Uma conversa puxa a outra e foi apartir de um comentário de um querido irmão em seu blog, numa postagem que abordava, melhor citava, uma literatura evangélica que abordava, com intuito de por fim a um dilema, o da origem do mal, que por causa de um questionamento meu a uma declaração feita por esse mesmo irmão, nasce essa postagem.
A fala do irmão da qual parte o meu raciocínio é a seguinte:
" O fato fato é que temos de afirmar o mal como parte da criação, e não é algo que Deus não previu, mas que está eternamente decretado em seu plano. Sei que você não disse isso, mas é que a idéia de Deus decretar que as coisas não se mantenham em seu estado original de perfeição pode suscitar o entendimento de que ele as criou perfeitas e depois corrompeu-as. Na verdade, a Bíblia não afirma nenhuma perfeição na Criação, o próprio Deus considerou-a boa, não perfeita. Se toda a Criação fosse perfeita, também o seria o pecado, o mal, as tragédias, etc."
Como não se trata de uma crítica ao blog ou ao irmão e nem ao assunto acventado na referida posstagem, e só por isso, omito a citação da postagem e do blog, embora ele ( o irmão saiba a que me refiro) a razão é puramente ética e de fineza recípocra. Postei ( tentei ) colocar um comentário rápido no blog do irmão mas perdi o texto e fiquei com preguiça de refazê-lo. Um asegunda razão seria o imediatismo das idéias que poderiam ser reflexo de uma pressa de rebatê-lo em suas afirmações sem elementos mais substanciais o que não redundaria em uma real edificação e exclarecimento acerca do assunto.
Vamos lá então: Há ou não a idéia de perfeição nas Escrituras? Seria a perfeição apenas uma idéia resultante do nosso sienbtimento e das elevadas peripécias filosóficas e religiosas promovidas pela mente humana?
Percorramos ainda que rapidamente, enquanto escrevo essa mesma postagem alguns textos do AT, sendo o primeiro deles encontrado no Salmo 119:96, um dos meus salmos preferidos:
Tenho visto fim a toda a perfeição, mas o teu mandamento é amplíssimo.
A palavra "perfeição" nesse verso é a palavra tiklâ faz com Ara, limites, de fato um jogo poético das palavras. A "perfeição" embora existente tem seus limites, tem fim, mas o teu mandamento ( a tua palavra, os teus conselhos, são amplíssimos, vão bem mais além.
O salmista tinha idéia da perfeição portanto para fazer essa conparação. Perfeição para ele não consistia apenas numa idéia filosófica e metafísica mas concreta, sem relativismo, palpável mesmo.
Em 2 Crônicas 4:21 temos a idéia do que é "puro" como "sem mancha", vejamos:
as flores, as lâmpadas e as tenazes, de ouro puríssimo, ( Almeida Revisada, Imprensa Bíblica ) A palavra aí colocada é traduzida é miklâ
taklît é outra palavra encontrada no AT cerca de cinco vezes, três delas em Jó tem o sentuido de totalidade siginificando perfeição, perfeito.
A palavra kãlîl significando perfeito e miklãl perfeição. O primeiro vocábulo kãlîl significa perfeito, inteiro e exprime tanto de realização quanto a destruição. Tem a idéia de inteireza ou perfeição, quatro dessas ocorrências dizem respeito à beleza e são trasduzidos por "perfeito".
Miklãl significando perfeição ocorre uma vez em Salmos 50:2 e Lamentações 2:15
Desde Sião, a perfeição da formosura, resplandeceu Deus. ( Sl 50:2)
Todos os que passam pelo caminho batem palmas, assobiam e meneiam as suas cabeças sobre a filha de Jerusalém, dizendo: É esta a cidade que denominavam: perfeita em formosura, gozo de toda a terra? ( Lm 2:15 )
Bem até nada apenas referẽncias do uso das palavras relacionadas a que usamos e pensamos modernamente, será?
A afirmação do irmão em sua resposta a um dos comentários de seus leitores diz que Deus condierou a sua criação apenas "boa" ( ???!!)
