Para ser politicamente correto, ganhar a atenção das pessoas ou continuar o diálogo, é muito comum encontrar irmãos que crêem no senhor Jesus como Senhor e Salvador e na Bíblia como a Palavra de Deus, afirmarem às pessoas que "crente até o Diabo é, e até que ele ( o Diabo ) conhece toda a Bíblia. Como se pudesse usar um termo mais palatável ( do que "crente" ) e mais aceito socialmente pelo mundo incrédulo, pecador e zombador das coisas de Deus, e do próprio Deus.
Uma afirmação descabida, usada geralmente como defesa da citação de um escândalo do "meio evangélico" apontado por um incrédulo de carteirinha, por um católico ou espírita. Descabida por dois motivos: não há uma defesa a ser feita nesse caso, e o Diabo não é "crente", se fosse poderia ser salvo ( em tese ) ser perdoado como o filho pródigo ( talvez ) embora seja essa outra questão que nem Deus nos informa e nem é obrigado a nos informar isso. E isso já seja uma outra história.
O ponto é:
Há hoje uma cultura religiosa que prolifera e se modifica dando a entender que para ser "evangélico" tem que ter tais e tais características e gostar de tais e tais coisas e ter tais e tais opiniões, etc, enfim um "perfil", moderno, palatável e mais aceito. O crente verdadeiro é tido como fundamentalista, fanático, barulhento, espalhafatoso, obtuso, metido, santarrão, metido a dono da verdade, e coisas piores... Quando acham um erro, grande ou pequeno ( o que nenhum de nós está isento totalmente ) é um hipócrita!
Há hoje uma cultura religiosa que prolifera e se modifica dando a entender que para ser "evangélico" tem que ter tais e tais características e gostar de tais e tais coisas e ter tais e tais opiniões, etc, enfim um "perfil", moderno, palatável e mais aceito. O crente verdadeiro é tido como fundamentalista, fanático, barulhento, espalhafatoso, obtuso, metido, santarrão, metido a dono da verdade, e coisas piores... Quando acham um erro, grande ou pequeno ( o que nenhum de nós está isento totalmente ) é um hipócrita!
Há milhões de pessoas que experimentaram em suas próprias vidas uma mudança radical que não se deveu a terapias, medicamentos, cirurgias bem sucedidas, cursos, livros de autores medalhões e autoconsciência de alguma coisa. Boa parte dessas pessoas ou estariam mortas ou matariam alguém ou ainda estaria na sarjeta. Essas pessoas até discordam em alguns ou muitos pontos relacionados à teologia, à liturgia, ao governo da igreja, a costumes e comportamentos, mas cultivam intimamente um amor pelo Deus que passaram a conhecer acima de todas as convenções seculares e religiosas e que se necessário for perderem tudo e até a vida para demonstrarem fidelidade a esse Deus pessoal e estarem com Ele na eternidade, estão dispostas a perder todas as coisas passageiras e a bem da verdade relativas desse mundo que naufraga inexoravelmente a cada dia rumo ao mais profundo dos abismos.
Não me preocupo em ser mais aceito e ser reconhecido como a maioria visível e identificável mas com a parcela dispersa em todas as igrejas como os joelhos santos que não se dobram e não se curvarão a nenhuma modernidade artificial imposta como verdadeira experiência religiosa ou padrão moderno de espiritualidade.
Por isso na minha visão passo por cima de toda delimitação visivelmente humana. Não importa se é calvinista e ou arminiano, nem mesmo paraprotestante, importa o que fazemos com o conhecimento parcial de Deus e da Sua Palavra que de um modo ou de outro alcançamos e viemos a ter, e o que produzimos de justiça, de gratidão, de tributo, de verdadeira adoração ao único Deus e Senhor detodos os homens e de todas as coisas, a quem são devidos a honra e todo louvor possível e inteligível por nossa parte.
Nem mesmo, a grosso modo, as divisões teológicas que eventualmente nos inclinamos e refutamos convenientemente me importa. A minha teologia é a teologia da Bíblia que não nos agrada, nos choca, nos refuta nas nossas convenientes declinações, das promessas várias que Deus cumprirá se formos justos e dos castigos e maldições que incorreremos se formos néscios.
A segurança que creio é que a Bíblia me exorta a me agarrar nela ( e me adverte) e não da teologia conveniente que dá falsa ilusão de segurança. a benção bíblica que acredito e que busco é justamente aquela que se contada até mesmo a crentes, menearão com a cabeça, é aquela que tenho que confessar e esperar em segredo, pois o Deus que a Bíblia me revela é de um Deus de fato Todo, totalmente, irrestritamente todo poderoso.
Não são os costumes cultivados legitimamente e aceitos culturalmente, a ética de grupo "evangélica" que agrada a Deus, mas as grandes encruzilhadas em que tenho que optar no momento exercendo a justiça que não quero e a misericórdia que me recuso a exercer. Não é fé idealmente organizada, registrada como confissão denominacional e teológica, mas a que chama a atenção de Deus, a do centurião, e até a cambaleante de Naamã ao banhar-se no rio, uma, duas, cinco, seis, e só na sétima vez, pela obediência desconfortável ser finalmente curado.
