DEUS nos adverte através das Escrituras que não somos como Ele, não estamos no mesmo nível de pensamento, de raciocínio, não vemos como Ele mesmo vê, não sabemos como Ele sabe e portanto não julgamos como Ele julga. Isso parece algo solto e facilmente esquecido. Traduzido na pŕatica significa para crentes e não crentes, cristãos e até ateus que se gabam por pensarem de modo aparentemente mais lógico, racional que as demais pessoas fanáticas e místicas, que nem por possibilidade remota, nos aproximamos do seu perfeito padrão de ser e de existência. Isso seria plenamente suficiente para nos calarmos não poucas vezes, houvesse o que houvesse, parecesse o que parecesse.
Porém aparentemente, o fato de sermos os únicos a sermos ordenados a sermos efetivamente testemunhas, pregando, anunciando, compartilhando, testemunhando e até ensinando, em nome dEle, vamos um pouco mais além, e como Judas damos "pitacos" bem menos contidos, esquecendo tolamente das muitas advertências do Senhor com relação às nossas atitudes. Li uma das postagens mais lidas em um dos blogs de um querido irmão, me cocei para dar uma opinião, postar um comentário, mas como se diz, dei meia volta ( metafóricamente ) e pensei "não farei isso dessa vez", tirarei uma lição primeiro para mim e não farei a mesma coisa, não terei a mesma atitude, se ele está errado segundo o que vejo, errarei com ele, e se percebi isso ( o erro ) não o farei.
Tocar nesse assunto aqui não é o mesmo de dar uma resposta ou fazer uma defesa naquele momento que implicaria em uma série de detalhes relativizados e que não só não o convenceria mas criaria uma polêmica em torno do que definitivamente não é importante. Por razões naturais, por ser de uma outra denominação e ramo evangélico, o irmão foi a uma igreja e não gostou do culto, do pregador, do barulho, das músicas, etc. No resumo da ópera, embora muito compreensíveis as suas opiniões sobre tudo, que bem podem ser consideradas, o referido irmão fez um julgamento, condenou toda a reunião, a atitude das pessoas ali, a músicas, a mensagem, a própria existência daquela igreja. Obviamente deveria ser trocadas aquela reunião, aquele pregador, as músicas, os músicos, as pessoas, toda a reunião ( muita gente, mas muita mesmo, que tal uns gatos pingados de gente conhecida há algumas décadas? ) e substituídas pelo quê? Pela reunião de preferência do referido irmão, ouvindo as palavras que ele mesmo gostaria de ouvir e do modo de sua preferência...
Coincidentemente era a igreja que me levou a Cristo, primeiro a minha mãe, já falecida, que graças ao pai do pastor e pregador criticado pelo irmão, faleceu salva e um dia a poderei encontrá-la. Mas não é uma defesa da minha denominação, da "minha igreja", ou de qualquer pessoa... Encontramos a declaração do próprio Senhor Jesus para não julgarmos, não como proibição " não julgueis" e pronto, mas "não julgueis", você não fará isso bem...pois logo a seguir ouvimos: "pois com a medida que julgardes sereis julgados...entende? É sério. A língua pode coçar, posso aparentemente ter toda a razão, mas se o fizer posso cometer um grave deslize, tal como alguém inabilitado usar um bisturi para fazer uma cirurgia cardíaca em alguém, ou nos olhos de alguém... o resultado não será bom, será fatalmente desastroso.
No caso, aquele pastor que animava as pessoas, que pregou uma pregação rasteira, tocou mal ( gostaria de saber se o crítico é pelo menos músico ou cantor ) tinha até pouco tempo uma doença grave nos rins, aliás desde a infância, o seu destino seria fatalmente a hemodiálise em poucos anos. O mínimo que deveria fazer como toda pessoa portadora de uma doença crônica grave era ficar em casa, e tentar aproveitar os seus momentos reservada e egoísticamente. De um modo ou de outro pregou, cantou, testemunhou, aproveitou todas as oportunidades para estar em qualquer lugar e falar algo de Jesus as pessoas. Espero que o tal irmão que não gostou e os demais que lhe fizeram coro, estejam fazendo mais, ainda que a sua maneira para a obra do Senhor. Ah... esse jovem pastor deu testemunho recentemente que foi curado milagrosamente, para a surpresa do médico a doença estabilizou. Terá os 50% de cada rim mas agora perfeitametne funcionais, sem uso de medicamentos, nada. Um milagre do ponto de vista médico.
