Embora tecnicamente seja uma religião, contendo todos os elementos que delineiam uma religião, como as religiões criadas, estruturadas, nascidas e desenvolvidas antes dele. Mas as outras religiões deixam de ser quando destituídas de seus elementos, já o cristianismo não. Algumas não são tecnicamente consideradas religiões, por não se aceitarem como tal ou por faltar alguns dos elementos característicos e determinadores da religião.
Meu pai é maçom, os maçons e a maçonaria não se autorreconhecem como religiosos ou que a maçonaria seja uma religião, entretanto a maçonaria ( não há tempo e espaço para análise agora ) possui não poucos elementos religiosos. Há cerimônias para dedicação dos mortos, elementos rituais, se reconhecem como irmãos, cerimônias de admissão e o membro pode e é excluo por descaminho, insubordinação, desobediência ou mal testemunho. Já o kardecismo, tecnicamente não é uma religião, carece de elementos que satisfaçam plenamente a experiência religiosa de seus crentes, tanto que para suprí-los os kardecistas permanecem católicos-romanos, batizam suas crianças, dedicam missas aos seus mortos, mantendo uma vida espiritual mais ou menos dúbia ( minha mãe e eu fomos kardecistas por muitos e muitos anos ).
Todas as religiões não abdicam da materialidade de seus templos, da liturgia de seus cultos, da simbologia carregada que marca a prática de seus seguidores. Há coisas a serem feitas pelos seus fiéis a cada ocasião, a cada cerimônia, e que devem ser observados materialmente na privacidade conforme recomendações previstas e predeterminadas que devem ser satisfeitas tanto no culto público quando na vida privada, no dia a dia. É impossível ser budista, por exemplo, sem apreender toda a fé budista e praticar os seus ritos, lições e estilo de vida. Da mesma forma um muçulmano, deve abraçar o Islã e ter em sua vida todos os procedimentos visíveis de sua fé. E assim todas as demais religiões sem exceção, sejam religiões do passado ou do presente, e ainda religiões futuras. os seus fiéis se sentem como tal a medida que cumprem ritos, observam elementos indicativos, apontadores de suas crenças.
Já o cristianismo, do qual errôneamente e ignorantemente dos fatos históricos, atribuem alguns à Igreja Católica Romana o fato de ser a primeira igreja, coisa que não é definitivamente, pois nasceu somente, praticamente, no quarto século da era cristã, desde o seu início, a conversão se fundamentou em uma declaração de fé dos que encontraram com Cristo, fossem quem fossem, e assim permanece até hoje, embora como cristãos, assumamos no decorrer da história, legítimamente, diga-se de passagem, uma estrutura e uma organização semelhante às religiões antes dele.
É verdade que a Bíblia, nos revela através do que ela trás registrado, que ao povo de Israel lentamente foi dada toda uma orientação para a organização de uma religião, a do judaísmo, com templo, orientações sobre o templo, sobre os sacerdotes e sacerdócios, sacrifícios, liturgia, posteriormente em unidades menores, as sinagogas. Entretanto um Novo Pacto foi estabelecido com a humanidade, uma Nova Aliança baseada na fé única e exclusiva em uma pessoa: a pessoa der Jesus Cristo. Então embora a igreja cristã possua em todo o mundo uma organização, digamos "religiosa", não é a sua materialidade que constitui a experiência religiosa cristã.
É verdade que a Bíblia, nos revela através do que ela trás registrado, que ao povo de Israel lentamente foi dada toda uma orientação para a organização de uma religião, a do judaísmo, com templo, orientações sobre o templo, sobre os sacerdotes e sacerdócios, sacrifícios, liturgia, posteriormente em unidades menores, as sinagogas. Entretanto um Novo Pacto foi estabelecido com a humanidade, uma Nova Aliança baseada na fé única e exclusiva em uma pessoa: a pessoa der Jesus Cristo. Então embora a igreja cristã possua em todo o mundo uma organização, digamos "religiosa", não é a sua materialidade que constitui a experiência religiosa cristã.
Embora a palavra "cristão" tenha, seja aceito comumente como significado de "parecer-se com Cristo", nem isso é o mais importante, mesmo porque eu não conheço ninguém que ao olhar para ela eu imagine "parece-se com Jesus". É inútil e até patético quando algumas pessoas se esforçam para imitar o jeito presumido de Cristo ao falar, ao olhar para as pessoas, ao acenar para elas, uma misancene artificial e impossível de ser fiel ao Jesus que viveu aqui a dois mil anos ou que vive na eternidade. Tenho então que a melhor definição de "cristão" é aquele que crê em Jesus, simples, direto mas com todas as implicações reais.
