ARMINIO E CALVINO: É POSSÍVEL SER UM BOM CRENTE SEM ELES? |
O meu objetivo nessa postagem não é de me levantar em uma guerra obstinada contra o calvinismo e muito menos contra qualquer calvinista. Eu poderia fazer uma longa e politicamente correta introdução, cativar você meu eventual e acidental leitor, trazendo cativo o seu raciocínio, comendo pelas beiradas como se diz aqui em Minas Gerais, ganhando a sua simpatia e lá no final destilar alguma coisa, dar algumas alfinetadas contra aquilo que o calvinismo é e contra o que aparenta ser. Portanto se ficou com raiva, pare de ler exatamente aqui.
Entretanto não sinto a vontade para calar-me enquanto uma mentira é alimentada e uns e outros, mais bobos do que eu, vão sendo enganados e engajados em uma defesa de algo espúrio, passam a pensar, a agir, e reagir de modo patológico o que comprova a inutilidade dessa teologia. Isso sem contar nos complicados fatos, seja, históricos ou atuais, muitos ignorados ou distorcidos. Posições complicadas de líderes, de novos teólogos, entre simpatizantes auto confessadamente calvinistas.
Inicialmente para deixar claro, uma pessoa que passe a crer em Jesus Cristo como Deus, Filho de Deus enviado a terra, com todas as implicações e relatos, registrados como o são nos Evangelhos, e em tudo o que é dito acerca dele em todo o Novo Testamento e dito por Ele mesmo, Cristo, nos Evangelhos e no Apocalipse, não precisa de denominação, teologia, ou tendência cristã mesmo dentro do cristianismo estritamente evangélico para manter a sua fé até o último dia de sua breve vida!
Isso de modo algum significa que defendo a ideia e postura dos sem-igrejas, dos anti-igrejas, dos anti-cléricais, etc. Esses ao contrário são movidos por mágoas, não reconhecimento, insatisfação afetiva, disputa de poder e até por serem sovinas e não conseguirem ou não desejarem contribuir financeiramente para uma igreja, denominação ou instituição visível. Esses apenas por vários artifícios e contorcionismos bíblicos tentam justificar o que já previamente desejam e defendem. Alguns chegam a justificar a não existência de templos para o cristianismo.
O que eu estou a dizer, e digo é que nenhuma denominação, nenhuma igreja local, nenhuma linha teológica particular, podem ao lado da genuína e simples fé em Cristo, ser um exigência ou algo inexcusável ao processo de salvação individual de qualquer crente, de qualquer pessoa. Ou seja, você não precisa estar sujeito a nenhum sistema que naturalmente tenha algum desvio de cosmovisão como algo de que a sua salvação dependa.
Trocando em miúdos e sendo bem direto: você não precisa saber nada de Lutero, Calvino, Augustus Nicodemos, Edir Macedo, Silas Malafaia, Márcio Valadão, Papa Francisco ou quem quer que seja para ser salvo e permanecer salvo. Qualquer um que cobrar de você um alinhamento subserviente a qualquer cristão do passado ou do presente estará conduzindo você a um erro e um engano grave!
É absolutamente estranho e é tido muitas vezes como algo absolutamente natural quando católicos romanos ao se referirem sobre algum assunto cristão citam um papa tal e os calvinistas citam Calvino e um monte de escritores, teólogos alinhados com calvino, para elucidarem uma fala de Paulo por exemplo. Para entender o que Deus disse, eu leio o que Paulo disse a luz do que Calvino achou. E isso não é ago eventual, é recorrente, quando a Bíblia categoricamente diz que o Espírito Santo, nada menos que o próprio Deus, nos ensinaria! Não estamos conjecturando sobre algo acidental, repito, mas algo costumaz, recorrente, obrigatório e pior visto com a maior normalidade. Mas esse não é o maior problema do calvinismo, apenas um sintoma que não é único no cristianismo, nem no passado e nem no presente.
É absolutamente estranho e é tido muitas vezes como algo absolutamente natural quando católicos romanos ao se referirem sobre algum assunto cristão citam um papa tal e os calvinistas citam Calvino e um monte de escritores, teólogos alinhados com calvino, para elucidarem uma fala de Paulo por exemplo. Para entender o que Deus disse, eu leio o que Paulo disse a luz do que Calvino achou. E isso não é ago eventual, é recorrente, quando a Bíblia categoricamente diz que o Espírito Santo, nada menos que o próprio Deus, nos ensinaria! Não estamos conjecturando sobre algo acidental, repito, mas algo costumaz, recorrente, obrigatório e pior visto com a maior normalidade. Mas esse não é o maior problema do calvinismo, apenas um sintoma que não é único no cristianismo, nem no passado e nem no presente.
A Bíblia é para nós, ( não para os incrédulos ) a Palavra de Deus, não contém parte da Palavra de Deus, é o que Deus diz ao mundo, à humanidade coletivamente e individualmente. Eventualmente ela pode ser muito mal compreendida, tanto por quem eventualmente a ouça, ou a leia. Pode ser melhor compreendida, pode ser muito bem compreendida e pode ainda não ser compreendida quando se refere a fatos, para nós ainda futuros, ou mais difíceis, coisas que poderão permanecer incompreensíveis por mais ou muitas gerações. Mas ela, as Bíblia, é completa no que se refere que necessitaríamos saber, coletiva e individualmente, para a salvação e para a nossa sobrevivência nesse mundo.
