Muitas vezes, em várias áreas da vida, somos definitivamente pouco ou nada práticos, nos contentando com algo que nos faça sentir bem, mas que não constitui de fato, a essência das coisas. O que seria mais importante na vida de um ser humano qualquer? saber o que e quem de fato é estando implicitamente a questão de conhecer a Deus. Não somente religiosos deveriam deixar-se confrontar seriamente com essa questão, mas ateus, desde que sinceramente. É fácil? Talvez não e definitivamente não, posto que o próprio indivíduo por suas limitações, e elas existem clara e verdadeiramente, pode se autoenganar, confundir questões e respostas; pode ser enganado por outros, pode não ter as informações necessárias a uma conclusão ou experiência. Mas tudo isso não exclui a importância e enquanto a vida se prolonga e se aproxima de um final certo, mas urgente.
Mas e os religiosos? Esses, tomando, os crentes evangélicos, de qualquer denominação que sinceramente já creiam na realidade das revelações escriturísticas, crêem na Bíblia como a integral Palavra de Deus, e crêem em Jesus Cristo como o Filho de Deus, Deus conosco, Senhor de todos, eterno, etc, etc, entre esses, entre nós pode-se distinguir vários níveis de proximidade ou de distância, seja de compreensão das coisas de Deus ou de intimidade com Aquele que é sobre todas as coisas, o Criador e Sustentador de todas as coisas, o Legislador Supremo, Aquele como Ele mesmo diz de Si mesmo, é o que é.
Os discípulos e pessoas que seguiam a Jesus para ouví-Lo, se preocupavam a mais de dois mil anos, como seria o diferente grau de intimidade e proximidade com Deus. Perguntaram a Jesus, de fato uma mãe de dois filhos, se na volta do Senhor Jesus, qual se assentaria a direita ou a esquerda da mão de Deus. Na prática hoje, entre pastores, membros de igrejas, etc, admite-se que na prática, seria essa proximidade e intimidade cm Deus, aferida a partir de quem está "mais certo" e "menos errado".
Na prática, para não sermos excessivamente teóricos e desnecessariamente retóricos, crentes reformados, tradicionais se julgam claro, mais corretos teologicamente do que os pentecostais e mais ainda mais corretos e portanto mais próximos da vontade de Deus ( confunde-se conhecer cognitivamente a vontade de Deus com o ser íntimo dEle - seria a mesma coisa? ) do que os neopentecostais. O contrário também é verdade, os pentecostais e neopentecostais se julgam mais próximos de Deus e de Sua vontade ( novamente a confusão entre os dois conceitos ) dos que os reformados e tradicionais. Mas em nenhum momento o conhecimento, teórico apenas, por si só, torna alguém, mais aceito e portanto mais próximo de Deus. Via de regra o alinhamento com qualquer grupo, denominação, posição teológica, igreja local, movimento, teologia, etc, fazem, por si só, um crente ser mais íntimo de Deus ou ainda, um outro valor, mais agradável aos olhos de Deus.
A intimidade com Deus se dá, pós Sua vinda a esse mundo, via únicamente a pessoa de Jesus Cristo ( Ele é o único caminho ao Pai e o único nome dado entre os homens para que possam ser salvos ). O que está nEle, ligado a Ele como ramos a uma videira, ilustração do próprio Senhor, somente desse modo tem a vida dEle e portanto parte com Ele. Não há outro modo.
Essa intimidade com Deus é registrada na vida de muitas pessoas, vidas que pelo registro são reconhecidas como importantes personagens bíblicas. Pessoas que conheciam tão intimamente a Deus que suas informações dadas a outras fizeram coisas acontecerem como a jovem serva do General Naamã. A lista é grande e espero que você por si mesmo lembre-se de muitos e que a lembrança do exemplo dessas pessoas, lhe sirvam de iluminação acerca dessa verdade hoje. Enoque andou com Deus e Deus para Si mesmo o tomou. Enoque é um dos três homens que não morreram ( Enoque, Moisés e Elias ). Sobre Moisés a controvércias, mas ele reaparece ao lado de Enoque e Elias no monte das configurações falando com o Senhor Jesus.
Há outros como o sacerdote quando da apresentação de Jesus, ainda bebê, agradecendo a Deus pelo cumprimento da palavra dita pessoalmente por Deus a ele, que dizia que o mesmo não morreria sem ver o Salvador. Haveria privilégio maior que esse? E os reis magos, que foram levados a encontrar o Salvador pro ocasião do seu nascimento?
Infelizmente, hoje por suas implicações e recompensa sociais e relacionais, quantas vezes baseamos a nossa qualidade de vida cristã, "nível espiritual", e imaginada "proximidade com Deus" se apoiam em critérios tão artificiais, tão inverossímeis.
Pensemos seriamente nisso: não é o que supomos ser a baliza da nossa proximidade de Deus, mas o que Deus pensa sobre nós. Muitos naquele dia ouvirão do Senhor, "não fiz isso e aquilo em teu nome" ( os tradicionais adoram usar isso contra os pentecostais e neopetecostais, por esses últimos curarem e expulsarem demônios em Seu nome, esquecendo-se eles que não é esse o problema, expulsar ou curar, como se deixar de curar e expulsar não fosse também um sério problema de negação da eficácia do Evangelho genuíno ), ao que o Senhor respondera: "nunca vos conheci". Há tradicionais, reformados, calvinistas, seja o que forem que não conhecem de fato a Deus, não nasceram de novo, e consideram sinceramente que o abrigo denominacional e teológico os promovem a próximos de Deus.
A regra então é simples: quem anda próximo de Deus, reconhece a Sua obra, compreende o que Deus faz no mundo, o Seu perfeito plano, a Sua perfeita sabedoria, e o vê presente ( não retóricamente ) tanto no seu dia a dia, individual, particular, na sua história pessoal, como no mundo a sua volta. Literalmente anda na luz, vendo o que é e como é. Esse tal é ouvido por Deus, nas suas orações, vendo-as as respondidas, as vezes com um "sim", as vezes com um "não", nos esclarecimentos acerca das coisas de Deus e até mesmo do mundo. Um Juiz brasileiro, ao decidir contra uma causa, contradizendo o politicamente correto e a tendência atual, confessou promulgar a sentença, pois Deus o havia incomodado a fazer o que fez, mesmo caindo em desgraça perante parte da opinião dos que não conhecem a vontade de Deus, um fato ocorrido nos últimos dias. Quem é de Deus, sabe, sente, ouve a Sua voz, o palpitar do coração de Deus, a mente de Deus lhe é íntima e natural, sabe o que Deus pensa e como vê tal situação. Isso lhe é claro, nítido, incontestável, porque esse tal conhece o seu Deus e pelo seu Deus ( o Deus bíblico ) é conhecido.
Que O Senhor nos abençoe e tenha misericórdia de nós todos. Amém
Por Helvécio S. Pereira
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