Essa noite ,como tenho por hábito desde a minha infância,hábito esse só abandonado por períodos de excesso de trabalho, meditei mais uma vez, algo que é extremamente prazeiroso, nas coisas de Deus. Me ocupei com um dilema que assombra certos setores do cristianismo que é o determinismo às vezes mal sustentado por um pretenso reconhecimento da Soberania de Deus. Antes porém há algo a ser considerado muito seriamente que é o dilema entre simplesmente adotar-se uma doutrina ou teologia pronta e às vezes com problemas e tentar ( sim é possível ) apreender a verdade bíblica ainda que pareça a princípio um empreendimento arriscado já que muitos nessa empreitada criam os maiores desastres doutrinários e as maiores heresias.
A algum tempo tenho sido confrontado e tenho confrontado irmãos que amam ao Senhor Jesus, Senhor de todos nós, nas questões relacioandas ao determinismo, predestinação, etc, particularmente relacionadas à confissão calvinista e a arminiana, que segundo calvinistas é a única opção oposta a quem não se confessa ou se autorreconhece como calvinistas. Assevero que para mim, uma e outra posição não interfere na salvação individual ou na qualidade de vida cristã. O impacto é no evangelho e a mensagem que se prega aos não salvos, aos não crentes.
Bem a minha exposição, se bem sucedida,não é de fato uma novidade e nem pode sê-la, tem que corresponder exatamente, nem mais e nem menos a algo que já está revelado na Bíblia, na Palavra de Deus e somente no que ela, Palavra de Deus diz, se sustente. Alguns mais eruditos dirão a princípio e espero que seja só inicialmente que estou resgatando uma idéia apócrifa e secular, filosóficas e aparte do que a Bíblia revela sobre Deus e o homem, e de fato não é , espero não sê-lo.
De fato, pensando e relacionando com o que as Escrituras dizem, pus a prova cada uma das reflexões realizadas por mim e de fato dirrime o conflito aparentemente existente entre as duas posições impostas como ditadura teológica, as vezes, entre calvinismo e arminianismo.
O meu esquema, que espero não seja meu, mas uma sistematização do que a Bíblia diz, logo não é novo mas o que já está lá a muito, muito tempo, inicialmente separa a realidade em dois blocos fraternos e interrealcionados e não separados como a teologia e pensamento de São Tomás de Aquino, conhecidos como "andar de cima" e "andar de baixo".
Essa postagem é uma introdução, que espero discutir e colocar a prova com teólogos, pregadores, crentes, cristãos e termos uma resposta positiva ou negativa sobre o assunto. Na verdade não há nenhum interesse em levantar uma nova bandeira e criar uma nova teologia.
Bem inicialmente gostaria de reiterar o lugar de Deus na realidade. Deus é indubitavelmente soberano e acima de todas as coisas existentes, imagináveis ou não. Isso é ponto fechado e pronto. Contudo o Deus bíblico é antes de tudo :
PESSOAL
RELACIONÁVEL
INTELIGENTE
Não parece necessário no momento reiterar cada uma das definições amplamente conhecidas e bem caracterizadas pelos crentes cristãos. Porém para definirmos melhor é importante trazer a memória o que Ele, nosso Deus não é. O Deus bíblico como entidade pessoal, não se confunde com a divindade panteística ou com alguma energia primordial. O Deus bíblico e relacionável e bem diferente do Deus do islamismo por exemplo e do qual cristãos na sua concepção se aproximam bastante. Em terceiro lugar o Deus bíblico é inteligente e como tal manifesta essa inteligência nas relações com os demais seres criados por ele justamente para que essa capacidade intrísica se manifestasse e se manifeste.
Visto dessa forma, numa análise considerável e sem preconceitos e pressupostos frágeis, um Deus absoluto que é tudo em todos e cujas ações de todos são as suas próprias ações incluídas aí algo contraditório consigo mesmo, o mal, é incompatível com a realidade. Deus não pode ser a ação do estuprador e da vítima indefesa que é assassinada finalmente pela insanidade e maldade de sue algós. Não está por trás do sexo inconsequente de um homem e de uma mulher que até se prostitui, um feto e alguém que o mata ao enfiar-lhe uma agulha de tricô ao abortá-lo. Por mais bonita que seja a liturgia , a teologia e as consequências visíveis de uma igreja cristã, cristãos sinceros tem se mostrado incoerentes na sua crença e doutrina quando confrontados com esses fatos e realidades inegáveis que tem se mostrado como dilemas diante da teologia e posições cristãs. E para tal não basta repetir-se infindavelmente as mesmas afirmações que soam mais como discos arranhados que tangenciam o questionamento feito.
Portanto Deus é soberano e Ele mesmo é a sustentação ( manutenção ) de todas as coisas incluídas aí a vida e o espaço real em que ela se manifesta como a causa, a idéia, a concepção e projeto, e o objetivo final para tudo o que realiza conforme textos bíblicos serão relembrados para que tenhamos consciência dessa realidade. Por outro lado, esse mesmo Deus criou espaços, onde realidades viessem concretamente a existência, algo revelado na Bíblia e povoou esses espaços com seres inteligentes capazes de se relacionarem com Ele embora, Ele mesmo, como Deus, diferentemente das concepções não bíblicas, seja único mas não solitário. Ou seja, se Deus não criasse nada, e nem ninguém, ainda assim, seria autossuficiente em ter comunhão consigo mesmo. Nesse ponto o Deus bíblico tem comunhão com Suas criaturas inteligentes, não por necessidade absoluta, mas por exercício de sua soberania.
O Deus bíblico diferentemente do Deus do Islã, por exemplo, que é ilimitado nas suas atitudes ( elas nem precisam ser lógicas, coerentes, etc. ) e que não deve satisfação a ninguém e a nada, é limitado por Sua natureza perfeita, ou seja: potencialmente o Deus bíblico pode todas as coisas ( por poder, por força, por capacidade ) mas não pode ir contra a Sua própria e perfeitamente santa natureza. O senhor Jesus que é Deus ( e não mero homem ou profeta, mas Emanuel - Deus conosco ) podia pecar por ( potência, possibilidade- dessa forma a sua vida na terra não foi um teatro, uma fraude, uma encenação ) mas não por natureza (perfeitamente divina, perfeitamente Santa, etc. )
O Deus bíblico por ser inteligente articula o que faz, o que mostra e o que diz com a recepção e resposta de Suas criaturas. Embora diametralmente maior, incomparávelmente acima, vem de encontro as Suas criaturas e com elas fala, argumenta, ouve, etc. Esse último conceito é a base do que discorreremos a seguir e perfeitamente constatável em toda a Bíblia, em toda a Escritura, em toda as Palavra revelada de Deus e não
consiste de fato em nenhuma novidade no meio e na compreensão cristã, seja evangélica ou não.
( continua em um próxima postagem...)
Por Helvécio S. Pereira
P.S. : Especialmente sobre essa postagem gostaria de receber e-mails com comentários ( geralmente mais longos e que não são facilmente comportados pelo espaço de comentários nos posts para o e-mail helveciop1@gmail.com
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