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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O JUÌZO DE DEUS CONTRA O REI ACABE



Recebi do querido irmão Mizael Reis um comentário, mais uma vez bastante inteligente e apropriado às reflexões que ora fazemos em torno da Soberania de Deus e possibilidade de alguma liberdade humana, a qual reproduzo abaixo:








Helvécio,

 Eu entendo e acredito que convergimos no fato de crermos na Soberania de Deus. Contudo, não sei se quando você pensa sobre tal soberania, pensa nas consequências que vem a reboque. Se Deus é Soberano, tudo está sob sua regência, e a tal liberdade neutra não existe. Veja um exemplo: Micaías profetizou a queda de Acabe: "E disse Micaías: Se tu voltares em paz, o SENHOR não tem falado por mim. Disse mais: Ouvi, povos todos!" [1 Rs 22.28] Ele não retornaria, sob cumprimento à profecia dada providencialmente por Deus ao profeta. Alguns versículos à frente, ele morre, de maneira aparentemente inadvertida e contingencial: "Então um homem armou o arco, e atirou a esmo, e feriu o rei de Israel por entre as fivelas e as couraças; então ele disse ao seu carreteiro: Dá volta, e tira-me do exército, porque estou gravemente ferido." [1 Rs 22.34] 

O homem lançou uma flecha ao esmo. Ele escolheu lançar a flecha, mas o caminho dela, bem como a determinação sobre o desejo de lançá-la vinha de Deus. Logo ele foi responsável, mas não livre. Sua decisão não só fora antevista por Deus, como determinada para um plano maior. É assim, com todos os homens. Para que assim não seja, Deus não pode ser Soberano. Mas isso é impossível, logo, não somos neutramente livres. Não existem possibilidades não decretadas por Deus a fim de favorecer o homem com sua suposta liberdade à escrever uma história não escrita. Para Deus tudo está decretado, e nossas escolhas já determinadas a favor de seu misterioso plano. 


Graça e paz Mizael Reis



Bem partirei do texto e do evento por ele muito bem relatado e fiel ao texto bíblico. Como havíamos conversado anteriormente a partir da minha recente postagem nesse mesmo blog, "CRISTÃOS MUDAM A HISTÓRIA OU NÃO ?" em que eu alertava sobre a possibilidade real de optarmos pelos candidatos disponíveis para serem eleitos, e naturalmente sujeitos a nossa análise no último dia 3 de Outubro, fato que se repetirá no próximo dia 31 de Outubro desse ano, na qual postagem o irmão Mizael Reis apresentou com legitimidade outros argumentos.

Sobre a soberania de Deus todos os cristãos do mundo concordam que ela seja um fato, seja irretocável e imutável. O Deus criador de todas as coisas não encontra rival ou semelhante em nenhuma mitologia em que o Deus criador e sustentador, a fonte do bem tem um rival a sua altura e de força e poderes também rivais. O Deus bíblico não tem quem o ponha de fato, em poder, grandeza, sabedoria, exatamente em nada. Esse é o Deus de Abraão, o Deus dos judeus, dos cristãos e dos muçulmanos, no que concerne a Sua soberania. A diferença reside na parte do homem e por extensão as demais criaturas inteligentes criadas por Deus.

Defendi na oportunidade, que a Bíblia, as Escrituras judáico-cristãs, embora não tragam a expressão livre-arbítrio, mais tardia e de raízes e concepção filosóficas pagãs, revelam de maneira inequívoca como é essa relação: da soberania divina e vontade humana. Tal debate e reflexões acaloradas não são novas e não há, de nenhuma forma a pretensão de reinventar a roda ou descobrir a redondeza da terra. Se conseguir uma demonstração mais clara não há mérito particular nas minhas demonstrações, mas talvez por um eventual sucesso em organizar as ideias e demonstrá-las.

Partindo do texto lembrado pelo irmão Mizael, que pode e deve ser lido nas nossas próprias Bíblias vejamos:

Essa passagem é bastante complexa e mais reveladora do que parece a primeira vista. Vários profetas fazem parte dos acontecimentos e muitos falam mentiras a partir de uma permissão dada pelo Senhor para que o rei Acabe confie em seu próprio braço e caia finalmente em desgraça. O verso  (I Reis 22:28) traz o registro do profeta que fala em nome do Senhor, palavra refutada pelo rei Acabe. Todos os acontecimentos seguintes fazem parte do juízo de Deus sobre esse homem, que cometeu grandes e graves afrontas diante do povo de Israel contra o Senhor. Os registros seguintes mostram, que mesmo Acabe tentando ludibriar a Deus disfarçando-se  e vencer segundo a sua própria inteligência e força,   sem que os Sírios soubessem onde estava o Rei ( disfarçado entre os pequenos soldados ). Uma flecha, aparentemente ao acaso, lançada a esmo por soldado sírio, o fere exatamente entre as fivelas da armadura do rei ímpio de Israel.

