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SANDI PATTY LOVE IN ANY LANGUAGE

terça-feira, 30 de julho de 2019

ATUALIZADO E REVISADO!!! NUNCA MAIS SEJA ENVERGONHADO AO PREGAR O GÊNESIS PARA QUEM QUER QUE SEJA!! O QUE OBJETIVAMENTE GÊNESIS QUER NOS DIZER?

א big ב /big ראשית ברא אלהים את השמים ואת הארץ
ב והארץ היתה תהו ובהו וחשך על פני תהום ורוח אלהים מרחפת על פני המים
ג ויאמר אלהים יהי אור ויהי אור
ד וירא אלהים את האור כי טוב ויבדל אלהים בין האור ובין החשך
ה ויקרא אלהים לאור יום ולחשך קרא לילה ויהי ערב ויהי בקר יום אחד  {פ}
ו ויאמר אלהים יהי רקיע בתוך המים ויהי מבדיל בין מים למים
ז ויעש אלהים את הרקיע ויבדל בין המים אשר מתחת לרקיע ובין המים אשר מעל לרקיע ויהי כן
ח ויקרא אלהים לרקיע שמים ויהי ערב ויהי בקר יום שני  {פ}
ט ויאמר אלהים יקוו המים מתחת השמים אל מקום אחד ותראה היבשה ויהי כן

Gênesis 1:1-9

Reiteradas vezes a menção aos versos exatamente que descrevem a criação do universo, inclusos aí, as estrelas, o Sol, a Lua e a própria Terra suscitam debates entre crentes e ateus, entre religiosos e cientistas muitas vezes avessos ao Cristianismo ( visto que quase nunca dirigem críticas tão contundentes a outros livros religiosos e a outras fés ) que não dão vitória a nenhum dos dois lados, visto que o fato de haver um Criador ou não havê-lo fica sempre em segundo plano, pois a concentração dos debates se reduz ao "como" tudo tenha surgido, com ou sem Deus.

Vale lembrar que o principal desfecho de qualquer reflexão acerca do Gênesis, não é como foram feitas ou surgidas todas as coisas, visto que só há duas opções que descartam-se mutuamente: ou houve uma Criação ou não houve uma Criação, nesse segundo caso apenas um irrazoável e injustificável surgimento de todas as coisas. Em ambos os casos como foi é o que menos importa, por se tratar objetivamente de um fato, a priori sem testemunhas humanas, ou mesmo sem testemunha alguma, no caso de uma existência auto criada.

O choque se dá quando evidências científicas parecem também crassa e objetivamente contradizer leituras apressadas do econômico texto bíblico, uma síntese de tradições orais e detalhadas certamente muito mais antigas e mais detalhadas do que temos finalmente após a compilação pelo legislador e líder histórico, Moisés. 

Como afirmar uma criação em sete dias, quando evidências nos dão o lento desenvolvimento e própria idade do Universo? igualmente a chamada Ciência tão orgulhosa de seus avanços de última hora se negar a admitir que esses mesmos textos ridicularizado sistematicamente por alguns de seus acadêmicos da última hora e nem tão geniais assim, estarem desde sempre corretos ao dizerem que houve um "princípio", uma "gênesis", um "Big Bang"*, contra o grande erro dessa mesma Ciência vaidosa que só à poucas décadas deixou de acreditar em uma "eternidade do universo" ou seja em um universo incriado.

A mesma Ciência vaidosa e presunçosa deveria ao apontar um Big Crunch*, que há quase dois mil anos a mesma Bíblia que os "céus se enrolarão com um lençol" descrevendo o fim desse universo e apontando finalmente para "novos céus e nova terra"!

Logo quando o texto econômico do Gênesis descreve os dias da Criação ele não erra, nós é que como crianças, mesmo no auge do conhecimento reunido e crescente do século XXI, continuamos a entendê-lo erraticamente. 

Logo a escolha de cada um de nós independente do volume de informações fidedignas ou não, quase sempre já decidimos a priori de qualquer coisa, de há um Criador ou não. O que passa disso é dissimulação.

Há uma outra diferença: em geral os que creditam a Deus toda a Criação não são deterministas, já os que defendem um ciclo infindável e injustificável de surgimento e morte das coisas existentes são deterministas criando um também infindável início e ressurgimento de todas as coisas sem um porquê: o "Big Rip"! 


O propósito dessa postagem e de um levantamento de uma nova tese ( que pode não corresponder aos reais fatos ) é dar elementos aos crentes, não para com base nessa ou em outra tese, fazer uma defesa do texto bíblico frente aos incrédulos, pois esses já decidiram rejeitarem a Deus, não por questões científicas mas por haverem se decidido pessoalmente a serem inimigos dEle. Todo o que se converte passa crer nEle mesmo que jamais ( e isso é a mais objetiva verdade ) não entendamos jamais todas as coisas ( não caiamos na tentação e presunção de Satanás e sugerida maldosamente por ele, se sabermos tanto quanto Deus saiba! )

O objetivo dessa postagem é ajudar os já crentes a não dizerem abobrinhas em nome de Deus ou fazerem defesas inapropriadas que não colaboram para a disseminação da Bíblia como a Palavra de Deus e para a pregação do Evangelho mesmo para os cientistas e demais pessoas com melhor educação  escolar e acadêmica. 

Na verdade dentro das possibilidades atuais, alguém pode se informar de maneira a ter um quadro completo do Universo, com seus fenômenos e leis cada vez mais conhecidos e ainda sim não crer e negar a Deus.

O contrário também é verdade desde sempre, o fato de ignorar os mecanismos da matéria e do Universo não ser um empecilho a uma conversão, fé e comunhão espiritual com o único, verdadeiro, eterno e perfeito Deus e Senhor de todas as coisas.

De fato, nenhum crente tem que ter respostas científicas a quem quer que seja para justificar ou diante dessa pessoa que não crê, basear a sua fé!

Eu não tenho nem que explicar porque os dias de Gênesis são ou não dias literais de vinte e quatro horas. O próprio  registo deles da maneira literária como estão registrados e confirmados posteriormente através de Moisés e Arão diante de Faraó e dos egípcios, não tem o objetivo precípuo de provar que foi dessa ou de outra maneira, mas de mostrar que o Deus conhecido pelos israelitas não é um deus que faz parte da natureza como os demais deuses dos diversos povos contemporâneos dos israelitas mas o Deus eterno que antecede e só Ele é pré existente a todas as coisas e cuja existência não tem portanto, nem início e nem fim, uma revolução, uma verdadeira novidade teológica!

Mas voltando ao propósito desse texto, dessa minha postagem:

O que temos de novidade ( científica inclusive! ) que clareia e confirma o aparente contraditório relato bíblico do Gênesis?

1) O Universo teve realmente um começo!

Ninguém em sã consciência e com mínimo de honestidade intelectual defende mais a "eternidade do Universo"!

"No princípio criou Deus os céus e a Terra" é sim uma verdade cientificamente incontestável. Claro que para o cientista não crente soa solenemente como: "houve um segundo zero para o Universo e por consequência a própria Terra".

E mais a sequência exata é: primeiro o Universo ( os céus ) depois singularmente a Terra!


2) A luz na criação do Universo foi o primeiro elemento!

O verso após o verso de Gen 1:1 não é uma sequência ( uma ocorrência após o verso 1 ) mas uma descrição dos eventos na criação apontada no verso de Gen 1:1.

A luz não é cientificamente reconhecida nem como matéria pura nem como energia enquanto todo o Universo até quanto se saiba é constituído ou de matéria ou de energia. Aliás a energia é que só ela dá origem à matéria enquanto é verdade também que para obter energia há de se destruir a matéria ( como por exemplo você queima uma vela produzindo luz e calor! ).

3) O Sol, a Lua e as demais estrelas ( constelações, etc ) não estão nos seus lugares ( do ponto de vista da Terra e de nós humanos ) sem propósito definido!

O Cruzeiro do Sul é uma constelação assim identificada e só vista no hemisfério sul de nosso planeta. Se hipoteticamente déssemos uma volta de modo a observá-la de outro ponto diverso e distante do universo ela teria objetivamente outra forma e não de uma "cruz" e isso é um fato, e um fato científico.

Se a Lua não existisse atualmente na exata distância que  se situa de nós, da Terra e não descrevesse o seu movimento singular em torno de nosso planeta, segundo a própria ciência, a vida não seria possível em nosso mundo!

Do mesmo modo o Sol, se estivéssemos mais próximos dele, seriamos como Vênus e mais distantes como Marte. Se a Terra de algum modo se aproximar mais de Vênus ( ficando mais próxima do Sol ) ou de Marte ( ficando mais distante ) nem que seja por distâncias tão grandes, a Terra se colapsará e certamente a vida aqui se tornará de repente impossível!

