Faz parte da consciência da maioria das pessoas, sem passar pelo crivo de uma análise mais séria, de que o Brasil é uma país, uma nação, favorecida e que a ela é reservada certamente um futuro mais promissor e de importância mundial. De fato sob todos os pontos de vista é uma falácia e de um relativismo descabido, uma manifestação inconsciente de um nacionalismo infantil.
Sob todos os pontos de vista, sob todas as análises possíveis e seriamente feitas, não há nada que comprove e nem tampouco aponte qualquer favorecimento real e apontamento de que o Brasil como nação seria, ou será, um elemento, um fator, enfim algo decisivo na história mundial, a exemplo de outros povos e nações que biblicamente são, sim de fato, listados como elementos decisivos, em momentos já profetizados nas Escrituras.
Logo o Brasil como qualquer outra nação é apenas, por razões desconhecidas por nós, apenas um figurante anônimo na história do mundo e da humanidade, tanto quanto outro país, menor ou maior territorialmente que ele, como o Butão ou o Canadá por exemplo, só por ilustração.
Entretanto, no meio secular, nos círculos ideológicos convenientes, nos discursos políticos e até no seio do cristianismo institucional, seja católico romano, protestante, evangélico, há por parte de brasileiros e de estrangeiros vislumbrados com certos elementos diversos da cultura original deles, uma bajulação patética em torno da pressuposta capacidade, pressuposta reserva espiritual e até cristã, como um abençoador de toda a humanidade.
Até em setores e círculos esotéricos, fato bajulado por pessoas do mundo inteiro, materializado em comunidades, maiormente no planalto central, como centros de espiritualidade, mediunidade, contatos com extraterrestres, etc, o Brasil é visto de modo futurista promissor. Interessante que cristãos, materialistas, ideólogos, esotéricos, caçadores de ETs, sendo brasileiros ou estrangeiros maravilhados com nosso povo, nossa cultura e geografia, apontam todos segundo a cosmovisão e ansiedade de cada um, algo de peculiar, promissor e decisivo relacionado e impulsionado por um tal de povo, e por um país chamado Brasil. Todos, desse modo concordam errônea e suspeitadamente que somos especiais e um espécie de predestinado "país do futuro". Notem que a minha crítica não é a nenhum grupo ou crença particular mas a todos, no que concordam exatamente nessa "esperança".
Biblicamente, se até toda uma América, um novo mundo, tão extenso e rico foi escondido até a sua revelação aos povos do oriente e parte da Europa, por cerca de mil e quinhentos anos após o nascimento de Cristo, por cerca de mil e novecentos e dez anos, após a última revelação do Novo Testamento, no livro do Apocalipse, e por mais de dois mil e quatrocentos anos após a última revelação do Antigo Testamento, por que logo o Brasil, seria objeto de alguma relevância maior?
Por essa introdução, é razoável a percepção da extensão desse erro, da afirmação de que aos olhos de Deus, há uma reserva e um plano especial para esse país no contexto mundial, compreendido especialmente como algo que se eleve clara e inequivocamente acima da influência de qualquer outro povo e nação na história da humanidade, seja no presente ou no futuro. Portanto é esse sem dúvida alguma um erro primário e simplório.
Se por um lado não há destaque para o Brasil no cenário seja histórico, seja espiritual no mundo, não há também nenhum favorecimento especial relacionado ao Brasil. E isso é de extrema importância, a compreensão desse fato. A influência positiva do Brasil para a história parte simplesmente de indivíduos, de ações pontuais e não do país coletivamente. Isso no campo tanto material como espiritual. Não há portanto uma pretensa proteção e imunidade espiritual relacionada ao Brasil mesmo porque a espiritualidade do Brasil em termos cristãos e bíblicos não excede decididamente há espiritualidade encontrada por outros cristãos e crentes ( falando agora de evangélicos ) encontráveis em outras nações com a sua minoria convertida ao Evangelho e à fé no Senhor Jesus Cristo.
Portanto afirmações emocionais e genéricas de que "O Brasil é do Senhor Jesus", pode no máximo traduzir um desejo legítimo tanto quanto Jesus queria o bem de Jerusalém e nada mais. No sentido de posse, todo o mundo, toda a terra e os homens que nela habitam, como todas as coisas existentes são pertencentes unicamente a Deus, mas não no sentido específico de que as pessoas, os brasileiros e todos os membros da igreja cristã evangélica sejam de Deus.