Bem essa passagem, esses fatos, esse registro histórico não depõe contra a soberania de Deus e nem contra a possibilidade de autonomia humana. Explico: o texto e registros em questão, com pormenores importantes apenas revelam a eficiência do julgamento divino, finalizado por ações naturais passíveis de serem testemunhadas e julgadas pela razão humana e assim apreendidas. Logicamente Deus poderia matá-lo, tirá-lo do poder, por "n" formas e maneiras, mais sutis, invisíveis e muito mais eficazes, digamos um enfarte, um aneurisma, etc. Porém a sequência de fatos produzem em todos os envolvidos um testemunho pessoal e histórico, enfim  uma reflexão a ser feita por nós hoje, como grande e reveladora lição. O próprio Acabe não morrera imediatamente. A peleja durou todo o dia segundo a Bíblia e o rei sustentando o seu carro defronte os Sírios morrendo à tarde.

Os versos de 1 Reis 22:36 a 39 registram a condição de humilhação e negação de honra para um homem que conhecendo a Deus o afrontara. Aliás Acabe costumava ouvir mais de quatrocentos profetas menos um: Micaías , filho de Inlá, que segundo o rei Acabe, nunca profetizava o que era bom a seu respeito mas somente o que era mal. Acabe conhecia a Deus mas não se submetia a Ele, ao Senhor, e só ouvia o que lhe agradava o coração.

Aliás, disse anteriormente que o texto não pendia nem para um lado nem para o outro, e de fato não, no caso do objeto da nossa reflexão, mas se observarmos bem, toda a rebeldia de Acabe era voluntária, sendo até advertido por Josafá a não manifestar-se daquela maneira contra o verdadeiro profeta que trazia sempre  a verdadeira mensagem do Senhor, Micaías, e que portanto deveria ser ouvido e obedecido por Acabe.

Deus não é, do ponto de vista estritamente escriturístico, refém do homem, mas com ele homem, se relaciona, de acordo com as escolhas que esse homem faz. Esqueçamos por ora, como se dá esse processo, e que nome seja mais conveniente a esse fenômeno. Acabe errou digamos, livremente, foi advertido, avisado, de que deveria agir de outro modo. A justiça de Deus se manifesta em avisar-nos de que estamos no caminho errado, agindo erradamente, e que devemos mudar as nossas ações e atitudes e rapidamente pois um juízo se instalará quase que imediatamente, quiça à próxima rebeldia. Somos instados a nos arrependermos, a crermos, a pedirmos, a irmos e fazermos o que é nos ordenado a fazer, etc.

Não seria lógico e necessário tais admoestações e exortações se já tivéssemos a disposição para fazermos exatamente o que nos é pedido, e ou até ordenado. O contrário seria igualmente verdade: se não houvesse nenhuma possibilidade de arrependimento ou mudança de atitude. Porém o Espírito do Senhor não contende indefinidamente com o homem. Chega o momento que Deus nos diz de certa maneira: o que tendes de fazer faze-o rápido. As consequências não serão para o afrontador boas e ele, ele o homem, será responsabilizado, cobrado e justamente castigado pelo tal ato e escolha.

Um detalhe: no texto em questão temos uma situação recorrente em vários outros acontecimentos bíblicos em que o homem da flecha não decidiu lançá-la, discordando eu do que o irmão Mizael Reis afirmara. Há situações em que o Senhor assume todo controle, de todas as vontades e de todos os acontecimentos e de todas as variáveis da natureza. Nem querendo o homem acertaria onde acertou com a sua flecha o rei Acabe. Foi assim nos acontecimentos que envolveram certos momentos da vida e ministério do profeta Jonas e da moeda na boca do peixe pescado por Pedro para pagar o imposto a César.

De fato o plano macro de Deus jamais, nunca é frustrado e finalmente o Senhor intervém com sua ação e julgamento. Mas até lá há espaço para as ações humanas, pelas quais somos julgados e se com a nossa fé o agradarmos, colheremos misericórdia e livramento e salvação. Há o período, o tempo, portanto  de observação e julgamento, algo claro em toda a Bíblia. No julgamento nada poderá ser alterado e ninguém prevalece contra Deus. O Senhor não se deixa vencer nem pela vontade do homem ou por nenhuma vontade de nenhuma outra criatura. Por que não há misericórdia com os anjos e com relação a Satanás? Pois o período de observação para eles já é passado. Com relação a Satanás dizem as Escrituras reveladoramente: "até que foi achado nele ( Satanás ) iniquidade".

Caro irmão Mizael Reis, espero ter sido útil essa reflexão. Mas não acabou. Um grande abraço e muito obrigado pela sua participação. 

Por Helvécio S. Pereira

21 comentários:

  1. Helvécio,

    Delinear os fatos com minúcias na sua historicidade não resolve o problema. Especificamente falando, nada que disser, poderá alienar Deus dos fatos que acometem aos homens.

    Não importa se Acabe morre depois, se a flecha lançada é ato recorrente de atos antecedentes. O que importa é que a flecha lançada cumpriu a profecia dada por Deus ao profeta Micaías. E ainda reflita, se Jesus estava desde o primeiro livro da Bíblia, determinado a vir por meio da tribo de Judá (Gn 49.10), então a destituição de Saul do reinado (um pequeno exemplo dentre tantos) estava determinada por Deus, posto que era Saul da tribo de Benjamim, contrariando assim, a profecia bíblica. Deus o usara para outros termos, porém, nunca pra que por meio dele perpetrasse o reino. Deus não mente, nem se contraria, por conta de ações humanas, até porque, Deus tem pleno controle sobre todas as ações dos homens.