Logo o texto bíblico não afirma que a a Terra nasceu primeiro do que o Sol, a Lua e as estrelas, mas descreve a relação nossa com eles, uma relação em que toda a chamada "natureza" se baseia e se apoia e como nós seres humanos aprendemos a tirar proveito de suas posições e por assim dizer "funções previamente determinadas!



4) Os Vegetais nascem ou surgem antes dos animais marinhos ( entendidos como vida marinha )!

Seria essa uma crassa contradição? uma contradição científica exata?

Aprendemos desde os primeiros anos escolares que "a vida surgira na água" e que de algum modo em algum devaneio essa vida se cansa dos mares e resolve "viver na terra"! o que é uma grande contradição: se excluirmos a ideia da cadeia alimentar, que em uma enorme sequência uns se alimentam de outros ( e isso é um fato! ) as águas são um espaço muito mais amplo, seguro, e plenamente adaptado para seus incontáveis habitantes. Não é possível morrer de sede dentro d'água, por insolação, por frio ou calor, a não ser que determinado animal ou outro ser vivo mude de um vulcão submerso para uma geleira ou vice-versa.

Na terra seca se pode cair, morrer de sede, em um alagamento, por raios, furacões, granizo, solidão, desorientação, etc. Portanto é um péssimo negócio deixar o espaço submarino e em repente migrar para a superfície seca.

Obviamente, qualquer classificação quando criada, atende certas necessidades e organização do classificador. Portanto os "vegetais" em Gênesis capítulo 1 não correspondem exatamente à classificação de vegetais moderna, mas não constitui uma intransponível contradição senão vejamos:

É da terra seca que fluem os nutrientes e até venenos, modernamente falando, para os mares e oceanos e não ao contrário. Logo é muito revelador que as primeiras formas de vida, seja vegetais, bactérias ou fungos, tenham surgido e se desenvolvido justamente na superfície fora das águas e como até hoje e desde sempre tenha concorrido, fluido da superfície seca para todo ajuntamento de águas, sejam rios, lagos, mares ou oceanos! dessa forma o relato bíblico não pode ser apontado como errático!

O quarto dia, sucedendo ao terceiro, criação dos "vegetais e árvores" não uma sequência dos fatos, mas um apêndice, um hiato, um lembrete de como esses astros, da maneira como percebemos a sua ordem afetam todos os seres vivos e a nós seres humanos. Colocada essa menção justamente entre o terceiro e quinto dias, nos lembram da dependência da vida da previbilidade e exatidão dos tempos!

Possivelmente lembrando que ( hoje sabemos ) que a vida mais complexa depende muito mais dessa exatidão de dias, noites, estações do ano, marés, que espécie de vidas inferiores, como vírus, fungos, bactérias. Ou alguém duvida ( a Ciência afirma ) que as primeiras formas de vida foram as formas simples e não as complexas?

Aos ouvintes antigo testamentários tudo que não fosse animal e tivesse vida era em última análise, plantas, árvores e frutos, curioso não? da mesma forma tudo que não fosse humano, era um animal... nos faz agora refletirmos sobre as árvores da vida, do conhecimento do bem e do mal, da serpente, etc ( isso é apenas uma tese, não uma afirmação teológica! atenção! )

O quinto e sexto dias descrevem genericamente o surgimento dos peixes e pássaros e o dos animais terrestres e o ser humano. A Ciência não discorda em que animais aquáticos tenham surgido em etapa diferente da origem dos seres humanos e nem dissocia o aparecimento do homem com o dos animais terrestres. Logo se vê que os "exaltados problemas" entre a narrativa sintética do Gênesis é quase e praticamente inexistente, excetuando-se, por razões apontadas em outra de minha postagem, pelos "dias de vinte e quatro horas", se foram dias modernos literais ou não. A Ciência sabe e descreve que os "dias terráqueos" foram inicialmente muito curtos, menos de seis horas, e que aos poucos em um processo de formação do planeta chegou-se finalmente aos cerca de vinte quatro horas, pelo menos desde o início da humanidade.

Logo os dias de vinte quatro horas passam a prevalecer no sexto dia, após a criação definitiva do homem, visto na segunda narrativa agora detalhada, da criação do homem  e da mulher e como o primeiro casal se relacionava com Deus pela "viração do dia"!

5) A novidade nessa postagem e disso você deve saber!

A Ciência descobriu mais ou menos recentemente ( dados nas citações pós essa postagem ) que a Lua contrariando certas teorias acerca do seu surgimento, é apenas um pouco mais jovem, mas muito pouco mesmo que o nosso sistema solar!

Isso você não leu errado! A Lua e quase tão antiga quanto o nosso sistema solar! apenas cinquenta milhões de anos a menos!!! 
 
( VÍDEO EXPLICATIVO AO FINAL DESSA POSTAGEM!! )

A Ciência cria que a Lua seria muito mais jovem que todos os planetas ou que maior parte deles ( de nosso sistema solar, que nem é o mais antigo dentro todos os sistemas solares existentes até na nossa própria galáxia, a Via Láctea!

Como um objeto resultante de um teórico choque entre um planeta do tamanho de Marte com a Terra cujos destroços da Terra tenham voltado para o espaço e constituído um anel como o se Saturno e só posterior e lentamente dado origem ao nosso único e grande satélite, sem o qual a vida aqui na Terra seria, segundo a própria Ciência, algo impossível?!

Quais as implicações dessas novas informações científicas?

Para nós crentes que nos esforçamos em defender a nossa fé diante de relutantes incrédulos embora a nossa fé não dependa de novidades, seja quais forem, é nos levarmos a prestar atenção ao que sempre esteve nas Escrituras:

Em Gênesis  encontramos a descrição ( entre o terceiro e o quinto dia, portanto quarto dia como abordado anteriormente ),

 "Disse também Deus: Haja luzeiros no firmamento dos céus, para fazerem separação entre o dia e a noite: e sejam eles para sinais, para estações, para dias e anos".( Gen 1:14 )
 
Declaração de intenção! ( de Deus )

"E os colocou no firmamento dos céus para alumiar a Terra"
                                                                                               ( Gen 1:17 )
Declaração de ação!

Deve-se lembrar também que o material que originou a nossa Lula, a partir de um outro corpo celeste, um grande objeto do tamanho de Marte, que é menor que a Terra, chocou-se com a nossa Terra. Portanto este material constituinte deste objeto é mais antigo ainda com uma idade improvável de ser determinada. Aliás a própria Terra poderia ser um outro objeto mais antigo também, já que é descrita na Bíblia como um objeto "sem forma e vazio".



Acontece que o verbo "colocar" expressa uma "ideia locativa", como a de pegar algo e colocar em local específico, intencionalmente específico!

Se a Lua, como teorizado com base em dados científicos recentes e incontestáveis para a própria Ciência, ela não foi criada no lugar em que está atualmente, ela surgiu em outro lugar e foi COLOCADA na órbita da Terra! exatamente o que você leu!

Da mesma maneira podemos imaginar e teorizar que a própria Terra fora colocada exatamente onde está e estamos, e que a semelhança da Lua seja também muito mais antiga, o que nos leva a pensar lá na declaração de Gênesis 1:2

"A Terra porém estava sem forma e vazia;"

Portanto a Terra pode ter sido um objeto inicialmente formado em outro lugar no Universo, talvez fora do nosso próprio sistema solar, semelhante a uma batata como muitos asteroides e algumas luas como as de Saturno, por exemplo, e do ponto de vista de alguém sobre a sua informe superfície, as trevas vistas do próprio Universo, a com águas a envolvendo.

Cientistas afirmam, ou a Ciência afirma que a água na Terra se acumulou devido a enorme incidência de cometas trazendo água e se chocando com o nosso nascente planeta. De forma geral o versos de Gênesis 1:1 e 1:2 são bastante sintéticos, registrando com poucas palavras dois enormes e obviamente complexos acontecimentos. Sabemos também que toda a divisão de versos em toda a Bíblia foi algo aleatório apenas para propiciar uma localização mais exata, havendo em algumas traduções da Bíblia em várias línguas alguns poucos versículos que são separados de forma diversa, podendo o verso de Gênesis 1:2 ser dividido em outros dois versos, podendo o final do verso 1:2 fazer parte do verso 1:3 que não mudaria de modo algum a compreensão ou o fato incontestável de como Deus agira nesse momento da criação.

