A fé ou crença, é o ingrediente principal e básico de toda e qualquer religião. Todo religioso, da mais diferente crença, diz para si e para os demais: eu creio. Essa crença possui uma lista pontos bem definidos, claramente ou indiretamente expostos e conforme um trabalho acadêmico feito por um irmão, pastor e teólogo, já disponibilizado nesse blog e bem lembrado, do ponto de vista de estudo, possui, quase sempre, uma teologia popular e uma oficial.
Entre cristãos ( católicos, ortodoxos,reformados,protestantes,batistas, paraprotestantes, pentecostais, neopentecostais e etc, etc.) também há divergências naturais em consequência da diferença cultural, nível de educação, país, região, formação e história dos próprios indivíduos dando como consequência diferença de compreensão e de sistematização da fé cristã. Trata-se de algo absolutamente natural e, penso, mais que compreendida e alvo da misericórdia divina. Sobre as nossas dúvidas Jesus afirmou que "naquele dia nada me perguntareis" quando todas as nossas ansiedades e compreensões truncadas serão devidamente esclarecidas.
Entretanto mais que diferenças de opiniões, de visões, que geram posições diferentes com relação a uma série de ítens, há pontos mais e menos importantes, que causam, obviamente, maior e menor estrago a fé cristã como um todo. Outro ponto é o uso dessas diferenças como armas afiadas e até preparadas contra os próprios irmãos de fé. As vezes essa diferença é diminuida em regiões e ocasiões históricas de forte perseguição a cristãos, levando-os a considerarem menos importantes esses pontos divergentes. Em situação de franco conforto e liberdade religiosa sobra energia para o litígio franco e para a disputa por espaço e supremacia.
Outro caráter das diferenças de crença é o da novidade ou da reafirmação de algo já crido no passado e que foi de algum modo, por algum motivo abandonado na prática. Podemos dizer, quase que sem erro, que a razão é sempre, e até sincera de promover um aperfeiçoamento a fé, removendo arestas ou trazendo um novo brilho, conclamando as pessoas, os crentes, a uma nova postura ou ação embora o efeito seja diverso, bem como a ênfase recaia em lugares indesejáveis para a própria crença cristã.
Há os que advogam uma "fé simples", outros defendem uma "fé rebuscada" baseada em altos e profundos pressupostos, quase elitizada. Alguns reforçam o caráter visível da fé, outros advogam uma fé apenas mental, teológica por excelência. Tanto num grupo como no outro, e isso parece ser sempre verdade, os "erros" parecem ser grosseiros e pouco ou nada razoáveis. Alguns erros afetam o que aparentemente vemos na liturgia e na prática do dia a dia, outros mais dissimulados só podem ser percebidos com muito estudo e análise dos pontos em questão. Alguns, aparentemente são mais aceitos pelo censo comum do próprio grupo religioso ou fora dele, outros mais sutis são impostos e aceitos a partir de um gosto excêntrico de alguns fiéis, fato mais ligado a temperamentos pessoais ou de lideranças.
Posicionamentos diversos não excluem por simples lógica, por simples possibilidade natural, a existência e a realidade de uma crença ortodoxa correta, diria melhor, uma fé cristã estritamente Bíblica, da qual se diversa, assim sim, esta crença se faz de fato herética. Fato é que chamar a um irmão de fé de herético, é algo comumente feito com "boca cheia", como um xingamento prazeiroso, e isso na boca de crentes ( falamos agora do arraial evangélico e não dos cristãos assim denominados como um todo ). Chamar um pastor, uma igreja de herética significa descredenciá-los como crentes, como pessoas que tiveram um encontro genuíno com o Senhor Jesus e que o estejam seguindo e mantendo uma comunhão pessoal com Ele. Mesmo que , além da posição teológica diferente, haja por trás o simples desconforto da percepção de que "aquele não crê como eu creio e não faz como eu faço" chamar um irmão de herético é diminuí-lo em relação a si próprio, é julgá-lo. Isso não quer dizer que, assim como por uma análise lógica , haja a fé correta, não haja a fé incorreta beirando a irracionalidade. De fato há e julgar os pensamentos não significa julgar as pessoas com base nos seus erros teológicos que podem advir de, desde a uma incapacidade intelectual até uma consciente maldade.
Mas o que é essa heresia afinal? Um erro de interpretação Bíblica maior ou menor, um ponto de vista, ou um sintoma de distância ou de nunca, jamais, tal pessoa ou grupo, ter conhecido e de fato ter comunhão com o Senhor? Podem ser as duas coisas, ou apenas uma delas, sendo que no segundo caso trata-se de algo severamente grave comprometendo a salvação do crente.
