é anunciado o reino de Deus, e todo o homem emprega força para entrar nele”.
- Jo 1.7,12: “Este veio para testemunho, para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele. ... Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome”.
- Jo 3.16,18: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus”.
- Jo 6.40: “Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: Que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia”.
- Jo 10.9: "Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens”.
- At 2.21: “E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”.
- At 17.30: 30 “Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam”.
- Rm 1.16: “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego”.
- Rm 5.18: “Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida”.(Preciso abrir este parêntese aqui pois este é, talvez, o mais contuntente texto que nos mostra o desejo de Deus em salvar todos. O contexto nos mostra claramente que Paulo está falando de totos os indivíduos da raça humana).
- Rm 10.13: “Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”.
- I Tm 2 .4: “Que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade”.
- I Tm 4.10: “Porque para isto trabalhamos e lutamos, pois esperamos no Deus vivo, que é o Salvador de todos os homens, principalmente dos fiéis”.
- Tt 2.11: "Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens”.
- Hb 5.9: "E, sendo ele consumado, veio a ser a causa de eterna salvação para todos os que lhe obedecem".
- Ap 2.10: "Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida”.
- Ap 3.20: "Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele, comigo”.
- Ap 22.17: "O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem! Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida".
Capacidade de escolha e mudança de condição em relação à salvação/perdição eterna
Por toda a Bíblia vemos que Deus nos capacitou a fazer escolhas. Já no início de Gênesis, a Palavra nos diz que Deus (Elohim) nos criou à sua imagem – com personalidade. Só é uma pessoa aquele ser que possui sentimento, intelecto e vontade.
- Dt 30.19: “Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência”.
- Js 24.15: “Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao SENHOR, escolhei hoje a quem sirvais; se aos deuses a quem serviram vossos pais, que estavam além do rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor”.
- Ez 18.21-24: “Mas, se o ímpio se converter de todos os seus pecados que cometeu, e guardar todos os meus estatutos, e fizer juízo e justiça, certamente viverá; não morrerá. De todas as suas transgressões que cometeu não haverá lembrança contra ele; pela sua justiça que praticou, viverá. Desejaria eu, de qualquer maneira, a morte do ímpio? Diz o Senhor Jeová; não desejo, antes, que se converta dos seus caminhos e viva? Mas, desviando-se o justo da sua justiça, e cometendo a iniqüidade, e fazendo conforme todas as abominações que faz o ímpio, porventura viverá? De todas as suas justiças que tiver feito não se fará memória; na sua transgressão com que transgrediu, e no seu pecado com que pecou, neles morrerá”.
- Mt 7.13-14: "Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; E porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem”.
- Lc 9.24a: "Pois quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á".
- Jo 1.12: "Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que crêem no seu nome”.
Algumas dificuldades da doutrina da eleição
Na doutrina da eleição, está incluída a doutrina da rejeição. Ela é definida por W. Grudem da seguinte maneira: “reprovação é a decisão soberana de Deus, antes da criação, de não levar em conta algumas pessoas, decidindo em tristeza não salvá-las e puni-las por seus pecados, manifestando por meio disso sua justiça”5.
Na minha opinião, uma pessoa rejeitada deveria ter certeza de sua rejeição. Isto porque ela afirma que se alguém não se mantém firme até o fim ela realmente nunca foi escolhida, salva ou eleita.
Ora, assim como eu, quantos você conhece que um dia foram crentes sinceros e se afastaram? A questão não é o ato de se afastarem, mas reside na incapacidade de o desviado (conforme costumamos chamar aqueles que se afastam dos caminhos do Senhor) não saber que não era um dos eleitos a salvação, mas sim eleito para rejeição.
A pessoa que me ganhou para Cristo me ensinou que eu podia ter certeza de minha salvação. Entretanto, anos mais tarde ela se desviou. Como é que ela podia me ensinar sobre certeza da salvação e ela se enganar a ela mesma? Seria possível que ela não sabia que Deus a rejeitara desde a fundação do mundo e todo esforço dela estava sendo em vão?
Os teólogos calvinistas afirmam que é possível que pessoas não salvas mostrem inicialmente as mesmas características de pessoas salvas. Até citam Mt 7.21-23: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.” Isto é um fato, mas não percamos de vista o questionamento aqui. A questão é: podemos ter certeza da rejeição? Neste sentido os arminianos dão mais garantias que os calvinistas, pois afirmam que se você permanecer firme até o fim, será salvo. Já o calvinismo dá a garantia de que alguém (sem se saber quem) será salvo, pois os descritos acima por Jesus pensavam sinceramente que estavam salvos. Dá-me a impressão que Jesus os enganou. Deixou-os pensar que estariam salvos, quando na verdade não estavam.
Pensando mais profundamente na questão da certeza da rejeição, quantos você conhece que buscam a Deus sinceramente, mas estão sempre pecando? Existem aqueles que parecem não terem forças para ficarem firmes. Estão sempre indo à frente aceitar a Jesus, mas nem abandonam de vez os pecados e os erros que os trazem feridas à alma nem se mostram crentes firmes e confiáveis. Se são rejeitados, por que Deus não revela isto a eles e os libera logo, para continuarem nas suas vidas de pecado? Porque Deus é misericordioso? Mas eles já não estão condenados mesmo? Não há mais esperança para eles.