Se não vejamos: por que meios posso conhecer a Jesus Cristo? Só e somente através da Bíblia, da Palavra de Deus, lida, ouvida ou pregada e ensinada. Alguém diz: não acredito na Bíblia, que ela ou só ela ( a Bíblia ) seja a verdade no todo ou em parte. Então o Jesus que você diz crer não pode e não é o Jesus Cristo real. Se você diz: "O Jesus que eu creio é o Jesus que eu penso ser assim ou assado..." esse também não é o Jesus Cristo real. Ou talvez alguém diga: "Eu gosto de Jesus, amo a Jesus mas não concordo com ele e acho que ele pense, exija, ou tenha dito essas coisas", esse Jesus também não é o Jesus real. Se você nega, por exemplo, a realidade do céu, do inferno, do diabo, do juízo final e confesse crer em Jesus e em vidas passadas, você não crê no Jesus real. Ou então Jesus é maravilhoso mas esse negócio de Jardim do Édem, dilúvio, etc, etc eu não engulo. Saiba que Jesus reafirmou a verdade desses fatos, logo o seu Jesus não é o Jesus real.
Pelo exposto, você pode pertencer a uma igreja cristã ( e é legítimo e saudável pertencer a uma igreja cristã evangélica ) mas isso não substitui em hipótese alguma o encontro, a conversão, a experiência pessoal com o Senhor Jesus, em tudo semelhante com aquelas experiências e encontros registrados nos Evangelhos, sem ser igual em um detalhe: fisicamente entre nós e o Senhor. Nós fazemos parte dos que são bem-aventurados por não virem mas crerem. Um encontro com o Senhor faz que aquele que o encontre tenha uma prova pessoal de que Ele, o Senhor é real. Essa pessoa jamais o negará em nenhuma circunstância e nem dependerá de explicações e provas futuras. É mais ou menos guardadas as devidas proporções, de um de nós termos em alguma ocasião apertado a mãos e trocado algumas palavras com uma personalidade ou ainda uma celebridade, como a rainha da Inglaterra. Você não esquece e não nega o fato.
O mesmo ocorre todos os dias nas mais numerosas e diferentes igrejas, em situações semelhantes mais diversas, através do testemunho de fé, dos apelos pessoais dos que já crêem. Não importa se seja um calvinista de carteirinha, um neopentecostal, isso não faz a menor diferença, se ambos amam e conhecem ao Senhor e tenha em suas próprias vidas a marca da conversão, do novo nascimento. Essa é a ligação entre Zaqueu no passada e nós no presente, entre o Centurião romano e nós nos dias atuais. As práticas cristãs deles eram completamente diversas das nossas hoje. Eles ficariam escandalizados conosco e nós com eles. Mas qual é a convergência, o que é de fato o realmente importante?
Alguém me arguiria com legitimidade acerca da necessidade de maior conhecimento e profundidade teológica, das grandes questões filóso-religiosas-cristãs, se as considero importantes, necessárias ou não. Tenho para mim que varia de pessoa para pessoa. Muitos não suportam em suas mentes uma carga maior de informação e controvércias. Outros podem fazê-lo e têm prazer nessas questões e até ajudam a firmarem na sua própria fé. Acredito que seja como o sal na comida, nem para mais e nem para menos, mas na medida certa. Entretanto tenho visto não poucos que se perdem a fé pura e suficiente para tocarem a vida cristã e real comunhão com Deus, se perderem em descrença. Isso porque a fé cristã,ou mais exatamente a vida cristã não é uma vida de viés estritamente "religioso" ou baseada no conhecimento pelo conhecimento. Alguém é considerado kardecista por conhecer de forma crescente as doutrinas espíritas baseadas principalmente nas idéias de Alan Kardec não por ter comunhão com ele, que por sinal para eles pode estar reencarnado e ser outra pessoal ( aliás não tocam nesse assunto ), mas no caso do crente, do cristão, por ter comunhão, ser guiado, falar e ser ouvido pelo próprio Jesus Cristo, ressucitado, vivo e eterno. Jesus interviu ( acho essa a melhor palavra ) em minha vida e tais intervenções são inegáveis, são fatos. Se eu os negar, eles permenecem tão verdadeiros como aconteceram.
O querido irmão Jorge F. Isha do blog Kálamos, é calvinsita, determinista bíblico, e ambos, eu e ele discordamos em certos detalhes da fé cristã, concordamos em muitos outros mais e principalmente nos basilares. Segundo ele sou arminiano, o que me recuso a aceitar como rótulo, embora concorde com Arminius mais do que com Calvino, esses ilustres senhores, creram e amaram ao Senhor Jesus em suas respectivas épocas e creio, procuram dar o melhor testemunho e ter as melhores ações possíveis em prol do testemunho e da pregação do evangelho bíblico. Mas posso ignorar tudo o que disseram pois tenho a mesma Bíblia pela qual deram as suas vidas, arriscaram seus pescoços, e posso redescobrir as mesmas coisas que julgaram compreender a partir dela. Ainda mais por que o cristianismo e a vida cristã não se baseia únicamente em sua história completa ou parcial. Após ouvir sobe Jesus pode-se falar com Ele pessoalmente, crer nEle, aceitá-Lo, se converter e ser salvo. O irmão Jorge tem uma experiência fantástica da qual testemunha a sua conversão ( pode ser lida aqui nesse blog - há um link e imagem para acessá-lo * ). Do mesmo modo eu não-calvinista, tenho registro da realidade da operação de Deus em minha vida e milhões em todos o mundo nas mais diversas e diferentes igrejas.
