Incrivelmente muitos irmãos sem perceberem pregam e tentam compartilhar um evangelho absolutamente infeliz, totalmente contrário ao que a grande "Boa Nova" de Deus significa na prática. E esse outro evangelho é tão próximo ao senso comum na prática.
Cristãos católicos romanos Filipinos, entre outros cristãos no mundo, tem uma prática estranha. Todos os anos por ocasião da Páscoa católica, se martirizam, batendo com instrumentos cortantes em suas costas até sangrarem e até se penduram em cruzes, ou carregam parte dela, ou inteira nas costas por longas distâncias. Você como evangélico pode dizer, isso é um absurdo. Mas agora, em seu país, o Brasil, você pode estar concordando com uma idéia semelhante, sem o saber.
Não defendo a teologia da prosperidade, da libertação, disso ou daquilo. Creio na Bíblia. Não defendo-as por que sou contra a nomes dadas a coisas que já estejam na Bíblia e que não necessitem ser "reiventadas". Podem, entretanto, ser redescobertas, achadas novamente e portanto cridas.
Você acha que deveria crer em um evangelho que diga: tenho tantas salvações para anunciar, mas não é para todos. Não vou dizer os nomes, por que não sei. Sei o meu. Mesmo assim vou falar o quão maravilhosa é essa salvação que EU TENHO. Imagine você anunciando que tem muito alimento, dos melhores e mais saborosos alimentos, que dariam para acabar com a fome de todos os homens e saciar e fartar os desejos por alimento de qualquer um e dissesse: calma...é só para alguns famintos pré escolhidos e eleitos para desfrutarem desse banquete...
Pois é exatamente esse evangelho que calvinitas defendem, não por mal, mas inconscientemente com o suposto aval teológico e com tamanha "cara de pau" e escondidos atrás de seus cursos teológicos acadêmicos, riem, zombam, rotulam de ignorantes os que discordam deles. Eles são salvos, não por serem eleitos ( assunto já abordado em outras de minhas postagens ) mas porque o Senhor Jesus morreu igualmente por eles, pagou a dívida deles, os recebeu como filhos de Deus, e os ama e os protege e tem para eles todas as promessas da Palavra de Deus igualmente.
Imagine alguém dizendo: Deus pode tudo mas Deus não está a fim de fazer tudo simplesmente porque ninguém pode mandar nEle. E se você pede querendo receber a todo custo, Ele não dará, para você aprender que quem manda é Ele. Ele pode curar, amas fique na sua, pois Ele não vai curá-lo só porque você quer pois Ele é Deus, viu? parece tão lógico se colocamos como justificativa a conveniente "soberania de Deus" de modo completamente contrário ao que a Bíblia diz, através dos próprios lábios do Senhor Jesus: se você o incomodar, Ele, Deus lhe dará o que pede, ao menos para se ver livre de você - segundo a parábola de que o próprio Jesus contou acerca do juiz iníquo.
Calvino cria sinceramente em Cristo e na veracidade da Palavra de Deus. Fez um bendito trabalho em defesa do evangelho e da Santa Palavra de Deus. Mas Calvino era um cristão de uma época em que a luz estava sendo acesa novamente. Calvino não cria na "cura divina", terminilogia desnecessária, pelo menos como ouvimos pregadores, a contra-gosto de muitos mais tradicionais anunciarem, e portanto sofreu durante anos com uma Tuberculose, sem antibióticos, sem recursos contra a doença, não era ele e seus seguidores, portanto, nem ao menos "pentecostais" e muito menos "neopentecostais". João Calvino foi valente como poucos de nós hoje seríamos capazes de ser, e pregou o evangelho que sinceramente cria.Dessa forma ensinou, e lutou bravamente até ao fim, por amor ao Senhor Jesus. Hoje muitos reafirmam a sua fé nas Escrituras mas negam parte de Sua eficácia. E hoje muitos anunciam um evangelho de um Jesus que não cura. É tão bizarro como no catolicismo romano: os "santos" fazem milagres mas o "Jesus do catolicismo", não. Um evangelho de um Jesus, de um Deus que não cura, você creria nesse evangelho? sinceramente?