    Dessa forma, não há nada que possa provar que Deus estava alheio ao arqueiro, e não procederá dizer que Deus se valeu do enredo cego das contingências para que pudesse agir, pois isso reduz a Deus de não saber o que se sucederia, e assim que ele se torna refém do homem, não pelo contrário.

    Antes de apresentar alguns textos bíblicos análogos ao anteriormente pautado, pense comigo:
    Deus é Soberano e Eterno. Sabe do fim antes de seu desfecho (Is 46.1), pois é ele quem o determina (Is 14.27). Assim, não existe futuro para Deus, ou amanhã ainda não acontecido. O desenrolar da história, não prega peças em Deus, não o surpreende com o acaso, ele sabe de tudo. Se esse Deus sabe de tudo, então ele conhece o número exato dos que ele salvará, bem como sabe o número exato daqueles os quais ele condenará. Se Ele sabe dessas contagens, também Ele sabe quais serão as escolhas responsáveis dos homens, que desaguarão na salvação e condenação antevistas. Se isso é fato, o homem não é livre, no sentido de criar sua própria história além daquela que Deus já estabeleceu.
    Se Deus criou anjo perfeito, hoje caído, sabia que ele cairia, ou essa foi uma insurreição do anjo que lhe pegou desprevenido? Pois se assim for, Jesus não é plano determinado, mas sim ação corretiva, o 2º plano, o “tapa buraco de Deus”. Se o cordeiro é morto antes da fundação do mundo, isso significa dizer que ele estava determinado a vir, antes do pecado, ou seja, antes da causa pela qual se manifestaria (pelo menos para nós) aos homens. Assim Jesus é o Cordeiro enviado por conta do pecado ainda não cometido (para os homens, mas Deus já sabia, pois sabe de tudo). Antes que Adão pecasse no Jardim, ele já estava determinado a vir para a salvação do seu povo, antes da manifestação do motivo, que justificaria sua vinda.
    Então o pecado estava nos planos de Deus. Reflita sobre isso.

    Continua...

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  2. Agora leia alguns versículos:

    “A sorte se lança no regaço, mas do SENHOR procede toda a determinação.” [Pv 16.33]

    O acaso é determinado por Deus. Existiria outra interpretação? Esse versículo é oportuno ao episódio de Acabe.

    “Porém uma mulher lançou um pedaço de uma mó sobre a cabeça de Abimeleque; e quebrou-lhe o crânio.” [Jz 9.53]

    “Assim Deus fez tornar sobre Abimeleque o mal que tinha feito a seu pai, matando a seus setenta irmãos.” [Jz 9.56]

    Deus matou Abimeleque. Assim, a ação da mulher lançando um pedaço de mó na cabeça de Abimeleque, foi um ato determinado por Deus, a fim de efetivar o seu plano.

    “Ele é que forma o coração de todos eles, que contempla todas as suas obras.” [Sl 33.15]

    Deus conhece todos os intentos dos corações de todos os homens, de modo que nada para Deus é novo, desbaratador, contingencial, inadvertido, inusitado, surpresa. Deus conhece todas as ações dos homens, não porque os conhece de antemão com base na presciência, mas ele é quem FORMA o coração de todos os homens. Não devemos nos preocupar com a declaração bíblica e, diante de sua contrariedade à neutralidade tão desejada pelo homem natural, diluirmos a Escritura, de modo a ser palatável aos homens. A Escritura diz o que diz e ponto final.
    Eu iria apresentar outras passagens (o que farei mais a frente), mas lembrei de um pequeno artigo meu que poderá ajudá-lo a compreender o quanto Deus é Soberano. Sugiro que o leia e rumine-o bastante a fim de melhor compreender até onde Deus se apresenta na Escritura, como plenamente Soberano.

    Eis o link para o artigo:

    http://somentepelaescritura.blogspot.com/2010/08/deus-e-soberano.html

    Continuemos refletindo.

    Agradeço-lhe pelo seu carinho dispensado a mim.

    Deus o abençoe.

    Graça e Paz
    Mizael Reis

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  3. Helvécio,

    Você recebeu a segunda parte dessa resposta? Eu a enviei junto com a primeira parte, logo em seguida.

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  4. Existe uma segunda parte do meu comentário acima. Acho que se perdeu, tudo bem. Prossigamos.

    Helvécio,

    Deus tem controle sobre todos os intentos humanos:

    “Ele é que forma o coração de todos eles, que contempla todas as suas obras.” [Sl 33.15]

    Tudo o que aconteceu no céu foi plano de Deus, bem como tudo que acontece na terra segue igualmente seus planos diretivos. Se tudo que houve nos céus é dito que foi Deus quem fez, como não responsabilizá-lo pela queda do anjo?

    “Tudo o que o SENHOR quis, fez, nos céus e na terra, nos mares e em todos os abismos.” [Sl 135.6]

    Deixarei que outras passagens falem por si.


    “O coração do homem planeja o seu caminho, mas o SENHOR lhe dirige os passos.” [Pv 16.9]

    “Os passos do homem são dirigidos pelo SENHOR; como, pois, entenderá o homem o seu caminho?” [Pv 20.24]

    “Mas seu pai e sua mãe não sabiam que isto vinha do SENHOR; pois buscava ocasião contra os filisteus; porquanto naquele tempo os filisteus dominavam sobre Israel.” [Jz 14.4] - Aqui Deus foi responsável pela desobediência de Sansão.

