Me surpreendo cada vez mais vez com a incapacidade de tocar realmente nas feridas sociais e em mazelas invisíveis da própria igreja evangélica, clara e decididamente avançada social e espiritualmente em tantas questões. Mais uma vez um círculo suspeito de "formadores de opinião" alguém se inflama contras as declarações de Edir Macedo, particulares, internas à sua igreja ( igreja dele, membrezia dele ) portanto aconselhando membros de sua igreja a não casarem nos chamados casamentos inter-raciais e de outros casais cujas mulheres excedam a idade de seus maridos em mais de dois anos ( uma medida aleatória proposta internamente ).
Em outra feita, o bispo Edir Macedo instruiu seus parceiros de ministério a não terem filhos, ou no máximo um ou dois filhos e adotarem crianças, das quais, no mundo e particularmente no Brasil, tantas necessitariam de um lar e de pais cristãos.
Sempre polêmico e sem meias palavras quando discorre sobre qualquer assunto, como todo bom colérico, Edir Macedo provoca não poucos ódios e amores, dividindo águas, granjeando inimigos dentro e fora da igreja, cristãos, crentes e não crentes, pessoas que muitas vezes o seguem para pegá-lo em alguma falha ( um estranho e em nada original comportamento e fixação pessoal ). Bastariam pregar, ensinar, segundo a sua própria estrategia e combater os mesmos males. Mas por que não o fazem?
Em outra feita, o bispo Edir Macedo instruiu seus parceiros de ministério a não terem filhos, ou no máximo um ou dois filhos e adotarem crianças, das quais, no mundo e particularmente no Brasil, tantas necessitariam de um lar e de pais cristãos.
Sempre polêmico e sem meias palavras quando discorre sobre qualquer assunto, como todo bom colérico, Edir Macedo provoca não poucos ódios e amores, dividindo águas, granjeando inimigos dentro e fora da igreja, cristãos, crentes e não crentes, pessoas que muitas vezes o seguem para pegá-lo em alguma falha ( um estranho e em nada original comportamento e fixação pessoal ). Bastariam pregar, ensinar, segundo a sua própria estrategia e combater os mesmos males. Mas por que não o fazem?
O trecho do texto que escreveu o bispo Edir Macedo em seu blog, é o transcrito abaixo - em parte, justamente a parte combatida pelos tidos "formadores de opinião" de plantão tanto crentes como não crentes, a maioria diga-se de passagem nunca fizeram nada por nenhum negro ou afro-descendente em sua epopéia de nascer e sobreviver em uma nação racista de fato e hipócrita :
O rapaz que deseja fazer a Obra de Deus não deve se casar com uma moça que tenha idade superior à dele, salvo algumas exceções, como por exemplo aquele que é suficientemente maduro e experiente na vida para não se deixar influenciar por ela. Mesmo assim, a diferença não deve ultrapassar dois anos.
Muitas pessoas não gostam quando fazemos estas colocações; entretanto, temos visto que quando a mulher tem idade superior à do seu marido, ela, que por natureza já tem o instinto de ser ‘mandona”, acaba por se colocar no lugar da mãe do marido.
E o pior não é isto. A mulher normalmente envelhece mais cedo que o homem, e quando ela chega à meia-idade, o marido, por sua vez, está maduro mas não tão envelhecido quanto ela. E a experiência tem mostrado que é muito mais difícil, mas não impossível, manter a fidelidade conjugal.
Para evitar este ou outros transtornos, oriundos da diferença de idade (a do marido inferior à da esposa), é preferível que não haja qualquer compromisso de casamento.
(…)
Quanto à raça
Não haveria nenhum problema para o homem de Deus se casar com uma mulher de raça diferente da dele, não fossem os problemas da discriminação que seus filhos poderão enfrentar nas sociedades racistas deste mundo louco.
É preciso que ambos estejam conscientes quanto aos riscos de traumas ou complexos que as crianças poderão absorver durante os períodos escolares, e, a partir daí, carregarem-nos por toda a vida.
Infelizmente, os pais não terão como evitar que aconteçam rejeições ou críticas por parte dos coleguinhas nas escolas nos países onde eles poderão estar pregando o Evangelho.
