Em recente coversa via web com um querido irmão sobre a liberrdade do homem em relação à soberania de Deus referi-me à Trindade como palavra não presente em toda a Bíblia. Tal qual a expressão livre-arbítrio,ao que o querido irmão lembrou que sim, a Trindade como doutrina está clara em toda a Bíblia, facilmente apreendida ao que asseverei que não: está presente ( isso é fato) mas não tão facilmente apreendida.
Fato é que ambos cremos na Trindade e esse assunto não é objeto de polêmica entre nós. A postagem com o texto a seguir, visam apenas esclarecer que, embora presente a sua esquematização, para o ensino não foi assim tão fácil a sua esquematização e demonstração, especialmente para os de fora do cristianismo. Só se torna clara, a doutrina da Trindade, com o revelação neotestamentária, com o testemunho e ensinos do próprio Senhor Jesus Cristo.
Fato é que ambos cremos na Trindade e esse assunto não é objeto de polêmica entre nós. A postagem com o texto a seguir, visam apenas esclarecer que, embora presente a sua esquematização, para o ensino não foi assim tão fácil a sua esquematização e demonstração, especialmente para os de fora do cristianismo. Só se torna clara, a doutrina da Trindade, com o revelação neotestamentária, com o testemunho e ensinos do próprio Senhor Jesus Cristo.
O professor Isaías Lobão Pereira Júnior no sexplica que, A doutrina da Trindade, é talvez, a doutrina mais misteriosa e difícil que encontramos nas Escrituras. Por isto, é uma insensatez afirmar que podemos dar uma explicação completa sobre ela. Devido à natureza do assunto, só podemos saber, a respeito de Deus, e da Trindade, o pouco que as Escrituras nos revelam. A tripla personalidade de Deus é, exclusivamente, uma verdade da Revelação.
Antes de toda e qualquer criação, Deus era completamente auto-suficiente e todo-inclusivo. Tudo que existia era Deus; não havia nada que não fosse Deus. Sem início, Deus existe para sempre numa essência imutável, escolhendo eternamente ser a si mesmo a partir de sua natureza [1]. Além disso, o Ser supremo é infinito em cada uma de suas características, muitas que talvez nunca foram reveladas e nem poderiam ser entendidas pelos seres humanos. [2]
A razoabilidade da fé na Trindade transparece melhor quando confrontada com o monoteísmo e o politeísmo, em diálogo como a unidade e a pluralidade. No monoteísmo nos defrontamos com a solidão do Uno. Por mais rico e pleno de vida, inteligência e amor que ele seja, não terá jamais alguém do lado dele. Ele estará eternamente só. Todos os demais seres lhe serão subalternos e dependentes. Se comunhão houver, ela sempre será desigual.
No politeísmo na compreensão comum, temos a ver com a pluralidade de divindades, com hierarquias e diferenças de natureza, benéfica ou maléfica. Esvai-se a unidade divina.
A base para entender-se a Trindade é a personalidade de Deus. A Escritura apresenta-nos um Deus pessoal, Porque assim diz o Alto e o Sublime, que vive para sempre, e cujo nome é Santo: habito num lugar alto e santo; mas habito também com o contrito e humilde de espírito, para dar novo ânimo ao espírito do humilde e novo alento ao coração do contrito. Isaías 57:15.(NVI) Visto que o homem foi criado conforme a imagem de Deus, podemos compreender algo da vida pessoal de Deus pela observação da personalidade como a conhecemos no homem. [3]
Evidentemente, pela natureza das coisas, a personalidade divina é algo infinitamente superior à personalidade humana; mas é a única alternativa para um Deus pessoal é, cremos, um Deus impessoal. E quando afirmamos que Deus é impessoal, passamos a defender o primeiro dogma do ateísmo. Loraine Boettner, conhecido teólogo reformado, afirma que: se Deus existe, tem que ser pessoal. Não podemos adorar o Princípio do Absoluto, nem ter comunhão com um Poder Cósmico; e, afirmar que Deus é superpessoal, é iludirmos, com uma frase altissonante. [4]
Uma das objeções mais comuns alegadas contra a doutrina da Trindade é que ela implica no triteísmo, ou seja, a crenças em três Deuses. E como veremos adiante, a formalização histórica da doutrina se deu nas controvérsias anti-trinitárias. Porém, o fato é que, as Escrituras nos ensinam que há um só Ser, auto-existente, eterno e supremo, em quem são inerentes todos os atributos divinos. Tanto o Velho como o Novo Testamento ensinam a unidade de Deus.