    “O rei, pois, não deu ouvidos ao povo; porque esta revolta vinha do SENHOR, para confirmar a palavra que o SENHOR tinha falado pelo ministério de Aías, o silonita, a Jeroboão, filho de Nebate.” [1 Rs 12.15] - Aqui Deus foi responsável pela rebeldia de Roboão.

    ““E aumentou o seu povo em grande maneira, e o fez mais poderoso do que os seus inimigos.Virou o coração deles para que odiassem o seu povo, para que tratassem astutamente aos seus servos”. [Sl 105.24,25] - Aqui Deus foi responsável pelo ódio no coração do faraó contra Israel.

    Agora uma única pergunta:

    O que o homem faz que Deus não tenha controle?

    Se Deus tem controle o homem não é livre, Deus é livre!

    Se o homem é livre Deus não pode ser Soberano, pois para que ao homem lhe seja permitido construir neutramente sua história, Deus não pode tê-la concebido em sua eternidade, pois se a conceber, tal história será determinada, minando assim a neutralidade requerida.

    Para uma melhor e básica compreensão sobre isso, sugiro que leia um de meus artigos. Eis o link:

    http://somentepelaescritura.blogspot.com/2010/10/normal-0-21-false-false-false-pt-br-x.html

    Graça e Paz
    Mizael Reis

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    Respostas
    1. Deus é soberano e conhece todos os nossos caminhos .Mas Deus tem poder de mudar histórias.Se o homem se arrepender dos seus maus caminhos e se converterem para servi-lo, ele interfere na na vida do homem e muda.
      Exemplo:
      "O homem tem 2 caminhos ....E 2 desfechos para eles."
      Se escolher um , terá um desfecho , e se escolher outro,terá outro desfecho.
      Sendo que Deus conhece os 2 finais da vida desse homem.
      Mas a escolha é do homem .

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  5. Esse comentário sobre a sua postagem "O JUÌZO DE DEUS CONTRA O REI ACABE" é anterior ao comentário do irmão Mizael Reis, corrigido devido a erros de digitação enquanto postava o comentário no trabalho.

    Mas não discordamos ainda no que eu coloquei sobre os eventos relacionados ao Rei Acabe. O que eu afirmei é que nem ao menos o arqueiro no caso decidiu por si lançar a flecha a esmo. d o momento em que o arqueiro escolheu a flecha no seu arco a atirou, todo o caminho, através do ar e o exato ponto em que penetrou entre as amarrações da armadura até a profundidade que penetrou no corpo do rei acabe, não o matando imediatamente, mas somente horas depois, deus teve TODO O CONTROLE.

    Então qual a diferença entre minha abordagem e a sua? No minha opinião e compreensão, Deus na Sua soberania toma todo o controle, entrega o homem a suas concupiscências ( outra referência bíblica, se arrepende ( no conceito bíblico ), oportuniza ao homem a mudança de rumo, ao arrependimento, delega ações ( como no caso do espírito que se prontificou a mentir e enganar a Acabe através de quatrocentos profetas, como no caso de Satanás poder tocar na vida de Jó ). Não se trata de uma única situação como defende o irmão, que antes de tudo Deus tenha determinado todas as coisas e nada, nenhum fato, poderá ter outro desfecho, se não o predeterminado no princípio. Ainda mais que o que é o princípio para Deus? O princípio, os começos, as origens são uma forma de levar-nos à compreensão das coisas dentro da grandeza do tempo. Então temos várias situações diferentes. Acabe foi rejeitado finalmente por Deus que determinou o dia de seu julgamento.

    Concordamos que também para Deus não há futuro, nem presente, nem passado ou seja a cortina do tempo só existe para nós e até mesmo para os escritores bíblicos. É um segundo ponto de concordância. Quanto a profecia de que Jesus nasceria da tribo de Judá há de fato nenhum problema real, ainda mais porque Saul foi uma concessão de Deus como o fato de Israel ter um rei como as demais nações. Não era plano de Deus que Israel tivesse um rei como os outros povos. A profecia não é exatamente uma adivinhação mas vista sob a ótica correta uma determinação do que acontecerá na esfera do tempo. Deus não está nos informado o futuro para satisfazer a nossa curiosidade e nos dar uma satisfação, mas dizendo que fará tal coisa,e quando for do seu cumprimento, haver um testemunho de que foi Deus que o disse.

    Como afirmei e você concorda o texto não nos dá elementos para encerrar a abordagem da liberdade, autonomia humana, como afirmei antes.

    Concordamos também que Ele, Deus , sabe das escolhas que faremos. Um bom exemplo disso é a traição de Judas, relatada como no pretérito séculos antes de acontecer e relacionada ao maior acontecimento dentro da história humana, do ponto de vista de Deus.

    Quanto a supor que Deus tenha planejado o pecado é uma incoerência pois a Escritura declaram que Deus é santo e que Ele é apenas conhecedor do bem e do mal. Mas aí já é outro assunto interessante, claro e que deve ser abordado em profundidade.