Se você não tem essa experiência pessoal com Cristo, há duas coisas nescesárias a fazer ou dependendo do caso, uma delas apenas:
Uma: deixar a sua religião se a sua mente religiosa o prende ao catolicismo romano, igreja cristã tradicional, espiritismo, budismo, islamismo, etc, etc.
Segunda: se você é membro de uma comunidade evangélica, neto, filho de evangélicos, filho, filha de pastores e sabe no fundo que aquilo tudo não é realidade ainda para você ( e alguns casos nem para eles ), dependendo da igreja, busque a conversão na sua própria igreja ou em outra diferente da sua. Tenha em mente que, como tentei expor com clareza, não é a religião, a igreja local, a denominação, o que constitui o cerne a essência da genuína experiência cristã.
Os resultados serão reais, não apenas emocionais, teóricos, abstratos e se estenderão a todas as áreas reais de sua vida permanecendo inabaláveis até a eternidade. Religiosos, sejam cristãos católicos ou até protestantes enfrentam naturalmente um desvanecimento natural, como o ocorrido com a Madre Teresa de Calcutá, em registros pessoais encontrados após a sua morte mesmo a despeito de toda a sua vida dedicada as crianças e aos pobres da Índia. No Brasil o controverso pastor e teólogo Ricardo Gondim confessou recentemente a sua crescente descrença e surgimento em sua mente de não poucas dúvidas. Prova que o simples engajamento religioso-denominacional, ministerial-teológico, não garantem a comunhão e segurança advinda somente do conhecimento real e vivenciado com o próprio Senhor.
"Gondim confessou que não acredita em um “Deus inativo, que carece de preces ‘verdadeiras’ para mover-se.” “Uma frase que não faz nenhum sentido para mim? “Oração move o braço de Deus.”
Ele parece não concordar que Deus privilegia apenas alguns com seus milagres inquietando-se com que Deus seja “intervencionista de micro realidades, deixando exércitos de ditadores ‘correrem frouxos’” e que tenha uma “vontade ‘permissiva,’ para multinacionais lucrarem com remédios que poderiam salvar vidas.”
“Não consigo mais acreditar que Deus, mantendo o controle absoluto de tudo o que acontece no universo, tenha sujado as mãos com Aushwitz, Ruanda, Darfur, Iraque e outras hecatombes humanas.”
O polêmico pastor colocou “não consigo mais acreditar em determinismo, mesmo chamado por qualquer nome: fatalismo, carma, destino, oráculo.”
“Parei de acreditar que o cosmo funcione como um relógio de quartzo. Acredito que Deus criou o mundo com espaço para a contingência. Sem esse espaço não seria possível a liberdade humana.” ( do Gospel +)
O pastor em questão, não deveria de forma alguma ter essas dúvidas, se não tivesse ao longo de sua vida religiosa, deixado de ouvir a voz da Palavra de Deus, tido experiências reais com o seu Deus, visto-O operar milagres em seu ministério na sua igreja, sem dar ouvidos ao teológico canto das sereias, temendo ser um crente simplório e ignorante ( muitos tem horror a serem tachados como tal e por isso buscam cada vez mais e mais "conhecimento", a Bíblia, a simples, boa e suficiente Palavra de Deus parece não lhes bastar mais ). Sem conversão genuína, ou por orgulho, aquisição acadêmica, falta de comunhão real com Deus, escravidão teológica-denomiancional, é esse o destino de não poucos na vida cristã, que ao contrário de Paulo, "não guardam a fé". Não confunda as coisas, não perca o foco e nem claro, principalmente o Senhor Jesus Cristo de vista em sua vida, pela leitura simples, meditação diária, da Palavra de Deus, a Bíblia e oração feita e respondida pelo Senhor.
Que o Senhor Jesus seja a realidade, não uma das realidades em sua vida, e cujo impacto seja real em todas as áreas da mesma. Como rocha inabalável que é, ainda que todas as coisas se corrompam, o que na maioria das vezes ocorre, como o profeta Habacuque ( leia todo o livro de Habacuque ), confessemos a cada dia a nossa confiança no Senhor. Amém.
Por: Helvécio S. Pereira
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