Imaginemos nós como testemunhas inteligentes observando todo o processo criativo de Deus no princípio de tudo:

Algo bem pequeno se expande de repente e incontáveis explosões e aglutinações de  matéria acontecem por todos os lados, surgindo quase que imediatamente galáxias, com suas incontáveis estrelas ou sóis, cometas, asteroides e toda a sorte inimaginável de fenômenos estardalhosos que ainda se renovam e podem ser testemunhados em todo esse incomensurável universo, quando de repente, em um canto pouco ou nada mais tão expressivo que outros braços de uma galáxia também não a mais expressiva, um objeto informe viajando pelo abismo, sem nenhuma expressão ou grandeza, ainda informe e inútil a qualquer propósito, é fixado ( colocado ) em uma órbita, freado e recebendo mais matéria, tão variada e sabidamente pela Ciência, a maioria com origem em outros distantes e incontáveis cantos desse mesmo Universo, em torno de uma estrela é resfriado, modelado, de forma a adquirir a única forma, dimensão e massa que service ao propósito da vida, recebe uma lua também na medida inteligentemente pesada e calculada, servindo também a um complexo e inteligente propósito, uma matriz de água, elemento raro no Universo, em cuja matriz, diz a Escritura o próprio Deus, através do seu Espírito paira sobre essa agora sabida, esfera e faz o milagre da criação e formação de uma verdadeiro paraíso ( tomado como ideia de perfeição todo o planeta, fato perceptível palpável mesmo nos dias de hoje! ).

Finalmente:

A narrativa, rica, reveladora do primeiro capítulo de Gênesis não é problema para a fé ( e não deve ser ) para nenhum crente, para nenhum de nós que cremos no Senhor Deus como legítimo, real, criador, proprietário legítimo ( dono ), legislador, provedor, inspirador e juiz de toda a humanidade.

É esse o real objetivo e todos os elementos sucinta e suficientemente descritos na reconhecida, por nós os que cremos, Palavra de Deus, de o adorarmos por tudo que sabiamente fez!

A Ele toda a glória, todo louvor, todo reconhecimento, hoje e sempre, porque é digno, plena e totalmente digno, embora jamais, em tempo algum, possamos alcançar os seus nobres e perfeitos propósitos.

Somos Lhe gratos por sua revelação imerecida, por suas promessas a nós que em tudo se cumprirão e pela redenção provida por Ele mesmo, através de Si mesmo, na pessoa sobrenatural, do Deus conosco, como aprove se revelar e salvar-nos, através do Cordeiro, que é vivo e voltará e julgará Ele mesmo todos os povos e nações. Amém.

Por Helvécio S. Pereira

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*1) Big Bang
O Big Bang é a teoria cosmológica dominante do desenvolvimento inicial do Universo. Os cosmólogos usam o termo “Big Bang” para se referir à ideia de que quando o Universo estava originalmente muito quente e denso, em algum momento do passado, houve uma enorme explosão e, desde então , este tem-se resfriado pela expansão ao estado diluído atual e continua em expansão actualmente. De acordo com as melhores medições de 2010 disponíveis, as condições iniciais ocorreram por volta de 13,3 a 13,9 biliões de anos atrás.
Georges Lemaître propôs o que ficou conhecido como a teoria primordial do Big Bang, embora ele tenha chamado “hipótese do átomo primordial”. As principais equações foram formuladas por Alex Friedmann que, depois de Edwin Hubble, descobriu em 1929 que as distâncias de galáxias distantes eram geralmente proporcionais aos seus desvios para o vermelho, como sugerido por Lemaître em 1927. Esta foi feita para indicar que todas as galáxias muito distantes e aglomerados de galáxias têm velocidade aparente para fora do nosso ponto de vista: quanto mais distante maior a velocidade aparente. Se a distância entre galáxias está a aumentar hoje em dia, é provável que estivessem mais próximas no passado. A teoria do Big Bang não pode e não fornece qualquer explicação para essa condição inicial, onde se considera o tempo igual a zero e onde as densidades e as temperaturas eram extremas, mas a teoria descreve e explica a evolução geral do universo desde aquele instante.
Fred Hoyle é creditado como criador do termo “Big Bang” durante uma transmissão de rádio em 1949. É relatado popularmente que Hoyle, que era a favor de um modelo cosmológico alternativo, tinha como objectivo criar um termo pejorativo, mas Hoyle nega tal afirmação referindo que apenas utilizou um termo impressionante para destacar a diferença entre as duas teorias.
*2)Big Crunch, ou em português, o Grande Colapso, era uma hipótese, já descartada, segundo ... o Universo deixará, provavelmente, de se expandir e começará novamente a se contrair. Esta contração irá ser acelerada e, eventualmente, produzirá o Big Crunch, que é o inverso do Big Bang
Esta teoria dita que, no futuro, o universo começará a contraír-se, devido à atracção gravitacional, até entrar em colapso sobre si mesmo, havendo uma inversão no tempo retornando este a zero. Esta teoria suscita um mistério ainda maior de analisar do que o Big Bang. Alguns cosmólogos perguntam-se acerca desta teoria: E depois? Será que o Universo vai realmente acabar? Ou será que teremos um ciclo eterno de Big Bangs e Big Crunchs?

Até 1998 pensava-se que a velocidade com a qual as galáxias  se separavam iria diminuir com o tempo, devido à atracção gravitacional entre elas. Pesquisas mais recentes, baseadas em observações de supernovas extremamente distantes, comprovaram que a aceleração da expansão do universo é positiva, o que significa que a velocidade com a qual as galáxias se afastam umas das outras está a aumentar e não a diminuir como se esperava, ou seja, o Universo expende-se cada vez mais rápido e aceleradamente.
A evidência da aceleração da expansão do Universo é considerada como conclusiva  pela maioria dos cosmólogos desde 2002 e com esta descoberta a hipótese do Big Crunch sofreu um enorme revés.

*3) 
O Big Rip
O Big Rip é uma teoria, apresentada em 2003, que diz que se a velocidade de expansão do Universo atingir uma velocidade acima do nível crítico ocorrerá um deslocamento de todos os tipos de matéria levando ao isolamento das galáxias e após alguns bilióes de anos os próprios átomos se desintegrarão . A chave desta teoria é a quantidade de energia escura no Universo.
O valor da chave é wa razão entre a pressão da energia escura e a sua densidade energética, variável fundamental nas equações do estado do Universo e o ser comportamento no futuro. Para w < -1, o Universo acabaria por se desagregar, as galáxias separar-se-iam entre si e logo a gravidade seria demasiado fraca para se manter uma galáxia na integra. Aproximadamente três meses antes do “fim”, os sistemas solares perderiam a sua coesão gravitacional. Nos últimos minutos dissipar-se-iam estrelas e planetas, os átomos e mesmo os bariões (formados por quarks) não compensariam com as suas interacções internas a expansão do Universo e seriam destruídos uma fracção de segundo antes do “fim do tempo”.
Em suma, contrariamente ao Big Crunch, teoria na qual tudo se concentra num só ponto, no Big Rip o Universo converter-se-á em particulas subatómicas minímas, dispersas, que permaneceriam para sempre separadas sem coesão gravitacional alguma.
Alguns autores desta hipótese calculam que o fim do Universo ocorreria em aproximadamente 35 biliões de anos após o Big Bang, ou seja, dentro de 20 biliões de anos.


* A LUA É QUASE DA IDADE DO SISTEMA SOLAR!! VEJA!!

domingo, 28 de julho de 2019

OS TRÊS CASAIS MAIS DECISIVOS DE TODA A BÍBLIA

A Bíblia fala dos seres humanos, e como tal, fala de homens e mulheres e muitas vezes em ações individuais ou como simples cúmplices ou simples companheiros um de outro. Se fôssemos falar sobre os abundantes casais, o registros de suas vidas e de seus comportamentos como casais seriam e são úteis a uma enormidade de exemplos práticos e serviriam ( e servem ) muitissimamente bem para que esses mesmos erros não sejam presentemente cometidos por nós mesmos.

Mas antes de falarmos sobre os casais objetos de reflexão dessa postagem, vale ser lembrada coisas óbvias que parecem nos dias de hoje serem fontes de grande confusão e estranhamente até dúvidas: quem são homens e mulheres?

Segundo um importante psicólogo de origem nipônica mas brasileiro já falecido mais ou menos em anos recentes, homens e mulheres são tão diversos que pertencem ( isso obviamente uma ilustração, uma figura de linguagem ) a mundos totalmente diferentes e portanto opostos. Isso é explicitado em seu, talvez mais famoso livro: "Homens são de Marte e mulheres são de Vênus"*.

Isso significa que a percepção natural de mundo, a forma como reagem as diversas situações, seus ideais e prioridades não são de modo algum, iguais! É inútil que um homem espere, aspire, obrigue, imponha sua visão de mundo natural a qualquer mulher e que qualquer mulher espere e seja ativista na mesma questão.

