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SANDI PATTY LOVE IN ANY LANGUAGE

domingo, 31 de julho de 2011

TESTEMUNHO! NÃO IMPORTA ONDE OU COMO...IMPORTA QUE É UM FATO, UMA REALIDADE!


Há de certa forma os "controladores de qualidade espiritual", os quais duvidam da "qualidade" do encontro pessoal com Deus que cada um possa ou venha a ter em alguma igreja ou por que métodos forem. Não é difícil demolí-los nessa pretensão, embora seja para esses uma perda de tempo, gastemos nossa energia em oração e ação para os que ainda estejam perdidos ( o que não é fácil ) pois fácil é trazer para igreja pessoas sociáveis e "normais". Aliás o termômetro espiritual de uma igreja qualquer se mede facilmente pelo nível de perdição e de depravação dos agora membros da igreja. Igreja só de gente "normal", é apenas uma conveniente associação como a maçonaria ( sabia que na maçonaria não somente não entra qualquer um e que mesmo em caso de desvios o membro-irmão  deve fazer uma contorcionista ginástica para manter as aparências? pois é exatamente o que muitos cristãos fazem em suas igrejas, infelizmente ).

Leiamos pois mais um testemunho impactante, que felizmente não é excessão em uma igreja evangélica "espiritual", mas a regra absoluta, o que deveria ser em todas, independente de quais sejam e onde se localizam, na classe A ou na classe E. 

"Alô, meu nome é Jean e eu era um hooligan. A realização em minha vida era estragar aquilo que outros haviam construído. Aquilo que era motivo de alegria para os outros, para mim era um espinho no olho.

Minha vida era repleta de fracassos, seja na escola ou na profissão. Em todos os lugares eu era “chutado” pois não produzia nada.

Além disso eu ainda tinha problemas com minha dupla nacionalidade (greco-alemã). Eu não sabia quem eu era, nem a quem pertencia. Eu não era alemão, nem grego e me sentia bastante solitário no planeta. Eu sempre pensava: ninguém tem tanto azar como eu e todos tem vida melhor do que a minha.

Mais tarde, no final dos anos 70, quando os punks e os skinheads surgiram em Munique, me senti atraído por eles. Comecei a me informar sobre eles e decidi juntar-me aos skinheads (cabeças raspadas). Não interessava quem você era, o principal era ser desordeiro.

Despertou em nós a preferência por estádios de futebol. O que menos importava era o jogo em si, mas interessava o ambiente: a atmosfera, a ação, os excessos, etc. – tudo com certa covardia, porque normalmente éramos a maioria. Tudo começou a girar em torno do futebol, em minha vida – assim tornei-me um hooligan.

No início era muito legal, sem lei, sem trabalho e sem mais compromissos: simplesmente fazer o que eu queria. Mas com o tempo isso também deixou de ser novidade.

Eu também imaginava que não poderia ser assim para sempre. A vida não poderia se resumir a estádios e desordens.

Não havia mais perspectiva para meu futuro. A vida deveria ser algo mais do que eu havia experimentado até agora. Eu não tinha nenhuma vontade de terminar como diz na canção de Janis Joplin: “Viva uma vida breve, intensiva e morra jovem”. Eu queria ficar velho, ter uma família, etc.



Mas eu não fazia idéia como conseguir isso. Eu não tinha nada. Não tinha formação profissional, não concluí os estudos, sem habilitação de motorista, nem tinha lugar para morar. Eu ficava um dia em um lugar, outro dia em outro. Assim eu levava a vida, às vezes depressivo, outras vezes agressivo, dependendo da droga que havia tomado (haxixe ou álcool), mas sempre sem destino e sentido.

Antes de completar 18 anos fui preso após ter praticado um furto na rua. Fiquei 20 meses fora de circulação. Nesse período eu tive oportunidade de refletir. Após minha liberação eu queria começar vida nova.

Saí da prisão com novas idéias e motivações, porém, mal eu estava livre e já fui alcançado novamente pelo meu passado – eu era novamente o “velho”. Não, eu agora estava pior do que antes! Ouvindo as histórias de meus amigos sobre tudo o que havia acontecido nesse período, senti um desejo incrível de recuperar o “atraso” o quanto antes. Com isso, após cinco meses de liberdade, peguei mais 16 meses de xadrez.

Agora desapareceu a última fagulha de esperança de poder começar uma vida normal, novamente. Resolvi jogar fora os padrões morais quando saísse da prisão, para fazer tanta grana quanto pudesse, não interessava como iria consegui-la.



Eu estava cheio de andar por aí, feito idiota, com bolso e coração vazios e, por fim, ficar atrás das grades. Estava me afundando cada vez mais, mas, em meio aos meus novos planos, eu tive um encontro decisivo: Deus entrou em minha vida.

Toda vez que eu estava deitado em minha cela, pensando no futuro, eu tinha a sensação – como acontece em alguns sonhos – de estar despencando de uma montanha e, pouco antes de bater no fundo, acordava num sobressalto.

Essa cena aparecia muitas vezes até que, certo dia, houve uma mudança. Toda vez que me sentia caindo, eu não chegava mais até o fundo do abismo, mas aparecia um galho, que saía do barranco. Ele era suficientemente fino, para que eu pudesse agarrá-lo nele e suficientemente forte, para que pudesse me sustentar.

Segurei o galho e, com o embalo da queda, eu balançava para cima e para baixo. Toda vez que eu chegava no ponto mais baixo, havia uma gruta na montanha, na qual eu enxergava uma manjedoura com Jesus, com tudo mais ao redor. Confesso que não entendi nada. Alguns meses mais tarde, porém, eu percebi o que esse “sonho” significava.

Em todo o caso, comecei a meditar sobre Jesus, tentando lembrar-me das coisas que já tinha ouvido sobre Ele. Eu até orava, uma ou outra vez. A idéia e o desejo de conhecer a Deus foi crescendo, mas eu não sabia como isso poderia se realizar.

Deus me parecia estar muito longe e a Bíblia, para mim, era um livro com sete selos. Além disso eu não sabia se Deus se interessaria por mim. Em todo o caso, até agora eu tinha vivido contra os princípios de Deus e era dono do meu nariz.

Fui transferido para uma outra prisão e lá um dos encarregados me convidou para participar de uma reunião de estudo bíblico e eu aceitei. Ali eu aprendi muito sobre Deus e Seu filho Jesus Cristo. Descobri que somos pessoas pecadoras e que estamos maduras para alcançar o inferno. Para mim ficou claro que, se é que existe um Deus, o meu destino seria o inferno.

Mas também descobri algo grandioso, ou seja, que Jesus, o Filho de Deus, veio para pagar pelos nossos pecados na cruz. Uma obra total e completamente de graça para nós. Percebi também que, se eu quisesse, Ele me transformaria em uma pessoa renovada. Sobre isso eu queria saber mais e aceitei a Sua dádiva do perdão, pela fé. Eu orei convidando-O a entrar em minha vida e pedi que Ele me transformasse em uma nova pessoa. Após essa oração eu não senti nada de especial, nenhuma sensação ou algo “extra sensorial”. Mas eu senti que havia algo “diferente”, sem saber explicar o que era realmente.

O agente carcerário informou-me o endereço de uma igreja, que eu poderia freqüentar após minha liberação. Até hoje eu participo dela.

Sou grato ao meu Senhor Jesus Cristo pela minha vida, de todo o meu coração. Devo tudo a Ele: minha família (a esposa e dois filhos), minha profissão e tudo o mais que Ele me concede. O que eu julgava impossível, isso Ele realmente tornou possível".

(Jean P. - http://www.chamada.com.br )

Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida. João 5:24

sábado, 30 de julho de 2011

QUE IGREJA SE FILIAR E QUE DOUTRINAS PARTICULARES PROFESSAR?


Curiosamente encontrei na web mais uma denominação evangélica e, ao contrário do que o leitor possa imaginar, não é nova, tem pelo menos 350 anos e só no Brasil 98 anos! Antes de dizer qual é exatamente ( pois esse não é o propósito dessa reflexão nessa postagem ) é levantar o questionamento que tendo o privilégio de conhecer a Bíblia, crer nEla como a autêntica e única Palavra de Deus, como inerrante revelação divina, crendo em Jesus Cristo como único Salvador e Senhor, se uma vez crente, portanto cristão, essa pessoa ficará em uma igreja, ou ainda escolherá uma ocasionalmente, por simpatia, por uma peculariedade, capricho, circunstâncias, prática ou detalhe doutrinário. 

O que significa isso? ou quais os elementos para uma eventual análise da situação?

Significa que a igreja é geralmente boa ( a igreja local, a congregação ) mas que a sua permanência em uma igreja ( e isso não é errado e nem algo a ser evitado ou combatido ) não é implicitamente  por uma fé mais acertada biblicamente, ou pela melhor prática cristã ou liturgia eclesiástica, nem por uma clara e pressuposta defesa de uma verdade acima das confessadas por outras denominações, mas por simpatia por um ponto ou outro, nem sempre principal, nem sempre o mais acertado, às vezes caracterizado mesmo por uma interpretação errônea ou um erro histórico mesmo.

Gostaria de dizer com bastante propriedade que não há igreja ( falando de igrejas cristãs- evangélicas- as outras definitivamenteestão mais longe do cristianismo bíblico ) que não apresente circunstancialmente uma visão estapafúrdia de algum ponto relacionado à revelação escriturística, da Bíblia. Isso não somente é um fato a ser aceito mas uma decorrência de algo que cosiste na grande virtória da Reforma Protestante: o livre exame das Escrituras, algo a ser não só defendido, preservado e não diminuído por assentimento a uma teologia em particular, qualquer que seja.

Infelizmente por não compreenderem essa realidade, muitos crentes desgastam a sua fé, decaem na vida cristã, mudam de igreja após igreja, e finalmente com a fé combalida, passam a combater o cristianismo, a Cristo e ao próprio Deus. Numa militância objetiva buscam descredenciar não só as denominaçẽos evangélicas, como toda e qualquer submissão a qualquer tipo de liderança e organização eclesial. Portanto é inútil se lançar em uma imaginada cruzada por uma igreja ( denominação ) perfeita e completamente isenta de alguma heresia ou erro patente, ou da superioridade de uma defesa teológica que sobreponha as demais.

Como crentes defendemos acima de tudo o livre exame das Escrituras ( para acertos e para erros ) o qual somente é garantidor do acesso a mais genuína experiência cristã. Geralmente um indicativo de erro é a classa defesa de uma supremacia doutrinária como distintivo comparada a todas as demais. Uma novidade apresentada como algo importante pode ( e normalmente não é ) nada relevante e muitas vezes uma erro simplório, apenas alimentado a custa de muita literatura realimentadora de um erro e nada mais.

