Um método próprio de interpretação das Escrituras requer que estas sejam interpretadas de uma forma que seja consistente com seu contexto. Isto significa que a passagem deve ser interpretada de forma consistente com o público para a qual foi escrita, aqueles de quem se escreve, por quem foi escrita, etc. É de crítica importância conhecer o autor, o público alvo e o contexto histórico da passagem interpretada. O pano de fundo histórico e cultural freqüentemente revela o significado real da passagem. É importante também não esquecer que as Escrituras interpretam as próprias Escrituras. Ou seja, freqüentemente uma passagem cobrirá um tópico ou assunto que também o é em outra parte da Bíblia. É importante interpretar todas estas passagens de forma consistente umas com as outras.
Finalmente, e mais importante, as passagens devem ser sempre vistas em seu significado normal, regular, simples e literal, a não ser que o contexto da passagem indique que esta se dá de forma figurativa por natureza. Uma interpretação literal não elimina a possibilidade do uso de figuras de linguagem. Ao contrário, encoraja o intérprete a não ler linguagem figurativa no significado de uma passagem a não ser que seja apropriado para aquele contexto. É crucial que nunca se busque um significado “mais profundo, mais espiritual” do que o que é apresentado. Isto é perigoso, porque quando acontece, a base da interpretação exata é colocada na mente do leitor, ao invés de vir direto das próprias Escrituras. Neste caso, não haverá qualquer padrão objetivo de interpretação, mas ao invés disso, as Escrituras se tornam sujeitas à impressão própria de cada pessoa a respeito do que significa. II Pedro 1:20-21 nos lembra: “Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.”
Ao aplicar estes princípios de interpretação bíblica, devemos ver que Israel (os descendentes físicos de Abraão) e a Igreja (todos os crentes) são dois grupos distintos. É crucial reconhecer e compreender que Israel e a Igreja são distintos, pois se isto for mal compreendido, a Escritura será mal interpretada. Especificamente, as passagens que lidam com promessas feitas a Israel (tanto as cumpridas quanto as não-cumpridas) tendem a ser mal compreendidas e mal interpretadas ao se tentar fazer com que se apliquem à Igreja, e vice versa. Lembre-se que o contexto da passagem irá determinar a quem se dirige e irá mostrar qual a interpretação mais correta!
Concordo plenamente.
ResponderExcluirExcelente artigo.
Deus quer falar com você hoje
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