Normalmente religiosos desqualificam descrentes, e tal fenômeno não é diferente, por exemplo, de cristãos para ateus. Sempre interiormente um cristão, e não sem razão estritamente lógica, admite que o ateu e o não cristão, correm ambos, um sério perigo frente a eminente eternidade. Não se trata de ser parcial, mas do ponto estritamente racional é essa a verdade, e a que deveria ser seriamente considerada. Se não vejamos: se cristãos ( e mais particularmente crentes evangélicos cuja fé é baseada exclusivamente na revelação escriturística ) crêem no que crêem e se o que crêem for a verdade, os outros ( ateus e não cristãos, não crentes) estarão em maus lençóis; se contudo o que crêem os cristãos e crentes for balela, o máximo que acontecerá é simplesmente nada. Isso é racional, lógico, ponderável acima das paixões de um lado ou de outro, seja por parte dos religiosos ou dos anti-religião. Logo entre enganados, errados e nenhum risco, do ponto de vista estritamente lógico, os que crêem levam vantagem lógica, racional e inteligentemente avaliada sobre os que não crêem em nada e defendem ideais acima do puro e pragmático materialismo mecanicista.
Logo quem tem que honestamente reavaliar seus conceitos ( e não pelos crentes e cristãos ) são os ateus ( não por serem ateus mas por sua posição ). Eu o faria e lembro que um dia o fiz honestamente, por volta dos dezesseis ou dezessete anos. Não é uma demanda contra alguém, mas uma luta interna, que nada tem a ver com qualquer um que seja. Contudo a reflexão dessa postagem não é sobre religiosos e não religiosos, sobre crentes e não crentes, a favor dos primeiros e contra os segundos. O drama de Jó é uma demanda entre os que crêem e não contra os que não crêem. Trata-se de um drama tão atual, que descontada a despropositada afirmação se Jó existira ou não, se trata-se de uma biografia real ou não é absolutamente irrelevante. Para mim, por coerência, toda a Bíblia é a verdade e não se trata de teimosia por teimosia, no que não haveria nenhuma vantagem ou algo que distinguisse a fé evangélica da demais crenças ou arquiteturas de fé. Muçulmanos crêem que Maomé voou em um burrinho até onde hoje é Jerusalém e mais exatamente o muro das lamentações. Poderia no campo das hipóteses ser verdade, mas crer nisso sem provas coerentes não é fé, é teimosia.
A fé nas Escrituras se distinguem das demais pela coerência, é inteligente e racional: mesmo havendo problemas entre conciliar fatos e descobertas, nós as confrontamos, nos arriscamos a perdê-la em certo sentido, a prová-las a cada dia, e examinamos as Escrituras, e na medida do possível descobrimos surpreendentemente um propósito coerente por trás de cada revelação, história e fato, ainda que sejam os mais estranhos possíveis, essa é a chave, esse é o diferencial. Não temos todas as respostas, mas elas estão lá, e se revelam parcial e lentamente, e dão provas de si mesmas.
Logo quem tem que honestamente reavaliar seus conceitos ( e não pelos crentes e cristãos ) são os ateus ( não por serem ateus mas por sua posição ). Eu o faria e lembro que um dia o fiz honestamente, por volta dos dezesseis ou dezessete anos. Não é uma demanda contra alguém, mas uma luta interna, que nada tem a ver com qualquer um que seja. Contudo a reflexão dessa postagem não é sobre religiosos e não religiosos, sobre crentes e não crentes, a favor dos primeiros e contra os segundos. O drama de Jó é uma demanda entre os que crêem e não contra os que não crêem. Trata-se de um drama tão atual, que descontada a despropositada afirmação se Jó existira ou não, se trata-se de uma biografia real ou não é absolutamente irrelevante. Para mim, por coerência, toda a Bíblia é a verdade e não se trata de teimosia por teimosia, no que não haveria nenhuma vantagem ou algo que distinguisse a fé evangélica da demais crenças ou arquiteturas de fé. Muçulmanos crêem que Maomé voou em um burrinho até onde hoje é Jerusalém e mais exatamente o muro das lamentações. Poderia no campo das hipóteses ser verdade, mas crer nisso sem provas coerentes não é fé, é teimosia.
A fé nas Escrituras se distinguem das demais pela coerência, é inteligente e racional: mesmo havendo problemas entre conciliar fatos e descobertas, nós as confrontamos, nos arriscamos a perdê-la em certo sentido, a prová-las a cada dia, e examinamos as Escrituras, e na medida do possível descobrimos surpreendentemente um propósito coerente por trás de cada revelação, história e fato, ainda que sejam os mais estranhos possíveis, essa é a chave, esse é o diferencial. Não temos todas as respostas, mas elas estão lá, e se revelam parcial e lentamente, e dão provas de si mesmas.