A doutrina de um só Deus – Pai e criador – , constitui o pano de fundo e a premissa inquestionável da fé da igreja. Herdada do judaísmo, ela foi sua proteção contra o politeísmo pagão, o emanacionismo gnóstico [5] e o dualismo marcionita [6]. Para a teologia, o problema era integrá-la no âmbito intelectual como os novos dados da revelação especificamente cristã. Reduzimos à sua formulação mais simples, tratavam-se das convicções de que Deus Se havia dado a conhecer na Pessoa de Jesus, o Messias, ressuscitando-o dos mortos e oferecendo salvação aos homens por seu intermédio, e que Ele havia derramado Seu Santo Espírito sobre a igreja. [7]
A TRINDADE E O VELHO TESTAMENTO
O Velho Testamento não contém a plena revelação da existência trinitária de Deus, mas contém várias indicações dela. Esta revelação vai tendo maior clareza, na medida em que a obre redentora de Deus é revelada mais claramente, como na encarnação do Filho, e no derramamento do Espírito.
Alguns teólogos divergem quanto às provas bíblicas da Trindade no Velho Testamento. Berkohf não concorda que a distinção, muito utilizada, entre Iavé e Elohim, e o plural Elohim, sejam provas da doutrina. Segundo ele; é mais plausível entender que as passagens em que Deus fala de si mesmo no plural, em Gn 1:26; 11:7, contém uma indicação de distinções pessoais em Deus, conquanto não sugiram uma triplicidade, mas apenas uma pluralidade de pessoas. [8]
Porém, Klaas Runia [9], professor do Seminário Teológico Reformado Holandês, crê que Gn 1:26, indique a Trindade. A fórmula plural de Gn 1:26, possui caráter trinitário; trata-se, segundo ele, não de um plural majestático, como alguns querem, ou de um plural deliberativo, como outros interpretam, visto que isto era totalmente desconhecido dos hebreus. Tem sido considerado no mesmo nível de palavras como “água” e “céu”, que também aparecem no hebraico. A água pode ser imaginada em gotas individuais de chuva ou em termos da massa de água no oceano. O plural nesse caso aponta para a “diversidade na unidade”. Alguns crêem que o mesmo acontece com o plural Eloim que aparece em Gn 1:26. Runia segue o pensamento dos Pais da Igreja, que sempre se referiam a esta passagem como base para a elaboração dos conceitos trinitários.
Os escritores do Velho Testamento afirmam o monoteísmo divino. É a partir dele que se definiu a doutrina da Trindade. Deus é uno tanto no Antigo como no novo Testamento:
Dt 6:4 “Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus, é o único Senhor”,
Mc 12:29 “Respondeu Jesus: o principal é : Ouve, ó Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor!”;
Ef 4:6 “(Há) um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos”.
Vemos aqui afirmações claras e inequívocas de monoteísmo: Deus é um só. Essa confissão de fé assinala Israel como uma nação absolutamente dedicada ao monoteísmo. Separa claramente a fé religiosa do Antigo Testamento de qualquer das formas de politeísmo.
Os nomes de Deus no Velho Testamento são importantes para entender a Trindade. Muito se escreveu desde o século passado em relação a este tema, principalmente a escola teológica liberal alemã, que baseou suas pesquisas nas diferenças no uso dos nomes de Deus em todo o Velho Testamento, dando origem a famosa teoria documental. [10]
No primeiro capítulo de Gênesis, verifica-se que os nomes de Deus estão no plural, Elohim, e, também, Adonai; e a estes plurais do nome divino, juntam-se em geral verbos e adjetivos no singular. Um fenômeno singular extraordinário, dado que em hebraico existe uma palavra singular El, para Deus. O texto de Deuteronômio, afirma em hebraico, palavras no plural: “Iavé, nosso Elohim, é um só Iavé”.
Isto mostra que Deus, o Senhor, na Sua maneira de ser e nos pactos firmados por Ele com os homens, é mais do que um, ainda que “um só Iavé”, quanto à essência do Seu ser.
Muito importante é o fato de que, começando no livro de Gênesis, e prosseguindo, cada vez mais com nitidez, através de outros livros do V. T., encontramos uma distinção entre Iavé e o Anjo de Iavé, que se apresenta como um em essência com Iavé, porém distinto d'Ele. Tal acontecimento, em que Deus toma a forma de um anjo ou de um homem, para falar, visível e audivelmente, ao homem é chamado de Teofania.
