O querido irmão Jorge F. Isah, em de seus blogs, em uma de suas postagens, disse que estaria mechendo em caixa de moribondos, ou expressão assemelhada, ao fazer determinadas reflexões. Não é de hoje que reparo o gosto quase unânime por autores estrangeiros, especialmente de nomes inglêses, destacando-se entre todos os possíveis autores estrangeiros. Isso é verdade nas faculdades, nas várias esferas acadêmicas e áreas do conhecimento. Só não é verdade no ensino básico pois o analfabetismo, de fato ou o circustanciado, é de fato crasso ,impossibilitando que haja leitores que decifrem textos na própria língua portuguesa, ainda que simples, ainda que um bula de remédio conforme mostrado em recente reportagem jornalística.
Fato é que boa parte dos crentes são insconcientemente arrebatados por esse tipo de sentimento quase imperceptível, especialmente os que buscam mais formação e informação. Afinal somos os melhores do mundo ( éramos até essa copa ), a nossa famigerada seleção agora é a segunda do ranking, e os nossos campeões de foma 1, de fórmula Indy, as montadoras, e até os pilotos, na verdade têm sua ascendência na velha Europa, embora no fundo só os índios sejam verdadeiramente brasileiros. Isso sem passar pela modelo mais bem paga do mundo, da apresentadora que mais fatura em direitos autorais pelo Ecad, etc.
Minha esposa formou-se em teologia e adivinhem, os professores diziam que os melhores autores eram estrangeiros e católicos. Claro que não sou ingênuo e nem revoltado gratuito, para não compreender as razões até naturais para tudo isso, mas dai a ter esse comportamento sem saber o porquê, é que é o grande problema.
Mas há ainda outras implicações mais sutis e graves. Uma pessoa tem a sua origem em uma cultura específica, lá identifica os problemas e toma partido por coisas positiva em oposição a outras negativas. Esse processo dinâmico é correto e plenamente natural na vida de qualquer um de nós e consiste de interação e conflitos com tudo que está a sua volta. Uma sociedade, mesmo que copie muita coisa de outra e até aprenda com outra nunca será um cópia exata da mesma. Nós brasileiros somos cópia de muita coisa, na verdade quase tudo, o nosso comportamento é o genérico do genérico do que outras culturas produziram legitimamente, tanto boas quanto ruins.
No que respeita o evangelho é a mesma coisa. Os missionários europeus e americanos nos trouxeram a boa dádiva do evangelho bíblico e foi uma benção e foi ótimo para nós como povo que o aceitou. A igreja na América e na Europa segui o seu caminho, denegriu-se e continua um processo de degeneração bíblica terrível. Lá também há excessões, sendo produzida uma espiritualidade e crescimento no conhecimento de Deus atráves de estudos e práticas piedosas a serem imitadas, mas esse universo não é tão fácil, na verdade de se reconhecer.
Naturalmente deve-se saber que duas ou mais igrejas presbiterianas ou batistas, luteranas, não são exatamente iguais em dois países de culturas diferentes e de história diferentes. Todas as decisões e posicionamentos são baseados em última instância nas nossas cosmovisão construída a partir de toda uma vida no lugar e na cultura em que vivemos. Talvez, ou melhor certamente, por isso Deus ordenou a Abraão ue saísse da sua terra e do meio de sua parentela, ou seja de sua cultura. Isso explica o afastamento espiritual do evangelho que seus antepassados ouvira, creram e pregara, e em nome do qual construíram denominações sólidas e ricas com belos templos mas que hoje consultam delegados e representantes da denominação para decidirem se casarão pares de homossexuais ou não. Não justifica mas explica. Da mesma forma um livro escrito por autor cristão que não tem diante de si a igreja brasileira, o povo brasileiro, dependendo do tema construirá no leitor uma compreensão semelhante a do autor original na sua cultura, alienada portanto da realidade que o crente brasileiro viva. Claro que há temas universais, temas teológicos essencialmente bíblicos.