    Discordamos então no ponto em que o pecado estava nos planos de Deus. Não estava mas nas possibilidades existentes e portanto Deus não foi surpreendido também. É mais ou menos o seguinte: uma simples mosca pode mover suas patas dianteiras como braços e limpar a sua cabeça e olhos. Todos os movimentos do braço e da cabeça da mosca já estavam determinados e alguns deles a mosca escolhe fazê-los cada vez que se coça. Ela só se coça porque Deus planejou que assim ela pudesse fazê-lo.

    Um abraço prezado irmão, seu comentário foi publicado.

    Nosso Deus nos abençoe.

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  6. Lerei o seu artigo com toda a atenção, antes porém ( cheguei agora das aulas ) discorrei um pouco sobre o que disse em seus comentários, ainda que brevemente.

    As profecias citadas pelo irmão nos relatos a que elas se referem tem o caráter de informar o juízo de Deus sobre as personagens envolvidas e após o seu cumprimento servirem de testemunho.

    Profecias não são adivinhações e nem tão pouco satisfações dadas ao homens mas avisos dos juízos de Deus que se cumpriram um a um por rebeldia, incontinência e oposição a seus planos.

    Alguns dos versos apresentados mostram a oposição dos planos dos homens e dos planos de Deus e a prevalência dos planos de Deus sobre os planos dos homens, mas incrivelmente comprovam os planos dos homens, que esses têm planos ainda que sejam frustrados pelo justo julgamento do Senhor.

    Lerei o seu artigo e lhe direi.

    Obrigado por dispensar tempo nessas reflexões.

    Um grande abraço mais uma vez.

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  7. Caro irmão Mizael,

    Há uma insistências em afirmar que se o homem tem alguma autonomia, Deus não é soberano, como se houvesse uma dependência entre as duas coisas. A soberania de Deus, a meu ver, não é um grande bolo que se se tirar um pedaço, ainda que seja ínfimo, ela deixa de ser.

    Alguém, ou você, ou eu, compra um carro, usa-o e depois vende-o e decide nunca mais comprar um carro daquela marca. Foi Deus que decidiu tudo isso por você ou eu ou outro?

    Fazemos e temos capacidade de escolhas a todo o momento mesmo com a pressão da tendência ao pecado em muitas situações. Por isso somos responsabilizados. Valeria a falta de liberdade humana somente para os assuntos teológicos e particularmente ligados à salvação?

    Um grande abraço querido.

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  8. Caro Mizael, li os seus dois artigos, o sugerido nesse comentário e outro publicado no blog do irmão Jorge "Guerra pela verdade" intitulado "Soberania de Deus e algumas visões a seu respeito" aproveitando inclusive para me inscrever como seguidor de seu blog.

    Postei um comentário ( divido em pedaços, rs...rs...rs... ) no "Guerra pela Verdade" do irmão Jorge F Isah. A diferença reside apenas em um ponto, que não é exatamente a Soberania de Deus, comncordando com a sua declaração que há , nas duas posições implicações todas elas relevantes e que devam ser profundamente analizadas.

    Um grande abraço mais uma vez.

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  9. Caro irmão Mizael Reis,

    respondendo a sua colação sobre o lançar sortes e a determinação final da parte do Senhor...

    Sim,

    Particularmente ao lançar sorte, desde os tempos bíblicos só para não dizer antes, o homem tem consciéncia das várias possibiliades de um desfecho, e face ao dilema da decisão que tem que ser eminente lança sorte ( os israelitas faziam isso e nunca foram repreendidos por tal, na escolha do substituo de Judas lançou-se sorte sobre dois nomes, no caso Jesus pessoalmente elegeu Saulo ). No caso específico de Abmeleque foi o juízo de Deus mais uma vez com objetivos pedagógicos exemplares: um guerreiro, morto por uma mulher por algo que não era, como objeto, uma legítima arma, contra toda a sua habiliade de soldado afeito a combates corpo a corpo. Deus usou a mulher como execução de seu justo juízo, não foi acaso e nem acidente. Tratou-se da própria intervenção divina com desdobramentos futuros. Não foi um fato isolado e despropositado. Concordo com o irmão.

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  10. Helvécio,

    Que o homem, desde os tempos mais remotos se vale da "sorte" a fim de obter uma decisão em meio ao dilema, isso passivo entre nós. E que o homem não sabe tão desfecho também concordamos. Contudo, estou analisando Deus controlando aquilo que para o homem é um mistério. Pedro lançar sorte para escolher aquele que substituiria Judas, sem saber que o contemplado seria Matias é uma coisa. Agora, Deus saber que seria Matias, outrossim, escolher Matias, por meio da sorte dos homens é outra coisa plenamente diferente. O homem nunca sabe. Deus sempre sabe, pois dirige a história.

    O homem pensa que lança “sorte”, mas o texto bíblico é claro, na “sorte” do homem, Deus manifesta-se nesta em sua determinação.

    Graça e Paz
    Mizael Reis

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  11. Caro Mizael, concordamos nisso. A diferença é a seguinte:



    Deus sabe de todas as coisas, mesmo porque, para Deus não há passado ( diferença ) presente ou futuro, mas a relação com as suas criaturas inteligentes se faz no tempo e Deus se baseia na nossa limitação temporal, é sobre essa base que o realcionamento Deus e homens acontece.