Bem voltemos a história de Jó. Jó não era alguém que não acreditasse que Deus existisse mas ao contrário, sabia que Ele ( Deus ) existia por dois motivos: Havia ele ( Jó ) certamente sido ensinado acerca do Deus único e Criador de todas as coisas ( tinha conhecimento teórico-religioso acerca de ); tinha vivência nessa fé, exercitava e experimentava pessoalmente o que lhe havia sido ensinado. Orava pelos filhos, fazia sacrifícios, etc. A nossa experiência com Deus ou não, passa por esses dois viéses: cremos ou não como resultado do que nos foi ensinado, não há como não sê-lo; cremos ou não por experimentarmos certas sensações, certos sentimentos ou não ( sentir se bem por repetir algo a si mesmo ou a outros ). Estes funcionam, na prática, como "provas" ou não, do que nos foi ensinado, e que parece ou ser verdade ou não.
Dessa forma, ninguém é religioso, não-religioso, crente, descrente, teísta ou ateu por acaso. É apenas resultado de um processo, as vezes longo, as vezes prazeroso, as vezes traumático, mas sempre o mesmo caminho e processo. As vezes os problemas são, dependendo da pessoa, problemas de informação. Pessoas educadas rigidamente em uma religião "x" passam a questioná-la seriamente, e de modo geral, por não serem ouvidas ou não encontrarem respostas as suas inquirições, tornam-se as maiores inimigas e combatentes de tal fé e crença, alinhando-se a outros de experiências semelhantes, engajando-se em uma batalha inútil que se estende por toda uma vida, as vezes até a morte ( vide José Saramago e tantos outros ).
As vezes o problema está na resposta, nos sentimento e e emoções advindas de uma prática religiosa. O prazer religioso advindo de coisas que se faz no âmbito religioso, nos prendem ou nos afastam traumaticamente. Eu fui católico-romano, católico-espírita-romano, kadercista-ubandista, kadercista-LBV, caçador de ETs,evolucionista, li de tudo ( ainda leio, ouço, vejo ), até a "m" do livro "A terra era ôca" ( mal traduzido, mal escrito, mal tudo, realmente uma"b" ), li o livro de Mórmon, o Alcorão, enfim tanta coisa... O ser humano é bastante previsível e tão previsível que não adianta dizer que se está acima das demais pessoas, e que por algo particular você está imune aos erros e pensamentos que os outros posam ter. É assim que funcionamos, todos da mesma maneira, daí a Bíblia nos revela, nos diz, que somos todos pecadores, com a mesma e única ( para ser científico sob certo aspecto ) tendência ao pecado, ao erro ( pecar é errar a meta, o alvo, o goal, o objetivo no sentido escriturístico, e não uma lista simplória de pode-não-pode ).
As vezes o problema está na resposta, nos sentimento e e emoções advindas de uma prática religiosa. O prazer religioso advindo de coisas que se faz no âmbito religioso, nos prendem ou nos afastam traumaticamente. Eu fui católico-romano, católico-espírita-romano, kadercista-ubandista, kadercista-LBV, caçador de ETs,evolucionista, li de tudo ( ainda leio, ouço, vejo ), até a "m" do livro "A terra era ôca" ( mal traduzido, mal escrito, mal tudo, realmente uma"b" ), li o livro de Mórmon, o Alcorão, enfim tanta coisa... O ser humano é bastante previsível e tão previsível que não adianta dizer que se está acima das demais pessoas, e que por algo particular você está imune aos erros e pensamentos que os outros posam ter. É assim que funcionamos, todos da mesma maneira, daí a Bíblia nos revela, nos diz, que somos todos pecadores, com a mesma e única ( para ser científico sob certo aspecto ) tendência ao pecado, ao erro ( pecar é errar a meta, o alvo, o goal, o objetivo no sentido escriturístico, e não uma lista simplória de pode-não-pode ).
Jó conhecia Deus ( sabia acerca do Deus único e criador ) e de tal forma melhor que qualquer um de nós do alto do século XXI, seja um papa, um cardeal, um teólogo católico, um teólogo reformado, cristão, não cristão etc. O seu conhecimento acerca de Deus não era advindo de uma organização ou instituição religiosa, decidida por uma teologia oficial, por um estado religioso teocrático ou supostamente laico ( religioso ao contrário ). Não era um fé resultante de algo como "pergunte ao seu pastor", "o que o conselho declara", " o que o supremo concilio diz", me perdoem aqueles mais sensíveis mas não posso deixar de dizer "o que calvino disse ", o que santo agostinho disse", "o que são Tomás de Aquino disse"... Não era baseado em um e em qualquer ainda eu legítima autoridade visível. Era muito mais e não era suficiente.
