Quando convertemos, há pelo menos uma de duas situações reais decorrentes de uma conversão genuína:
Uma mudança de status, de condição humana vista pelas demais pessoas quando se é uma pessoa com pouca educação e de uma condição simples.
E geralmente um pouco mais tarde, uma mudança na capacidade de descrição da realidade, claramente professoral, não só como defesa de sua nova crença como superação intelectual perante os iguais, e perante os externos à sua fé, quando se tem estudo e condições intelectuais mais ideias.
Trocando em miúdos: ou o sujeito passa a se gabar de ser melhor que os outros por sua nova condição religiosa ou o sujeito passa a ensinar todo mundo, a partir da sua nova compreensão. Embora natural e legítimo, se for só isso, além de não ser nenhuma das duas situações, uma atitude muito simpática, se não for uma consequência natural do que de fato tenha acontecido sobrenaturalmente na vida do novo crente ficará só nessa coisa patética, e como disse pouco louvável por parte das demais pessoas. Daí o fato de muitas pessoas após a sua conversão sincera e real serem tidas como muito chatas, antipáticas vistas como tal pelos familiares, colegas, etc. Notemos que essas duas condições, ou novas situações, essas duas maneiras de ver a si mesmo e de ver as pessoas ao seu redor, não tem NADA DE ESPIRITUAL.
Trocando em miúdos: ou o sujeito passa a se gabar de ser melhor que os outros por sua nova condição religiosa ou o sujeito passa a ensinar todo mundo, a partir da sua nova compreensão. Embora natural e legítimo, se for só isso, além de não ser nenhuma das duas situações, uma atitude muito simpática, se não for uma consequência natural do que de fato tenha acontecido sobrenaturalmente na vida do novo crente ficará só nessa coisa patética, e como disse pouco louvável por parte das demais pessoas. Daí o fato de muitas pessoas após a sua conversão sincera e real serem tidas como muito chatas, antipáticas vistas como tal pelos familiares, colegas, etc. Notemos que essas duas condições, ou novas situações, essas duas maneiras de ver a si mesmo e de ver as pessoas ao seu redor, não tem NADA DE ESPIRITUAL.
De um modo muito real, basta observar em igrejas simples como pessoas simples, como crentes, tem orgulho em se apresentar como "diáconos", "diaconisas", ou nas versões abrasileiradas pelas igrejas neopentecostais: "obreiros" e "obreiras". Da mesma forma, homens e mulheres, com pouco estudo e formação educacional ficam facilmente orgulhosos com títulos de "pastores", "pastoras", "missionários" "missionárias", etc.
Quando se trata de crentes com maior base intelectual, há um processe semelhante, mas em uma nova roupagem, rapidamente o gosto e apreciação natural por conhecimento, disciplina para leitura, faz com esse novo crente se torne ávido consumidor de literatura, de autores, da história da igreja, etc.
Ambas as situações são inteiramente válidas. Tando o crente simples, recebe de fato uma autoridade sobrenatural, vinda de Deus, ainda que aos olhos do mundo isso pareça inteiramente patético, ele é de fato um "pastor", uma "missionária", etc. Do mesmo modo o crescimento intelectual, através de conhecimento posterior adquirido é legítimo e desejável, o problema nas duas situações é achar que tanto em um caso ou no outro, isso substitui a verdadeira espiritualidade ou constitui a essência da vida cristã.
Outra pergunta obrigatória é se por acaso a Bíblia se basta sem a obrigatoriedade de um imenso conhecimento teológico, histórico agregado, o que eu pessoalmente acredito. Eu creio que a Palavra de Deus tem tudo o que é necessário para verdadeira compreensão de Deus, e para que a Sua vontade seja feita em nossas vidas. Desse modo de uma maneira perfeitamente justa, tanto os mais desprovidos de conhecimentos intelectuais como os que afortunadamente possam tê-lo, estão em rigorosa e igual condição diante de Deus.
Dessa forma, tanto o esforço por ter cargos, reconhecimento, ocupação visível na igreja como a corrida por ter cada vez mais conhecimento e transitar entre iguais com o mesmo nível de conhecimento teológico, constitui nos dois casos, divorciado de uma vida espiritual e uma aprovação sobrenatural de Deus, duas grandes bobagens, induzindo crentes que enveredam por esse caminho, quase sempre a uma incredulidade tardia, um endurecimento do coração, um desvio da fé, e perda do verdadeiro foco da vida cristã. É grande o número de desviados, tanto em uma ou outra condição. Condição essa, por várias razões irreversível para muitos.