Homens e mulheres possuem basicamente experiências complementares e nunca iguais. Nas questões de ciúmes por exemplo, o ciúme masculino é basicamente sexual, o da mulher é sentimental! Nenhuma mulher, religiosa ou não, antiguada ou de ativismo vanguardista jamais perguntará ou exigirá de qualquer homem que ele não tenha tido jamais, em tempo algum, nenhuma experiência sexual. Repito, inclusive as religiosas, que estranhamente se calam sobre isso , exatamente nessa questão. Ao contrário a virgem espera que ela saiba como fazer as coisas da melhor maneira e eu pergunto: aprendido onde e com quem???

Já o homem os terríveis casos de feminicídio, se baseiam na maioria das vezes em supostas traições clara e objetivamente sexuais, desde uma relação sexual única e oportunista a uma traição mais permanente e camuflada. Na mente desse homem o fato da sua mulher ter sido penetrada por outro pênis é um exemplo exacerbado de posse banal do outro ser, no caso da mulher.

No caso da mulher, um elogio por parte do homem feito a uma outra mulher que tenha certos atributos claramente melhores ou mais louváveis do que os dela, como seios, quadris, coxas, cabelo, pele, boca, sorriso, etc ou mesmo melhores aptidões seja para trabalho, estudo, culinária, carinho, voz, delicadeza, é caso certo de boas tempestades em copos d'água.

Mas as diferenças vão além ou bem além daquilo que os mantém fisicamente ligados como a sexualidade ou a admiração. Se um casal compra um automóvel a mulher prioriza a cor, os detalhes, o conforto, e o homem ( guardadas as proporções ) o motor, a mecânica. Para a mulher o fato do automóvel andar é coisa secundária. Os fabricantes de automóveis sabem que no caso de uma aquisição de um automóvel para a família, implícita aí o uso mútuo do casal, a decisão final é da mulher.

Quando falei aos meus alunos, mais de vinte e duas turmas em duas escolas acerca do espalhamento do homem sobre o planeta Terra ( falava da introdução à Arquitetura ) disse que a diferença entre os gêneros é tão profunda que graças aos homens nos espalhamos pela Terra e por todos os continentes pelas mais diferentes razões e movidos pelas mais urgente s necessidades, como busca por melhores provisões, segurança e paz por ausência de inimigos humanos mas esse espalhamento só ocorreu pela aprovação das mulheres. Se os Europeus tivessem descoberto o Novo Mundo e as mulheres de lá jamais se interessassem em posteriormente virem para cá, sem as mulheres os homens não permaneceriam em lugar nenhum do mundo!

Vale uma brincadeira que não está longe se de ser a mais crassa verdade: se as mulheres gostarem da Lua, cinquenta anos depois poderemos voltar a ela, se não, jamais! o mesmo vale para Marte!

Mas passada essa divertida e necessária introdução vamos ao que realmente interessa: quais os três casais mais importantes e exatamente por serem os mais decisivos da Bíblia?

Ainda voltando à Ciência, uma instituição sem dúvida útil e de inestimável contribuição ao conforto e a sobrevivência humana, parte dela, inimiga da ideia de Deus e desse modo objetiva em contradizer as Escrituras, chega a afirmar, baseada em isoladas e seletivas evidências que a mulher seja uma espécie de matriz da qual se deriva o homem, desse modo sendo o homem uma derivação da mulher  e não ao contrário.

A Bíblia entretanto afirma sem maiores detalhes mas registrando uma cronologia clara que Deus formara pessoalmente o homem e a partir dele, um clone ( a partir de um osso, da medula desse osso mais exatamente podemos imaginar ) a mulher. Tendo o primeiro homem reconhecido a semelhança dela consigo mesmo e também a diferença.

Já se pode perceber portanto, que o primeiro casal decisivo na Bíblia, nas Escrituras, judaico-cristãs é justamente a do casal

Adão e Eva.

Adão e Eva eram percebidamente diferentes, não só sexualmente, como de gêneros diferentes, mas de temperamento. Os atentos gregos na antiguidade já haviam percebido quatro tipos de temperamentos basilares: Colérico, Sanguíneo, Fleumático e Melancólico.

Um homem e uma mulher podem ter o mesmo temperamento, resultando em tendências que resultam em dificuldades e qualidades próprias. Mas no caso de Adão e Eva, vemos que eram diferentes ( não vou aqui dar uma aula sobre os temperamentos, há literatura, de psicólogos cristãos evangélicos sobre o assunto e que vale muito a pena ser estudada ) e que essa diferença representou tanto a sua queda como a sua superação ( eles superaram o seu drama pessoal ).

Adão era invisível, apesar do texto tardio ser resultante de uma tradição oral distante e ser extremamente econômico exatamente por esse fato, de forma a ter uma manifestação oral discreta e não dominadora. Adão seria todo marido com pouca ingerência que toda mulher muito ativa e com tendência a certa  independência gostaria de ter ( e muitas hoje escolhem e conseguem esse tipo de companheiro para si mesmas e dão muito certo ).

Eva era curiosa, ativa, e como quase regra, comprovada pela ciência hoje, muito mais articulada e com maior tendência a aprendizado e desenvolver novas coisas. As mulheres segundo pesquisas, e eu me debrucei sobre esses dados e estudos, há mais de vinte anos quando cursei e me graduei em pedagogia: mulheres têm em geral maior e melhor rendimento em todos os níveis educacionais!

Adão não era um líder e nem um cuidador zeloso, como deveria ser e deve ser cada homem dentro de um casal, sem extremismo ou ignorância como no caso dos machistas. De forma natural nenhuma mulher que de fato ser solta ao seu bel prazer. Ao mesmo tempo que as mulheres têm prazer em exigir certas posturas gostam de serem acompanhadas e até limitadas e protegidas em certas situações. O feminismo burro e apedeuta tentou e ainda teima em negar isso.

Ambos ouviram as instruções de Deus acerca da chamada "Árvore da Vida" e "Árvore do Conhecimento". Cabia a Adão perceber que a "Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal" despertava certa curiosidade e deslumbramento. Se ele estivesse seguro que não comeria do seu fruto deveria igualmente observar a sua companheira e perceber se ela mesma tinha menor ou maior grau de interesse no fruto dessa árvore, mas aparentemente não o fez!

Quando Eva teve a sua longa conversa com a "Serpente" aparentemente Adão nem junto dela estaria, portanto ele, Adão a deixou exposta! E isso não deve ter ocorrido apenas uma vez, pois a Serpente não lhe de modo algum estranha e certamente fazia parte do pequeno universo, do Jardim, do Paraíso que era praticamente o seu mundo restrito. A chamada Serpente era conhecida por suas qualidades e não por um pressuposto defeito ou "perigo iminente"!

A Bíblia diz que quando um homem abandona a sua mulher a expõe ao adultério. Normalmente e infelizmente, descontadas outras circunstâncias, se um marido não satisfaz ou cumpre minimamente o seu dever sexual com a sua companheira é causa para que a mesma ouça o canto da sereia de algum oportunista desonestos. Ou seja o próprio companheiro propicia metade do caminho rumo a queda da mesma. O caso bíblico de Batseba, o seu marido, punha em primeiro lugar a guerra e o seu serviço ao reino de Israel e ao próprio rei Davi. Era comum usar-se o telhado ou a lage como local de tarefas caseiras inclusive o banho, cena não observável do plano baixo das ruas ou vielas entre as habitações mas não do palácio construído em terreno mais alto.

Eva, portanto ficou mais soltinha do que era conveniente. Quando convencida que as razões de Deus não eram reais mais um subterfúgio para que eles não fossem iguais a ele ( um fato e uma verdade objetiva, não pela concorrência, mas pelo conhecimento do bem e do mal como entidades factuais! ), Adão não se contrapôs a Eva, corrigindo-a mas ao contrário passivamente, convencido por ela também comeu do fruto proibido e resto todos nós sabemos.

Alguém poderia argumentar: mas um único erro resultou em toda uma longa e terrível história conturbada para todos os seus descendentes? Você sabia que grandes catástrofes e desastres ocorreram exatamente por um ou dois detalhes resultando em mortes de tantas vidas e histórias humanas? isso é muito comum nos dias atuais e portanto verdades incontestáveis!

Após a expulsão de ambos do Paraíso a figura de Adão se mostra comprovadamente apagada. Adão é um zero a esquerda, cumprindo um papel silencioso de pelo, menos fazer filhos. Temos mais algumas vezes as falas de Eva expressando gratidão por ter tido filhos varões crendo em um vingador contra aquele ( a Serpente ) que lhes causara definitiva desgraça.

Todos podemos culpá-los por terem sido tão ingênuos, inocentes e irresponsáveis. Não os vemos com nenhuma admiração nem pelo fato de terem se adaptado e sobrevivido, o que não é pouca coisa e ter-nos legado de alguma forma, registros tão antigos e inusitados da história humana. Eu pessoalmente penso que apesar dos pesares poderiam ter feito pior.

