Uma das constatações mais palpáveis é exatamente aquela que contatamos que o que é imediatamente visto parece ser exatamente o que é de maior valor para nós e muitas vezes a única coisa a ser reconhecida como a mais importante e fundamental em uma experiência seja material ou espiritual.
Não há quem nunca tenha cometido alguma vez tal equívoco. Isso em várias áreas da vida, em áreas diferentes da relação humana, seja profissional, educacional, religiosa, etc. Quem não desconfiou da real capacidade de ensinar algo precioso e da bagagem relacionada a um conteúdo específico de um professor e seguir de forma surpreendente viu que tal professor ou professora lhe transmitiram lições e princípios que nenhum outro jamais poderia? Quem nunca olhou e ouviu com desdém por minutos inicias de uma pregação, um pregador, e ao final se encontrou em lágrimas tocado por uma impactante e totalmente bíblica mensagem? Em tantas áreas e vezes, em tantas situações diferentes nos confundimos entre aparência e conteúdo, entre expectativa e realidade? E quão duro é admitir que não estamos curados e portanto livres do risco de cometer essa inversão de percepção?
As razões são várias e não há uma segurança de que o simples fato de invertermos o que sentimos criando uma nova expectativa eliminará o problema. Afinal uma percepção inicial de ruindade pode significar algo ruim de fato ou não, ao contrário pode haver um diamante debaixo da aparência rude uma rocha escura. Mais parece ser sábio aguardar um pouco até que se mostre o que de fato seja essa nova coisa diante de nós. O erro parece residir em tomarmos a nós mesmos, a nossa incoerência como referência absoluta. Pessoas que se julgam muito sábias tendem a ouvir a outros que julguem a princípio serem igualmente seus pares, ou seja tão sábios quanto eles mesmos. Esses tendem a desprezar e não ouvir terminantemente pessoas julgadas abaixo de si mesmas embora a Bíblia nos exorte terminantemente a não sermos sábios aos nosso próprios olhos.
Alguns julgam aos outros mais pecadores que a si mesmos, esquecendo-se que embora essa seja uma possibilidade real, os outros podem apresentar maior virtude, em determinadas situações nas quais nós mesmos seríamos reprovados. Eu conheço um monte de pessoas,( a maioria nem crentes são ) mais pacientes que eu, mais amorosas que eu, mais voluntariosas do que eu. Por outro lado sou decididamente menos ambicioso que outras tantas ( muitas crentes de carteirinha ). Ou seja, somos diferentes e temos muitas vezes defeitos diferentes e qualidades também diferentes. Há crentes e cristãos de determinadas posições teológicas que não admitem que o ser humano possa ter qualidades ou fazer nenhuma coisa boa.
O que a Bíblia deixa claro é que não conseguimos o alto padrão de Deus e muito menos na maior parte do tempo e que as vezes e aquilo que acertamos não é o suficiente para negociarmos com Deus e exigindo_lhe arrancarmos dEle uma salvação por méritos e obras e qualidades pessoais. É isso que a Bíblia diz. Todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus, sem a capacidade de sermos o que Deus é e do que deveríamos ser. A prova do que eu disse que a mesma Bíblia exige que busquemos a excelência, que nos esforçemos, e sabendo o que é certo façamos o que agora conhecendo pela Sua Palavra, façamos o que é correto e santo diante dEle.
Contudo a idéia original dessa postagem, a que desejo retomar, após essa longa introdução, é de que é impossível que o visível construa o que é invisível, significando que na experiência religiosa ( e fora dela ) se houver uma inversão de valores, de princípios e de intenção o resultado final não será o mesmo.E não são poucas as vezes que invertemos as coisas e não percebemos.
