Um interessante debate entre a ciência e a fé e outras inferências como a relação do crente com a ciência, os propósitos atéicos de grande parte dos cientistas e do mundo acadêmico, a refutação simples da ciência pelos religiosos cristãos, conflitos entre ciência institucional e fé teológica, etc. Com vista a alimentar a reflexão sobre o assunto, publico nessa postagem, material cristão encontrado na web:
Dupla de norte-americanos simulou as condições que o local tinha há 3 mil anos em modelo computadorizado
A Bíblia, no livro de Êxodo, fala da travessia do Mar Vermelho pelos judeus quando fugiam dos egípcios que os escravizavam por gerações. Conforme citado em Êxodo 14: 21-31, as águas se abriram e permitiram que milhões de pessoas atravessassem em segurança, fechando-se depois sobre os perseguidores.
Mas as Escrituras não dizem qual foi exatamente o lugar da travessia, o que também é dificultado pelo fato de vários dos nomes de locais citados já terem mudado com o passar dos séculos. Mas, esta semana, pesquisadores norte-americanos divulgaram não só terem descoberto o exato ponto onde Moisés teria, a comando do Senhor, aberto o Mar Vermelho, como deram uma explicação do fenômeno natural que separou as águas.
Com um modelo virtual simulando condições de solo e atmosféricas, além da profundidade das águas e outros aspectos topográficos, Carl Drews e Weiqing Han, respectivamente cientistas do Centro Nacional de Pesquisas Atmosféricas (NCAR, na sigla original) e da Universidade do Colorado em Boulder reproduziram os fenômenos que teriam permitido que a água formasse um sulco deixando o solo à mostra, como no episódio bíblico. Em momento algum da divulgação do estudo os cientistas alegaram acreditar ou não no acontecimento como um milagre, apenas quiseram mostrar que realmente pode ter acontecido e em que condições, além de uma localização mais aproximada.
Muitas dúvidas pairam sobre o assunto, e não necessariamente dizem respeito à intervenção divina. “Traduções podem ter sido feitas de forma errada. Muitos estudiosos afirmam que o que foi traduzido como Mar Vermelho poder se referir a Mar de Juncos”, diz o arqueólogo Rodrigo Silva, fundador do Museu Arqueológico Paulo Bork, em Engenheiro Coelho (SP), único do gênero na América Latina. Mar dos Juncos não se refere a um mar, exatamente, mas a uma região próxima. Além disso, Mar Vermelho é um golfo do Oceano Índico, hoje ligado ao Mediterrâneo pelo Canal de Suez, mas o nome se refere tanto à porção aquática quanto à região que o rodeia. De toda forma, o fenômeno da abertura das águas está descrito na Bíblia de forma a deixar bem claro que uma parte seca do leito apareceu e deixou os judeus passarem, fechando-se sobre os egípcios que os perseguiam, sob a influência de um forte vento vindo do oriente.
Mesmo que alguns cientistas refutem a ideia de um milagre, saberiam eles responder o motivo de os judeus estarem exatamente no ponto em que a água se abriria, exatamente na hora em que eles mais precisavam?
Vento localizado
É justamente a ação do vento que Drews e Han afirmam ter afastado as águas, em um fenômeno real conhecido como wind setdown (algo como “vento localizado”, em livre tradução), algo que já aconteceu na região do Delta do Nilo no século 19.
A dupla de cientistas publicou o estudo no respeitado jornal on-line “PLoS ONE”, da Public Library of Science (PLoS), uma organização que visa difundir a ciência de forma democrática. “As pessoas sempre foram fascinadas por essa passagem do Êxodo, perguntando se tinha base em fatos históricos”, disse Carl Drew. “O que este trabalho mostra é que o relato das águas se abrindo de fato tem uma base nas leis da física”, completa. Drew ainda confirma outra descrição bíblica: “Quando o vento para, a água volta subitamente a ficar como antes, atingindo quem estiver no caminho” – referindo-se ao final da travessia, quando os perseguidores egípcios foram tragados.
Com a ajuda de Weiqing Han, que é oceanógrafo, Drews analisou a região e chegaram a um local a leste do Delta do Nilo, Tell Kedua, sítio arqueológico ao norte do Canal de Suez na costa mediterrânea. Com a ajuda de um satélite que monitorou a área, a dupla fez um modelo computadorizado do local, modificando o terreno para que ficasse nas mesmas condições que tinha há cerca de 3 mil anos, época do relato bíblico. Preencheram o modelo com água e simularam a ação do vento.
Os cálculos dos cientistas mostraram que um vento de cerca de 100 quilômetros por hora teria sido capaz de empurrar a água por um período de 4 horas, o suficiente para a travessia de Moisés e seu povo.
Testemunho bíblico
Rodrigo Silva, em seu trabalho, já obteve diversas evidências de relatos bíblicos, devidamente catalogados e expostos em museus internacionais. Se os objetos arqueológicos comprovam algo, como esse algo aconteceu já é outra história. “Quando aparece uma dessas ‘comprovações’ científicas de passagens da Bíblia, muita gente acha que ‘o milagre não é mais milagre’, já que a natureza o permite”, diz o arqueólogo. “Claro que pode ser a natureza, mas sob o comando de Deus. E quando é Deus que age, a ‘assinatura’ é diferente, como mostra o caso dos feiticeiros fazendo seus cajados transformarem-se em cobras perante o Faraó, mas o cajado de Moisés, também transformado em cobra, devorou os outros, mostrando ser superior.”
Segundo Rodrigo fala – de uma forma bastante simples e acessível a todos – é bobagem tentar legitimar as ações de Deus com a ciência. “O milagre aconteceu, pois temos o testemunho bíblico. Mas como ele aconteceu é meramente especulativo. Isso vira um buraco sem fundo, não tem fim.” Para ele, basta o relato da Palavra para crer que aconteceu. Opinião respeitável quando vem de um homem da ciência.
Fonte: Marcelo Cypriano
da redação do Arca Universal
Abaixo vídeo do Youtube acerca das descobertas relacionadas ao relato bíblico.
Abaixo vídeo do Youtube acerca das descobertas relacionadas ao relato bíblico.
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