O que fazer então? deixar a sua denominação e sair a procura de outra que se encaixe nas suas expectativas mais imediatas? de imediato não, pois pode ocorrer um desgaste e uma repetição dessa atitude por inúmeras vezes até um prejudicial impacto na sua fé. Posteriormente, a não ser que seja claramente pontos impactantes na convicção de salvação e na pregação do evangelho, o crente deve antes se concentrar na qualidade de sua vida cristã pessoal. Afinal não somos chamados e exortados a manifestarmos uma fé denominacional ou nenhuma defesa apaixonada de certos pontos da teologia cristã.

Finalmente uma igreja é nos dada, a comunhão com os irmãos, como defesa da liberdade de culto ( é assim em boa parte das legislações nacionais pelo mundo incluídas aí países em que são proibidas reuniões em lares e em lugares que não sejam templos nominalmente das várias religiões e igrejas ) e de comunhão gerando naturalmente famílias e descendentes que sejam de fato herança do Senhor. Pode-se e deve-se mudar ocasionalmente de igreja e de denominação, mas impulsionada essa mudança por razões mais legítimas e defintivamente boas como melhor oportunidade de serviço a obra de Deu como um todo e não a denominação ou congregação local exatamente, que de fato não se confunde com a igreja universal e invisível, com a verdadeira noiva de Cristo, tomada emprestada a figura que ilustra a relação do Senhor Jesus com o grupo universal de salvos, de crentes em toda a história da igreja e em todo o mundo hoje.

A denominação a que me referi no início da postagem foi a Igreja Batista do Sétimo Dia ( IBSD ), denominação membro da Aliança Batista Mundial, que defende a guarda do sábado, não reconhece os escritos de Helen G. White como profetiza e nem seus escritos com a mesma a importância das Escrituras, reconhece a imortalidade da alma e a existência do inferno. Logo o seu distintivo em ralação as demais denominações evangélicas é justamente a da guarda do sábado para todos os crentes e portanto para todos os que aceitarem a mensagem do evangelho hoje.

Ao ler a sua história, da denominação, os trâmites legais e legítimos para organização da igreja e da doutrina, muito semelhantes as defesas de outros pontos feitos por outros inúmeros grupos de crentes, como elementos particulares de identidade de sua fé cristã, penso como muitos de nós sempre erramos em defender o que é secundário ( não se trata de um erro particular desses irmãos dessa denominação, de forma alguma ) em detrimento do que é mais importante: somos ordenados a anunciar ao mundo que há uma salvação e um Salvador e que somos testemunhas de que isso é a única verdade.

Dessa forma agimos na maioria das vezes nesciamente como alguém que possui em suas mãos uma bóia capaz de salvar a vida de alguém prestes a se afogar e nos concentramos em descrever as particularidades da bóia e descrevermos detalhes das águas, das rochas, dos peixes e da beleza dos céus em tal ocasião. 

Pessoas se perdem todos os dias, perdendo a sua alma eterna, nesse número estão incluídos todos os dias desafetos e pessoas que prezamos muito. Uma religiosidade prezeirosa, embora legítima ( ela por si só ) é o menos coerente com a urgência e realidade da mensagem do evangelho.  Só há uma salvação disponível por haver proporcionalmente urgente uma perdição igualmente eterna e irreversível segundo exposto nas Escrituras, na inerrante Bíblia Sagrada.

Em que consistem as suas prioridades relacionadas a mais genuína fé cristã e visão da igreja de Cristo? É algo para se pensar seriamente.

Para você que conheceu ao Senhor Jesus recentemente, firme-se somente nas muitas promessas da própria infalível e inerrante Palavra de Deus:

Entrega o teu caminho ao SENHOR, confia nele, e o mais ele fará. Fará sobressair a tua justiça como a luz e o teu direito, como o sol ao meio-dia. Salmo 37:5-6 

e

Amo o SENHOR, porque ele ouve a minha voz e as minhas súplicas. Porque inclinou para mim os seus ouvidos, invocá-lo-ei enquanto eu viver. Salmo 116:1-2 

Por Helvécio S. Pereira 

quarta-feira, 27 de julho de 2011

ATÉ ATEUS CONVICTOS RECONHECEM O VALOR LITERÁRIO DA BÍBLIA E REFUTAM ELOQUENTEMENTE AS NOVAS TRADUÇÕES EM "LIGUAGENS DE HOJE", VEJA!

Há uma diferença sutil e clara entre alguém que combata a Bíblia sem conhecer dela um texto inteiro e sua profundidade e alguém que não se beneficiará da sua graciosa salvação revelada mas que a leu, conhece as suas declarações e reconhece o elvado teor de seu conteúdo. Pode parecer paradoxal, impossível, mas assemelha-se muito a reclamação dos habitantes de Sodoma e Gomorra no dia do Juízo contra Corazim e Betsaida: pesa contra todo aquele que embora creia no Deus da Bíblia, desvaloriza o seu conteúdo com traduções mais "palatáveis". Serão esses últimos menos condenáveis que os ateus confessos?

Por Helvécio S. Pereira 



"O ateu Christopher Hitchens fez uma homenagem à Bíblia King James, oferecendo raros elogios a um livro que contém a Palavra de Deus.

Hitchens é o segundo ateu, depois de Richard Dawkins, a enaltecer a Bíblia King James em homenagem aos 400 º aniversário da tradução.

O ateu proeminente reconheceu e expressou sua apreciação pela contribuição à literatura Inglesa.

“Ainda às vezes eu relute em admití-la, há realmente algo “atemporal” na síntese Tyndale / King James,” disse Hitchens em seu comentário destacado na revista Vanity Fair. “Por gerações, essa versão proporcionou uma fonte comum de referências e alusões, somente rivalizada por Shakespeare, a este respeito.”

“Ressoou na mente e memórias de pessoas alfabetizadas, bem como de quem aprendeu apenas ouvindo.”

O autor Inglês-americano de 61 anos de idade é um ateu convicto que muitas vezes debate com os Cristãos sobre a existência de Deus. Ele argumenta que “a religião envenena tudo” em seu livro “God is not Great” (Deus não é grande) e tem repetidamente afirmado que não se converteria mesmo no leito de morte. Hitchens está atualmente lutando contra um câncer de esôfago estágio 4.

Ainda assim, ele se enterneceu quando honrou a Bíblia King James, que foi publicada pela primeira vez em 1611.

Mas o autor do best-seller foi além ao criticar as outras traduções da Bíblia e as tentativas em curso para atualizá-la.

Oferecendo uma comparação, Hitchens citou uma passagem do livro do Novo Testamento de Filipenses, que ele leu no funeral de seu pai:

“Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisto pensai.” (Versão do King James)
 A mesma passagem na Versão do Inglês Contemporâneo: “Finalmente, meus amigos, mantenha sua mente no que é verdadeiro, puro, certo, santo, amigável e adequado. Nunca pare de pensar sobre o que é verdadeiramente excelente e digno de louvor.”

Hitchens chamou a versão contemporânea “panqueca plana” e mais adequada para “uma reunião de porão do AA.”

“Estas palavras não podiam esperar para penetrar na neblina, entorpecida resistente na mente de um garoto de 16 anos, como seu original penetrou em mim,” disse ele em seu comentário.

Ele também rejeitou a linguagem de gênero neutro da substituição de “irmãos” com “meus amigos,” chamando-a de “reverência pouco insinuante.”

“Ao sugerir que São Paulo, de todas as pessoas, foi o gênero neutro ao reescrever a história, assim ao lavar a prosa,” observou Hitchens.

O debate sobre o uso da linguagem de gênero neutro foi revivido entre os Cristãos com o recente lançamento da atualização da Nova Versão Internacional. A primeira atualização para o NVI popular em 25 anos, a versão atualizada, divulgada no mês passado, inclui generos singulares e plurais inespecíficos como “essa pessoa” e “eles” no lugar de singulares masculinos, como “dele” ou “ele.”

Em meio a numerosas traduções da Bíblia e Escritura personalizada, Hitchens lamentou o eclipse gradual da Bíblia King James.
 “A cultura que não possui esta reserva comum de imagem e da alegoria será uma perigosamente minguada. Buscar incansavelmente atualizá-la ou torná-la “relevante” é perder o foco, como almejar por um Shakespeare de hip-hop,” escreveu.  

“‘O homem nasce para a tribulação, como as faíscas voam para cima,” diz o livro de Jó. Quer tentar melhorar isso para o Twitter?”
 No final, nota de louvor de Hitchens para a Bíblia King James foi breve e terminou com sua crença inabalável de que “a religião é criação do homem, com impressões digitais humanas em todos os seus textos supostamente inspirados e inalteráveís.”

Fonte: Christian Post

CURIOSIDADE:

A primeira edição da Bíblia King James foi leiloada na Bonhams (casa de leilões londrina, dedicada à venda de obras de arte e objetos antigos). O leilão foi realizado no dia 07 de junho 2011 junto com outros manuscritos e livros raros.

O exemplar carrega uma inscrição encantadora por um dos seus proprietários anteriores sobre a capa.

"Esta edição valiosa me foi dada pelo meu tio o reverendo, Robert Rawling em 1794. Esta Bíblia foi dada ao meu filho - Thomas Henry Wilkinson, 14 de julho de 1846, JJ Wilkinson", diz o texto.

Este ano marca o 400º aniversário da versão King James. Igrejas em todo o Reino Unido estão comemorando a data com exposições, palestras e outros eventos.

A beleza do texto ganhou elogios até mesmo de pessoas mais improvável, os ateus
Richard Dawkins e Christopher Hitchens.

A tecnologia digital e mídias sociais têm desempenhado um papel importante nas celebrações do aniversário. O próprio
príncipe Charles leu uma passagem da Bíblia King James e postou no YouTube.

No início da semana, cerca de 10 mil pessoas participaram de uma leitura global online da Bíblia King James organizado pela YouVersion.


Fonte: Christian Today



 


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Downlads da Bíblia King James

"EUANGGELION" OU "BOAS NOVAS", UM GÊNERO LITERÁRIO NASCIDO COM O CRISTIANISMO


Nesse importante e elucidativo artigo escrito pelo Rev. Augustus Nicodemus ( o qual republico por sua mais absoluta relevância a mais autêntica defesa do verdadeiro evangelho e da mais fiel mensagem cristã ) encontramos informações relevantes acerca de quantos evangelhos existem e porque somente quatro deles, dentre centenas existentes, são somente aceitos.

