É estranho e chega a ser cômica, a compreensão errônea dos que acham uma ofensa, ouvirem outros confessarem-se "salvos", ou seja, terem a certeza da salvação. Católicos romanos, na sua imensa maioria não praticantes, e muitas vezes mais praticantes de outra religião, o espiritismo, que tecnicamente não possui ritos como batismo, casamento e culto fúnebre, razão pelas quais espíritas também são católicos romanos, se sentem ofendidos, quando um evangélico diz com todas as letras ser um salvo.
Estranho é que se eles mesmos não se reconhecem como salvos deveriam estar muito preocupados por serem justamente ( ainda que por pura possibilidade ) perdidos. Ser um perdido ainda que no último dia, lá no Juizo Final, não é boa coisa a se pensar. Um empresário, um financista, um político, um esportista, não brinca com a possibilidade de uma situação adversa. Pergunte-os sobre o assunto e verá que nenhum deles considera algo de menor importância, ou sem importância nenhuma, o fato de perderem dinheiro, abandonarem um projeto, ficarem na miséria, perderem um campeonato ou uma eleição. Como ao se tratar da vida eterna, em um estado de perfeição, em um mundo perfeito as pessoas não considerarem a seriedade do caso?
A salvação é algo a ser obtida, pois não se a tem. Deve ser desejada e buscada, sonha-se com ela, deseja-a com paixão e ardentemente. E isso contra as opiniões superficiais de alguns, não é algo pertinente a cristãos evangélicos pois religiões não cristãs e com outra cosmovisão, a purificação, o aperfeiçoamento e a esperança de unir-se a algo ou alguém em estado de perfeição faz muito seriamente parte de sua esperança. Pergunte a um muçulmano, a um hindu que se banha no Ganges porque se sacrificam indo a Meca ou ao Ganges pelo menos uma vez na vida, e no caso dos indianos a levarem corpos de parentes ou cinzas do mesmos até as águas poluidas do rio sagrado de sue país e cultura? Por que no ocidente com base em justificativas pouco razoáveis, se zomba tão insistentente da própria consciência que assinala para a condição de carência humana, do desejo de uma vida que suplante a morte e que alcance um estado ideal em uma presumida eternidade?
Havendo um Deus provedor e dono ( sentido da palavra ou termo Senhor ) no caso de um mundo e um destino futuro, não teria esse Deus, essa divindade soberana, o direito legal de salvar quem a Ele aprove, seja por critérios por Ele definidos? Consequentemente não salvar ( e aí o perdido é a condição consequente de uma eliminação ou não aceitação, de uma não salvação ) a quem não satisfizer determinadas condições, legalmente determinadas por Ele mesmo?
Claro que sim, ainda que essas condições fossem difíceis, impossíveis a grande e imensa maioria, havendo perdição, condenação, essas seriamente determinadas deveriam ser temidas em extremo e todos deveriam mui logicamente tentar de todos os meios a elas escaparem, não ignorá-las. Se essa não salvação, esse estado de condenação não for lá assim muito grave, claro e obviamente deveriam ser aceitas com resignação, desde que fossem tão suportáveis como a média geral de sofrimentos ocorridos nessa vida. Até, técnicamente a salvação poderia até ser preterida, ou desejada apenas por alguns mais ambiciosos.
Não é isso que a Bíblia declara. Pelo que ela revela em sues muitos registros e nas palavras do próprio Senhor Jesus, a perdição é a pior coisa que pode acontecer a um ser humano. É o pior mal, o maior sofrimento possível e pior não pode ser suportada e nem resignada. É uma doença sem cura e sem final, uma dor sem alívio e sem consolo, é uma consciência que não se aplaca. É puro tormento no mais inimaginável estado de dor e sofrimento. Ninguém quer ficar miserável, doente, mudo, incapaz, solitário ( uma marca da condenação eterna, não haverá vida social no inferno, melhor consciência, aprendizado, nada! ) como então acreditar de bom grado a possibilidade plausível de uma condenação e uma perdição?
Pois é exatamente isso que a grande maioria das pessoas fazem nesciamente todos os dias, durante toda uma vida. Não se trata de religião "A" ou "B", denominação "x" ou "y", teologia "Z" mas de salvação que a Bíblia afirma e revela categoricamente ser possível apenas por um meio cuja simplicidade é desprezada e ignorada pela imensa maioria das pessoas: somente pela graça e pela fé confessada única e exclusivamente na pessoa viva do Senhor Jesus Cristo como Deus e Filho de Deus e mais nada. Quem tem o Filho tem a vida, quem não tem já está condenado.