Um dia desses me surpreendi quando convidando pessoas em um debate no facebook para visitarem exatamente esse blog, um "crente" de opinião diversa da minha, fez o seguinte comentário: ao ver a afirmação "a Bíblia como a Palavra de Deus" desisti de ler o resto... ( ??? ) como um crente, alguém que se diga ainda "cristão" faz uma afirmação contra a declaração de que a Bíblia seja A Palavra de Deus?
Tudo é vaidade, diz um dos escritores bíblicos inspirados, o conhecimento pro si mesmo, é também pura vaidade. O conhecimento de Deus vem via Sua Palavra juntamente com uma vida de comunhão com Ele mesmo. Só a leitura da Bíblia, sem conversão,sem comunhão com Ele, se torna apenas mais uma cognição como outra qualquer e nada mais, passível de crítica e de relativização humanas.
Há de se separar antes o contexto da conversão e de toda a atividade de João Calvino contra o catolicismo e seu poder sufocando a verdade e a possibilidade de conhecimento da Palavra de Deus registrada na Bíblia há cinco séculos. Ou seja trocando em miúdos, Calvino, Lutero antes e outros na mesma época e posteriormente fizeram o que poderiam fazer e dentro das limitações e embates de suas respectivas épocas, como Agostinho tanto tempo antes... cada um deles demonstrou e confessou a fé em Cristo dentro das circunstâncias de seu mundo, época e cultura neles inseridos, com o risco de tantos erros como cada um de nós corre hoje, entre o que conhecemos antes, o que entendemos com o conhecimento da fé cristã, e como a síntese desses dois conhecimentos possam produzir em nós.
Mas hoje ( não só mas durante esses cinco séculos últimos de história da igreja cristão não católica romana ) muitas pessoas fazem uma revisita teológica ao passado, alavancado por teólogos profissionais, líderes denominacionais de renome, preletores internacionais de reconhecimento denominacional, centenas de livros, tudo isso que mina a priori a crítica necessária a uma análise real do que o calvinismo, quase sempre oculta ao crente que passa a ter contato com ele. Em algo bem próximo da tática que alguns grupos paraprotestantes, como Adventistas do Sétimo Dia, Testemunhas de Jeová e Mormóns por exemplo têm.
Nenhum dos grupos citados, chegam demolindo o que um católico romano, ou evangélico creia. Parte-se calmamente do comum para o singular. Dados pretensamente históricos e uma cartilha de citações bíblicas que alinhados cuidadosamente vão demolindo a capacidade de análise e crítica do interlocutor. No caso dos adventistas, dados factuais como a origem do domingo e a relação desse com o calendário papal e a o fato do sábado fazerem parte da cultura judaica até hoje são argumentos demolidores a ouvidos incautos.
Da mesma forma a tal pergunta "Qual o nome de Deus?" e a definição de que a palavra "deus" é um título, uma condição e não um nome. Isso recheado de informações históricas acerca do respeito pelo nome de Deus no AT são igualmente novidades e avassaladores a ouvidos igualmente incautos. Para não alongar,saindo do propósito dessa postagem, a ordem rigorosa, a beleza da organização como instituição, pode e tem impacto na estima de uma pessoa com simpatias denominacionais. A igreja Mórmon, é sem dúvida um exemplo de organização religiosa, com membros prósperos, cultos. As reuniões são solenes e a hierarquia eclesiástica são louváveis.
Humanamente e legitimamente, torcemos pelo melhor time, compramos e usamos se possível as melhores roupas, compramos o melhor modelo de automóvel, etc. Daí é muito fácil e humanamente compreensível migrarmos para igrejas, mesmo evangélicas, sem escândalo, com cultos mais organizados, e com pregações mais bíblicas, com menos improvisações e erros, sejam de informação, de linguagem, de lógica, etc. As igrejas tradicionais, históricas, levam normalmente vantagens sobre as pentecostais, neopentecostais, etc. Isso é fato e humanamente compreensível, mas novamente não é espiritual e não é como Deus mesmo vê e julga as coisas.
Dizendo na lata: é humanamente mais conveniente ( e dou um exemplo exagerado para não haver dúvidas ) ser calvinista do que ser da IURD ( Igreja Universal do Reino de Deus ) pois a segunda provoca hoje muito mais desconforto, humanamente falando, não só entre os inimigos do Evangelho e de Deus como boa parte dos próprios crentes. Aparente e humanamente faz muito mais sentido ouvir uma pregação do rev. Augustus Nicodemos do que de improviso do bispo Edir Macedo. Com conhecimentos pouco estruturados é muito difícil dizer que Nicodemos está gravemente errado teologicamente e que Edir Macedo está correto (por mais incrível que a primeira vista pareça ), ou quando os dois estejam certos, ou quando os dois estivem errados ( lembre-se que o desejável é a livre interpretação das Escrituras e nada menos do que isso ). Uma curiosidade, é que João Calvino foi guardadas as diferenças de época e circunstâncias tão mal visto e controverso como o Edir Macedo hoje.