* Senti por bem, em cima do texto original, grifar partes do referido texto, para facilitar a leitura  e a compreensão do mesmo. 

Por Que Não Aceito os Evangelhos Apócrifos

"O termo é a tradução da palavra grega euaggelion, “boas novas”, usada a princípio para se referir ao conteúdo da mensagem de Jesus Cristo e dos seus apóstolos. Posteriormente, a palavra veio se referir a um gênero literário específico que nasceu com o Cristianismo no séc. I. Lembremos que o Cristianismo, em termos culturais, ocasionou o surgimento, não somente de novas músicas, mas também de gêneros literários como epístolas e evangelhos.

Esse novo gênero literário tinha algumas características distintas. Incluía obras escritas entre o séc. I e o séc. IV por autores cristãos que giravam em torno da pessoa de Cristo, sua obra e seus ensinamentos. Essas obras reivindicam autoria apostólica ou de alguma outra personagem conhecida da tradição cristã. Reivindicavam também que seu conteúdo remontava ao próprio Jesus.

Existem centenas de “evangelhos” conhecidos. Alguns são apenas mencionados na literatura dos Pais da Igreja e deles não temos qualquer amostra do conteúdo. Outros sobreviveram em fragmentos ou reproduzidos em parte em outras obras, como, por exemplo:

Evangelho dos Hebreus
Evangelho dos Ebionitas (ou dos Doze Apóstolos)
Evangelho dos Egípcios
Evangelho Desconhecido
Evangelho de Pedro, para mencionar alguns.

Já outros, sobreviveram em cópias completas ou quase, como:
Os Evangelhos canônicos de Mateus, de Marcos, Lucas e de João,
Evangelho de Tomé
Evangelho de Judas
Evangelho de Nicodemus
Proto-Evangelho de Tiago
Evangelho de Tomé o Israelita
Livro da Infância do Salvador
História de José, o Carpinteiro
Evangelho Árabe da Infância
História de José e Asenate
Evangelho Pseudo-Mateus da Infância
Descida de Cristo ao Inferno
Evangelho de Bartolomeu
Evangelho de Valentino, entre outros.

Esses evangelhos são tradicionalmente classificados em canônicos e apócrifos.



Evangelhos Canônicos

Nessa primeira categoria se enquadram somente 4 evangelhos, os Sinóticos e João. Conforme a tradição patrística e da Igreja em geral, eles foram escritos no séc. I pelos apóstolos de Jesus Cristo ou alguém do círculo apostólico. Marcos teria sido o primeiro a ser escrito, no início da década de 60, por João Marcos, que segundo a tradição, registrou o testemunho ocular de Simão Pedro. Ele escreveu aos cristãos de Roma para ajudá-los e fortalecê-los diante das perseguições.

Mateus teria sido escrito em meados da década de 60 por Mateus, o publicano apóstolo, para evangelizar os judeus, a partir do seu testemunho ocular e usando talvez o Evangelho de Marcos como base para a estrutura da narrativa.

Lucas, escrito pelo médico gentio Lucas, convertido ao Cristianismo, que foi companheiro de viagem de Paulo e que freqüentava o círculo apostólico, teria produzido esse evangelho pelo final da década de 60, a partir de pesquisa que fez da tradição oral e escrita que remontava aos próprios apóstolos. Seu objetivo, conforme declaração no início da obra Lucas-Atos, era firmar na fé um nobre romano chamado Teófilo.

Já o Evangelho de João teria sido escrito pelo apóstolo amado por volta da década de 70 ou 80, com aparentemente vários objetivos, entre eles combater o crescimento do gnosticismo. João escreve a partir de seu testemunho ocular, a partir do seu entendimento acerca da pessoa e da obra de Cristo.

Esses 4 evangelhos cedo foram reconhecidos pela Igreja cristã nascente como inspirados por Deus e autoritativos, como Escritura Sagrada, visto que seus autores foram apóstolos, a quem Jesus havia prometido o Espírito Santo para os guiar em toda a verdade (Mateus e João), ou alguém proximamente relacionado com eles (Lucas e Marcos). Assim, eles aparecerem em listas importantes dos livros recebidos como canônicos pela igreja, como o Cânon Muratório (170 d.C.), a lista de Eusébio de Cesareia (260-340) e a lista de Atanásio (367).

Os demais evangelhos, chamados de apócrifos, implicitamente reconhecem a validade do critério canônico da apostolicidade, ao reivindicar para si também a autoria apostólica e o conhecimento de segredos que não foram revelados aos apóstolos.



Evangelhos Apócrifos

O nome vem do grego apocryphon, “oculto”, “difícil de entender”. Esses evangelhos são geralmente classificados em narrativas da infância de Jesus, narrativas da vida e da paixão de Jesus, coleção de ditos de Jesus e diálogos de Jesus.

As narrativas da infância mais conhecida são o Proto-Evangelho de Tiago, Evangelho de Tomé o Israelita, o Livro da Infância do Salvador, a História de José, o Carpinteiro, o Evangelho Árabe da Infância, a história de José e Asenate e o Evangelho Pseudo-Mateus da Infância. Entre as narrativas da vida ou paixão de Cristo mais importantes se destacam o Evangelho de Pedro, o Evangelho de Nicodemus, o Evangelho dos Nazarenos, o Evangelho dos Hebreus, o Evangelho dos Ebionitas e o Evangelho de Gamaliel.

Existem apenas dois que se enquadram na categoria de coleção de ditos de Jesus, o Evangelho de Tomé e o suposto documento Q (quelle, “fonte” em alemão), do qual não se tem prova concreta da existência. Na categoria de diálogos de Jesus com outras pessoas e revelações que ele fez em secreto mencionamos o Diálogo com o Salvador e o Evangelho de Bartolomeu.

Essas obras são chamadas de evangelhos apócrifos por que não são considerados como obras genuínas, produzidas pelos apóstolos ou pelos supostos autores. Além disso, pretendem transmitir um conhecimento esotérico, oculto, além daquele conhecimento dos apóstolos. Em grande parte, esses evangelhos foram escritos por autores gnósticos com o propósito de difundirem as suas idéias no meio da igreja, usando para isso a autoridade dos evangelhos canônicos e dos apóstolos. Alguns deles foram encontrados século passado em Nag Hammadi, norte do Egito.

O Proto-evangelho de Tiago, por exemplo, escrito no século II, que descreve o nascimento e a infância de Jesus e a juventude da Virgem Maria, é tipicamente uma tentativa de satisfazer à curiosidade popular em torno de coisas não mencionadas nos evangelhos canônicos. A teologia desse “evangelho” é a de um docetismo popular: Jesus tem um corpo não sujeito às leis do espaço e do tempo. O escrito não tem valor como fonte histórica sobre Jesus.

Outro exemplo é o Evangelho da Verdade. Esse não é um evangelho no sentido costumeiro da palavra; é antes uma meditação, uma espécie de sermão sobre a redenção pelo conhecimento (gnosis) de Deus. É atribuído ao gnóstico Valentino, que viveu em meados do século II e por conseguinte, não ajuda em nada a pesquisa sobre o Jesus histórico. Na mesma linha vai o Evangelho de Filipe, escrito antes de 350. É, evidentemente, uma compilação de materiais mais antigos. O texto causou certo sensacionalismo quando da sua publicação, porque sugere uma relação amorosa entre Jesus e Maria Madalena. O Evangelho de Pedro – um fragmento que se conservou – descreve o processo contra Jesus, sua execução e sua ressurreição. Sua cristologia é a do docetismo: aquele que sofre e morre é apenas uma aparição do verdadeiro Jesus, que é divino e por isso não pode sofrer e morrer. Conforme esse evangelho, o corpo de Jesus se volatiliza na cruz antes de subir ao céu.

É preciso dizer que existem vários destes evangelhos apócrifos que foram compostos por autores cristãos desconhecidos, não gnósticos, e que aparentam refletir um tipo de cristianismo popular marginal. A maior parte deles pretende suprir a falta de informação histórica nos evangelhos canônicos, fornecendo detalhes sobre a infância de Jesus, diálogos dele com os apóstolos, informações sobre Maria e demais personagens que aparecem nos evangelhos tradicionais. Em alguns casos, parece que foram escritos para defender doutrinas não apostólicas e que estavam começando a ganhar corpo dentro do Cristianismo, como por exemplo, o conceito de que Maria é mãe de Deus e medianeira. O Proto-Evangelho de Tiago, já do séc. III, explica porque Maria foi a escolhida: por sua virgindade e santidade, e a defende como mãe de Deus e medianeira.

Alguns contém exemplos morais não recomendáveis. Por exemplo, o Evangelho de Tomé, o Israelita, narra diversos episódios em que o menino Jesus amaldiçoa e mata quem fica em seu caminho. Quase todos são recheados de histórias lendárias e bobas, como o Evangelho de Nicodemus, que narra como José de Arimatéia, Nicodemus e os guardas do sepulcro se tornaram testemunhas da ressurreição de Jesus. É um livro cheio de lendas, fantasias e histórias fantásticas.

Os evangelhos apócrifos usaram diversas fontes em sua composição: o Antigo Testamento, os próprios evangelhos canônicos e as cartas de Paulo. Usaram também tradições cristãs extra-canônicas, de origem desconhecida e suas próprias idéias e conceitos.

A Atitude da Igreja para com os Evangelhos Apócrifos

No período pós-apostólico alguns desses Evangelhos chegaram a ser recebidos por um tempo, como leitura proveitosa, como o Evangelho de Pedro, a princípio recomendado por Serapião, bispo de Antioquia em 191 d.C., mas depois, ele mesmo reconhece que ele tem elementos estranhos e o desrecomenda. Assim, nenhum deles jamais foi reconhecido como autêntico e apostólico.

Desde cedo a Igreja Cristã rejeitou estas obras, pois não preenchiam o critério de canonicidade: não foram escritas pelos apóstolos ou por alguém ligado a eles, contradiziam a doutrina cristã, tinham exemplos e recomendações morais e éticas pouco recomendáveis, e seus autores falsamente atribuíram a autoria aos apóstolos, como por exemplo, o Evangelho de Tomé, de Pedro, de Bartolomeu, de Filipe. Além do mais, suas histórias fantásticas acerca de Cristo claramente revelavam seu caráter especulativo e supersticioso, ao contrário da sobriedade e da seriedade dos evangelhos bíblicos. Não é de admirar, portanto, que eles não aparecem em nenhuma das listas canônicas, onde os 4 evangelhos canônicos aparecem.

