A oração de Ana, mãe de Samuel, parecia bêbada pedindo a Deus um filho |
Na semana passada postei algo relacionado à oração e a igreja: a única declaração feita pelo Senhor Jesus direcionada à igreja, materialmente falando, concernente ao prédio da igreja, é que a igreja seria Casa de Oração. Hoje as exigências naturais da ordem de culto, da forma de cada reunião, os modismos, a necessidade de manter as pessoas frequentes à denominação, a própria influência da cultura secular, as estratégias transformam as reuniões em outra coisa que não seria o que elas seriam originalmente na mente de Deus.
Claro que é prazeroso ter um coral na igreja, entoando os mais belos e tradicionais hinos, bons e talvez excelentes músicos, que toquem com prazer e com talento ímpar. Um culto organizado, previsível, letra dos cânticos nos telões, versículos bíblicos para acompanhamento dos irmãos, tudo projetado em alguma tela própria. O tempo do culto cronometrado e tão exatamente dividido como num pooll de televisão em rede, onde cada comercial, vinheta é inserido sem erro e sem espaços vazios. Mas por outro lado, onde Deus teria liberdade de operar em uma reunião dessas?
São assim as igrejas norte-americanas, e de esculhambadas muitas igrejas brasileiras com mais dinheiro estão se aparelhando e oferecendo um serviço ( culto ) nos mesmos moldes. Seria isso errado? Não, evidentemente se todos se prepararam, dos músicos ao pregador, diante de Deus para oferecerem o melhor e sob a direção do Senhor no dia e horário da reunião, todo esse conjunto de coisas abençoará as pessoas. Entretanto eu creio que as coisas são são fechadas como no determinismo calvinista, improvável e irrazoável, por uma série de questões não aventadas no momento. Aliás boa parte desse engessamento se deve na prática a opinião e tradição calvinista, se algo acontece de tal forma é justamente porque Deus teria decidido e permitido que seria de tal modo. O culto engessado seria o culto na mente do Senhor. Mas é injustiça atribuir esse estado de coisas aos calvinistas somente, arminianos e todos caímos nessa irrazoabilidade: em um tipo de reunião em que a forma substitui a razão de ser do ajuntamento de pessoas no nome de Jesus Cristo.
Contarei dois fatos reais acontecidos em duas igrejas diferentes ( e não é por serem diferentes e nem por uma ser superior ou melhor que a outra em alguma coisa , mas pelos acontecimentos reais em si ). Por razões que não importam serem citados nessa postagem, minha esposa acaba de chegar de uma reunião em uma Igreja Universal perto de nossa casa ( há várias igrejas próximas de onde moramos de diferentes denominações ) e nessa reunião bem no meio dela, entra um casal jovem, a moça e o marido ou companheiro desesperados, com papéis nas mãos, provavelmente exames e receitas médicas ( há um grande hospital público do outro lado da rua ), e essa mulher aos prantos, grávida de quatro ou cinco meses, vai ajoelhada até o altar da igreja, da porta até ao final do auditório clamando ao Senhor. O pastor interrompe o que estava fazendo e recebe o casal, ouve-os, declara que o Senhor pode mudar toda a situação e no mesmo momento ora junto com toda a igreja. O que você acha do fato? Fez ele ou não fez o que estaria mais correto diante de Deus?
Segundo fato, na Igreja Batista de Lagoinha, minha esposa relatou que uma senhora idosa no culto da manhã se próxima do tablado em que se localiza o púlpito durante a pregação do principal pastor da igreja, ele continua a sua excelente pregação enquanto a mulher ora baixinho com a cabeça junto ao chão do púlpito. A seguir um diácono, o homem corpolento, agarra a senhora por trás e literalmente a carrega...isso mesmo a carrega...para uma sala fora da nave da igreja...ninguém diz nada e a reunião prossegue normalmente...
Eu pergunto: qual das duas posturas tem a sua igreja, o seu pastor, os membros de sua igreja e denominação? qual delas é a que Jesus aprovaria?
Pense nisso...a igreja é casa de oração...nada além disso. Quando se transforma em outra coisa conforme a nossa expectativa ela está morrendo... tem fama de que vive mas está morta, moribunda.
Para que não haja nenhuma dúvida: não afirmei em nenhum momento que a IURD é melhor que a IBL ou vice-versa, ou que uma ou outra não seja de Deus, apenas quero que pense que quando Deus opera em uma e em outra e quando deixa de operar em uma ou em outra. É essa a questão: o erro e o acerto de outros deveriam ser alertas para todos nós.
Deus não precisa ( e certamente não quer ) de nosso blá-blá-blá, nem de nossa pompa, nem de nossos cânticos afinados e equalizados como em um excelente estúdio de gravação, nem de nossos estacionamentos com guardadores, nem lanchonetes, pousadas, pizzarias, mas de operações miraculosas de Deus na vida de quem urgentemente dele necessita.
Que o Espírito do Senhor encontre liberdade em muitas igrejas hoje através de crentes que lhe dêem o devido lugar e primazia e Senhorio em nossos cultos e reuniões. Só assim não teremos somente um espetáculo mas um fato e uma declaração inconteste: de que o próprio Senhor esteve entre nós nessa reunião e pessoas foram salvas, curadas, libertas, transformadas contra toda a lógica humana, para a glória dEle e só dELe! Amém!!! Amém!!
Por Helvécio S. Pereira
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