Abrão e Sara

O segundo casal decisivo nas Escrituras é justamente o de Abraão  e  Sara. Alguém pode lembrar de Noé, sem o qual não teríamos uma segunda chance, mas Noé e sua família ficam para uma abordagem em separado, futuramente.

Abraão se tornou um patriarca, um homem que dá origem a um grande povo ou etnia. Deus o separa de seus parentes, caldeus, um povo importante na antiguidade, mas Abrão ( posteriormente Abraão ) fazia parte de uma família que conhecia a Deus. Justamente nessa família aprendera certamente tudo aquilo, todas as informações que lhe possibilitariam tomar as decisões agradáveis a Deus posteriormente. Vale lembrar que certamente Abraão não era a única pessoa a saber e conhecer as verdades acerca do único Deus Criador. Posteriormente Abraão se encontra com Melquisedeque sacerdote e rei de Salém, conhecedor do Deus verdadeiro. Mas Abraão casado com uma bela mulher lhe aparentada como era costume em sua época, uma meio-irmã ( o mais provável ) ou prima e estéril foi o escolhido para sair da sua terra e do meio de sua parentela para dar início tardio a um novo povo baseado em uma promessa resultante de um antigo testamento, tratado, entre Deus e Abraão agora.

Abraão era líder, empreendedor e hábil nas relações inclusive com estrangeiros. Cuidadoso carrega a tira colo um sobrinho, a quem cultivava afeto, talvez e certamente por não ter tido um filho, para ensinar coisas, conversar sobre negócios, planejar e ver resultados. Sara, sabemos era bela, de modo a despertar ambição em olhares estrangeiros a ponto de Abrão temer ser morto para que assim de um modo legal outro homem poderoso a pudesse desposá-la.

Sara entretanto não era passiva como pode parecer em certas situações breves nas Escrituras. Diferente do machismo acusado que a Bíblia defenda, Sara e não só ela, quando lhe cônvia não titubeava em dar palpites ou quase ordens, como no caso de um registro legal, à época e em muitas culturas ainda hoje, em propiciar ao marido ter relações com outra mulher fértil e sadia de modo a lhe dar descendentes, ou de rir-se de si mesma, ou da situação objetiva, ao ouvir de Deus a promessa que seria milagrosamente mãe. E ainda depois de criar tão grande mal estar, causado por seu próprio palpite apressado, fazendo Abraão e Deus despedir a egípcia Hagar muito mais crente do que ela Sara por simplesmente a convivência naquela grande família ter se tornado impossível.

Não vemos nesse segundo casal, um homem prepotente, mandão, dono da verdade, e que não ouvisse em tempo algum a sua esposa. Vemos novamente um casal com cumplicidade cometendo erros e se apoiando em acertos.

Se o primeiro casal causou desgraça, esse segundo casal ( não em ordem histórica mas na nossa análise ) propiciou a benção sobre todas as famílias da Terra!

Maria e José

Finalmente, e creio sem objeções, o casal que nos proporcionou humanamente o Salvador  e Senhor Jesus Cristo: Adão e Eva foram diretamente criados, logo Deus os fez; Abraão e Sara como todos nós nascemos da vontade do homem, Deus não os fez diretamente, são resultados da afetividade e de relações sexuais naturais dos pais de cada um deles. Do mesmo modo Maria e José. O que havia e houve de especial em Maria e José era as suas pessoas, o seu caráter, a sua fé no Deus verdadeiro. Maria não foi concebida sem pecado, mesmo porque o sexo em si não é pecado. Do mesmo modo José.

José é chamado de 'justo" e daí se explica a sua boa atitude mesmo quando sem entender supunha que o pior tinha acontecido: o adultério de Maria. Se Deus falara a Maria através de anjos, não poucas vezes ( e claro deve ter havido tantas que a Bíblia através dos evangelistas não registram ) falara igualmente ao próprio José. Maria deveria ter metade ou próxima disso, a idade de José, que deve ter casado com ela por volta de trinta anos ( maior idade para um israelita de sua época ) e morrido antes de Jesus ter a sua própria maior idade ( também trinta anos, razão do início somente nessa idade de seu ministério ), tendo José falecido entre cinquenta e sessenta anos, tendo Maria sobrevido a José e a Jesus após a sua ressurreição.

Sobre Maria  e José não havia quem mandava em quem ou quem se omitia em cuidar do outro como nos casais anteriores, Adão e Eva e Abraão e Sara. Maria e José, ambos ouviam igualmente a Deus e trocavam essas informações, não havia competição, discussões ( asseveradas erroneamente por tantos hoje, tanto leigos como "especialistas") como algo "normal" em um casal. Normais brigas, desavenças, choque de opiniões, estratégias conflitantes na criação e orientação de filhos? como "normais"??

Sobre normalidade, Jesus diz que o "normal" é um casamento para toda vida, e que o diverso disso é adultério. Claro que se Deus não uniu determinado casal, não se aplica a esse o "não separe o homem". Devem se separar para que o pior não venha a acontecer.

Maria e José, dada a urgência e a infinita consequência do sucesso da manifestação terrena do próprio Deus é, sem dúvida, o melhor e mais louvável exemplo de casal diante de Deus. Infelizmente graças aos desvios resultantes das alucinações teológicas católico-romanas, os demais cristãos evangélicos se auto restringem da produção teológica e humanas que podem ser exploradas e biblicamente aprendidas desse quase anônimos, humildes casal de seres humanos tão importantes para a redenção de toda a humanidade, não por ele ou ela, Maria tenham tido ou tenham privilégios teológicos no plano divino da salvação, mas por sua obediência, por terem cumprido com perfeição a vontade de Deus para eles não só para eles, para todos nós vindos depois deles.

Abraão certamente era melancólico, pela solidão de suas decisões, calma, planejamento, cuidado, etc. Sara possivelmente sanguínea ( como Eva ) comunicativa, risonha, zombeteira, estressada. José, fleumático ou melancólico, Maria igualmente fleumática ou melancólica. Certamente a falta de conflitos demonstravam ser eles de mesmos temperamentos. Ou seja: percebia o mundo e reagiam as circunstâncias de maneira muito semelhantes. Foram certamente escolhidos, na melhor acepção da palavra, de modo que pudessem diante de um quadro muito maior e tão complexo cumprirem humanamente toda a vontade de Deus.

Finalmente no que respeita a Maria, a singularidade de todas as mulheres, como uma tendência prevalente, Maria dava palpites e cobrava iniciativa, como no episódio das Bodas de Canaá em que cobrou de Jesus uma solução para o vinho que havia acabado, e foi atendida por Jesus.

Aos homens: mulheres devem ser ouvidas, as vezes contestadas, corrigidas, protegidas de si mesmas até.

Às mulheres: vocês não são menores, são muito importantes, e nós homens precisamos de vocês, vocês nos complementam. Diria mesmo que você são obrigatórias em nossas vidas.

Por Helvécio S. Pereira

sexta-feira, 26 de julho de 2019

UMA ORAÇÃO DE JESUS QUE ACABA COM TODA DÚVIDA


Infelizmente, boa parte, ou a maior parte da nossa vida cristã religiosa é constituída de pura distração. Centenas, milhares de livros sobre vários assuntos, música, discos de música cristã, debates sobre mil questões, congressos, acampamentos, treinamentos, palestras, coisas legitimas mas que nossos irmãos, crentes no Deus bíblico e único Deus verdadeiro, há dois mil anos ou mais, jamais dispuseram para preencher suas curtas e sofridas vidas.

Isso não significa que coisas da nossa vida moderna, coisas essas a serviço de boas coisas devam ser abominadas, desprezadas, abandonadas e combatidas. Mas semelhantemente ao que Jesus nos lembrara que o sábado fora feito ( ou exista ) por causa do homem e não ao contrário, o homem por causa do sábado, todas essas coisas não constituem a essência da fé cristã, aquela fé básica e necessária para a salvação e para a própria comunhão com Deus. 

Dentro dessa encheção de linguiça estão todas as controvérsias consequentes da luta contra todo oportunismo do erro ( exatamente: criamos erros justamente no exercício do ócio, para preencher um vazio de espiritualidade prática ) o qual sem a sua manifestação ( do erro ) o combate a ele seria desnecessário. Bom seria que uma vez crido em Cristo e crentes guardássemos imaculada e toda suficiente fé bastante para a salvação. Ou será que os iletrados, habitantes de época atrasadas, totalmente desprovido de privilégios, prazeres litúrgicos e maracutaias religiosas teriam ou terão uma salvação menor do que crentes do século XXI tão antenados e com tantas coisas agradáveis de serrem desfrutadas e feitas como nós?