Aqui cabe-nos mencionar o testemunho de Eusébio em sua História Eclesiástica, ao falar do Evangelho de Pedro, Tomé e Matias:

“Nenhum desses livros tem sido considerado digno de menção em qualquer obra de membros de gerações sucessivas de homens da Igreja. A fraseologia deles difere daquela dos apóstolos; e opinião e a tendência de seu conteúdo são muito dissonantes da verdadeira ortodoxia e claramente mostram que são falsificações de heréticos. Por essa razão, esse grupo de escritos não deve ser considerado entre os livros classificados como não autênticos, mas deveriam ser totalmente rejeitados como obras ímpias”.

Essa postura prevaleceu até a Reforma Protestante e o período posterior chamado de ortodoxia protestante. Com a chegada do método histórico-crítico, filho do Iluminismo e do racionalismo, passou-se a negar a autoria apostólica e a inspiração divina dos Evangelhos canônicos. Os mesmos passaram a ser vistos como produção da fé da Igreja, sem valor real para a reconstrução do Jesus histórico. Dessa perspectiva, os evangelhos apócrifos chegaram então a ser considerados como literatura tão válida como os canônicos para nos dar informações sobre o Cristianismo nascente, embora não sobre o Jesus histórico.

O renascimento do interesse pelos evangelhos apócrifos, em particular, os gnósticos.

A partir da visão crítica defendida pelo liberalismo teológico e pelo método histórico-crítico, em anos recentes os evangelhos escritos pelos gnósticos passaram a receber grande atenção e importância nos estudos neotestamentários das origens do Cristianismo e na chamada busca do Jesus histórico.

Vários fatos têm contribuído para isso. Primeiro, o surgimento do Jesus Seminar nos Estados Unidos, considerada a 3ª. etapa da busca do Jesus histórico iniciada pelos liberais do século XVIII. Um de seus membros mais conhecidos, cujas obras têm sido traduzidas e publicadas no Brasil é John Dominic Crossan. Em sua obra O Jesus Histórico: A vida de um camponês judeu do mediterrâneo de 1991, ele emprega os apócrifos Evangelho de Pedro e especialmente o Evangelho de Tomé para a reconstrução do Jesus histórico. Segundo Crossan, essas duas obras são mais antigas que os Evangelhos canônicos e contém informações importantes que não foram incluídas em Mateus, Marcos, Lucas e João. Essa atitude de Crossan é característica dos demais membros do Jesus Seminar e de muitos outros eruditos neotestamentários, que aceitam a autoridade dos evangelhos apócrifos, especialmente os gnósticos, acima daquela dos canônicos. Aqui podemos mencionar Elaine Pagels, cuja obra Os Evangelhos Gnósticos, recentemente traduzida e publicada em português, vai nessa mesma direção.

Segundo, a publicidade e o sensacionalismo da grande mídia em torno da descoberta e publicação dos textos dos evangelhos gnósticos, como o Evangelho de Judas e de Tomé. A mídia tem difundido a teoria de que a Igreja cristã teria ocultado e guarda até hoje outros evangelhos que remontam à época de Jesus e que contradiriam e refutariam totalmente o Cristianismo tradicional e ortodoxo. A veiculação pela mídia vai na mesma linha de propaganda e especulações anticristãs voltadas mais diretamente contra a Igreja Católica Romana e que acaba respingando nos protestantes, especialmente as igrejas históricas. Em 2004 foi o Evangelho de Tomé. Em 2006 foi a vez do Evangelho de Judas ganhar a capa de revistas populares pretensamente científicas. A ignorância dos articulistas, o preconceito anticristão, a busca do sensacionalismo, tudo isso contribuiu para que a publicação do manuscrito copta do Evangelho de Judas recebesse uma atenção muito maior do que a devida. Em 2007 foi a suposta sepultura de Jesus, uma inscrição antiga contendo o nome de Tiago, irmão de Jesus, e outras “descobertas” arqueológicas, fizeram a festa da mídia em anos mais recentes.

Não se deve pensar que essa atitude é um fenômeno atual. Desde os primórdios do Cristianismo, escritores pagãos como Celso e Amiano Marcelino publicam material atacando as Escrituras e o Cristianismo. Estou acostumado a assistir, anos a fio, a exploração sensacionalista dessas descobertas. Quando da descoberta dos Manuscritos do Mar Morto e das polêmicas e questões inclusive legais que envolveram a tradução e a publicação dos primeiros rolos, a imprensa da época especulava que os Manuscritos representariam o fim do Cristianismo, pois traria informações que contradiriam completamente o Evangelho. Os anos se passaram e verificou-se a precipitação da imprensa. Os rolos na verdade tiveram o efeito contrário, confirmando a integridade e autenticidade do texto massorético do Antigo Testamento.

Terceiro, produções de Hollywood como “O Código da Vinci”, “O Corpo”, “Estigmata”, “A última Ceia de Cristo” que se baseiam nesses evangelhos gnósticos têm servido para difundi-los popularmente.


O Evangelho de Judas

Examinemos mais de perto os dois evangelhos gnósticos que têm atraído recentemente a atenção da academia e do público em geral, que são os evangelhos de Judas e de Tomé.

O Evangelho de Judas preservou-se em um manuscrito copta do século IV, que supostamente conteria uma tradução do evangelho apócrifo grego de Judas, cuja origem é estimada em meados do século II. A restauração e a tradução do manuscrito copta foram anunciados em 6 de abril de 2006, pela National Geographic Society em Washington.

Não se trata da descoberta do Evangelho de Judas. O mesmo já é um velho conhecido da Igreja cristã. Elaborado em meados do século II, provavelmente na língua grega, era conhecido de Irineu, um dos pais apostólicos. Na sua obra Contra as Heresias, Irineu o menciona explicitamente, como sendo uma obra espúria produzida pelos gnósticos da seita dos Cainitas. No século V o bispo Epifânio critica o Evangelho de Judas por tornar o traidor em um feitor de boas obras.

Não se trata também da descoberta de um manuscrito antes desconhecido contendo essa obra. Acredita-se que o único manuscrito conhecido, escrito em copta, foi descoberto em meados da década de 1950 e depois de uma longa peregrinação nas mãos de colecionadores, bibliotecas, comerciantes de antiguidades e peritos, chegou às mãos das autoridades. Sua existência foi anunciada ao mundo em 2004. Trata-se de um códice com 25 páginas de papiro, envoltas em couro, das 62 páginas do códice original. Somente essas 25 páginas foram resgatadas pelos especialistas. A tradução que veio a lume em 2006 é dessas páginas.

O que é de fato novo é a tradução do texto desse apócrifo, texto até então desconhecido. Contudo, o ponto central que a mídia tem destacado com sensacionalismo, já era conhecido mediante as citações de Irineu e Epifânio, ou seja, que esse evangelho procura reabilitar Judas da pecha de traidor, transformando-o em vítima e herói.

Várias matérias publicadas na mídia diziam que Judas Iscariotes é o autor desse evangelho. Contudo, não existe prova alguma disso. Segundo o relato dos quatro Evangelhos canônicos, Judas suicidou-se após a traição. Como poderia ser o autor dessa obra? Irineu, no século II, atribuía a autoria do evangelho de Judas aos Cainitas, uma seita gnóstica. No códice descoberto e agora publicado, não consta somente o evangelho atribuído a Judas, mas duas obras a mais: a “Carta a Filipe” atribuída ao apóstolo Pedro e “Revelação de Jacó”, relacionado com o patriarca hebreu. A presença do evangelho de Judas em meio a essas duas obras apócrifas é mais uma prova da autoria espúria desse evangelho. Chega a ser irritante o preconceito da mídia, que sempre veicula matérias que negam a autoria tradicional dos Evangelhos canônicos, mas que rapidamente atribui a Judas Iscariotes a autoria desse apócrifo.

O manuscrito que agora foi traduzido não data do século II, mas do século IV. Especula-se que é uma tradução para o copta de uma obra mais antiga escrita em grego, que por sua vez dataria de meados do século II. Daí a inferir a autoria de Judas Iscariotes, que morreu na primeira parte do século I, vai uma grande distância. A seita dos Cainitas, segundo Irineu em Contra as Heresias, era especialista em reabilitar personagens bíblicas malignas, como Caim, os sodomitas e Judas. A produção de um evangelho reabilitando o traidor se encaixa perfeitamente no perfil da seita.

Ao final, pesando todos os fatos e filtrando o sensacionalismo e o preconceito anticristão, a publicação do evangelho de Judas em nada contribuirá para nosso conhecimento do Judas Iscariotes histórico e muito menos do Jesus histórico – servirá apenas para nosso maior conhecimento das crenças gnósticas do século II. Não representa qualquer questionamento sério do relato dos Evangelhos canônicos, cuja autoria e autenticidade são muito mais bem atestadas, datam do século I e receberam reconhecimento e aceitação universal pelos cristãos dos primeiros séculos.



O Evangelho de Tomé

Esse Evangelho consiste numa coleção de 114 ditos que Jesus supostamente teria ditado a seu irmão gêmeo, Tomé. Ele faz parte da livraria gnóstica descoberta em Nag Hammadi em meados do século passado. O que temos é um manuscrito copta, tradução de uma versão em grego desse Evangelho, datada do séc. III. Calcula-se que o evangelho original deve ter sido escrito no séc. II.

Não se trata de um evangelho no sentido usual do termo, visto que não contém qualquer narrativa sobre o nascimento, ministério ou paixão de Cristo. Trata-se de uma coleção de ditos de Jesus sem qualquer moldura geográfica, temporal ou histórica que nos permita localizar quando, onde e em que contexto Jesus os teria pronunciado. Calcula-se que foi escrito na região da Síria, onde existem tradições sobre o apóstolo Tomé e onde se sediava a seita dos encratitas, ascéticos que defendiam uma forma heterodoxa de Cristianismo.

Apesar de trazer muitas citações dos evangelhos canônicos, a teologia do Evangelho de Tomé é abertamente gnóstica. Defende a salvação através do conhecimento secreto e esotérico que Jesus revelou a seu discípulo Tomé. Está eivado das dicotomias e dualismos característicos do pensamento gnóstico mais evoluído do séc. II. Trata-se claramente de uma produção dos mestres gnósticos, que se valeram dos evangelhos canônicos e do nome do apóstolo Tomé para divulgar e espalhar suas crenças.

Como reagimos a tudo isso?

Apesar de todos os esforços da mídia e dos liberais, não se consegue provar que os evangelhos gnósticos foram escritos no primeiro século. Eles são produções posteriores aos canônicos e que se valeram dos canônicos como fontes. O maior argumento dos liberais para provar que o Evangelho de Tomé, contendo ditos de Jesus, foi escrito no séc. I antes dos canônicos depende da existência do suposto proto-Evangelho “Q”, a qual nunca foi provada.

