Fui confrontado ( não diretamente e nem hostil e intencionalmente, apenas despertou-me a necessidade de rever a minha afirmação perante os irmãos ) em uma sequência de comentários, em que em uma das minhas participações, coloquei aos demais irmãos que a vontade de Deus não é feita na terra, ao que um outro irmão na mesma postagem, se referiu como uma afirmação antibíblica, e sem nenhum respaldo nas Escrituras. Aos ouvidos desses irmãos soou como uma negação do que chamam, por razões doutrinárias de a Soberania de Deus. Para esses irmãos, a soberania de Deus, se traduz como a total atribuição a Deus de todas as coisas, desde fatos, idéias, acontecimentos e destinos de tudo e de todos, incluídos aí o pecado e o mal. Ele é em suma o causador de toda e qualquer ação seja onde e como ela ocorrer.
Argumentei rapidamente sugerindo que as notícias das quais tomamos conhecimento no dia ( embora não sejam só elas ) evidenciam que não pode com certeza partir de Deus os medonhos, desastrosos, patéticos e bizarros acontecimentos que de fato acontecem, escapando a lógica e a toda mais provável explicação razoável. Não podemos a título de dizer que Deus seja tudo e o máximo dar a Ele a causa última de coisas e fatos eu vão claramente contra aquilo que tudo que supomos que sejam: perfeição, justiça, amor, toda sabedoria, etc, etc. Não acredito que esses irmãos queiram de fato serem convencidos de outra forma, pois não conseguem por si mesmo resolver essa difícil equação que parece sugerir que se tais coisas não procedem de Deus, isso o faz menor do que Ele realmente é.
Entretanto foi exigido de mim, ainda que não diretamente, uma justificação bíblica, calcada nos textos da Escritura, que possam demonstrar de algum modo essa realidade, esse fato. Quero adiantar que, uma ou outra posição geralmente é a adotada, ainda que inconscientemente, por cada um de nós para explicar os acontecimentos a nossa volta. Afinal a vontade de Deus é ou não é feita na terra? Quando alguém morre em decorrência de um enfisema em decorrência de anos de tabagismo, é ou não Deus que decidiu que assim fosse?
Pode se partir de um ou outro texto, desde a vida de Jó ( excelente texto para explicar a origem do mal ) ou a oração do "Pai Nosso" ensinada por Cristo aos discípulos, entretanto há vários outros textos nas Escrituras que podem ser incluídos de modo complementar a esse estudo e análise de tema com base na Bíblia.
Encontramos essa oração em duas passagens que são:
Mateus 6:9
e
Lucas 11:2
Argumentei com os irmãos, como já disse acima, que se o Senhor nos disse para a vontade dEle ( de Deus ) fosse feita na terra como no céu isso significa claramente que essa vontade ( de Deus ) não é feita na terra como é feita no céu senão seriam desnecessários tanto o pedido como a comparação.
Desnecessário mas complementar seria a análise da palavra original traduzida como "vontade" nas línguas ocidentais. Vamos a ela portanto.
No Antigo Testamento 'ãwã é traduzida muitas vezes por desejo, anseio, espera ansiosa, sentir vontade, suspirar,anelar, querer, ser cobiçoso, preferir.
'aw = desejo; 'awwâ; ma'ãway; t'ãwâ também se traduzem por desejo. Entretanto 'awwâ em Dt 12:15, 20, 21; 18:6; 1 Sm 23:20; Jr 2:24 Os 10:10 são alguns exemplos de como os tradutores comparam até exaustivamente para encontrar o melhor, senão verdadeiro sentido da palavra usada em cada texto e contexto escriturístico. r''ũ, também se traduz por vontade e bel-prazer, uma referência é ra'yôn ( pensamento ) Salmos 139:2.
As citações acima só é mais pertinente a especialistas em hebraico, o que não sou definitivamente, e as referências não se relacionam ao objeto dessa postagem, mas apenas uma constatação de que o estudo profundo do sentido bíblico da palavra vontade deste o AT é importante e necessária.