O que todos têm assegurada e desgraçadamente é um passaporte carimbado para a perdição eterna. cada um precisas urgentemente livrar-se dele, mudar a sua condição de perdido para a de salvo, pois o dia da morte não se sabe qual é por motivos alheios a todos os seus cuidados ou por limite natural, mas a morte, o último suspiro é certo e definitivo. Se não é salvo , se a sua convicção de salvação não tem apoio nas Sagradas Escrituras, como revelados na Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus, você segundo essa mesma Palavra é um perdido eternamente, morra hoje ou morra depois.
Não há como não tocar nesse assunto tão sério e falar claramente acerca de um dilema teológico no arraial cristão evangélico. Todo crente em Jesus e em comunhão com Ele, tendo como seu único e suficiente Salvador é um salvo, perdoado, remido, purificado e herdeiro da vida eterna. Todos salvos pela única e suficiente graça de Deus dada em Cristo Jesus. Porém há os que tem a opinião de que Jesus não morreu por todos mas somente por alguns. Isso parece xique teologicamente mas é de uma maldade e insanidade tal que além de prejudicar grandemente a pregação e possibilidade da salvação dos perdidos, peca pela classa inlogicidade.
A predestinação errôneamente compreendida é loucura, embora eu não entre em questões teológicas nesse momento. Você irmão calvinista, pare para pensar um pouco, de modo claro: você é salvo porque creu e crê no Senhor Jesus e no evangelho, na salvação pela graça e segundo o seu entendimento você é um "escolhido", isso é bom e aceitável, mas segundo a sua mesma compreensão os perdidos já foram criados para se perderem não é mesmo? Nada e nem eles mesmos podem mudar essa condição pois segundo esse raciocínio além de ser uma decisão divina antes de todo o tempo, na eternidade, se Deus não lhes dá a fé, não poderão jamais crerem e claro serem salvos. como em sã consciência você pode olhar para um pai, uma mãe, uma esposa, um esposo, um filho, uma filha, uma avó , um avô, tio, tia, falando de parentes mais próximos de pessoas naturalmente muito queridas, sorrir para elas, usufruir da comunhão e amizade, respeito e gratidão e aceitar naturalmente a sua perdição?
Não precisa me responder eu conheço as respostas dadas por alguns. Responda para si. O meu modelo, a minha compreensão é melhor, e mais condizente com tudo que a Bíblia diz : todos podem ser salvos se assim o desejarem, se assim o quiserem, se assim crerem. O Senhor Jesus Cristo morreu por TODOS e TODOS os que tomarem conhecimento de SUA salvação e crerem nEle serão salvos, graciosamente, somente pela fé nELE. Por isso todos devemos testemunhar, anunciar, pregar, convidar, instar, orar, visitar, "forçá-los a entrar para que a minha casa se encha" disse o Senhor Jesus. As cartas não estão marcadas, todos os que quiserem podem vir e beberem da água da vida. Famílias inteiras, se todos, se cada um dos indivíduos crerem poderão ser salvas. Não impedimento ou restrições, só a possibilidade da fé, de livremente sentirem o terror da perdição e buscarem a sua própria salvação naquele que pode ressuscitar-nos no último dia.
Os demônios não podem ser salvos. A possibilidade oferecida aos homens os foi por justiça e por motivos aos quais ignoramos negada completamente. A nós é oferecida amorosa e insistentemente apenas com uma condição, a mediação do testemunho de outro ser humano. Anjos não podem pregar o evangelho aos homens. A salvação, a cura, a libertação só pode ser anunciada por outro ser humano. De um lado o testemunho fiel e o amor de uma pessoa anunciado a mesma graça a seu semelhante, do outro um outro ser humano que só pode crer através de um testemunho de outro ser humano igual a ele, pecador limitado. Quem ouve pode duvidar, ignorar, fugir da mensagem e não dar ouvidos a verdade presumida e permanecer perdido. É a liberdade individual, a benção e a maldição da escolha livre e responsável.
Diante do homem está pois colocada mais uma vez a benção e a maldição, a vida eterna ou perdição eterna. Lembrando que a perdição cada um já tem assegurada e carimbado o seu passaporte para o inferno. Um acidente, uma doença, a própria longevidade dão fim a oportunidade de ser salvo, a possibilidade única de salvação que depende da confissão da fé salvadora na pessoa de Jesus Cristo vivo, eternamente Deus. Ao homem é ordenado morrer uma só vez vindo depois disso o juízo. Qual a sua escolha?
Por Helvécio S. Pereira
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