Alguns irmãos que me lêem ( e eu os leio ) ficaram ao longo de algum tempo com uma impressão errônea que defendo a ignorância religiosa, bíblica, teológica, etc, o que não é verdade e não reflete a minha sincera e real posição. A razão é que critico duramente certos teólogos, certos autores cristãos, certos pastores empregados de suas denominações, as quais são senhoras de sua fé, cujas posições decididas em órgãos de seu governo sujeitam a esses e a toda a membresia, defendendo certas posições teológicas que só se sustentam contra toda razoabilidade, pois se realimenta das mesmas inumeráveis repetições sem provar a si mesma e nem a outros, a sua veracidade ou franca incoerência, desviando o foco e deformando a verdadeira mensagem do Evangelho claramente revelado na Bíblia, nas Sagradas Escrituras.
Não defendo a ignorância, mas por outro lado não bajulo a mirrada sabedoria desse mundo ainda que essa sabedoria humana seja travestida de religiosidade, de espiritualidade conveniente. Não importa quanto melhor ( e de fato há ) tenha sido afortunadamente a oportunidade de formação acadêmica e escolar de determinado fulano e quantos não sei o quê de títulos acadêmicos teológicos, que denominação ele seja influente, se lê a Bíblia no seu texto original ou não ( normalmente de tudo o eu tenho lido e ouvido os tais de posse desse bom conhecimento elitista e legítimo, são inimigos da verdade mais simples das Escrituras) .
Lembro de uma colega, professora de português/inglês e grego por excelência ( lê e escreve os dois tipos importantes de grego, para a leitura e estudo do Novo Testamento no original ) além do grego moderno: essa colegas que já deu aulas por anos em seminário teológico, agora está próxima da mais total incredulidade. É evidente que nem todos os que possuem afortunadamente conhecimento teológico e linguístico semelhante, tem todos uma fé decadente ou são ateus. O que quero dizer que não é essa exatamente há uma relação entre conhecimento e fé bíblica genuínas. E se você está descendo a montanha achando que está subindo, revise já os seus conceitos e prioridades. Sua fé está sendo construída ou destruída? A Bíblia permanece e de fato é a luz que ilumina a sua vida ou o pensamento consequente de terceiros que iluminam as Escrituras? Trata-se de ato de uma inversão importante e pouco detectável para muitos, por ser extremamente sutil. A Bíblia nos fala: "assim diz o Senhor ". O teólogo ( muitas vezes, nem sempre , mas muitas vezes ) diz: " não é assim que Deus disse". Portanto toda atenção é necessária e o justo discernimento.
Lembro de uma colega, professora de português/inglês e grego por excelência ( lê e escreve os dois tipos importantes de grego, para a leitura e estudo do Novo Testamento no original ) além do grego moderno: essa colegas que já deu aulas por anos em seminário teológico, agora está próxima da mais total incredulidade. É evidente que nem todos os que possuem afortunadamente conhecimento teológico e linguístico semelhante, tem todos uma fé decadente ou são ateus. O que quero dizer que não é essa exatamente há uma relação entre conhecimento e fé bíblica genuínas. E se você está descendo a montanha achando que está subindo, revise já os seus conceitos e prioridades. Sua fé está sendo construída ou destruída? A Bíblia permanece e de fato é a luz que ilumina a sua vida ou o pensamento consequente de terceiros que iluminam as Escrituras? Trata-se de ato de uma inversão importante e pouco detectável para muitos, por ser extremamente sutil. A Bíblia nos fala: "assim diz o Senhor ". O teólogo ( muitas vezes, nem sempre , mas muitas vezes ) diz: " não é assim que Deus disse". Portanto toda atenção é necessária e o justo discernimento.
A religião institucional reflete uma realidade espiritual mas nem sempre é a essa correspondente. Um templo reflete o respeito pelo divino mas nem sempre corresponde a esse respeito e a divindade correta. Pode-se fazer uma igreja ( templo e associação institucional de pessoas ) mas não podemos fazê-la ser a igreja de Jesus. Pode-se compor belas canções e hinos mas esses podem não refletir de fato, verdadeiro louvor a Deus. Pode-se criar para um ser humano um comportamento religioso legítimo mas ainda sim não fazê-lo santo. Pode-se professar a grandeza de Deus sem crer na sua materialidade. A Escritura é de fato pródiga em dar não poucos exemplos de cada uma dessas muitas situações.