    Deus irá executar o o juízo e fazer novos céus e nova terra indiscutivelmente, erradicando todo o mal e segregando-o a um lugar real chamado de inferno mas até lá, no tempo, observa o homem, avalia o homem, se realciona com a humanidade, ajuda e opera na vida de homens e mulheres, reprova a muitos, salva a muitos, usa a muitos e executa juízo sobre muitos, individualmete e como nações e povos.

    Em certo sentido a história não está pronta, mesmo porque se estivesse pronta, Deus não faria mais nada, nem no passado para nós, como o vemos, nem no presente e nem no futuro, ainda que essa divisão de tempo sexista apenas no nosso ponto de vista. Isso é uma limitação de compreensão extrema. Deus estaria mentido ao afiramar que pode salvar,, curar, restaurar e atender orações de o busca.

    Um abraço irmão.

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  12. Helvécio,

    Claro que Deus se relaciona no tempo com o homem, sem que este tempo, enclausure a Deus.

    O relacionamento que Deus tem com o homem, é inédito apenas para o homem concorda?

    O Senhor leva-nos a cumprir o seu propósito, veja, seu propósito não o nosso, ou seja, nossa responsabilidade, sempre redunda e deságua no plano de Deus.

    Somos responsáveis, mas de um modo misterioso, somos responsáveis no plano e na história que Deus determinou que assim o fôssemos, da forma como nossa responsabilidade se desdobra neste plano soberano.

    Tente compreender o que o teísmo aberto, logicamente já compreendeu: É impossível sustentar concomitalmente as duas premissas abaixo como sendo verdadeiras, sem que se incorra numa contradição bíblica e lógica:

    1º - Deus é livre e Soberano.
    2º - O homem é livre e autônomo.

    Essas duas premissas são auto-excludentes. Se Deus é Soberano no que faz, o que ele deseja fazer ele fará, e nessa ação que culminará no cumprimento de seus desígnios, o homem participa e se submete. Ora, se o homem submete-se a liberdade divina, logo ele não é livre, pois sua ação já está antevista, aos olhos de Deus, indisponibilizando-o uma história não escrita, ou ainda não determinada por Deus, sem que percamos a nossa responsabilidade. Por essa razão, o homem não é livre, pois para que este fosse livre, Deus não poderia ser soberanamente livre.

    Estou escrevendo as respostas as suas perguntas, feitas no outro artigo.

    Graça e Paz
    Mizael Reis

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  13. Caro irmão Mizael Reis, a sua colocação está publicada na referida postagem para que os leitores acompanhem a sua compreensão e opinião sobre o assunto.

    Mais uma vez obrigado, estamos no exercício da reflexão e aprentemente só discordamos no que respeita o seguinte ( acho ), num exemplo emoinetemente prático:


    1) Concordamos que Deus nos viu ainda informes no ventre de nossas mães ( e não só a nós, mas a todos os atuais 6 bilhões e alguma coisa de seres humanos )

    2) Ele, o Senhor conhece até o número de fios de cabelos em nossas cabeças ( só para ser um único exemplo );

    3) Ele sabe os números da mega-sena de amanhã e quem ou quantos os acertarão e como gastarão o seu prêmio e se permanecerão ricos ou emprobecerão novamente;

    4) O dia e o modo da morte de cada um de nós, e quantos esforços serão despendidos com sucesso ou não em prolongar a vida por horas, dias ou anos;

    5) se até lá quais e quantos manifestarão no tempo a fé genuína e o amor a Ele.

    Concordamos em todos esses exemplos aleatórios não é mesmo?

    Enquanto você expressa a sua opinião e pensa nas palavras que me serão ditas e eu a você,divergentes em alguns pontos, Deus seria então o autor das duas posições e das duas argumentações? Só há um sim ou um não nesse caso.

    No caso de Jó, os amigos de Jó, seria a mesma situação e não heveria razão para Deus repreendê-los e ainda Jó interceder pelos seus amigos. No caso do jovem rico, a inquirição do jovem e prensa da da por Jesus para forçá-lo a uma posição seria apenas um roteiro pronto e a tristeza do jovem um embuste real.

    Pense nisso por favor. Eu entenddi as suas colocações e as analiso sempre que as coloca.

    Um grade abraço mais uma vez, em Cristo.

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  14. Helvécio,

    Ora você diz que Deus determinou tudo, ora tenta eximir Deus da história, protagonizando o homem como aquele que decide a história.