O homem de Deus precisa estar sempre preparado para servir a Deus onde quer que Ele assim determine, e, assim, nem sempre estará em um país onde não haja esse tipo de situação. Portanto, é necessário que o casal examine também esta questão, antes de qualquer compromisso mais sério.
(…)
Procuramos alertar sobre esta situação não porque a Igreja Universal do Reino de Deus tenha qualquer objeção quanto ao casamento envolvendo mistura de raça ou cor. Não, muito pelo contrário!
Temos vários homens de Deus casados com mulheres de raças diferentes. Não teríamos absolutamente nada a comentar a este respeito, mas temos visto este tipo de problema acontecendo com as crianças dentro das nossas igrejas, em outros países.
Procuramos, portanto, trazer à baila esta situação a fim de evitarmos transtornos no futuro do homem de Deus e na obra que está reservada para ele.
Muitas pessoas não gostam quando fazemos estas colocações; entretanto, temos visto que quando a mulher tem idade superior à do seu marido, ela, que por natureza já tem o instinto de ser ‘mandona”, acaba por se colocar no lugar da mãe do marido.
E o pior não é isto. A mulher normalmente envelhece mais cedo que o homem, e quando ela chega à meia-idade, o marido, por sua vez, está maduro mas não tão envelhecido quanto ela. E a experiência tem mostrado que é muito mais difícil, mas não impossível, manter a fidelidade conjugal.
Para evitar este ou outros transtornos, oriundos da diferença de idade (a do marido inferior à da esposa), é preferível que não haja qualquer compromisso de casamento.
(…)
Quanto à raça
Não haveria nenhum problema para o homem de Deus se casar com uma mulher de raça diferente da dele, não fossem os problemas da discriminação que seus filhos poderão enfrentar nas sociedades racistas deste mundo louco.
É preciso que ambos estejam conscientes quanto aos riscos de traumas ou complexos que as crianças poderão absorver durante os períodos escolares, e, a partir daí, carregarem-nos por toda a vida.
Infelizmente, os pais não terão como evitar que aconteçam rejeições ou críticas por parte dos coleguinhas nas escolas nos países onde eles poderão estar pregando o Evangelho.
O homem de Deus precisa estar sempre preparado para servir a Deus onde quer que Ele assim determine, e, assim, nem sempre estará em um país onde não haja esse tipo de situação. Portanto, é necessário que o casal examine também esta questão, antes de qualquer compromisso mais sério.
(…)
Procuramos alertar sobre esta situação não porque a Igreja Universal do Reino de Deus tenha qualquer objeção quanto ao casamento envolvendo mistura de raça ou cor. Não, muito pelo contrário!
Temos vários homens de Deus casados com mulheres de raças diferentes. Não teríamos absolutamente nada a comentar a este respeito, mas temos visto este tipo de problema acontecendo com as crianças dentro das nossas igrejas, em outros países.
Procuramos, portanto, trazer à baila esta situação a fim de evitarmos transtornos no futuro do homem de Deus e na obra que está reservada para ele.
Primeiro as acusações de todo o tipo buscando mais descredenciar a opinião ( não passa disso ) do que abordar a realidade em profundidade. Posto isso coloco as seguintes questões:
Primeira: o Brasil é racista ou não é racista?
Segunda: a igreja evangélica, em geral, no Brasil é ou não é racista ( na pŕatica )?
A primeira resposta é que o Brasil embora não seja racista ideologicamente o que o é na prática é a realidade. Isso pode ser facilmente comprovado com fatos, relatos, crimes, empregabilidade, carreira nas empresas, lideranças nos partidos políticos, agremiações esportivas e nas igrejas ( seja católica ou protestantes ) e hoje incrivelmente até nas religiões afro-brasileiras!
Quanto a segunda resposta, na prática, na igreja evangélica brasileira, os homens e mulheres seguem padrões estéticos decorrentes de esteriótipos claramente mundanos, fazendo que principalmente e primeiramente as mulheres negras e depois em menor medida homens negros sejam excluídos nas relações de namoro e casamento, de forma pouco percebida e declarada tanto pela igreja como pela própria membrezia da igreja.