Imagine alguém dizendo com todas as letras: Deus não quer e não dará uma situação melhor a você.Você é pobre, filho de pobre, neto de pobre, bisneto de pobre. Ignorante, filho de ignorantes, neto de ignorantes, bisneto de ignorantes e Deus não vai interferir nisso. Console-se e fique na sua. E novamente muitos irmãos anunciam um evangelho desses sob a justificativa de determinado grupo estar errôneamente enfatizando algo em detrimento da salvação e da obra vicária de Jesus. Judas disse certa feita, mais ou menos assim: " esse perfume se vendido renderá muito dinheiro que poderá ser dado aos pobres" em observação ao desperdício que Madalena fazia do mesmo ao derramá-lo sobre os pés de Jesus.
O verdadeiro evangelho não é contra as riquezas, isso é uma incompreensão das Escrituras como um todo. Se fosse assim, se Deus negasse riquezas a qualquer um, esses mesmos estariam em franca desobediência, pois lutam com armas desse mundo para erem seus automóveis, suas contas bancárias no azul, suas poupanças, seus filhos nas melhores escolas, seus planos de saúde, e suas viagens nas férias,quem sabe um sítio e uma casa na praia, etc. Seus mais e mais títulos acadêmicos ( e teológicos ), que CARA DE PAU!
Não é necessário uma "teologia da prosperidade" pois a Bíblia afirma no Salmo 1:3, "tudo o que fizer prosperará". Ser contra o que? a Bíblia, só pode ser. Você creria sinceramente em um "evangelho" que nega essa possibilidade perfeitamente Bíblica? E não venha com "lenga a lenga" pois você não faz parte oficialmente do "controle de qualidade" de Deus.
Imagine alguém dizendo que Deus não toma conhecimento e nem bate papo com diabos e demônios. Um evangelho que não enfrenta, que não reconhece atuações materiais do arquinimigo do homem, é teórico, acadêmico, até eloquênte do ponto de vista humano, mas inoperante. A ciência é a voz, a razão humana é a luz, que ainda que sob o verniz Bíblico, fruto do consenso racional dos iguais, dos que dão tapinhas nas costas uns dos outros, dizendo: "que maravilha, gostei do que disse, também penso assim. Você disse o que eu mesmo diria "
Um evangelho que diante de fatos e situações que beiram o absurdo é absolutamente inoperante. Um evangelho que só funciona até o ponto que alguém concorde racionalmente com o que lhe é dito, mas que situações absurdas e terríveis como doenças, comportamento anormal, vida inadequada, histórico de desgraças, impossibilidades naturais, ficam com sempre foram. Um evangelho que só concebe ascentimento racional mas que diz: isso é sobrenatural e não pode ser mudado. Não tem jeito. Nem Deus pode mudar isso. Ou isso é algo natural, doença é natural, divórcio é um fenômeno social, antropológico, probreza é social, não há esperança. Console-se apenas. Lá na frente, um dia estará no céu.
Um evangelho que só convida os convenientes à igreja. Você olha a igreja e só tem gente "normal", socialmente recomendável, inteligentes, sadias, que recomendam socialmente à comunidade. Nada de Zé-povinho, ex-isso,ex-aquilo, até censuramos os "tristemunhos" pois são tão desagradáveis. alguém o tempo todo dizendo que já fez isso,que fez aquilo, que já foi isso, que já foi aquilo. Que já foi usado pelo diabo..."diabo"...mencionando esse sujeito na igreja...dando cartaz a esse cara...amedrontando as pessoas...
diabo na igreja...não em nossa igreja ele nunca apareceu... também se aparecesse não saberíamos o que fazer...também somos contra esse negócio de dar "espaço" para ele, dar-lhe "cartaz". Também a reunião fica feia, estraga a ordem do culto...fica parecida com sessão espírita... a nossa religião é cristã, reformada, evangélica...somos melhores que Jesus, com Ele Jesus, até que o"coisa ruim" teve algum espaço. Nós não somos mais espertos e mais "chiques" e prezamos a boa e ordeira liturgia reformada e protestante histórica.
Enfim um evangelho que não pode, de um Deus que anuncia a Sua graça, supostamente restrita sob vários e vários aspectos. De gente que não toma posse do Reino e não deixa outros tomarem posse. Você defende um evangelho desse, por que? para que?
por Helvecio S. Pereira
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