À medida que a revelação vai sendo desenvolvida, mediante uma sucessão de profetas, verifica-se que títulos divinos, e adoração divina, são dados a este Anjo, que Este os aceita; que Ele se revela como um Ser eterno, o Deus Todo-Poderoso, o Príncipe da Paz, o Adonai, o Senhor de Davi; que vai nascer de uma virgem; que Ele será desprezado e rejeitado pelos homens. Varão de dores e experimentado em trabalhos; que Ele levará sobre Si o pecado de muitos e que, acima de tudo, estabelecerá o reino de justiça, que aumentará até encher a terra.Estas profecias, como o Novo Testamento mostra, foram cumpridas em Cristo, a Segunda Pessoa da Trindade.
Em geral, as referências, no Antigo Testamento, a respeito do Espírito Santo, eram tão indistintas, que pareciam referir-se apenas a uma energia ou influência, procedente de Deus. Em parte alguma se chama ao Espírito, especificamente, uma Pessoa; e, no entanto, quando se fala Dele, é em termos que poderíamos aplicar muito bem a uma pessoa.
Lidos à luz do Novo Testamento, porém, há muitas passagens em que se percebe que é uma Pessoa distinta. As Escrituras usam pronomes pessoais para indicar o Espírito Santo, elas revelam o Espírito não como uma força abstrata, um poder ou uma coisa, mas como “ele”.
Por exemplo, aquilo que é dito sobre Deus Pai é dito também a respeito do Espírito de Deus. A expressão “Deus disse” e “o Espírito disse” são repetidamente intercaladas. E as obras do Espírito Santo aparecem como obras de Deus.
Em Isaías 6:9, Deus diz: “Vai e diz a este povo”. No Novo Testamento é citado da seguinte maneira, At 28:25, começando com estas palavras, “Bem falou o Espírito Santo a vossos pais, por intermédio do pro feta Isaías...”Nesse caso o apóstolo atribuiu o falar de Deus ao Espírito Santo.
NOTAS:
[1] — J. Scott Horrell. Uma Cosmovisão Trinitária, in Vox Scripturae. 4 (março de 1994).
[2] — Vale destacar várias obras que discutem os atributos de Deus, entre elas, Louis Berkof, Teologia Sistemática. - James I. Packer. O Conhecimento de Deus. - João Calvino. As Institutas da Religião Cristã.
[3] — Louis Berhof. Teologia Sistemática. Luz para o caminho. 1990.
[4] — BOETTNER, Loraine & WARFIELD, Benjamin. A Doutrina da Trindade. Leira: Edições Vida Nova.
[5] — O Gnosticismo foi uma heresia refutada pela igreja primitiva. Ele afirmava entre outras coisas, que o corpo de Jesus Cristo não era real, era apenas uma emanação (ilusória) da divindade.
[6] — Márcion (85-160 d.C.) Defendia que a matéria era má, enquanto valorizavam o espírito, a salvação proposta por Cristo, era só para o espírito, não incluía o corpo. Ele rejeitava o Deus do Antigo Testamento, porque achava que este era um Deus cruel.
[7] — J.N.D. Kelly. Doutrinas Centrais da Fé Cristã. São Paulo. Edições Vida Nova.1994.
[8] — Louis Berkohf. Teologia Sistemática. Luz para o Caminho. 1990.
[8] — Trindade, in KEELEY, Robin. Fundamentos da Teologia Cristã. Editora Vida, pp. 109-116.
[10] — Para maiores esclarecimentos veja. Gehard Von Radd. Teologia do Antigo Testamento. São Paulo. ASTE. 1965, para a defesa da posição liberal, e Gleason Archer. Merece Confiança o Antigo Testamento? São Paulo. Edições Vida Nova. 1990, para a refutação conservadora.
Fonte: www.mogernismo.com
NOTA: RECORRENTEMENTE POR SE TRATAR DE UM BLOG CUJA ABORDAGEM É RELIGIOSA MAS NÃO RESTRITA A UM TIPO DE RELIGIOSOS É RECORRENTE ANÚNCIOS DO GOOGLE COM REFERÊNCIA ESTRANHA A GENUÍNA FÉ CRISTÃ COMO N.S TAL, VIDAS PASSADAS, ETC. CARO VISITANTE. TAIS ANÚNCIOS APENAS RFLETEM AS TREVAS QUE O MUNDO JAZ E SE VOCẼ NÃO CONHECE A PALAVRA DE DEUS E NEM O SALVADOR JESUS CRISTO CONVIDAMO-LO A CONHECÊ-LO O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL. E ISSO PODE ACONTECER HOJE MESMO. A BÍBLIA TRAZ E REVELA-NOS AS RESPOSTAS DEFINITIVAS ACERCA DA VIDA, DA MORTE, DA SALVAÇÃO ETERNA: JESUS CRISTO DEUS E FILHO DE DEUS. DEUS O ABENÇÔE!
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