Só se escreve livros contra, por exemplo, o mormonismo, porque o mormonismo surgiu se complexou e hoje é uma instituição legal, com legítimo direito de dizer e proclamar as suas sandices. O mesmo vale para as Testemunhas de Jeová, parte da teologia adventista do sétimo dia; contra o catolicismo romano, contra os unitaristas como a igreja brasileira Voz da Verdade e mesmo contra erros vez ou outra espalhados dentro do cristianismo evangélico mais normal como a mais ou menos recente teoria de que Davi era bastardo entre outras inutilidades.

Mais uma vez irmãos em Cristo de confissão calvinistas podem ficar chateados comigo, mas o calvinismo é uma grande distração teológica que muitos calvinistas por serem exemplares cristãos e crentes deveriam se desocupar. Um calvinista pode ler centenas de livros contra o calvinismo e por teimosia ou medo continuar calvinista, fato explicado, por ser mais do que algo racional, apenas apego a uma posição particular falsamente associada a sua real experiência cristã. Aparentemente parece ser mais difícil ou até impossível se ter ou se cultivar uma fé mais correta sem ter pares, iguais, que o tempo todo lhes dê tapinhas nas costas e te bajulem e te digam "você está certo em concordar conosco!"

Mas se o Calvinismo está correto, o episódio usado como meditação nessa postagem não passa de mera piada ou é absolutamente inútil.

Deve-se recordar antes de sua menção que basicamente o calvinismo afirma, sem aquela técnicacidade de expressões teológicas forjadas por eles com auto grau de pedantismo que na humanidade, em toda a sua história, do primeiro ao último humano ou humana uns nasceram e nascem ainda já perdidos ou salvos. Ou seja: todos já estão predeterminados para serem salvos ou par serem perdidos, e mais por consequência dessa delirante teologia determinista ( e isso é mais delirante e louco ainda ) cada fato do cotidiano é determinado por Deus: de um estupro coletivo á queda de um avião por decisão unilateral de um piloto em depressão, como no caso daquele voo da Alemanha ).

Aliás é bíblico que se um "abismo chame outro abismo", um erro induz a outro erro! as vezes uma pergunta honesta e correta como a feita pelo grande reformador João Calvino: "Por que não creem no Evangelho?" e uma resposta apressada dele mesmo: "porque não podem!" e biblicamente incorreta!

Mas vamos ao texto:


“… Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem …” (Lc 23.34).


O Senhor Jesus Cristo ora na cruz ao Pai, pedindo perdão para os que o crucificam ou lhe insultam na cruz, "por não saberem o que fazem"!

Inicialmente, após lermos o texto no Evangelho, vale lembrar, é obrigatório nos lembrarmos que perdão é anulação de culpa, de modo que qualquer ser humano inteira e totalmente perdoado teria o direito de ter o acesso e comunhão com Deus inteiramente restaurado, pois é exatamente o pecado e não a falta de inteligência, ou importância, ou nascimento, etnia, etc que nos separa espiritualmente de nosso Criador.

Logo não há outra opção: um perdoado tem seu acesso a Deus restaurado enquanto um não perdoado não o tem. Também é verdade que todo salvo o é por ter sido perdoado e o não salvo, por melhor cidadão que tenha sido, e perdido, não salvo por não ter sido perdoado. Pedro foi perdoado, Saulo foi perdoado, Davi foi perdoado e Judas não o foi. Simples assim.

Segundo os irmãos calvinistas, Pedro, Saulo ( ou Paulo ), Davi eram predestinados e Judas também, só que Judas para a perdição que a primeira vista pode soar biblicamente lógico, mas não o é.

A Bíblia afirma que todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus e dessa forma da comunhão e portanto, por consequência, a salvação.

Mas olhem, se Jesus pôde orar pelo perdão dos pecados daquelas pessoas, sabendo que :

1) não poderiam ser perdoadas pelo Pai;
2) que poderiam ser perdoadas somente daquele pecado ( e que caso não cressem nEle posteriormente nada lhes aproveitaria );

Isso lhes seriam, para aquelas pessoas, algo absolutamente inútil!

Vejamos o porquê:

Se foi uma oração absolutamente emocional como a feita anteriormente no Jardim do Getsêmani, pedindo ao mesmo Pai que se fosse possível afastasse dele, Jesus, o cálice, da morte na cruz, com o Pi dizendo-Lhe "não" essa segunda oração emocional na Cruz, seria sim uma inutilidade: um pedido inapropriado e inútil as pessoas alvo de seu clamor.


Se naquela multidão, em tese houvesse os predestinados à salvação, não necessitariam de tal oração ou súplica por parte de Jesus. Igualmente os perdidos predestinados ao inferno igualmente não se poderiam dele beneficiar-se!

Uma segunda reflexão é igualmente plausível:

Se a oração de Jesus foi atendida pelo Pai e não se restringira a apenas aquele episódio, todas aquelas pessoas seriam todas, automaticamente salvas para sempre.

Entretanto, se a oração feita por Jesus foi plausível, real e foi atendida pelo Pai, podemos entender e ver a situação pelo viés mais correto:

O Pai não imporá aqueles atos e ações a qualquer uma daquelas pessoas no dia do Juízo Final, mesmo que pelo fato de jamais terem se convertido e crido em Cristo e portanto condenadas pela condenação eterna.

Logo aquele pecado cometido contra ele naquela ocasião não lhes foram imputados para castigo futuro como referido por Jesus a certa personagem: "de lá não sairá até que pague o último ceitil!"

*Mateus, capítulo 5, versículos 25 e 26.
Vejamos o que está escrito:
“Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão. Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último ceitil.”


Mas como é isso???



Sodoma e Gomorra foram condenadas, as duas cidades foram destruídas e todos os seus habitantes mortos sem terem tido uma fé salvadora, correto?

Entretanto em certa passagem dos Evangelhos o Senhor Jesus clama: " Ái de ti Betsaida, ái de ti Corazim, se em Sodoma e em Gomorra houvesse sido feito os milagres que foram feitos aqui, há muito teriam arrependido com caco e cinza. Em verdade vos digo que haverá menos rigor para elas no dia do Juízo"!


O  que será o Juízo?


Um criterioso e perfeito julgamento em que todos os atos de cada ser humano serão publicamente lembrados e cada um será julgado conforme as suas obras!


O que será dos "salvos"?


O 'salvos' não entrarão em Juízo, foram lavados no sangue do Cordeiro. Portanto o simples, econômico, facilmente acessível, ato de crer e confessar a Jesus como Filho de Deus e Salvador, nos lava de todo pecado, nos livra do Juízo!

Dentre as testemunhas do martírio público do Senhor Jesus havia os que creram nEle, incluindo um dos condenados ao seu lado. A oração de Jesus na cruz não foi para estes mas para a turba que não cria nEle e que além disso era instrumentos humanos de seu assassinato e humilhação. Se alguns desses morreram dias, meses ou anos depois sem crerem, suas almas se perderam, mas mesmo assim o pecado de terem afrigido a Cristo, segundo a sua oração não lhes seria e não lhes será imputado no Juízo final.

Logo fica claro que a experiencia e a vida humana na Terra é de fato uma experiencia dinâmica, em que quatro atores definem cada destino: Deus, Satanás, o próprio ser humano e as circunstâncias.

Deus como o único provedor da existência de todas as coisas; Satanás como o oportunista que caso consiga espaço terá ou não certa influência; o homem como ser inteligente e capaz de escolher (mesmo que a escolha certa, justa e louvável por sua inclinação ao pecado pareça ser lhe tão difícil ) e finalmente as circunstâncias ( muitos de nós se estivéssemos  vivendo naquele tempo como personagens oculares daqueles eventos poderíamos até escolher as mesmas posições erradas dos fariseus, de Pilatos, de Judas Iscariotes, de Pedro, de Tomé, de Saulo, etc. )


Conclusão:


O determinismo calvinista é uma ilusão que confrontada diante de muitos relatos factuais bíblicos tem desvendada a sua natural contradição e insustentabilidade.



Por Helvécio S. Pereira




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Abaixo uma análise teológica baseada em uma discussão que de modo algum é nova. Apenas para consulta e estudo.