Mas espero que você tenha entendido e não criado um bloqueio, a partir do exemplo pouco visto, dado por mim acima. O fato é que tendemos a nos ligarmos a algo ou a alguém, ou a uma instituição ou corrente teológica que agregue valor a nossa própria pessoa. O calvinismo agrega esse falso sentimento de que entendo melhor, sei mais, vejo Deus como Ele é, compreendo melhor as coisas, o que NÃO É A VERDADE!
Calvinistas nascidos de novo, convertidos e exemplos de cristãos, não o são por causa do Calvinismo, mas por causa da Bíblia e da prática cristã, normalmente quando confrontados com a realidade e cosmovisão que tem das coisas agora como calvinistas é deturpada e irrazoável, muitas delas inexplicáveis, incoerentes mesmo aos olhos mais razoáveis das pessoas que não são crentes. As afirmações feitas por calvinistas com base no determinismo frente a crimes, fatos terríveis são verdadeiramente patéticos. Em outra postagem ( uma terceira, listarei algumas dessas afirmações patéticas ) e essas afirmações só não são conhecidas e combatidas publicamente, por serem feitas muitas vezes em redes sociais ou em círculos de próprios calvinistas.
O fato é que quando um crente, que não teve uma criação em uma igreja de fé calvinista, de uma origem familiar calvinista, adere a essa teologia por um sentimento de novidade e de aquisição intelectual e pseudo espiritual. Isso não interfere na salvação do crente, ou na qualidade como cristão, que depende de outros elementos e não exatamente da linha teológica estrita ou da igreja como instituição. O dano, a perda é na cosmovisão, como esse crente calvinista vê esposa, pais, colegas, enfim as demais pessoas sem fé e sem experiência salvífica em Cristo. Há implicações problemáticas de como a operação de Deus é vista através ou em outras igrejas.
Uma pergunta inevitável é necessária: Deus opera em igrejas não calvinistas? Há verdade no Evangelho pregado por pregadores arminianos ou não? Quem está com a verdade definitiva? É importante se ter uma visão clara, uma compreensão definitiva do que seja a obra e o Reino de Deus nesse mundo?
É o que veremos na próxima postagem, a terceira dessa série.
Até lá.
Por Helvécio S. Pereira
Há de se separar antes o contexto da conversão e de toda a atividade de João Calvino contra o catolicismo e seu poder sufocando a verdade e a possibilidade de conhecimento da Palavra de Deus registrada na Bíblia há cinco séculos. Ou seja trocando em miúdos, Calvino, Lutero antes e outros na mesma época e posteriormente fizeram o que poderiam fazer e dentro das limitações e embates de suas respectivas épocas, como Agostinho tanto tempo antes... cada um deles demonstrou e confessou a fé em Cristo dentro das circunstâncias de seu mundo, época e cultura neles inseridos, com o risco de tantos erros como cada um de nós corre hoje, entre o que conhecemos antes, o que entendemos com o conhecimento da fé cristã, e como a síntese desses dois conhecimentos possam produzir em nós.
Mas hoje ( não só mas durante esses cinco séculos últimos de história da igreja cristão não católica romana ) muitas pessoas fazem uma revisita teológica ao passado, alavancado por teólogos profissionais, líderes denominacionais de renome, preletores internacionais de reconhecimento denominacional, centenas de livros, tudo isso que mina a priori a crítica necessária a uma análise real do que o calvinismo, quase sempre oculta ao crente que passa a ter contato com ele. Em algo bem próximo da tática que alguns grupos paraprotestantes, como Adventistas do Sétimo Dia, Testemunhas de Jeová e Mormóns por exemplo têm.
Nenhum dos grupos citados, chegam demolindo o que um católico romano, ou evangélico creia. Parte-se calmamente do comum para o singular. Dados pretensamente históricos e uma cartilha de citações bíblicas que alinhados cuidadosamente vão demolindo a capacidade de análise e crítica do interlocutor. No caso dos adventistas, dados factuais como a origem do domingo e a relação desse com o calendário papal e a o fato do sábado fazerem parte da cultura judaica até hoje são argumentos demolidores a ouvidos incautos.