Sobre essa maravilhosa dádiva de Deus, defendo eu ( e não estou sozinho ) a livre leitura e a livre interpretação da mesma. Duas coisas importantíssimas conseguidas não com pouco sangue derramado através dos séculos e ainda hoje por incontáveis mártires. Ainda sobre essa mesma Palavra de Deus temos a promessa de algo sobre natural, que o próprio Deus, e ninguém menos do que Ele, o Espírito Santo, nos ensinaria acerca dela. Logo embora seminários teológicos sejam legítimos, escritores, preletores, pregadores, teólogos sejam legítimos em seu ofício e ministério ( bem como tantos outros com formações acadêmicas necessárias e anteriores como linguistas, historiadores, tradutores, arqueólogos, etc ) não substituirão jamais na subjetividade da experiência e comunhão pessoal com Deus, a iluminação e compreensão prática dada pelo próprio Deus.
Claro que muitos outros elementos estão e estarão sempre envolvidos nessa compreensão individual, desde a formação mínima, leitura, compreensão de texto, relativo conhecimento histórico, interpretação, cultura inserida que pode ser um elemento facilitador ou ainda dificultador, ensino recebido, instituição com a qual o crente tenha uma relação de aprendizado, etc.
O fato é que por mais ideais e promissoras condições de aprendizado acerca de Deus, haverá sempre uma limitação temporal, individual e principalmente da comunhão do crente com o único Deus criador. Sobre Enoque se diz que "Enoque andou com Deus e Deus para Si o tomou". Cada um de nós anda a uma distância de Deus, mais ou menos tempo em comunhão com Ele. Isso é natural, impossível de ser medido, mensurado, julgado, mesmo por nós mesmos e muito menos por qualquer outro de nós. Somos únicos e lidamos com essa singularidade manifestando cada um um nível diferente quantitativa e qualitativamente diferente.
Assim posto Calvino fez, creu, entendeu, explicitou da forma como pode, com o que tinha e agiu sob essa experiência, diante do tempo, das pessoas, do poder e do tipo de cristianismo e fé a sua volta. Exatamente como cada um de nós faz hoje, tomando-se por base a nossa experiência individual, a ocasião em que nos encontramos e reconhecemos a realidade e o significado de Jesus Cristo em nossas vidas.
Assim como cada um de nós tem eventualmente questões mal e bem resolvidas, entendidas teologicamente, não foi diferente com João Calvino, Lutero, os Wesleys, Spurgeon e tantos outros no passado e ainda no presente. Só que João calvino, Lutero e outros tanto no passado como no presente, por serem líderes, tiveram liderados, seguidores, discípulos. E além dessas pessoas, meios legítimos para tornarem conhecido o que criam, como criam e como entendiam as realidades humanas e divinas. Juntamente com os acertos foram os erros, exatamente como seria e se daria se cada um de nós, fosse um líder, tivesse alguma voz e poder para espalhar o que cremos, e como cremos. O processo natural e efetivo da comunicação não foi e não é diferente hoje para tudo o que se acredite ou apaixonadamente se defenda.
A liberdade de crença e de expressão ( negada pelos opositores de João Calvino a todos e a ele próprio em seu tempo... e depois por ele mesmo a outros ) pressupõe erros e acertos e rivalidade entre pensamentos e interpretações. No meio disso tudo está exatamente o crente, o antes pecador, depravado, indiferente, zombador, que ao ouvir uma pregação acerca da Palavra de Deus e do Deus da Bíblia, bem como da salvação e nova vida oferecida através de Jesus Cristo, crendo, nasce de novo, arrependido em pouco tempo manifesta os frutos visíveis e inegáveis da verdade sobrenatural que é o poder do Evangelho na vida do homem!
Isso decidida e claramente acontece em todo o mundo onde haja alguém pregando em testemunho ao Jesus Cristo e independentemente da teologia de igreja "x", "y" ou "z". Mas logo a seguir, para alguns, meses, talvez anos, muitos anos, vem alguém ( geralmente crente de uma igreja em particular, batista reformada ou presbiteriana tradicional ) e começa a dar a esse crente aparentemente "algo mais" que na realidade é "algo menos".
Fruto de um erro absolutamente pueril, uma lavagem cerebral efetiva. É verdade que o principal é pertinente, a fé em Jesus como Salvador, a fé na Bíblia como a Palavra de Deus, mas a lista de não cremos é infinitamente maior do que a fé genuína que deva ser guardada. e a razão desse engano é uma só no presente: a vaidade, a vaidade do desejo de saber mais, de se estar mais certo, mas não pelo meio exatamente espiritual e bíblico. É o que veremos na segunda parte dessa postagem que aborda exatamente a questão do que se ganha e do que se perde em ser um crente, um salvo e calvinista.
Fruto de um erro absolutamente pueril, uma lavagem cerebral efetiva. É verdade que o principal é pertinente, a fé em Jesus como Salvador, a fé na Bíblia como a Palavra de Deus, mas a lista de não cremos é infinitamente maior do que a fé genuína que deva ser guardada. e a razão desse engano é uma só no presente: a vaidade, a vaidade do desejo de saber mais, de se estar mais certo, mas não pelo meio exatamente espiritual e bíblico. É o que veremos na segunda parte dessa postagem que aborda exatamente a questão do que se ganha e do que se perde em ser um crente, um salvo e calvinista.
Até lá então aos que sinceramente desejarem considerar essa importante questão prática.
Por Helvécio S. Pereira
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