Foto recente da superfície do planeta Marte, próximos esforços cientificos em busca da vida fora da terra nos próximos anos e décadas*
Vimos em uma postagem anterior *( A CRIAÇÃO NUMA PERSPECTIVA CORRETA ) sobre esse assunto, o da Criação, tema do resgistro de considerável parte do Livro de Gênesis na Bíblia ( particularmente os primeiros capítulos que relatam a criação do universo e da terra ) que dois elementos foram em uma sequência lógica objeto do ato criador divino:
A matéria ( como a entendemos hoje em sua maior profundidade )
A vida ( sob todas as suas formas comprovadamente conhecidas dentro do universo material que conhecemos )
Foi parcialmente e ensaiadamente demonstrado nessa postagem anterior que a criação ex nilo ( do nada ) tanto quanto a gênesis ( princípio ) da vida são dois atos miraculosos, excepcionais e originais da parte de Deus. Além disso são únicos, só passíveis de serem realizados por Ele.
Foi recordado que ponto de vista estritamente científico ( sem concorrência de nenhum elemento ou pensamento teológico essa é a constatação ou a projeção real de cientistas sérios ) a existência de algo a partir do absolutamente NADA é um milagre, uma honrosa exceção. Algo de excepcionalmente impossível se deu a acontecer, e as razões lógicas escapam a qualquer explicação ou suposição dentro da ciência, e os motivos não são poucos e não são absurdos.
Essa discussão se estende a filosofia atéica no que se refere a lago existente aparecer dentro do que se imagina inexistente ( pois o nada é de fato uma impossibilidade racional ). Algo só não existe em comparação e tomado como referência algo existente. O existente pode ser, por simples possibilidade racional, uma modificação de lago já existente ou uma extensão do mesmo. Nada dentro de nada é uma impossibilidade e nada sem algo que já exista é igualmente uma impossibilidade.
Sob essa ótica a declaração de Gênensis 1:1 não é simplória e nem estúpida mas ao contrário reveladora.
Reveladora por dois motivos:
A inexistência de testemunhas ( todas as criaturas racionais, das quase na prática só conhecemos a nós mesmos ) não estavam lá para testemunharem esse evento, pois não havia ainda suporte necessário a sua existência biológica ( já que com os seres humanos fazemos parte de um sistema, de uma cadeia biológica, de um mundo em que o nosso lugar parece, de fato é, inteligente e meticulosamente determinado por todas as razões que possibilitam a nossa vida, nossa reprodução, multiplicação, sobrevivência simples, associação, multiplicação de conhecimento, formulação, concepção e interferência no mundo que vivemos, nas coisas a nossa volta.
O tempo do evento, lógica e presumivelmente, antes de todo o tempo, do tempo como grandeza, como o conhecemos e como interfere não só em nossas vidas biológicas, mas na própria transformação da matéria ( dos elementos químicos, do que resulta da sua fusão e fisão, dos movimentos dos micro e macro objetos dentro do cosmos, de suas precipitações e queima, do seu congelamento e evaporação, etc. )
O desprezo e o caráter decididamente simplório e mítico dado a Gênesis 1:1 é definitivamente tendencioso, dado por aqueles que por motivos inconscientes não se quedam a esperar e refletir nas inferências complexas de tal declaração. Deus criou os céus e a terra, objetos e coisas sensíveis a nossa existência, em todas as épocas, em todas as condições, onde haja existido um único ser humano.
A matéria é de fato um milagre, e hoje com o conhecimento universalizado praticamente da química, dos elementos químicos, sabemos que do barro se faz um ser humano, com o custo de aproximadamente $80,00 ( oitenta dólares ) ou menos de R$120,00 ( cento e vinte reais ), teríamos se soubéssemos a receita correta, a possibilidade de construir a mais bela mulher ou o mais perfeito homem. Todos os elementos químicos que constituem concretamente um ser humano são facilmente encontráveis. Do mesmo modo construir um diamante do tamanho de uma bola de futebol ( mais fácil e unicamente possível, porém muito caro, em comparação com a fabricação expotânea do ouro ).
Portanto a matéria é um milagre e avida um segundo milagre do poder único de um ser único como é o Deus revelado nas Escrituras judaico-cristãs, na Bíblia Sagrada.
Porém após a criação da matéria como a vivenciamos e da vida, da qual fazemos parte, Deus criou na terra, para os seres humanos, a moral* e nesse sentido é que segue a nossa reflexão.