Dessa forma antes e muito antes ao contrário de ser uma defesa de uma certa eugenia, trata-se de uma defesa na prática das mulheres e negras, enfim casais negros que deixam de serem formados nas igrejas e portanto de famílias negras, de negros, com pais e filhos negros, que não sucumbam a um ambraquecimento social, imposto e sugerido através de filmes, norte americanos e também brasileiros em que o homem negro é aceito com uma mulher branca mas o contrário nunca ou muito pouco é exemplificado.
Me ateria a ínumeros relatos reais e históricos pessoais de longa descriminação e humilhação consequente de valores estéticos erráticos e injustos como cabelo liso, pele mais clara ou "morena", lábios carnudos mas nunca tanto como a de certas etnias claramente africanas, o que Edir Macedo procura advertir os cônjuges acerca dessa dura e triste realidade.
Perguntaria ainda: descontados a afeição entre pessoas, algo pessoal íntimo e inexplicável, até que ponto essa preferência predominantemente masculina e clara, por parte dos homens negros e mestiços, por mulheres brancas, relegando à solterice ou a maternidade solteira de milhares, não milhões de mulheres negras e mestiças dentro das igrejas ( já que fora delas é o que mais acontece )?
O que há de "santo" nesses "homens de Deus" nas diversas igrejas ( evangélicas ) que espertamente como "os filhos de Deus" no Velho Testamento que cobiçaram "as filhas dos homens" ( por causa da sua beleza ), coabitando com elas e dando origem aos gigantes da antiguidade, cobiçam as loirinhas, as morenas de longos cabelos lisos e pele clara, etc, etc. E mais: quantas novas cantoras evangélicas, nas capas de CDse DVDs evangélicos não alcançam sucesso exatamente por exatamente serem etnicamente desse modo?
A terceira pergunta: quem é racista de fato nessa história, o bispo Edir Macedo no seu conselho ( não dogma e nem doutrina ) ou todos os demais?
No Brasil negro é feio, e qualquer um que tenha cabelo de negro, nariz de negro, boca de negro é feio, fora e dentro da igreja evangélica. E incrivelmente talvez por várias razões, entre elas a preservação sexual antes do matrimônio entre os verdadeiramente convertidos, descontados o desempenho, a perfórmace sexual, passíveis de experimentação no mundo (fora da igreja ) eleja o fator estético-étnico, como o único valor e elemento condicionador de uma futura escolha.
E é muito feio nas igrejas ( evangélicas )não se tocar nesse assunto apropriadamente. Peca ele, erra, por uma abordagem pouco ou nada politicamente correta, quase, ou como uma conversa ou um sermão ( pregação menos ortodoxa ). Na prática o seu conselho é de pessoas negras aprenderem a se amarem como negras e constituírem famílias negras, amarem e verem os seus filhos como belos sendo negros. Que há de errado, na prática nisso?
Estabelecer as declarações dele com a eugenia pregada, crida e adotada desde o início no século XX, o resultante nazismo, etc, é fugir da realidade sobre qual se debruça no caso específico da cultura e do povo brasileiro. Se a igreja evangélica brasileira tem alguma mazela real e é hipócrita em algum sentido, é sem dúvida exatamente nesse.
Por Helvécio S. Pereira
NOTA: ESSA POLÊMICA ESTÁ SENDO CAUSADA POR UMA NOVA DIVULGAÇÃO DE ALGO DITO EM UM LIVRO, A DEZ ANOS ATRÁS, POR EDIR MACEDO DANDO CONSELHOS PESSOAIS A FUTUROS PASTORES QUE IRIAM PARA OUTROS PAÍSES A SERVIÇO DA IURD, PORTANTO DENTRO DO CONTEXTO ESPECÍFICO HÁ UMA OUTRA LEITURA A SER FEITA.
