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O pequeno Zaqueu foi um dos muitos personagens ( de fato se tornou ao longo desses dois mil anos um, ao invés de um simples anônimo na história ). Zaqueu o baixinho, oportunista, alguém que se adaptou a sua época, aprendendo muito convenientemente, não só sobreviver no distante e antigo Israel sob domínio romano, mas viver bem. O custo era ser odiado pelos de sua nação, do seu povo, e se dar bem entre os dominadores, os romanos.
Zaqueu teve um encontro com Jesus, essa sem dúvida é a melhor e mais justa palavra a ser usada para descrever a sua experiência que o introduziu definitivamente na história, de uma forma mais contundente, mais frutífera que grandes figuras como reis, descobridores, religiosos, cientistas, sábios, escritores, e até vilões. Zaqueu não só é lembrado, mas tomado como exemplo. E não somente um exemplo qualquer, um exemplo de conversão, de salvação.
Nada ficou registrado, descritivamente, do que aconteceu meses após esse encontro valorizado nas Escrituras, nos Evangelhos. Não sabemos se Zaqueu esteve no calvário, é até possível e quase certo que sim, ou antes no julgamento de Jesus, ou ainda entre os que conviveram com Cristo após a Sua ressureição. Ou na ocasĩão da ascensão do Senhor aos céus se ele estaria lá. Ou ainda no dia de pentecostes, ou anos depois o que se encontrava fazendo. Afinal o jornalismo neotestamentário, eficiente apesar de todas as limitações naturais da época, como o de hoje, foca apenas no acontecimento considerado relevante.
Hoje, o encontro com Jesus, o conhecimento da Sua pessoa e o estabelecimento de uma comunhão pessoal com Ele ( pela oração privada e não só pública nas igrejas ainda que legitimamente evangélicas ) e também da fonte inesgotável e totalmente eficiente da inigualável e inerrante Palavra de Deus encontrada da Bíblia Sagrada em qualquer de suas muitas versões tem profunda similiaredade com a experiência de Zaque e muitas vezes é nela ( experiência de Zaqueu ) inspirada e promovida, quando tomada como mensagem de uma pregação evangelística eminentemente bíblica.
Trocando em miúdos: Todo cristão tem que obrigatoriamente ainda que com pequenas variantes, ter para início de sua vida cristã ( e não apenas religiosa, denominacional ) tem que ter a experiência de Zaqueu que inclui:
1) Se ouvir falar de Jesus
2) Ouvir as palavras de Jesus ( No caso de Zaqueu do próprio Senhor, no dia de hoje via o que Jesus disse a dois mil anos e está registrado nos Evangelhos )
3) Mostrar assentimento ao que foi dito pelo Senhor e pode ser ouvido como algo vivo hoje ( através de uma pregação que a elas se remeta ou repita )
4) Demonstrar um arrependimento real e um desejo ( mais do que ) de ter outra atitude ( normalmente reversa ao modo, ao estilo e aos valores praticados durante toda uma vida )
5) Ter essa nova atitude aceita pessoalmente pelo Senhor ( Zaqueu ouviu um elogio por parte do Senhor publicamente diante de todos, hoje isso pode ser sentido intima e privadamente no coração, na mente, de forma pessoal e privada, uma experiência de valor inestimável e real para o novo crente )
A partir de experiências assim privadas como a do irmão Jorge F. Isah do blog Kálamos, calvinista, determinista bíblico, batista ( que você pode ler nesse blog, sendo uma das mais lidas dentre todas as postagens por mais de um ano ) ou em praticamente qualquer igreja evangélica e até em círculos católicos carismáticos ( eu conheço várias pessoas cujo primeiro contato e experiência real com Deus se deram nesses grupos, migrando para outras igrejas posteriormente, no caso evangélicas ).
Essa experiência, como dito acima, pode ser na intimidade de sua casa, na privacidade de seu veículo, numa situação limite ( doença, violência, solidão ) ou publicamente numa aceitação de Cristo após um apelo para aceitar jesus publicamente nas milhares de igrejas evangélicas que têm esse costume, criticado por alguns irmãos mais tradicionais que se arvoram como "fiscais de Deus" por puro sectarismo. De uma forma ou de outra milhões de pessoas são literalmente e realmente salvas em todo o mundo e para os quais o Senhor Jesus se faz real nas suas vidas de uma forma direta e definitivamente contundente. Para a imensa maioria dessas pessoas a suas vidas jamais será a mesma novamente e guardam essa experiência e fé ( e se esforçam para tal ) de um modo a ser permanente e duradoura até o último suspiro de suas vidas. Trata-se da única e a mais importante experiência de suas vidas. Essa é em síntese a real experiência cristã.
