Liberdade é uma palavra agradável. Própria para se pensar, imaginar um estado que propicie e seja útil a todo o tipo de propaganda que vai do maléfico fumo, passa pela bebida, foclorisa vícius mais pesados, passa pela camisa esportiva, um tênis, um short, óculos de sol, carro esportivo, par de patins, casa na praia e camisa social aberta sem gravata.
A Bíblia, como Palavra de Deus, revela que nós não somos livres. Todo homem antes do encontro com Cristo é escravo do pecado. A própria educação acadêmica através dos seus diversos conteúdos, dados nas escolas nos seus diversos níveis, ao longo de nossa vida, nos informa que somos sujeitos a uma série de elementos que nos moldam a força, ou nos limitam de alguma forma. De vez em quando alguém com discurso científico se levanta e se põe a expor que tal e tal atitude não é natural, mas apenas nos foi imposta, dessa ou daquela maneira. Que tal e tal regra surgiu para isso e para aquilo, que não é bem assim. Alguns afirmam que o insesto foi incluído nas regras sociais para controle populacional e manutenção de uma relação de poder sobre às mulheres. A pretença "opção sexual" moderna, se coloca como uma reação a uma sexualidade "imposta" pela sociedade que em nada é relacionada a um modelo natural de prática sexual, que segundo essas pessoas é muito mais flexível. Vão além, tomam como justificativa, práticas sexuais de animais, que até entre as espécies mencionadas não constituem fato egenônico. A consciência de um estado de não liberdade, faz com que o ser humano, se arvore em falsas ações de afirmação de liberdade. Já que não sou livre, preciso de algo que mostre aos outros que sou, que pelo menos pareço ser livre.
Pessoas criadas dentro de uma religiosidade teimosamente dedicam as suas vidas e seu talento, em demolir aquilo que julgam tê-las subjulgado durante algum tempo de suas vidas. E o fazem para promover uma pressuposta " libertação" de outros indivíduos iludidos e oprimidos, segundo eles, da mesma forma com que foram oprimidos antes. Exemplo disso é o consagrado escritor português, autodidata, José Saramago que usa o seu talento para, numa retaliação, atacar a Igreja Católica Romana, a Bíblia e por inferência o resto do cristiainsmo. Colocando em dúvida a pessoa e os desígnos divinos. Haja paciência para ouvir ou ler as suas bobagens.
Rupturas religiosas, filosóficas e ideológicas são feitas para igualmente "libertar" pessoas de um padrão, comportamento ou prática opressoras ou limitadoras. Definitivamente não somos livres tanto do ponto de vista bíblico que é o que nos apetece como sob um olhar secular. O Senhor Jesus Cristo nos assegura "Se o Filho vos libertar verdadeiramente sêreis livres". Se você concorda com a minha introdução estará em melhor posição que a dos fariseus que ouviam a Jesus, que lhe retrucaram: " como poderemos ser livres se não somos escravos?"
Óbviamente Jesus Cristo falava da condição de pecado que a religiosidade não pode livrar. Por mais sincera, obediente a moral, a ética ensinada ou imposta por sua religião, qualquer que seja ela, até a cristã, esse ser humano continua refém do estado de pecado, e da condição de pecador. Só Jesus pode dar a esse homem, a essa mulher, a essa pessoa uma condição de real liberdade. Entretanto, quero me ater a liberdade de pensamento, uma mente livre para crer, uma mente livre para caminhar, uma mente livre para avançar, uma mente livre para apreender a lógica de Deus, para ter a mente de Cristo, como falara o apóstolo Paulo.
Agora dirigindo-se a nós que nos julgamos cristãos, com a experiência de conversão, de fé na Palavra de Deus e na sua mensagem, muitas vezes esse novo crente que foi liberto de uma velha maneira de viver e preso positivamente por laços de amor a uma nova vida com Deus, constrói novas amarras. Ou devido a circunstâncias não experimenta a liberdade para certos avanços que poderia alcançar na sua caminhada com Deus.
Não tenho admiração exarcebada por nenhuma personagem, seja secular, religiosa ou bíblica. Aceito cada pessoa na medida que somos, seres humanos capazes de grandes proezas e que possuem enormes lacunas. Mas há alguém na Bíblia que sobre essa pessoa se declara relativamente pouco: Enoque. Diz a escritura que "Enoque andou com Deus e Deus para si o tomou". Duranre a minha vida cristã, de vez em quando algum pregador cita Enoque em sua mensagem. Curiosamente o máximo que se pode dizer é que Enoque foi andando com deus, andando, andando... e não deu mais para voltar...isso é maravilhoso não?
