Chega a ser engraçado, quando construimos a ídeia de que a nossa fé será maior quanto mais coisas soubermos, mais informações tivermos, embora pareça verdadeiro, não é simplesmente porque a fé verdadeira vem pelo "ouvir a Palavra de Deus". É verdade que a falta patente de conhecimento impõe certas limitações, mas estas limitações são, díríamos, no campo social, puramente humanas. É degradável alguém cometer seguidos erros de concordância durante uma pregação ou ainda um engano geográfico, mas o amor que alguém tenha a Deus e a comunhão que essa pessoa possa ter com Ele nada tem a ver com a sua bagagem cultural. Na esfera religiosa, e particularmente no mundo protestante ou evangélico, usando essas expressões com iguais, óbviamente, um pregador extremamente culto não garante uma mensagem espiritual e correta, direta do coração de Deus para os seus ouvintes.
A oração de um ministro com excepcional bagagem cultural e recomendável curriculo acadêmico, não serão por esses títulos ou carreira acadêmica, mais sucetíveis de ser ouvida por Deus do que a de um irmão mais simples. Aliás os maiores propaladores de idéias falsas e heresias não são exatamente os mais ignorantes. Ao contrário são aqueles que a várias gerações fazem parte de um contexto evangélico e cuja história familiar os recomenda fortemente como "cristãos autênticos". É, sem dúvida, bom para quem tem posses e recursos serem filantropos, eu gostaria de sê-lo. Mas a oração de alguém que não pode ao menos dar um trocado para comprar medicamentos a outro e que não tem sequer um plano de saúde nem para si , pode ser mais eficiente em prol do doente em questão do que um ministro "medalhão" altamente recomendável por uma denominação qualquer.
Lembra-se quando eu e você "aceitamos a Jesus", dentro das práticas hoje até constentadas por uma turma do contra? Não sabíamos praticamente nada do que estava acontecendo, a timidez, a falta de compreensão clara das coisas, fez com que a grande maioria de nós permanece, e hoje, nós e muitas vezes, toda uma segunda e terceira gerações, desfruta da benção de conhecer a maravilhosa graça de Deus.
Uma vez, não faz muito tempo, acho, um precioso irão me ligou e perguntou-me se Deus amava todas as pessoas igualmente. Eu disse que não. A Bíblia está repleta de exemplos de como Deus gostava de alguns mais do que de outros e faço questão de usar uma palavra em português, com menor uso na linguagem culta, mas que dá a exata idéia do sentimento mostrado nas diversas ocasiões no texto sagrado. Deus ama a todos. Mas certamente Deus não tem prazer quando olha para todos. De quem Deus gostava mais de Abel ou de Cain? Arrisque a responder? De Saul ou de Davi? De Daniel ou de seus amigos igualmente fiéis? de Jacó ou de Esaú? de José ou de seus irmãos filhos de Jacó? Os exemplos são muitos. E não há nada de errado nisso. Alguns de nós damos mais prazer ao coração de Deus e outros menos. Somos indivíduos. São somos cópias feirtas em massa e rigorosamente iguais. Ele, na ocasião se mosrtrou bastante surpreso e não concordou muito com isso, acho. Estou contando esse fato para dizer que essas minhas conclusões foram baseadas na simples leitura e atenção aos relatos bíblicos. Se fosse buscar na esfera teológica ( não que ela não seja importante no marco e na definição de certos temas ) estaria perdido entre duas ou mais correntes de pensamento. A igreja evangélica não tem um "papa" mas há sem dúvida "papas" da teologia, os quais a sua posição se torna referência para seminários, denominações, formação de futuros pastores e educadores religiosos, etc. Pode ser que esses respeitáveis nomes pouco leiam a Bíblia e paenas defendam posições tomadas em certo período da suas vidas ou formação.
A oferta de Abel, a ambição pela benção de Deus por parte de Jacó, o testemunho da escrava de Naamã, a santidade de Daniel, o desejo e dedicação de Lucas em conhecer a verdade, antes a fé do Centurião romano, a oração franca e sincera, não sentimenta de Jonas, e tantos e tantos exemplos nos possibilitam permanecer com um tipo de fé que é a que certamente agrada Deus ( sem fé impossível agradar a Deus )sem termos a visão deturpada que devemos saber tanto para sermos melhores tanto. O resultado é um soberba e presunção que não nos aproxima de Deus.
Conheço algo da história da igreja e e da igreja protestante, evangélica e um pouco de teologia. Já li bastante nos mais de trinta anos de convertido, mas o conhecimento livresco não trás na maioria das vezes paz do céu ao meu coração. Não há um livro em que determinado capítulo, o autor não se refira de maneira partidária, e que não desmereça algo feito por um outro irmão ou igreja. Se um novo convertido chegar a uma livraria da sua igreja e comprar certos livros, deixa a igreja no outro dia. Sem dúvida o melhor livro de uma livraria evangélica é a Bíblia e as letras, a poesia dos melhores hinos também, sem dúvida estão na Bíblia.
Só para dar um exemplo o quanto a teologia atrapalha a compreensão simples da Palavra de Deus. Não vou citar os vercículos, mas darei esse trabalho para você. Em vários trechos da Bíblia encontramos a expressão de que Deus se arrependeu de algo. Use uma chave bíblica para achá-los. Bom, vem o teólogo e diz: " Deus não se arrepende" pois Deus jamais erra e desse modo, conhecendo tudo e nada escapando a seu controle Deus não pode arrepender-se, etc. etc. E como esse papo vai longe, a última tacada é que a tradução foi errada e que o texto não diz o que diz. É patético. O Deus que tem todo o controle do mundo, do universo ( e eu concordo plenamente ) não copntrolou a mente do tradutor da Bíblia e em uma palavra, só uma palavrinha?
Posso não gostar do que a Bíblia diz e ainda bem que ela não foi escrita para me agradar. Deus expulsou Adão e Eva do Édem como se dissesse: os meus planos agora para vocês mudaram...a coisa agora vai ser de outro jeito. Saul foi escolhido por Deus...e depois "desescolhido". Judas foi escolhido por Jesus também, ou não? A compreensão simples é que quando a Bíblia diz que Deus se arrepende, Deus deixa de nutrir o mesmo prazer que sentia anteriormente por nós. Vamos ao mundo real. Você é marido ou esposa de alguém. Você é exemplar em toda os aspectos de sua vida e de repente você arranja um ou uma amante e faz o que há mais de depravável possível. comete inustiça contra os seus entes queridos. Você era ministro ou ministra na obra de Deus e exemplo na família e na sociedade e agora é um desastre. Ninguém o levou a isso, você foi por sua propria conta e cobiça. Acha que Deus continuará com o mesmo prazer em relação a você. A teologia diz que sim. Que você não perderá a salvação, que o amor de Deus por você será sempre o mesmo e que Deus tendo todo o controle sobre tudo, permitiu que tal acontecesse. Em nome de uma corrente teológica, em nome de um bando de puxa-sacos que vivem dando tapinhas nas costas uns dos outros dizendo é assim e assim mesmo. É o tal corporativismo teológico. Afinal para os que vivem as custas de uma denominação significa o seu salário, o seu respeito diante do grupo, recomendações e até mordomias se a tal denominação possui enormes posses e grande poder financeiro. Deus nos vê como realmente somos. Só ele sabe a nosa verdadeira estatura espiritual e qual e como é a nossa fé.
por Helvecio S. Pereira
e-mail para contato: helvecio.p@oi.com.br
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