Mas como Zaqueu do qual se desconhece os detalhes dos dias, anos, pós essa magnífica experiência, a vida prossegue. E sobre esse alicerce de fé edificamos coisas legítimas, que fazem naturalmente parte da experiência religiosa mais legítima, mas que podem ser considerados ( usando-se uma expressão moderna e fortemente usada na tecnologia da informática ) Gadgets - penduricalhos, bugigangas - que adornam, enfeitam ( as vezes nem tanto ) preenchem, ocupam, apresentam funcionalidades curiosas, identificam, personalizam, diferenciam-nos uns dos outros.
Eu, talvez pela primeira vez, vou ser decididamente mais direto e não desejaria ser tomado apenas por indelicado, grosso, insensível, mas direi em alto e bom som na esperança de ser útil e ser motivado por amor aos muitos irmãos que casualmente e lêem essas minhas reflexões pessoais. Em mais de trinta anos do meu encontro com Jesus ( chame do que quiser, de acordo com a sua infelizmente, compreensão teológica denominacional ), experiência que deu sentido definitivo a minha vida, a única que justificará a minha existência haja o que houver, de hoje até o seu último dia ) devo ter aprendido algo relevante na vida cristã e que sirva de exemplo para quem chegou depois ( na minha idade cronológica não encontro muitas pessoas com o mesmo tempo ou mais de vida cristã do que eu...rs...rs...rs...rs... mas não pareço...rs....rs...rs...).
O que eu digo é o seguinte ( sem anestesia ):
Fique com o Senhor Jesus do seu encontro com Ele e livre se TODO PENDURICALHO DESNECESSÁRIO A VIDA CRISTÃ AUTÊNTICA!
Seja esse penduricalho qual for e a origem respeitável que ele tenha. O irmão Jorge é calvinista, nascido de novo, apaixonado pelo Senhor e Sua Palavra, não quero que ele e os demais irmãos Calvinistas se sintam ofendidos pela minha franqueza ( notem que eu recomendo o seu testemunho tremendo de conversão ao Senhor Jesus e a ele e a seu testemunho como grande e insofismável referência ). DEIXEM O CALVINISMO! ( não exatamente a igreja Calvinista que congreguem! )
Porém não é só calvinismo que sugiro ser deixado, mas todo "ismo": PENTECOSTALISMO, NEOPENTECOSTALISMO, ADVENTISMO, PRESBITERIANISMO, METODISMO, CATOLICISMO, "CARISMATISMO", etc, etc. Não estou pregando contra o abandono das denominações, igrejas locais, círculo de comunhão com irmãos, nada disso! Voltem a experiência e ao estado que projetou toda a sua experiência cristã, a sua experiência real com Deus!
É na experiência de Zaqueu que a luz se acende em sua mente e você vê a realidade sua, dos outros e do mundo, como toda a clareza e definição real possível. É na experiência de Zaqueu que nos arrependemos e decidimos mudar as nossas vidas diante de Deus! É na experiência de Zaque que vislumbramos as novas, infindáveis possibilidades diante e na comunhão real, amiga, de um Deus do que repetimos mas esquecemos que "para Ele TODAS AS COISAS SÃO POSSÍVEIS".
É na experiência de Zaqueu que descobrimos que a "loucura de Deus é mais sábia que a dos homens" e que somente na experiência de Zaque Jesus é todo suficiente, a Palavra de Deus é por si só toda suficiente e não necessitamos para tornar a nossa experiência cristã mais qualitativa de mais nada embora coisas legítimas como literatura cristã, música cristã, "entretenimento cristão" (!?!) etc.
Citei os Calvinistas, por estar cada vez mais convencido da incoerência bíblica na compreensão da realidade e não contra pessoas ou no aventamento da dúvida por sua legítima experiência de novo-nascimento. Todos os outros "ismos" e correntes teológicas evangélicas são passíveis e sofríveis desses penduricalhos heréticos, contraditórios apenas ou anti bíblicos e portanto anti-realidade, verdade. Todos igualmente portanto como crentes que amam ao Senhor temos que individualmente refletirmos seriamente essa questão real, prática, fundamental; tirar das nossas vidas o que não é necessário e primordial na nossa experiência cristã.