O testemunho dos pais apostólicos é unânime em rejeitar esses evangelhos e atribuí-los a falsificações feitas pelos gnósticos com o propósito de espalhar suas ideais e ensinamentos. O conteúdo deles é distintamente diferente dos evangelhos canônicos e da religião ensinada no Antigo Testamento.

As reconstruções do Jesus histórico feitas pelos que dão prioridades aos apócrifos, especialmente os evangelhos gnósticos, deixam sem explicação o surgimento das tradições escatológicas a respeito dele que hoje encontramos nos Evangelhos canônicos. Nem mesmo a tese da “imaginação criativa da comunidade” defendida pela crítica da forma pode explicar satisfatoriamente como um camponês judeu, com idéias e estilo de vida de um filósofo cínico, praticando o curandeirismo entre o povo simples, cheio de idéias gnósticas, acabou por ser transformado no Cristo que temos nos Evangelhos em tão curto espaço de tempo, e ainda com as testemunhas oculares dos eventos ainda vivas."


Por Augustus Nicodemus Lopes
Vinacc / Portal Padom

sábado, 23 de julho de 2011

HERESIA COMO TRATÁ-LA? ELA É OU NÃO UMA HERESIA, NUNCA MENOS.

*Charge encontrada na web acerca da reação contra o que se considera fundamentalismo ingênuo
Todo religioso zeloso ( e isso não se aplica somente ao cristianismo ) é ferrenho inimigo do que possa ser chamado de heresia. Podemos afirmar com propriedade que é áspero, obstinado, odeia e combate a referida heresia sistematicamente. O combate a pretensa "heresia" funciona muitas vezes como afirmação e combustível necessário a afirmação de sua própria forma de crença e posição religiosa particular. Muitas vezes a heresia é pretensa e desculpadamente identificada como uma parcela menor que se diferencia de uma compreensão mais aceita, temporal, geográfica ou de grupo, mas isso nem sempre é verdade. O que começa como uma seita ( divisão ) toma proporções numéricas que tornam a outra parte, antes majoritária, uma "seita" em termos estritamente e numericamente absolutos.

Introdução 

Como afirmou ponderadamente meu querido irmão Jorge F. Isah do blog Kálamos, o número de indivíduos partidários de algo não tem exatamente significado algum numa decisão por uma eventual posição mais verdadeira, incluídas aí posições teológicas cristãs-evangélicas. Trata-se portanto de um fato constatado facilmente ao observar-se a realidade diante de todos nós. Dois bons exemplos entre tantos e tantos passíveis de serem lembrados, dois exemplos reais, são o da criação da Igreja Adventista, que na sua origem apenas enfatizava biblicamente a volta do Senhor Jesus. Essa igreja adventista original não existe mais e em seu lugar surgiu a poderosa denominação considerada tecnicamente paraprotestante, a Igreja Adventista do 7º Dia,  e suas várias raminficações ( Adventista da Reforma, Adventista da Promessa [ renovada ], com peso e influência social importante, e porque não, incontestável.

O próprio cristianismo primitivo surgiu como uma "seita judaica", passível de combate e perseguição objetivas, incluídas aí a própria perseguição patrocinada por Saulo de Tarso ( o apóstolo Paulo do Novo Testamento ). Outro exemplo ( prometi apenas dois mas há  indubitavelmente um terceiro igualmente importante e relevante sob vários aspectos ) é a dos pentecostais, que no caso do Brasil, nasceu em uma igreja batista tradicional, da qual os dois missionários suíços foram expulsos dando origem a maior denominação evangélica brasileira, A Assembléia de Deus.

Na maioria das vezes o que é considerado "heresia" é difamado e descredenciado a "boca miúda" sem muita manifestação estrondosa, embora pública, restrita a literatura, palestras, pregações em congressos, seminários, e modernamente blogs, sites, fóruns, etc. Uma contradição se estabelece entretanto, quando mesmo a despeito de todas as análises e comparações, não há de fato uma clara prevalência frente a realidade. Já explico: religiosos falam de suas convicções, na maioria das vezes a religiosos e muito mais vezes entre indivíduos e até grupos pares, assemelhados ás suas próprias convicções. Geralmente religiosos se dão muito mal ( e isso não é uma particularidade de evangélicos, de cristãos, mas de qualquer religioso ) quando confrontados por uma realidade fora de seu espaço e além das infindáveis repetições de seus pontos de fé. A culpa é sempre colocada sobre as costas dos que não crêem como ele ( religioso ), mas nem sempre é verdade.

Acusam esses ( os religiosos ) que os incrédulos e ateus apelam e passam para o terreno das ofensas e vão embora. Muitas vezes são os religiosos que têm essa atitude,sabem falar, mas não sabem ouvir, e portanto dar a resposta que mesmo nem sempre sinceramente os seus oponentes exigem. Podemos nós, como crentes e cristãos que somos, imaginarmos Jesus Cristo sem resposta a algum interlocutor? Nunca. Nos evangelhos o vemos dar respostas claras, precisas e disconcertantes a todos os seus interlocutores e adversários. Jamais foi pego em uma contradição, a não ter uma resposta, mesmo quando desnudava a hipocrisia e a classa má intenção de quem o arguia.

Simplificadamente, em qualquer religião "heresia" ( fujamos por ora da definição dicionaresca ) é o que diverge e se opõe a uma afirmação aceita até então. Heresia é logo uma novidade temporal comparada a afirmação que a antecede e que pode inclusive mostrar, revelar a afirmação anterior como sendo ela, de fato a real heresia. Essa é a realidade. Os exemplos são muitos: o batismo infantil é uma heresia frente a redescoberta do batismo de adultos. Históricamente antes é que  era o contrário e resultou em não poucas mortes e perseguições, por exemplo contra os anabatistas. Hoje praticamente todas as igrejas autodenominadas "evangélicas" são "batistas". Os batistas são "batistas" ( claro! ), "presbiterianos  renovados são "batistas", Metodistas Wesleyanos são "batistas", Testemunhas de Jeová são "batistas" ( Testemunhas de Jeová, Adventistas e Mórmons  são tecnicamente paraprotestantes ) são "batistas", Universal do Reino de Deus são "batistas" e assim por diante.

Heresia é portanto uma idéia, que origina no indivíduo, se expande para o grupo, para o mundo, e que a bem da verdade pode ser facilmente descredenciada pela realidade. Ela só permanece por que a sua afirmação normalmente se faz na manutenção de uma idéia oposta. Ou seja a afirmação de uma heresia depende em muito de uma idéia oposta a si mesma ou de um vácuo de descrição de uma realidade dentro de uma mesma esfera ou arquitetura teológica. Por exemplo: o cristianismo não é uma heresia frente ao islamismo e nem o islamismo uma heresia frente ao cristianismo. Há heresias cristãs dentro do cristianismo e heresias islâmicas dentro do islamismo. Há contudo afirmações heréticas islâmicas frente ao cristinaismo e do cristianismo frente ao islaminsmo. A trindade é uma heresia frente ao afirmado pelo islã e a inexistência do pecado original é naturalmente uma heresia frente ao cristianismo.

Isso posto, as perguntas que se fazem obrigatória e razoavelmente são : 


Uma heresia, como afirmação aberrante, pode ser desmontada facilmente? 

E se pode ser contraargumentada, por quem e como, internamente no âmbito da religião em que se origina? Fora dela? Ou por ambas, internamente e externamente?

Em que medida a profusão de livros, de autores, de teses, de estudos aprofundados são necessários e eficientes para demover seus partidários de sua posição?


As minhas respostas sinceras e  pessoais são as que se seguem:

Sim. Podem ser facilmente desmontadas, só que normalmente as afirmações heréticas  são construídas e afirmadas de uma forma elitizada ( tratando-se de heresias de fato, o cristianismo original foi atribuído pelos seus inimigos convenientemente como se fosse uma heresia e uma portanto seus seguidores um grupo sectário ) constituindo-se suas afirmações como uma iluminação dada a poucos. Dai todos os demais converjam para esse grupo como um tipo de Ascenção em termos de conhecimento. é como se o indivíduo migrasse de uma posição de ignorância e desconhecimento ( conhecimento menor ) para um maior. De fato o sujeito é pego pela vaidade mesmo. No cristianismo evangélico-protestante, adventistas, testemunhas de Jeová, mórmons, etc migraram de uma igreja para outra por terem acesso a "revelações" e "explicações" não existentes em suas antigas denominações. O fato é que com essas novas aquisições e informações essas pessoas não querem perder ou deixar o que adquiriram com suas "informações heréticas". Se sentiriam perdidas e vazias, num estado muito pior do que se encontravam antes em sua antiga fé.

A contraargumentação é de mão dupla mas não toda eficaz por si  só. A heresia pode e deve ser desmontada lógica e razoavelmente interna e externamente. No caso da transfusão de sangue pelos Testemunhas de Jeová, pelos demais cristãos e evangélicos, mas pelos médicos, biólogos, juristas, etc, incluindo  se são ateus. Geralmente a heresia, seja qual ela for possui umerro simples, geralmente mascarado por uma arquitetura complexa e de difícil apreensão ao iniciante. Somente depois de muita exposição, leitura esclarecedora originária do círculo fechado de seus defensores é que ela é de fato assimilada pelo seu novo defensor. De fato, no caso da fé cristã, a heresia é alimentada principalmente porfontes extra-escriturística, ou seja é praticametne impossível manter uma heresia dentro da fé cristã só pela Escritura, somente péla Bíblia Sagrada. A heresia dentro do cristianismo depende sempre de um segundo elementoexterno e a parte das Escrituras: um profeta, um teólogo, um anjo, um santo, uma santa, um monge, uma papa, um líder máximo que detém a última explicação, todas as respostas, etc. De fato e na prática, Jesus Cristo é tirado de sua primazia e de Seu lugar único, e as suas declarações pasam a ser filtradas por um outro elemento. Fátima, uma das muitas versões de Maria, na Igreja Catolica Romana; Helen White na Igreja Adventista do 7° Dia; Joseph Smith nas Testemunhas de Jeová; e os exemplos ( muitos ) se suscedem nos Mórmons, na Igreja da Unificação, na Voz da Verdade, no Caminho Antigo, enfim no passado e no presente mais próximo. Em um diálogo com um defensor de uma heresia cristã, esse fatalmente se revelará ao defender os seus pontos com uma citação ( ou várias ) de um intermediário para compreensão da mesma. A Bíbla não lhe basta, pois muitas vezes uma leitura simples, clara, unânime de uma porção qualquer das Escrituras,derruba toda a sua arquitetura teológica. Ouseja, dentro do cristianismo, nenhuma teologia herética se sustém, só com as Escrituras ( toda ela ). Sozinha as Escrituras não sutentam os desvios suspeitamente criados circunstancialmente pelos homens. O erro defendido teimosa e objetivamente por esses, se manifesta facilmente se, em um debate, todos se aterem apenas à Bíblia, às Escrituras.