Novamente e recorrentemente o palatável, a percepção mais imediata toma o lugar do real, do que importa, do que tem valor, do ponto de vista divino, ponto de vista esse, o único que devemos ter para ser de fato válido. No Antigo Testamento as coisas foram acontecendo na relação homens e Deus e uma religião visível nasceu com o objetivo de deixar visível o invisível. O Templo, o Santos dos Santos, o sacerdócio, a gurda do sábado, os sacrifícios, as ofertas, a Lei de Deus, etc. Mas recorrentemente foram tomados como realidades em si mesmos de forma que os princípios que eles todos refletiam, já perdidos, não eram nem mais imaginados. Hoje a tradição litúrgica ( seja qual for mais antiga ou recentemente construída ), posicionamentos teológicos escolhidos como livros em uma estante ( muitas vezes são assim mesmo assimilados e escolhidos ), a simples opinião defendida e confundida como fé autêntica, uma cosmovisão teológica que se sobrepõe a única realidade ( que pode muito bem ser desconhecida e temporalmente incompreendida ), um senhorio confessional que não se traduz na privacidade da relação pessoal com Deus.
Deus é dono da terra e dos homens que nela habitam reza o texto da Bíblia, mas só é Senhor daqueles que são guiados por Ele individualmente. E não é possível, razoável, que estejamos a ser guiados por Ele, quando as coisas dão todas erradas. É óbvio que fizemos o que desejamos fazer, o que nos deu prazer, e com a permissão dEle, quebramos a nossa cara embora o chamássemos em nossas reuniões, cultos e orações de Senhor. A aparência construída não mudara a realidade. Ao contrário uma realidade interna, interiorizada deveria refletir exteriormente e na realidade visível.
Cantamos e dizemos a todo o momento nas canções e hinos que Ele é todo poderoso mas interiormente muitas vezes não só duvidamos mas negamos enfática e terminantemente que Ele fará qualquer coisa. é como se houvesse, existissem duas vozes dizendo o tempo todo duas coisas completamente diferentes e contraditórias. O pior é que alimentamos essa atitude as vezes por anos mesmo dentro de uma cultura religiosa a mais legítima: protestante e genuinamente evangélica. Novamente Deus não pode operar, por justamente "não ter honra em sua casa". Os mais provavelmente aptos a crerem nEle são surpreendentemente os que falam dEle e ensinam erroneamente sobre Ele. E novamente Jesus não pode fazer muita coisa, ou mais coisas, por causa de sua incredulidade ( entre os próprios crentes ).
Pare diante de uma igreja ( prédio, templo ) qualquer e veja as pessoas entrando e saindo e pergunte-se a tal igreja corresponde a igreja do livro de Atos dos apóstolos em sua inteireza... Não se trata de exigência de uma pressuposta perfeição, algo irrazoável por vários motivos, não é isso, mas se a tal igreja consegue, se esforça, tenta pelo menos, ser como a igreja que consegue realizar, materializar a ordenança pela de Marcos 16:15 e se não quais são os impedimentos mais imediatos,que incluem antes de nais nada posição teológica, sujeição a algum tipo de poder, liderança denominacional, dependência institucional, etc.
Caro pastor, se a sua denominação, se a sua liderança é impedimento para realizar a mais perfeita vontade de Deus, deixe-a como fez Lutero ao romper com a Igreja católica romana. Note que, de fato, se algo qualquer é senhor entre você e o seu Legítimo Senhor ( Jesus Cristo ) não fará jamais a verdadeira obra dEle. E sobretudo não fará nada e nem obras maiores do que Ele fez segundo a promessa dEle, se não tiver uma intimidade real com Ele. Será apenas mais um religioso e mais uma religião, as vezes legitimante cristã e evangélica. Será apenas um dos muitos chamados mas não escolhidos ( que nada tem a ver com a salvação para contragosto de muitos )
Por Helvécio S. Pereira
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