Deixei de ler muitos dos blogs "cristãos" ou sites "evangélicos". As aspas não degridem o sentido dessas duas palavras mas apenas lembram a dúvida, da eficácia de muitos deles. Notícias da televisão e Jornais não, ouço,leio e vejo-os sempre que posso, embora as notícias não sejam as melhores, ao contrário todos os dias a maldade é superada e idiotice também. No meio do lixo e da loucura sobressaem também atitudes nobres e coisas louváveis, embora menos.
Sobre sites e blogs leio um especialmente e comento também as vezes, com um pouco de receio de ser chato com os irmãos. Já explico: o proprietário do blog é meu amigo a uns ( deixe ver, noves fora, sobe, desce, vai um vai dois, vai três..rs,rs,rs..._ trinta e cinco anos ( ufa!!!) e meu querido irmão em Cristo, salvo , remido, transformado e quem ama ao Senhor e a Sua Palavra. Talentoso também, sempre o foi, com a palavra, com a literatura, inteligente e testemunha ocular do milagre ocorrido ou melhor efetuado pelo Senhor na vida da minha esposa dando lhe saúde e um coração novo ( com atestado e testemunho médico ). Ele e a sua esposa Gorete, sua mãe D. Terezinha, sua Sogra, D. Ana, são as testemunhas mais próximas de tudo o que aconteceu.
Bem o objetivo dessa postagem é abordar pontos que indiretamente discordamos em detalhes, eu e o Jorge, pontos reiterados em seu excelente blog, o Kálamos. De vez em quando abordamos um ou outro ponto que tenhamos visões diferentes e juntos com outros irmãos discorremos sobre um outro assunto. Enfim falamos do que enche o nosso coração, das coisas de Deus, e é exemplar a busca pelo entendimento das coisas de Deus, a meditação nas Escrituras e o entendimento da Palavra de Deus.
Básicamente discordamos no que se refere a predestinação e ao livre arbítrio. Sendo que no que respeita ao livre arbítrio, ambos concordamos que não se trata de uma concepção ou idéia bíblica, mas aí reside uma vantagem: o que a Bíblia revela necessáriamente deva estar referendado por alguma filosofia ou pensamento futuro a suas declarações. A idéia e concepção do livre-arbítrio é posterior aos textos mais antigos das Escrituras que traz uma concepção claramente mais nítida e melhor da qual falarei mais adiante. Quanto a predestinação o dilema reside na consciliação da Onisciência Divina incluida aí a Sua Pré-ciência e óbviamente para certa ala teológica essas duas idéias se entrelaçam dando sustentação a doutrina da Eleição para a salvação, que por último decorre na crença que Jesus morreu apenas para os Salvos e não por todos os homens. Dessa forma uma coisa implica outras e fica difícil a sua desviculação.
Para mim, o que a Bíblia demonstra e não somente em um só lugar, é que Deus se relaciona com o homem que em resposta, assente ou não ao que é colocado por Ele, o Senhor. Foi assim no Édem antes da queda, após a queda e por toda a Bíblia, e isso independe e desconsidera qualquer concepção filosófica posterior. Isso não vai contra a todas as vezes que Deus interfere, de modo mais incisivo na história humana, desde a expulsão do Jardim do Édem, passando por Babel, o Dilúvio e tantos outros. Temos portanto em toda a Bíblia várias e diferentes situações em que Deus trata com os homens, em grupo, por nações, por povos, e mesmo individualmente de diferentes modos.
Deus não é um deus que abandona a sua criação e suas criaturas. Também não é um deus que necessite aprender com as suas criaturas, a partir de suas reações, avaliando o que dará ou não certo. Daí a evolução ser uma idéia contra a a perfeição e onisciência divinas. Porém Deus não responde por nós, não decide por nós e não age por nós. Seria cômico além de trágico se Deus fosse ao mesmo tempo alguém que agisse como Deus que é, como homem criado por Ele mesmo, pela Serpente no Édem, no caso Satanás e pela mulher criada idealmente como ajudadora, companheira do homem. Cada uma de suas criaturas é um ente pessoal, com personalidade e vontade próprias. Dos anjos se afirma, Paulo afirma, que desejavam anunciar o Evangelho e que isso não lhes foi permitido. Sobre Satanás se diz que aspirou subir aos céus e sentar-se ao lado de Deus. A idéia de que Deus é tudo em todos parece mais uma variação personalizada do panteismo. A soberania sem critério equivale ao Deus Alá ( Alá = Deus ) do Islã, um soberano absoluto e imprevisível.
O modelo em que creio, e não creio por simpatia, é que é apresentado nas Escrituras, de modo simples e sem contaminação teológica posterior oriunda dos séculos de embates,ora legítimos, ora movidos por interesses espúrios e contaminados. Esse modelo se encaixa na culpa do homem, na culpa dos anjos e no modo como a história da humanidade tem ocorrida. Se encaixa finalmente com a redenção e pregação do evangelho e o final da presente história do homem e todas as suas implicações materiais e espirituais.