É também verdade que muitos na congregação dos justos, pertençam ao diabo, e não subsistirão dentro dela, muitos se apostatam da fé, outros muitos já se apostataram e muitos também ainda se converterão como Pedro se converteria depois, segundo palavras e declaração do próprio Senhor Jesus. Logo tanto sob o prisma secular como o da igreja, não há proeminência nenhuma no Brasil, pelo menos decisiva e clara, como algo como um fenômeno único, reservado ao Brasil em relação ao mundo. É engano, erro ou má fé.
Assim posto, convenhamos que, por ser uma nação e um povo absolutamente comum, sem nada a destacar ou que lhe distinga e favoreça, esse país estaria sujeito ao mesmo julgamento a que qualquer outro povo e nação estaria sujeito. E o que afasta a benção de um país, nem é o mal conhecimento de Deus, mas a injustiça!
Um olhar sem paixões, para toda a história humana nos leva a detectar que o que determina o desenvolvimento de um povo em relação ao outro, é sempre o pecado do segundo. Notem todos: não é a justiça do primeiro, mas o pecado e a injustiça do segundo.
Trata-se de um princípio bíblico, que pode ser observado, detectado e aprendido nas Escrituras, particularmente no Antigo Testamento, e que ao pegar-se fatos históricos posteriores e aplicados os mesmos princípios eles se comprovam após o próprio período da revelação escriturística.
Sob esse aspecto, quando os pecados e injustiças de um povo que biblicamente é sempre visto como uma única pessoa, esse povo é punido e muitas vezes aniquilado. Quando um povo, mesmo sem conhecer teológica e corretamente a Deus exerce a justiça, é esse povo abençoado.
Muito se diz e se repete que os índios brasileiros foram os primeiros habitantes do Brasil e com base nisso, se defende o fato de serem do Brasil, seus verdadeiros e mais legítimos donos. O que não é difundido é que esses índios da época do descobrimento, além de não serem um único povo e uma única etnia, desalojaram e eliminaram os antigos habitantes antes deles. E seria de uma inocência descabida imaginar que fizeram isso naturalmente, sem injustiças, abusos, covardias e obviamente muitas mortes, sanguinárias mortes.
Essa repetição de quase um padrão faz que entendamos que aos olhos de Deus, um povo, elimina o outro, eliminado juntamente os seus erros e injustiças e insanidades, tirando-lhe a posse de uma terra, o poder e soberania e dando a outro povo, o que se repete sucessivamente. De fato a cada curto período ( em termos históricos ) uma região, algum país tem de fato poder e influência no cenário mundial e histórico, sendo substituído radicalmente por outro povo, nação e país.
Desse modo tanto a ambição secular, a ambição espiritual, e uma projeção artificial de que o país seja alguma coisa muito além do que é, é um factóide e uma falsa afirmação, vinda da ideologia, do materialismo ou do seio da igreja.
Sob o ponto de vista estritamente bíblico o Brasil é um país pecador. E isso não é exagero, sob uma análise ideológica, o Brasil é um canteiro de injustiças e desmandos, desde o seu descobrimento. Logo esperar que por algum motivo especial uma nação de cultura dúbia, duvidosa, ( cultura vista como comportamento e conjunto importante de valores ) seja elevada a uma especialidade, é imaginar algo absolutamente inrazoável.
O Brasil do ponto de vista espiritualmente bíblico é um lugar de batalha e cenário de guerra tanto quanto outro país. Ou seja sua benção consiste no numero de joelhos que não se quedam, que não se dobram a Baal, de homens e de mulheres fieis a Deus e de como a influência dessas pessoas é aceita ou rechaçada, tal qual Jerusalém que perseguia e matava os profetas, e que mesmo com o seu número de religiosos aparentemente fiéis e defensores do verdadeiro Deus e da verdadeira e única fé, entre eles o s fariseus e saduceus, os sacerdotes do templo e tudo o mais, havia os fiéis como Simeão e a profetiza que ao Jesus ser apresentado no templo, o reconheceram como o Salvador. Contudo a existência desses fiéis contudo não foram suficientes para impedir a destruição de Jerusalém.
No Brasil, embora o número de crentes tenha se multiplicado a cada dia e de forma inegável é manifesta a fragilidade espiritual de lideranças importantes e uma relação as vezes espúria com o meio secular e um suspeito e irresponsável tratamento com as coisas de Deus. A divisão promovida e os ataques sistemáticos de origem claramente malígna tem dividido irmãos, atrasado avanços e promovido não tão pouco escândalos. De forma que intencional ou erroneamente muitas brechas espirituais têm sido abertas e as trevas ganhado força e terreno em meio nas mentes de incrédulos ou de cegos espirituais fora e dentro das igrejas.