Enoque não tinha amarras, sejam quais fossem possíveis: mentais, não sei quais mais ...mas tudo que Deus lhe dizia, imagino, Enoque absorvia, não era resistente, cultivando às suas próprias idéias, idéias de seu tempo, da sua cultura...Enoque era livre! Alguém poderia dizer: Enoque deveria orar mais que Daniel, ofertar melhor do que Abel, ser mais manso que Moisés, ou maior que João Batista, mais amoroso do que João, mais sábio do que Paulo, mais diligente do que Lucas, ter presença e destino decisivo como o de Ester. Impossível fazer considerações exatas ou sequer estabelecer comparações seguras. Trata-se apenas um exercício de pensamento. Não gostaria de ter a experiência de Enoque?
Mais perto de nós, bem mais perto, há personalidades importantes na obra de Deus. Pessoas que fizeram algo bastante importante, que tem repercussão importante na vida da igreja cristã protestante, até os dias de hoje mas que pela época em que viveram, estado de desenvolvimento da época de cada um, sucumbiram a doenças hoje passíveis de tratamento. Poderia citar mais exemplos concretos, entretanto citarei apenas duas personagens. Repito que foram cristãos autênticos e cujo trabalho para a igreja cristã evangélica, foi e continua sendo, de extrema importância. Não eram pecadoes depravados e nem religiosos displicentes, nenhum deles. Eu sei que muitos que lerem essa postagem poderão ficar muito bravos e não será porque estarei ofendendo-lhes ou a alguém. Talvez porque estarei tocando em um assunto que rompe com o círculo vicioso de estar sempre repetindo as mesmas coisas como se a repetição pudesse por si só, autenticar alguma colocação.
Uma é o Padre João Ferreira de Almeida ( a época os protestantes adotavam o nome padre semelhante aos ministros católicos ) e convertido ao evangelho na Igreja Reformada Holandesa. A boa educação recebida lhe deram ferramentas suficientes para fazer a tradução da Bíblia para a língua portuguesa, a tradução mais usada no Brasil por todas as denominações excetuando as Testemunhas de Jeová e Igreja Católica Romana. Só não completou a tradução da Bíblia por uma pequena parte, já que morreu em uma ilha no Atlântico por doença tropical. A outra personagem é nada menos que João Calvino, o grande reformador e responsável , entre outras coisas, pelo escopo e organização da igreja protestante e cujas idéias hoje são seguidas, salvo erro meu, por mais de quarenta milhões de cristãos. João Calvino padeceu longos cinco ou mais anos por uma doença hoje tratável, desde que descoberta precocemente, a tuberculose.
A essa altura alguém pode não estar querendo ler o que estou a escrever e já está pronto a confrontar as minhas colocações. Prossigamos então. A Bíblia de ambos era a mesma que a minha e a sua. João Ferreira de Almeida foi talvez mais longe, traduziu a Bíblia a partir de línguas originais. A cura de Naamã e tantos outros milagres da Bíblia foram por ele lidos na língua original que em muitos casos nos revela mais que a tradução de uma língua moderna e ocidental. O episódio de Maria Marta e Lázaro, cada palavra de Jesus pronunciada ao fazer mais um milagre.
Porém a igreja da época de João Ferreira de Almeida e a de Calvino, bem mais anterior, não tinha a prática e a fé da igreja primitiva. E como poderiam eles terem uma fé para a cura sendo essa a única saída e chace de sobrevida para os mesmos? Você pode dizer, eles oraram , a igreja , alguém orou por eles...ou Deus não tinha como propósito curá-los! Ou isso é maldade de pensamento ou a admissão que o contrário o leva imediatamente a um ponto de raciocínio que você não quer chegar, não quer admitir, por algum motivo. O problema não é a Bíblia. O problema não é Deus. O problema não é nem mesmo a teologia. Sua mentes não era livres para crer. Ou circunstancialmente porque essa não é a prática na sua congregação e nem a sua concepção teológica. O trabalho desses irmãos se concentrava em outras coisas que julgavam necessárias a obra de Deus. Algo absolutamente legítimo. Se você não consegue crer, de algum modo a sua mente não é livre. Certa vez, fisso foi praticamente fato recente, alguém me arguiu se há manifestações demoníacas nas pessoas, se não era fingimento, encenação, etc o que acontece em determinadas reuniões. Ao que respondi: meu caro, a Bíblia registra tais acontecimentos. Jesus se manifestou certa vez dizendo: " Essa casta de demônios só sai com oração e jejum" demonstrando a existência do fato.