Moral deriva do latim mores, "relativo aos costumes". Seria importante referir, ainda, quanto à etimologia da palavra "moral", que esta se originou a partir do intento dos romanos traduzirem a palavra grega êthica.
Moral não traduz, no entanto, por completo, a palavra grega originária. É que êthica possuía, para os gregos, dois sentidos complementares: o primeiro derivava de êthos e significava, numa palavra, a interioridade do ato humano, ou seja, aquilo que gera uma ação genuinamente humana e que brota a partir de dentro do sujeito moral, ou seja, êthos remete-nos para o âmago do agir, para a intenção. Por outro lado, êthica significava também éthos, remetendo-nos para a questão dos hábitos, costumes, usos e regras, o que se materializa na assimilação social dos valores.
A tradução latina do termo êthica para mores "esqueceu" o sentido de êthos (a dimensão pessoal do acto humano), privilegiando o sentido comunitário da atitude valorativa. Dessa tradução incompleta resulta a confusão que muitos, hoje, fazem entre os termos ética e moral.
A ética pode encontrar-se com a moral pois a suporta, na medida em que não existem costumes ou hábitos sociais completamente separados de uma ética individual (a sociedade é um produto de individualidades). Da ética individual se passa a um valor social, e deste, quando devidamente enraizado numa sociedade, se passa à lei. Assim, pode-se afirmar, seguindo este raciocínio, que não existe lei sem uma ética que lhe sirva de alicerce.
Alguns dicionários definem moral como "conjunto de regras de conduta consideradas como válidas, éticas, quer de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupos ou pessoa determinada" (Aurélio Buarque de Hollanda), ou seja, regras estabelecidas e aceitas pelas comunidades humanas durante determinados períodos de tempo.
Moral não traduz, no entanto, por completo, a palavra grega originária. É que êthica possuía, para os gregos, dois sentidos complementares: o primeiro derivava de êthos e significava, numa palavra, a interioridade do ato humano, ou seja, aquilo que gera uma ação genuinamente humana e que brota a partir de dentro do sujeito moral, ou seja, êthos remete-nos para o âmago do agir, para a intenção. Por outro lado, êthica significava também éthos, remetendo-nos para a questão dos hábitos, costumes, usos e regras, o que se materializa na assimilação social dos valores.
A tradução latina do termo êthica para mores "esqueceu" o sentido de êthos (a dimensão pessoal do acto humano), privilegiando o sentido comunitário da atitude valorativa. Dessa tradução incompleta resulta a confusão que muitos, hoje, fazem entre os termos ética e moral.
A ética pode encontrar-se com a moral pois a suporta, na medida em que não existem costumes ou hábitos sociais completamente separados de uma ética individual (a sociedade é um produto de individualidades). Da ética individual se passa a um valor social, e deste, quando devidamente enraizado numa sociedade, se passa à lei. Assim, pode-se afirmar, seguindo este raciocínio, que não existe lei sem uma ética que lhe sirva de alicerce.
Alguns dicionários definem moral como "conjunto de regras de conduta consideradas como válidas, éticas, quer de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupos ou pessoa determinada" (Aurélio Buarque de Hollanda), ou seja, regras estabelecidas e aceitas pelas comunidades humanas durante determinados períodos de tempo.
Antes uma breve ( pelo espaço do blog ) reflexão acerca do que dentro do cristianismo e particularmente não-católico, lêem nas Escrituras, na Bíblia, o que se apreende da criação do homem ( e da mulher ) e de sua queda no Éden.
Como é muito amplo, terei que sintetizá-los, correndo o risco de errar pela subtração de algo ( passível de correção futura ):
a) todos os eventos relacionados à queda do casal de humanos originais como determinada, fatalística;
b) todos os eventos relacionados á queda do casal de humanos originais como acidental.( * )
Vale lembrar que você vai a uma igreja evangélica, ouve sermões legitimamente bíblicos e escriturísticos sobre diversos temas ( e eles de fato são baseados no que a Bíblia ensina, revela e diz ) e desconhece o que o pastor eventual ( visitante, conferencista, escritor ) ou até a denominação e a liderança crêem e entendem certas revelações preponderantes das Escrituras.