Quanto aos objetos desta oração, as interpretações são bem heterogêneas. Segundo Robertson, “Jesus evidentemente está orando pelos soldados romanos, que estavam apenas cumprindo ordens, mas não pelo Sinédrio”.[6] Hendriksen discorda de Robertson quanto a exclusão do Sinédrio.[7] Kevan entende que esta é “uma oração não só para os soldados romanos, mas também para os judeus”.[8] Morris argumenta que a oração de Jesus “Não define restritamente aqueles em prol dos quais Ele ora, e Seu lhesprovavelmente inclua tanto os judeus que eram responsáveis pela crucificação quanto os romanos que a levaram a efeito (cf. At 2.23; 3.17; 13.27,28; 1Co 2.8)”.[9] Barnes diz que não fica claro se Jesus está se referindo “aos judeus ou aos soldados romanos. Talvez refira-se a ambos”.[10] Champlin inclui a todos nesta oração: “Os intérpretes se equivocam quando tentam limitar as aplicações dessa declaração, dizendo ‘não Pilatos’, e nem os ‘escribas e fariseus’, etc., por terem pecado contra o conhecimento e a luz”.[11]Lenski é cauteloso ao responder a pergunta que ele mesmo faz, Estavam Caifás e Pilatos incluídos? “Nós preferimos não fazer julgamentos individuais, pois somente Deus conhece os corações e o grau de pecado deles por falta de melhor conhecimento”.[12]
Penso que o Sinédrio, enquanto instituição e organização, realmente não estava incluído nesta oração; porém, indivíduos, membros do Sinédrio, não podem ser descartados dela. Nicodemos, Paulo e outros, são exemplos disso. Os judeus também foram lembrados. “Não o povo como um todo, mas muitas famílias e indivíduos foram convertidos”.[13] Do mesmo modo todos aqueles que vieram e virão a crer em Jesus, sendo judeus ou não.
c)     “Porque não sabem o que fazem”
Quem, daquelas pessoas que ali se encontravam e participavam direta ou indiretamente da crucificação de Cristo, sabia realmente o que estava fazendo? Hendriksen diz que os soldados certamente não sabiam. E mesmo os membros do Sinédrio, embora devessem saber que estavam fazendo o que era mau (cf. Jo 11.47-53), não compreenderam a extensão daquela maldade.[14]
O Pai ouviu e respondeu esta oração? É evidente que sim. Nesta oração está incluído, dentre outros atributos, o apelo à misericórdia e longanimidade de Deus (cf. 2 Pe 3.9). O Pai reteve a sua ira, ao deixar de derramar de imediato sua fúria sobre os pecadores. Haja vista que a queda de Jerusalém não ocorreu imediatamente. Por um período de cerca de quarenta anos o evangelho da salvação foi amplamente proclamado aos judeus. No dia de Pentecostes quase três mil foram convertidos (At 2.31,42); pouco mais tarde “Muitos, porém, dos que ouviram a palavra a aceitaram, subindo o número de homens a quase cinco mil” (At 4.4). E “também muitíssimos sacerdotes obedeciam a fé” (At 6.7). Além disso, o maior perseguidor da igreja foi salvo (At 9). Através de Paulo o evangelho pôde ser levado aos gentios e assim todas as famílias da terra foram e estão sendo abençoadas.
Nós estávamos lá, representados por aqueles que crucificaram o Senhor da glória, e por causa daquela oração também fomos alcançados e perdoados.
2)     O significado teológico desta oração e sua relação com o Antigo e  o Novo Testamentos
a)     O significado teológico desta oração
Comentando acerca da gravidade do pecado, mesmo que por  ignorância, J. C. Ryle disse:
O princípio que essas palavras (de Lucas 23.34) encerram merece bastante atenção. Por outro lado, importa não supor que a ignorância não seja culpável e que os ignorantes merecem o perdão. Segundo esse critério a ignorância seria um dom de grande preço. Por outro lado, não se pode negar que a Escritura ensina que os pecados cometidos por ignorância são menos graves aos olhos de Deus do que os que se cometem com pleno conhecimento. Em nosso conceito, o que Jesus queria dizer com as palavras citadas foi que aqueles que o crucificaram não compreenderam a grandeza da malvadez que estavam praticando. Sabiam que estavam crucificando um homem a quem reputavam impostor, mas não sabiam que esse homem era o Messias prometido, o Filho de Deus.[15]

Deus perdoa nosso pecado não por causa da ignorância, mas apesar dela, visto que a ignorância não justifica o erro e muito menos absolve alguém do pecado. Além disso, sofrendo intensa dor naquela cruz, Cristo “não só era condenado pela iniqüidade dos homens, mas ao mesmo tempo, era condenado pela justiça de Deus! Sim, na cruz, Jesus ocupava, como se fora o réu, o lugar de pecador”.[16] É como se Ele dissesse ao Pai, “eles não sabem o que fazem, mas eu sim, eu assumo a culpa deles!”.
No entanto, a frase “eles não sabem o que fazem” não quer dizer que os objetos da intercessão de Cristo estavam inconscientes do crime que praticavam. O pecado por ignorância inclui tanto os atos conscientes da desobediência quanto transgressões cometidas como o resultado de fraqueza e fragilidade, conforme observa MacArthur:
Essas pessoas estavam se comportando de modo cruel e sabiam disso. A maioria estava completamente ciente do fato de seu mau procedimento. O próprio Pilatos tinha testemunhado da inocência de Jesus. O Sinédrio estava completamente ciente de que nenhuma acusação legítima poderia ser apresentada contra ele. Os soldados e a multidão poderiam facilmente ver que uma grande injustiça estava sendo cometida, e mesmo assim eles todos alegremente participaram. Muitos dos espectadores que estavam escarnecendo no Calvário tinham ouvido Cristo ensinar e o tinham visto fazer milagres. Eles realmente não poderiam ter acreditado no próprio coração que ele merecia morrer desse modo. A própria ignorância deles era inescusável, e certamente não os absolvia da culpa pelo que estavam fazendo.[17]