Notem que nesse sentido, religiosos, crentes e não crentes, teístas e ateus, ouvem "vozes" sempre de outros que representam alguma autoridade e poder de decisão no que se deva ouvir e crer. Seja o religioso tal, a instituição tal, o teólogo "x" ou o cientista ateu "y", cada ser humano responde por si mesmo a partir de uma experiência única, só sua e pronto. Por isso a Bíblia diz que cada um dará conta de si mesmo a Deus.
Não adianta, sob esse estrito ponto de vista, invocar o que o outro crê, a forma como crê em sua defesa, ou justificando a sua crença ou não crença. Assim como há uma ética individual que pode e deve, conforme as circunstâncias, se opor a ética de grupo, há uma fé legitimamente individual que pode necessitar se opor e distinguir-se da fé institucional, oficial, legal, corporativista. É um risco? As vezes sim se mal construída e adquirida, mas é a única que importa realmente e de fato. Quem é Jesus para você? Não é o que os outros pensam e acham que o fará salvá-lo ( salvar a você ).
Notem que nesse sentido, religiosos, crentes e não crentes, teístas e ateus, ouvem "vozes" sempre de outros que representam alguma autoridade e poder de decisão no que se deva ouvir e crer. Seja o religioso tal, a instituição tal, o teólogo "x" ou o cientista ateu "y", cada ser humano responde por si mesmo a partir de uma experiência única, só sua e pronto. Por isso a Bíblia diz que cada um dará conta de si mesmo a Deus.
Não adianta, sob esse estrito ponto de vista, invocar o que o outro crê, a forma como crê em sua defesa, ou justificando a sua crença ou não crença. Assim como há uma ética individual que pode e deve, conforme as circunstâncias, se opor a ética de grupo, há uma fé legitimamente individual que pode necessitar se opor e distinguir-se da fé institucional, oficial, legal, corporativista. É um risco? As vezes sim se mal construída e adquirida, mas é a única que importa realmente e de fato. Quem é Jesus para você? Não é o que os outros pensam e acham que o fará salvá-lo ( salvar a você ).
Dessa forma também, religiosos não levam sob esse aspecto, vantagem sobre não religiosos, teístas sobre ateus e assim por diante, a menos que tiremos a real lição da experiência de Jó, e mesmo os que se acham bastante religiosos e recomendáveis diante de Deus, tirem da sua mensagem ( do livro de Jó ) a verdadeira lição a partir do que a Bíblia fala, e tem a falar a cada um de nós.
O livro de Jó não é simples. Não é um livro histórico, embora registre uma vida, a biografia resumida de um homem do passado, numa cultura distante. Trata-se de um livro poético e por isso de difícil compreensão. Sua compreensão não é superficial, embora se teime em fazê-la parecer possível e esgotada. Sugiro-lhe que o leia, como diz o meu amigo e irmão Jorge F. Isah, "sem pressupostos" ( ele acha impossível fazê-lo sem os ter, eu creio que devemos perdê-los para apreender o que Deus sempre queira nos dizer, daí o fato, a atitude recomendada pelo próprio Senhor Jesus, de nos tornarmos ou nos fazermos como crianças ).
Jó passa do exercício e prática de uma religiosidade legítima, do ponto de vista teológico, para a prova definitiva da verdade do que já cria. Mas se já cria de forma correta, para que provas? Esse pode ser uma questão legítima a ser formulada inicialmente, e cuja resposta pode ser encontrada no referido livro da Bíblia, o livro de Jó.
O livro de Jó não é simples. Não é um livro histórico, embora registre uma vida, a biografia resumida de um homem do passado, numa cultura distante. Trata-se de um livro poético e por isso de difícil compreensão. Sua compreensão não é superficial, embora se teime em fazê-la parecer possível e esgotada. Sugiro-lhe que o leia, como diz o meu amigo e irmão Jorge F. Isah, "sem pressupostos" ( ele acha impossível fazê-lo sem os ter, eu creio que devemos perdê-los para apreender o que Deus sempre queira nos dizer, daí o fato, a atitude recomendada pelo próprio Senhor Jesus, de nos tornarmos ou nos fazermos como crianças ).
Jó passa do exercício e prática de uma religiosidade legítima, do ponto de vista teológico, para a prova definitiva da verdade do que já cria. Mas se já cria de forma correta, para que provas? Esse pode ser uma questão legítima a ser formulada inicialmente, e cuja resposta pode ser encontrada no referido livro da Bíblia, o livro de Jó.