Da mesma forma a tal pergunta "Qual o nome de Deus?" e a definição de que a palavra "deus" é um título, uma condição e não um nome. Isso recheado de informações históricas acerca do respeito pelo nome de Deus no AT são igualmente novidades e avassaladores a ouvidos igualmente incautos. Para não alongar,saindo do propósito dessa postagem, a ordem rigorosa, a beleza da organização como instituição, pode e tem impacto na estima de uma pessoa com simpatias denominacionais. A igreja Mórmon, é sem dúvida um exemplo de organização religiosa, com membros prósperos, cultos. As reuniões são solenes e a hierarquia eclesiástica são louváveis.
Humanamente e legitimamente, torcemos pelo melhor time, compramos e usamos se possível as melhores roupas, compramos o melhor modelo de automóvel, etc. Daí é muito fácil e humanamente compreensível migrarmos para igrejas, mesmo evangélicas, sem escândalo, com cultos mais organizados, e com pregações mais bíblicas, com menos improvisações e erros, sejam de informação, de linguagem, de lógica, etc. As igrejas tradicionais, históricas, levam normalmente vantagens sobre as pentecostais, neopentecostais, etc. Isso é fato e humanamente compreensível, mas novamente não é espiritual e não é como Deus mesmo vê e julga as coisas.
Dizendo na lata: é humanamente mais conveniente ( e dou um exemplo exagerado para não haver dúvidas ) ser calvinista do que ser da IURD ( Igreja Universal do Reino de Deus ) pois a segunda provoca hoje muito mais desconforto, humanamente falando, não só entre os inimigos do Evangelho e de Deus como boa parte dos próprios crentes. Aparente e humanamente faz muito mais sentido ouvir uma pregação do rev. Augustus Nicodemos do que de improviso do bispo Edir Macedo. Com conhecimentos pouco estruturados é muito difícil dizer que Nicodemos está gravemente errado teologicamente e que Edir Macedo está correto (por mais incrível que a primeira vista pareça ), ou quando os dois estejam certos, ou quando os dois estivem errados ( lembre-se que o desejável é a livre interpretação das Escrituras e nada menos do que isso ). Uma curiosidade, é que João Calvino foi guardadas as diferenças de época e circunstâncias tão mal visto e controverso como o Edir Macedo hoje.
Mas espero que você tenha entendido e não criado um bloqueio, a partir do exemplo pouco visto, dado por mim acima. O fato é que tendemos a nos ligarmos a algo ou a alguém, ou a uma instituição ou corrente teológica que agregue valor a nossa própria pessoa. O calvinismo agrega esse falso sentimento de que entendo melhor, sei mais, vejo Deus como Ele é, compreendo melhor as coisas, o que NÃO É A VERDADE!
Calvinistas nascidos de novo, convertidos e exemplos de cristãos, não o são por causa do Calvinismo, mas por causa da Bíblia e da prática cristã, normalmente quando confrontados com a realidade e cosmovisão que tem das coisas agora como calvinistas é deturpada e irrazoável, muitas delas inexplicáveis, incoerentes mesmo aos olhos mais razoáveis das pessoas que não são crentes. As afirmações feitas por calvinistas com base no determinismo frente a crimes, fatos terríveis são verdadeiramente patéticos. Em outra postagem ( uma terceira, listarei algumas dessas afirmações patéticas ) e essas afirmações só não são conhecidas e combatidas publicamente, por serem feitas muitas vezes em redes sociais ou em círculos de próprios calvinistas.
O fato é que quando um crente, que não teve uma criação em uma igreja de fé calvinista, de uma origem familiar calvinista, adere a essa teologia por um sentimento de novidade e de aquisição intelectual e pseudo espiritual. Isso não interfere na salvação do crente, ou na qualidade como cristão, que depende de outros elementos e não exatamente da linha teológica estrita ou da igreja como instituição. O dano, a perda é na cosmovisão, como esse crente calvinista vê esposa, pais, colegas, enfim as demais pessoas sem fé e sem experiência salvífica em Cristo. Há implicações problemáticas de como a operação de Deus é vista através ou em outras igrejas.
Uma pergunta inevitável é necessária: Deus opera em igrejas não calvinistas? Há verdade no Evangelho pregado por pregadores arminianos ou não? Quem está com a verdade definitiva? É importante se ter uma visão clara, uma compreensão definitiva do que seja a obra e o Reino de Deus nesse mundo?
É o que veremos na próxima postagem, a terceira dessa série.
Até lá.
Por Helvécio S. Pereira
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