MUITOS DOS ATUAIS E FERRENHOS CRÍTICOS NUNCA FIZERAM NADA EM DEFESA DE UM NÃO BRANCO OU COMO DONOS E DONAS DE CASA, EMPRESÁRIOS, CERTAMENTE ATÉ ESCOLHEM BABÁS, COZINHEIRAS, SECRETÁRIAS, ETC, ENFIM MULHERES NÃO NEGRAS PARA TRABALHAREM PARA ELES. ENFIM O RACISMO BRASILEIRO É TÃO INCORPORADO E EXERCIDO COM TANTA DISCRIÇÃO E HIPOCRISIA, QUE PARECE QUE NÃO EXISTE E PRINCIPALMENTE NAS IGREJAS, PARTICULARMENTE NA IGREJA EVANGÉLICA COM TODOS OS SEUS REAIS AVANÇOS.
E EU PERGUNTO NOVAMENTE: QUEM SÃO OS VERDADEIROS RACISTAS NO BRASIL: O EDIR MACEDO OU TODOS ESTES?
Não temos portanto uma instituição de racismo por parte de Edir Macedo, mas na prática uma advertência de que ele existe, é real e não adianta simplesmente ignorá-lo como fazem muitos e muitas igrejas incluindo evangélicas. Há de se enfrentá-lo não promovendo um inconsciente embranquecimento da raça, nem impedindo-o para casais que se amem e principalmente amem a Deus, mas dentro de uma ação real não esquecer que ele ( o racismo, a discriminação, a humilhação pública, a ditadura da moda racista ) existe, e existe no Brasil. Casais negros, casais brancos, casais orientais, indígenas ou mistos têm direito de se constituírem,social e legalmente, e espiritualmente livres diante de Deus, mas não vivemos em um mundo ideal, em um Brasil ideal, e nem tão pouco numa igreja ideal. Estejamos todos cônscios disso.
NOTA: ESSA POLÊMICA ESTÁ SENDO CAUSADA POR UMA NOVA DIVULGAÇÃO DE ALGO DITO EM UM LIVRO, A DEZ ANOS ATRÁS, POR EDIR MACEDO DANDO CONSELHOS PESSOAIS A FUTUROS PASTORES QUE IRIAM PARA OUTROS PAÍSES A SERVIÇO DA IURD, PORTANTO DENTRO DO CONTEXTO ESPECÍFICO HÁ UMA OUTRA LEITURA A SER FEITA.
MUITOS DOS ATUAIS E FERRENHOS CRÍTICOS NUNCA FIZERAM NADA EM DEFESA DE UM NÃO BRANCO OU COMO DONOS E DONAS DE CASA, EMPRESÁRIOS, CERTAMENTE ATÉ ESCOLHEM BABÁS, COZINHEIRAS, SECRETÁRIAS, ETC, ENFIM MULHERES NÃO NEGRAS PARA TRABALHAREM PARA ELES. ENFIM O RACISMO BRASILEIRO É TÃO INCORPORADO E EXERCIDO COM TANTA DISCRIÇÃO E HIPOCRISIA, QUE PARECE QUE NÃO EXISTE E PRINCIPALMENTE NAS IGREJAS, PARTICULARMENTE NA IGREJA EVANGÉLICA COM TODOS OS SEUS REAIS AVANÇOS.
E EU PERGUNTO NOVAMENTE: QUEM SÃO OS VERDADEIROS RACISTAS NO BRASIL: O EDIR MACEDO OU TODOS ESTES?
Não temos portanto uma instituição de racismo por parte de Edir Macedo, mas na prática uma advertência de que ele existe, é real e não adianta simplesmente ignorá-lo como fazem muitos e muitas igrejas incluindo evangélicas. Há de se enfrentá-lo não promovendo um inconsciente embranquecimento da raça, nem impedindo-o para casais que se amem e principalmente amem a Deus, mas dentro de uma ação real não esquecer que ele ( o racismo, a discriminação, a humilhação pública, a ditadura da moda racista ) existe, e existe no Brasil. Casais negros, casais brancos, casais orientais, indígenas ou mistos têm direito de se constituírem,social e legalmente, e espiritualmente livres diante de Deus, mas não vivemos em um mundo ideal, em um Brasil ideal, e nem tão pouco numa igreja ideal. Estejamos todos cônscios disso.