Dessa forma os recentes e surpreendentes fatos, que assustam toda a classe política, setores do entretenimento, são hoje e agora o verdadeiro terremoto, que substituindo o terremoto geológico agita e pode derrubar tudo o que está falsamente de pé, constituindo-se num castigo e julgamento em que incrédulos e crentes mal localizados no reino de Deus sofram diante da dura correção de um Deus que longanimo e paciente, não se deixa escarnecer, sendo justo juiz de toda a terra.
De uma maneira inimaginável, milhares de pessoas, movidas não sabem ao certo por quais insatisfações, se manifestam em um crescente numero de cidades, deixando todos estupefatos. Os políticos, os educadores, os especialistas, os religiosos, juristas, todos e muitos mais se debruçam tentando entender esse momento e se perguntam muito apropriadamente: o que será amanhã? o que resultará disso?
Por ora vale lembrar que somente uns poucos, e isso não se deve a uma revelação particular e especial, nem por uma religiosidade mais ideal, é dada a real compreensão dos fatos. O otimismo tanto fora da igreja como dentro dela faz com que pessoas não crentes e crentes imaginem erroneamente que algo resultará de bom finalmente. Contudo, a benção, só pode vir resultado de arrependimento, arrependimento esse que até por sua característica peculiar, esse país não se arrependerá, nem os seus políticos sem conhecimento de Deus, nem seus religiosos sem comunhão com o verdadeiro Deus, e muito menos o pecador costumas e defensor de valores e padrões que confrontam a vontade de Deus especificamente. Logo nada de promissor virá do juízo de Deus sobre o Brasil. Esse juízo certamente passará por todas as instituições, pelo poder político, pela educação, pelas igrejas e religiões, por cada líder que desvia o povo de seu melhor caminho.
Como o Senhor Jesus dissera, Ele veio trazer o juízo e a espada no que se refere as nações e às sociedades, a paz que Ele dá, uma paz que o mundo não conhece, essa paz continua e se torna real a cada dia para aqueles que verdadeiramente O conhecem.
O crente que estiver firmado apenas em uma denominação, em uma teologia singular, em um líder humano, em uma situação específica será abalado igualmente com o mundo e as pessoas fora e alheias às igrejas. De fato manifestantes, governo, políticos, defensores de causas particulares, não se entendem e não se entenderão. Nem tão pouco os próprios religiosos e talvez esses mais do que os outros baterão as cabeças, cada um desejando e se projetando como o legítimo do noda verdade. Aliás muitos e cada um, nem sabe o que os move, todos concordam que o que se vê é resultado de algo inexplicável, embora teses e teorias sejam elaboradas para tentar um esclarecimento e uma justificativa.
Para nós, os que cremos, que cremos na Bíblia como a Palavra de Deus, boa parte da população já se decidiu frontalmente contra Deus nesse país, e a nação graças aos que a influenciam todos os dias intelectualmente, comportamentalmente, já fez uma opção clara e recente pelo que a Bíblia chama claramente de pecado, contrariando até o que nações sem o conhecimento confesso de Deus como a Rússia, China, Japão e tantas outras, nações muçulmanas, não fizeram e inclusive reafirmam o conceito correto de família, de sexualidade, etc. O Brasil na contramão espiritual, gostem os que não crêem ou não, fez exatamente como Jerusalém, gritando em alto e bom som: que a maldição caia sobre nós e nossos filhos.
A igreja, os crentes, não podem salvar o Brasil, podem no máximo salvar pessoas, e pedir pelos justos de Sodoma e Gomorra, e não desistir, esperando que existam, e que por causa desses o pior e definitivo não aconteça, pois o Diabo continua no firme propósito de roubar e matar, e ele definitiva e obstinadamente, não em prazer e nem outra ocupação; o diabo quer roubar pessoas, matar pessoas, deixar o Brasil como uma nação devastada ou prosperamente injusta, contudo só Deus é o que prospera e enriquece, restando ao país nesse caso, sem a Benção de Deus, só a injustiça, a vergonha e a queda!
Por Helvécio S. Pereira
Veja um vídeo gravado em 30/03/ 2013
Lembre-se segundo a própria Escritura, uma profecia se mostra divina, da parte do próprio Deus, se e somente se, ela se cumpra. Avalie, livre de paixões, você mesmo.