O erro é tão patente que é manifesto perante um leque muito grande de pessoas e pela própria realidade. A dificuldade é que, dificilmente, o religioso consegue dialogar ( expressar-se e ouvir de fato, as argumentações em contrário ) e confrontar a sua atitude com a realidade. É o caso da Igreja Católica Romana em relação ao controle da natalidade, ao uso da caminsinha, divórcio, etc. Incapacidade de falar sobre o problema e encarar os fatos é a real dificuldade para o herético que advem da sua postura "religiosa" por excelência. De fato o herético não é um "descrente" mas uma crente por excelência, que prioriza um ou mais dados, tidos como revelações particulares, uma aquizição que se sobrepõe e se destaca dos demais crentes. Em síntese os outros "crentes" são menores, ignorantes, incoerentes, obtusos, relápsos, irresponsáveis e menos sérios. Concedentemetne podem ser admitidos com o rótulo educado de "inocentes".

Apologética ( defesa do que mais ortodoxamente se conheça dentro da confissão de fé cristã, no caso ) é importante, mas as extensas discussões, ou o conhecimento profundo de o quanto elas se dão não é algo de grande eficiência, pois na grande maioria das vezes, são apenas repetições e defesas mais apaixonadas  e menos justas do que deveriam de fato serem, por restringirem-se apenas ao diálogo com os seus pares, ainda que opostos. De fato toda heresia pode ser dinamitada pelos fatos. A realidade, mais que a apologética é a maior inimiga da heresia. A Igreja Católica Romana possui em seu panteon mais de mil e quinhentos "santos" distribuídos sem a menor lógica, lógica essa que pudesse passar pelo crivo da inteligência e da mínima justiça. O Brasil tido como "o maior país católico do mundo" possui apenas um "santo" oficialmente brasileiro enquanto países orientais como a Malasia e Filipinas possuem mais "santos" romanos com menor número de cartólicos nos respectivos paises.

Mais heresias: todos os santos ao morrerem gozam da salvação nos céus ( até aí tudo bem se foram crentes e salvos por Cristo ) mas dos céus a dez, quinze séculos, os caras ficam plahando apra a terra e vendo toda a bandalheira como num Big Brother celestial (!!!). Eu pergunto, ser salvo, estar no céu e assistir estupros, assaltos, acidentes e ficar num call center celestial ouvindo milhares e milhares de vozes rezando ao mesmo tempo e te chamando...é demais! Trata-se de um contracenso absoluto! Outra: Nossa Senhora Aparecida ser "padroeira" do Brasil ( !?! )... das duas uma: ou isso é uma piada ou ela é terrivelmente incompetente! Testemunhas de Jeová defendem que somente cento e quarenta e quatro mil irão para o céu...ao receber uam Testemunha de Jeová em sua residência, o falecido Pastor Glaycon Terra Pinto a quem conheci pessoalmente, tendo ouvido toda a sua exposição sem nenhuma interrupção, ao final lhe disse: " Por que você convida a mim para ser mais uma Testemunha de Jeová? Posso estar tomando o seu lugar..." A lógica é uma grande inimiga da heresia, sem dúvida.

Vejamos a guarda do sábado defendida pelos adventistas: como se manifestaria a justiça de Deus, se o crente, o salvo, o adventista, dependeria sempre para o seu conforto e sobrevivência, do "pecado", da "desobediência" do não-crente. Essa é de fato uma contradição real e simplória. De fato uma afirmação tola nos termos em que é enfatizada pelo grupo. Negar essa "verdade" é inadmissível por um adventista, trata-se de sua identidade. Nessa análise há infindáveis exemplos que vão desde não cortar o cabelo, não deixar crescer a barba, não assistir televisão, alguns mais infantis e patéticos e outros  mais sutis e aparentemente mais "intelectuais", mas todos em essência, pura tolice, e defendidos com unhas e dentes por seus crentes como troféus e elemento de identificação e distinção.


Outra característica de uma heresia é que em sua defesa, frequentemente se torce, de fato é o um recurso de afirmação recorrente, de dar uma "segunda explicação" claramente diversa daquela que é apreendida fácil e claramente por um número importante de leitores ( no caso da Bíblia). Embora o número de pessoas não seja elemento essencial na decisão de quem esteja eventualmente errado ou correto, há situações que a clareza precisa ser distorcida, como muita ginástica para fazer as pessoas verem o que não está lá de fato. O homossexualismo é clara e patentemente condenado nas Escrituras, mas alguém pode sugerir um "erro" de tradução, ou uma dezenas de traduções possíveis e das quais, todas reais e verdadeiras, uma delas é escolhida para se encaixar justamente na compreensão diversa desejada naquele texto. A ginástica é tão grande que a maioria das pessoas aceita facilmente o colocado, por não terem acesso as fontes reais, e pela demonstração de erudição que envolve aparentemente o caso, o objeto da nova e "revolucionária" análise.

Finalmente por hora, o que caracteriza uma heresia, embora se apresente como afirmativa, é sempre uma negação frente a realidade. O seu efeito final é sectário, estabelecendo uma elite, seja de que modo essa elite se autoconfigure. O seu objetivo implícito é sempre de tirar de um todo uma parcela distinta, e distinta pelas idéias e não por uma realidade.  Não existe nem por mais remota possibilidade as Testemunhas de Jeová ( não a denominação,mas pessoas de fato que possam ser reconhecidas como tal ) pois não há elementos externos que comprovem tal realidade. Os Adventistas do 7º dia mesmo defendendo algo biblicamente legítimo como a volta de Jesus ( hoje a maioria dos cristãos legítimos são adventistas que aguardam a volta do Senhor Jesus a terra ) não se mostram mais conhecedores de dados referentes a esse importante evento mais do qualquer um e a petética e reincidente tentativa de marcar a data da volta do Senhor, contradiz ao que o próprio Jesus afirmara nas Escrituras, e aos fatos reais.

A eleição exclusiva Calvinista é uma heresia, sujeita a análise como todas as demais e as poucas exemplificadas nessa breve reflexão.   O contorcionismo ao se fazer uma análise mais "profunda"  segundo eles de João 3:16, onde palavras importantes como "mundo" e "todo", tidas como chave para a mudança de sentido de tão importante declaração bíblica é evidente. Obviamente boa parte dos meus irmãos calvinistas ( o somos de fato irmaõs e não apenas retóricamente, porque cremos no nome do Senhor Jesus como o único dado para a nossa real salvação ) ficarão com muita raiva de mim por causa dessa afirmação direta ( embora eu espere que não e que de forma madura e sensata poderem essas questões. A predestinação como apreendida por João Calvino é o alicerce para todo o tipo de  afirmação posterior e também negação ( um Calvinista de carteirinha não só acredita em tais pontos mas nega uma profusão de coisas que lhes causariam muito embaraço, não só teológico, mas frente aos fatos e perante qualquer pessoa, mas isso é uma abordagem feita em outros "posts" nesse mesmo blog.

A pergunta que se faz é: por que Deus suporta as heresias ( difícil encontrar uma denominação em que alguma heresia não cresça e floresça de algum modo ) ao invés de destruí-las  francamente? Por que Deus permite que nos degladiemos em todos os níveis, despendendo energia, talento, dinheiro,etc, sem muitas vezes vencermos definitivamente algum debate mais contundente?

A resposta é bíblica, o joio e o trigo crescem juntos ( atribuem-se a materialidade do joio e do trigo a pessoas e nunca a idéias somente ), se cortar-se o joio o trigo irá junto. Não devemos esquecer que estranhamente o cristianismo foi de certa forma "guardado" dentro da própria Igreja Católica Romana até o evento da Reforma Protestante. Conhecer-se a Bíblia, como a única infalível e totalmente eficiente Palavra de Deus sobrepuja todas as demais circunstâncias. Nenhuma igreja, posição teológica, por si só, salva, salvará nenhum, absolutamente nenhum ser humano. Só Jesus Salva! Ele ressuscitará os que crerem nEle no último dia. Essa é a esperança real do verdadeiro Cristianismo.

Temos apenas uma vida com algumas décadas para afirmarmos e reafirmarmos essa certeza que muitos perdem por questões absolutamente menores. Passamos a nos odiar, a não compartilharmos nada, nem amor nem ajuda e socorro materiais essenciais a vida, tememos uns aos outros como leprosos com os quais não se pode conviver sob o risco de nos tornarmos igualmente doentes. Com todos esses problemas e limitações naturais, prossigamos acima de tudo em conhecermos ao Senhor. Afinal também o cristianismo autêntico não é só teórico mas prático, a ser vivido. O quanto de comunhão com Deus  e em que grau de fato possuímos em nossas vidas, será que conhecemo-Lo só de "ouvir falar", ou face a face, "os nossos olhos o vêem?"

O Senhor seja misericordioso para conosco a cada dia, ajudando-nos a sermos melhores, onde e como estivermos. Amém.

Por Helvécio S. Pereira

sexta-feira, 22 de julho de 2011

ALGO SOBRE O CÉU...VEJA!


Céu e Eternidade

Thomas Ice e Timothy Demy
Há muito tempo atrás, em meio ao sofrimento e à morte, Jó perguntou: "Morrendo o homem, porventura tornará a viver?" Séculos se passaram antes de haver a resposta certa e final dada por Jesus Cristo: "Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto?" (João 11.25,26). Na véspera da Sua crucificação, Jesus disse aos Seus discípulos: "Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também" (João 14.2,3).

O lugar de que Jesus falou é o céu. Ele é a esperança de todo aquele que nEle crê. Durante séculos, o céu foi retratado por artistas, poetas, autores e pregadores. Agostinho, Dante, John Milton, John Bunyan, C.S. Lewis e muitos outros escreveram sobre o céu e suas glórias. O céu é cantado em hinos, música erudita e popular. É mencionado em anedotas e sermões, hospitais e salas de aula. Quase todo mundo tem alguma vaga noção sobre o céu – algumas bíblicas, outras não. A promessa do céu tem dado esperança aos aflitos, conforto aos enlutados e reafirmação aos que enfrentam batalhas espirituais.
O céu é real. Na era da fantasia, dos efeitos especiais, do misticismo e da apatia espiritual, é fácil interpretar o céu de maneira errada. Mas a Bíblia é bem clara quanto à existência e ao propósito do céu. E já que o céu e o Estado Eterno são parte do plano de Deus para as eras, o céu e a profecia estão relacionados integralmente.