Para nós crentes evangélicos ou a classificação acadêmica que se queira usar e abusar, a vida cristã começa com um encontro genuíno com o Senhor e que continua como vida cristã, com a promessa e a realidade de que "seríamos guiados em todas as coisas". Deus na Sua sabedoria e justiça, diferentemente providenciou um meio pelo qual, nem as diferenças culturais, econômicas, acadêmicas, de gênero, étnicas, de faixa de idade, pudessem interferir na forma como seríamos conduzidos e sustentados na nossa fé. Côncios disso deveríamos nos sentir seguros que a correta compreensão das coisas relacionadas a Deus se dariam, no plano individual sem maiores problemas. Ademais, a vida cristã, embora se confunda com a vida religiosa do cristão, não o é.
A nossa vida consiste em termos comunhão diária com o nosso Senhor e Salvador e isso também não se confunde com a prática de orações formais, cânticos de hinários, reuniões nos templos e em locais de reunião. Nada disso, embora seja, cada uma dessas coisas, partes claramente benéficas de uma prática religiosa cristã, não são de fato vida e comunhão com Deus. Jesus disse claramente que nem o ato ou ação de pregar em seu nome, expulsar demônios em seu nome e curar enfermos em seu nome significaria conhecê-Lo.
Conhecê-Lo e ter comunhão com Ele é algo que não podemos julgar no outro. Essa comunhão, penso, consiste em você viver todos os seus dias, a partir da sua conversão, como se não estivesse mais sozinho. Você dorme e sente que alguém lhe vê. Você acorda e sente que esse mesmo alguém lhe vê e o acompanha. Você sente que mesmo não sendo o melhor crente, a melhor pessoa, é ainda alvo de uma atenção especial. Mesmo quando não exatamente numa atitude "religiosa evangélica", há alguém a seu lado e você percebe que suas ações e pensamentos divergem ocasionalmente das dela. Do mesmo modo você sabe quando algo que faz lhe agrada ou que deve fazer algo exatamente naquele momento. Sua mente e seus pensamentos estão sujeitos ao molde que Essa presença proporciona. Nada na sua história é alheio a Ele.E não há nenhum momento em que Ele seja excluído da sua existência. Você sente quando é aprovado e quando seus pensamentos e ações são reprovados por Ele. Não importa onde esteja e o que esteja acontecendo ao seu redor, com ou sem igreja, com ou sem reunião e culto, com ou sem a Bíblia nas mãos, a Sua Palavra está inscrita em seu coração e na sua alma.
Sob esse raciocínio a heresia estaria impossibilitada de subsistir em uma comunhão verdadeira como Senhor Jesus, não que o crente genuíno não pudesse dar explicações contraditórias sobre um ou outro assunto ( os discípulos no tempo de Jesus, e na presença dEle, acreditavam em fantasmas ),mas que ainda que sem a compreensão correta de muitas coisas, na comunhão pessoal, Deus nos ensina o que é mais importante naquele momento. Afinal nem todos são mestres ou tem dom para sê-lo e não deveriam ter a pretenção de sê-lo.
Mas o que causa a heresia de fato à igreja institucionalizada? A heresia, tenha a sua origem onde for ( coisa que veremos em outra oportunidade ) sempre rouba algo importante e revelado claramente nas Escrituras embora tenha o caráter de novidade, de esclarecimento, de purificação da igreja visível e que obviamente foge totalmente a esse objetivo.
A heresia tolhe o evangelismo embora, aparentemente pareça promovê-lo em um primeiro momento criando uma casta de indivíduos diferentes e acima dos demais crentes por criar elementos diferenciadores e geralmente visíveis que visam e na prática marcam territórios.
A heresia só se impõe a partir da negação de uma verdade Bíblica já amplamente conhecida. Isso ela a faz de duas maneiras: dificultando ou facilitando uma declaração Bíblica. É como se o próprio satanás dissesse: "não é bem assim o que Deus disse".
A heresia surge e peca por detalhar o indetalhado. Há duas formas de se declarar alguma coisa, sintética ou analiticamente. Gênesis 1:1 é uma declaração sintética: " No principio criou Deus os céus e a terra". é bobagem esmiuçar essa declaração reveladora e simples. As heresias surgem nessa tentativa de elevar uma declaração simples a um nível mais alto ou mais profundo ( depende da visão que se tenha - dá na mesma) fazendo que o foco da mesma seja desvirtuado para um ponto secundário e menor, criando inúmeras variáveis.
A heresia não revela nada de novo, não traz exatamente luz nova sobre nenhum ponto, alimentando tão somente a vaidade natural de seus adeptos. De fato dá uma falsa compreensão sobre uma série de questões paralizando os crentes em torno dessas questões controversas e levando-os a desdenharem tudo o mais, constituindo-se esses únicos pontos uma bandeira de defesa e de luta. O herético é profundamente vaidoso com a sua descoberta, sentido-se mais ou menos "iluminado" e privilegiado. Só para lembrar, não acho que haja privilegiados mentais no reino de Deus, com revelações privilegiadas, há entretanto privilegiados para o serviço, para obras, para lugares, pra ações estratégicas, o que é outra coisa e ótimo assunto para outra oportunidade.