Dirão alguns, o homem não é livre, não se sustenta por si mesmo, nem pra o bem e nem para o mal. Totalmente verdadeiro com o que é declarado nas Escrituras. "Qual de vós pode acrescentar um côvado a sua estatura?" disse Jesus. "Até o cabelo de vossas cabeças estão contados" repetiu mais uma vez. E de novo: "Nem uma folha da árvore cai sem a Sua vontade ( do Pai )". Jesus porém afirmou públicamente certa vez: " Se vós não vos arrependeres de igual modo perecereis." Se devo arrepender-me e sou instado a isso, sou lembrado, exortado, é porque de mim mesmo posso, ignorar, esquecer ou não me arrepender. Mesmo que devido a sua pré-ciência Deus já saiba o final da história, se arrependerei ou não.
Penso que somos livres até certo ponto e impedidos a partir de determinado limite. Essa idéia é inteiramente bíblica como demonstrarei e claramente colocada em pelo menos duas ocasiões importantes. No Édem Deus colocou Querubins com espadas flamejantes para que o homem não voltasse ao Édem e não tomasse da Árvore da Vida e assim vivesse para sempre. No episódio de Babel, Deus disse: " Desçamos e confundamos a sua língua, para que se espalhe pela terra , pois não haverá impedimento para o que homem deseje fazer ". No episódio da intercessão de Abraão por Sodoma e Gomorra. Jesus dá a entender que Sodoma e Gomorra poderiam ter arrependido se testemunhassem os milagres feitos por Ele, o Senhor em Corazim e Betsaida. Daí uma outra conclusão, a história está em aberto, sem contudo escapar ao final em que Deus na Sua plena sabedoria e Justiça dará finalmente. O dia da parosia, volta do Senhor, não é por ignorância e limitação humana do homem Jesus, mas depende da resposta e da oportunidade por amor que Deus dará a humanidade sobre a terra, abreviando por amor também, o periodo e os horrores da Grande Tribulação.
Os nossos parentes e amigos não salvos e portanto perdidos podem ser salvos, se assim o quiserem, se forem advertidos do perigo que correm e se colocar o mais claro possível a eles a mensagem do verdadeiro evangelho. Deus sabe quais se salvarão e quais não se salvarão dadas ainda todas as oportunidades mas nada tem a ver com alguma predistinação para salvação. Os reformadores trouxeram a tona novamente a verdade da salvação pela graça, esquecida e ignorada e incorerentemente juntamente com essa verdade instituiram uma eleição sem motivo. Por que um salvo pela graça é salvo e um outro igualmente pecador não o é? Então não é mais pela graça. Seu pai que o trouxe ao mundo, que o criou e o fez homem digno, ainda que pecador, se perde pela eternidade, só por não ser eleito e você, é um eleito e portanto salvo. Com base em que? Para mim ele, ou ela, ou outro pessoa qualquer só não é salvo por que não creu e você sim, crendo é salvo. Só e simplesmente isso. Curiosamente ao lado de Jesus, dois pecadores, na mesma situação, sem tirar nem por, um não creu e outro creu. Um esse perdeu e outro foi salvo.
Prova-me dirão outros. Eu não sei, ninguém sabe com toda a certeza, em que parcela, cada um de nós, é de certa forma tão autônomo, tão diferente um dos outros, de forma a agradar mais a Deus ou não, ou se a cada estimulação, seja por parte do mal ou exposto a Palavra de Deus, a pregação e a revelação de coisas acerca do verdadeiro Deus, produzimos respostas, fé, amor direcionados a Ele o criador de todas as coisas. Talvez isso explique outra declaração do Senhor: " O Pai busca verdadeiros adoradores que o adorem em espírito e em verdade".
Deus nos dá liberdade para crermos nEle, O amarmos, O obedecermos ou não. Disso depende o nosso destino, a nossa felicidade, ou perdição. Jamais faria isso por nós, pelo menos sem uma fagulha mínima de assentimento. Negar essa possibilidade term enormes implicações relacionadas ao nosso ego, a proclamação da mensagem salvadora aos outros e isso seria positivo ou negativo no cenário espiritual da humanidade, da igreja ou no âmbito pessoal, individual de cada um de nós?
Vale a pena não deixar de refletir ainda que exaustivamente nessas questões.
Por Helvécio S. Pereira
De vez em quando, um ou outro anúncio completamente divergente da fé cristã evangélica é veiculado oportunamente em nosso blog. Trata-se puramente de um mecanismo do Google de incluir anúncios que se interrelacionem com o tema e assuntos abordados no blog. Trata-se algo normal, desde que aceitamos a possibilidade de adição de anúncios em troca, da gratuita possibilidade desse serviço na web que leva as nossas reflexões a milhares de pessoas. Se você é um crente saberá desconsiderá-lo.
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