A vontade no NT: thelema (grego), determinação, escolha, propósito, decreto. Em cada texto pode significar uma das definições acima. Ora é determinação, ora é escolha, e assim por diante. Na oração ensinada pelo Senhor há a indicação clara que a determinação de Deus, a escolha de Deus, o seu alto propósito ou o seu decreto eventualmente não se cumpra mas pode se cumprir e virá a se cumprir, se e somente orarmos, pedirmos que eles se cumpram, sejam enfim realizados, como com certeza, perfeição, exatidão são feitos nos céus.
Mas antes de prosseguirmos, devemos ter uma mais real compreensão do que sejam exatamente o céu e a terra. Como esses dois espaços, essas duas realidades são diferentes ( se de fato o são ) em vários sentidos. Uma leitura apressada nos impede de nos deter na visão ainda que distante dessas duas realidades.
No princípio, nos diz a Bíblia que, que Deus criara os "céus e a terra".A ciência hoje gasta fábulas caçando ETs pelo espaço longínquo, na esperança não gratuita de de repente descobrir esses extraterrestres e demolir a mensagem das igrejas, se livrar definitivamente do Deus da Bíblia, do Alcorão, do cristianismo de do judaísmo. O que o pressuposto macaco de Charles Darwin não consegui fazer, talvez esses Ets ao murmurarem alguma coisa de um planeta distante com temperatura e atmosfera semelhante a nossa possa, para eles, fazer, resolver o problema de um Deus chato, opressor, cheio de opiniões que não nos deixa viver a nossa vida, seguir os nossos prazeres e estabelecer a nossa própria justiça humana. Talvez esses Ets sejam institucionalizados como "novos deuses", e satisfazendo um desejo inconsciente antigo, o homem passe a adorar satisfatoriamente, a seguir e a a obedecer, seres tão mortais como ele, mas "um pouco a frente",como irmãos mais velhos e evoluídos do que ele mesmo. Enfim nada de novo no inconsciente coletivo, claramente rebelado contra a existência de um Deus soberano e perfeito.
Mas os céus de Gênesis 1:1 é o universo e não o céus ( há segundo Paulo sete céus pelo menos ) habitação do Deus criador de todas as coisas. Vejamos:
No princípio, nos diz a Bíblia que, que Deus criara os "céus e a terra".A ciência hoje gasta fábulas caçando ETs pelo espaço longínquo, na esperança não gratuita de de repente descobrir esses extraterrestres e demolir a mensagem das igrejas, se livrar definitivamente do Deus da Bíblia, do Alcorão, do cristianismo de do judaísmo. O que o pressuposto macaco de Charles Darwin não consegui fazer, talvez esses Ets ao murmurarem alguma coisa de um planeta distante com temperatura e atmosfera semelhante a nossa possa, para eles, fazer, resolver o problema de um Deus chato, opressor, cheio de opiniões que não nos deixa viver a nossa vida, seguir os nossos prazeres e estabelecer a nossa própria justiça humana. Talvez esses Ets sejam institucionalizados como "novos deuses", e satisfazendo um desejo inconsciente antigo, o homem passe a adorar satisfatoriamente, a seguir e a a obedecer, seres tão mortais como ele, mas "um pouco a frente",como irmãos mais velhos e evoluídos do que ele mesmo. Enfim nada de novo no inconsciente coletivo, claramente rebelado contra a existência de um Deus soberano e perfeito.