Então, por que Jesus orou,  “… Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem …” se na verdade aquelas pessoas sabiam que Ele era inocente? Jesus orou assim porque elas não tinham idéia daenormidade do crime que estavam cometendo. Não sabiam que matavam o Autor da vida.
b)     Sua relação com o Antigo Testamento
Qual o significado da oração de Jesus (“Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”) à luz do Antigo Testamento? Os comentaristas costumeiramente fazem uma ligação entre Lucas 23.34 e Isaías 53[18] (em especial com o versículo 12) e vice-versa. Isaías 53.12 diz: “Por isso, eu lhe darei muitos como a sua parte, e com os poderosos repartirá ele o despojo, porquanto derramou a sua alma na morte; foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu”.
Conquanto seja correto afirmar que Lucas 23.34 é “um cumprimento literal”[19] de Isaías 53.12, esta última passagem não diz tudo acerca da primeira. Isaías 53.12 fala da intercessão mediadora do Messias que havia de vir, de um modo geral; mas não trata especificamente a questão da ignorância. Por isso, é necessário que voltemos as páginas de nossa Bíblia no livro de Levítico. Note que o capítulo 4 de Levítico relata uma série de sacrifícios pelos pecados por ignorância, isto é, os sacrifícios pelos pecados por ignorância dos sacerdotes; os sacrifícios pelos pecados por ignorância de toda a congregação; os sacrifícios pelos pecados por ignorância de um príncipe e os sacrifícios pelos pecados por ignorância de qualquer pessoa. Observe também que os sacrifícios por ignorância dos sacerdotes e os de toda a congregação eram semelhantes em seu final, enquanto que os sacrifícios por ignorância de um príncipe e os de qualquer pessoa eram distintos dos dois primeiros.[20]
Acerca do sacrifício pelo pecado por ignorância de um sacerdote ou de toda a congregação[21], é dito que o novilho deveria ser levado para fora do arraial para ser queimado sobre a lenha (Lv 4.12,21; cf. Hb 13.11,12). Se por um lado é certo dizer que Cristo foi o perfeito Mediador de Lucas 23.34, do outro também podemos afirmar que Ele se entregou totalmente ao Pai como um sacerdote (ou sumo sacerdote) com pecados, por assim dizer; como a vítima do e pelo pecado; como o representante e substituto de uma coletividade pecadora (cf. Jo 11.49-52; 2 Co 5.21; Hb 7.26,27 [leia no verso 27 a expressão “… porque fez isto uma vez por todas, quando a si mesmo se ofereceu”, tendo em vista o antecedente dela]). A oração de Jesus em Lucas 23.34 não consistiu de palavras soltas ao vento, inventadas por Ele naquela hora. Ele estava cumprindo cabalmente as Escrituras.
c) Sua relação com o Novo Testamento
Após a ressurreição de Jesus e o cumprimento da descida do Espírito Santo no dia de Pentecostes, os apóstolos entenderam o significado da oração do Senhor em Lucas 23.34. 
Durante seu discurso no templo, Pedro diz ao povo: “Dessarte, matastes o Autor da vida, a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, do que nós somos testemunhas” (At 3.15). E completa: “E agora, irmãos, eu sei que o fizestes por ignorância, como também as vossas autoridades; mas Deus, assim, cumpriu o que dantes anunciara por boca de todos os profetas: que o seu Cristo havia de padecer” (At 3.17,18).
Em seu testemunho em Antioquia da Pisídia, Paulo afirma: “Pois os que habitavam em Jerusalém e as suas autoridades, não conhecendo Jesus nem os ensinos dos profetas que se lêem todos os sábados, quando o condenaram, cumpriram as profecias; e, embora não achassem nenhuma causa de morte, pediram a Pilatos que ele fosse morto” (At 13.27,28). E em Atenas o apóstolo discursa: “Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam; porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos” (At 17.30,31).
Aos coríntios Paulo escreve: “Entretanto, expomos sabedoria entre os experimentados; não, porém, a sabedoria deste século, nem a dos poderosos desta época, que se reduzem a nada; mas falamos a sabedoria de Deus em mistério, outrora oculta, a qual Deus preordenou desde a eternidade para a nossa glória; sabedoria essa que nenhum dos poderosos deste século conheceu; porque, se a tivessem conhecido, jamais teriam crucificado o Senhor da glória” (1Co 2.6-8).
Aos efésios ele diz: “Isto, portanto, digo e no Senhor testifico que não mais andeis como também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos, obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração, os quais, tendo-se tornado insensíveis, se entregaram à dissolução para, com avidez, cometerem toda sorte de impureza” (Ef 4.17-19).
E a Timóteo: “Sou grato para com aquele que me fortaleceu, Cristo Jesus, nosso Senhor, que me considerou fiel, designando-me para o ministério, a mim, que, noutro tempo, era blasfemo, e perseguidor, e insolente. Mas obtive misericórdia, pois o fiz na ignorância, na incredulidade” (1Tm 1.12,13).
Pedro conclui: “Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância; pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo” (1Pe 1.14-16).
3)     As implicações desta oração para o povo de Deus
A oração de Jesus em Lucas 23.34 sugere implicações importantes para a nossa vida. Gostaria de considerá-las com você, ainda que resumidamente.
a)     Quanto à paternidade de Deus e a nossa filiação
O conceito de paternidade é revolucionário no Novo Testamento. O Senhor Jesus ensinou aos seus discípulos e a nós que adquirimos o direito de sermos chamados filhos de Deus quando o recebemos pela fé (Jo 1.13; cf. Gl 3.26). Em sua primeira epístola, o apóstolo João declara: “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus…” (1Jo 3.1). E Paulo complementa: “O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. Ora, se somos filhos, somos também herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados” (Rm 8.16,17).
Na cruz Cristo pagou um alto preço para que você e eu fôssemos salvos gratuitamente. Isso nos deve levar a uma reflexão séria no sentido de que precisamos viver a vida cristã em compromisso diante de Deus e da sociedade; no relacionamento familiar e eclesiástico. Numa vida de fé e obediência, de amor ao Senhor e ao próximo; no testemunho consciente de que realmente somos filhos de Deus.
b)     Quanto ao perdão de Deus e a nossa absolvição (justificação)
A Bíblia diz que “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8.1). E ainda: “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo; por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus” (Rm 5.1,2).
A maravilhosa graça de Deus é indescritível. Por graça e amor Jesus deu a vida por nós. Pediu que o Pai nos perdoasse e foi atendido. Fomos declarados justos a pesar de pecadores. Fomos aceitos porque o Unigênito Filho de Deus tomou o nosso lugar na cruz.
Que o nosso coração transborde de alegria e gratidão por nosso Deus. Que a nossa boca se encha de júbilo pelo fato de que em Cristo Jesus somos livres para amar e servir. 
c)     Quanto à sabedoria de Deus e a nossa limitação
O homem natural é ignorante das coisas espirituais. Paulo diz: “Ora, o homem natural não aceita as cousas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1Co 2.14). No entanto, “A intimidade (ou o segredo, ARC) do SENHOR é para os que o temem, aos quais ele dará a conhecer a sua aliança” (Sl 25.14).
“Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus!”, diz o apóstolo. “Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos!” (Rm 11.33). Mas também: “Pois quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo” (1Co 2.16). Graças a Deus que, não levando em conta a nossa ignorância (cf. At 17.30), no sentido de que devêssemos pagar pessoalmente por ela, nos proporcionou salvação e clareza de entendimento com a sabedoria da redenção na pessoa de Jesus. “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”, disse nosso Senhor.
“Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou da parte de Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção, para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor” (1Co 1.30,31).
Aleluia!




[1] Segundo Lenski, esta oração “foi proferida enquanto a crucificação estava em andamento ou imediatamente após”. (R. C. H. LENSKI, The Interpretation of St. Luke’s GospelMinneapolisAugsburg Publishing House, 1946, p. 1132).  Arndt segue a mesma linha de pensamento: “De acordo com o contexto a oração foi proferida quando os cravos atravessavam Suas mãos e pés ou imediatamente após a cruz ser levantada”. (William F. ARNDT, Concordia Classic Commentary Series: LukeSt. Louis: Concordia Publishing House, 1986, p. 469.
[2] A oração de Jesus em Lucas 23.34 não aparece em todos os manuscritos gregos. Contudo, ela se encontra em boa parte deles e em quase todas as antigas versões da Bíblia. Sua autenticidade é defendida por Pais da Igreja como Irineu, Clemente e Orígenes, e pelos comentaristas bíblicos em geral. Sobre outros detalhes do valor desta oração e as possíveis razões de sua omissão em alguns manuscritos, consulte Russell Norman CHAMPLIN, O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo, Vol. II (Lucas-João). A Voz Bíblica Brasileira, p. 228; William HENDRIKSEN, New Testament Commentary: Exposition of the Gospel According to LukeGrand Rapids: Baker Book House, 1981, p. 1028,40; Leon L. MORRIS, Lucas, Introdução e ComentárioSérie Cultura Bíblica. São Paulo: Vida Nova/Mundo Cristão, 1986, p. 306.
[3] CHAMPLIN, Lucas, p. 228.
[4] HENDRIKSEN, Luke, p. 1029.
[5] Ibidem.
[6] A. T. ROBERTSON, Word Pictures in the New Testament: The Gospel According to Luke, Vol. II. Grand rapids: Baker Book House, 1930, p. 285.
[7] HENDRIKSEN, Luke, p. 1029.
[8] E. F. KEVAN, O Evangelho Segundo S. Lucas. In: SHEDD, Russell P. O Novo Comentário da Bíblia, Vol. II. São Paulo: Vida Nova, 1987, p. 1056.
[9] MORRIS, Lucas, p. 306,7.
[10] Albert BARNES, Notes on the New Testament: The Gospels. Grand Rapids: Baker Book House, s/d, p. 156.
[11] CHAMPLIN, Lucas, p. 229.
[12] LENSKI, Luke, p. 1134.
[13]  HENDRIKSEN, Luke, p. 1029.
[14] Idem, p. 1028.
[15] J. C. RYLE, Comentário Expositivo do Evangelho Segundo Lucas. Rio de Janeiro: Confederação Evangélica do Brasil, 1955, p. 330.
[16] Álvaro REIS, A Primeira Palavra da Cruz. In: A. C. NASCIMENTO (ed.). Sermões Selecionados, Volume I. Governador Valadares: Apoio Pastoral, 1999, p. 173.
[17] John MAcARTHUR, JR, A Morte de Jesus. São Paulo: Cultura Cristã, 2003, p. 208,9.
[18] “Tem-se dito corretamente que parece que este capítulo foi escrito aos pés da cruz do Gólgota” (J. RIDDERBOS, Isaías: Introdução e Comentário. Série Cultura Bíblica. São Paulo: Vida Nova/Mundo Cristão, 1986, p. 440.
[19] Ibidem.
[20] O príncipe não era mediador entre Deus e o povo no sentido específico em que o era o sacerdote. E o pecado de um indivíduo não representava o da coletividade, pelo menos não no contexto de Levítico 4.
[21] A passagem de Levítico 16 assemelha-se à do capítulo 4.1-21, com a diferença de que no capítulo 16 falava-se da oferta pelo pecado do sumo sacerdote e omite-se o pecado por ignorância (cf. Hb 5.1-3; 9.6,7).

Josivaldo de França Pereira é pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil. Bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico Presbiteriano Rev. José Manoel da Conceição – SP. Licenciado em Filosofia pelas Faculdades Associadas do Ipiranga – SP. Mestre em Missiologia pela Faculdade Teológica Sul Americana de Londrina-PR (www.ftsa.edu.br) e Doutorando em Ministério pelo Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper/Mackenzie – SP. É autor do livro Atos do Espírito Santo (Ed. Descoberta, 2002) e de vários ensaios e artigos bíblicos em jornais, revistas e  Internet.

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