Explico: você eventualmente pode ter contato com uma interpretação da parábola do "Bom Samaritano" tanto em uma igreja, paróquia católico-romana feita por um padre católico, em uma igreja pentecostal, em uma igreja reformada, ortodoxa grega, mórmon, em um salão do reino da Torre de Vigia ( Testemunhas de Jeová ) , na IURD, na IIPD, IIDGD, etc, etc. Pode ouví-la do evangelista Billy Gram ou do Ricardo Gondim, do Silas Malafaia ou do Papa Bento XVI, do rev Caio Fábio ou do Estevam Hernadez. De mim ou do irmão Jorge F. Isah do blog Kálamos. São textos de inferência clara e de interpretação quase que unânime entre os que de alguma maneira se dizem cristãos. Mas sobre a queda do homem e o pecado original não é feita uma mesma e única leitura. A razão é que há mais consequências teóricas, inferidas na base, no arcabouço teológico que se erige a partir desse evento, mais do que ações comportamentais diárias.
Nenhuma dessas igrejas deixará de cantar seus hinos, de ter os seus cultos e reuniões particulares, da forma como decidem e tem prazer, se ignorarem o relato de Gênesis referente à queda e maldição do homem. Entretanto há uma profunda divergência teórica entre os pontos um e dois ( a e b ) em muitas denominações, entre pastores e seminários, entre lideranças e professores de classe bíblicas. Fato é que o homem humilde do dia da conversão quase sempre deixa de existir, e dá lugar ao homem que explicita ( detalha teoricamente ) o seu próprio parto e faz dessa teorização algo mais preponderante, ainda que divirja da própria realidade acontecida. Nunca perca o foco e a simplicidade das Escrituras ( o que não significa não ou falta de profundidade, superficialidade ).
Uma corrente, não primeira em uma eventual situação histórica de eventos ( faço uma inversão intencional nessa abordagem ) é a de que o evento da queda do homem tenha sido determinado, ou seja, o casal de humanos fez o que estava escrito no seu destino. Isso pode não aparecer logo de cara,em uma primeira abordagem bíblica e pode ser justificada enganosamente, como atribuída a uma particular soberania de Deus ( Deus teria todo o controle, TODO mesmo, nada acontece sem a sua casualidade, motor, logo a conclusão aprssada, imediata e aparentemente óbvia, é que Deus fez Eva e depois Adão pecarem, e antes, Satanás, a antiga serpente induzi-los ao erro ).
Tal idéia soa palatável a ouvidos mais superficiais que se deslumbram com a ideia de dar a Deus a glória e reconhecimentos realmente devidos. Mas não é essa a questão, embora dar glória e reconhecimento totais a Deus seja algo que a Bíblia em todo o tempo, não obriga, leva o homem a esse reconhecimento lógico e inegável, mas por aspectos bem mais amplos.
Dentro do protestantismo temos o que tecnicamente se entende como paraprotestantismo. São igrejas paraprotestantes a Torre de Vigia ( Testemunhas de Jeová ) , a Igreja Adventista do Sétimo Dia, mais uma série de inumeráveis denominações menos expressivas e os Mòrmons ( Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias ). Esses últimos, os Mórmons compartilham a posição "a" mas de uma forma bastante mais exarcebada, devida as suas imaginárias histórias que extrapolam o canom bíblico estrito. Resumidamente, crêem os Mómons que a queda do homem, ( a desobediência e pecado no Édem ) foi uma benção de Deus para a humanidade (!?!).
Trocando em miúdos, Deus predeterminou, induziu o primeiro casal de humanos ao pecado, pois só assim faria de todos os seres humanos pessoas melhores ( !?! ). Outros grupos e crentes que compartilham a posição "a", não tem a mesma leitura dos Mórmons obviamente, mas para esses, não seria surpreendente se erroneamente, é verdade, por inferência chegassem a mesma conclusão dita de forma tão explícita.
A segunda posição enfrenta forte oposição dos que defendem a primeira, parcial ou terminantemente, afirmando que a queda do homem foi algo desastroso, indesejável, embora conhecida por parte de Deus e portanto permitida.
Os que defendem a primeira posição como os que defendem a segunda têm ambos problemas em resolver "tecnicamente" todos os problemas e consequências teológicas, incovenientes a sua particular confissão seja teológica ou denominacional.
Será algo que veremos mais detidamente em uma terceira parte dessa série de postagens relacionadas.
Um abraço. Deus o abençoe.
Por Helvécio S. Pereira
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