Há pelo menos duas semanas ou mais, algo tem vindo a minha mente, e por falta de tempo não meditei mais acerca desse assunto e só agora tento escrever algo. Espero que seja útil e abençoe as pessoas que as lerem.
Em primeiro lugar, a religião como concebemos e crescemos no ocidente a ver como igreja cristã, não corresponde exatamente ao que é fundamental como tal, como igreja física, material, como igreja de pedras, tijolos, cimento, ferro, vidros, concreto, etc.
Se examinarmos a Bíblia, particularmente o Novo Testamento inteiro, não há sequer uma descrição física da igreja, como havia no Antigo Testamento, acerca do templo, por exemplo. Há pelo mundo construções belíssimas de igrejas cristãs para todos os gostos, e todas elas dedicadas de alguma forma, com certo grau de requinte a Deus. Desde igrejas barrocas resultantes da contra reforma católico romana, repletas de imagens, símbolos, ouro, pedras e madeiras nobres, como grandes igrejas protestantes, calvinistas, anglicanas, metodistas, batistas e todas as grandes construções feitas ao longo do século vinte com muito espaço, tecnologia, conforto e funcionalidade. Não há nada de errado nisso, e se cristãos têm condições de contribuir e materializar de alguma forma algo dedicado a Deus, nada há de errado nisso. Uma simples torre, com uma cruz encimada, lembra, é referência de que algo muito, muito importante atravessou a história da humanidade, que queno mínimo isso deve ser levado em conta de forma mais séria.
Há muitas igrejas disponíveis em todo o mundo e principalmente no ocidente, nas Américas, do Norte, Central, do Sul e todas aparentemente cheias de pessoas que se alegram em ter junto consigo outras pessoas e compartilhar a sua forma de expressar a fé no Deus do cristianismo e em Jesus Cristo. Algumas certamente melhores em certos aspectos e outras piores também. Algumas mais agradáveis e outras mais estranhas, algumas pouco impactantes na realidade diária, algumas mais teóricas, outras mais pragmáticas, algumas com pessoas fervorosas e outras com pessoas cheias de dúvidas, algumas por paixão a Deus no melhor sentido da palavra e outras por tradição e obrigação.
Mas todas são, de certo modo ( a há os que não aceitam isso em nome de algum origulho denominacional tolo - e notem não estou dizendo que todas as igrejas estão certas em tudo, ou que são todas iguais ) alguma referência, ainda que tênue as vezes, de que há um Deus, um Salvador que é Jesus Cristo, um nascimento miraculoso e único, uma morte injusta, uma vitoriosa e única ressureição. Esse ressuscitado ( Jesus Cristo ) tem a promessa de levar a um céu a todos os que crerem nEle, o que virá imediatamente após a morte pessoal de cada ser humano que creu ou um sofrimento inimaginável a quem não atentar para essa realidade, segundo o revelado na Bíblia, nas Sagradas Escrituras, as quais reconhecemos, nós os que cremos como a única Palavra de Deus.
Mas todas são, de certo modo ( a há os que não aceitam isso em nome de algum origulho denominacional tolo - e notem não estou dizendo que todas as igrejas estão certas em tudo, ou que são todas iguais ) alguma referência, ainda que tênue as vezes, de que há um Deus, um Salvador que é Jesus Cristo, um nascimento miraculoso e único, uma morte injusta, uma vitoriosa e única ressureição. Esse ressuscitado ( Jesus Cristo ) tem a promessa de levar a um céu a todos os que crerem nEle, o que virá imediatamente após a morte pessoal de cada ser humano que creu ou um sofrimento inimaginável a quem não atentar para essa realidade, segundo o revelado na Bíblia, nas Sagradas Escrituras, as quais reconhecemos, nós os que cremos como a única Palavra de Deus.