Mas os céus de Gênesis 1:1 é o universo e não o céus ( há segundo Paulo sete céus pelo menos ) habitação do Deus criador de todas as coisas. Vejamos:
No princípio criou Deus o céu e a terra.( Gn 1:1) Outro caso é o lugar onde Deus habita ou de onde emana o Seu governo ( reina ), vejamos: A palavra shãmaym ( céu , no AT ) pode significar portanto: 1) o céu físico e portanto acima da terra,parte dele ou o todo. Em Gênesis 1:1, todo o universo. 2)o céu morada de Deus, como em Dt 26:15 e I Rs 8:30 3) Entretanto, parece que Deus não é restrito até mesmo aos céus dos céus ( 2 Cr 2:6 ) 4) O céu não é eterno ( só Deus é eterno! ) os céus ( não o universo ) desaparecerá como fumaça Is 51:6 , Is 65:17 e 66:22 . Portanto o céus ( de onde emana o domínio de Deus ) é apenas mais um lugar com características diferentes da terra e do próprio universo ao nosso redor. Jesus nos fala de um céu, que para Ele não é apenas teórico como é certamente para nós. Se não vejamos " ninguém subiu ao céu senão Aquele que desceu do céu" Logo através das declarações do Senhor Jesus temos a informação fidedígna de que como é o céu, como as coisas se realizam e funcionam lá. Lá, no céus ( lugar onde emana o governo de Deus, do Criador de todas as coisas, a Sua vontade é plenamente realizada, por inferência da oração do "Pai Nosso" e que por oposição e também por constatação, na terra essa vontade não é realizada. A terra é portanto o lugar da rebeldia, da desobediência, do pecado, da oposição a Deus.Logo não é por simples coincidência que Satanás está, se encontra na terra,e não em outro lugar do universo.Sobre isso lemos nas Escrituras: Fica portanto claro, por essa breve busca nas Escrituras, que céu e terra são lugares claramente distintos. A terra além de não ter a sua configuração original da criação, no âmbito espiritual, se distingue dos céus, por ser um claro campo de batalha, de clara ambiguidade. Por essa situação particular, a terra necessita e espera por uma redenção. Vejamos: Romanos 8:20 Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, Particularmente em Rm 8:20 encontramos a declaração "por causa do que a sujeitou", esse "do que", não é certamente Deus, senão seria mais claro Paulo dizer quem a sujeitou, é neutro, logo é uma coisa, um fato, um fenômeno, e esse fato, esse acontecimento, foi a queda. A queda sujeitou o homem, a humanidade mas a terra, o nosso mundo a uma condição como a que nos encontramos todos os dias. O Senhor Jesus na oração do "Pai Nosso" nos diz por quais coisas devemos pedir, mas mais do que isso, devemos nos engajar côncios de que estamos em um campo de batalha e que necessitamos a cada momento nos posicionar desejosos e ativos, pedindo principalmente para que o Pai, que está nos ceús, interfira nesse mundo, e que estabeleça a sua vontade em cada situação particular, pois há uma oposição obstinada de Satanás e os demais demônios, em conduzir pensamentos, ações, a própria história, desde indivíduos isolados, seres humanos em particular, até cidades, estados e nações, a própria igreja se possível e muitas vezes é, por ignorância dos crentes, para algo que não seja a vontade de Deus. Muitos em defesa de uma confortável soberania teológica de Deus se escandalizam com a simples menção ou possibilidade dessa soberania ser abalada por em algum lugar, de algum modo a vontade de Deus não seja manifesta e concreta. Há nas Escrituras, em toda ela , pelo menos um versículo que prove que algo acontecido não fosse da vontade de Deus? Pois há sim.Vejamos: E novamente em: Jeremias 19:5 Porque edificaram os altos de Baal, para queimarem seus filhos no fogo em holocaustos a Baal; o que nunca lhes ordenei, nem falei, nem me veio ao pensamento. Alguém pode asseverar muito apropriadamente que o Senhor fala nesses dois versículos ao povo de Israel em uma situação bem específica, a de seus pecados como idólatras e seus cultos e sacrifícios a demônios. Entretanto são provas mais que cabais que Deus não é a origem, a causação e portanto não é o responsável dos delitos humanos e nem portanto o criador do mal. Diferentemente da cosmologia pagã que descreve um dualismo entre dois seres opostos mas iguais em poder e importância, a Bíblia não apresenta em nenhum momento esse dualismo que se rivalize em poder e influência. O que a Bíblia revela é que o mal existe, Deus o conhece, o homem após a queda também o conhece e que Satanás é fomentador desse mal, por de alguma maneira ao conhecê-lo, a iniquidade foi achada nele, esse mal se tornou sua obstinada ocupação e a razão a Bíblia nos revela, ele Satanás se achou igual a Deus, não superior mas igual e desejou louvor, adoração, submissão. Esse lado sombrio da criação um dia será erradicado totalmente, mas por direito e justiça, cuja parte relevante e decisiva é a obra de Cristo, durante toda a sua vida encarnada como homem, bem como Sua morte e Ressureição vitoriosa. Amém. Por Helvécio S. Pereira |
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