Jó é atual, contemporâneo, filosófico, no sentido mais fiel a filosofia, profundo e difícil ( por que não é a ótica de Deus sobre o homem versus a ótica do homem acerca de Deus mas a própria ótica de Deus dos fatos narrados ). Gosto de Arte, de bons filmes, de filmes cujos roteiros sejam de abordagem profunda, não superficial. Muitas vezes o autor ou autores estão tão a frente do público, que a ação, colocada como pano de fundo, distrai o grande público que embora gostando do filme permanece alienado as grandes e profundas questões nele abordadas. Sou professor de Artes plásticas e História da Arte e fazia bacharelado em cinema na EBA/UFMG onde me formei em um dos meus cursos superiores, por isso modestamente sei o que estou falando.
Um dos filmes que assisti ultimamente fora do período de seu lançamento ( fora da influencia da crítica e portanto do público ) foi exatamente "Wanted" ( O procurado ) com Angelina Jolie. Por trás de tanta pancadaria, tiro e acidentes fantásticos a grade discussão ( inalcansável ao grande público ) foi a do determinismo ou destino. Não conheço ( até agora- espero que seja uma mulher maravihosa e inteligente, marmanjo que não perceba a sua particular beleza...rs...rs...rs... brincadeira ) uma viva alma que possa ter visto a mesma coisa que vi, todas enumeráveis e demonstráveis a partir do roteiro e leitura do filme, cena por cena, fala por fala, etc. O livro de Jó, espero que ouça e guarde essa afirmação, é a mesma coisa, não é fácil, choca, estranha... mas é uma maravilhosa revelação bíblica, como as demais, inclusive sobre a origem do mal e como é a atuação de Satanás no mundo e na história.
Um dos filmes que assisti ultimamente fora do período de seu lançamento ( fora da influencia da crítica e portanto do público ) foi exatamente "Wanted" ( O procurado ) com Angelina Jolie. Por trás de tanta pancadaria, tiro e acidentes fantásticos a grade discussão ( inalcansável ao grande público ) foi a do determinismo ou destino. Não conheço ( até agora- espero que seja uma mulher maravihosa e inteligente, marmanjo que não perceba a sua particular beleza...rs...rs...rs... brincadeira ) uma viva alma que possa ter visto a mesma coisa que vi, todas enumeráveis e demonstráveis a partir do roteiro e leitura do filme, cena por cena, fala por fala, etc. O livro de Jó, espero que ouça e guarde essa afirmação, é a mesma coisa, não é fácil, choca, estranha... mas é uma maravilhosa revelação bíblica, como as demais, inclusive sobre a origem do mal e como é a atuação de Satanás no mundo e na história.
Finalmente, o objetivo dessa postagem não é fazer um estudo mais uma vez sobre o livro de Jó ( até escrevi uma postagem anterior que pode ser vista e lida nesse blog -CLIQUE AQUI- bastando-se para isso, ir aos "tags" abaixo ) mas para lembrar que a experiência de Jó é obrigatória, intransferida e intransferível por qualquer pessoa que seja sobre a face da terra, que cada um de nós na sua pessoal medida deve tê-la com profundidade.
Para os religiosos e crentes ela é essencial, faz toda a diferença. Para os não religiosos, para os que não crêem, para os que duvidam ( a dúvida é legítima mas pode ser casualmente infeliz ) deve ser desejada, pois religiosos como Jó na sua primeira fase, e incrédulos estão no mesmo patamar: uma fé e uma não-fé, ambas teóricas, centradas em si mesmas, em razões puramente humanas, resultado de uma parcialidade limitada e ineficiente.
Para os religiosos e crentes ela é essencial, faz toda a diferença. Para os não religiosos, para os que não crêem, para os que duvidam ( a dúvida é legítima mas pode ser casualmente infeliz ) deve ser desejada, pois religiosos como Jó na sua primeira fase, e incrédulos estão no mesmo patamar: uma fé e uma não-fé, ambas teóricas, centradas em si mesmas, em razões puramente humanas, resultado de uma parcialidade limitada e ineficiente.
O livro de Jó termina com a sua afirmação pessoal, força e testemunho a todos nós:
1 Então respondeu Jó ao SENHOR, dizendo:
2 Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser impedido.
3 Quem é este, que sem conhecimento encobre o conselho? Por isso relatei o que não entendia; coisas que para mim eram inescrutáveis, e que eu não entendia.
4 Escuta-me, pois, e eu falarei; eu te perguntarei, e tu me ensinarás.
5 Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te vêem os meus olhos.
6 Por isso me abomino e me arrependo no pó e na cinza.
Jó 42:1-6
( * )O Livro de Jó é classificado como poético-sapiencial
Por Helvécio S. Pereira
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