Não é de hoje a disputa entre religiosos e não religiosos, ou ainda entre religiosos, teólogos, crentes cristãos e religiosos não cristãos. Entre crer e não crer a disputa reside quase sempre em apontar erros e falhas no outro, no outro em relação ao que prega e ensina, ao que compreende e finalmente a própria Bíblia registra.
Para os que desejam desacreditá-la a despeito de curas físicas resultantes da pregação da sua mensagem, libertação de vícios e mudanças radicais de não poucas histórias de vidas, há sempre alguém que objetivamente deseja e se esforça para desacreditá-la, mesmo que não tenha nada para colocar em seu lugar. É assim como livro do Gênesis, particularmente o Édem, o Dilúvio, Babel, etc. Há ainda as contradições entre depoimentos, etc. Fariam esses dados diferença com relação ao seu conteúdo? Deixaria ela de ser o que é? Qual a relação dos efeitos de Sua mensagem poderosa e esses digamos pequenos equívocos? São originários dela, do seu registro ou acréscimos posteriores bem intencionados? É o que veremos em parte no texto reproduzido a seguir e depois o meu comentário a respeito.
Deus nos conhece totalmente, e não poderia ser diferente, somos presunçosos e desonestos e facilmente torcemos as coisas, se o pudermos a favor de nossas opiniões e objetivos. Talvez Ele nos deixe tropeçar na nossa própria ansiedade, quando desviamos o foco para algo secundário apenas para negarmos, com o objetivo de nos eximirmos de algo, do que é principal.
O texto reproduzido abaixo é parte de um livro, que não é contra a Bíblia e não nega as Escrituras, mas coloca algumas coisas nos seus devidos lugares.
Então vejamos:
O título antes de Mateus 25:14 na Versão Revista e Corrigida é o seguinte: “O Sermão Continua: A Parábola dos DEZ Talentos.” Vamos contar? O homem deu CINCO talentos para um servo, deu DOIS para outro e ao último deu apenas UM. Muito bem. Se fizermos um rápida soma, teremos que mudar imediatamente o título para ”A Parábola dos OITO Talentos”. Exato! Porque 5+2+1=8.
Ah! Mas, pode ser que o titulista estivesse referindo-se aos talentos depois de multiplicados. Vamos ver: O que recebeu CINCO, granjeou mais CIN-CO, o que recebeu DOIS, batalhou e conseguiu mais DOIS, e o outro, o pusilânime, apenas escondeu o dinheiro, o qual não rendeu juros, nem correção monetária. Ficou, portanto, com apenas UM.
Fazendo-se novamente a soma, teremos que mudar o título para” A parábola dos quinze talentos, porque 5+5+2+2+1=15!
Na Edição Revista e Corrigida antes de Lucas 6: 17, está estampado este título: O SERMÃO DA MONTANHA”. Assim que o versículo começa, Jesus está DESCENDO com os discípulos e “parou num LUGAR PLANO” (Lucas 6: 17).
Onde o titulista foi buscar essa montanha?
O famoso Sermão do Monte, pregado por Jesus, segundo está registrado nos Capítulos 5, 6 e 7 de Mateus, foi realmente pregado em um monte, pois lemos:
“Vendo Jesus as multidões, SUBIU A MONTE … ” (Mateus 5:1).
O outro sermão que foi pregado por Jesus relatado por Lucas, apesar de conter palavras bem parecidas e vários conceitos serem repetidos, foi pregado não em um monte, como o primeiro, mas em lugar bem diferente.
É a própria Bíblia que nos manda ficar aflitos, para podermos receber as bênçãos de Deus. Tiago dá como mandamento o seguinte ”AFLIGI-VOS, lamentai e chorai.” (Tiago 4:9).
Também no Velho testamento o povo era concitado, de vez em quando, a afligir suas almas, para receber o perdão de Deus. (v. Levítico 16:29).
Na Versão Revista e Corrigida e na Revista e Atualizada temos o título do livro de Salomão como “Cantares de Salomão”. No primeiro versículo, lemos o verdadeiro título: “Cânticos dos Cânticos”. Somente a tradução brasileira tem o título correto.