Naturalmente deve-se saber que duas ou mais igrejas presbiterianas ou batistas, luteranas, não são exatamente iguais em dois países de culturas diferentes e de história diferentes. Todas as decisões e posicionamentos são baseados em última instância nas nossas cosmovisão construída a partir de toda uma vida no lugar e na cultura em que vivemos. Talvez, ou melhor certamente, por isso Deus ordenou a Abraão ue saísse da sua terra e do meio de sua parentela, ou seja de sua cultura. Isso explica o afastamento espiritual do evangelho que seus antepassados ouvira, creram e pregara, e em nome do qual construíram denominações sólidas e ricas com belos templos mas que hoje consultam delegados e representantes da denominação para decidirem se casarão pares de homossexuais ou não. Não justifica mas explica. Da mesma forma um livro escrito por autor cristão que não tem diante de si a igreja brasileira, o povo brasileiro, dependendo do tema construirá no leitor uma compreensão semelhante a do autor original na sua cultura, alienada portanto da realidade que o crente brasileiro viva. Claro que há temas universais, temas teológicos essencialmente bíblicos.
Muitos pastores bem intencionados, mantém a sua fé e suas indagações de olho no que pastores e crentes de outras culturas escreve, falam, produzem, indagam, etc. Não digo que deva-se trocar uma coisa por outra, de repente adotarmos os mal formados e pseudo escritores teológicos brasileiros, muitos deles que nem escrevem os seus próprios pensamentos, já que nem são capazes de organizar para simples registros os seus próprios sermões.
Basta olhar a lista de livros de quem positivamente se aplica a estudos e leituras teológico-evangélicos a lista de "Johns", Davids", "Michaels","Marys", "Edwards" e mais um monte.
Claro que se há um bom tema e uma reflexão exemplar, deve-se lê-lo com certeza, mas é muitas coincidência, por muito tempo. Entre em uma grande livraria evangélica e contabilize o número de autores, a lista de livros, a variedade de temas abordados, o número de páginas por livro e veremos que autores brasileiros escrevem temas mais simples, livros menores, estão em local de menor destaque e são menos citados por seminários, pastores e crentes em geral. Nem sempre a culpa são dos autores e das editoras que tem que ter certeza que o seu investimenrto terá retorno inclusive para manter o seu ministério de ensino e divulgação da fé, mas do público de leitores cristãos-evangélicos que prefere ler um livro estrangeiro, claro que traduzido em nossas praias.
Não estou contra nem lançando uma cruzada em defesa dos direitos de publicação de livros evangélicos brasileiros ainda que sejam definitivamente ruins. Não se trata disso, mas fato é que semelhantemente a baixa auto estima do mundano, os crentes sofrem muitas vezes das mesmas mazelas, que no caso, o que faz que se compre um produto de marca ( tênis, calça, blusa ) fato até compreensível
Você pode estar dizendo: isso não existe! Digo porém que esse não é o nosso último problema e quem acha que as coisas são assim tão puras, tenho um papo mais sério na próxima postagem. É claro, e quem se arrisca a fazê-lo, como escritores da velha guarda e blogueiros em tempos de web 2.0, que escrever seja exatamente algo não é fácil, seja sobre qualquer assunto, seja por qual objetivo. É de fato complexo e raramente se atinge com perfeição os objetivos alcançados, por várias razões. Erra-se no tema, erra-se na exposição do assunto, erra-se na linguagem, no estilo, erra-se no posicionamento em relação ao assunto e no caso de crentes-evangélicos, escrevendo com o objetivo de intervir na obra de Deus ( espera-se positivamente ) somos passíveis de erro por não termos aprendido o suficiente para nós mesmos. Pode
-se, de fato, escrever " em nome de Deus" sem conhecer a opinião de Deus e sem, portanto o seu assentimento.
Espero que os possíveis leitores brasileiros e estrangeiros, não compreendam mal as minhas colocações. O conhecimento é de fato universal como devem ser a pregação e o conhecimento do evangelho. A questão para crentes brasileiros a incorreção em um comportamento banalizado em todas as demais áreas do consumo. Notem que não consumiríamos tranquilamente produtos com marcas em português como Tvs "ABC", tênis "RIO", motos "SILVA" ( para quem não sabe "Honda" é sobrenome do fundador da fábrica ).
Imagine se o carro mais xique, de quatrocentos mil reais, fosse " SILVA PEREIRA", rs, rs, rs...Mas todos, se pudessem teriam um "Mercedes-Benz".
Esse comportamento explicável e até justificado por várias razões, é que não pode, não deve, ser incorporado inconscientemente pelo cristão-evangélico-brasileiro. E não é o único alimentado no dia a dia sob a capa e o verniz de uma vida cristã diferente do mundano. Não é um "pecado" mas mostra que muitas vezes somos tão iguais aos de fora, embora nos gabemos de sermos tão diferentes e superiores a não-cristãos.