Essa é a forma da igreja impactar a humanidade, um testemunho visível, um instrumento que aponta para um fato histórico e de consequências reais para o ser humano. O que se canta e como se canta, o que se fala e como se fala, o que se ensina e como se ensina são importantes, mas segundo a única descrição do Senhor Jesus fica em segundo plano. Segundo o Senhor há uma só característica que marca a sua igreja física, que marca o lugar de reunião, de culto, de materialização de uma liturgia, lemos o registro dessa declaração em:
E os ensinava, dizendo: ...Não está escrito: A minha casa será chamada, por todas as nações, casa de oração... Marcos 11:17
Entretanto essa casa ( a casa de Deus ) já era vista assim no Antigo Testamento, casa de oração, a casa de Deus, o templo, era vista por Deus e desse modo devia ser vista pelos homens como casa de oração.
Você pode dizer que todos os religiosos do mundo oram em suas religiões, que todos os religiosos sabem muito bem o que é a idéia de oração. Religiosos oram. ateus não oram, não só porque não acreditam que exista um Deus pessoal com todos os seus atributos, mas principalmente não vivenciam essa experiência, dai a grande distância e a dificuldade de apreenderem isso. Entretanto todos os religiosos, independentemente da religião, cristã ou não, sabem o que significa orar. Você pode dizer mas muitos rezam simplesmente e é verdade, mas religiosos sabem que há alguém, pelo menos em tese que os ouve, e eles não se cansam de verbalizar e de ter atitudes que expressam essa realidade.
Milhões de muçulmanos em todo o mundo várias vezes ao dia se colocam com o rosto em terra numa atitude explícita de oração e de humilhação. Budistas, católicos romanos, ortodoxos gregos e todos os cristãos do mundo têm todos de alguma maneira uma atitude exteriorizada que pode ser identificada como momento de oração.
Falando muito francamente a nós como comunidade evangélica, a igreja , espaço amplo, pequeno, retangular, circular, só tem sentido se for uma casa de oração! a igreja não é espaço para SHOW! não é espaço para CONGRESSOS ( espaço para conversação )! não é espaço para DEBATES! não é espaço para programas de TV! ( diferente de um culto transmitido para que outras pessoas fora do lugar possam ver o que acontece ) não é espaço para aulas, não é uma escola, um seminário, uma faculdade... mas de oração! Tudo que fazemos em nome do Senhor e para o Senhor pode ser legítimo ( shows, congressos, palestras ) mas não pode roubar espaço e tempo do essencial: a oração!
E a oração só tem sentido, quando o crente fala ao seu Deus, mas quando pode e é ouvido e isso ao mesmo tempo. Não pode ser um bando de gente orando e indo embora não dando espaço para Deus falar também... isso não é diálogo, não é relacionamento, não é nada. Daí muçulmanos, judeus, budistas, católicos e muitos crentes só apresentarem a evidência primeira da oração, o tempo, o espaço e atitude, mas não o encontro com Deus, o relacionamento e a resposta.
Imagine você ou eu, ou outra pessoa, ligando várias vezes ao dia para uma outra pessoa, e eu ou você falamos com essa pessoa, falamos, falamos, e antes de qualquer resposta.... desligamos. Sewríamos considerados idiotas. E fazemos isso intensamente várias vezes ao dia, ao mês, ao ano e durante toda a vida, sem nunca ouvirmos Deus nos falar...
Não sabemos quantas vezes Abraão falou ( orou ) com Deus desde a sua infância e desde o tempo que ainda era simplesmente Abrão. Mas na Bíblia, nas Escrituras, encontramos as vezes que Abraão falou com Deus e foi ouvido, atendido, orientado, corrigido, e quando ouviu de Deus as promessas maravilhosas que seriam realizadas pelo Senhor!
A Bíblia é pródiga, rica, nos exemplos de orações bem sucedidas e em outras nem tanto, mas em todos esses exemplos, a círculo se completa: o ser humano fala com Deus, Deus o ouve, se inclina, responde intervindo e realizando um milagre, uma promessa. São tantos os exemplos que me lembro só agora enquanto escrevo essas poucas palavras, exemplos maravilhosos nas próprias Escrituras.