É óbvio que estou parecendo simplista e irônico, mas na prática, é quase isto mesmo que deveria acontecer. Se Deus é já escolheu pessoas para serem rejeitadas, por que não as deixa ir para o mundo? Não falo daquelas que ainda estão no mundo, mas daquelas que estão nas igrejas causando problemas e escândalos. Se Deus nos livra das armadilhas de Satanás, nos protege de nossos inimigos, dos homens maus, da violência - Sl 34.7 – “O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra” – por que não nos livra da convivência com os que já foram rejeitados e estão apenas nos causando problemas?
Palavra Final
Os calvinistas acusam os arminianos de porem a ênfase no homem, assim diminuindo e limitando Deus. Os arminianos acusam os calvinistas de fazer de Deus um Deus injusto, preconceituoso e que faz acepção de pessoas.
Os calvinistas dizem que seu ponto de vista glorifica mais a Deus. Os arminianos dizem que seu ponto de vista glorifica mais a Deus
Ambos têm sérias dificuldades em explicar alguns que contrariam suas perspectivas, e evitam os textos que trazem estas dificuldades. Ambos exacerbam os textos que apóiam seus pontos de vista.
Noves fora os radicais, ambos reconhecem que a salvação: É pela graça. Vem de Deus, através de Jesus, operada pelo Espírito Santo.
Os arminianos moderados dizem que é possível ter certeza da salvação caso o crente permaneça em Cristo, pela fé. Está fé é acessível a todos e o Espírito Santo colabora com o crente. Porém não dão certeza absoluta, pois qualquer um é passível de cair na fé.
Os calvinistas moderados dizem que a certeza da salvação é absoluta, desde que o crente tenha sido eleito por Deus para a salvação. Ele jamais a perderá. Entretanto, não se pode saber ao certo se a pessoa é uma eleita até que morra, pois se ela cair, nunca foi salva (antes estava predestinada à rejeição).
Todos que estudam e escrevem sobre o assunto, chegam à conclusão que é um tema polêmico, que não tem vencedores. Sendo assim, gostaria de finalizar parafraseando o texto de Romanos 14.1-13:
Ora, quanto ao que está enfermo na fé, recebei-o, não em contendas sobre dúvidas. Porque um crê no calvinismo, e outro, que é fraco, no arminianismo. O calvinista não despreze o arminiano; e o arminiano, não julgue o calvinista; porque Deus o recebeu por seu. Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio Senhor ele está em pé ou cai. Mas estará firme, porque poderoso é Deus para o firmar. Um faz diferença entre eleito e rejeitado, mas outro julga iguais todos os homens. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente. Aquele que faz caso da predestinação, para o Senhor o faz e o que não faz caso da predestinação para o Senhor o não faz. O calvinista, para o Senhor o é calvinista, porque dá graças a Deus; e o arminiano, para o Senhor é arminiano, e dá graças a Deus. Porque nenhum de nós é arminiano para si, e nenhum calvinista para si. Porque, se arminianos, para o Senhor o somos; se calvinistas, para o Senhor o somos. De sorte que, ou calvinistas ou arminianos, somos do Senhor. Porque foi para isto que morreu Cristo, e ressurgiu, e tornou a viver, para ser Senhor, tanto dos calvinistas, como dos arminianos. Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo. Porque está escrito: Como eu vivo, diz o Senhor, que todo o joelho se dobrará a mim, E toda a língua confessará a Deus. De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus. Assim que não nos julguemos mais uns aos outros; antes seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao irmão.
1 House, H. Wayne, Teologia Sistemática em Quadros, pg 102, ed. Vida. 2 Silva, S. Pedro, A Doutrina da Salvação, pg 18, CPAD. 3 Langston, A. B., Esboço de Teologia Sistemática, pg 204, ed. JUERP 4 Copiei esta frase do Pr. Silas Malafaia de uma mensagem sua reproduzida no site
http://www.forumnow.com.br/vip/mensagens.asp?topico=814352 5 Grudem, Wayne, Teologia Sistemática, pg 573, ed. Vida Nova.
Fonte:http://www.pastorbatista.com.br
NOTA: RECORRENTEMENTE POR SE TRATAR DE UM BLOG CUJA ABORDAGEM É RELIGIOSA MAS NÃO RESTRITA A UM TIPO DE RELIGIOSOS É RECORRENTE ANÚNCIOS DO GOOGLE COM REFERÊNCIA ESTRANHA A GENUÍNA FÉ CRISTÃ COMO N.S TAL, VIDAS PASSADAS, ETC. CARO VISITANTE. TAIS ANÚNCIOS APENAS REFLETEM AS TREVAS QUE O MUNDO JÁZ, E SE VOCẼ NÃO CONHECE A PALAVRA DE DEUS E NEM O SALVADOR JESUS CRISTO, CONVIDAMO-LO A CONHECÊ-LO O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL. ISSO PODE ACONTECER HOJE MESMO. A BÍBLIA TRAZ E REVELA-NOS AS RESPOSTAS DEFINITIVAS ACERCA DA VIDA, DA MORTE, E DA SALVAÇÃO ETERNA: JESUS CRISTO O FILHO DE DEUS. DEUS O ABENÇÔE!
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