Às vezes, quando lemos o jornal, a notícia mais importante não está na primeira página nem nas manchetes, mas nos obituários. Se ainda não recebemos a notícia por amigos e parentes, é ali que ficamos sabendo da morte de amigos, vizinhos e conhecidos. Nessas poucas linhas e colunas somos lembrados de como a vida é transitória e a morte é certa. Quando pensamos na nossa própria morte ou na morte de um parente, a teologia fica bem pessoal.

O que acreditamos sobre vida e morte, bem e mal, céu e inferno é muito importante. C. S. Lewis escreveu sobre a importância do céu: "Se você ler a história, descobrirá que os crentes que mais realizaram neste mundo foram exatamente aqueles que pensavam mais no mundo por vir... É pelo fato dos crentes terem deixado de pensar no outro mundo que se tornaram ineficazes neste mundo". Na verdade isso se aplica a todos nós! Pensar sobre o céu é da maior importância, pessoal e teologicamente.

A escatologia é o estudo dos eventos e personalidades futuros, baseado na profecia da Bíblia. Todas as profecias bíblicas relativas ao futuro serão cumpridas conforme o plano e o cronograma de Deus. Isso está relacionado a qualquer pessoa que já viveu, vive agora, ou viverá. Os ensinamentos da Bíblia sobre o céu e o inferno estão relacionados ao que podemos denominar de escatologia "pessoal". O céu e o inferno são bem reais e pessoais – eles estão relacionados ao nosso futuro.

O pastor e escritor Dr. Steven J. Lawson escreveu sobre o céu:
Não se enganem, o céu é um lugar real. Não é um estado de consciência. Nem uma invenção da imaginação humana. Nem um conceito filosófico. Nem abstração religiosa. Nem um sonho emocionante. Nem as fábulas medievais de um cientista do passado. Nem a superstição desgastada de um teólogo liberal. É um lugar real. Um local muito mais real do que onde você está agora... É um lugar real onde Deus vive. É o lugar real de onde Deus veio para este mundo. E é um lugar real para onde Cristo voltou na Sua ascensão – com toda a certeza![1]
A Bíblia não nos diz tudo o que gostaríamos de saber sobre o céu, mas nos dá vislumbres do futuro para nos encorajar no presente.

O céu é um lugar real

Todo mundo vai para o céu?

Geralmente ouvimos a frase "todos os caminhos levam a Deus", o que implica que todas as religiões podem afirmar que têm a verdade, ou que toda a humanidade terá o mesmo fim. No cristianismo, alguns afirmam que todos receberão salvação. Mas essa posição de inclusivismo não está baseada na Bíblia e não foi a posição histórica da ortodoxia cristã. Passagens como Mateus 25.46, João 3.36, 2 Tessalonicenses 1.8-9 e várias outras ensinam claramente que nem todos serão salvos.[2] Esse é, sem dúvida, um assunto difícil e emocional. Mas ele deve ser o fator de motivação para todo crente compartilhar sua fé. Ser salvo ou não ser salvo é um assunto muito importante, porque está em jogo a eternidade.

Como posso ter certeza de que irei para o céu?

O teólogo Dr. Carl F. H. Henry disse sobre a sociedade contemporânea e seus cidadãos: "A repressão intelectual a Deus e à Sua revelação precipitou a falência de uma civilização que rejeitou o céu para aninhar-se no inferno".[3] Essa afirmação ousada mas verdadeira pode ser um reflexo exato do nosso próprio estado espiritual.

Talvez você tenha chegado a esta última pergunta e ainda não tenha certeza de qual será seu destino eterno. Se este for o caso, esta é a pergunta mais importante para você, e nós o incentivamos a pensar a respeito cuidadosamente.

Nós gostaríamos que você soubesse, sem sombra de dúvidas, que pode ter a vida eterna por meio de Jesus Cristo. No Apocalipse, João faz um último apelo: "O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem! Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida" (Apocalipse 22.17). O que significa esse convite?
Só um caminho

A imagem é de um casamento. O noivo fez um convite à noiva. O noivo está disposto, mas a noiva também está? Da mesma forma, Deus preparou tudo – sem custo nenhum para você, mas a um alto preço para Ele – para que você possa entrar num relacionamento com Ele, que lhe dará vida eterna. Mais especificamente, o convite é feito para quem ouve e está com sede. "Sede" representa uma necessidade. Essa necessidade é o perdão do pecado. Portanto, você deve reconhecer que é um pecador aos olhos de Deus: "Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus" (Romanos 3.23). Deus é santo e, por isso, não pode ignorar o pecado de ninguém. Ele deve julgá-lo. Mas Deus, na Sua misericórdia, preparou um caminho pelo qual homens e mulheres pecadores podem receber Seu perdão.

O perdão foi comprado por Jesus Cristo por alto preço. Quando Ele veio à terra, há 2000 anos atrás, viveu uma vida perfeita, morreu na cruz em nosso lugar para pagar pelo nosso pecado e ressuscitou: "Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor" (Romanos 6.23). A Bíblia também diz: "Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras" (1 Coríntios 15.3-4).
Para obter a salvação e a vida eterna que Jesus Cristo oferece, devemos individualmente confiar que o pagamento de Cristo por meio da Sua morte na cruz e da Sua ressurreição é a única maneira de recebermos o perdão dos nossos pecados, o restabelecimento de um relacionamento com Deus e a vida eterna. "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie" (Efésios 2.8,9). É por isso que João convida quem tem sede a vir e começar um relacionamento com Deus por meio de Cristo.

Você está com sede? Você reconhece seu pecado perante Deus? Se a sua resposta é sim, venha para Cristo. Se você não reconhece sua necessidade de salvação, estará desperdiçando essa oportunidade. Por favor, não faça isso.

Você está com sede?

Quem tem sede e quer salvação pode expressar sua fé por meio da seguinte oração:

Senhor, eu sei que pequei e careço dos Teus caminhos perfeitos. Reconheço que meus pecados me separam de Ti e que mereço Teu julgamento. Eu creio que Tu enviaste Teu Filho, Jesus Cristo, à terra para morrer na cruz pelos meus pecados. Eu confio em Ti, Senhor Jesus Cristo, e no que Tu fizeste na cruz para pagar os meus pecados. Por favor, perdoa-me e dá-me a vida eterna. Amém.

Se fez essa oração com sinceridade, você é agora um filho de Deus e tem vida eterna. O céu será seu lar eterno. Bem-vindo à família de Deus! Como Seu filho, você vai querer desenvolver esse relacionamento maravilhoso aprendendo mais sobre Deus por meio do estudo da Bíblia. Você vai querer encontrar uma igreja que ensine a Palavra de Deus, que encoraje a comunhão com outros crentes e promova a divulgação da mensagem do perdão de Deus para os outros.

Se você já é crente, nós o encorajamos a aprofundar seu relacionamento com Cristo. À medida que crescer, você vai querer viver para Ele à luz da Sua vinda. Você vai querer continuar a divulgar a mensagem do perdão que recebeu. Enquanto você vê Deus preparando o cenário para o drama dos eventos do fim dos tempos, você deve estar motivado a servi-lO ainda mais até que Jesus venha. Que seu coração se ocupe com Suas palavras:

"E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras. Eu sou o Alfa e o ‘mega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim. Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras [no sangue do Cordeiro], para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas" (Apocalipse 22.12-14).(Thomas Ice e Timothy Demy - http://www.ajesus.com.br )

Notas:
  1. Steven J. Lawson, Heaven Help Us! Truths About Eternity That Will Help You Live Today (Colorado Springs: Navpress, 1995), p. 16.
  2. Para um estudo completo desta questão, ver Ramesh P. Richard, The Population of Heaven (Chicago: Moody Press, 1994).
  3. Carl F. H. Henry, Twilight of a Great Civilization (Westchester, IL: Corssway Books, 1988), p. 143.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

UMA IMPORTANTE RESPOSTA

É sempre desejável quando possível, dar esclarecimentos devidos a pessoas que inquiram coisas acerca da nossa fé, pessoas essas com alguma capacidade maior de questionamento e de detalhamento de uma afirmação, sem contudo desviar ou descaracterizar a mesma verdade revelada como tal nas Escrituras judaico-cristãs, tidas por nós crentes, como a única e inerrante, completa e auto suficiente Palavra do único Deus Criador e Sustentador de todas as coisas.


Posto isso, gostaria de lembrar a quem de direito, que o ser humano possui uma natural e compreensível limitação para açambarcar, apreender toda a realidade da sua existência e do próprio universo em que se insere como ser vivente. É fato que alguns homens e também mulheres ( verdade que as mulheres sejam desfavorecidas circunstancial e materialmente na maioria das vezes, mais do que os homens ) se destaquem e tenham bem mais do que outros seus semelhantes, lampejos de genialidade, descobrindo coisas, repensando coisas, impulsionando a humanidade para novos caminhos sejam intelectuais ou tecnológicos. Sem esses favorecidos estaríamos até hoje de tangas ou talvez pior, sem tangas. A total compreensão das coisas, é desse modo, impossível não só a um indivíduo mas a toda a humanidade.

Porém como humanidade, como um grande grupo, um grupo que não pára de crescer e se espalhar pela terra, a humanidade, todos os homens têm na verdade uma possibilidade muito maior de avançar muito mais, muito além do que um individuo sozinho e favorecido por circunstâncias várias, possa avançar. Na Bíblia esse perigo ( chama lo-ei assim, mas significaria possibilidade ) se materializa somente após a expulsão do Édem. Apreende-se facilmente que Deus não destruiu o Édem em um ato de raiva após a desobediência do primeiro casal. Parece que ele ( o Édem ) continuou a existir por um período incerto de tempo. Talvez até o Dilúvio, o que parece lógico. Mas seres celestiais com poder sobrenatural visível foram lá colocados para impedir a volta  ( ou invasão ) dos homens após um grande número multiplicado sobre a terra. Sabe-se hoje que homens sem máquinas e aparatos tecnológicos modernos construíram as grandes pirâmides com peças de duas toneladas cada numa planície desértica de areia movediça e as elevaram a exatos 140 metros de altura no meio desse mesmo deserto.