Muitas vezes não sou compreendido de fato, até por meus leitores, quando olho paras as diversas igrejas e denominações atuais no Brasil, para os irmãos em Cristo, e reconheço a multi-operação de Deus apesar de nossos erros e contradições, e digo que Deus está operando na IURD, na IBL, nas Igrejas Reformadas, na Deus e Amor, na Renascer, na IMPD e em tantas, tantas... ( algo inaceitável para um bom número de crentes evangélicos )... o referencial não é a denominação e nem o que ela ( como igreja local, denominação ) pode parcialmente oferecer, nem a sua liderança, mas na medida em que ocasionalmente alguém é ensinado ou oportunizado a ORAR e Deus possa ouvir e responder!
O que mostra a vida de uma igreja não é o bom nome denominacional mas a oração que ela ensina, oportuniza seus membros e visitantes: a orar!
O que mostra a vida de uma igreja não é o bom nome denominacional mas a oração que ela ensina, oportuniza seus membros e visitantes: a orar!
Quando em qualquer igreja, denominação, as orações deixam de ser :
1) oportunizadas
2) respondidas individualmente ( com testemunhos reai do mover de Deus)
Essa igreja certamente está morta! Faça o que fizer, seja do tamanho e da condição que for, bem quista pela sociedade a sua volta e na qual está inserida ou totalmente desconhecida, anônima.
Uma oração não atrapalha o culto, a reunião, a oração na verdade... é a razão da reunião! Vamos a igreja, a qualquer uma para ORARMOS! E não para fazermos qualquer outra coisa, ainda que legítimas...
O clamor de alguém arrependido, necessitado, pedindo socorro, solução, cura e livramento, pedindo perdão ou agradecendo algo recebido diretamente de Deus é a vida da reunião na igreja. Não os pedidos genéricos, os agradecimentos genéricos e repetidos como numa bula, seguindo e segundo a crença abraçada por tradição da membresia da igreja local ou da denominação. Certamente Deus quer ouvir a confissão e promessa de Zaqueu, o desespero de Jacó, a choro de Ana mãe do futuro profeta Samuel, a última oração na mente de Hagar mãe de Ismael no deserto, dentre tantos exemplos bíblicos ricos em detalhes, desfecho de cada drama pessoal.
O clamor de alguém arrependido, necessitado, pedindo socorro, solução, cura e livramento, pedindo perdão ou agradecendo algo recebido diretamente de Deus é a vida da reunião na igreja. Não os pedidos genéricos, os agradecimentos genéricos e repetidos como numa bula, seguindo e segundo a crença abraçada por tradição da membresia da igreja local ou da denominação. Certamente Deus quer ouvir a confissão e promessa de Zaqueu, o desespero de Jacó, a choro de Ana mãe do futuro profeta Samuel, a última oração na mente de Hagar mãe de Ismael no deserto, dentre tantos exemplos bíblicos ricos em detalhes, desfecho de cada drama pessoal.
E não se trata de orações bonitas, bem construídas como um discurso conveniente e rebuscado, com palavras apropriadas à reunião, convenientes aos que estão ao redor, mas sinceras, diretas, baseadas em coisas reais, mensuráveis, urgentes talvez, verdadeiras, inteligentes, racionais, relacionadas as coisas de Deus, entre o que ora e o Deus que sustenta a vida e todas as demais coisas.
Há duas recomendações na Bíblia referentes a atitude da oração:
Uma, a primeira: orar secretamente e não para ser visto pelas outras pessoas. A razão é simples, mentimos diante dos outros! Isso se torna mais evidente quando tentamos falar o que as pessoas a nossa volta compreendem e esperam que sejam ditas como palavras certas, corretas, aceitáveis teológica ou até mesmo tradicionalmente.
Segunda: orar insistentemente. Não porque Deus não saiba, ou não tenha ouvido a da primeira, da segunda, da terceira vez, mas até que em nós, em quem ora, a certeza se construa, o que varia de pessoa para outra pessoa. Alguns crêem mais rápida e facilmente outros não. Teólogos parecem ter uma grande fé, mas de fato não a têm... O entendimento embora seja importante, legítimo e necessário, atrapalha a atitude primária da fé que exatamente de ir contra aquilo que todos aceitam e apreendem até legitimamente.