O vocábulo tôb significa bom, agradável,belo, que dá prazer, alegre, jubiloso, correto, precioso, justo. É comprovável que o uso do vocábulo em questão desígna um benefício prático, não apenas uma idéia abstrata, filosófica, metafísica. As frutas do Édem em Gênesis 2:9 e os cereais do sonho de Faraó ( Gênesis 41:5 e 4:36 ) eram bons para comer. A criação portanto era boa realmente e do ponto de vista mais exigente: de Deus mesmo. Será que não era perfeita? como não sê-la?
Há ocasiões que "bom" e "bem" um ampla variedade de perspectivas abstratas embora não invalide ou diminua a imortçabcai do uso lembrado acima.
Afirmar entretanto que Deus não criara o mundo de forma perfeita implicaria em afirmar uma das "verdades":
a primeira a sua incapacidade de fazer algo perfeito;
a segunda: a sua necessidade de aperfeiçoá-las o que inlicaria na primeira premissa.
Em ambas Deus seria inveitavelmetne "menos Deus" do que frequentemente imaginamos e portanto uma afirtmação de implicações teológicas verdadeiramente desastrosas.
O céu não seria perfeito para os salvos, os corpos dos salvos não seriam perfeitos, e as relações sonhadas para a eternidade não seriam igualmente perfeitas, haveria insegurança e incertezas mil, sob todos so aspectos exploráveis ainda que pela infinita mente humana.
Algo prefeito é algo que agrega todos os elementos que o caracterizam sem reparações e descontos. Algo imperfeito ainda que, por exemplo "belo", tem algum ítem de "beleza", digamos incompleto e passível de aperfeiçoamento. Se Deus não é "perfeito" é em Si mesmo "aperfeiçoável", algo inaceitável logicamente em se tratando do Deus bíblico eterno e único. Um dos sentidos abordados primeiro foi o de "sem mancha". O homem, Satanás, os demônios, por exemplo, possuem todos "manchas", "iniquidade", "pecado", materialidade de um tipo de "imperfeição".A cada tarde de cada dia da criação, "viu Deus que era bom", portanto "acabado", "terminado", "perfeito". Como imaginá-lo de outra forma?
Não é portanto prudente, razoável e bíblico, asseverar o contrário e nem faz parte da tradição cristã de uma provável interpretação desse tipo. Além do que destrói inadevertidamente o que se sonha desde o AT até o NT acerca da eternidade, da recompensa, da justiça, da habitação divina e da futura vida eterna dos justos. O tempo e a história do homem pós pecado é que se revela um hiato de imperfeição e concivência impura do joio e do trigo, duas materuialidades distintas e que se contrapõem o tempo todo. A vontade de Deus nos céus é a perfeita e completa, enquanto a manifesta na terra é resultado da corrupção humana, e da semeadura de um "inimigo".
1 E mostrou-me o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro.
2 No meio da sua praça, e de um e de outro lado do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês; e as folhas da árvore são para a saúde das nações.
3 E ali nunca mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão.
4 E verão o seu rosto, e nas suas testas estará o seu nome.
5 E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os ilumina; e reinarão para todo o sempre.
Apocalípse 22: 1-5
Por Helvécio S. Pereira
Mais alguns textos:
(*)Perfeição (do latim perfectione) caracteriza um ser ideal que reúne todas as qualidades e não tem nenhum defeito. Designa uma circunstância que não possa ser melhorada ainda mais e mais.
Historicamente o termo perpassa pelo conceito de entelecheia (enteles, completo, telos, fim, propósito e echein, ter) cunhado por Aristóteles, sendo um trabalho ativo para a realização de um alvo, intrínseca à mesma coisa. Mas é também esse alvo, esse estágio em que a organização alcançou todas suas potentialidades, e conseqüentemente, alcançou a perfeição.
O conceito moderno de pefeição se origina do movimento idealista do século XVIII, e está estreitamente ligado à noção de progresso. Em Kant e seus antecessores, Christian Wolff e Alexander Gottlieb Baumgarten perfeição é uma noção de ontologia: completude como sendo uma reunião de todas as disposições sujeitas a uma unidade harmoniosa, ou ordem. O perfeito é um 'completo', um manancial de ações potenciais. Por outro lado, a perfeição é uma idéia, uma condição que não é alcançada, mas deve necessariamente ser almejada - esta é a ética do homem.
Fonte: Wikipedia
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