Um depoimento pessoal apenas: com a idade ficamos mais chatos, mais saudosistas, preferimos coisas que já conhecemos, falo de mim, trata-se de um fato. Por exemplo entre um carro novo que ao parar no meio da rua, eu fique olhando para o motor do bicho como a um Rolex legítimo na joalheria, prefiro um modelo que já vi aberto na oficina e que saiba onde se põe a água no radiador, em que se saibam onde estejam as velas, etc, etc. Acho que não gosto da média das reuniões nas igrejas evangélicas hoje. Quando era jovem ( e já faz algum tempo rs...rs...rs... ) não perdia uma e saia feliz das igrejas, seja mais tradicionais ou "renovadas". Traduzindo: não gosto dos cultos seja pentecostais ou tradicionais, os primeiros são acadêmico demais e repetições do que se sabe que será dito e dito de novo e igualzinho e muito do que vejo na Bíblia acontece e nem é reconhecido, os outros festivos demais para o meu temperamento melancólico.
Mas e daí? O culto não e para o meu agrado pessoal como um filme ou um show...uma reunião em nome do Senhor Jesus é para que Ele esteja entre nós e faça o que Lhe aprove, cure, console, converta, ensine, mostre o Seu amor e poder. E isso não depende da nossa "fórmula"e muito menos aprovação. Os fariseus sempre desaprovavam as ações do Senhor, Judas ídem e até os demais discípulos apresentavam "sugestões" e "observações". Quem pensa assim não entendeu absolutamente nada.
Mas e daí? O culto não e para o meu agrado pessoal como um filme ou um show...uma reunião em nome do Senhor Jesus é para que Ele esteja entre nós e faça o que Lhe aprove, cure, console, converta, ensine, mostre o Seu amor e poder. E isso não depende da nossa "fórmula"e muito menos aprovação. Os fariseus sempre desaprovavam as ações do Senhor, Judas ídem e até os demais discípulos apresentavam "sugestões" e "observações". Quem pensa assim não entendeu absolutamente nada.
Você acha que gostaria das "reuniões ao ar livre" do próprio Senhor Jesus, que as apreciaria inteiramente? Não era horrorosas, escandalosas... as pessoas fediam, se empurravam, havia discussões, oposições, se movimentava o tempo todo, demônios se manifestavam e pessoas fétidas, horripilantes eram trazidas ou se arrastavam até o Senhor... Já imaginou algo pior? E no templo, na religião oficial? imagina que era melhor? Animais berrando, cheiro, fezes ( animais estressados defecam de mêdo ), empurra-empurra, barulhos, vozes, trombadas entre as pessoas... Você imagina Paulo ou Pedro com vozes bonitas como as do Cid Moreira, a emoção do narrador Galvão Bueno, ou quem sabe de algum pastor ou pregador conhecido? Imagina-os simpáticos e afáveis ou estranhos e aparentemente antipáticos, coléricos? E João Wesley? João Calvino? tuberculoso, por dois anos ou mais, acho que foram quatro anos, sentado ensinado, pregando com uma tosse horrível e perigosa, escarrando frequentemente, cuspindo a sua volta. Possivelmente espalhou a sua doença entre várias pessoas mais próximas de si. Só para citar alguns irmãos de fé e algumas situações. Esse irmão e os que lhe fizeram coro no comentário do referido blog, não têm a real e nem pelo menos próxima visão das coisas.
A igreja as vezes, me é absolutamente estranha, não só a esse irmão e talvez a você que lê essa postagem... mas o Senhor Jesus disse que as portas do inferno não prevaleceriam sobre ela. Há uma guerra, sempre houve, espiritual e com reflexos materiais, que olhos desatentos não conseguem perceber, mesmo porque não são sintonizados com o olhar do Senhor e se julgarmos pelos nossos pobres critérios, estaremos reprovando o que o Senhor aprova e vice-versa. O Senhor faz nos nossos dias uma grande obra e o seu Reino avança e prevalece, não duvide disso e nem desmereça a grande obra que será realizada ainda nos nossos dias, bem diante de nossos olhos, julgamento apressado, egoísta e baseado em seus sentimentos pessoais. Há ainda de se lembrar que o alvo do Senhor são efetivamente as ovelhas que ainda estão fora do aprisco, mais do que as que já estão nele ( não sou eu que estou dizendo isso, não reclame comigo )
Não tenho procuração e nem me arvoro tanto em defender totalmente e a julgar a qualquer um que seja, claro evito cometer os mesmos erros, mas como não me ocupo em fazer as mesmas coisas ( dirigir uma igreja, pregar como ministro, me expor publicamente ) não "posso" julgá-los no que efetivamente fazem.
Para o irmão em questão há uma saída justa: fundar uma igreja e fazer tudo conforme sinceramente acredita, e terá algo a apresentar ao Senhor para galardão. Menos que isso é perda de tempo e algo absolutamente temerário.
Por Helvécio S. Pereira
Que tal ouvir e meditar na bela canção de Amy Grant...afinal há coisas que agrandam mais a Deus que a nossa conveniente religiosidade cristã, certamente.
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