Muto se fala e de forma direta e simplista sobre a queda do homem ocorrida no Édem. Tal maneira de expressar os fatos ali ocorridos e explicá-los rapidamente não está de modo algum errado, mas também não é exatamente um erro pensá-los ( não repensá-los...pois implicaria em uma outra leitura anti-escriturística ) mais descritivamente sem ferir a revelação Bíblica. Ao comer da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal o homem, nunca cajadada só, fez o que Deus dissera clara e diretamente para não ser feito, embora pudesse ser feito  ( notemos que comer do fruto do conhecimento do bem e do mal não era algo impossível e menos ainda difícil, ao contrário sem impedimento material, apenas legal, moral ), fez de Deus um mentiroso ( como Satanás sugerira, fazendo de Deus um sujeito desconfiado e temeroso de ser igualado e superado, de ter a sua influência, não poder, dividido com outro - obviamente algo real só na mente de Satanás ) e materialmente recebeu algo que não tinha em si mesmo( de fato ganhou e essa é a verdade, Satanás não mentiu nesse ponto, apenas deturpou: ser igual a Deus como conhecedor do Bem e do Mal ) a capacidade de projetar todas as possibilidades más opostas a todo o bem possível a cada situação diante de si. Diante de uma mulher, um homem pode respeitá-la, ajudá-la, protegê-la, amá-la mais que a si mesmo ou estuprá-la, violenta-la, bater nela, humilhá-la, escravizá-la e matá-la. Mesmo ue não a faça essas possibilidades todas sãoconhecidas por sua mente. Não era assim com Adão e Eva antes da queda. Essa é a importante diferença.


Dessa forma além das limitações que não tínhamos ou teríamos pelo favorecimento divino, ganhamos algo que não poderíamos e não podemos lidar ( e não podemos mesmo ): o conhecimento do mal. Aparentemente tudo dado por Deus nos impõe uma contrapartida. Os exemplos são de fato vários, cito um por exemplo: o sexo é surpreendentemente uma experiência  a parte de todas as demais experiências humanas e de tal modo tão forte potencialmente que ninguém escapa incólume de seu exercício, de sua experiência materializada na vida humana. Religiosos, presidentes, intelectuais, artistas, pessoas de intelecto e experiência que vai bem alem da simples sobrevivência são derrubadas, destruídas, subvertidas por algo aparentemente simples na sua fisiologia e funcionalidade como o sexo. E olhe que ao escrever essa frase só me ative a fatos atuais, sem me reportar a toda a história humana.


Como esse pecado entrando na humanidade por um homem passou a todos os demais de forma que todos pecaram e estão todos igualmente destituídos da glória de Deus ( decaídos na sua semelhança com o seu único Criador )?  A resposta é que todo ser humano nasce com a capacidade de solta e livremente avançar na quase infinita capacidade do mal, se tornando impossível a melhor das pessoas ( e as há de fato, pessoas melhores, boas comparativamente a outras terrivelmente más ) passar uma vida sem pecar, seja por atos, seja por convicções, por projeções de idéias, por valores diversos do que seriam os valores de Deus, etc.). Dessa forma  enquanto o pecado era apenas uma possibilidade para Adão e Eva, para nós seus descendentes, é uma possibilidade real e praticamente inafastável, em qualquer de suas manifestações. Produzimos justiça, de fato, e somos até instados por Deus a produzi-la e procurá-la, mas são como trapos, interrompidas, descontinuadas, imperfeitas e incompletas. Jesus no disse  que a nossa justiça como seus discípulos deveria em muito exceder a dos Escribas e dos Fariseus, senão não veríamos ( não entraríamos no Reino de Deus ).

A cristologia, dentro da teologia cristã autêntica, discute de há muito a humanidade-deidade de Cristo. Para salvação necessita-se crer em Jesus Cristo como Deus e Filho de Deus. Colocá-lo em tese, em um Tomógrafo Computadorizado ou examinar o seu eventual DNA, é não só desnecessário mas a meu ver impróprio. Entretanto, discute-se muito se Jesus não era um homem em tudo igual a nós, e se as tentações e provações eram reais ou apenas fictícias, ou seja, apenas aparentes. Alguns afirmam que as tentações e provações eram todas reais e portanto, de fato, terríveis, mas que a Ele, Jesus Cristo, seria impossível  ( por possibilidade ) pecar. O que se apreende  de modo lógico, é que todo o risco corrido foi igualmente um embuste. Cristo teria apenas aparentado correr um risco que de fato jamais correu ( por possibilidade ). Teria sido desse modo apenas um teatro portanto, e tudo um roteiro que não poderia de modo algum, ser de outro modo ( por possibilidade ). Seria embuste do mesmo jeito.


Um exemplo: eu não posso matar um chinês, que vive em uma província desconhecida por mim, na China, a qual jamais visitarei ( por falta  de dinheiro, motivo, não conheço o sujeito, nem sei de sua existência , etc ) isso é POTÊNCIA ( poder para realizar algo, não posso voar por mim mesmo, por exemplo ). Posso matar um chinês, uma POSSIBILIDADE ( desde que cumpridas todas as necessidades e impedimentos, superadas todas as circuntâncias POSSO FAZÊ-LO ). Portanto eu defendo, ainda que pareça incomprensível em todas as suas inferências, que Jesus, como Deus e Filho de Deus, tenha percorrido um real caminho de sacrifício e risco por nós. Essa compreensão não diminui a glória e a honra a Ele devidas pela materialidade do perdão dos nossos pecados, da nossa filiação a Deus, e da vida eterna graciosamente dada a cada um de nós um dia nos céus. Ao contraŕio tráz à compreensão, ainda que palidamente é verdade a luta que o Salvador travou de fato por nossa completa redenção.

O Senhor Jesus Cristo, como Deus e Filho de Deus ( é exatamente isso que as Escrituras nos revelam, algo que não poderíamos saber por nós mesmos, nem colocando-O em uma tomografia  computadorizada e examinando o seu DNA ) poderia pecar ( por possibilidade ) e não pecar jamais ( por impotência para fazê-lo  devida a sua natureza perfeita e unicamente  divina). A resposta tem a ver com tudo o que expus até aqui nessa reflexão: Ele como Deus, aquele mesmo Deus o Criador de todas as coisas e desde sempre conhecedor do bem e do mal, pode ao contrário de nós lidar com o mal, pois Ele é maior do que o mal, o seu conhecimento, algo que jamais poderíamos lidar. Elucida-se aí e portanto a obra vicária ( substituta ) de Cristo. Ele venceu o que jamais poderíamos vencer, como indivíduos o tempo todo e como raça, espécie. O conhecimento do mal é maior do que qualquer um de nós e maior do que todos nós juntos, ainda que somados, ajuntadas, todas as melhores pessoas da espécie humana em todo o tempo e em toda a história.

O segundo Adão ( Jesus Cristo conforme dito nas Escrituras ) é infinitamente superior ao primeiro mas o seu risco e sua luta não foi um embuste, uma encenação. De fato após Sua vida e Sua ressurreição "TODO PODER FOI LHE DADO NOS CÈUS E NA TERRA". Um irmão calvinista me questionou: "se Ele tinha esse poder como foi tê-lo de novo?" ou "antes Ele ( Jesus ) era apenas humano, mas como tal, como Deus que era, como poderia deixar de ser Deus ( que era, eterno e imutável )?" Sob esse raciocínio e suas diversas implicações ( falo da lógica estritamente calvinista ) temos um nó que nem eles podem resolver de maneira cabal. Mas segundo o que compreendo da Bíblia, do que é revelado nas Escrituras, e está tudo lá para nosso esclarecimento, Jesus venceu como homem, correu os riscos todos de inclusive pecar como homem, e o poder nos céus e na terra, refere-se ao poder que o homem teria  ( senão fosse a queda ) de sujeitar a terra, de ligar na terra e ser ligado nos céus, no nosso lugar. Estamos todos os que cremos assentados com ele hoje em lugares celestiais e os demônios, e as doenças,e as circunstâncias até naturais estão sujeitas a nós se estivermos nEle e e a Sua ( dEle ) palavras estiverem em nós biblicamente.

O farto é que a grande maioria de nós cristãos e crentes temos um cristianismo teórico ( falo de mim mesmo ) e nos sentimos satisfeitos com isso. A manifestação sobrenatural ( e o cristianismo autêntico não é natural, não segue a lógica humana e muito menos do mundo incrédulo e rebelde à revelação divina nas Escrituras ) é a essência do cristianismo, aliás de toda a relação homem-Deus em toda a Bíblia. Deus se manifesta ao homem de modo incontestável através de eventos, intervenções miraculosas, que rompem com a mais imaginativa lógica humana e se contrapõe clara e inequivocamente a imaginativa religiosidade construída em toda a história humana como muita inventividade como nos não poucos mitos e lendas e falsos emissários e arautos divinos.

A lógica satânica foi vencida. Manifesta publicamente ( imagino diante dos seres dos céus e dos homens na terra, de ponta a ponta na história humana ). Uma humanidade, como raça, tornada inútil e improdutiva, incapaz portanto de satisfazer os altos padrões divinos é redimida, resgatada, recuperada, pela obra substituta de um homem apenas. Davi e Golias é o arquétipo de um enfrentamento substituto: se Davi perdesse a batalha para Golias, todos os habitantes de Israel, todos os israelitas deveriam ser declarados ( e aceitarem, ) a derrota. A vitória de Davi significou que os Filisteus, foram derrotados na morte de Golias.

Assim Jesus Cristo, como homem sem o pecado ( sem a realidade de não poder lidar com algo maior do que nós: o conhecimento do bem e do mal ), em tudo de fato, em tudo como nós somos tentados ( é o que  a Bíblia, nem mais nem menos ) venceu no lugar de TODOS nós ( João 3:16 ). O critério imposto pela própria Escritura e pelo próprio Senhor Jesus é o de justamente, individualmente, crer nEle ( Jesus Cristo ). De fato todos nós passamos a vida SEM CONHECÊ-LO, as vezes por nunca ter ouvido falar dEle; SEM CONHECÊ-LO POR NÃO CRER NELE ( ter ouvido e não ter dado crédito, levá-Lo a sério de fato e a sua real mensagem ); SEM CONHECÊ-LO POR NEGÁ-LO PEREMPTÓRIAMENTE ( combatê-Lo, combater a Sua existência, influência, verdade, como fez durante toda a vida e morreu afirmando a sua negação- negação de Cristo e de tudo o que ele sigficou e significa para a maioria dos cristãos - como o caso do escritor português José Saramago ).

Se a sua situação é uma dessa três, arrependa-se e  decida-se hoje mesmo, não só conhecê-Lo mas a CRER NELE. Pois Ele mesmo já dissera: "QUEM CRÊ ME MIM TEM A VIDA ETERNA" e "EU O RESSUCITAREI NO ÚLTIMO DIA".

FAÇA-O HOJE MESMO! DEUS O ABENÇOE!

Por Helvécio S. Pereira

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