Não sou crente para ser um garoto propaganda de Jesus, mas uma testemunha que apenas diz o que deve ser dito, como o cego que pragmaticamente declarara: "só sei que era cego e agora vejo", deixando aos seus interlocutores inimigos de Deus que decidissem crer ou não.
Não há esperança fora da pessoa de Jesus Cristo, como Deus e como Filho de Deus. Há no final da vida, para todos individualmente, gostando , crendo ou não, zombando ou com relativo respeito, uma vida eterna a ser recebida ou uma perdição, condenação já possuída e assegurada, da qual cada um tem algumas décadas para se livrar dela inexoravelmente.
Por isso sou crente: creio no que a Bíblia complexa ou sinteticamente declara ( alguns necessitam entendê-la profundamente para crerem no que ela diz, outros bastam o mínimo e já crêem, e já guardam essa fé simples e suficiente para serem salvos ). É essa fé que guardo.
Se não tiver mais a Bíblia para ler, ou não puder lê-la, se não houver igrejas e reuniões para ir, hinos para cantar ou ouvir, guardarei o que tenho para ter a coroa da vida, pois é a única coisa real e eterna, todas as coisas são passíveis de serem perdidas pelo ser humano, da boa formação às maiores posses, do bom nome à fama, do cônjuge aos filhos, nada temos que permaneça para sempre, alegrias e tristezas todas passageiras e apenas momentâneas.
Se não tiver mais a Bíblia para ler, ou não puder lê-la, se não houver igrejas e reuniões para ir, hinos para cantar ou ouvir, guardarei o que tenho para ter a coroa da vida, pois é a única coisa real e eterna, todas as coisas são passíveis de serem perdidas pelo ser humano, da boa formação às maiores posses, do bom nome à fama, do cônjuge aos filhos, nada temos que permaneça para sempre, alegrias e tristezas todas passageiras e apenas momentâneas.
Não importa quantos escândalos haja, quantas versões para igrejas e ministérios, quantas bobagens e atitudes impensadas quantos evangélicos possam produzir, quantas celebridades de péssimo testemunho e incoerentes sejam tornadas públicas pela imprensa, pela mídia, etc. Eu nada tenho com esses e eles nada têm comigo.
Sou crente porque creio que Deus age na história, segundo critérios e justiça dEle, Ele está acima de todas as coisas, só Ele tem pleno conhecimento, a plena e melhor solução, crendo também que Deus não é um ser na platéia apenas, mas que intervem quando alguém ou algo lhe chama a atenção e traz a história dentro dos limites e trilhos que Ele mesmo vigia e guarda.
Infelizmente, mais do que antes, as igrejas e ministérios, embora anunciem a Jesus Cristo, e assim devam continuar a fazê-lo e serem usadas para tal, não contém e não conservam em todo o tempo, a hegemonia de fazê-lo, o trigo e o jôio permanecem juntos em todos os lugares, e só Deus conhece os milhões de joelhos fiéis a Ele mesmo, que ouvem a Sua voz, e choram pelos pecados e desgraças no mundo, joelhos que têm de fato sede de justiça, e que serão sim finalmente saciados.
O prejuízo e que cada vez mais para muitos dos de fora, dos que ainda não conhecem a verdade, ir a Jesus Cristo, permanecer em uma igreja, ser identificado e relacionado como cristão fique cada vez mais difícil, mas essa será a realidade que se instaurará cada vez mais contundentemente, de forma que muitos usarão os escândalos, as divergências, os descaminhos, para justificarem diante de Deus a sua não conversão aos caminhos do Senhor, coisa que não dará certo, não "colorará" e o que assim pensarem e não tomarem a atitude certa segundo a Bíblia, segundo a Palavra de Deus, de arrependerem-se e crerem, estarão irremediavelmente perdidos um dia.
A razão é simples e não é nova: Jesus afirmara que prostitutas e republicanos entrariam no Reino dos Céus enquanto os fariseus não. Os primeiros, a parcela mais louca e incoerente da sociedade, creram e os religiosos e conhecedores dos atributos divinos não.
Eu creio, sou crente. O diabo não é crente e não há nada disso dele conhecer a Bíblia. Ele satanás, conhece a Deus e ao homem como nenhum outro, toda a nossa história de quedas paixões e vexames, daí ser o nosso acusador. Não sou como ele. Sou crente sim, creio no Deus que parcialmente sim, conheço, pelas Escrituras, pela experiências e intervenções dEle em minha vida, e por essas só já me agarro a Ele e não O solto pois só Ele pode me abençoar. Se Ele (Deus ) me abandonar estarei irremediavelmente perdido. Sou crente e não "Evangélico" porque escolho agradar a Deus e não aos homens, ainda que sejam legitima e aparentemente "irmãos de fé", denominacionais e teológicos.
Se alguém me pergunta: "Você é evangélico?" respondo: Sou crente, creio em toda a Bíblia e no que ela ( a Bíblia ) declara mesmo que eu não goste as vezes do que ela me diz, e creio no Senhor Jesus como Deus e Filho de Deus, mesmo que que não consiga explicar isso ou provar para você essa realidade. O que posso desejar para você é que faça o mesmo.
Por: Helvécio S. Pereira
Também sou um crente no Senhor Jesus Cristo! Parabéns pela análise.
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