Isso explica o fato de que alguns pregadores ao pregarem as suas mensagens pregam para uma outra plateia e não a sua, pegam para si mesmos, alimentando o seu ego,o seu evangelho não é para os outros mas para si mesmos. Não reconhecem o seu público, a sua gente, com as suas demandas e aspirações e como foram construídas a sua cosmovisão, e que muito dela permanecerá após a conversão. Afinal o novo convertido, embora nascido de novo, continuará a falar a sua língua pátria, a ter um comportamento relacional baseado essencialmente na sua cultura, na sua classe social, com as demandas e exigências de sua sociedade, driblando as mazelas e os pecados de sua sociedade, evitando-os e aspirando coisas passíveis e serem do agrado de Deus dentro desse mesmo universo e caldo cultural.
Na próxima postagem, seguindo o excelente exemplo do irmão Jorge F. Isah, que possui três blogs e um deles destinados a análises de publicações cristãs, mas sem imitá-lo falarei de coisas que tenho lido e sugerindo publicações brasileiras, de autores brasileiros, mas não só, mas também. Até lá então.
Ah, falta ainda "matar a cobra e mostrar o pau". Casualmente encontrei na web, em um blog cristão um comentário de um irmão, que é exemplar, no que concerne a sua influência por opiniões de autores de outra cultura, de outros embates, e a falta de critério para relacionar essa leitura com a igreja cristã brasileira. Por razões óbvias não cito a pessoa e nem o blog em questão, o que fugiria ao propósito dessa reflexão. Veja-o abaixo:
"...tem um cara que a muito tempo já falou disso e inclusive de outra coisa que aparece no do Francis Collins: A Teoria da Evolução não é Anti-Cristã como propagam as mesmas igrejas Evangélicas no Brasil. Eu comprei o livro do C.S.Lewis recomendado por Francis Collins, o "Cristianismo puro e simples" e senti um alívio tão grande por não precisar abandonar a ciência e a racionalidade depois de abraçar Jesus Cristo que é indescritível. Vale a pena!"
É evidente, que o comentário do irmão, tem coisas positivas e negativas e ambiguidades, passíveis de por si só serem analisados em outro momento.Ah, falta ainda "matar a cobra e mostrar o pau". Casualmente encontrei na web, em um blog cristão um comentário de um irmão, que é exemplar, no que concerne a sua influência por opiniões de autores de outra cultura, de outros embates, e a falta de critério para relacionar essa leitura com a igreja cristã brasileira. Por razões óbvias não cito a pessoa e nem o blog em questão, o que fugiria ao propósito dessa reflexão. Veja-o abaixo:
"...tem um cara que a muito tempo já falou disso e inclusive de outra coisa que aparece no do Francis Collins: A Teoria da Evolução não é Anti-Cristã como propagam as mesmas igrejas Evangélicas no Brasil. Eu comprei o livro do C.S.Lewis recomendado por Francis Collins, o "Cristianismo puro e simples" e senti um alívio tão grande por não precisar abandonar a ciência e a racionalidade depois de abraçar Jesus Cristo que é indescritível. Vale a pena!"
Por Helvécio S. Pereira
De vez em quando, um ou outro anúncio completamente divergente da fé cristã evangélica é veiculado oportunamente em nosso blog. Trata-se puramente de um mecanismo do Google de incluir anúncios que se interrelacionem com o tema e assuntos abordados no blog. Trata-se algo normal, desde que aceitamos a possibilidade de adição de anúncios em troca, da gratuita possibilidade desse serviço na web que leva as nossas reflexões a milhares de pessoas. Se você é um crente saberá desconsiderá-lo.
LEMBRE-SE: NÃO HÁ OUTRO NOME DADO NOS CÉUS OU DEBAIXO DOS CÉUS PELO QUAL DEVAMOS SER SALVOS. PORTANTO JESUS CRISTO É O ÚNICO MEDIADOR ENTRE DEUS E OS HOMENS. QUE VOCÊ CONHEÇA ESSA VERDADE E FAÇA DELE ( JESUS CRISTO ) A ÚNICA PESSOA E O ÚNICO NOME ATRAVÉS DO QUAL DIRIGIRÁ SUAS ORAÇÕES A DEUS O PAI. DEUS O ABENÇOE!