Finalmente você pode ser um cristão, um crente autêntico, mas se sua congregação não crê, a sua mente é refém juntamente com ela. Não devemos nos submeter a um novo julgo, julgo mental que venha a tolher a nossa fé, que só permita que possamos ir até certo ponto. Dali em diante não podemos passar pois há mais perigos que certezas. Lembremos do exemplo de Enoque.
Tenhamos uma mente livre pois Cristo nos libertou. Amizades, tapinhas nas costas, bajulação não podem significar uma mente subjulgada, refém de uma fé menor. Jesus afirmou em outra oportunidade a Nicodemos: "Se não vos tornardes como crianças não podereis entrar no Reino dos Céus". Esse texto é base para o novo nascimento, nascimento da água e do Espírito. Mas lembre -se que Nicodemos não era um qualquer, possuia educação religiososa e fazia parte de uma elite que teóricamente se comportava e se conformava com práticas condigentes com uma relação espiritual com o Deus bíblico. Por que uma criança? Uma criança não tem satisfação a dar, um "status" a preservar.
Paulo afirmara estar "crucificado com Cristo". Essa crucificação é não ter nada do ponto de vista humano a ser preservado em detrimento da obra de Deus. É por isso que não há milagres em demonstração de poder em muitas igrejas. E esses irmãos tem enormes reservas com relação a outros irmãos, que usando métodos estranhos a eles, estão fazendo algo que o Senhor Jesus gostaria de fazer e não pode fazer, através deles mesmos. Você pode imaginar Deus se importando e sendo limitado pela lógica humana e tecendo elogios pela nossa ordem do culto, pela nossa música, nossos acampamentos, nossos livros, nossas associaçãoes de fulanos de tal?
Há ainda de se considerar as fortes amarras da liturgia, da ordem do culto, tão necessárias e compreensíveis mas que na prática funcionam como potentes e resignadas amarras a autêntica operação de Deus. No caminho de Emaús, Jesus ressurreto, ao lado dos discípulos, teve que esperar a sua vez, e só após expor-lhes e fazêr-lhes entender os últimos acontecimentos a luz daas Escrituras foi finalmente reconhecido. As amarras do mundo real e não a liberdade do Reino de Deus, lhes tolhiam o entendimento e a fé. Seria cômico se não fosse trágico: multidões ainda hoje estão famintas espirirual e materialmente e a nossa organização nos permite reunir somente em tais dias, somente a tais horas, para atendimento a determinado tipo de pessoas, que se enquadrem no perfil de nosso ministério e comunidade.
Há exageros e desvios na prática da igreja evangélica atual, na sua adaptação e motivação para tocar mais pessoas. Porém a exemplo do que várias vezes ocorreu no passado, pregadores profissionais, com formação para administração eclesial, cursos de especialização em "n" coisas não estão disponíveis a qualquer hora, a qualquer momento. Nas suas comunidades só há um perfil de pessoas passíveis de serem convertidas e aceitas, com determinados talentos e sem determinadas limitações e problemas. Esses religiosos, pasmem creem no céu e no inferno mas se colocam na platéia como observadores e comentaristas. Tem em si e veem nos outros uma série de restrições. A exemplo das famosas discussões em Bizancio recolhem-se em refinadas e elitistas discussões. Dirá o Senhor o mesmo que disse a Isaías: "A quem enviarei e quem irá por Nós?"
Não estou a afirmar que é fácil fazer a coisa certa. Uns erram pelo exagero e outros pela timidez que é covardia. Todos precisamsos de uma libertação. Os avivamentos são períodos que semelhante aos insetos, a Igreja abre seu esqueleto externo que a impede de crescer, e rompendo, cresce, avança. Muitos ficam escandalizados, perdidos com o movimento aparentemente caótico. A seguir há um movimento de acomodação, organização, burilamento. Jesus disse que as portas do inferno não prevaleceriam contra a Sua Igreja e não somos nós os responsáveis de que isso aconteça. Ele é o responsável. Só precisamos sermos livres nEle e estarmos exatamente no pelotão que corresponda a ação concreta segundo a Sua vontade.
Precisamos reafirmar a mensagem que Jesus deseja curar aos doentes, que se importa com eles tanto quanto se estivesse em carne nesse mundo, restaurar-lhes a vida de maneira completa, para que enfim glorifiquem a Deus. Que forças invisíveis e desconhecidas para aqueles que desconhecem a Palavra de Deus, possam ser expulsas visivelmente das vidas das pessoas oprimidas, e que isso também seja para a glória de Deus, por Cristo Jesus.
por Helvecio S. Pereira
e-mail para contato: helvecio.p@oi.com.br
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por Helvecio S. Pereira
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Que Deus nos abençôe a nós todos, no nome de Jesus.
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