    Suas perguntas se voltam contra sua própria crença nos fatos cruciais à nossa fé: Se Jesus é Deus e sabia de tudo, bem como sabia quantos e quais serão os que se arrependeriam (Jo 6.64), como insta pecadores para que se arrependam (não vejo problema nisso, creio que existe uma plausível e bíblica solução para isso)? Quando no episódio de João 18, se ele sabia o que se sucederia com eles nos próximos momentos (e em todos os momentos), por que perguntou aos soldados “A quem buscais” (Jo 18.4)? Ser-se-ia pelo seu próprio poder que Cristo ressuscitaria a Lazaro, então porque ele ordenou a este que viesse para fora (Jo 11)? Se Deus nos reconciliou consigo mesmo seu próprio por Deus (“pois isto tudo provem de Deus” – 2 Co 5.18), porque ordena-nos que nos reconciliamos com Ele (2 Co 5. 20)? Se Jesus Cristo nos santifica por meio da lavagem da água pela palavra a fim de apresentar a SI MESMO a sua igreja santa santificada por ele mesmo (Ef 5.25), como nos intima a que cumpramos as exigências de sua santidade (1 Pe 1.15)? A mesma escritura que diz que seremos julgados pelas nossas obras (Rm 2.26) é a mesma a dizer que as nossas obras não são produzidas por nosso mérito, senão pela graça de Deus em nós (Ef 2.11). Logo, Deus nós julga por aquilo que ele nós dará, para que ele mesmo, pelo mérito de sua ação dispensada unilateralmente, possa se agradar de nós, ou seja, Deus se agrada daqueles que manifestam as obras que ele mesmo dispensou sobre nós? Nisso não há surpresa alguma, pois Deus sabe quais serão àqueles que lhe agradarão, visto que é por meio da fé, que por sua vez vem dele mesmo, que em nós é imputada pela justiça de Cristo, por meio da qual evidenciaremos as boas obras, pelas quais seremos aprovados diante de Deus. O Deus que exige a obra é o mesmo que a dispensa sobre nós, capacitando-nos a oferecermos a Deus, aquilo que este exige-nos que ofereçamos a Ele. Se você tem problemas com as perguntas que me fez, terá também com essas questões, que são de suma importância para sua fé.

    Em Jó Deus não entrou pra perder. Na verdade, não é o controle Soberano de Deus que estava em jogo, é a vida de Jó, o pequeno Jó, que não vê nada além do horizonte que se finda diante dos seus olhos, que precisava ser provado. Entenda que somos nós que crescemos na presença de Deus, e não Deus que cresce em nossa presença. Deus não é tentado, não cresce, não progride, não aprende. Nós sim precisamos ser provados por Deus a fim de que nos deleitemos em sua presença, confiantes em sua Soberania, e foi isso que Jó, ao cabo de sua provação, compreendeu:

    “Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser impedido.” [Jó 42.2]

    Veja outro exemplo. O Fato de o semeador sair a semear (Mc 4.3), não significa que ele seja capaz de identificar quais são os solos os quais Deus preparará para que recebam sua semente, pois cabe a Deus dar o devido crescimento àqueles que atenderão positivamente ao evangelho. O Semeador nunca sabe, e por essa razão, prega indistintamente aos pecadores. Não é assim com Deus.

    A Soberania de Deus não deve ser moldada a liberdade do homem, na busca de um compatibilismo que favoreça ao homem, mas sim a liberdade humana deve ser explicada em sujeição a soberania de Deus. A Soberania de Deus deve prevalecer sobre a liberdade do homem e não o contrário.

    Você me perguntou:

    "Enquanto você expressa a sua opinião e pensa nas palavras que me serão ditas e eu a você,divergentes em alguns pontos, Deus seria então o autor das duas posições e das duas argumentações? Só há um sim ou um não nesse caso."

    Deixarei que o salmista lhe responda:

    "Não havendo ainda palavra alguma na minha língua, eis que logo, ó SENHOR, tudo conheces". [Sl 139.4]

    Graça e Paz
    Mizael Reis

    ResponderExcluir
  15. Helvecio para Mizael

    Bem feitas as suas colocações,

    Porém ainda pede um clareamento que me parece os seguintes, vamos pela última:

    Certamente o salmista sabiamente já havia entedendido que enquanto ouvimos os sons das palavras, a empostação da voz e a própria língua usada, Deus ouve os nossos pensamentos, ou antes lê a motivação de cada um deles e não que Ele pense por nós todos em todas as situações, exceptuando aquelas que fomos avisados que quando presos e torturados, pressionados o Espírito Santos falaria por nós.

    No caso do semeador concordo que o pregador não saiba que semente brotará ou não e que só Deus o saiba. A diferença é que o irmão creia que um número x de escolhidos já estará salvo, faltando apenas que no tempo essa condição de eleitos e portanto salvos se torne clara as demais pessoas com a manifestação de uma fé pública.

    Eu concordo que o semeador ( pregador ) continuará sem saber e Deus sabendo, mas pela possibilidade de qualquer um poder aceitar, receber, crer na Palavra de Deus.

    No nosso caso, cada um de nós tem a liberdade de usar as palavras que quiser usar para defender o seu raciocínio particular e em tese, podemos ambos estarmos errados sobre algum ponto ( rs...rs...rs...)


    Quanto as primeiras afirmações, creio que concordamos nisso e o irmão já sintetizou bem a idéia correta em uma ocasião anterior: Deus lida conosco no tempo e ademais indubitavelmente parte de muitas das nossas ações são nossas mesmos. Posso escovar os dentes ou deixar de fazê-lo, fazer a barba ou deixar de fazê-la ocasionalmente. Ou seja há uma série de coisa e situações que Deus não faz por nós e isso é amplamente aceito.

    Eu acho que as minhas perguntas não se voltam contra mim. Basicamente o esquema é o seguinte:

    Deus é soberano e dá ao ser humano uma certa autonomia ( como ninguém sabe quando começa e quando acaba, como é o caso da criança e o adulto, o grande dilema das leis nacionais em todo o mundo com respeito a responsabilidade e a maioridade penal,dos que são imputáveis e dos que são inemputáveis por seus delitos ). Deus não age no lugar de suas criaturas, como diz a própria Escritura: "cada um queixe-se de seus próprios pecados", escolhe a namorada, o namorado, o nome do filho, a cor do seu automóvel e a profissão que irá tentar seguir.