A heresia pode comprometer a salvação, dando aquele que a acata e ou repercute a heresia, a falsa sensação de segurança religiosa e de correção na fé. Há dois tipos de adeptos de uma heresia: o que conheceu e teve sua compreensão das coisas de Deus afetada e distorcida por uma heresia e aquele que jamais conheceu a verdade e que por causa da heresia fica da vez mais distante de conhecê-la, a verdade, por cada vez isolar-se do contato com aqueles que a conhecem e por sua proclamação pública. Esse passa a ouvir somente a sua própria voz e não mais a verdade. Isso porque a o reconhecer que está fatalmente errado teme esse um medo inconsciente de não ser capaz mais de crer. Só que a fé genuína não é um fim em si mesmo mas apenas um meio. A fé genuína é em uma pessoa e não em um modelo filosófico-teológico. Nesse caso se ama a uma pessoa: a Deus. A fé cristã não é uma fé na arquitetura teológica cristã, mas em um Salvador e Deus reais, aos quais nos relacionamos em amor,o que independe de nível cultural, social, econômico, temporal, etc.
A heresia pode comprometer a salvação, dando aquele que a acata e ou repercute a heresia, a falsa sensação de segurança religiosa e de correção na fé. Há dois tipos de adeptos de uma heresia: o que conheceu e teve sua compreensão das coisas de Deus afetada e distorcida por uma heresia e aquele que jamais conheceu a verdade e que por causa da heresia fica da vez mais distante de conhecê-la, a verdade, por cada vez isolar-se do contato com aqueles que a conhecem e por sua proclamação pública. Esse passa a ouvir somente a sua própria voz e não mais a verdade. Isso porque a o reconhecer que está fatalmente errado teme esse um medo inconsciente de não ser capaz mais de crer. Só que a fé genuína não é um fim em si mesmo mas apenas um meio. A fé genuína é em uma pessoa e não em um modelo filosófico-teológico. Nesse caso se ama a uma pessoa: a Deus. A fé cristã não é uma fé na arquitetura teológica cristã, mas em um Salvador e Deus reais, aos quais nos relacionamos em amor,o que independe de nível cultural, social, econômico, temporal, etc.
Finalmente é possível errar-se em interpretações da Escritura e não constituir isso uma heresia? Sim. Se a vida cristã fundamenta-se na comunhão como Senhor, posso entender algo de modo errôneo hoje e ter uma melhor compreensão amanhã ou com o decorrer do tempo, isso é a genuína experiência cristã. Quem não tem sabedoria, "peça a Deus", é nos dito nas Escrituras. Há a real possibilidade de não entender algo que as Escrituras declarem e isso é plenamente natural, mas ao que se refere essencialmente, todo crente renascido terá a compreensão de quem é o seu Salvador e Senhor e da esperança e promessas relacionadas a sua salvação. O erro é antes de ter a certeza, e a partir da presunção de saber tudo, sair convencendo os outros que também não sabem, ou sabe menos do que eu, das minhas vaidosas "descobertas".
Conhecimento de Deus e comunhão com o Senhor não podem ser aferidos por uma sabatina acadêmica ou muito menos não acadêmica, mas por uma vida sincera diante do Senhor e a partir de uma comunhão real com Ele. E não há nenhum problema em assumir que não sabemos tantas coisas mesmo relacionadas com a Palavra de Deus. Lembrando ainda que o "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria. " Sejamos sábios e totalmente tementes a Ele o Senhor de todas as coisas, Perfeito e Santo.
Conhecimento de Deus e comunhão com o Senhor não podem ser aferidos por uma sabatina acadêmica ou muito menos não acadêmica, mas por uma vida sincera diante do Senhor e a partir de uma comunhão real com Ele. E não há nenhum problema em assumir que não sabemos tantas coisas mesmo relacionadas com a Palavra de Deus. Lembrando ainda que o "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria. " Sejamos sábios e totalmente tementes a Ele o Senhor de todas as coisas, Perfeito e Santo.
Por Helvecio S. Pereira
FINALMENTE, VALE SEMPRE VER DE NOVO, UM EXCELENTE VÍDEO COM A CANÇÃO " O PRAISE HIM" DE DAVID CROWDER BAND QUE EXPRESSA A COMUNHÃO PESSOAL COM O SENHOR NO DIA A DIA , A VERDADEIRA BASE PARA O CONHECIMENTO DE DEUS.
De vez em quando, um ou outro anúncio completamente divergente da fé cristã evangélica é veiculado oportunamente em nosso blog. Trata-se puramente de um mecanismo do Google de incluir anúncios que se interrelacionem com o tema e assuntos abordados no blog. Trata-se algo normal, desde que aceitamos a possibilidade de adição de anúncios em troca, da gratuita possibilidade desse serviço na web que leva as nossas reflexões a milhares de pessoas. Se você é um crente saberá desconsiderá-lo.
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