Lázaro deveria teologicamente continuar morto até o dia da ressureição, fato teologicamente correto. O Centurião era pagão, pecador, e teve a maior fé diante de Jesus, fé que em todo o Israel não havia. Pessoas simples ( carentes de educação formal e até de mais profundo conhecimento teológico ) muitas vezes. Não que pessoas cultas, favorecidas pela mais desejável educação legítima não possam ter essa desejável e legítima fé, mas é percentualmente e de fato menor esse número de pessoas.
Lázaro deveria teologicamente continuar morto até o dia da ressureição, fato teologicamente correto. O Centurião era pagão, pecador, e teve a maior fé diante de Jesus, fé que em todo o Israel não havia. Pessoas simples ( carentes de educação formal e até de mais profundo conhecimento teológico ) muitas vezes. Não que pessoas cultas, favorecidas pela mais desejável educação legítima não possam ter essa desejável e legítima fé, mas é percentualmente e de fato menor esse número de pessoas.
Poderia ser feito um estudo bíblico acerca da oração, algo sempre recorrente e necessário, mas finalmente gostaria de dizer que nesse tempo de igreja com projetos e coisas mil a serem administradas, de estretégias e negócios, as vezes legítimos, as vezes oportunistas, deve ser feita urgentemente em todas as denominações e posições teológicas, uma revisão das postura individual dos crentes e da igreja relativa à oração.
Pergunto: como crentes individualmente e como denominação, como igreja local, a nossa oração está sendo biblicamente eficiente ou caiu na rotina, na tradição, no costume, no ato mecânico e culturalmente aceito e repetido pelos crentes? O quão distante ou próximo das reais e maravilhosas experiências bíblicas está a nossa experiência de oração hoje? Afinal é plenamente possível matermos uma vida cristã de trejeitos e procedimentos cristãos, até conhecimento cristão sem passarmos pelo crivo da real, concreta, factual comunhão com o nosso Deus. Se tal é a realidade que desastre é essa presumida vida cristã. O perigo é real para cristãos evangélicos tradicionais, renovados, pentecostais, neopentecostais devido a nossa tendência de agirmos como atores, no sentido de representarmos o que eventualmente por força do tempo, deixarmos de sermos de fato.
Ainda vale lembrar que a comunhão com o nosso Deus, é materializado no que dizemos a Ele e mais ainda do que ouvimos dele, pois sendo um diálogo e não um monólogo, a comunhão só é possível com as duas pessoas falando uma a outra. Que privilégio encontrar-se sendo ouvido pelo único Criador e mantenedor de todas as coisas? Que fosse poucas vezes na vida, mas sem dúvida, algo que se devesse guardar para o resto de toda uma vida.
Mas já que a oração pessoal é passível de ser feita no secreto de um quarto qual o papel da igreja nesse processo?
A igreja incentiva, ensina e dessa forma anima o crente e mais do que isso oportuniza a quem não tem privacidade de orar em sua própria casa ou em outro lugar. Vale lembrar que a Bíblia nos anima a orar sem cessar em em todas as circunstâncias, seja nos bons ou nos maus momentos. O livro de Salmos é um livro de poemas que são de fato as orações mais sinceras escritas pelos salmistas, possivelmente o registro de orações e das respostas, enfim das experiências reais que antecederam o próprio registro.
Mas já que a oração pessoal é passível de ser feita no secreto de um quarto qual o papel da igreja nesse processo?
A igreja incentiva, ensina e dessa forma anima o crente e mais do que isso oportuniza a quem não tem privacidade de orar em sua própria casa ou em outro lugar. Vale lembrar que a Bíblia nos anima a orar sem cessar em em todas as circunstâncias, seja nos bons ou nos maus momentos. O livro de Salmos é um livro de poemas que são de fato as orações mais sinceras escritas pelos salmistas, possivelmente o registro de orações e das respostas, enfim das experiências reais que antecederam o próprio registro.
Que a igreja do Senhor Jesus no Brasil, não se perca em meio a tantos desafios e exigências, nem sempre tão urgentes, e seja uma igreja que mantenha a comunhão com o seu Senhor e assim conheça plenamente a vontade dEle. Amém.
Por Helvécio S. Pereira
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O QUE ACHOU DESSE ASSUNTO?