No título que encima o Capítulo 5 de Juizes, todas as traduções que consultei têm escrito assim: “O Cântico de Débora”. Houve aqui um injustiça quanto aos direitos autorais, pois a música de louvor ao Senhor não é de Débora, apenas, mas foi feita de parceria com Baraque. Leia:
O tradutor também cochilou na concordância verbal. Uma tradução mais correta está na RA: “E CANTARAM Débora e Baraque … ” Ou é porque ele queria mesmo puxar a brasa para o lado de Débora?
No título que antecede Lucas 24:36 na Versão Revista e Corrigida (Bíblia de Estudo), lemos: ”Aparição de Jesus aos Doze”.
Perguntamos: Onde foi que o titulista foi tomar emprestado o décimo segundo apóstolo, visto que Judas já tinha se suicidado? É claro que só havia mesmo ONZE e não doze! Matias só foi eleito depois da ascensão de Jesus e Paulo só foi chamado muito depois. Não existe qualquer motivo para o título errado, a não ser mesmo o cochilo.
Agora, algo que é realmente de pasmar. é que o apóstolo Paulo também por força do hábito, ao citar o texto em questão, parece não ter observado bem o número dos apóstolos existentes, Ele citou assim:
“E apareceu a Cefas, e depois, AOS DOZE,” (I Coríntios 15:5).
Só podemos pensar que “OS DOZE” era como uma espécie de instituição. Contudo, um evangelista mais cuidadoso, escreveu desta maneira:
“E OS ONZE discípulos partiram para a Galiléia, para o monte que Jesus lhes tinha designado. E, quando o viram, o adoraram. mas alguns duvidaram.” (Mateus 28:16,17).
Marcos corrobora tal afirmação. quando afirma:
“Finalmente apareceu AOS ONZE, estando eles assentados juntamente, e lançou-lhes em rosto a sua incredulidade e dureza de coração …”(Marcos 16: 14).
Será que Paulo não disse ONZE e algum copista dos manuscritos originais cochilou e escreveu DOZE?
Nos evangelhos encontramos muitas vezes Jesus contando histórias da época para ilustrar alguma verdade e encontramos, ao mesmo tempo, títulos afirmando que são PARÁBOLAS*, quando são apenas histórias*.
Extraido do Livro: O que há Biblia não Diz
* Parábolas são "estórias" ( diferente de "histórias" que são verdadeiras, reais ) embora hoje nenhum professor de português reitere o uso com essa diferenciação em nossa língua- eu teimo em usá-la, é útil, não deixa dúvidas.
NOSSA OPINIÃO:
Traduzir todos os textos antigos que compõem o que conhecemos como Bíblia Sagrada, não foi desde o início uma tarefa fácil e para pessoas que não tivessem quase total domínio e conhecimento do objeto de seu árduo trabalho. A primeira tarefa era de exatamente manter fielmente ao que se via registrado, sem se deixar mover pela natural a ansiedade de interferir com pequenas e apressadas correções. Uma soma aqui, o ponto de um deslocamento tomado pelo próprio local do fato, as diferentes percepções de uma mesmo acontecimento por diferentes pessoas e a partir de seus depoimentos ( como no caso da experiência sobrenatural de Saulo ). Coisas pertinentes a tradução de uma língua para outra, das diferenças de culturas separadas por longos períodos de tempo e de regiões e povos diferentes, a divisão artificial em capítulos e versículos, a titulação dos eventos, a ordem dos livros, etc, etc. são realidades e fatos que de per si podem ser esclarecidos com mais informações. Aliás há outro tipo de livros que trata exatamente desses aparentes "erros". A minha opinião é que a verdadeira Palavra de Deus é constituída de fatos verdadeiros e não como os demais livros humanos são por sua própria natureza: pensamentos que ainda que previa e pesadamente elaborados não constituem a verdade. Portanto a verdade bíblica estão nos eventos e acontecimentos, do que foi e do que será, cujas testemunhas são sempre seres humanos que naturalmente enfrentam problemas, de como testemunhas que são em registrá-los. A Bíblia se prova verdadeira quando sua mensagem faz com que coisas sobrenaturais aconteçam, ou seja quando ela se cumpre na vida daquele que nela crê. Ela não contém a vida eterna mas ela ( A Bíblia ) testifica, testemunha dEle, Jesus como a própria vida eterna. Ele realiza o que através dela tomamos conhecimento, ainda que haja pequenos problemas de tradução, organização, etc. Os fatos registrado se as possiblidades apontados em seus registros é que constituem objeto de real importância.
Por Helvécio S. Pereira
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