    Se puder me definir melhor essas situações, avançamos até a possibilidade do homem se achegar ou não a Deus.

    Um abraço ao irmão o seu comentário já está publicado.

    ResponderExcluir
  16. Helvécio,

    "Deus é soberano e dá ao ser humano uma certa autonomia"

    Essa "autonomia" (Palavras suas, eu prefiro vontade ou responsabilidade) não pode suplantar a Soberania de Deus. Nada acontece fora ou à margem da Soberania de Deus. Tudo o que você descreveu como exemplo, não acontece sem o aval decretatório de Deus.

    Simples!

    As passagens bíblicas são claras e irrefutáveis.

    Graça e Paz
    Mizael Reis

    ResponderExcluir
  17. Helvecio Pereira para Mizael Reis


    Viu irmão? nós concordamos...

    Discordamos, penso no seguinte:

    Embora possamos ter a atitude de "passar a perna em Deus" ( por possibilidade ) isso é na realidade impossível, por Sua justiça, perfeição e conhecimento. Mas nós podemos tentar, é exatamente isso que a Bíblia não esconde. Dessa forma o homem é responsável pois embora nunca fruste os planos de Deus de fato, no seu íntimo rebela-se e pode permanecer rebelde, e por isso Deus o julgará ( segundo o nosso tempo ) e o lançará longe de Si mesmo, no inferno. Mas esse mesmo homem pode arrepender-se e crer correspondendo exatamente ao que o Senhor Jesus afirmara aos fariseus e sacerdotes: "Publicamos e meretrizes entrarão adiante de vós no reino dos céus pois eles creram e vós não."
    A mulher cananéia creu próximo a cidade de Tiro, só de ouvir os milagres realizados por Jesus em Betsáida e Corazim.

    Seu comentário foi publicado e obrigado mais uma vez irmão.

    A propósito hoje é aniversário de novo nascimento do irmão Jorge, dê-lhe os devidos parabéns e louve a Deus ele pela benção da eterna salvação.

    Mais uma coisa reativei umantigo blog mais com vídeos e informações relacionadas à Bíblia de forma mais dinâmica.

    O enderêço é:

    http://contandoosnossosdias.blogspot.com/

    ResponderExcluir
  18. Helvécio,

    Receio que nós não concordamos tanto, e por essa razão, acredito que ainda não tenha compreendido o teor de meus comentários, pois tenta buscar uma convergência, mesmo diante do fato de que não creio em pontos os quais você acredita.

    Pelo fato de ser Calvinista, e com base bíblica, creio na Eleição e reprovação; não creio no livre arbítrio; não creio em expiação facultada, creio na expiação efetivada, ou seja, Deus escolheu da raça caída, alguns para manifestar sua graça, e por não dever tal dispensação a ninguém, Deus age com justiça com os que não são alvos da graça imerecida. Os que são salvos, o são pela graça, os que são condenados, são condenados pela justiça, mediante a imputação da condenação e culpa que merecem.

    Enfim eu creio: Na depravação total, na eleição incondicional, na expiação limitada, na graça irresistível, na perseverança ou preservação dos santos.

    O homem deve se arrepender frente ao convite do evangelho, e ouvindo-o, alguns aceitarão, outros rejeitarão. Os que aceitarem são os eleitos, os que rejeitarem são os não-eleitos.

    Fui claro agora?

    Graça e Paz
    Mizael Reis

    ResponderExcluir
  19. Caro irmão,

    Eu conheço os cinco pontos da fé calvinista e nem estou tentando demovê-lo dos mesmos, e vocẽ os repetiu com clareza. Contudo como o irmão veio colocando fatos e textos bíblicos a prova da explicação particular de cada um deles, estamos fazendo esse exercício. De fato, a ceitação de uma]doutrina em particular, ou de um sitema teológico seja qual for não demanda leitura da Bíblia. Basta que alguém o exponha já com as devidas citações e alguém o aceite. A cada reflexão sua eu reviso minhas crenças, pode ser legitimamente que a sua posiçaõ seja mais correta que a minha ou vice versa, embora, no nosso caso não atere a nossa condição de salvos, pois ambos cremos na salvação proporcionada por Nosso Senhor.

    continua...

    ResponderExcluir
  20. continuando...

    Hoje pela manhã, de folga, fui tomar café em uma padaria próximo de casa, e conheci um pastor de uma igreja Adventista, que já foi pastor Batista após sua conversão, a igreja dele fica bem em frente. Ficamos eu, ele e meu filho, mais de uma hora falando da Bíblia e das coisas de Deus. Não falamos de doutrinas particulares, cujas diferenças sabemos bem. Falamos do que nos é comum, da veracidade da Palavra de Deus, da nossa própria limitação e da certeza de que Deus no ama e que releva as nossas limitações de compreensão e posições. Ao final da conversa nos despedimos reafirmando o quer nos une, o nosso amor ao Senhor e a esperança de estarmos com Ele um dia.

    Fique na paz, querido irmão. Não será isso que nos separá no Senhor.

    ResponderExcluir

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