Mas vamos a exemplos práticos ( espero contemplar um leque justo e considerável de exemplos mais ou menos, digamos universais no nosso universo religioso-evangélico-protestante ):
1) para Calvinistas: o quanto se pode anunciar o evangelho aos perdidos sem atrelar questões relacionadas à salvação, ao céu e ao inferno, sem atrelá-las as convicções de João Calvino? Como ser crente sem as confissões, sem a provisão e consulta de autores Calvinistas, que prevalecem sobre o livre exame das Escrituras?
2) para os pentecostais: como mostrar legitimidade na sua experiência cristã sem atrelá-la ao aprendizado e vivência de coisas absolutamente válidas como o conhecimento, a sabedoria, sem considerar a peja de pentecostal como algo que por si só o distinga dos demais crentes e seres humanos (incluindo os não crentes ). De forma direta mostrar ser melhor sem ser por ser simplesmente e pateticamente "pentecostal".
3) para os neopentecostais: como ser efetivamente uma testemunha de Jesus ( e nos três grupos até agora alinhavados há crentes de testemunho eficaz e autêntico, em todos os grupos, como já disse ) desvinculadamente de certas práticas ou denominação, que aparentemente, por si só faz do tal crente melhor do que os demais, e que todos nós temos que obrigatoriamente e sob o mesmo crivo divino dar os mesmos frutos eternos e imediatos?
Poderia citar outros grupos, talvez de modo mais específico, listar as "heresias" ( papel da apologética cristã-evangélica ) sugeridas na "chamada" ou "cabeça da postagem", mas seria algo professoral e presunçoso talvez. Creio que a Palavra de Deus, poderosa e eficaz para todo e cada um de nós, através do registro e da experiência divina de Zaqueu possa apontar mui sutilmente e pessoal, personalizadamente o que cada um de nós pode e deve rever para ser melhor diante de Deus e fazer a Sua vontade e obra, melhor do que fazemos hoje, talvez na igreja, congregação, junto as irmãos, que tivemos e temos a sorte de convivermos para cultivo de nossa preciosa fé no Senhor.
Aos que leram até aqui e possivelmente me xingaram até aqui: não disse para os irmãos Calvinistas deixarem as suas igrejas Calvinistas, nem os pentecostais, nem os neopentecostais, mas que priorizassem a única coisa que nos fez o que somos hoje como crentes: o nosso encontro com o Senhor Jesus.
Para que fique mais claro vamos a um exemplo final:
Muitos hoje só são cristãos porque:
Se vestem como cristãos, falam como cristãos ( nas diversas denominações - "amados, amadas", "a paz do Senhor", "firme na rocha!", "fogo puro meu irmão",
"fique nessa fé!"; tocam e cantam nas igrejas; são membros de algum grupo, "ministério", "união disso e daquilo", são de determinada faixa etária e só fequentam o culto e reuniões de seus iguais"; são tutores, autores de blogs e sites ( "Hi...xujou...rs...rs...rs...), são músicos cristãos profissionais ( algo legítimo e útil mas que não legitimam o tipo de cristianismo vivido e praticado - deveria ser o contrário... ); são apresentadores de programas radiofônicos e televisivos cristãos ( algo tambeḿ legítimo mas que não legitima o seu cristianismo ); pregadores, logistas de livrarias evangélicas; empresários do ramo cristão ( donos de emissoras de raio e tv, gravadoras, etc - algo também legítimo ); celebrodades cristãs ( convidadas e tomadas erroneamente como exemplosobre qualquer assunto ); autores e consultores cristãos sobre teologia, comportamento, estratégia empresarial ou eclesiástica, etc. ); pastores empregados ( é essa a palavra mesmo, dura e real - sem destaque na denominação, lutando por espaço e fazendo aquilo que ninguepem quer fazer ); pastores sustentados por suas denominações numa cômoda vida ministerial evangélica...
Que todos nós não sejamos achados "cegos e nus" e que a nossa obra seja refutada como "palha" e que sejamos achados salvos porém sem nada substancial a ser aprensentado, simplesmente por havermos esquecido do é realmente principal e trocado por coisas até legítimas mas somente acessórias.
Que o Senhor Jesus nos ajude a todos! Amém.
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